Ficha Corrida

07/05/2016

“Baseado” no golpe paraguaio

O direito é a única ciência cujo maior beneficiado é sempre o próprio cientista. Porque não há argumento para defender quem defende a máxima segundo a qual deve-se dar a cada um o que é seu. Dar ao pobre, a pobreza; ao rico, a riqueza. Que é exatamente a filosofia que subjaz no movimento que os plutocratas fizeram para assaltar ao poder, tendo contratado para executar um pistoleiro cleptocrata, Eduardo CUnha. Nada apagará esta infâmia. Nem o verniz paraguaio do golpe, nem os Goebbels dos grupos mafiomidiáticos. Ficará para sempre marcado na paleta de todos e em cada um que se conspurcou nas mãos de Eduardo CUnha.

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski!, por Armando Coelho Neto

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski!, por Armando Coelho Neto

 

sex, 06/05/2016 – 15:12

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski!

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Como defensor dos direitos humanos, eu não desejaria ao Jair Bolsonaro um julgamento feito por aqueles que ora julgam Dilma Rousseff. Nem gostaria de ver o Jair Bolsonaro vivendo um “Apolo 11” controlado pelo torturador Brilhante Ustra. Menos ainda ver o ministro Ricardo Lewandowski diante de um juiz suspeito, processado, com duvidosas contas na Suiça.

Feita a ressalva, eu diria aos dois que todas as atrocidades feitas durante o nazismo e ou contra os negros durante a escravidão ocorreram dentro da lei. Do mesmo modo, mulheres cujos clitóris são mutilados ou tem suas vaginas costuradas mundo afora; crianças forçadas a casar muito cedo e corriqueiramente são violentadas são fatos protegidos por lei nos países que adotam tais práticas.

Nesse sentido, a referência legal é relativa. Aliás, nos casos de erros contra a pessoa os ritos são dentro da lei. Os casos decididos por juízes parciais e ou impedidos se dão dentro da lei. Escudar-se na aparência de legalidade para negar o golpe em curso soa como temeridade. Que o tal argumento parta do Bolsonaro, do Eduardo Cunha, do Paulinho da Força, tudo bem. Na Suprema Corte, não!

Uma simplória análise desse circo capitaneado por Eduardo Cunha tem cara do golpe da maconha intrujada, muito comum entre policiais corruptos. Algum caso já deve ter chegado à Suprema Corte. Algo assim como, a presidente Dilma Rousseff que não pagou mensalão e… desculpe (!)… o maconheiro não pagou a propina, o policial intruja a droga. Como policial, testemunha, juiz não gostam de maconheiro, tudo corre dentro da lei: advogado, ampla defesa, figurino constitucional…

Pois bem, senhor Ricardo Lewandowskii, a Dilma não deu os seis votos que Eduardo Cunha tentou extorquir para abafar o zum-zum das contas dele na Suiça. Aliás, ao que consta, descobertas pelos suíços, pois a “Farsa-a- Jato” foi criada pra caçar Lula/Dilma/PT e não pra vasculhar a vida do Presidente da Câmara. A CPI dos Precatórios, a Operação Macuco e Banestado falam por si.

Pois bem, Excelência. Cunha tentou extorquir seis votos. Isso vicia a vontade, vicia o ato, e segundo o seu colega Celso Melo, vícios desse jaez invalidam o ato. Ora, se todos os presidentes e até o vice Michel Temer– além de inúmeros governadores praticaram o mesmo ato e estão imunes e impunes, o ataque à Dilma soa como exceção. Enquanto tal fere o princípio da igualdade, causa de nulidade.

Como sou coloquial, o senhor deve sentir falta de juridiquez. Portanto, em sua homenagem, vou usar a expressão “ex nunc”, ou seja, se alguma coisa mudou no direito vale daqui pra frente e não pra trás (ex tunc). Está claro que, se jogo contábil virou crime, tem que está escrito (princípio da legalidade) e vale daqui pra frente.

Voltando à maconha, não adianta seguir os ritos da lei com um golpe intrujado. Todos os presidentes anteriores praticaram os mesmos atos da senhora Presidenta. E, ao fazê-lo, o fez sem dolo e não pôs um centavo no bolso, mas sim para atender o interesse público. O senhor, que periga receber 78% de reajuste salarial, sabe o que é esperar por míseros reais do Bolsa Família para comer? Noutras palavras, a presidenta agiu com excesso de responsabilidade.

Desse modo, num jogo de cartas marcadas, cujas regras Cunha quis alterar desde o início pra facilitar o golpe, tudo soa como farsa. Está com cara de processo de maconha intrujada. Corre tudo na legalidade, sem que os juízes saibam. Às vezes sabem, mas como polícia, testemunha, escrivão não gostam de maconheiro, então vale. Lembra até aqueles processos administrativos da Polícia Federal, nos quais o servidor se defende à toa: o que vale mesmo é o que está na portaria acusatória. O STF anulou alguns, lembra? Esse golpe é nulo!

À mulher de Cesar não bastava ser honesta, tinha que parecer honesta. No caso, não basta parecer legal, tem que ser legal e tem que ser honesto. No confronto com a maconha intrujada, a diferença é que aqui a Corte Suprema sabe do intrujo. Portanto, Excelência, faça valer a Constituição – anule tudo. Faça valer os 54 milhões de votos. Se for para rasgar a Constituição no modelito Cunha, negue-se. Rasgue-a o Senhor, em nome do povo e mande anular essa farsa toda…. José Serra e Aloysio Nunes que vá se explicar pro Tio Sam, ora pois!.

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski!, por Armando Coelho Neto | GGN

28/06/2015

O que o helicóptero do pó tem a ver com a liberação da maconha?

Filed under: hiPÓcrita,Maconha,Patife — Gilmar Crestani @ 12:05 pm
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fhc-trip-maconha

Há que se admirar a capacidade dos bandidos em jogar a culpa de seus crimes nas costas dos outros. Diante de tanta desfaçatez, melhor seria Fernandinho Beira-Mar na Presidência da Câmara. Pelos menos entregaria o produto com rótulo correto.

Eduardo CUnha é o retrato pronto e acabado saído das tintas dos finanCIAdores do Instituto Millenium.

Por acaso os Perrella votam no PT? O Casagrande vota no PT? O Aécio Neves vota no PT? Com a palavra, Eduardo Cunha.

A frase atribuída ao office-boy dos empresários talvez explique a relação que existe entre o  helipóptero com a campanha de FHC pela liberação da maconha. Seria por isso que eles riem à toa?!

Cunha ofende 54 milhões de eleitores de Michel Temer

27 de junho de 2015 | 11:55 Autor: Miguel do Rosário

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É impressionante o desrespeito com que Eduardo Cunha, cujo cargo de presidente da câmara deveria lhe conferir mais moderação, trata dezenas de milhões de eleitores do PT.

Em 2014, somente Dilma Rousseff obteve 54 milhões de votos.

O PT foi o partido mais votado no Congresso Nacional e tem a maior bancada dentre todos os partidos.

É o partido que o povo brasileiro escolheu para governar o país há 12 anos, auferindo o seu poder do sagrado sufrágio universal.

Dilma elegeu-se numa chapa com o PMDB. Ela, do PT, como presidente, e Michel Temer, do PMDB, como vice-presidente?

O que diz Cunha diante de correspondente estrangeiros?

Ao falar sobre a sua opinião contra a legalização das drogas, Cunha citou um vídeo satírico contra o PT. “O vídeo diz o seguinte: [o viciado] começa na maconha, passa para a cocaína e acaba votando no PT”, disse Cunha no evento destinado aos jornalistas estrangeiros. A coletiva foi concedida no hotel Windsor Guanabara, no Rio de Janeiro.

Que vulgaridade!

Repare que Cunha faz pior do que ofender o PT. Ele ofende seus eleitores, ou seja, a maioria do povo brasileiro, e as pessoas mais simples, que votaram no PT porque entenderam que é o partido que lhes ajudou a melhorar um pouco de vida.

Ofende inclusive os milhões de eleitores que votaram simultaneamente no PT e no PMDB.

Os eleitores de Michel Temer, o presidente de seu partido, também são drogados, Cunha?

A frase de Cunha traz uma carga fortíssima de preconceito.

Ora, o grosso do consumo de drogas se dá entre as classes mais abastadas.

O PT tem tido votos majoritariamente entre os mais pobres.

A asserção de Cunha, além de preconceituosa e ofensiva, é mentirosa.

A maioria dos consumidores de drogas pesadas não vota no PT.

Olha que eu considerei as drogas que, na minha opinião, são as mais pesadas: Globo e Veja.

Ah, o Cafezinho é a favor da liberação das drogas, ou seja, defendemos que as pessoas tenham liberdade de ler Globo quando quiserem.

