Ficha Corrida

03/05/2015

Saiba porque Globo, Folha, Veja, Estadão & RBS odeiam Dilma

folha-copa

Dilma na copan

Dilma Bonner

Comunicação do governo na Copa rendeu prêmio internacional

sab, 02/05/2015 – 10:17

Enviado por Veras

Quem ficou sabendo disso?

Copa do Mundo rende prêmio ao governo Dilma Rousseff

Por Paula Bonelli – Do Glamurama

O governo de Dilma Rousseff foi homenageado por ter se comunicado bem na Copa

Em meio ao noticiário negativo de crises econômicas e política, um alento para a Secretaria de Comunicação Social de Dilma Rousseff. O trabalho da Secom durante a Copa do Mundo de 2014 foi premiado nesta quarta-feira com o​ PRWeek 2015 Global Awards em Londres. O case de relações públicas apresentado venceu por ter dado todo o apoio necessário à mídia antes e durante o evento, mas também por ter mostrado o Brasil como um país diverso, sustentável e em desenvolvimento .

Comunicação do governo na Copa rendeu prêmio internacional | GGN

29/12/2014

Folha: profeta do passado

aecio never croataPlanejamento existe somente quanto se ganha? O fato de perder elimina qualquer chance de que tenha havido planejamento? Como assim? Então a Seleção Espanhola teve planejamento na Copa anterior e abandou nesta, ao tempo em que a Alemanha só agora passou a ter planejamento?  Quem pode afirmar que o Brasil teve mais planejamento na Copa de 70 do que nesta de 2014?

Subliminarmente, a Folha tenta vender a ideia de que o sucesso e o enriquecimento é fruto exclusivamente do planejamento. Pura mistificação. Eike Batista, quanto esteve no auge,  foi elevado pela Veja à categoria de mestre chinês. Quebrado, ninguém lembra do seu planejamento. Por traz dessa ideologia se vende a condenação dos que perdem e a glorificação dos que ganham, como se fossem resultado de uma equação matemática.

É evidente que o planejamento facilita e dá mais chances de se obter sucesso. Mas não significa que apenas o vencedor, como nos tenta fazer crer a Folha, planejou. Como pode haver um único vencedor por Copa, elimina do planejamento todos os demais.

Pior fica para os que endeusaram o “planejamento” da Seleção Alemã é o fato de só falarem nele após o sucesso da copa. Se pode ver algo ainda pior nesta constatação. Parece haver uma espécie de triunfalismo às avessas, de quem torcia para que a seleção brasileira perdesse e, com sua derrota, Dilma também perdesse. Aí, sim, houve planejamento. O patrocínio dos reis dos camarotes vips do Itaquerão, Banco Itaú e Multilaser patrocinaram o espetáculo mais deprimente que um povo mal educado mas muito bem planejado, pudesse oferecer ao mundo. Como foi denunciado, o coro patrocinado para xingarem Dilma na abertura da Copa demostra planejamento, mas também o caráter golpista dos financiadores ideológicos do Instituto Millenium.

No começo da Copa ficou mais do que evidente que Aécio Neves torcia contra o sucesso da Copa, dizendo inclusive que o Brasil tinha Seleção mas não tinha organização/planejamento.

Na abertura da Copa a própria Folha deu uma capa elucidativa sobre seu conceito de planejamento…

O charme alemão e a força do planejamento

FABIO VICTOREDITOR-ADJUNTO DA "ILUSTRADA"

cp12062014Aos olhos do povo alemão, tinha tudo para dar errado: seu time escolheu como base para a Copa no Brasil um lugar remoto no litoral baiano, com infraestrutura construída do zero e às pressas.

Questionou-se no país se a vila de Santo André, com 800 habitantes e à qual só se chega de balsa, não seria um tanto selvagem para uma preparação eficaz. Duvidou-se que tudo ficaria pronto a tempo.

Pior: o time, apesar de comprovada técnica, tampouco inspirava confiança. Chegou aqui aos frangalhos, com cinco jogadores fundamentais –o goleiro Neuer, os volantes Khedira e Schweinsteiger, o meia Özil e o atacante Klose– se recuperando de contusões.

Não à toa, em maio, a um mês do Mundial, apenas 6% dos alemães diziam acreditar que sua seleção seria campeã mundial em 2014, segundo pesquisa do Forsa para a revista "Stern".

Enquanto isso, os pentacampeões éramos os favoritos. No dizer de Felipão, tínhamos a obrigação de ganhar a Copa. Para Marin, o caquético presidente da CBF, vencer seria ir ao céu e perder, descer ao inferno.

Mas não havia base racional para a euforia, sustentada por fiapos: 1) a ilusão de que o Mundial repetiria a Copa das Confederações, conquistada em 2013 pela seleção; 2) o discurso motivacional do nosso técnico; 3) o talento de um único craque, Neymar.

Eis que, do lado alemão, logo tudo mudou. A base na praia funcionou ao modo germânico, e a Bahia tornou-se a terra da felicidade. De repente Neuer e Schweinsteiger já cantavam o hino do Bahia e aprendiam lepo-lepo, e a equipe toda dançava com os pataxós.

A comissão técnica recuperou o time no tempo certo, durante a competição. O auge coroava um projeto de desenvolvimento de talentos iniciado pela federação alemã em 2002.

E foi justo quando estavam tinindo e à vontade que os alemães cruzaram com os donos da casa.

É dispensável relembrar detalhes do 8 de julho no Mineirão. Basta repetir que os 7 a 1 foram –e continuarão a ser por muito tempo– o maior vexame da história do futebol nacional.

Ao menos duas lições floresceram do trauma: 1) confiança não vale nada sem planejamento; 2) estereótipos, como "Brasil imbatível" ou "alemães sisudos", só sobrevivem até serem atropelados pelos fatos.

19/07/2014

Meu deus!

Filed under: Copa 2014,Deus,Humor — Gilmar Crestani @ 1:06 pm
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comunistan

gregorio duvivier

Deus e a Copa

14/07/2014 02h00

Caros atletas da seleção brasileira, aqui quem fala é Deus. Em primeiro lugar, gostaria de pedir que parassem de me mencionar nas entrevistas. Não tive nada a ver com a derrota de vocês.

Não sei se vocês repararam, mas a seleção alemã fez sete gols -e não dedicou nenhum deles a mim. Era de se esperar. Nunca frequentei um treino. Eu não tive nada a ver com aquilo. Os caras estão treinando há 10 anos. Não mereço crédito -e nem estou interessado nisso.

Esse negócio de agradecer a mim pega supermal pro meu lado. As pessoas veem as cagadas que estão acontecendo pelo mundo e acham que eu estava num jogo de futebol ao invés de estar resolvendo cagadas. No jogo contra a Croácia, soube que o juiz marcou um pênalti inexistente e vocês agradeceram a mim. Pessoal, eu tenho mais o que fazer do que ficar subornando juiz. Meu nome é Deus, não é Eurico Miranda.

Nunca uma seleção brasileira foi tão temente a mim. E nunca uma seleção tomou um sacode tão grande. Perceberam o quão pouco eu me importo com a Copa do Mundo?

