Ficha Corrida

29/01/2015

Rodízio à moda tucana

agua rodizio paulistaFolha fura, enfim, a blindagem mafiomidiática em relação ao legado de quase trinta anos de choque de gestão do PSDB em São Paulo. 

Agora que a Folha sai do armário, aguardo as manifestações sempre embasadas no despeito e no diversionismo do Fernando Francischini, do Álvaro Dias e o Antonio Ambassay, os trolls da internet. A velha mídia, no sempre lembrado método Rubens Ricúpero, não revela de onde os tucanos tiram o dedo que está sempre em riste para fiscalizar a moralidade alheia, mas o cheiro denuncia. Que os tucanos façam isso, é da sua natureza, que a mídia empreste defesa, coisa de jornalismo de aluguel,(pago com a distribuição de milhares de assinaturas

Eles que têm opinião sobre tudo que, para atingir Dilma se perfilam ao lado de golpistas paraguaios ou de qualquer outro lugar, que defendem o assassinato do traficante brasileiro na Indonésia mas se calam diante dos parceiros com 450 kg de cocaína.

Onde estão os profetas do apocalipse petista, Eliane Cantanhêde, Merval  Pereira, Arnanldo Jabor? Cadê as considerações deles a respeito da meritocracia implantada pelos tucanos na SABESP. E não é que as privatizações resolveriam todos o problemas do Brasil.

As privatizações do FHC vieram para resolver problemas que antes não tínhamos, mas quem lucrou com isso, todos os grupos mafiomidiáticos, empreiteiras, que agora foram pegas pela Operação Lava Jato, adquiriram empresas públicas com empréstimos feitos no BNDES. Esse é o legado tucano que os xiitas da moralidade alheia não conseguem articular um parágrafo com sujeito verbo e predicado.

cp28012015CRISE D’ÁGUA 

SP projeta ‘rodízio drástico’ de água para evitar o colapso do Cantareira

Segundo a Sabesp, Grande São Paulo pode ter racionamento de cinco dias sem água por semana

Estratégia será adotada caso chuvas continuem abaixo da média e outras ações não evitem colapso do reservatório

FABRÍCIO LOBELDE SÃO PAULOGUSTAVO URIBE

Sem dar detalhes nem uma possível data de início, o governo paulista admitiu que poderá adotar um rodízio "drástico" e "pesado" de água na Grande São Paulo.

A medida, segundo a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), seria uma última opção para evitar o colapso completo do sistema Cantareira, reservatório que atende 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e que ontem operava com 5,1% de sua capacidade.

São Paulo vive hoje a pior crise hídrica da história, e o Cantareira pode secar completamente em março.

Ontem, a informação sobre o rodízio partiu do diretor metropolitano da Sabesp, o engenheiro Paulo Massato. Segundo ele, diante do eventual agravamento da crise, a Grande SP poderá ter, por semana, cinco dias com rodízio.

"Se as chuvas insistirem em não cair no Sistema Cantareira, seria uma solução de um rodízio muito pesado, muito drástico", disse, pela manhã, após evento com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Procurada ao longo de todo o dia por meio de sua assessoria, a Sabesp não detalhou o plano apresentado pelo diretor da empresa.

Não se sabe, por exemplo, se a ideia de rodízio considera que toda a metrópole fique sem água cinco dias seguidos ou se haverá um esquema de alternância de fornecimento de água entre os bairros.

Na entrevista, o executivo da Sabesp ponderou que esse modelo de rodízio será implementado em SP caso:

1) as chuvas nos mananciais sigam abaixo da média: neste janeiro, a previsão é de que as chuvas no Cantareira fiquem abaixo da média, assim como nos últimos nove meses no reservatório.

2) as obras para ampliar a produção de água não avancem em tempo: a maioria das obras anunciadas até agora tem inauguração prevista entre 2016 e 2018;

3) o plano para aproveitar a poluída reserva da Billings fique inviável: anunciado na última semana por Alckmin, o plano, no entanto, não foi detalhado pelo governo ou pela Sabesp.

Segundo o professor da Unicamp e especialista em hidrologia Antonio Carlos Zuffo, uma possibilidade é a Sabesp dividir a cidade em sete setores. Em cada um deles, o morador terá água por dois dias e, no restante da semana, ficaria sem água.

"É uma medida severa, mas que traduz a realidade do Cantareira. Acabando a água do Cantareira, é a única forma de continuar abastecendo a cidade", disse.

"Resta saber se a medida seria aplicada à toda Grande São Paulo ou apenas à região atendida pelo Cantareira."

Ainda que não tão drástico, essa medida também não seria uma novidade para moradores de São Paulo e de seu entorno.

Em 1985 e 2000, por exemplo, alguns bairros entraram em sistema de rodízio com um dia completo sem água e dois dias seguidos com fornecimento normal.

Um rodízio seria a mais duro medida de Alckmin para enfrentar a crise, após, entre outros pontos, economizar água com a redução da pressão nos encanamentos e adotar a cobrança de uma sobretaxa na conta dos "gastões".

Mesmo durante a severa estiagem de 2014, o tucano, então candidato à reeleição e que acabou eleito no primeiro turno, disse em diferentes oportunidades que SP não corria risco de desabastecimento de água. Disse também que nem teria de submeter Grande São Paulo a esquemas de racionamento ou rodízio.

Hoje, um eventual racionamento teria que ser aprovado e regulado pela Arsesp (agência estadual).

 

São Paulo prevê iniciar rodízio de água até abril

O prazo coincide com o fim do período chuvoso no Sudeste e com a
estimativa do término da segunda cota do volume morto do Cantareira

    CRISE DA ÁGUA

    Governo Alckmin projeta para abril início do rodízio

    Sem modelo definido, medida pode deixar Grande SP até 5 dias seguidos sem água

    Racionamento pode começar apenas em região abastecida pelo Cantareira, que atende 6,2 milhões de pessoas

    FABRÍCIO LOBELGUSTAVO URIBEDE SÃO PAULO

    Diante da maior crise hídrica da história da Grande São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) prevê o início de um rodízio de água até a primeira quinzena de abril.

    O prazo discutido entre integrantes do governo e dirigentes da Sabesp, a estatal de saneamento, coincide com o fim do período chuvoso e a previsão de término da segunda cota do volume morto do sistema Cantareira.

    Hoje, o sistema abastece 6,2 milhões de pessoas nessa região. Na capital, atende toda a zona norte e partes das regiões leste, oeste, centro e sul.

    O formato do rodízio, porém, ainda não foi definido. Segundo a Folhaapurou, o cenário de 5 por 2 (cinco dias sem água para dois dias com abastecimento), citado pelo diretor Metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, é o mais drástico entre os analisados.

    A metrópole só escaparia do rodízio agora, caso o período chuvoso registrasse um volume acima da média, o que é avaliado como improvável pelos meteorologistas.

    A equipe técnica da Sabesp estuda, por exemplo, entre outras alternativas, aplicar o rodízio num primeiro momento apenas sobre a área atualmente atendida pelo Cantareira –outros cinco mananciais atendem a Grande SP.

    No último rodízio feito na capital paulista, em 2000, por exemplo, por causa do baixo nível do sistema Guarapiranga, somente a zona sul e parte da zona oeste foram afetadas por cortes de água.

    Na época, o racionamento ocorria por um período de 24 horas, a cada três dias.

    Neste momento, a Sabesp discute ainda colocar a Grande SP em regimes menos drásticos que o já anunciado, como de 4 (sem água) por 2 ou de 3 (sem água) por 2.

    Essa escolha está condicionada ao volume de água que terá de ser economizado até o início do próximo período de chuvas, em outubro.

    Segundo especialistas ouvidos pela Folha, independentemente do período determinado, a Sabesp teria de oferecer ao menos dois dias seguidos de abastecimento em cada bairro, para garantir que os locais mais distantes dos reservatórios recebam água.

    "Num turno de apenas 24 horas com água, é possível que, em locais mais distantes, a água não chegue. Então, por isso, a decisão de dois dias com água", disse o professor Antônio Carlos Zuffo, da Unicamp.