Mas defendemos também que o Estado deveria ampliar suas campanhas para alertar as pessoas sobre os perigos que correm ao consumir drogas tão pesadas.

***

Cunha ironiza o PT: ‘Começa na maconha, vai para cocaína e vota no PT’

Na entrevista, Cunha também criticou a política externa do atual governo e disse que a coalizão mantida pela base aliada à presidente Dilma foi para o CTI – Centro de Tratamento Intensivo

POR CONGRESSO EM FOCO | 26/06/2015 18:30

Em entrevista a jornalistas estrangeiros, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alfinetou mais uma vez ao PT e insinuou que seus eleitores eram viciados em drogas.

Ao falar sobre a sua opinião contra a legalização das drogas, Cunha citou um vídeo satírico contra o PT. “O vídeo diz o seguinte: [o viciado] começa na maconha, passa para a cocaína e acaba votando no PT”, disse Cunha no evento destinado aos jornalistas estrangeiros. A coletiva foi concedida no hotel Windsor Guanabara, no Rio de Janeiro.

“Temos uma elite que quer a droga, mas não quer o traficante, e as duas coisas são insociáveis. O consumo de drogas é o fator gerador da venda. É óbvio que a liberação das drogas vai aumentar o consumo e estimular maior violência associada ao consumo”, defendeu Cunha.

O presidente da Câmara também disse que, com a sua gestão, o Poder Legislativo ganhou “autonomia”. “Nós mudamos esse paradigma de que a pauta tem que ser única e exclusivamente a pauta do Executivo”, declarou ele. “A oposição abriu mão de obstruir e passar a discutir e votar os temas. Esse é o conceito que estamos introduzindo. O Parlamento conseguiu mais de 30 votações de emendas constitucionais em duas semanas. Essas trinta votações são inéditas. Nunca houve, mesmo em um ano, 30 votações de emendas constitucionais”, complementou.

Na entrevista, Cunha também criticou a política externa do atual governo e disse que a coalizão mantida pela base aliada à presidente Dilma foi para o CTI [Centro de Tratamento Intensivo]. ”Não temos um presidencialismo de coalizão. Temos um presidencialismo de cooptação”, disse. “Esse parlamentar que votava para o governo, única e exclusivamente, para garantir sua emenda, não apenas nesse governo, mas em qualquer governo, hoje ele vota pela sua consciência”, complementou.

O presidente da Câmara também ratificou que dificilmente o PMDB manterá a aliança com o PT nas eleições de 2018. Conforme informou o Congresso em Foco nesta semana, a intenção do partido é lançar candidato próprio.

Alem disso, Cunha informou que a Comissão Especial do Pacto Federativo concluirá os trabalhos na semana que vem, e a primeira proposta de emenda à Constituição deve ser votada no próximo semestre. Segundo Cunha, “a emenda proíbe transmitir encargos para estados e municípios, sem os respectivos recursos. Esse é o primeiro sinal para acabar com o processo que existe hoje, de transferência de obrigações sem dar capacidade aos entes federados de sobreviverem”.

Ao afirmar que estados e municípios estão no caminho da falência, o deputado garantiu que se esforçará para que o pacto represente um reequilíbrio de forças entre os entes federados. “Ninguém pode gastar aquilo que não tem condições de fazê-lo, nem obrigação que não tenha como financiar. Claro que no tempo, a União, obviamente, terá que pagar alguma coisa. Hoje, no momento de crise, não dá para achar que vai resolver o problema de todos tirando da União. Mas, programadamente essas coisas podem ser corrigidas”, salientou.

Cunha também afirmou que a Câmara pretende realizar uma reforma tributária que, de acordo com ele, fará o país alcançar um orçamento realista. “Precisamos efetivamente saber que tributos teremos para financiar despesas. Há uma inversão de valores no Brasil. Aqui o orçamento é votado no último dia do ano, de forma que ninguém conhece, e não tem a mínima seriedade, porque ninguém o aplica. Essa forma de fazer política é errada”, na sua avaliação.

Com informações da Agência Brasil

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/cunha-alfineta-pt-e-classifica-eleitores-como-viciados-em-drogas/

Cunha ofende 54 milhões de eleitores de Michel Temer | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

14/10/2014

Lob(ã)otomizado!

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Chico Buarque,Cocaína,Drogas,FHC,Lobão,Maconha — Gilmar Crestani @ 9:39 pm
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Drogas? Tô fora! Mas tô de Chico!!!

fhc-trip-maconhaMaconha é a porta de entrada da coca, ou é o contrário do inverso.

Agora começa a fazer sentido a campanha de FHC pela liberação da Maconha. Também começa a ficar mais claro o sumiço dos noticiários dos 450 kg do helipóptero.

Dizem que a maconha prejudica a memória e outras coisa de que FHC não se lembra, como aquela em que chamou os aposentados de vagabundos; ou os nordestinos de ignorantes. Ou, pior, quando mandou que esquecêssemos tudo o que havia escrito.

Onde o consumo de cocaína é maior? Por quê? Onde fica, segundo a ADPF, o centro de distribuição de drogas para o nordeste? Por que a construção de aeroportos clandestinos são tão úteis a tráficos? Quem tem propensão em construir aeroportos clandestinos?

Lobotomizados unidos, pelas drogas vencidos!

Agora já sabemos quem é favor das drogas.

Vou votar em Dilma, nem que seja para testar a memória do Lobão…

Chico Buarque X Lobão: quem influencia seu voto?

Começou a circular o pequeno vídeo em que o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda declara seu voto à presidente Dilma Rousseff, no dia 26; entusiasta da política externa, Chico apoia Lula e o PT desde 1989; no outro campo, o roqueiro Lobão, que foi petista em 1989, hoje declara seu voto em Aécio Neves e diz que pretende deixar o País caso a presidente se reeleja; Lobão se diz alvo de perseguição e aponta o suposto "bolivarianismo" do PT; guerra eleitoral chegou também aos artistas; assista ao vídeo

Brasil 24/7

13/03/2014

Má c…

Filed under: FHC,Maconha — Gilmar Crestani @ 9:22 am
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fhc-trip-maconha

O governo brasileiro foi alvo de várias críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nesta quarta-feira 12, durante evento que comemora 20 anos do Plano Real, em São Paulo. Para o tucano, o Brasil "perdeu o rumo". "O País se sente sem saber para onde vai", afirmou.

SQN

23/05/2013

Por que Alckmin não pede ajuda aos univesiOtários FHC e Aécio Neves?!

Filed under: Aécio Neves,Drogas,FHC,Geraldo Alckmin,Isto é PSDB!,Maconha — Gilmar Crestani @ 8:19 am
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Geraldo Alckmin, com o auxílio gratuito dos grupos mafiomidiáticos, sempre dá um jeito de culpar os outros. Como parece que Geraldo Alckmin faltou às aulas de geografia, para começo de conversa esclareço que as fronteiras do Brasil são as mesmas para qualquer Estado da Federação: São Paulo, Rio de Janeiro ou Piauí. Se a questão das drogas pode jogar para debaixo do tapete, o que ele pode dizer a respeito de segurança pública, atribuição precípua dos governos estaduais? Mas a questão das drogas merecem uma outra abordagem, além desta rotina do PSDB de botar nas costas dos outros. O PSDB de São Paulo poderia começar se espelhando no governo do Rio de Janeiro, do peemedebista Sérgio Cabral. Em parceria com o Governo Federal, foram implantadas UPPs nas favelas que hoje são exemplos de sucesso. Não há quem não reconheça. O Governo Federal ofereceu auxílio, mas Alckmin prefere a colaboração do PCC, a grande novidade neste vinte anos de desmando do PSDB em São Paulo. Há duas fontes especializadas em drogas bem próximas a Alckmin: FHC, o rei da maconha, e Aécio Neves, do Pó pará, governador! E diante de todas estas possibilidades, o que fez Alckmin? Inventou o Bolsa Crack! Se isso não é piada, então não sei o que mais pode ser.

Alckmin culpa gestão federal por ‘epidemia das drogas’

Ministro da Justiça rebate e afirma que Estado ‘também tem fronteira’

Governador diz que consumo e venda de tóxicos aumentam crimes e aponta a omissão do governo

ROGÉRIO PAGNANDE SÃO PAULO

No dia do lançamento do seu pacote antiviolência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o Brasil vive uma "epidemia" no consumo de drogas e culpou a "omissão" do governo federal por esse quadro.

"Tráfico de drogas é responsabilidade do governo federal. São Paulo produz cana, laranja, soja, milho, café, não produz cocaína", disse.

Para o tucano, as fronteiras do país estão "totalmente abertas" para entrada de armas e drogas e, por isso, não "existe cidade brasileira que não tenha a sua cracolândia".