Pra vocês terem uma ideia, no momento estou num planeta paradisíaco, torrando royalties. Não adianta me chamar que eu não volto. Mesmo que eu me importasse com futebol: vocês acham que eu ia ajudar um time só porque acredita mais em mim? Vocês acham que eu ia prejudicar outro time só porque o pessoal não acredita tanto em mim? Vocês acham mesmo que eu sou carente nesse nível?

Fiz mil anos de análise, pessoal. Vocês não vão me comprar com um pouco de afeto e 10% do salário. A propósito: esse povo pra quem vocês doam o dízimo não está me repassando o valor. Ninguém até hoje sequer me pediu minha conta pessoal.

Se eu fosse vocês, não me preocuparia tanto com essa goleada. Me preocuparia com outros sacodes: no prêmio Nobel, a Alemanha está ganhando de vocês de 102 a zero (tampouco tive nada a ver com isso).

Também não me preocuparia tanto em não transar antes do casamento, David Luiz. Não quer transar, não transa. Mas não diga que sou eu que não quero que você transe. Eu quero mais é que todo o mundo transe, com quem quiser, da maneira que quiser, na posição que bem entender. Transa pra mim.

Despeço-me com uma dica: eu não valho nada, mas o diabo vale muito menos. Não adianta apelar pra Deus enquanto o demônio for presidente da CBF. Vocês têm José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Aldo Rebelo e acham que a culpa é minha?

gregorio duvivier

Gregorio Duvivier é ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.

15/07/2014

Copa 2014: “el mejor de todos”

Filed under: Copa 2014,Copa das Copas,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 9:36 am
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Isso você não vai ler na mídia tupiniquim, porque por aqui o Instituto Millenium não autoriza este tipo de publicação. Quem finanCIA também diz o que se pode publicar ou esconder.

El Mundial desde Río

No voy a negar que vivir los 64 partidos desde Río de Janeiro ayudó a que este Mundial me parezca el mejor de todos

Santiago Solari Rio de Janeiro 14 JUL 2014 – 19:56 CEST34

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Robben pugna por un balón ante Mascherano en un partido del Mundial. / afp

No voy a negar que vivir los 64 partidos desde Río de Janeiro ayudó a que este Mundial me parezca el mejor de todos. Acá "el pan de azúcar basta para almibarar toda la bahía". Pero haber redescubierto a Girondo o tener enfrente del hotel una playa con la longitud justa para salir a correr todas las mañanas no significa que de este Mundial me haya gustado todo.

No me gustó, por ejemplo, ver a Italia amagándose a sí misma, dudando entre salir o quedarse, incapaz de decidir entre las ganas de jugar de Pirlo y los cantos de sirena del catenaccio; no me gustó la plancha a destiempo de Matuidi que fracturó a Onazi ni el mordiscón de Suárez a Chiellini; pero menos me gustó la ausencia de un criterio que evite la desproporción de saldar una de ellas con amarilla y la otra con cuatro meses de inactividad, a riesgo de ser más severos en el castigo de lo simbólico que en el de una fractura expuesta.

Me gustó que la mayoría de los equipos intentaran ganar desde la pelota y no desde la renuncia a ella

No me gustó ver sufrir a Brasil ni sentir cómo se ahogaba en sus emociones, sin siquiera obligar a Alemania a hacer un mínimo esfuerzo para ganarle; no me gustó, pero no me sorprendió, el hit del Mundial, resumen de esa incapacidad de una parte de la sociedad argentina de gozar del propio mérito sin recurrir a explotar el sufrimiento ajeno.

Me gustó Bike Río, la aplicación para desbloquear las bicicletas anaranjadas desde el teléfono (en Río todo lo público es anaranjado, a juego con la corbata de Van Gaal que concentró a los suyos en Ipanema), fundamental para evitar el tráfico de Avenida Atlántica. Me gustó la banana frita con helado de vainilla y el Guaraná bien frío; me gustó el arbitraje en general y que se haya roto algún prejuicio arraigado, como entender que no se pierde nada si el árbitro decide interrumpir el partido para que los jugadores se hidraten cuando hace 40 grados.

Me gustó el uso del spray para marcar la distancia en los tiros libres, la forma en que cada árbitro impuso un estilo (línea simple, línea doble, línea sobre los botines de los jugadores) y todos los posibles nuevos usos que se le puede dar al spray: dispersar protestas, defenderse ante invasiones de campo, festejar campeonatos, amenizar carnavales, afeitarse.

Me gustó que la mayoría de los equipos intentaran ganar desde la pelota y no desde la renuncia a la pelota; me gustó el goal line technology y que lo haya puesto a prueba Benzema (nadie sin la sutileza de Benzema podría haber logrado marcar un gol tan milimétrico, que justificara la inversión tecnológica y su aplicación por primera vez en el Mundial). Me gustaron Pogba, Shaqiri, Cuadrado, Díaz, Ruiz, Blind, Vlaar, Alexis, Feghouli, Howard, Navas, Neuer debajo de la portería y Neuer en posición de arranque, cuando la pelota esta todavía muy lejos del arco.

No me gustó ver sufrir a Brasil ni sentir cómo se ahogaba en sus emociones

Me gustó cómo James Rodríguez aprovechó el tiempo de vuelo del balón para girar el cuello y calcular la salida de Godín antes de bajarlo con el pecho y marcar el gol más bonito del Mundial. Me gustaron la volea de primeras de Cahill, las coreografías de Colombia después de los goles de James y que los americanos terminaran llamando James al gran Lebron.

Me gustó cómo Robben preparó desde el primer control cada una de sus arrancadas letales y cómo Mascherano, ese Nostradamus del cierre, supo antes que Robben exactamente lo que a Robben se le acababa de ocurrir en ese instante.

Me gustó Alemania con nueve y Alemania sin nueve, Lahm de 5 y Lahm de 3; el corazón de Argentina para emparejar desde la competitividad la estructura alemana.

Me gustó la línea de cinco de Pinto; Costa Rica y su casi milagro; los laterales de la Colombia de Pékerman; la presión alta de Chile; las encaradas optimistas de Di María; la Avenida de Palmera Imperial del jardín botánico, el mar imitando en la arena la vereda de Copacabana y la posibilidad de tomar, por sólo tres reales, "un café que perfuma todo un barrio de la ciudad durante 10 minutos". Voy a extrañar el Mundial.

Final: El Mundial desde Río | Mundial Brasil 2014 | Deportes | EL PAÍS

Como se diz Pão e circo em alemão?

Filed under: Alemanha,Complexo de Vira-Lata,Copa 2014,Populismo — Gilmar Crestani @ 8:58 am
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Copa 2014

Seleção alemã chega a Berlim e é recebida por 500 mil pessoas

EFE

15 Julho 2014 | 07h 43

Elenco desfilou em carro aberto até o Portão de Brandemburgo, palco das grandes comemorações esportivas do país

A seleção alemã de Joachim Löw aterrissou nesta terça-feira no aeroporto de Tegel, em Berlim, pouco depois das 10h locais (5h de Brasília) em seu retorno do Brasil após conquistar pela quarta vez a Copa do Mundo, enquanto centenas de milhares de torcedores (estima-se mais de 400 mil fãs) esperam pelos heróis do tetra no Portão de Brandemburgo.