    Ainda segundo especialistas, modelos com menos dias de torneiras secas, como o de 2 por 2, por exemplo, podem ser pouco econômicos diante da gravidade dessa crise.

    O governo estadual calcula ainda que a decisão do modelo a ser adotado deverá ser tomada pelo menos um mês antes do início do rodízio.

    Além do lançamento de uma campanha publicitária para orientar a população, deverão ser feitas adaptações nas tubulações da rede.

    Hospitais, escolas e presídios, por exemplo, teriam de ter um regime especial.

    Nesta sexta-feira (30), o governador deve ir a Brasília para encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT).

    Juntos, devem anunciar a inclusão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da obra de transposição de água do rio Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, para uma represa do Cantareira.

    Com isso, a obra poderá ser contratada mais rapidamente, fora do processo normal de licitação. Com valor de R$ 830 milhões, a previsão é de que fique pronta em 2016.

    03/10/2014

    Nem os colunistas da direita suportam mais Jabor

    Jabor está sendo descartado como um bagaço de laranja. Tiraram dele o suco, e agora não suportam o cheiro contraproducente de sua putrefação. A direita sabe se livrar de seus incômodos

    MARIO SERGIO CONTI

    Degradar e destruir

    Jabor escolheu o papel de bufão da burguesia; dispara disparates e é elogiado pelo nosso chofer de táxi

    Arnaldo Jabor apresenta o seu novo livro, "O Malabarista", lançado pela editora Objetiva, como uma coletânea de seus melhores textos, que ele publica há mais de duas décadas em jornais. Como a maioria deles já foi recolhida antes em livros, o resultado é o suprassumo do que fez na imprensa, os escritos que considera "relevantes e dos quais me orgulho".

    Relevância há, mas negativa: o livro mostra a deterioração de um artista de talento, que deixou de ser crítico cáustico da ignorância filisteia para se tornar o seu porta-voz. E orgulho não deveria haver porque o que ele apresenta é subliteratura naturalista.

    Jabor começou a fazer crônicas nos anos 1990 porque precisava sobreviver, e o cinema nacional entrara numa de suas crises cíclicas, inviabilizando o seu trabalho. Ele trouxe para as suas colunas, como notou Ismail Xavier, alguns dos procedimentos do cinema novo.

    Com distanciamento irônico, espetacularizava os feitos de Collor e sua gangue, vendo-os como figuras patéticas e ferozes da modernização conservadora.

    O ímpeto apocalíptico teve um curto circuito no governo tucano, ainda segundo Ismail Xavier. Jabor aderiu ao governo e passou a advogar a conciliação em torno de Fernando Henrique Cardoso. O prisma da desqualificação passou a ser pessoal e utilitário, reduzindo o alcance da crítica.

    "O Malabarista" não traz nada sobre os fatos políticos do dia a dia. Mas há uma sentença que ecoa aqueles tempos: "Eu me sentia um FHC tentando conciliar o inconciliável". O contexto da frase mostra mais o atoleiro em que Jabor se meteu do que ilumina a cena brasileira.

    Ela aparece numa crônica em que Jabor conta que tomou uma canja de galinha num dos restaurantes mais caros de São Paulo. Achou o preço exagerado e reclamou com o garçom e o maître. Esse fato, corriqueiro na vida de um parvenu, vira um chorrilho de chofer de táxi malufista contra tudo e contra todos. O tom geral é o da cantilena que o Brasil não tem jeito, é o fim do mundo, isso o governo não vê.

    Como Jabor cultiva o ribombar estilístico, os clichês têm brio altissonante. O preço da canja é "uma prova do grande pudim inercial do nosso destino"; "não há no Brasil desejo de democratizar o consumo"; "preços baixos prejudicam o luxo do privilégio"; se a sopa fosse barata, "não teria graça" porque "até os pobres poderiam comer no Antiquarius".

    Ao se colocar como protagonista da comédia de costumes, Jabor joga com a ambiguidade da situação, na qual todos são desqualificados. Mas como é o intelectual quem escreve, e não o garçom, e ele tem consciência dos fatos e de si mesmo, Jabor paira sobre o texto, degradando e destruindo quem está abaixo. Aos pobres, por serem pobres. Aos ricos, por não terem consciência. Ao Brasil, por ser o que é.

    A operação de se pôr entre aspas, "au-dessus de la mêlée", não propicia que se veja a sociedade e os seus tipos de cima. Ao contrário. Jabor afunda em si mesmo e tenta provar que é interessantíssimo. Eu, eu, eu, eu: "O Malabarista" não sai disso. É obscenamente egocêntrico.

    Poderia ser de outro jeito? Claro que sim: "Opinião Pública", "Tudo Bem" e "Eu Sei que Vou te Amar" são filmes corrosivos, que mostram uma enorme disposição de entender os outros, de expor a sociedade.

    Entra aí uma questão de meios e escolhas. Os filmes, feitos em condições difíceis, eram arte que captava em muitos momentos o espírito do tempo, do qual se alimentava. Já o colunismo, doença infantil do jornalismo, é uma atividade maquinal que desvai facilmente para o desleixo e o personalismo.

    Gostosamente, Jabor escolheu o papel de bufão da burguesia. Dispara disparates e é elogiado pelo nosso chofer de táxi. É possível até ouvi-lo: "O ‘seu’ Jabor não tem papas na língua!".

    02/10/2014

    Cassandra abre a Caixa de Pandora

     

    Arnaldo Jabor previu a data exata do apocalipse no Brasil

    Postado em 01 out 2014 – por : Kiko Nogueira

    Arnaldo Jabor previu o apocalipse no Brasil. Não foi a primeira vez e nada indica que será a última. O Antônio Conselheiro do Leblon fez uma lista de catástrofes se Dilma for reeleita.

    Confira comigo no replay:

    • Com o controle da mídia, poder-se-á por em prática “a velha frase de Stalin: ‘As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque deveríamos permitir que tenham ideias?’.
    • Serão criados “os conselhos de consulta direta à população, disfarce de ‘sovietes’ como na Rússia de Stalin”.
    • “Continuaremos a ser um ‘anão diplomático’ irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do Exterior de Israel.”
    • “Continuaremos a ‘defender’ o Estado Islâmico e outros terroristas do ‘terceiro mundo’, porque afinal eles são contra os Estados Unidos”.
    • “O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: ‘Como deixar independente o BC?’”.
    • A Inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a ‘inflação neoliberal’.
    • “Os crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão ignorados, pois, como afirma o PT, são ‘meias-verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação…’”.
    • “E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e as mulheres pobres do País que não puderam estudar, que não leem jornais, que não sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) – ‘que sorte para os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem’”.

    Vou poupar você da profecia completa, mas ela está aqui, caso interessar possa.

    É um tema antigo e caro ao Jabor, o da desintegração nacional. Há algum tempo, contou o que sentiu ao assistir uma reportagem da CNN sobre o Rio de Janeiro: “A repórter americana estava à beira de um colapso nervoso com a degradação do país, alertando estrangeiros civilizados sobre o perigo de vir à Copa. Já andei por fundos sertões e não sou criança, mas parecia que estávamos na Nigéria, na área do Boko Haram, um daqueles lugares mortos que não fazem parte nem do mundo pobre. Ficou-me claro que aqui já vivemos uma “pós-miséria” incurável, africanizada.”

    Jabor olha para o mar de Ipanema e chora sangue diante do futuro que se avizinha. Sua transformação em adventista do sétimo dia representa um passo adiante em sua carreira.

    Dilma e Lula são o anticristo, com o número 666 tatuado no couro cabeludo (daí o laquê da presidente). Por trás desse discurso está um desejo de que o país acabe para, entre outras coisas, ele poder gritar: “Eu não avisei?”

    Jabor é pago para apregoar o desfortúnio e, se agarrar algum trouxa no meio do caminho, maravilha. Está sempre empurrando seu público para o limite, testando-o para ver o nível de absurdo a que ele está disposto a se submeter.