"Em muitos crimes a pessoa está sob efeito de drogas. Há uma epidemia."

Termo parecido foi usado pelo vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD). Após sua filha ter o carro baleado por um ladrão em abril, ele disse que a violência em São Paulo é "epidêmica".

Alckmin elogiou a polícia e anunciou um bônus, que será de até R$ 10 mil, para policiais reduzirem crimes.

O tucano afirmou ser a favor da redução da maioridade penal para 16 anos. Antes, ele apoiava aumentar o tempo da internação de menores de três para oito anos. Sua assessoria diz que essa é a opinião pessoal dele.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou não querer polemizar, mas disse que o governo federal continua solidário com São Paulo "nesse momento difícil em que cresce a violência no Estado".

"Se eu dissesse que é dentro do presídio que se comanda certas ações, culpando certos governantes, eu estaria indo contra a integração que é necessária", disse.

Disse ainda que o governo federal tem um programa exitoso no combate ao crime nas fronteiras. "Os Estados também têm suas fronteiras e podem fiscalizá-las", disse.

19/01/2013

Para ajudar FHC, Folha abraça até maconha

Filed under: FHC,Folha de São Paulo,Maconha — Gilmar Crestani @ 8:00 am

MORRIS KACHANI

Revoga, Joaquim

Nos últimos meses, e em vários cantos do globo, pipocaram notícias sobre uma legislação mais flexível sobre a produção e o consumo da maconha. Dois Estados americanos, Colorado e Washington, legalizaram o uso recreativo da droga. Em novembro, Amsterdã optou por manter o status dos "coffee shops", que vendem a erva para quem quiser comprá-la.

Na América do Sul, pelo menos em comparação com Argentina, Chile ou Uruguai, a legislação brasileira talvez seja a menos tolerante, para não dizer arcaica. Ela é tributária de uma herança preconceituosa construída em outros tempos, à moda da lei seca.

Na Argentina, a descriminalização do uso individual já é fato consumado. O Uruguai nunca criminalizou o consumo e, agora, discute a estatização da produção de maconha.

Enquanto isso, por aqui o usuário continua sendo tratado como criminoso, sujeito a penas alternativas. E vive à mercê da boa vontade de delegados e cortes que, dependendo da interpretação, poderão enquadrá-lo como traficante, pois a lei não é clara.

Casos estapafúrdios existem aos montes e, obviamente, os mais pobres, sem um bom advogado, acabam levando a pior, abarrotando ainda mais nossas já abarrotadas cadeias.

Só há um jeito de conseguir a maconha, que é o pior possível: na biqueira da favela. Direta ou indiretamente, a maioria dos 2,5% de adolescentes e 6,3% de adultos do país que usam maconha ao menos uma vez por ano abastece-se assim.

A pergunta é se esse tema não deveria fazer parte da agenda progressista de um governo supostamente alinhado à esquerda. É uma pergunta até ingênua, dentro de um contexto dominado pelas bancadas religiosas, que até fizeram nossos dois candidatos à Presidência dizerem o que não pensavam sobre o aborto.

Foi preciso um ex-presidente (FHC), já distante do pragmatismo político, abraçar a causa, fazendo dela a sua versão de "verdade inconveniente". Mas o preconceito continua vivo. Recentemente, na eleição da OAB, correu a denúncia de que o candidato Alberto Toron teria sido alvo de e-mails difamatórios, por defender a descriminalização da droga.

Na comunidade científica, já é quase consenso que maconha é menos prejudicial que álcool e tabaco. Não faz sentido colocá-la no mesmo balaio de outras drogas mais perigosas. Ou confundir o usuário esporádico com o dependente.

Existe uma expectativa de que o STF coloque em pauta neste ano o julgamento do caso de um usuário que foi condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade em Diadema (SP). Pode ser um divisor de águas: se a condenação for revogada, a mesma medida será aplicada em casos semelhantes no país.

MORRIS KACHANI é repórter especial da Folha. Hoje, excepcionalmente, não é publicado o artigo de ANDRÉ SINGER.

30/12/2012

Menàge: provando Maria e Juana!

Filed under: Maconha — Gilmar Crestani @ 2:19 pm

Ou, em latim, um bis de cana, ou dose dupla, quiçá dois dedos! Por cá, na Bis, in idem!

United States of Marijuana

LE MONDE | 26.12.2012 à 13h33• Mis à jour le 27.12.2012 à 19h12Par Corine Lesnes (Lettre des Etats-Unis)

Un homme souffle de la fumée de cannabis lors d'une manifestation pro-marijuana à l'université du Colorado, le 20 avril.Un homme souffle de la fumée de cannabis lors d’une manifestation pro-marijuana à l’université du Colorado, le 20 avril. | REUTERS/RICK WILKING

C’est ce qu’on pourrait appeler un job de rêve. Critique de marijuana. Chaque semaine, William Breathes publie le compte rendu de ses dégustations de cannabis dans le magazine Westword, de Denver, Colorado. Où l’on découvre qu’il n’y a pas une marijuana mais toutes sortes de variétés d’herbe portant des noms exotiques : Pineapple Express, Purple Passion (pas d’"éléphant rose" mais du "rhino blanc ").

"Breathes" (un nom d’emprunt) a été en 2010 le premier critique de marijuana des Etats-Unis. Il s’agissait alors de marijuana médicale, le Colorado étant l’un des dix-huit Etats ayant autorisé la drogue douce à des fins thérapeutiques. Dans l’une de ses premières critiques, William Breathes a confessé son propre étonnement d’être payé pour "se défoncer" et se procurer sa consommation hebdomadaire sur notes de frais. Quoique le job n’aille pas sans responsabilités. "Il faut quand même que j’écrive, que je tienne les délais, et j’ai des rédacteurs en chef", assure-t-il. Pour Noël, le journaliste a fait une liste de suggestions de cadeaux. En tête : le joint électronique, un inhalateur de la taille d’un stylo (on le trouve sur le site GotVapes.com).

La marijuana médicale a été un grand succès dans le Colorado, un Etat qui n’a pourtant pas l’air de se porter trop mal (le taux d’obésité est l’un des plus faibles du pays). Plus de 107 000 "patients " ont obtenu une carte leur donnant droit de consommer, et il y a désormais davantage de dispensaires de cannabis que de cafés Starbucks.

Les ventes sont estimées à 200 millions de dollars (environ 150 millions d’euros) cette année – dont plusieurs millions pour l’administration fiscale qui s’enrichit, n’en déplaise à la justice. Les producteurs ont eu l’intelligence de travailler avec les autorités pour éliminer les brebis galeuses (la licence coûte 18 000 dollars et sert à financer la division spéciale mise en place par les forces de l’ordre).

Vu le succès du "médical ", le Colorado a franchi l’étape suivante et légalisé, le 6 novembre (en même temps que l’Etat de Washington), la possession d’une once de marijuana . Le vote a été acquis à une majorité de 250 000 votes, soit plus que l’avance de Barack Obama sur son rival républicain Mitt Romney lors de la présidentielle.

Le gouverneur démocrate John Hickenlooper a pris acte de la décision et promulgué la loi Réglementer la marijuana comme l’alcool , sans cacher que son application allait être "compliquée". "D’après la loi fédérale, la marijuana continue à être une drogue illégale, a-t-il mis en garde. Alors ne sortez pas trop vite vos paquets de Cheetos ou de Goldfish [les crackers qu’aiment grignoter les fumeurs de joints]. "

Depuis, une certaine cacophonie préside. La police locale a rappelé qu’elle n’est pas directement chargée de faire appliquer les lois fédérales. Mais dans les comtés qui ont voté contre la légalisation, les procureurs ont refusé d’abandonner les poursuites. Plusieurs municipalités ont pris les devants et interdit les points de vente, tout en autorisant les résidents à posséder 6 plants dans un endroit fermé. L’administration Obama marche sur des oeufs. Dans son unique commentaire sur le sujet, le président, lui-même un grand fumeur dès son adolescence à Hawaii, n’a pas eu l’air pressé de sévir. "Nous avons d’autres chats à fouetter", a-t-il dit. Et les Américains sont d’accord : 64 % d’entre eux jugent que le gouvernement fédéral n’a pas à se mêler de la légalisation à l’échelon local.