O avião especial da Lufthansa pousou no aeroporto de Berlim com mais de uma hora de atraso devido a um problema técnico detectado antes da decolagem no Rio de Janeiro. Centenas de pessoas e muitas câmeras de televisão esperavam a chegada do avião em Tegel e receberam com aplausos e gritos entusiasmados o capitão da seleção, Philipp Lahm, o primeiro a aparecer com a taça Fifa.

Após Lahm, foi a vez do restante da equipe, que pôde observar do alto, enquanto o avião sobrevoava a cidade, a multidão que os espera nas imediações do Portão de Brandemburgo, o coração "Fan Mile", o maior espaço público do país destinado às transmissões ao vivo das partidas do Mundial.

CHEGADA DA SELEÇÃO ALEMÃ A BERLIMMorris Matzen/Reuters

Jogadores alemães são recepcionados por mais de 500 mil pessoas na cidade de Berlim. Foi montado um palco de 30 metros, em frente ao Portão de Brandemburgo.

Lá estão concentrados desde o início da manhã os milhares de torcedores, que acompanharam sua chegada nos mesmos telões em que assistiram a todos os jogos da conquista do tetra no Brasil. A vitória no domingo, na final disputada contra a Argentina no Maracanã, veio após o gol de Mario Götze na prorrogação e gerou um entusiasmo futebolístico, misturado com certo patriotismo, em todo o país.

Trata-se do quarto título da seleção alemã – após as conquistas de 1954, 1974 e 1990 – e o primeiro que será comemorado junto ao emblemático monumento de Berlim, que desde 1999 voltou a ser a sede do governo e do Parlamento alemão.

Para a celebração, foi montado um palco de 30 metros onde são esperados o herói da conquista, o jovem Götze, e o restante da equipe, além da taça Fifa, diante de um mar de gente vestida com as cores da bandeira alemã, o amarelo, o vermelho e o preto.

O palco será o mesmo no qual a seleção alemã agradeceu ao público local pelo apoio recebido durante o Mundial sediado no país em 2006, quando a equipe terminou na terceira colocação. A organização anunciou que após o ato oficial com os jogadores, de uma hora de duração, a celebração continuará por mais cinco horas com diversas atuações musicais. São esperadas 500 mil pessoas nas comemorações.

A cidade receberá os campeões do mundo com um grande cartaz com a mensagem: "Obrigado meninos. Campeões do Mundo 2014"

De enlouquecer vira-lata

Filed under: Alemanha,Copa 2014,Ladrões — Gilmar Crestani @ 8:28 am
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Alemães são presos por furto de estátua

Segundo a polícia, dupla despachou mala com peça de exposição realizada no aeroporto de Guarulhos

DE SÃO PAULO

Dois alemães foram presos na tarde desta segunda (14) no aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo), acusados de terem furtado a estátua de uma exposição.

Os estrangeiros, de 39 e 48 anos, estão no Brasil há cerca de um mês e foram presos em um restaurante do aeroporto. Eles vinham do Rio de Janeiro, onde assistiram à final da Copa.

Quando foi detida, a dupla já havia feito o check-in e despachado as bagagens, e aguardava o horário para embarcar de volta para seu país.

De acordo com a polícia, eles visitaram uma mostra temática do Mundial que é realizada no terminal 3 do aeroporto, e furtaram uma estátua que estava em exposição.

A segurança percebeu o sumiço da peça e analisou as câmeras de vigilância do local, o que identificou os alemães como os autores do furto.

Um investigador afirmou que os estrangeiros haviam colocado a estátua em uma das malas que foram despachadas. Eles foram autuados por furto e encaminhados ao 1º DP de Guarulhos.

 

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/176062-alemaes-sao-presos-por-furto-de-estatua.shtml

12/07/2014

Para a Folha, em época de Copa, fraude é drible

Filed under: Copa 2014,Geraldo Alckmin,Poder Judiciário,PSDB — Gilmar Crestani @ 5:24 pm
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PSDB x ÁguaÉ inacreditável a capacidade do PSDB de se desvencilhar das garras da justiça. Em São Paulo, só a Portuguesa não consegue nada. Na justiça paulista, o PSDB sempre joga em casa. A ironia na história é o governador no estado onde falta água encanada prometer piscina aquecida…

Alckmin dribla veto da Justiça ao visitar obras em redutos eleitorais

Em vistorias no interior de São Paulo, governador é acompanhado por equipes de filmagem

Lei proíbe candidatos de irem a inaugurações nos três meses que antecedem a eleição, mas não veda inspeções

GABRIELA YAMADADE RIBEIRÃO PRETOJOSÉ MARQUESDE SÃO PAULO

"Meninas, o governador tem algo a dizer a vocês", disse o prefeito Dimar de Brito (PSDB) a um grupo de idosos em Santa Cruz da Esperança (a 316 km de SP). O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se aproximou das mulheres e anunciou: "Aqui, vocês vão ter uma piscina aquecida", arrancando aplausos e gritos.

A cena aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), quando Alckmin esteve no interior paulista com o objetivo de vistoriar obras de duplicação da rodovia Abrão Assed.

A visita foi gravada por equipes que acompanhavam o governador. Além do tucano, elas também gravaram depoimentos de moradores para o programa eleitoral.

Candidato à reeleição, Alckmin adotou estratégia de aliar atividades de mandato no interior com aproximação do eleitorado. Ele nega que seja agenda de campanha.

Desde o início da semana, o governador vai a municípios em que obteve vitória expressiva em 2010 para vistorias. Segundo aliados, a intenção é reforçar presença em redutos tradicionais.

Dessa forma, ele contorna a legislação eleitoral e marca presença em ações da gestão no interior do Estado. A lei proíbe que candidatos compareçam, nos três meses anteriores à eleição, a inaugurações de obras públicas.

Entre a segunda (7) e quinta-feira (10), Alckmin esteve em ao menos sete cidades onde obteve percentual próximo ou maior que 60% dos votos válidos em 2010.

Além de vistoriar as obras, o tucano –acompanhado de prefeitos, deputados e candidatos– tira fotos com pedestres, come em padarias locais e vai à igreja rezar.

PERCORRENDO O ESTADO

Em Santa Cruz da Esperança, Alckmin disse que percorre o Estado para ver e ouvir os problemas da população.

"Quanto mais ouve, menos erra. Não é que não vai errar. Vai errar menos", afirmou, e voltou a dizer que estava na região para vistoriar obras, cuja ação não é proibida pela legislação eleitoral.

O governador estava acompanhado de dois deputados da região –o federal e presidente do partido no Estado, Duarte Nogueira, e o estadual Welson Gasparini (PSDB). Ambos tentarão a reeleição.

O empresário Pedro Silva Martins, ex-prefeito de Cássia dos Coqueiros, disse que a visita reforça o trabalho feito em prol da reeleição de Alckmin. "É importante fazermos política".