    Estamos a caminho do bolivarianismo, não há dúvida. Seu filho dependerá de sovietes para decidir em que escola vai estudar. Se ele não preferir se alistar no Estado Islâmico. Etc.

    O que menos importa é se existe algum pé na realidade. Quem não acredita que marchamos para o fim do mundo é um inocente útil, um ignorante, alguém que “não lê jornais” — ou um comunista, claro.

    “As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres”, diz ele. A destruição da liberdade continuará acontecendo no Brasil, segundo AJ. Se não acontecer, é importante que essa ameaça paire no horizonte, próxima o suficiente para manter fresco o arsenal de paranoia de extrema-direita que alimenta malucos como Arnaldo Jabor.

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    Sobre o Autor

    Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

    Diário do Centro do Mundo » Arnaldo Jabor previu a data exata do apocalipse no Brasil

    12/07/2014

    Copa, imagine sem os vira-latas!

    A questão não se resume aos turistas que vieram, mas ao que significa a vinda de um turista. A campanha para difamar o Brasil e, com isso, diminuir a vinda de turistas, tinha e tem a ver com o interesse em que as pessoas de outros países não ficassem sabendo como estão as coisas por aqui. Quanto menos pessoas viessem, menos chances de que ficassem sabendo da verdade. Precisou a mídia externa dizer que esta é a Copa das Copas para que a nossa velha mídia golpista desse a mão à palmatória.

    Não seria o caso de se cobrar na justiça quem espalho que teríamos caos nos aeroportos, que haveria epidemia de dente e febre amarela. Por onde andam aqueles que diziam que teríamos seleção mas não teríamos estádios?

    Quem vai ressarcir aqueles donos de bares, restaurantes, lojas hotéis que poderiam ter faturado ainda mais não fosse o complexo de vira-lata. Não foi só o complexo de vira-lata, mas do vira-lata que contraiu raiva e, por isso, virou hiena hidrófoba.

    Todos os que se voltavam contra a Copa estavam ou foram contratados para trabalharem na velha mídia. O Instituto Millenium sabe onde há canil abarrotado de vira-lata. Basta olhar para os que ocupam postos de visibilidade nas cinco irmãs (Globo, Veja, Folha, Estadão & RBS). Sempre foram vira-latas, antes da Copa viraram hienas, e agora, após o sucesso, estão vestidos com peles de Luluzinhos da Pomerânia.

    copa oA COPA COMO ELA É

    Copa mais do que dobra número de turistas no país

    Quase 700 mil estrangeiros entraram no Brasil em junho; em compensação, turismo interno de negócios reduziu

    SP recebeu 500 mil turistas, de acordo com prefeitura, que reconheceu problemas na Vila Madalena

    DE SÃO PAULO

    Quase 700 mil turistas estrangeiros (691.940) de 203 nacionalidades entraram no Brasil em junho por terra, mar ou ar –a grande maioria atraída pela Copa– segundo dados da Polícia Federal.

    O volume é 132% maior que o registrado no mesmo mês de 2013, quando 298 mil estrangeiros ingressaram no país.

    Os argentinos, com 101 mil turistas, são a maioria. Americanos (83 mil), chilenos (44 mil), colombianos (41 mil) e mexicanos (34 mil) completam o topo desse ranking.

    O número superou a estimativa feita pelo governo para todo o Mundial (600 mil). Não foram computados os dados de julho, que devem ser divulgados nos próximos dias.

    Em 2010, cerca de 1,4 milhão de estrangeiros entraram na África do Sul no período da Copa –310 mil deles exclusivamente para o evento. Na Alemanha, em 2006, foram cerca de dois milhões, a metade atraída pela Copa. Os dados são das agências de turismo dos dois países.

    A cidade de São Paulo recebeu cerca de 500 mil visitantes, afirmou nesta sexta (11) a prefeitura. Dos turistas, 299 mil eram brasileiros e 197 mil, estrangeiros –a exemplo do fluxo no restante do país, a maioria veio da Argentina.

    FEIRAS

    Segundo a SPTuris (empresa de turismo da cidade), o volume é 8,6% superior à média de pessoas que vêm a cidade no mesmo período para feiras de negócios –eventos que deixaram de ser realizados na primeira fase da Copa.

    Embora não haja dados disponíveis, a cidade perdeu outros turistas de negócio, atividade que visivelmente esfriou durante o Mundial.

    Os turistas que estiveram São Paulo gastaram cerca de R$ 1 bilhão entre 12 de junho e 10 de julho, ainda de acordo com a prefeitura.

    Em média, o turista estrangeiro despendeu R$ 4.800 por dia; o brasileiro, R$ 2.500.

    Segundo a prefeitura, os dados são de uma pesquisa feita nos principais pontos de concentração de turistas, com cerca de 5.000 entrevistas.

    Em seu balanço, a gestão fez um mea-culpa e reconheceu ao menos dois problemas. O primeiro foi a superlotação da Vila Madalena, point’ de brasileiros e estrangeiros, que pegou a administração de surpresa e resultou em trânsito, brigas e até venda de drogas ao ar livre.

    A prefeitura também não previu o gigantesco engarrafamento –pico de 302km, terceiro maior da história– no segundo jogo do Brasil, contra o México, em 17 de junho. Foi obrigada a ampliar o horário do rodízio de veículos nos demais jogos da seleção.

    A gestão diz ter gasto de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões com o "custo operacional" do evento. Mas não contabilizou obras, como os R$ 150 milhões das intervenções viárias no entorno do Itaquerão.

    (CÉSAR ROSATI E ANDRÉ MONTEIRO)

    05/07/2014

    Mais uma obra dos carniceiros da velha mídia

    Alguém ainda deve lembrar dos violentos ataques de falsa moralidade dos pittbulls da velha mídia. Sentados na poltrona do patrão, têm ataques epilépticos, babam, rosnam. Mas sempre em relação aos PPPP. Arnaldo Jabor, Rachel Sheerazade, Lasier Martins, Luis Carlos Prates, e toda uma matilha que infestam páginas de revistas e jornais vivem de fazer justiça com as próprias fezes. Não é muito diferente disso quando uma Eliane Cantanhêde espalha o terror em relação à febre amarela. Uma campanha da velha mídia levou milhares de pessoas pelo Brasil a fora a se vacinarem com medo de contraírem a doença. Algumas vieram a morrer, por efeitos colaterais da vacina, que viviam em regiões sem registro de caso nem risco de que viessem a ter.

    O ex-presidente do São Paulo, em entrevista a ESPN, contou a história a respeito das Olimpíadas na China. Por mais de 50 anos o Ocidente vendeu que os chineses comiam escorpiões, ratos e criancinhas. Bastou um mês de Olimpíadas para que o Ocidente descobrisse um mundo totalmente diferente daquele que a China, em vão, tentava mostrar ao Ocidente. É também isto que está acontecendo no Brasil. A velha mídia vendeu ao exterior um horror do Brasil que iria sediar a Copa. Bastou menos de um mês de Copa para que o mundo descobrisse que o maior problema do Brasil reside nos Grupos MafioMidiáticos. São eles que incitam o ódio, deturpam para eleger um Caçador de Marajás. Não fosse a Parabólica do Rubens Ricúpero e não saberíamos dos bastidores da Globo com FHC na eleição deste. O Escândalo Proconsult é outro exemplo de outro ponto fora da curva em que a velha mídia se mete.

    O ódio da velha mídia, patrocinada por grupos como o Banco Itaú, foi mostrado ao mundo na abertura da Copa do Mundo. Ali estava sendo mostrado ao mundo o tipo de gente que tem ódio aos PPPP(preto, pobre, puta e petista). D. Judith Brito fez certo ao dizer que a Folha era a verdadeira oposição ao governo. Faltou a ela autorização do Instituto Millenium para dizer a verdade sobre os demais a$$oCIAdos.