A Denver, on en est déjà à l’étape d’après. Celle de la réglementation. Aux termes de la loi, les acheteurs et consommateurs doivent être âgés de plus de 21 ans. Il est interdit, comme pour le tabac, de fumer dans les endroits publics. Et, comme pour l’alcool, de conduire sous l’emprise de la substance (un projet de loi fixe la limite à 5 nanogrammes de THC – tétrahydrocannabinol, le principal composant psychoactif – par millilitre de sang). Début janvier, l’assemblée du Colorado va commencer à étudier les modalités de régulation du marché. Peut-être limitera-t-on la puissance du THC autorisé. Quid du transport ? Les agents de la sécurité aérienne ont indiqué que les voyageurs peuvent prendre l’avion avec leur consommation personnelle, mais seulement s’ils vont du Colorado à l’Etat de Washington…

La perspective de légalisation a entraîné une ruée sur le "nouvel or vert". Le business est là, avec ses hommes d’affaires en costume-cravate et sa holding cotée en Bourse. C’est la bulle de demain, dit Newsweek, qui a pu visiter les entrepôts de la banlieue de Denver où est cultivée l’herbe, à lumière artificielle (musique classique ou hard rock, selon ce qui réussit le mieux à la plante). Le secteur n’a plus rien de baba cool. Les variétés ont des noms de cuvées spéciales. "Reserva Privada". Les dispensaires présentent l’herbe dans des bocaux transparents sur des comptoirs de carreaux blancs. Dans l’un de ces "pot palaces", centres de relaxation autant qu’épiceries fines, on peut acheter des barres chocolatées, des céréales, des hot dogs, le tout au cannabis. Et une boisson gazeuse : Dixie Elixirs (huit parfums, de pêche à grenade).

L’industrie du tabac est aux aguets, prête à se reconvertir. Philip Morris aurait loué des entrepôts dans le secteur. Selon un sondage Gallup de novembre, le nombre d’Américains favorables à la légalisation (46 %) a doublé en quinze ans. Le pays reste divisé, mais la fin de la prohibition est en marche, si on en juge par le laboratoire du Colorado.

lesnes@lemonde.fr

Corine Lesnes (Lettre des Etats-Unis)

United States of Marijuana

12/11/2012

A informação emaconhada

Filed under: Folha de São Paulo,Maconha — Gilmar Crestani @ 8:10 am

A Folha de São Paulo apertou o baseado para esquecer a derrota eleitoral. Enterrado José Serra, o jeito foi desviar-se pelas pesquisas da força da maconha. Claro, São Paulo, como se sabe, já resolveu todos os outros problemas. A começar pela violência. A manchete que faria mais sentido, não tivesse a maconha aumentado de poder e atingido o cérebro de Morris Kachanide: PCC de São Paulo está mais potente, indica estudo. E depois nem desconfiam porque os jornais vão acabar

Maconha vendida em São Paulo está mais potente, indica estudo

Análise encomendada pela Folha apontou alta no teor da principal substância psicoativa da droga

De acordo com médico, maior potência da droga prolonga os seus efeitos e aumenta os riscos de danos para usuários

MORRIS KACHANIDE SÃO PAULO

A maconha vendida em São Paulo está mais potente. Uma análise do Instituto de Criminalística em 35 amostras apreendidas entre julho e agosto na capital apontou uma média de 5,7% no nível de THC, a principal substância psicoativa da droga.

O estudo foi feito a pedido da Folha. Análise semelhante realizada entre 2006 e 2007 mostrou uma média de 2,5%.

"O resultado pode indicar uma certa tendência no aumento do princípio ativo da maconha vendida nas ruas, como se tem observado em alguns países desenvolvidos", diz Mauricio Yonamine, professor de toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

O teor de THC aferido é maior do que a média na maconha apreendida no mundo: de 0,5 a 5%, de acordo com relatório da ONU.

Na Holanda e nos Estados Unidos, onde a tecnologia do plantio da droga é mais avançada, essa escalada atinge níveis médios de 15% e 10%, respectivamente.

A análise do IC mostrou também um baixo teor de canabidiol -0,6%, em média. A substância presente na planta Cannabis modula o efeito de THC, diminuindo a sensação de ansiedade.

"Para reduzir a chance de delírio e alucinação, a proporção deveria ser de um para quatro", explica Elisaldo Carlini, da Unifesp.

Quanto mais potente a maconha, mais forte e prolongado é o seu efeito. "Se pensarmos no uso por adolescentes, os riscos seriam em princípio maiores [de alterações cognitivas, por exemplo]", afirma o médico psiquiatra Dartiu Xavier, da Unifesp.

De acordo com levantamentos feitos pela Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) em 2010, 13,2% dos estudantes brasileiros entre 17 e 18 anos e 26,1% dos universitários já tinham fumado maconha pelo menos uma vez na vida.

RESSALVAS

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam ressalvas com relação aos estudos, no que diz respeito à representatividade da amostragem e o tempo de armazenamento das apreensões. Mas a escassez de estudos mais aprofundados sobre o tema torna as medições relevantes.

A análise feita agora e a anterior adotaram a mesma metodologia e protocolo de medição. O espaço amostral, porém, foi reduzido. Em 2006 e 2007, foram analisadas amostras de 55 apreensões, contra as 35 da investigação atual.

Em ambos os estudos, a escolha das amostras foi aleatória e sem preocupação com o estado de conservação da droga. Foram analisados de cigarros prontos a tijolos de 500 gramas os mais, com apreensões feitas tanto no atacado como no varejo.

Em função da decomposição natural, quanto mais antiga for a apreensão, menor o nível de THC. José Luiz da Costa, perito do Instituto de Criminalística e presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia, explica por que a interpretação de resultados com análise de maconha é mais complexa que a de outras drogas: "Ela é vegetal. Se eu plantar a mesma semente no pé do morro ou no alto da montanha, o resultado já vai ser diferente", explica.

"Mas a verdade é que a maconha é uma droga tão barata que não justifica você encontrá-la adulterada", acrescenta Costa.

24/09/2012

Oliver Stone, Aznar y la marihuana

Filed under: José Maria Aznar,Maconha,Oliver Stone — Gilmar Crestani @ 8:57 am

El siempre polémico cineasta recibe el Premio Donostia y presenta ‘Salvajes’

Rocío García San Sebastián24 SEP 2012 – 00:19 CET46

John Travolta, Oliver Stone y Benicio del Toro, ayer durante la presentación de ‘Salvajes’ en San Sebastián. / JESÚS URIARTE

¡Qué calor pasa Oliver Stone! Llega con una americana azul y enseguida pide que le abran las ventanas del cuarto donde se celebra la entrevista. Su asistente, una atractiva rubia, trae por indicaciones de su jefe un café con leche. Lo prueba y lo rechaza. Pide otro café solo. Se quita la americana. Se queja de la falta de aire acondicionado de la estancia. Está como inquieto. Finalmente, exige de nuevo a su asistente un pequeño ventilador individual que pone a funcionar y se lo dirige directamente al rostro. Da agobio verle. Tampoco parece que le guste mucho el café solo, pero, con todo y con eso, va contestando a las preguntas de los periodistas. Las drogas, su legalización, la violencia en la realidad y en el cine, el amor a tres bandas, el poder del narcotráfico o la defensa de Julian Assange. Todos los temas van apareciendo en la conversación y el ganador de tres Oscar que ayer recibió el Premio Donostia 60º Aniversario a toda una carrera, entra al trapo de todos ellos como un toro sin control. Para la presentación de Salvajes, la película que presentó ayer en Zabaltegi Perlas, ha llegado a la ciudad donostiarra acompañado de John Travolta, que también recibió anoche otro Premio Donostia, y Benicio del Toro. El filme, basado en el libro del mismo título de Don Winslow, es un trepidante thriller sobre el enfrentamiento entre un par de jóvenes cultivadores de marihuana en California y un implacable cártel de narcotraficantes mexicanos, liderado por una mujer (Salma Hayek).

A Stone se le nota que no le importa escandalizar clamando a los cuatro vientos sus opiniones. “Siempre me he mostrado a favor de la legalización de las drogas, algo que ya demostré hace mucho tiempo en Platoon, en la que reflejé como la gente podía vivir bien con drogas. Lo que existe hoy es una guerra muy hipócrita porque a los dos contendientes solo les interesa el dinero. El Gobierno de Estados Unidos ha gastado una fortuna de más de 50 billones de dólares desde 1972, año en la que comenzó esta guerra, sin obtener ningún resultado. No he negado nunca que yo consumo marihuana y, a pesar de ello, me considero un ciudadano responsable, con mi familia, mi trabajo y pagando mis impuestos. Nunca nadie va a ganar esta guerra porque ningún político se atreverá a denunciar lo que está pasando, igual que en la guerra contra el terror porque el que lo haga sabe que va a tener que pagar un precio muy alto”.

Cineasta al que no le ha asustado nunca mostrar de manera explícita la violencia, en Salvajes se muestra algo más moderado. “La única razón por la que me he impuesto a mí mismo un límite es por la calificación que recibirá en EE UU. Pero quiero enseñar la violencia que nos invade. Desde 2006, en México han asesinado a 50.000 personas, cifra que ha superado a los muertos en Vietnam; toda la violencia que ha llegado a raíz de la guerra de Irak; las torturas en Guantánamo…”.

