Ficha Corrida

06/11/2016

Dono da Folha exige monopólio da estupidez

A Folha não precisa reivindicar direito à estupidez. Pratica todos os dias, e talvez considere isso em benefício próprio porque tem inscrito como uma cláusula pétrea de sua história. A estupidez da Folha, por exemplo, está muito bem documentada no livro da professora e historiadora da UNICAMP/SP, Beatriz Kushnir, “Cães de Guarda”. Lá está, completa e por inteira, a autópsia da Folha de São Paulo. Para quem tiver interesse em saber como era edificante o papel da Folha durante a ditadura o livro, que pode ser baixado AQUI, dá uma aula sobre o tamanho da estupidez da família Frias.

A Comissão Nacional da Verdade também comprovou que a Folha emprestou furgões e peruas para que os agentes da ditadura transportassem clandestinamente os pedações de corpos de presos políticos. Que nome se pode dar a um grupo que vive de negociar informação que participa, patrocina sessões de tortura, estupro, morte e esquartejamento, não necessariamente nesta ordem, e ainda empresta veículos para esconder o que restou das sevícias em valas comuns do Cemitério de Perus, em São Paulo?!

Ontem mesmo o Luis Nassif demonstrou de forma cabal a retribuição da equipe do Eduardo CUnha ao apoio recebido em mais um golpe com a participação decisiva da Folha. Nunca é demais lembrar que a ditadura, para a Folha, claro, sempre foi uma ditabranda.

Qualquer ser normal, ainda que dotado da menor capacidade racional, percebe as grosseiras manipulações da Folha. Principalmente seu apoio incondicional à beatificação dos seus correligionários do PSDB. Só saem na Folha notícias ruins sobre membros do PSDB quando há briga de bugio nos intestinos da sigla. Geralmente com viés de promover uns em detrimento da outra facção. Como aquela capa dizendo que José Serra havia recebido 23 milhões na Suíça. Mas veja a sutileza, não era propina, nem corrupção, era “caixa dois”. Coincidentemente, na mesma semana em que Gilmar Mendes, a voz mais ativa do PSDB, e o Congresso buscavam descriminalizar a corrupção via Caixa Dois. A escolha das palavras é uma das virtudes, não dos estúpidos, mas dos manipuladores. A beatificação dos próceres do PSDB não é preocupação exclusiva da Folha. Os demais sócios do Instituto Millenium agem com a mesma preocupação. Isso explica porque, para os grupos mafiomidiáticos, há dois tipos de corrupção: uma boa e outra ruim. A boa é aquela praticada por seus parceiros ideológicos; ruim é toda aquela praticada por quem ousa denunCIA-la, e aí não importa se for alguém da própria famiglia.

A inconformidade da Folha com as redes sociais não é nova. O Estadão, logo que surgiram os Blogs independentes, também patrocinou uma campanha agressiva de descrédito contra os que ousavam discordar do discurso único.

 

O direito à estupidez

06/11/2016 02h00 – Otavio Frias Filho

"Discordo de tudo o que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo." Essa máxima de Voltaire, que sintetiza o espírito de tolerância preconizado pelo escritor iluminista, estaria entre seus ditos mais inspirados se os estudiosos não concordassem em atribuí-la a uma biógrafa sua, a inglesa Evelyn Beatrice Hall, que a inseriu entre aspas, como se fosse dele, num livro de 1906, "The Friends of Voltaire".

Graças ao legado iluminista, a mais ampla liberdade de expressão é requisito indispensável da democracia moderna. Não se admite censura prévia; toda opinião pode ser exposta, desde que não incite à violência. Ofendidos obtêm sanção contra ofensores e compensação na Justiça apenas caso se comprove agressão infundada à imagem de pessoa física, difusão de informação falsa capaz de causar dano ou violação de privacidade sem motivo de evidente interesse público.

O pensamento conservador sempre buscou cercear a liberdade de expressão em nome de valores tradicionais (religião, pátria, família) que não deveriam ser questionados pela crítica ou conspurcados pela sátira. Já o pensamento progressista mal dissimula uma atitude instrumental em face dessa e de outras liberdades. Era o caso de expandi-la enquanto se tratava de abalar os parâmetros morais e religiosos da sociedade patriarcal.