    O professor ladrão e a Revolução Francesa, por Urariano Mota

    sab, 05/07/2014 – 10:52 – Atualizado em 05/07/2014 – 11:53

    Por Urariano Mota

    A Copa do Mundo é o assunto fundamental este mês. Mas a vida continua, dentro e fora dos estádios de futebol. Daí que é necessário falar do que não gostaríamos, mas é imperioso falar. Parece mesmo que não temos um minuto só de trégua, de paz, ainda que falsa. É o caso desta notícia, esta semana, que copio e passo a comentar agora.

    “Acusado de assalto, professor de História é obrigado a dar aula para provar inocência

    Espancado por moradores, André Luiz Ribeiro precisou dar aula sobre Revolução Francesa e ainda foi preso por dois dias

    Confundido com um ladrão….”

    Primeira pausa. Se fosse um ladrão estaria certo sofrer o que o professor sofreu?

    Mas continuando:

    “…Um professor de História foi espancado por moradores da periferia de São Paulo e só conseguiu se livrar do linchamento quando, segundo ele, foi obrigado a dar uma aula sobre Revolução Francesa. Mesmo assim, André Luiz Ribeiro, 27 anos, foi levado para a delegacia, onde ficou por dois dias, já que o dono do bar assaltado confirmou em depoimento que ele seria o ladrão.

    O professor contou que quando foi socorrido por Corpo de Bombeiros, teve de ‘dar uma aula’ sobre a Revolução Francesa para provar sua inocência. Os bombeiros declararam que ‘informações são improcedentes’ e que não houve ‘desrespeito ou deboche’. André conta que estava correndo na última quarta-feira, no bairro Balneário São José, em São Paulo, quando um bar foi assaltado.
    — Eu corro dez quilômetros todos os dias, estava de fone de ouvido, sem identificação porque moro por perto, e fui confundido com um dos três assaltantes. O dono do bar e o filho dele me acorrentaram. Umas 20 pessoas me cercaram e começaram a me bater. Acorrentaram meus braços e pernas e me colocaram de barriga para baixo na rua — conta o professor.
    Segundo ele, um dos bombeiros que o socorreu teria dito: ‘Se você é professor de História, então dá uma aula sobre Revolução Francesa’.”

    Outra pausa: notem que já houve, seguramente, deboche e abuso. O bombeiro pensou em pedir o impossível, pensou em se divertir com o homem espancado, ou seja, em livre leituras do seu ato: se você é professor, ô ladrão, dê uma aula de história, e sobre a Revolução Francesa. Quero ver. Vamos.
    Mas para desgraça da piada, o homem ferido era mesmo professor.

    Continuando:

    “— Falei que a França era o local onde o antigo regime manifestava maior força, e que a burguesia comandou uma revolta junto com as causas populares, e que havia fases da revolução”.

    Mas que poder de síntese, meus amigos. Que lucidez impressionante no fundo da dor. Quantos de nós conseguiríamos ter esta luz no meio da mais funda selva, quando tudo parecia perdido?

    Continuando, falou o mestre humilhado:

    “Falei por uns três minutos e perguntei se já estava bom.

    O professor de história também diz que foram os bombeiros que salvaram sua vida, pois enquanto ele dava a aula para provar que era professor, ouviu o proprietário do bar dizer que ia buscar um facão. Em seguida, a Polícia Militar chegou no local, o levou para o pronto-socorro da região. Depois, foi encaminhado à delegacia, onde ficou preso até sexta-feira.

    — O proprietário do bar assaltado, Djalma dos Santos, 70 anos, negou que tenha espancado o professor. Questionado se tinha certeza de que Ribeiro era um dos assaltantes, ele não confirmou.

    — A população que acorrentou, que bateu, eu não fiz nada. O que eu tinha que falar já falei na delegacia. Não adianta nada ficar perguntando, não vou retirar o que disse. Eu gritei que era ladrão e a população da rua foi atrás dele. Se ele não devia nada, vai dar uma mancada dessas de estar correndo no meio dos bandidos na hora do assalto? — afirmou o proprietário do bar”.

    Quanto cinismo do dono do bar. Ele não bateu, apenas atirou um homem às feras. “Podem matar”, foi a sua atitude.

    Continuando a notícia do crime:

    “A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o delegado André Antiqueira, titular do 101º DP, ‘se coloca à disposição para ouvir em depoimento quem tenha novas informações para acrescentar à investigação’, já que os criminosos que participaram do crime ainda não foram presos.

    — O professor foi preso em flagrante em cumprimento do artigo 302 do Código Penal, já que a vítima o reconheceu como um dos participantes do roubo ao estabelecimento comercial em duas oportunidades. A Justiça concedeu liberdade provisória ao acusado — diz nota da SSP”.

    Para mim, o gênio de Kafka não escreveria melhor que essa resposta burocrática do delegado de polícia.  Um inocente foi enquadrado no artigo 302 do código penal, e a justiça concedeu liberdade provisória ao inocente criminoso enquadrado. Para a polícia, o problema legal está resolvido, pelo visto. Mas a justiça humana é outra história, não entra no boletim de ocorrência. Voltemos ao mestre de história:

    “Só depois de explicar sobre a ascensão da burguesia é que o levaram ao hospital, diz.

    ‘Foi algo surreal. Só acreditamos quando chega próximo de nós. Aí você vê que é muito real mesmo, esse ódio das pessoas. Essa brutalidade do ser humano.’

    Eu estou bem melhor, mas a ferida na alma, a inocência, está perdida.”

    E agora, merece destaque o depoimento corrido do mestre de história quase morto:

    “Quando vi, as pessoas olhavam na minha direção, provavelmente porque foi a direção que os ladrões tomaram. Eu estava indo no sentido contrário. Com fone de ouvido. Nem achei que tinha acontecido um roubo. Nem sabia que era comigo.

    Até onde eu lembro, eu ouvia Lion Man, do Criolo. Sou fã, gosto para caramba. O show dele já fui, é louco. Pelo fato de ele retratar as favelas, a realidade aqui. Também eu ouvi Facção Central, de rap, que tem uma causa social muito forte em pauta.

    Aí eu vi as pessoas se afastando bruscamente. Foi quando eu vi um Fusca vermelho para me atropelar, vindo com muita velocidade. Pararam quase em cima de mim. Aí desceram do carro o dono do bar e o filho. E começaram a me bater.

    Eu falava em todo momento que eu era inocente, que era professor. Eu não tinha documento nenhum porque estava correndo, todo mundo me conhece ali perto. Mas já me bateram, me jogaram no chão.

    Os dois começaram. Só que veio a multidão. Foi de 15 a 30 pessoas que me bateram. Nem me perguntaram, nem olharam para os meus bolsos para ver se eu tinha alguma coisa. Eu não ia fugir, já pus as mãos para cima quando se aproximaram, mas tomei um soco na cara.

    Ainda estava no chão, mas eles não acreditavam em mim. Eu disse que era professor, que estava ali por acaso. Aí um dos bombeiros falou para dar uma aula sobre Revolução Francesa. Foi o que me salvou.

    Eu estava arregaçado, mas consciente. O raciocínio fica difícil, porque você fica em choque. Eu falei da ascensão burguesa ao primeiro escalão, que tinha poder econômico, mas não poder político, e de como a revolução mudou a forma como vivemos hoje.

    Achei mesmo muito irônico esse ter sido o tema que ele perguntou, ali, naquele momento. Liberdade, igualdade, fraternidade. Falei sobre a queda da Bastilha. É um assunto que eu dou para 7ª série. Estava fresco na minha cabeça. Mas, mesmo assim, eu leio muito. Eu tenho conhecimento mínimo acerca da História.

    Foi algo surreal. Só acreditamos quando chega próximo de nós. Aí você vê que é muito real mesmo, esse ódio das pessoas. Essa brutalidade do ser humano.

    Nunca imaginei que eu ia ser preso um dia. Mas hoje eu tenho ferramenta para falar para os meus alunos”.