"Essas visitas são uma forma de driblar a lei. É uma utilização ardilosa da legislação", afirmou Roberto Romano, professor de ética e política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O coordenador jurídico da campanha do PMDB –de Paulo Skaf, principal adversário de Alckmin–, Hélio Silveira, diz que a conduta do governador, se repetida reiteradamente, "configura abuso de autoridade". "Ele está simulando vistoria para exaltar feitos da gestão", disse.

OUTRO LADO

O coordenador jurídico da campanha de Alckmin, Ricardo Penteado, afirma que, embora seja candidato, o governador "separa muito bem" as atividades eleitorais e o exercício do mandato.

Segundo Penteado, "não há fato que comprove que o governador tem feito campanha". "Vistoria não é inauguração", afirmou. "Posso afirmar com muita segurança: o governador Geraldo Alckmin é um dos mais comportados clientes que já tive na vida."

Penteado rebate a declaração do advogado do PMDB: "Por que tem que ser reiteradas vezes? Se fosse ilícito, já seria em uma única vez".

O diretório do PSDB em São Paulo foi questionado sobre as equipes de gravação, mas não respondeu.

    Legado da copa: a velha mídia é o pior do Brasil!

    Filed under: Copa 2014,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 8:38 am
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    E a autocritica do jornalismo esportivo ?

    O mundo em torno da bola mostrou-se, igualmente, guardadas honrosas exceções, cúmplice da derrota. O jornalismo esportivo é um caso.

    Da Redação

    Arquivo

    Não foi apenas nos gramados que a fragilidade  do futebol brasileiro ficou evidente nesta Copa do Mundo.
    O mundo em torno da bola mostrou-se, igualmente, guardadas honrosas exceções,  cúmplice da derrota.
    O jornalismo esportivo é um caso.
    A crônica do futebol, que já teve talentos de um Nelson Rodrigues, Mário Rodrigues Filho (*), Oldemário Toguinhó etc, rendeu-se  nos últimos anos a uma cobertura preguiçosa, feita  de tardes esportivas bocejantes e noites de mesas redondas tolas,  incapazes de ir além da reiteração descritiva melhor desempenhada pelo vídeo-tape.
    Abarrotada de recursos tecnológicos, mas de uma pobreza intelectual asfixiante, foi incapaz de oferecer  ao torcedor  uma reflexão qualificada sobre o quadro clínico de uma estrutura esportiva  que  agonizava  na frente do seu nariz.
    Se agora se reconhece que o futebol pentacampeão  precisa de uma revolução e que ela deve incluir forte prioridade à categoria de base, a pergunta é: quando foi que esse tema recebeu um tratamento  regular e consistente nas pautas, espaços e reportagens das longas e modorrentas jornadas esportivas?
    Mesmo do ponto de vista da estético, apesar das ’14 câmeras exclusivas da Globo’, não há nada que se aproxime, nem remotamente, da beleza plástica e da sofisticação reunidas pelo cine jornalismo do Canal 100, há mais de meio século.
    O que evoluiu ostensivamente foi o compadrio. Um certo  jornalismo áulico entrelaçou-se a dirigentes, jogadores e empresários de futebol. Tudo lubrificado pela subordinação do esporte à conveniência  das grades das emissoras  e das suas milionárias carteiras de anunciantes.
    Foi preciso uma Copa do Mundo para que o país descobrisse, por exemplo, a precariedade de sua rede de estádios –que o governo assumiu reestruturar e o fez–  assunto do qual o jornalismo esportivo nunca cuidou seriamente.
    Ao contrário do que fazia o Canal 100, cujas lentes  tinham um interesse quase antropológico pelo estádio e pelo torcedor, na Globo, por exemplo, a arquibancada  só conta quando cartazes bajulam  Galvão Bueno e sua trupe, num pacto pavloviano algo constrangedor.
    Infelizmente, a superioridade alemã se evidenciou nesta Copa também aqui, na qualidade informativa .
    Em maio deste ano, dois meses antes do torneio, a Deutsche Welle, uma espécie de BBC alemã (o serviço público germânico de radiofonia é o 10º maior do mundo com emissões em 30 idiomas), já produzia material analítico sobre o futebol brasileiro com riqueza de detalhe e reflexão não disponíveis por essas bandas.
    Enquanto o jornalismo esportivo brasileiro se espojava em piadinhas do ‘Imagina na Copa’ou discutia  filigranas em listas de convocados,  um minucioso retrospecto sobre a evolução tática do nosso futebol era providenciado pelos  jornalistas da  ‘DW”.
    O texto parece  alertar para a saturação de um percurso, cujo desfecho seria confirmado justamente no jogo contra a equipe do seu país.
    Com riqueza de detalhes, o jornalismo esportivo alemão descreve os antecedentes de um esgotamento criativo estrutural; coisa que a crônica  esportiva brasileira só passaria a enxergar melhor –e não se sabe ainda por quanto tempo–   depois que o placar do Mineirão enveredou para grandezas poucas vezes requisitadas em seu sistema luminoso.
    O conjunto ilustra o quão amplo terá que ser o freio de arrumação para que a camisa canarinho volte a brilhar.
    O fato de que algumas das melhores análises jornalísticas sobre nosso futebol tenham sido produzidas,  antes, por quem nos derrotaria depois da forma como se deu, encerra um alerta.
    Não será suficiente trocar apenas os protagonistas  diretos do desastre; será preciso, também,  sacudir a mesmice preguiçosa dos cronistas e analistas do espetáculo.
    A equipe da Deutsche Welle fez um balanço da trajetória tática do futebol brasileiro.
    Traz, por exemplo, uma premonitória reportagem  –quase um conselho antecipado para uma derrota que ocorreria meses depois–  sobre a virada no futebol alemão, com investimento maciço em categorias de base, a partir de 2004.
    A guinada ocorreu, sugestivamente, depois da humilhante desclassificação do país na Eurocopa em 2000 e da perda da Copa do Mundo para o Brasil, em 2002.
    Desde então, todos os times da 1ª e da 2ª divisão do país foram obrigados a ter centros de treinamento para jovens com certificação da federação.
    Todos os integrantes da atual seleção alemã, repita-se, todos, exceto Klose,  passaram por esses centros de formação e revelação de talentos.
    Por fim, a Deutsche Welle no Brasil  faz um  balanço do legado de Felipão e dos desafios que a derrota na semifinal deixa para o futuro do futebol brasileiro.

    E a autocritica do jornalismo esportivo ? – Carta Maior

    Copa, imagine sem os vira-latas!

    A questão não se resume aos turistas que vieram, mas ao que significa a vinda de um turista. A campanha para difamar o Brasil e, com isso, diminuir a vinda de turistas, tinha e tem a ver com o interesse em que as pessoas de outros países não ficassem sabendo como estão as coisas por aqui. Quanto menos pessoas viessem, menos chances de que ficassem sabendo da verdade. Precisou a mídia externa dizer que esta é a Copa das Copas para que a nossa velha mídia golpista desse a mão à palmatória.

    Não seria o caso de se cobrar na justiça quem espalho que teríamos caos nos aeroportos, que haveria epidemia de dente e febre amarela. Por onde andam aqueles que diziam que teríamos seleção mas não teríamos estádios?

