A questão não se resume aos turistas que vieram, mas ao que significa a vinda de um turista. A campanha para difamar o Brasil e, com isso, diminuir a vinda de turistas, tinha e tem a ver com o interesse em que as pessoas de outros países não ficassem sabendo como estão as coisas por aqui. Quanto menos pessoas viessem, menos chances de que ficassem sabendo da verdade. Precisou a mídia externa dizer que esta é a Copa das Copas para que a nossa velha mídia golpista desse a mão à palmatória.
Não seria o caso de se cobrar na justiça quem espalho que teríamos caos nos aeroportos, que haveria epidemia de dente e febre amarela. Por onde andam aqueles que diziam que teríamos seleção mas não teríamos estádios?
Quem vai ressarcir aqueles donos de bares, restaurantes, lojas hotéis que poderiam ter faturado ainda mais não fosse o complexo de vira-lata. Não foi só o complexo de vira-lata, mas do vira-lata que contraiu raiva e, por isso, virou hiena hidrófoba.
Todos os que se voltavam contra a Copa estavam ou foram contratados para trabalharem na velha mídia. O Instituto Millenium sabe onde há canil abarrotado de vira-lata. Basta olhar para os que ocupam postos de visibilidade nas cinco irmãs (Globo, Veja, Folha, Estadão & RBS). Sempre foram vira-latas, antes da Copa viraram hienas, e agora, após o sucesso, estão vestidos com peles de Luluzinhos da Pomerânia.
Copa mais do que dobra número de turistas no país
Quase 700 mil estrangeiros entraram no Brasil em junho; em compensação, turismo interno de negócios reduziu
SP recebeu 500 mil turistas, de acordo com prefeitura, que reconheceu problemas na Vila Madalena
DE SÃO PAULO
Quase 700 mil turistas estrangeiros (691.940) de 203 nacionalidades entraram no Brasil em junho por terra, mar ou ar –a grande maioria atraída pela Copa– segundo dados da Polícia Federal.
O volume é 132% maior que o registrado no mesmo mês de 2013, quando 298 mil estrangeiros ingressaram no país.
Os argentinos, com 101 mil turistas, são a maioria. Americanos (83 mil), chilenos (44 mil), colombianos (41 mil) e mexicanos (34 mil) completam o topo desse ranking.
O número superou a estimativa feita pelo governo para todo o Mundial (600 mil). Não foram computados os dados de julho, que devem ser divulgados nos próximos dias.
Em 2010, cerca de 1,4 milhão de estrangeiros entraram na África do Sul no período da Copa –310 mil deles exclusivamente para o evento. Na Alemanha, em 2006, foram cerca de dois milhões, a metade atraída pela Copa. Os dados são das agências de turismo dos dois países.
A cidade de São Paulo recebeu cerca de 500 mil visitantes, afirmou nesta sexta (11) a prefeitura. Dos turistas, 299 mil eram brasileiros e 197 mil, estrangeiros –a exemplo do fluxo no restante do país, a maioria veio da Argentina.
FEIRAS
Segundo a SPTuris (empresa de turismo da cidade), o volume é 8,6% superior à média de pessoas que vêm a cidade no mesmo período para feiras de negócios –eventos que deixaram de ser realizados na primeira fase da Copa.
Embora não haja dados disponíveis, a cidade perdeu outros turistas de negócio, atividade que visivelmente esfriou durante o Mundial.
Os turistas que estiveram São Paulo gastaram cerca de R$ 1 bilhão entre 12 de junho e 10 de julho, ainda de acordo com a prefeitura.
Em média, o turista estrangeiro despendeu R$ 4.800 por dia; o brasileiro, R$ 2.500.
Segundo a prefeitura, os dados são de uma pesquisa feita nos principais pontos de concentração de turistas, com cerca de 5.000 entrevistas.
Em seu balanço, a gestão fez um mea-culpa e reconheceu ao menos dois problemas. O primeiro foi a superlotação da Vila Madalena, point’ de brasileiros e estrangeiros, que pegou a administração de surpresa e resultou em trânsito, brigas e até venda de drogas ao ar livre.
A prefeitura também não previu o gigantesco engarrafamento –pico de 302km, terceiro maior da história– no segundo jogo do Brasil, contra o México, em 17 de junho. Foi obrigada a ampliar o horário do rodízio de veículos nos demais jogos da seleção.
A gestão diz ter gasto de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões com o "custo operacional" do evento. Mas não contabilizou obras, como os R$ 150 milhões das intervenções viárias no entorno do Itaquerão.
(CÉSAR ROSATI E ANDRÉ MONTEIRO)