    É uma notícia, ao mesmo tempo, triste, que comove, e revoltante. Dependendo do ângulo sob o qual a gente olha, pode dizer que é uma vitória do conhecimento sobre a barbárie (o professor, acorrentado, quase morto, deu uma aula que o salvou), ou pode ser dito também que é uma vitória parcial da barbárie sobre o conhecimento, porque espancou e quis matar um homem por aparências frágeis, sem consistência, de franca e bárbara injustiça.

    Lembro do programa do rádio Violência Zero, na Tamandaré do Recife, onde eu, Marco Albertim e Rui Sarinho, trabalhamos, da reportagem à apresentação.  

    O Violência Zero era um programa de direitos humanos. Nele, travamos com travo esse conhecimento dos bárbaros que clamam vingança, matando. No estúdio da Rádio Tamandaré, no fim dos anos 80, sentíamos a disputa de ideias na sociedade do Recife entre punir sem medida e o direito à justiça. Mas não com essa força de agora, dos últimos meses. Na época, ainda que sem método científico, pelos telefonemas dos ouvintes, notávamos que a divisão entre os mais bárbaros e civilizados era quase meio a meio. O que houve agora para esse assalto de vingança?

    Vocês me perdoem eu não ter feito um comentário à altura desse crime. Eu ainda estou processando. Mas bem mereciam processos penais os comunicadores da televisão como a fascista Sheherazade do SBT. Para lembrar o que está na Wikipédia sobre ela:

    “Em 4 de fevereiro de 2014, Rachel comentou a ação de um grupo de pessoas que espancou um assaltante adolescente e o prendeu pelo pescoço a um poste com uma tranca de bicicleta, dizendo que aconteceu foi uma ‘legítima defesa coletiva’ contra a violência urbana. No comentário, a jornalista classificou o caso como resultado da "desmoralização da polícia" e da "omissão do Estado", além de dizer era ‘compreensível’ que o ‘cidadão de bem’ reagisse dessa maneira. Ela chamou o adolescente agredido de ‘marginal’ e pediu, em tom irônico, aos grupos em defesa de direitos humanos que estavam com ‘pena’ do jovem que ‘adotassem o bandido’".

    Essa comunicadora e seus semelhantes deveriam estar presos numa rigorosa solitária, onde se ouvisse a voz do professor André Luiz Ribeiro falando sobre a Revolução Francesa. Pelas paredes ouviriam da cabeça torturada do mestre uma aula de civilização contra As mil e uma barbáries.

    ***

    O texto foi usado para o comentário de Urariano Mota, na Rádio Vermelho, desta sexta-feira. Ouça aqui.

    O professor ladrão e a Revolução Francesa, por Urariano Mota | GGN

    29/06/2014

    Instituto Millenium e CIA os males do Brasil são…

    Filed under: Arnaldo Jabor,Grupos Mafiomidiáticos,Instituto Millenium,Máfia — Gilmar Crestani @ 11:05 am
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    A campanha para desgastar a imagem do Brasil tem a coordenação do Instituto Millenium. Todos os colonistas que atacaram a realização da Copa e buscaram macular a imagem do Brasil são fiéis vira-latas daquele clube de que são a$$oCIAdos as cinco irmãs (Abril, Folha, Estadão, Globo & RBS), e que tem como finanCIAdor ideológico o Rei dos Camarotes, Banco Itaú. Foi dos Camarotes do Banco Itaú que partiram os xingamentos à Dilma no jogo de abertura da Copa. O Arnaldo Jabor  foi motivo de piada na imprensa argentina, por ter aparecido, em menos de 24, duas vezes na telinha da Rede Globo dizendo coisas opostas.

    São estes boçais que nos querem ensinar ética e bom comportamento.

    sábado, 28 de junho de 2014

    Quem vai pagar o "prejuízo" da Copa?

    Luiz Caversan

    "Por causa de todo aquele clima que havia antes, muita gente deixou de se preparar como devia, ficou com medo de investir e ter prejuízo. Pequenos comerciantes, por exemplo, poderiam estar faturando muito se tivessem acreditado que a Copa ia ser assim tão bacana."

    Quem me disse isso, talvez não exatamente nestas palavras, foi um amigo querido, cuja família tem um posto de gasolina em São Paulo. Assim como milhares de outros pequenos e médios empresários das grandes cidades brasileiras, ele também ficou constrangido pelo clima do "não vai ter Copa", poderia ter apostado no sucesso do evento, investido mais, criado, por exemplo, eventos, atrativos ou promoções inspirados na Copa para aumentar a clientela.

    Mas não fez isso. Não ia ter Copa, lembram?

    Algum caro economista aí é capaz de me dizer como faço para calcular o prejuízo que os arautos do pessimismo e do mau humor, ‘black blocks’ e cia. à frente, causaram ao país?

    Por conta de tudo o que não foi feito, tudo o que deixou de ser investido para gerar receita, com tudo o que se poderia ter sido oferecido, vendido para torcedores, turistas, comitivas e quetais, tendo como temática a Copa, e não foi.

    Quanto?

    Apenas para citar um exemplo: toda esta zona que esta acontecendo na Vila Madalena, em São Paulo, não poderia ter sido evitada se Prefeitura, comerciantes, produtores, artistas, empreendedores em geral desta cidade não tivessem sido contaminados pelo vírus do "não vai ter Copa" e pudessem ter replicado em diversos outros pontos de São Paulo dezenas de "vilas madalenas" com estrutura e opções para que o povo tivesse onde torcer, comemorar, xavecar, encher a cara, que seja, sem criar o transtorno que está ocorrendo num bairro só?

    Quantas praças, campos, clubes, ONGs, associações, terreiros, ruas de comes e bebes, casas noturnas, salões de festas, quantas e tantas localidades poderiam ter sido envolvidas em ações para se criarem polos em que a Copa fosse devidamente curtida, aproveitada e explorada comercialmente de uma maneira saudável para todos…

    Outro exemplo? O pessoal de turismo, que se amuou e não investiu o que podia na preparação de roteiros, alternativas, pacotes e oportunidades para as centenas de milhares de turistas que estão por aqui não ficassem à toa, pudessem aproveitar melhor o país, seus encantos, suas possibilidades fantásticas, movimentando ainda mais a economia?

    Mas não ia ter Copa, e ficou todo mundo meio paralisado, esperando uma tragédia que não houve, um caos que está longe de ocorrer, o vexame inexistente, perdendo um bonde que não vai passar de novo.

    Mas fazer o quê? Afinal, como registrou o sempre pertinente jornalista Ricardo Kotscho em seu blog, sofremos um massacre midiático –de dentro e de fora do país– no qual fomos retratados "como um povo de vagabundos, incompetentes, imprestáveis, corruptos, incapazes de organizar um evento deste porte".

    Além de pagar o mico de estarmos sendo desmentidos por ninguém menos que nossos próprios visitantes –"Fantastic people", dizem eles repetida e entusiasmadamente–, ainda teremos de conviver com a fantástica oportunidade perdida.

    Quem vai pagar esta conta?

    SQN

    27/06/2014

    Perderam, vira-latas!

     

    Cadê o caos que vocês prometeram?

    Por Jornalismo Wando

    "O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular. Nunca pensei em ver isso. O amor pelo futebol parecia-me indestrutível"

    "A Copa vai revelar ao mundo nossa incompetência"

    Esses pensamentos de Arnaldo Jabor, produzidos no início desse mês, refletem a expectativa de grande parte da imprensa brasileira com relação a Copa do Mundo.

    Desde que o Brasil foi anunciado como sede, muitas certezas foram construídas. O "caos aéreo", por exemplo, tinha a sua convocação garantida para o grande evento. Durante anos, jornalistas e políticos oposicionistas cravavam suas previsões:

    O caos aéreo era apenas um dos inúmeros problemas que revelavam a nossa incapacidade em sediar um evento desse porte. A pregação pessimista incluía também o "apagão de mão de obra", "estádio inseguros" e "blecaute de comunicação". Até uma "aliança entre black blocs e PCC" nas manifestações durante os jogos aterrorizou a população. Durante anos o medo do vexame na Copa do Mundo martelou no noticiário:

    <!–[if !vml]–><!–[endif]–> <!–[if !vml]–><!–[endif]–>

    Muito "apagão", muito "caos", muita "vergonha". O quadro pintado pela mídia nacional e, por tabela, a internacional, não poderia atiçar mais o complexo de vira-lata brasileiro.