    Quem vai ressarcir aqueles donos de bares, restaurantes, lojas hotéis que poderiam ter faturado ainda mais não fosse o complexo de vira-lata. Não foi só o complexo de vira-lata, mas do vira-lata que contraiu raiva e, por isso, virou hiena hidrófoba.

    Todos os que se voltavam contra a Copa estavam ou foram contratados para trabalharem na velha mídia. O Instituto Millenium sabe onde há canil abarrotado de vira-lata. Basta olhar para os que ocupam postos de visibilidade nas cinco irmãs (Globo, Veja, Folha, Estadão & RBS). Sempre foram vira-latas, antes da Copa viraram hienas, e agora, após o sucesso, estão vestidos com peles de Luluzinhos da Pomerânia.

    copa oA COPA COMO ELA É

    Copa mais do que dobra número de turistas no país

    Quase 700 mil estrangeiros entraram no Brasil em junho; em compensação, turismo interno de negócios reduziu

    SP recebeu 500 mil turistas, de acordo com prefeitura, que reconheceu problemas na Vila Madalena

    DE SÃO PAULO

    Quase 700 mil turistas estrangeiros (691.940) de 203 nacionalidades entraram no Brasil em junho por terra, mar ou ar –a grande maioria atraída pela Copa– segundo dados da Polícia Federal.

    O volume é 132% maior que o registrado no mesmo mês de 2013, quando 298 mil estrangeiros ingressaram no país.

    Os argentinos, com 101 mil turistas, são a maioria. Americanos (83 mil), chilenos (44 mil), colombianos (41 mil) e mexicanos (34 mil) completam o topo desse ranking.

    O número superou a estimativa feita pelo governo para todo o Mundial (600 mil). Não foram computados os dados de julho, que devem ser divulgados nos próximos dias.

    Em 2010, cerca de 1,4 milhão de estrangeiros entraram na África do Sul no período da Copa –310 mil deles exclusivamente para o evento. Na Alemanha, em 2006, foram cerca de dois milhões, a metade atraída pela Copa. Os dados são das agências de turismo dos dois países.

    A cidade de São Paulo recebeu cerca de 500 mil visitantes, afirmou nesta sexta (11) a prefeitura. Dos turistas, 299 mil eram brasileiros e 197 mil, estrangeiros –a exemplo do fluxo no restante do país, a maioria veio da Argentina.

    FEIRAS

    Segundo a SPTuris (empresa de turismo da cidade), o volume é 8,6% superior à média de pessoas que vêm a cidade no mesmo período para feiras de negócios –eventos que deixaram de ser realizados na primeira fase da Copa.

    Embora não haja dados disponíveis, a cidade perdeu outros turistas de negócio, atividade que visivelmente esfriou durante o Mundial.

    Os turistas que estiveram São Paulo gastaram cerca de R$ 1 bilhão entre 12 de junho e 10 de julho, ainda de acordo com a prefeitura.

    Em média, o turista estrangeiro despendeu R$ 4.800 por dia; o brasileiro, R$ 2.500.

    Segundo a prefeitura, os dados são de uma pesquisa feita nos principais pontos de concentração de turistas, com cerca de 5.000 entrevistas.

    Em seu balanço, a gestão fez um mea-culpa e reconheceu ao menos dois problemas. O primeiro foi a superlotação da Vila Madalena, point’ de brasileiros e estrangeiros, que pegou a administração de surpresa e resultou em trânsito, brigas e até venda de drogas ao ar livre.

    A prefeitura também não previu o gigantesco engarrafamento –pico de 302km, terceiro maior da história– no segundo jogo do Brasil, contra o México, em 17 de junho. Foi obrigada a ampliar o horário do rodízio de veículos nos demais jogos da seleção.

    A gestão diz ter gasto de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões com o "custo operacional" do evento. Mas não contabilizou obras, como os R$ 150 milhões das intervenções viárias no entorno do Itaquerão.

    (CÉSAR ROSATI E ANDRÉ MONTEIRO)

    10/07/2014

    Futebol e a arte da mistificação

    GloboSonegaRicacosCLÓVIS ROSSI, noves fora Eliane Cantanhêde, é o colunista da FOLHA mais identificado com o patrão. É ele autor de alguns dos editoriais políticos da Folha. A seara dele é o campo político, mas hoje enveredou pelo lado do futebol. Para isso, precisou pedir ajuda ao NYT. Não encontrou nada na velha mídia brasileira que lhe pudesse servir de alavanca, mas isso ele deixa passa batido. Não faz nenhuma crítica ao jornalismo do país que sedia a Copa do Mundo e que não foi capaz de produzir nada que prestasse. E aí envereda pela mistificação, do tipo que Felipão traz do berço gremista, o realismo mágico da “alma castelhana”, do “imortal tricolor”. Como o Grêmio, Felipão é também o imortal que mais morre. E as explicações do Felipão têm raízes no mesmo realismo mágico do Clóvis Rossi.

    Rossi esquece que não foi só a Alemanha que chegou à final. Para explicar a Alemanha precisa usar jornal norte-americano. E para explicar a Argentina? Há uma coincidência que une Alemanha e Argentina, que os afastam do Brasil, que a obtusidade do Rossi não lhe permite ver. As velhas mídias da Alemanha e da Argentina não tiveram o mesmo acesso aos atletas das respetivas seleções do que teve a Rede Globo, por exemplo, em relação aos brasileiros.

    A Bundesliga só é explicação para bundão.

    E a liga da Argentina explica porque a Argentina passou?

    As ligas espanhola, inglesa italiana, francesa são piores do que a liga brasileira? Afinal, o Brasil ainda vai disputar o terceiro lugar e as seleções da Espanha, Itália e Inglaterra foram eliminadas ainda na primeira fase. Teriam estes países ligas piores do que a da Costa Rica?

    Uma pergunta para Clóvis Rossi: será que a velha mídia de todos os demais países torceram contra o próprio selecionado como fizeram todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium?

    Clóvis é um neófito do futebol, um aproveitador da desgraça brasileira para traçar o seu perfil de vira-latas. Dizer que foram os clubes fortes da Alemanha que deram à Alemanha a condição de disputar o título é de um imbecilidade do tamanho do Farol de Alexandria. Quer dizer que os países já citados da Espanha, Itália e Inglaterra não tem clubes fortes? Quer dizer que a Argentina tem clubes mais fortes que o Brasil?

    Ora, vamos parar com esta análise de buteco de quinta… coluna. Futebol tem o Sobrenatural de Almeida, mas também tem o imponderável que torna do futebol esta indústria que é hoje.

    Se Clóvis Rossi e todos os colunistas da velha mídia tivessem se lembrando do Internacional de Porto Alegre, talvez dissessem menos bobagens. O Inter foi Campeão Mundial FIFA encima do poderoso Barcelona, que à época tinha o melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaúcho.