Agora, porém, que aqueles padrões foram desmantelados, substituídos pela afirmação de identidades parciais (étnicas, sexuais etc.) e por uma estratégia justiceira de reparações voltadas a cultivar, sob pretexto de aplacar, ressentimentos politicamente organizados, a esquerda assume posição mais ambígua. Surge uma convergência bizarra na qual direita religiosa e esquerda identitária concordam que certos atrevimentos, como os do jornal "Charlie Hebdo", são intoleráveis.

"Discordo do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de ser burro"–a paródia atribuída a Oscar Wilde, sempre imbatível em matéria de frases, sob as aparências de solapar a sentença voltairiana, ressalta que somos nós, aos olhos daquele que pensa diferente, quem exerce o direito à estupidez. Exceto no que for redutível à matemática, será sempre controvertido definir que opinião é certa.

Basta mencionar como nossa civilização tratava gays e fumantes há 50 anos e como trata hoje para ilustrar quão volúveis são os juízos humanos e provisórias as suas conclusões. Mesmo a ciência, nosso melhor método, mudou de recomendação duas vezes no lapso de uma geração sobre assunto prosaico, mas vital, como o consumo de ovos. Defender opiniões categóricas não passa de sintoma de uma credulidade extrema.

Por isso os autores que primeiro condenaram a censura prévia, como o poeta John Milton ("Areopagitica", 1644), e advogaram pela máxima latitude da liberdade de expressão, como o filósofo J.S. Mill ("Sobre a Liberdade", 1859), fundamentaram seus argumentos na falibilidade do juízo. O jogo contraditório de opiniões surge como mecanismo pelo qual erros são corrigidos, a sociedade evolui e o acervo de todas as opiniões, mesmo que detestáveis, é protegido como ambiente simbólico coletivo.

O poder fetichista das palavras se parece com o dos fantasmas. Para que o insulto preconceituoso surta seu efeito ofensivo contra minha pessoa, por exemplo, é preciso que uma contrapartida do preconceito viva em mim e que eu nutra respeito inconsciente pela opinião do ofensor ou de quem lhe der ouvidos. Não é por ser reprimida que uma piada racista ou sexista perde poder venenoso, mas quando deixa de ser engraçada, no curso de um processo de esclarecimento progressivo.

O espaço público, área compartilhada por todos onde esse processo de esclarecimento acontece, depende do contraditório entre posições antagônicas para se sustentar e expandir. Seu adversário na atualidade é cada vez mais o particularismo identitário que procura justificar a intolerância como tática para obter reparações historicamente devidas.

Essa contradição se reproduz nas redes sociais da internet, que deveriam propiciar um inédito espaço de diálogo universal e livre comunhão entre os seres humanos, mas deram origem a uma sociabilidade regressiva e neotribal, pulverizada em inúmeras células constituídas por algumas centenas de pessoas que tendem a reagir em bloco e vociferar seus pontos de vista com a truculência e o fanatismo das hordas.

19/06/2015

Folha, modus operandi

procusteToda vez que a falcatrua brota de um esquema tucano, a Folha entrega o ovo mas esconde a serpente. Se o esquema encontrado no ninho tucano fosse em algum governo petista, a manchete daria o nome do político, a filiação partidária, com acusações à Dilma, Lula, Haddad, e ainda diria se tratar de um esquema bolivariano. Como é sob o nariz da Folha, num governo que distribui milhares de assinaturas nas escolas públicas, a Folha dá o milagre mas não entrega o santo. Se dependesse dos assoCIAdos do Instituto Millenium e da Opus Dei, Geraldo Alckmin, apesar do PCC, do racionamento d’água e epidemia de dengue ainda assim seria canonizado. A PM paulista deve ter Robson Marinho de patrono para se sentir tão à vontade para, ao invés de combater bandidos, roubar o lugar deles.

E se ao invés da maioridade penal o PSDB empunhasse a bandeira da criminalização de seus bandidos? Até porque criminalizar bandidos concorrentes eles o fazem muito bem!