    Mas, eis que chega a Copa, e nenhuma das profecias foi cumprida. A Copa do Medo não deu as caras. Estamos no fim da primeira fase e até agora não chegamos nem perto de um caos aéreo. Muito pelo contrário. Os atrasos nos aeroportos estão abaixo da média internacional, contrariando a histeria pré-Copa. A tragédia anunciada no espaço aéreo se mostrou um grande furada, o que deixou muita gente perplexa.

    Mas o mais importante de tudo é que hoje nossa imprensa está em festa. O medo do vexame deu lugar a um sentimento de "sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor". Estádios ficaram prontos, aeroportos trabalham com eficiência, não houve blecaute de comunicação, a imprensa internacional elogia (o que é sempre fundamental!), enfim, o país está dando conta do recado e não há como negar.

    Até os mais empenhados em apontar nossos defeitos tiveram que dar o braço a torcer. As profecias apocalípticas nem parecem ter naufragado, tamanha a desenvoltura com que exaltam a Copa, a alegria dos estrangeiros e a boa organização do evento.

    E, pra ilustrar essa guinada dos nossos colegas, encerremos do jeito que começamos: com pensamentos jaborianos, dessa vez produzidos logo após o início do que ele chamou de "Copa do Medo".

    "Vamos torcer até morrer! Não dá pé usar a Copa como motivo de manifestações."

    "O Brasil ficou tão calmo (…) Há muito tempo não vejo tanta normalidade na vida brasileira"

    É, Arnaldo, imagina nas Olimpíadas!

    SQN

    17/10/2013

    Benito Jabor

    Filed under: Arnaldo Jabor,Benito Mussolini — Gilmar Crestani @ 8:13 am
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    https://fichacorrida.files.wordpress.com/2013/10/7d737-mussoliniglobal.jpg

    26/06/2013

    Arnaldo Jabor & Percival Puggina = Globo & RBS

    Arnaldo Jabor é para a Globo o que Percival Puggina é para RBS. Como diria minha avó, o melhor não dá sabão…

    MARCELO COELHO, na FOLHA

    A vez da mídia

    Se o pensador mais ousado da Globo se chama Arnaldo Jabor, talvez seja momento de uma autocrítica

    Partidos, Congresso, sindicatos, governantes –não há instituição democrática que não esteja sob o foco de críticas. Falta falar de outra instituição, a imprensa. Ou "a mídia", como prefere dizer quem já se põe no campo de ataque.

    Acho que há três pontos a destacar. Em primeiro lugar, a ideia de que as redes sociais, como o Facebook, aposentaram a mídia tradicional. De um ponto vista, faz sentido. De outro, não.

    Claro que, graças ao Facebook, foi possível avaliar, por exemplo, se valeria ou não a pena participar da manifestação de segunda-feira passada, dia 17 de junho. Quanto mais adeptos no mundo virtual, mais se sente que o momento de passar à vida real já chegou.

    Não é tão claro o raciocínio de que, com as redes, elimina-se a função dos jornais e das empresas de comunicação. Muito do que se compartilha no Facebook, em termos de notícia e opinião política, tem origem nos órgãos jornalísticos organizados, sejam impressos, audiovisuais ou da própria internet.

    Passo com isso ao segundo ponto. Quem está protestando contra o pastor Feliciano, a PEC 37, Renan Calheiros, os gastos da Copa, e outros mil problemas, teve sua indignação despertada pelas notícias dos jornais e da TV.

    São as reportagens de sempre, com sua rotina de sempre, que acumularam essa insatisfação contra o sistema político. E, se a mídia noticiou os casos de vandalismo, também foram indispensáveis para mostrar os abusos policiais.

    A imprensa sai então glorificada dessas movimentações? Com toda evidência, não. Houve ataques contra emissoras de TV e contra repórteres respeitabilíssimos, como Caco Barcellos. Há mais.

    Acredito que, graças à conquista de um poder de autoexpressão possibilitado pela internet, as pessoas que se manifestam nas ruas e nas redes se sentem mal representadas na mídia tradicional.

    Em parte, a "crise de representação" que se verifica no caso de partidos e Congresso se reflete nas relações entre imprensa e cidadãos.

    Existe a sensação, claro, de uma desigualdade de poder de fogo: grandes empresas de comunicação podem mais do que sites e blogs isolados.

    Há também um abismo geracional. Incluo-me entre os que envelheceram. E olhe que à minha volta, nos chamados formadores de opinião, nos analistas, comentaristas, sociólogos, filósofos, urbanistas, técnicos e economistas que, sempre os mesmos, são os entrevistados nessa época, a maioria está na ativa desde que eu era criança…

    Quando o pensador mais ousado e "irreverente" da Globo se chama Arnaldo Jabor, talvez seja o momento de uma autocrítica.

    A alienação, o distanciamento entre a imprensa e os manifestantes se dá em outros níveis também. Ao voltarem-se contra governantes, as passeatas denunciam o contraste entre o mundo oficial, movido a discursos eleitorais, planilhas técnicas e blá-blá-blá de marqueteiros, e uma realidade cotidiana da qual todos se esquecem assim que assumem o poder.

    É injusto dizer que um jornal como a Folha se esquece de apontar falhas na saúde, nos transportes e na educação. Ao contrário, isso é noticiado todo dia, com investigação e detalhe.

    Mas, assim como os políticos só parecem acordar para o interesse público às vésperas da eleição, também os jornais concentram-se excessivamente, a meu ver, no calendário eleitoral. Não há dia –mesmo nestas últimas semanas– em que não saiam notícias sobre as movimentações de Aécio e Eduardo Campos, ao lado dos clássicos prognósticos de que Dilma vai se reeleger se a economia não piorar muito.

    A rotina desse tipo de cobertura mata os jornais, e interessa a pouquíssimas pessoas. As próprias reportagens sobre corrupção e mazelas administrativas me parecem difíceis, chatíssimas de ler.

    Há a obrigação de revelar dados, estatísticas etc., sem o que estaríamos retrocedendo a um jornalismo da Idade da Pedra. Ao mesmo tempo, acho que isso trouxe um risco de rotinização e tecnicalismo que afasta o leitor –e não adianta "emburrecer" a linguagem para trazê-lo de volta.

    Chamo "emburrecer" o processo que leva à elaboração de boxes, por exemplo, dizendo "entenda o que é o mensalão", "entenda o que é reforma política" ou coisa parecida. "Entenda, é sua última chance"…. Mas os manifestantes destes dias parecem estar entendendo mais do que se pensa.

    PS. Atribuí a Fernando Henrique, na coluna anterior, a frase de que "política é a arte do possível". A frase é de Bismarck (1815-1898). FHC criticou a ideia, dizendo que na verdade "a política é a arte de tornar possível o necessário, o desejável".

    coelhofsp@uol.com.br

    21/06/2013

    A conversão dos ventríloquos

     

    Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos?

    Paulo Nogueira 20 de junho de 2013

    Os insultos dos primeiros dias sumiram.

    Os três blogueiros da Veja e mais o professor Vila formam um Quarteto Fantástico

    Os três blogueiros da Veja e mais o professor Vila (segundo da esquerda para a direita)

    A revista Veja parece estar sob nova administração, poucas semanas depois da morte do proprietário e editor Roberto Civita.

    A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável.

    O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet.

    Na internet, nos primeiros dias, a revista pareceu seguir inercialmente a orientação anterior de reacionarismo inflamado e desconectado da realidade.

    O blogueiro Reinaldo Azevedo comandou a cobertura inicialmente, e logo foi seguido por seus colegas Augusto Nunes e Ricardo Setti, como o Diário notou anteriormente.

    Azevedo chamou os manifestantes de vagabundos, celerados, remelentos, terroristas e vândalos.