    Dizer que o Brasileirão é piada é apenas parte da piada. Dizer que Brasileirão é propriedade da Globo exigiria de um palhaço um pouco de seriedade. Quem faz a tabela do Brasileirão é um funcionário da Rede Globo, o jornalista gaúcho e colorado, Telmo Zanini. É ele que escala um jogo em Caxias às 22 horas de um domingo de inverno. Ou às 19 horas de um sábado. Ou que faz os gaúchos assistirem, nos domingos à tarde, aos invés de Inter e Grêmio, jogos do Corinthians ou do Flamengo.

    Quem foi que, a peso de dinheiro, implodiu o Clube dos 13? A Rede Globo. Quem implodiu com Dunga no comando da Seleção? A Rede Globo. Quem levava jogadores da seleção brasileira para aumentar a audiência do Jornal Nacional? A Rede Globo.  Quem foi a grande parceira de João Havelange? A Rede Globo. Quem foi a grande  parceira de Ricardo Teixeira? A Rede Globo. Quem é a grande parceira de José Maria Marin, o ladrão de medalha? A Rede Globo.

    Quem são os jornalista que ficam de quatro para a Rede Globo? 99,9%! É por isso que a Revista Forbes aponta a soma dos três patetas Marinhos como os mais ricos do Brasil.

    Alemanha ganha também em casa

    O futebol alemão é um dos poucos, talvez o único, que combina clubes fortes com uma seleção poderosa

    O "New YORK TIMES", que fez uma belíssima cobertura do Mundial, publicou uma tabelinha que deveria servir de inspiração para os responsáveis pelo futebol brasileiro (se é que responsáveis é palavra que sirva para eles) e para a crônica esportiva, neste momento que o NYT chamaria de "soul searching" –ou, em tradução livre, de busca pela alma de nossos defeitos no futebol.

    O jornal buscou qual campeonato nacional disputam todos os jogadores inscritos para a Copa.

    Nas quatro seleções semifinalistas, deu (adivinhe?) a Bundesliga, o torneio alemão, em primeiro lugar, com 23%.

    Mas, atenção, esse dado não significa que campeonato forte é sinônimo de seleção forte. A rigor, é o contrário, tanto que, no conjunto das 32 seleções da Copa, a Premier League tinha mais representantes (15%) do que qualquer outra e, não obstante, a Inglaterra foi eliminada em duas partidas.

    É fácil entender o fenômeno clubes fortes/seleções fracas (ou, ao menos, não tão fortes): os clubes contratam uma tonelada de jogadores estrangeiros, com o que se fortalecem inexoravelmente.

    Mas as seleções nacionais não podem convocá-los, salvo os poucos que se nacionalizam, o que as torna mais fracas.

    O que faz da Bundesliga um item a ser examinado não é o 7 a 1 desta terça-feira (8), mas o fato de que é a única liga europeia que consegue combinar times fortes com uma seleção forte. E, quando digo seleção forte, não é com base nos 7 a 1, que dificilmente se repetirá nos próximos cem anos, mas no fato de que a Alemanha passou a ser o país que mais finais de Copa terá disputado a partir de domingo (oito contra sete do Brasil).

    Não se trata, pois, de um cometa que brilha aqui e ali e depois desaparece. Seu campeonato é rico em público e em futebol, o que seguramente ajuda a seleção a brilhar.

    Os estádios estão sempre lotados, mesmo com o desnível entre os clubes refletido na formidável hegemonia do Bayern de Munique, que ganhou 24 títulos nacionais mais 17 Copas da Alemanha.

    O Brasileirão é o contraexemplo. A crônica esportiva até já se cansou de reclamar do número relativamente baixo de espectadores, fenômeno, aliás, que se torna ainda mais agudo nos torneios regionais –que, apesar desse minguado público, ainda ocupam um terço do ano, pouco mais ou menos.

    A questão a ser analisada é qual a relação entre clubes fortes e seleções fortes. O Brasil tem clubes pobres há alguns anos, mas nem por isso deixou de ser campeão mundial em 1994 e 2002. Se fracassou este ano, não foi pela debilidade de seus clubes, refletida no fato de que apenas 4% dos jogadores que disputaram as semifinais atuam no Brasileirão (contra 23%, lembra-se?, que jogam na Bundesliga).

    Fracassou porque a safra atual é pobre, exceção feita a Neymar. Se Hulk fosse craque, estaria jogando em alguma grife europeia e não no Zenit russo.

    O fato é que, se quiser pensar em termos de espetáculo e de negócios –os dois pilares do futebol–, o Brasileirão não pode continuar sendo piada em vez de campeonato.

    crossi@uol.com.br

    07/07/2014

    David Luiz

    Filed under: Copa 2014,David Luiz,Futebol — Gilmar Crestani @ 9:34 am
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    lula david luiz ramiresSó vou acrescentar uma, pra deixar completo o rol de provas, David Luiz fazendo o L para homenagear Lula quando saiu a notícia de que estava com câncer…

    20 provas de que David Luiz é o cara da Copa

    Postado em 05 jul 2014 – por : Pedro Nogueira

    Jogo após jogo, ele tem feito a felicidade de 198 milhões de brasileiros. Mas acha que isso é tudo? Pois saiba que o zagueiro da Seleção tem muito mais.

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    Seus gols vêm salvando o Brasil no mata-mata da Copa

    Sim, vencemos novamente, apesar dos prognósticos negativos dos abutres, que diziam do boca cheia: “O Brasil não está jogando nada e vai cair na real contra a Colômbia.” Nestas duas vitórias suadas pelo mata-mata da Copa, é indiscutível que um homem sobressaiu-se dos demais. Seu nome você já sabe. É David Luiz.

    Mesmo sendo seu trabalho defender o gol brasileiro, ele fez 2 dos 3 gols da Seleção na segunda fase. Não fosse por ele, talvez os abutres acertassem em suas previsões. Por isso, após sua atuação de gala contra o time colombiano hoje, decidimos reunir 20 provas de que David Luiz é o maior ser humano vivo do planeta.

    1# Ele é um bom vencedor

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    Uma das cenas mais marcantes da Copa — talvez a maior? — aconteceu após o apito final. O colombiano James Rodriguez caiu no choro depois da eliminação da Colômbia. E quem estava lá para consolá-lo? O mesmo homem que anulou-o durante a partida inteira, David Luiz. Vencer é difícil. Ser um bom vencedor, mais difícil ainda.

    2# Ele trata os fãs com carinho

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    Assista a este vídeo e você entenderá do que estamos falando.

    3# Ele é o melhor jogador da Copa

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    Nem Messi, Robben ou Neymar: o craque da Copa até agora tem sido David Luiz, segundo as notas recebidas em cada jogo pela Fifa.

    4# Ele não passou uma temporada sem título nos últimos 6 anos

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    Em 2008/09 foi a Taça da Liga Portuguesa. Em 2009/10 foi o Campeonato Português. Em 2010/11 foi novamente a Taça da Liga Portuguesa. Em 2011/12 foi a Champions League e a FA Cup. Em 2012/13 foi a Copa da UEFA. E agora em 2014 será a Copa do Mundo.

    5# Ele daria um ótimo vilão para o próximo filme do Batman

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    Se fizeram um remake de Batman vs Bane, o nosso querido zagueiro cairia perfeitamente no papel, como podemos ver na foto acima. E alguém tem dúvidas de que ele daria uma surra em Ben Affleck?