Entre golpe y golpe de ventilador, Stone saca a colación al expresidente del Gobierno español, José María Aznar. “Me gustaría verle delante del Tribunal de la Haya”, suelta. “¿Puede explicar su acusación?”, le preguntan los periodistas altamente sorprendidos. “Aznar fue un aliado muy importante de Bush en la guerra de Irak junto a Tony Blair. Bush no puede viajar al extranjero por miedo a que le detengan”.

Firmante junto a Michael Moore de una carta publicada en The New York Times en defensa de Julian Assange, Stone dice que él lo único que exige es que sea interrogado por la justicia sueca en Londres. “Si le extraditan a Suecia, lo más probable es que acabe finalmente en Estados Unidos. Assange ha hecho un gran servicio al mundo entero con las denuncias que ha revelado. Él está siendo perseguido por la Administración de Obama cuando los auténticos terroristas siguen en libertad”.

Oliver Stone, Aznar y la marihuana | Cultura | EL PAÍS

27/08/2012

FHC apóia a maconhacracia, quer saber por quê?

Filed under: FHC,Isto é EUA!,Maconha — Gilmar Crestani @ 8:40 am

Pois aí está a razão pela qual os EUA fazem guerra às drogas. Por monopólio! E, como sempre, os vira-latas nacionais estão aí para isso mesmo, fazer apologia da drogas made in USA. Eu sempre soube, a Teoria da Dependência era uma droga, química. Por isso o apoio ianque aos projetos do prof. Cardoso. FHC virou herói ianque porque sempre defendeu drogas!

ENTREVISTA DA 2ª / DOUG FINE

Legalização da maconha pode ajudar a salvar a economia americana

JORNALISTA DOS EUA CITA EXEMPLO DE COMUNIDADE RURAL DA CALIFÓRNIA QUE TEM, NA DROGA, 80% DE SUA ECONOMIA E DEFENDE USO INDUSTRIAL DO PRODUTO, ALÉM DO MEDICINAL

O jornalista Doug Fine em seu rancho no Novo México (EUA)

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

O jornalista americano Doug Fine não está chapado, apesar do nome de seu terceiro livro investigativo, "Too High to Fail – Cannabis and the New Green Economic Revolution" (ed. Penguim/Gotham; numa tradução livre, "Muito Chapado para Fracassar – Cannabis e a Nova Revolução Econômica Verde).

Ele acredita que a legalização da maconha possa ajudar a salvar a economia dos EUA e, para provar sua tese, passou um ano numa comunidade rural que tem, na droga, 80% de sua economia, ou US$ 8 bilhões por ano.

Autoridades locais apoiam e protegem os plantadores com um programa de licença inédito, que cobra pelo registro de até 99 plantas.

Esse lugar, acreditem, fica no próprio EUA, ao norte da Califórnia, no condado de Mendocino, onde Fine acompanha o ciclo de uma plantação, da semente geneticamente modificada à droga final nas mãos dos pacientes.

O livro é lançado no momento em que três Estados americanos se preparam para votar, nas eleições de novembro, pela legalização do uso recreativo para adultos.

Ao mesmo tempo, o governo federal continua a considerá-la uma droga ilegal, sem valor medicinal e altamente viciadora, liderando uma guerra contra os 17 Estados que liberaram a planta para fins médicos.

Segundo um professor de economia de Harvard, entrevistado no livro, a droga poderia ter rendido aos cofres do governo US$ 6,2 bilhões em impostos em 2011 e, após sua legalização, esse número poderia subir para US$ 47 bilhões. Leia entrevista.

Folha – O que há de tão especial em Mendocino que fez ser possível essa relação quase utópica com maconha?
Doug Fine – O clima ajuda. É um condado que vive de agricultura, com um clima mediterrâneo, tem uvas por todos os lados. Mas é também um lugar bem progressista. Foi o primeiro condado dos EUA a banir o uso de transgênicos por voto popular.
São três gerações que vivem da planta. Não carrega o estigma de puritanismo da guerra às drogas que outros lugares têm.
Como a cannabis se desenvolveu para crescer em quase qualquer tipo de clima, diria que o mais importante é a cultura local. O homem tem evoluído com a planta, ela foi encontrada em tumbas com milhares de anos e é citada num manual médico chinês de 3.000 anos.

No fim do livro, agentes federais fazem uma série de apreensões e prendem um dos produtores mais legítimos, de acordo com o xerife local. Ainda assim, você acha que o fim da guerra à maconha está próximo. Por quê?
Acho que a guerra está ganha. A popularidade é crescente nas pesquisas, 56% dos americanos querem a regulamentação da cannabis. Não é mais questão de conservadores contra progressistas porque até mesmo americanos religiosos defendem o fim da guerra às drogas por estar aprisionando gente demais.
Os EUA têm a maior população carcerária do mundo. Sabe, você pode perder batalhas perto do fim e ainda assim ganhar a guerra. É difícil prever quando. Pode ser daqui a dois anos ou 20 anos. Tenho esperança de que algo aconteça no segundo mandato de Obama.

Mas o governo atual tem sido mais agressivo que o de George W. Bush na repressão contra a maconha medicinal. Por que ele mudaria?
Realmente a comunidade está furiosa com Obama.
Acredito que ele resolveu ignorar o caso no primeiro mandato, mas, quando era senador, afirmou que a guerra às drogas não funciona.
Ele sabe disso. Acredito que num possível segundo mandato ele vá tentar alguma manobra, como tirar a cannabis do Anexo 1 para o Anexo 2 da lei federal de substâncias controladas. Até cocaína e metanfetamina estão no Anexo 2 [substâncias que podem causar dependência e tem valor medicinal].
Até mesmo um juiz administrativo da DEA [agência federal antidrogas] afirmou em 1988 que é um absurdo a cannabis estar no Anexo 1 [substâncias altamente viciadoras e sem valor medicinal].

Dizer que a legalização salvaria a economia dos EUA parece exagero, e o nome do livro não ajuda na seriedade. Como tem sido a reação ao livro?
Não tenho recebido olhares esquisitos. Estive em Nova York para uma palestra para divulgar o livro e a média de idade do público era 70, 80 anos. Todo mundo entendeu que a guerra precisa acabar.
Maconha é a plantação número um dos EUA. Vivo num Estado conservador, no interior, com caubóis, e lá eles entendem também.

De onde vem essa conta de que maconha é a maior plantação dos EUA?
Há de US$ 6 bilhões a 8 bilhões sendo gerados só no pequeno condado de Mendocino por ano e te conto de onde tirei isso.
Em 2010, autoridades locais apreenderam 600 mil plantas que estimaram ser 10% da colheita total do condado [legal e ilegal]. Os produtores dizem que nem pensar, que deve ser apenas 1%.
Mas, se forem 10% mesmo, são 6 milhões de plantas que chegam ao mercado.
Se você considerar, por baixo, que cada planta dá uma libra de produto e que o preço mais baixo dado em anos recentes é US$ 1.000 por libra, você tem US$ 6 bilhões apenas em Mendocino, onde a receita das vinícolas é US$ 74 milhões.

Seu livro explica que é preciso "seguir o dinheiro" para entender como a legalização poderia salvar a economia, principalmente na produção industrial para comércio têxtil, de alimentos e energia. Acha que os ativistas deveriam mudar suas estratégias, já que estão mais focados na questão médica?
Cannabis industrial tem mais potencial economicamente do que seu uso medicinal ou social, e realmente poderia ser um elemento mais forte nas campanhas. É um absurdo que os Estados Unidos não estejam nesse mercado. A indústria de cannabis cresce 20% por ano no Canadá.
Eu e minha família usamos para um monte de coisas. Minha mulher faz roupa e usamos óleo da semente em nossos sucos no café da manhã todos os dias. Compramos os produtos nos EUA, mas é tudo importado, do Canadá.
Um condado da Califórnia votou e aprovou a legalização de produção industrial em 2011, mas o governador vetou por causa das leis federais.

Há 17 Estados que legalizaram maconha medicinal, mas as leis mudam em cada um. Em Los Angeles, autoridades reclamam que as lojas se multiplicam sem controle. O que dá para aprender com experiências ruins?
Sim, há uma proliferação, mas isso é demanda de mercado, as pessoas querem essa planta. A proibição é a causa dos problemas.
Reconheço que posso soar como uma líder de torcida, mas sou um jornalista sério. Claro, poderiam fazer regulamentações melhores, mas já temos sistemas que funcionam para álcool e vinícolas.
Acredito num modelo em que a cannabis fosse regulamentada para uso de adultos, como o álcool. E um sistema no qual o pequeno agricultor pudesse continuar a produzir, como acontecem com as cervejarias artesanais, sem ser engolido por gigantes.