    Ele parecia ecoar o promotor Rogério Zagallo, que pedira à Tropa de Choque que atirasse nos “bugios” porque eles estavam provocando um congestionamento no local em que ele estava com seu carro.

    Nunes seguiu na mesma linha. Setti também. Ele chegou a republicar um artigo do publicitário aposentado Neil Ferreira no qual este, como Zagallo, sugerir passar fogo nos manifestantes, parte de uma “guerra suja”.

    Parece claro que Azevedo e companheiros, como Zagallo, cometeram um erro de avaliação monumental: associaram o MPL ao PT.

    A mudança veio na edição impressa.

    A Veja, para surpresa de muita gente, não rosnou como seus blogueiros. Os jovens nas ruas já não eram vagabundos.

    O que ocorreu?

    Provavelmente, uma conversa. Não mais que isso.

    Os herdeiros de Roberto Civita, Gianca (área administrativa) e Titi (conselho editorial) devem ter dito que não estavam de acordo com aquela visão que vinha se propagando no site. A reputação da revista já tinha problemas antigos. Mas a deles ainda não.

    Quem conhece as cúpulas das empresas jornalísticas sabe bem que quinze minutos de conversas são suficientes para conversões profundas em editores que pareciam fanáticos.

    O que se viu, depois que a Veja da semana passada chegou às bancas, foi uma mudança de tom veloz nos blogueiros.

    O momento mais icônico – e divertido – foi um texto em que Setti dizia, do nada, que sabia que tinha “exagerado” ao chamar os manifestantes de baderneiros.

    Augusto Nunes mudou de assunto por algum tempo, e ao voltar estava bem diferente. Pelo que entendi, parecia interessado em entender o significado dos protestos.

    Não quer dizer, é claro, que a revista se tornará libertária. Mas é previsível que ela vá buscar um tom de conservadorismo civilizado, como a The Economist, para ficar num bom caso.

    Na Globo, uma conversão súbita parecida ocorreu com Arnaldo Jabor.

    Dias depois de fazer um pronunciamento histérico contra os protestos, tomado como se fosse Feliciano, ele se desculpou abjetamente.

    Quem acredita que ele não recebeu uma instrução para se desdizer acredita em tudo, para usar a máxima de Wellington.

    As palavras odiosas de Jabor circularam amplamente na internet e cobraram seu preço. Sempre que os manifestantes encontravam um repórter da Globo, a hostilidade era imediata.

    Caco Barcellos, tido como uma voz destoante no ultraconservadorismo da Globo, levou um sopapo e foi expulso vergonhosamente de uma manifestação.

    Num gesto de desespero e de automutilação, a Globo tirou a marca dos microfones de seus jornalistas, para preservar sua integridade física.

    Caco apanhou por Jabor, pode-se dizer.

    Nos últimos dias, o tom bem mais baixo, Reinaldo Azevedo tem repetido que seu blog bate incessantemente recordes de audiência. (Pode-se imaginar a qualidade do público atraída pela pregação de ódio obtuso de Azevedo.)

    Os anúncios autocongratulatórios de recorde podem ser um sinal de que ele está sentindo que os ares mudaram na Veja, sob a nova geração de Civitas.

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    O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

    Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos? | Diário do Centro do Mundo

    18/06/2013

    Rabo de rinoceronte

    Filed under: Arnaldo Jabor,Fascismo,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 8:36 pm
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    O rinoceronte tem um hábito sui generis para demarcar território: quando defeca, espalha merda com o rabo. Dizem, quem já viu, que não há nada mais nojento. Ledo Ivo engano. Pode até existir algo parecido, mas não pode existir nada pior que Arnaldo Jabor em tv de led. Se tivesse que optar, eu suportaria com estoicismo um chuverinho de rinoceronte a ter que ouvir calado este lacaio do Instituto Millenium defecando pela boca.

    Jabor se confessa um "lacaio da direita fascista"

    :

    E agora busca pautar movimento que criticou, cujos integrantes, segundo ele, eram "revoltosos de classe média"; em artigo no Estadão, comentarista da Globo volta a publicar autocrítica e diz que "o mundo está em crise de representatividade"; "É fundamental que o Passe Livre se amplie e persiga objetivos concretos", escreve ele

    18 de Junho de 2013 às 16:52

    247 – Depois de dizer que o Movimento Passe Livre não tinha causa pela qual lutar e chamar os integrantes de "revoltosos de classe média", o comentarista da Globo Arnaldo Jabor publicou uma nova autocrítica sobre suas posições nesta terça-feira, no O Estado de S.Paulo. Ontem, ele também disse que errou em sua coluna na CBN (leia mais).

    No novo artigo, ele se confessa um "lacaio da direita fascista" e afirma que "é fundamental" que o Passe Livre, movimento que "vale mais" do que os caras pintadas, que derrubaram Fernando Collor em 1992, "se amplie e persiga objetivos concretos". Para isso, o comentarista permite-se sugerir uma lista de assuntos que mereçam ser questionados.

    Leia abaixo:

    ‘Passe livre’ vale mais

    "Eu sou um cão imperialista; eu sou o verme dos arrozais"! –, assim começava a autocrítica de um alto dirigente chinês, creio que Peng Dehuai, por ousar criticar a Revolução Cultural de Mao Tsé-tung, que exterminou milhares de inocentes.

    Talvez eu seja mesmo um "cão imperialista" porque, outro dia, eu errei. Sim. Errei na avaliação do primeiro dia das manifestações contra o aumento das passagens em SP. Falei na TV sobre o que me pareceu um bando de irresponsáveis pequeno-burgueses fazendo provocações por 20 centavos. Era muito mais que isso, apesar de parecer assim. Pois eu, "lacaio da direita fascista", fiz um erro de avaliação.

    Este movimento que começou outro dia tinha toda a cara de anarquismo inútil. E (quem acredita?) critiquei-o porque temia que tanta energia fosse gasta em bobagens, quando há graves problemas a enfrentar no Brasil. Eu falei em "ausência de causas" em "revolta sem rumo".

    Mas, a partir de quinta-feira, com a violência maior da polícia, ficou claro que o movimento expressava uma inquietação que tardara muito no País, pois, logo que eu comecei a escrever, em 92 (quando muitos manifestantes estavam nascendo), faltava o retorno de algo como os "caras-pintadas" – os jovens derrubaram um presidente.

    Mas não falo por justificar-me. Erros se explicam, mas não se justificam, como diziam no serviço militar. Portanto, errei.

    Mas agora peço atenção (e uma pausa nos esculachos contra mim) aos jovens que me leem, para algumas linhas sobre este fenômeno que surgiu nas redes sociais e em milhares de "sacos cheios" por tanta paralisia política no Brasil e no mundo.

    Hoje, eu acho que o movimento "Passe Livre" se expandiu como uma força política original, até mais rica do que os "caras-pintadas", justamente porque não tem um rumo, um objetivo certo a priori. Assim, começaram vários fatos novos em países árabes, na Europa e USA. E, volto a dizer, que essa ausência de rumos é muito dinâmica e mutante. Como cantou Cazuza: "As ideias não correspondem mais aos fatos", que são, hoje, muito mais complexos do que as interpretações que eram disponíveis, entre progressistas e reacionários.

    Como bem escreveu Carlos Diegues: "O movimento é importante porque talvez o mundo tenha perdido a esperança em mudanças radicais. Talvez porque a ‘revolução’ tenha perdido prestígio para a mobilidade social. Talvez por não nos sentirmos mais representados por nenhuma força política (…), os jovens do Movimento Passe Livre trazem agora para o Rio de Janeiro e São Paulo e outros Estados esse novo estilo de contestação, típico do século 21 – uma contestação pontual, sem propriamente projeto de nação ou de sociedade". É isso.

    Não vivemos diante de "acontecimentos", mas só de incertezas, de "não acontecimentos". Na mídia, só vemos narrativas de fracassos, de impunidades, de "quase vitórias", de derrotas diante do Mal, do bruto e do escroto.