    6# Ele tem uma raça de proporções épicas

    David Luiz Raça

    Seja nos clubes ou na Seleção, você nunca verá David Luiz tirando o pé da dividida ou desistindo de uma bola aparentemente impossível. Muitos outros deveriam aprender com ele.

    7# Ele cresce nos momentos decisivos

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    Treino é treino, jogo é jogo, diz uma velha máxima. Dá para ir além e dizer que jogo é jogo, mata-mata é mata-mata. Afinal, é fácil jogar bem quando não existe pressão. Mas e na hora da decisão? Em todos os jogos do Brasil na segunda fase da Copa, até agora, David Luiz marcou gols e foi uma muralha na zaga. Haja nervo.

    8# Ele é o zagueiro mais caro da história

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    55 milhões de euros é dinheiro suficiente para montar um time inteiro. Ou, então, comprar David Luiz — que sejamos honestos, vale por uns 11 caras mesmo. Foi esse o valor que o PSG pagou para tirá-lo do Chelsea, a contratação mais cara de um zagueiro na história do futebol.

    9# Ele é um modelo perfeito para caricaturas

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    Dê um Google em “David Luiz caricatura” e você passará horas se divertindo.

    10# Ele é um fanfarrão (no bom sentido)

    david luiz fanfarrão

    Quem não gosta de uma pessoa divertida e bem humorada? David Luiz é o sorriso em pessoa. Por isso simplesmente todo mundo o adora.

    11# Ele é de um carisma inigualável

    david luiz carisma

    Dê uma boa olhada no cidadão acima e diga que você não criou uma simpatia instantânea por ele. Caso tenha pensado “não”, melhor fazer terapia. Pois você é um entre milhões.

    12# Ele sempre está lá para salvar o Brasil na defesa

    David Luiz salvar

    Lembra a surra que o Brasil deu na Espanha na final da Copa das Confederações, por 3×0? Quando o jogo ainda estava 1×0, David Luiz salvou um gol em cima da linha. Não fosse por isso, talvez a história da partida teria sido outra.

    13# E no ataque também

    David Luiz ataque

    O ataque brasileiro não está em sua melhor fase. Mas tudo bem, quem precisa de atacantes quando temos David Luiz, o zagueiro artilheiro que está com uma média de 1 gol por partida na segunda fase da Copa?

    14# Ele não tem vergonha de chorar

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    Os abutres que nos perdoem, novamente, mas o choro da Seleção após a vitória dramática contra o Chile foi de arrepiar.

    15# Ele fica na estica quando coloca um terno

    david luiz estica

    Eis a prova de que você não precisa fazer como Cristiano Ronaldo — tirar a sobrancelha, ter o corte de cabelo da moda, etc etc — para ficar estiloso.

    16# Ele foi tietado por Cara Delevingne

    david luiz cara

    Nunca ouviu falar nela? Entre nesta matéria.

    17# Ele faz caretas sensacionais

    david luiz caereta

    Alguns jogadores adoram fazer pose e dar de galã em campo. Sério, senhores? Isso é futebol, não passarela. Aprendam com David Luiz, que manda ver na careta durante os 90 minutos de partida.

    18# Ele só poderia ser parado com um tiro

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    Esta foto define David Luiz, um verdadeiro guerreiro dos gramados. E, olha, suspeitamos que seria necessário pelo menos uma rajada de metralhadora para pará-lo, pois se o 50 Cent aguentou 9 balas, David Luiz aguentaria umas 18 no mínimo.

    19# Ele não nega as suas origens

    david luiz pipa

    O salário de David Luiz no Chelsea, segundo rezam rumores, era de R$ 418 mil por mês. Agora no PSG certamente é maior ainda. Agora me diz, o que você acha que um cara desses faria num dia de folga, ao ser poupado de uma partida? Passear de iate? Jogar dinheiro fora num cassino de Monte Carlo? Rodar a Europa numa Ferrari? Não, ele escolheu soltar pipa.

    20# E óbvio, ele tem aquele cabelo

    David Luiz cabelo

    Dispensa comentários.

    Sobre o Autor

    Editor-chefe do portal masculino El Hombre, Pedro Nogueira é louco por esportes — especialmente pôquer e sinuca, segundo ele "as modalidades mais honestas e emocionantes do atletismo".

    Diário do Centro do Mundo » 20 provas de que David Luiz é o cara da Copa

    BNDES vai continuar faturando com a Copa

    bndesSem querer querendo, a Folha mostra que o dinheiro público aplicado na Copa se deu mediante empréstimos do BNDES a quem construiu os estádios. Portanto, dinheiro que volta aos cofres do BNDES com juros e correção monetária. Por que só agora? Por que não mostraram isso quando a turba insana gritava contra os gastos públicos que faltariam à educação e à saúde? Só porque d. Judith Brito não deixou?!

    Na insana tentativa de continuar batendo na Copa, a Folha mostra o contrário do que pretendia. Além de todos os benefícios já trazidos ao Brasil, a Folha mostra que o dinheiro público investido na construção dos Estádio retornará com juros com e correção monetária. Isto é, o BNDES vai receber de volta todo dinheiro emprestado, com juros e correção monetária. Os clubes ou estados que ficarão com os estádios, como o Beira-Rio e Arena da OAS, que tomaram dinheiro emprestado do BNDES, devolverão com juros e correção monetária.

    Seria interessante que a Folha fizesse o mesmo levantamento com as empresas privadas que recebem dinheiro do BNDES. Será que elas estão pagando corretamente, em dia, os empréstimos que tomaram do BNDES.

    O que a Folha não consegue entender é que a Copa deu lucro a todos os que nela investiram. E perderam todos os brasileiros com Complexo de Vira-latas.

    Espero que a próxima reportagem da Folha seja para mostrar o empréstimo que o BNDES deu à Rede Globo no tempo de FHC e consiga que a Globo mostre o DARF dos pagamentos ao BNDES.

    Juros de empréstimos para obras de estádios pagariam dois Itaquerões

    Valor, de R$ 2,4 bi, está incluso nos R$ 6,7 bi a serem quitados por Estados, empresas e clubes

    Fatura será cobrada por bancos públicos e fundo de desenvolvimento; parcela do Corinthians será de R$ 4,8 mi ao mês

    DIMMI AMORADE BRASÍLIA

    Assim que o apito final soar no Maracanã no próximo domingo (13), a maior parte da fatura da Copa começa a ser cobrada de Estados, empresas e clubes de futebol que se endividaram para construir ou reformar os estádios usados durante o Mundial.

    O carnê é caro. Para garantir arenas com o padrão Fifa, os responsáveis pelas obras pegaram emprestados R$ 4,3 bilhões de bancos públicos e de um fundo de desenvolvimento regional.

    O valor total do financiamento chegará a R$ 6,7 bilhões, considerando os juros que serão cobrados nos próximos 13 anos.

    A estimativa de gastos com juros –R$ 2,4 bilhões– foi feita a pedido da Folha por Jorge Augustowski, diretor-executivo de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com base na cópia dos contratos disponíveis na página da Transparência do governo federal na internet.