Qual é a sua relação com maconha?
Sim, eu já usei a planta, acho que é um algo bom como aspirina, como álcool e que, como qualquer outra droga farmacêutica, não pode ser abusada.
Sou uma pessoa sóbria, sou pai. E sou também espiritualizado. Está no Gênesis, livro 1, capítulo 1, versículo 29: Deus nos deu todas as plantas e sementes para nosso uso, e não com exceção de alguma com a qual Richard Nixon teve problema.

02/08/2012

Os seguidores de FHC já chegam a 1,3 milhão

Filed under: FHC,Maconha — Gilmar Crestani @ 7:14 am

Antes de ter FHC como padrinho, consumir maconha era considerado ilegal. Continua sendo, mas como o santo é de casa, fica por isso mesmo. Se é verdade que é uma doença, porque eles não foram internados?

País tem 1,3 milhão de viciados em maconha

2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas ouviu 4.067 pessoas; número de jovens que admitiu usar a droga preocupa

Estudo usou cinco critérios para definir dependência, entre eles a sensação de perda de controle sobre o uso

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Carlos tem 18 anos e é estudante de arquitetura. Começou a fumar maconha há dois anos. Tentou parar três vezes e não conseguiu.

Só de pensar em ficar sem seu "baseado" diário, começa a se sentir ansioso e "um pouco" fora de controle, disse.

"Me dá uma agonia gigantesca. Fico até mais irritado do que o normal", afirmou o estudante, que pediu para não ter o sobrenome divulgado.

Assim como ele há cerca de 1,3 milhão de brasileiros dependentes de maconha, de acordo com o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. O primeiro estudo, de 2006, não levantou o grau de dependência do usuário.

O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e do Inpad (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas), com financiamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do governo federal.

Para chegar aos números, cerca de cem pesquisadores fizeram, de janeiro a março deste ano, entrevistas domiciliares com 4.067 pessoas em 149 cidades de todas as unidades da Federação. O resultado mostrou que há 1,5 milhão de jovens e adultos que usam maconha todos os dias.

Isso não quer dizer que todos esses usuários são viciados. "Pessoas que usam diariamente não são necessariamente dependentes. Assim como dependentes não precisam usar todo dia para o serem", afirmou a coordenadora do trabalho, a psicóloga Clarice Sandi Madruga.

A pesquisa usa cinco critérios para considerar se a pessoa é dependente ou não: 1) ansiedade por não ter a droga; 2) sensação de perda de controle sobre o uso; 3) preocupação com o próprio uso; 4) ter tentado parar; e 5) achar difícil ficar sem a droga.

JOVENS

Os dados, divulgados ontem, trazem uma informação considerada preocupante pelos formuladores do trabalho: o número de jovens que admitiu consumir a droga.

Em 2006, a cada adulto que consumia a droga havia também um jovem. Neste ano essa proporção foi de um adulto para 1,4 adolescente.

"Nos surpreendeu assim como o número de dependentes. Se tivesse que chutar, diria que 20% desses usuários eram dependentes, e não 37%, como mostrou a pesquisa", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor do Inpad.

Além disso, 62% afirmaram que consumiram maconha antes dos 18 anos.

Para Laranjeira, o levantamento serve para mostrar que a maconha vicia assim como outras drogas e, por isso, merece atenção do governo, principalmente no combate ao uso dela por adolescentes.

"Há pesquisas que mostram que um a cada dez jovens que consomem maconha terão, no futuro, transtornos psiquiátricos", disse.

O estudo mostrou que 75% dos brasileiros são contra a legalização da maconha, 11% são a favor e os demais não souberam (9%) ou não quiseram responder (5%).

01/08/2012

Da lata, o livro de ouro de FHC

Filed under: Maconha — Gilmar Crestani @ 8:01 am

Até a última ponta

Livro relembra as loucuras e as ‘viagens’ do mítico verão de 1987/88, em que milhares de latas recheadas de maconha apareceram boiando em praias brasileiras

Divulgação

Lata recheada de maconha é apreendida pela polícia durante o "verão da lata"

Lata recheada de maconha é apreendida pela polícia durante o "verão da lata"

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

A novidade veio dar à praia, naquele verão de 1987/88, na qualidade rara de maconha enlatada.

"Foi uma coisa fantástica, parecia um filme de ficção, você estava na praia e, de repente, aparecia uma lata cheia de maconha", conta o ator Marco Nanini.

E assim foi, do Rio ao Rio Grande do Sul: milhares de latas hermeticamente fechadas, sem rótulo, cada uma com cerca de 1,5 kg de cânhamo, começaram a ser avistadas, procuradas, compartilhadas. Nascia um fenômeno cultural: o "verão da lata".

O incrível episódio -que, na época, deu em samba, em gíria e em muita fumaça- está sendo resgatado das brumas da memória por um livro recém-lançado, "Verão da Lata", do jornalista Wilson Aquino, e por uma série de projetos para TV e cinema.

"Foi uma experiência coletiva, um monte de gente teve contato com isso, então são várias histórias", diz Aquino, que começou a pesquisar o tema em 2005, após perceber que o evento ganhara ares de lenda urbana para os mais novos.

As primeiras latas começaram a surgir por volta do dia 20 de setembro de 1987, na costa paulista.

Segundo a Polícia Federal, eram o carregamento do pesqueiro Solana Star, barco de bandeira panamenha que havia saído da Austrália, parado em Cingapura para se abastecer com 22 toneladas de maconha e rumava para Miami, com escala no Brasil.

Apertados pelas autoridades brasileiras, que os caçavam em alto-mar a partir de um alerta da DEA (agência americana de combate às drogas), os tripulantes do Solana teriam se livrado do flagrante jogando a carga na água.

Com a ajuda dos ventos e das marés, as latas se espalharam por uma faixa de quase 3.000 km de litoral.

"Começou a correr no boca a boca: ‘Está aparecendo um tesouro no Atlântico e a coisa é boa’", conta Maria Juçá, diretora do Circo Voador, no Rio, e autora da introdução do livro de Aquino.

Uma vez disseminada a novidade, a maioria das latas nem chegou à areia -pescadores, surfistas e alguns aventureiros (fora a polícia) iam buscá-las no mar.

"A galera ia cedinho para o mar, e eles entendem de vento e maré, então ficavam estrategicamente de olho, só esperando ver alguma coisa cintilando", diz Aquino.

À parte o inusitado da situação, a erva também ganhou fama por sua alta qualidade, segundo os usuários. Aquino, que entrevistou vários deles, diz que "os caras falam com uma saudade…".

"A primeira vez que a gente teve um negócio de alto nível foi com a maconha da lata. Tanto é que virou gíria popular, ‘da lata’ virou uma expressão para designar coisas muito boas", diz.

O cineasta Neville D’Almeida confirma que "a erva tinha uma qualidade excepcional":

"Era muito boa, todo mundo fumou. Uma vez eu estava no Arpoador [zona sul do Rio] e vi uma lata nas ondas, veio até a areia. As pessoas abriram, fizeram um ‘baseado’ e vários fumaram. Era o verão, fim de tarde, o sol se pondo, a beleza daquele lugar, foi um episódio emocionante."

VAMOS ABRIR A RODA

O caráter coletivo do consumo é outro fator que ajudou a propagar o mito.

Como a carga largada no mar era imensa -as estimadas 22 toneladas dariam para encher cerca de 15 mil latas- e a PF apreendeu apenas 2.563 latas no país todo, havia muito a compartilhar.

"Todo mundo conhecia alguém que tinha um amigo com uma lata. O que era comum na época era a cerimônia de abertura da lata, quem tinha achado marcava um encontro", diz um cartunista paulista que fumou de uma lata achada em Ubatuba (SP).

"Virou uma febre essa coisa de se juntar nos fins de semana, se você não experimentasse, era uma pessoa fora de circuito", lembra Juçá.

"Toda semana tinha uma festa com uma surpresa que era consequência da lata: bolo, brigadeiro de maconha. Era a motivação do verão."

VERÃO DA LATA
AUTOR Wilson Aquino
EDITORA Barba Negra
QUANTO R$ 45 (240 págs.)

24/07/2012

Dentre as drogas do HSBC estava a marijuana de FHC?

Filed under: Bamerindus,Banespa,FHC,HSBC,Maconha,Santander — Gilmar Crestani @ 11:16 pm

 

FHC e as fraudes do Santander e HSBC

Por Mauro Santayana, em seu blog:
Entre outros legados de Fernando Henrique Cardoso, se encontra a desnacionalização de alguns bancos, estatais e privados. Os casos mais emblemáticos são o do Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, e o do Bamerindus, então controlado pelo Sr. José Eduardo de Andrade Vieira. O banco estatal paulista foi vendido ao espanhol Santander por 7 bilhões de dólares. A importância era muito inferior aos seus ativos reais.