    O mundo está em crise de representatividade. Essa perplexidade provoca a busca de novos procedimentos, de novas ideologias, de uma análise mais cética diante de velhas certezas. E toda essa energia tem de ser canalizada para melhorar as condições de vida do Brasil, desde o desprezo com que se tratam os passageiros pobres de ônibus, passando pelo escândalo ecológico, passando pela velhice do Código Penal do País, que legitima a corrupção institucionalizada. O importante nessas novas manifestações é que elas (graças a Deus) não querem explicar a complexidade do mundo com umas poucas causas em que se trancam os fatos.

    Eu sei, eu sei que é difícil escapar do "ideologismo"; sei que a ideia de complexidade é vista como "frescura" e que macho mesmo é simplista, radical, totalizante. Mas, no mundo atual, a inovação está no parcial, no pensamento indutivo, em descobrir o Mal entranhado em aparências de Bem.

    Sei também que é muito encantador uma luta mais genérica, a "insustentável leveza do ser revolucionário", que cria figuras como os "militantes imaginários" que analisei outro dia. Estes jovens saíram da condição de torcedores por um time ou um partido e estão militando concretamente. O perigo é serem esvaziados, como foi "Occupy Wall Street".

    É fundamental que o Passe Livre se amplie e persiga objetivos concretos.

    Tudo está parado no País e essa oportunidade não pode ser perdida. De um fato pequeno pode sair muita coisa, muito crime pode estar escondido atrás de uma bobagem. Os fatos concretos são valiosos. Exemplo: não basta lutar genericamente contra a corrupção. Há que se deter em fatos singulares e exemplares, como a terrível ameaça da PEC 37, que será votada daqui a uma semana e acaba na prática com o Ministério Público, que pode reverter as punições do "mensalão", pode acabar até com o processo da morte de Celso Daniel; fatos concretos como a posse do Feliciano ou o extraordinário Renan em suas duas horas de presidente da República. Se não houver "núcleos" duros dos fatos, dos acontecimentos presentes e prováveis, as denúncias caem no vazio abstrato tão ibérico e tão do agrado dos corruptos e demagogos.

    Por isso, permito-me sugerir alguns alvos bons:

    Descobrir e denunciar por que a Petrobrás comprou uma refinaria por US$ 1 bilhão em Pasadena, Texas, se ela só vale US$ 100 milhões?

    Por quê?

    Porque a Ferrovia Norte-Sul, que está sendo feita desde a era Sarney, ainda quer mais 100 milhões para mais um trechinho. Saibam que na época, há 27 anos, a Folha de S. Paulo fez uma denúncia genial: botou na página de classificados um anúncio discreto em que estava o resultado da concorrência dois dias antes de abrirem as propostas. Claro que a concorrência era malhada. Foi um escândalo, mas continuou até hoje, comandada pela Valec, de onde o ex-diretor Juquinha, indescritível afilhado do Sarney, supostamente teria tascado 100 milhões.

    Por que as obras do rio São Francisco estão secas?

    Por que obras públicas custam o dobro dos orçamentos?

    Por que a inflação está voltando? Por que a infraestrutura do País está destruída?

    Por quê?

    Jabor se confessa um "lacaio da direita fascista" | Brasil 24/7

    19/12/2012

    Os jornalistas e os pobres

    Filed under: Arnaldo Jabor,Instituto Millenium,Merval Pereira — Gilmar Crestani @ 8:19 am

    Paulo Nogueira17 de dezembro de 2012

    O dinheiro fácil de palestras faz com que colunistas como Jabor e Merval defendam privilégios

    Ele usa black tie

    Li uma coisa que me fez pensar.

    Li não, Vi. Um vídeo em que o advogado e blogueiro americano Glenn Greenwald é entrevistado. (Vou colocar o vídeo no pé deste texto.) Greenwald é um liberal à americana, o que significa que é ligeiramente de esquerda.

    É um dos blogueiros mais influentes dos Estados Unidos.

    O que ele disse: que os jornalistas americanos mudaram. Antes eram trabalhadores parecidos com todos os demais. Depois ficaram ricos. Ganham milhões hoje. E por isso não conseguem simpatizar – ou simplesmente entender – com  movimentos como o Ocupe Wall St, o OWS.

    “Eles têm a visão do grupo ao qual pertencem”, disse Greenwald. Para usar a expressão já consagrada pelos manifestantes, os jornalistas americanos estão na reduzida faixa da sociedade milionária , a elite plutocrata, e por isso não têm nada a ver com os outros, os “99%”.

    Isso ficou claro na cobertura do OWS.

    E o Brasil?

    Jornalistas e colunistas como Merval Pereira e Arnaldo Jabor, com o dinheiro fácil das palestras que fazem, estão a uma distância intransponível dos brasileiros que arrastam sua pobreza dentro dos “99%”. Sua causa é a do “1%”. E não estou falando aqui de seus patrões, mas deles mesmos.

    About the author: Paulo Nogueira View all posts by Paulo Nogueira

    Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

    Diário do Centro do Mundo – Os jornalistas e os pobres

    29/10/2011

    O Cérbero da Globo

    Filed under: Arnaldo Jabor,Grupos Mafiomidiáticos,Racismo,Rede Globo de Corrupção — Gilmar Crestani @ 9:43 am
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    Arnaldo, o Jabor, é atiçado contra a esquerda sempre que a Rede Globo de Corrupção precisa atacar para se defender. Foi ele que num regabofe no Instituto Millenium destilou todo seu ódio acumulado proclamando a extinção da velha esquerda. Eppur si muove

    Jabor destila racismo contra Orlando e é rechaçado no Twitter

    Em comentário na Rádio CBN, na última quinta (27), o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor destilou todo o seu preconceito e anticomunismo ao comemorar a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte. "Finalmente, o Orlando Silva caiu do galho”, disse Jabor, ao iniciar sua fala na rádio. Além de associar, indiretamente, o ex-ministro a um “macaco”, o que se segue é uma saraivada de xingamentos gratuitos e raivosos contra Orlando, o PCdoB e a UNE. As declarações geraram reação nas mídias sociais.

    Utilizando-se de toda a teatralidade de que é capaz, o comentarista da ultradireita esculhamba não só com a sigla comunista, mas joga todos os partidos na vala comum da corrupção, discurso muito comum entres os que tentam desacreditar a política e os políticos.
    Mas é contra o PCdoB que ele centra fogo. Jabor não só reforça o coro da mídia como um todo – que tem alimentado o noticiário com denúncias a respeito das quais não há nenhuma prova sequer – como toma como verdade as acusações que nem chegaram a ser investigadas. E passa dos limites, ao agredir até o falecido líder comunista João Amazonas, classificando-lhe como um "delirante maoista".
    Com sua metralhadora de adjetivos desabonadores, dispara também contra a UNE. Numa demonstração de completa neurastenia, ele chama jovens de "malandros" e "oportuinistas", depois os acusa de desviariam dinheiro.
    O comentário provocou reação. Nas redes sociais, até a noite desta sexta (28), crescia o movimento em repúdio ao jornalista, que desrespeita as principais regras da profissão. Com a hastag #ArnaldoJaborRacista, os internautas defenderam o PCdoB e cobravam um processo contra Jabor por racismo.
    "Espero uma atitude imediata da justiça pq no Brasil Racismo é crime inafiançável #ArnaldoJaborRacista", postou a tuiteira @Marianna_UFRN . O presidente da Ubes, Yann Evanovick, também rebateu, em sua conta no twitter @YannUbes: "Jabor no Brasil de hoje representa o que tem de pior na sociedade. Isso é para os que acreditam que no Brasil não tem mais racismo. #vergonha".
    Até a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, criticou o comentarista no microblog. "Quero repudiar veementemente a declaração racista do Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva. Isso é inaceitável!", escreveu.
    A entidade do movimento negro Unegro anunciou que lançará manifesto de repúdio às declarações de Arnaldo Jabor e exigindo sua imediata demissão, além de uma investigação do Ministério Público por crime de racismo.
    Da Redação

    http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=167446&id_secao=6

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