Toda vez que veja estampados os pesos e medidas da Folha lembro-me do bandido da mitologia grega, Procusto. Espicha ou corda segundo o interesse, que, no  caso tucano, é a aplicação da Lei Rubens Ricúpero.

É brochante ter de vir todos os dias apontar as patifarias dos representantes de 12% da população. Até porque sabemos que estes 12% só leem manchete, jamais conseguem chegar ao final do primeiro parágrafo. É por isso que não formulam, apenas grunhem. Gostaria de não precisar fazer isso, o que me daria mais tempo e liberdade para atacar Dilma e sua languidez nos braços da direita mequetrefe.

Esquema em licitações da PM foi mantido por empresas de fachada

Fraude em compras da polícia chega a R$ 10 milhões; firmas não funcionam em endereços citados

Empresas recebiam os pagamentos antes mesmo de prestarem os serviços; por ora, só um policial é investigado

REYNALDO TUROLLO JR.ROGÉRIO PAGNANDE SÃO PAULO

Um esquema de fraudes em licitações no Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo foi sustentado por uma rede de empresas de fachada ou com ligações entre si.

Como a Folha revelou nesta quinta (18), uma sindicância interna da PM confirmou fraudes estimadas em ao menos R$ 10 milhões em compras de itens diversos –de clipes a autopeças– e contratações de serviços, como obras e reparos, entre 2009 e 2010.

As suspeitas, por ora, recaem sobre o tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, que admitiu parte do esquema e disse ter usado os recursos desviados para pagar contas da própria PM, jamais para enriquecimento ilícito.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB), esse oficial, que já está na reserva, pode perder a patente e todos os seus benefícios.

O esquema, durante as gestões tucanas de José Serra e Alberto Goldman, incluía a compra de produtos que não eram entregues, o fracionamento das licitações (para escapar da fiscalização externa) e a contratação de empresas derrotadas nos certames.

FANTASMAS

A sindicância da PM, agora em poder do Ministério Público, não investigou as empresas envolvidas. A Folha visitou as supostas sedes de cinco delas, conforme os registros na Junta Comercial.

Três são residências, e os vizinhos nunca ouviram falar das firmas. Além disso, algumas já estiveram registradas no mesmo endereço de outras.

A Rogep Auto Peças, por exemplo, que recebeu R$ 1,7 milhão por peças que não foram entregues, já esteve registrada no mesmo endereço da Rali Comércio e Serviços, contratada com frequência para reparos no Comando-Geral.

Já a Construworld Materiais para Construção, que ganhou ao menos R$ 222 mil para pequenas obras e fornecimento de pisos de granito, está registrada numa casa na periferia da zona norte.

Antes, esteve registrada no mesmo endereço da Comercial das Províncias, na zona leste, firma contratada para a instalação de rede de dados.

Outra empresa sem sede é A Luta Comércio e Serviços de Equipamentos Eletrônicos –que, apesar do nome, também era contratada para pintar esquadrias de ferro e consertar a rede de esgoto. Fica numa casa em Osasco (Grande SP), onde a moradora afirmou desconhecê-la.

Conforme a documentação reunida pela sindicância da PM e obtida pela reportagem, as empresas recebiam os pagamentos antes mesmo de prestarem os serviços.

    26/04/2015

    Conheça a Folha que segura o caule

    Filed under: Allan Carvalho,Ódio de Classe,Ernani Fernandes,Folha Política,PSDB — Gilmar Crestani @ 10:21 pm
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    Perguntas que não querem calar.

    Por que os difamadores precisam de anonimato? Seria em defesa de quem os finanCIAm? Por que essa prática está sempre assoCIAda ao PSDB? Como o Fernando Gouveia, também Allan Carvalho e Ernani Fernandes recebem mesada de 70 mil reais do Alckmin, Aécio e Beto Richa?