A venda do Bamerindus, na calada da noite, ao HSBC, ainda parece mais grave. O seu controlador fora ministro do governo Itamar Franco e um dos principais financiadores da campanha de Fernando Henrique à Presidência, de cujo governo também participou. Segundo se informou, na época, o HSBC pagou um dólar pelos ativos bons do Bamerindus, e o Banco Central assumiu os ativos duvidosos, ou seja, suas dívidas e seus créditos junto ao mercado.
O Santander se transformou hoje no instrumento de transferência de recursos brasileiros para a matriz espanhola. Associado, ali, aos interesses do governo, hoje acossado pela mais grave crise econômica e social do país das últimas décadas, o Santander sobrevive com a forte participação da sucursal brasileira, responsável por um quarto dos lucros obtidos em suas operações mundiais.
O HSBC foi denunciado, por um comitê do Senado norte-americano, de associação criminosa com os narcotraficantes do México e com fontes financiadoras dos militantes muçulmanos no Oriente Médio. De acordo com a denúncia, que os controladores do banco atribuem à negligência de seus executivos, o HSBC realiza a lavagem de dinheiro dos cartéis mexicanos da droga, e serve de apoio a um banco da Arábia Saudita ligado à Al Qaeda. É possível que esse mesmo envolvimento seja descoberto na Colômbia, com os traficantes de cocaína, e no Afeganistão, o maior produtor mundial da papoula, de onde se extrai o ópio que, refinado, produz a heroína.
O HSBC ( Hong-Kong and Shangai Banking Corporation) apesar do nome, é uma instituição britânica, fundada em 1865, em Londres, que continua a ser sede. De todos os negócios feitos pelo governo Fernando Henrique com bancos estrangeiros, este permanece o mais misterioso. Segundo se sabe, ele foi concluído pelo então Ministro Pedro Malan em viagem sigilosa a Londres, e fechado ali durante a noite. Só então, depois de concluída, a negociação foi divulgada no Brasil.
O novo escândalo se soma aos demais, e a cada dia cresce a pressão da opinião pública mundial a fim de que os governos façam uma devassa nos grandes bancos internacionais e imponham regras rigorosas para o seu funcionamento. Um apelo neste sentido está sendo divulgado pela internethttp://www.avaaz.org/po/bankers_behind_bars_f/?tfGaodb), e se espera que, nas próximas horas, ele atinja um milhão de assinaturas.

Altamiro Borges: FHC e as fraudes do Santander e HSBC

01/07/2012

Os maconheiros saem detrás do arMário

Filed under: Maconha,Mario Vargas Llosa — Gilmar Crestani @ 11:07 am

 

La marihuana sale del armario

PIEDRA DE TOQUE.La prohibición de la droga sólo ha servido para convertir al narcotráfico en un poder económico y criminal vertiginoso que ha multiplicado la inseguridad y la violencia

Mario Vargas Llosa1 JUL 2012 – 00:07 CET

FERNANDO VICENTE

Poco a poco, la batalla por la legalización de las drogas va abriéndose camino y haciendo retroceder a quienes, contra la evidencia misma de los hechos, creen que la represión de la producción y el consumo es la mejor manera de combatir el uso de estupefacientes y las cataclísmicas consecuencias que tiene el narcotráfico en la vida de las naciones.

Hay que aplaudir la valerosa decisión del gobierno de Uruguay y de su presidente, José Mújica, de proponer al Parlamento una ley legalizando el cultivo y la venta de cannabis. De ser aprobada —lo que parece seguro pues el Frente Amplio tiene mayoría en ambas cámaras y, además, hay diputados y senadores de los partidos de oposición, Blanco y Colorado, que aprueban la medida—, ésta infligirá un duro revés a las mafias que, de un tiempo a esta parte, utilizan a ese país no sólo como mercado de la droga sino como una plataforma para exportarla a Europa y Asia. Esta ley forma parte de una serie de disposiciones encaminadas a combatir la “inseguridad ciudadana”, agravada de un tiempo a esta parte en Uruguay, al igual que en toda América Latina, por la criminalidad asociada al narcotráfico.

“Alguien tiene que ser el primero”, declaró el presidente Mújica a O’Globo, de Brasil. “Alguien tiene que empezar en América del Sur. Porque estamos perdiendo la batalla contra las drogas y el crimen en el continente”. Y el ministro de Defensa de Uruguay, Eleuterio Fernández Huidobro, señaló, como razón central de este paso audaz, que “la prohibición de ciertas drogas le está generando al país más problemas que la droga misma”. No se puede decir de manera más lúcida y concisa una verdad de la que tenemos pruebas todos los días, en el mundo entero, con las noticias de los asesinatos, secuestros, torturas, atentados terroristas, guerras gansteriles, que están sembrando de cadáveres inocentes las ciudades del mundo, y el deterioro sistemático de las instituciones democráticas de los países, cada día más numerosos, donde los poderosos cárteles de la droga corrompen funcionarios, jueces, policías, periodistas y a veces deciden los resultados de las justas electorales. La prohibición de la droga sólo ha servido para convertir al narcotráfico en un poder económico y criminal vertiginoso que ha multiplicado la inseguridad y la violencia y que podría muy pronto llenar el Tercer Mundo de narcoestados.

Según las primeras informaciones, este proyecto de ley pondrá en manos del Estado uruguayo el control de la calidad, cantidad y precio de la marihuana y los compradores deberán registrarse y tener cumplidos 18 años de edad. Cada comprador podrá adquirir un máximo de 40 porros al mes y los impuestos que graven la venta se emplearán en tratamientos de rehabilitación y de prevención y en la creación de un centro de control de calidad del producto. En un comentario a la iniciativa uruguaya que leo en Time Magazine, por lo demás muy favorable a la medida, se recuerda el mal administrador que suele ser el sector público, y con buen juicio se deplora que no se deje en libertad al sector privado de llevar a cabo esta tarea, eso sí, bajo una estricta regulación.

El problema de la droga concierne a la misma supervivencia de la democracia

En ese mismo ensayo se examina lo ocurrido en Portugal, donde desde hace una decena de años se legalizó de manera parcial la marihuana sin que ello haya traído consigo el aumento del consumo de drogas más fuertes, que es lo que suelen alegar que ocurrirá los que se oponen de manera irreductible a la legalización de las llamadas drogas blandas. Time Magazine recuerda además que, según las últimas encuestas, un 50% de los ciudadanos de Estados Unidos se declaran a favor de la legalización del cannabis. Extraordinaria evolución cuando uno recuerda la tempestad de críticas, y hasta de injurias, que recibió hace algunas décadas Milton Friedman cuando defendió la legalización de las drogas y predijo el absoluto fracaso de la política de represión en las que los gobiernos de Estados Unidos han gastado ya muchos billones de dólares.

El Gobierno del Uruguay, al atreverse a legalizar la marihuana, hace suyos muchos de los argumentos y estudios que viene difundiendo la Comisión Latinoamericana de Drogas y Democracia, que encabezan los expresidentes Fernando Henrique Cardoso de Brasil, César Gaviria de Colombia y Ernesto Zedillo de México, y de la que yo mismo formo parte con otras 18 personas, de distintas profesiones y quehaceres, de la región. Recibida al principio con reticencias y preocupación, y a veces duras críticas, esta Comisión ha ido ganando audiencia y respetabilidad por la seriedad de sus trabajos, en los que han participado siempre especialistas destacados, por su espíritu dialogante y la clara vocación democrática que la inspira.

El problema de la droga ya no sólo concierne a la salud pública, al descarrío de tantos niños y jóvenes a que muchas veces conduce, y ni siquiera a los terribles índices del aumento de la criminalidad que provoca, sino a la misma supervivencia de la democracia. La política represiva no ha restringido el consumo en país alguno, pues en todos, desarrollados o subdesarrollados, ha seguido creciendo de manera paulatina, y sí ha tenido en cambio la perversa consecuencia de encarecer cada vez más los precios de las drogas. Esto ha transformado a los cárteles que controlan su producción y comercialización en verdaderos imperios económicos, armados hasta los dientes con las armas más modernas y mortíferas, con recursos que les permiten infiltrarse en todos los rodajes del Estado y una capacidad de intimidación y corrupción prácticamente ilimitada.