    Não bastasse terem o apoio do jornal da d. Judith Brito, o PSDB ainda precisa recrutar este tipo de zumbi? Imagino o orgulho para os pais estes dois  vira-latas

    Quem é o criador do site de difamação Folha Política e por que ele se esconde

    Postado em 26 abr 2015 – por : Pedro Zambarda de Araujo

    Ernani e um de seus colaboradores do "Folha Política"

    Ernani e um de seus colaboradores do “Folha Política”

    O site de direita Folha Política é um dos maiores propagadores de boatos e desinformação da internet. Seus artigos ou são anônimos ou assinados por uma certa Lígia Ferreira. O idealizador daquilo se chama Ernani Fernandes. Ele era estudante de Direito em maio de 2013, quando escreveu alguns textos atacando o número de ministérios da gestão de Dilma Rousseff.

    Fernandes é um dos fundadores do Movimento Contra Corrupção, o MCC, e deu uma entrevista na mesma época, há quase dois anos, defendendo a criação de um veículo de comunicação novo. “[Existe o] caráter tendencioso dos meios de comunicação, aventando a necessidade de uma forma de divulgação de informações isenta”, disse.

    O MCC foi criado na época das eleições municipais de São Paulo em 2012 e não apoiou nenhum candidato, criticando inclusive José Serra e Celso Russomanno. No entanto, a partir do ano seguinte, passou a centrar fogo nos petistas.

    No site do MCC, há um link de recomendação para a Folha Política. Já na Folha Política, não há nenhum link mencionando o Movimento Contra a Corrupção que a apoia.

    Uma leitora do DCM trouxe dados interessantes do site Who.is, que mostra informações sobre registros dos endereços na internet através de dados da instituição americana ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers). Os dados da Folha Política estão ocultos e foram registrados no dia 7 de maio de 2013, na mesma época da entrevista do MCC. O domínio é de Queensland, na Austrália.

    Por que um endereço de internet fora do Brasil? Gravataí Merengue, do blog Implicante, diz que faz isso por causa da “exposição indevida que domínios no Brasil (.br) apresentam”. O mesmo blogueiro acusado de receber 70 mil reais do governo Alckmin alega que a opção pelo .org é para obter com mais facilidade a privacidade dentro de solo americano e reduzir custos.

    É realmente mais barato lá fora, mas estes sites buscam registros no exterior para não ter que se explicar na Justiça brasileira ou segundo os preceitos do Marco Civil da Internet aprovado no país. A Folha Política parece adotar o mesmo procedimento do Implicante nesse aspecto.

    Se você digitar o endereço do site do Movimento Contra Corrupção, o mesmo domínio de Nobby Beach, em Queensland, aparece sem um dono do registro ocultado a pedido dos proprietários. No entanto, o LinkedIn de Ernani Fernandes o liga aos dois sites.

    Ele seria administrador de um grupo empresarial chamado Raposo Fernandes. Essa companhia teria uma “escola filosófica” para ensino de humanidades com site próprio. Se você acessar a fanpage no Facebook desta instituição, o que encontra? Textos da Folha Política.

    Procurando pelo Who.is da escola filosófica, encontramos como proprietário o nome de Ernani Fernandes Barbosa Neto com um domínio em São Paulo.

    Outro autor apareceu em maio de 2013. Seu nome é Allan Carvalho e ele se define como estudante de administração e coordenador nacional do Movimento Contra Corrupção.

    O DCM tentou falar com Ernani Fernandes. Por email, perguntamos se a Folha serve como veículo de informação do MCC, se ele realmente é o fundador, quem é o editor, por que não há autores identificados na maioria dos artigos e se eles temem processos. Até o momento da publicação deste texto, ele não nos respondeu.

    Em mais de dois anos no ar, o site Folha Política pratica antijornalismo a serviço de uma milícia política. O MCC não tem coragem de se assumir tucano ou pró-PSDB, mesmo fazendo apenas críticas antipetistas. A estrutura desta rede de difamações é um mistério, mas está serviço de alimentar o ódio nas redes sociais para colher frutos.

    (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

    Pedro Zambarda de Araujo

    Sobre o Autor

    Escritor, jornalista e blogueiro. Atualmente escreve sobre tecnologia e games no site TechTudo. Teve passagem pelo site da revista EXAME. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, estuda filosofia na FFLCH-USP.

    Diário do Centro do Mundo » Quem é o criador do site de difamação Folha Política e por que ele se esconde

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