Lo ocurrido en México es sumamente instructivo. El presidente Calderón, consciente del enorme riesgo para el funcionamiento de las instituciones que representaba el narcotráfico, decidió combatirlo de manera frontal, incorporando al Ejército a esta lucha. Los 50.000 muertos que esta guerra lleva ya en su haber no parece haber hecho mayor mella en las actividades criminales de los mafiosos, ni haber disminuido para nada el consumo de drogas blandas o duras en la sociedad mexicana, y sí, en cambio, ha desatado una creciente desesperanza y decepción hacia el gobierno, al que se reprocha incluso, con dureza, “haber declarado una guerra que no se podía ganar”. ¡Fantástica conclusión! ¿Había, pues, que bajar los brazos, rendirse, mirar para otro lado, y dejar que los pistoleros y traficantes de la droga se fueran apoderando poco a poco de todas las instituciones de México, que pasaran a ser ellos los verdaderos gobernantes de ese país?

Evidentemente, ésa no podía ser la solución. ¿Cuál entonces? La que, con gran mérito, está emprendiendo el gobierno uruguayo. Cambiar de táctica, pues la puramente represiva no sirve y es contraproducente, ya que beneficia a la mafia, a la que enriquece y confiere más poder. En las actuales circunstancias, la primera prioridad no es poner fin a la producción y al consumo de drogas, sino acabar con la criminalidad que depende íntimamente de estas actividades. Y para ello no hay otro camino que la legalización.

La prioridad no es poner fin a la producción y al consumo, sino acabar con la criminalidad

Desde luego que legalizar las drogas implica riesgos. Deben ser tomados en cuenta y combatidos. Por ello, quienes defendemos la legalización siempre subrayamos que esta medida debe ir acompañada de un esfuerzo paralelo para informar, rehabilitar y prevenir el consumo de estupefacientes perjudiciales para la salud. Se ha hecho en el caso del tabaco y con bastante éxito, en el mundo entero. El consumo de cigarrillos ha disminuido y hoy día quedan pocos lugares donde los ciudadanos no sepan los riesgos a los que se exponen fumando. Si quieren correrlos, sabiendo muy bien lo que hacen, ¿no es su derecho hacerlo? Yo creo que sí y que no está entre las funciones del Estado impedir a un ciudadano que goza de sus facultades llenarse los pulmones de nicotina si le da su real gana.

Siempre he tenido una gran simpatía por el Uruguay, desde el año 1966, en que fui a Montevideo por primera vez y descubrí que América Latina no era sólo una tierra de gorilas y terroristas, de revolucionarios y fanáticos, de explotadores y explotados, que podía ser también tierra de tolerancia, coexistencia, democracia, cultura y libertad. Es verdad que Uruguay pasó a vivir luego la atroz experiencia de una dictadura militar. Pero la vieja tradición democrática le ha permitido recuperarse más pronto que otros países y hoy, quién lo hubiera dicho, bajo un gobierno de un Frente Amplio que parecía tan radical, y un presidente de 77 años que fue guerrillero, es otra vez un modelo de legalidad, libertad, progreso y creatividad, un ejemplo que los demás países latinoamericanos deberían seguir

© Mario Vargas Llosa, 2012.

© Derechos mundiales de prensa en todas las lenguas reservados a Ediciones EL PAÍS, SL, 2012.

La marihuana sale del armario | Opinión | EL PAÍS

31/05/2012

¿Legalización? ¿O no?

Filed under: Isto é EUA!,Maconha — Gilmar Crestani @ 8:32 am

Pois é, “23,5 millones de estadounidenses que necesitan tratamiento antidrogas”, e aqui se entende o porque da violência do tráfico no México. É por lá que se distribui a matéria prima que alimenta os drogaditos ianques. E eles querem colocar base militar na Colômbia, na Bolívia e culpar a Venezuela. Se cuidassem das próprias fronteiras, ou do mercado interno, não precisariam tentar intervir nos outros países.

Por Juan Gelman

Una tendencia insospechada de la opinión pública estadounidense: desde 2001 a la fecha, el parecer favorable a la legalización del uso de la marihuana se ha convertido en mayoría, según las encuestas de Gallup, Zogby y otras firmas del ramo. Los informes periódicos de Rasmussen indican que el 56 por ciento de los entrevistados se pronuncia a favor de la idea y la tasa sube dos puntos si se regulara su venta y sólo en las farmacias (www.rasmussenreports.com, 17-5-02). El 32 por ciento se opone. Se han invertido las cifras.

Cuando Gallup inició la investigación del tema en 1969, apenas un 12 por ciento apoyaba la legalización de la droga y el 84 se pronunciaba en contra (www.gallup.com, 17-10-11). En el 2009, un informe del Instituto Nacional de Drogadicción y Salud señaló que casi 118 millones de estadounidenses de 12 años para arriba, es decir, el 47 por ciento de la población entonces, la habían fumado al menos una vez en el mes anterior a la realización del estudio. En algunos estados del país su consumo no se considera un delito; en otros se permite con fines medicinales y una encuesta de Gallup del 2010 reveló que un 70 por ciento estaba de acuerdo con que los médicos la recetaran para aliviar el dolor de los pacientes.

El entonces presidente Ronald Reagan declaró el combate a las drogas en octubre de 1982 mediante “una campaña planeada y concertada” contra todas ellas, “duras, blandas o lo que fueren”. Incrementó los fondos destinados a la lucha contra la drogadicción, así como el número de los equipos de tareas empeñados en la misma. Sus sucesores, Bush padre, Clinton y Bush hijo, aplicaron y aun ampliaron el alcance de esas políticas. También Obama, pese a sus reiteradas declaraciones de que la drogadicción debería concebirse más bien como “un problema de salud pública”.

El 17 de abril pasado se publicó el monto y empleo del presupuesto federal para el control de la drogadicción, que repite los lineamientos establecidos por W. Bush: un 60 por ciento se aplica a castigar el delito y un 40 a la prevención. Un grupo de policías, jueces y fiscales criticó ese mismo día al mandatario. Neill Franklin, que trabajó 32 años en la policía de Maryland hasta su retiro y es hoy director ejecutivo de Law Enforcement Against Prohibition (LEAP, por sus siglas en inglés) –entidad que brega por la legalización de las drogas–, fue severo con Obama: “El presidente hace un lindo jueguito cuando habla de las drogas como un problema de salud, pero hasta ahora no hay más que eso, palabras. En lugar de seguir financiando la misma y vieja ‘guerra contra las drogas’ de probada inutilidad, debería poner su dinero donde tiene la boca” (//copssaylegalize.blogspot.mx, 17-4-12).

Los datos sobre la drogadicción en EE.UU. proporcionados por instituciones federales no son ciertamente benévolos. El FBI informó que en el 2009 se arrestó a un drogadicto cada 19 segundos, más de 1,6 millón en total, de los que el 82 por ciento tenía dosis para uso personal (www2.fbi.gov, septiembre 2010). El Departamento de Justicia dio a conocer que el mercado ilegal de las drogas está dominado por 20.000 grupos instalados en más de 2500 ciudades (www.justice.gov, febrero 2010).

Según el Departamento de Salud, hay 23,5 millones de estadounidenses que necesitan tratamiento antidrogas, pero sólo el 10 por ciento lo recibe (//oas.samhsa.gov, septiembre de 2010). Un estudio de la Asociación Nacional de Jefes de Policía reveló hace años que el 82 por ciento de quienes ocupan ese cargo opina que la guerra contra la drogadicción no ha logrado reducirla (www.aphf.org, 2005). Una encuesta de Zogby International estableció que tres de cada cuatro estadounidenses estiman que esa guerra es un fracaso (www.zogby.com, octubre 2008). Y una constancia escalofriante: más de 50 personas mueren cada día por ingerir sobredosis involuntariamente. (Departamento de Salud, www2a.cdc.gov, marzo 2007.)

EE.UU. tiene la tasa más alta de consumo de marihuana y cocaína en el mundo (www.plos medicine.org, julio 2008) y esto habla a las claras de la dimensión del problema. Cabe sumarle un aspecto inquietante. El catedrático de Derecho Kenneth B. Nunn subraya en un artículo publicado en el número 6 de Journal of Gender, Race and Justice y reproducido parcialmente por la Universidad de Dayton (//academic.udayton.edu), que “los esfuerzos del Estado dirigidos a controlar la drogadicción constituyen asimismo una expresión de poder racial por parte de los grupos dominantes”. El trabajo se titula “Por qué la ‘guerra contra las drogas’ era una ‘guerra contra los afroamericanos’”.

Estadísticas de los Departamentos de Salud, de Justicia y de Comercio darían la razón a Nunn. Los afroamericanos constituyen el 13 por ciento de la población estadounidense y, correlativamente, el 13 por ciento de los drogadictos del país, pero son el 45 por ciento de los presos en cárceles estatales por delitos contra la salud (//bjs.ojp.usdoj.gov, diciembre 2010). En fin.

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