    Com esse dinheiro, seria possível construir duas arenas como o Itaquerão.

    Dos 12 estádios usados durante o torneio, 11 tiveram suas obras bancadas, em parte, com o dinheiro emprestado pelos bancos. Apenas o Mané Garrincha, o mais caro (R$ 1,4 bilhão), foi erguido usando somente recursos do caixa do Distrito Federal.

    No total, os 11 estádios custaram R$ 7,1 bilhões. Nessa conta está incluído o custo dos juros de quatro arenas.

    O dinheiro dos primeiros empréstimos começou a ser liberado em 2011. Como os contratos previam carência de dois a três anos (prazo para o início do pagamento), as prestações só começaram a ser cobradas neste ano.

    Para os que bateram na porta dos bancos mais tarde –como Corinthians, Internacional e Atlético Paranaense–, a conta só começará a ser cobrada em 2015.

    E ela não será barata. A primeira parcela do Corinthians terá de ser quitada em junho do ano que vem. O valor é estimado em R$ 4,8 milhões. Se a taxa de juros não mudar, o clube pagará o valor até o fim do contrato, de 155 meses.

    Apesar da conta salgada, o governo federal destaca que as obras geraram empregos e garantiram a realização de um evento que trouxe dividendos para a economia.

    Segundo o Ministério do Esporte, a construção e a reforma das arenas geraram 50 mil empregos diretos. A projeção de renda que será adicionada à economia brasileira com a Copa é de R$ 30 bilhões.

    06/07/2014

    Vira-lata é grego pra mim

    gregoTenho um livro com este título: “Isso é grego pra mim”. Esta expressão está na tragédia Júlio Cesar, de Sheakespeare, Cena II do Ato I: “Casca diz: … quanto ao que me tocava,era grego para mim”.

    Há horas venho falando que a Copa virou, por ignorância cultural, o “calcanhar de Aquiles” da direita tupiniquim. O episódio dos Reis dos Camarotes Vip do Itaquerão é apenas mais um episódio.

    É por demais óbvio constatar que os gregos do século V a. C. eram mais evoluídos culturalmente que nossos coxinhas do século XXI. Os gregos paravam as guerras e se reuniam em Olímpia para desfrutarem de um tempo de paz praticando esportes e torneios culturais entorno de assuntos comuns. Também tinham outros festivais, como as Dionisíacas, que os romanos transformaram em festas de Baco, os modernos, em bacanais, e nós em Fan Fest…

    Quando o Barão de Coubertin ressuscitou os Jogos Olímpicos o objetivo era esse mesmo: proporcionar aos tempos modernos o congraçamento entre os povos. O conhecimento, o intercâmbio de experiências e culturas poderia acabar com guerras derivadas de preconceitos e rivalidades inúteis.

    Para a direita brasileira, a falta de votos virou Calcanhar de Aquiles para voltar ao poder. Por isso, ao invés de proporem algo novo que melhore a vida de todos, preferem espalhar ódio, medo e inveja.

    A destruição do outro é sua única construção, mas o povo já percebeu, pelo menos desde que a velha mídia nos enfiou goela abaixo Collor de Mello, que a direita só oferece “presente de grego”…

    LEOPOLD NOSEK

    TENDÊNCIAS/DEBATES

    Sófocles, Dionísio, Messi e Neymar

    O futebol é o teatro grego atual: tem eficácia simbólica para representar a vida. A regra será o erro, e dois ou três acertos serão suficientes

    Tenho alguns amigos, poucos e dignos de perdão –após seu arrependimento, claro–, que desdenham da Copa e se referem a essa maravilha como um desprezível pão e circo alienante. Chegam a advogar a torcida contra o Brasil, cuja derrota funcionaria como remédio para que o povo, caindo em si, vote consciente. Arautos da falência brasileira esperaram em vão os estádios caindo, os aeroportos em caos e manifestações a confirmar suas opções. Não vejo nada disso. Mas não discutirei política; falarei como corintiano irrecuperável que sou.

    Tomei um avião, em 2000, para o Rio de Janeiro para ver meu time ser campeão mundial interclubes e usufruí do prazer de ver meus manos, para pedirem uma cerveja, chamarem a aeromoça de cobradora. Fui ao Japão e vi a galera gastar seu inglês ao gritar "fok iou, Chelsi".

    Como psicanalista, me perguntam como explicar o choro, o nervosismo, a catarse. Como poderia ser diferente? Futebol não é pão e circo. Com mais propriedade, pode ser considerado um festival dionisíaco ou uma competição teatral no século de Péricles. Os espectadores não assistiam a esses concursos circunspectos e silenciosos como os bem pensantes o fazem hoje. Sófocles, Ésquilo e Eurípides eram ruidosamente aplaudidos e apupados, inclusive em cena. Torcia-se, reclamava-se. Juízes eram xingados, tal como no futebol.

    Quando o cronista esportivo Aristóteles tabulou as regras de como se devia praticar o esporte dramático, praticamente todas as tragédias já haviam sido escritas. Aparentemente, tudo continua igual. Hoje entramos noite adentro tecendo teorias em relação ao drama que já acorreu e cada cronista sabe melhor como se deveria ter jogado.

    Ouso dizer que o futebol é o teatro grego atual: tem eficácia simbólica para representar a vida. Sobre a alegoria dionisíaca carnavalesca, possui a vantagem de não ter um enredo fixo e, tal como na vida, a repetição é impossível. Assim, a épica do acontecimento e seus heróis será comentada em verso e discussões madrugada adentro por décadas, estendendo-se o debate pelas gerações futuras. Obrigatoriamente, temos que nos interrogar acerca da eficácia simbólica do futebol.

    Em primeiro lugar, o momento definidor: futebol se joga com os pés. O pé é obviamente impróprio para lidar com uma bola que pesa 450 gramas e corre sobre a grama, irregular. Próprias são as mãos, mas seu uso configura impropriedade que, se reiterada, pode custar a expulsão. A resultante maravilhosa é que, à medida que é praticado com órgãos impróprios, a regra será o erro. O zero a zero não é estranho, e dois ou três acertos serão suficientes. Não é uma mimese da vida? Além de o acerto ser exceção, outras características imitam o cotidiano: o melhor não ganha do pior necessariamente. Nem os bons são recompensados, nem os ímpios queimam no inferno. Pode acontecer, mas não é a regra.

    Como Freud definiu, há o instinto de vida e o de morte, e esses conceitos marcam sua presença nos campos. Para quem duvida, aí está o impactante gol contra. Alguém já viu esse episódio suicida no basquete, no vôlei, beisebol ou tênis?

    A sorte tem lugar essencial. Temos o arbítrio, mas as moiras indefiníveis estão presentes, e a bola bate na trave levando a vida ao inescrutável. Não podemos deixar de sorrir, lembrando o mestre vienense e sua obsessão pela sexualidade, que o objetivo é meter a bola na rede. Não deixa de ser um ato incestuoso, definitivamente edipiano, o gol contra. A culpa é avassaladora.

    O futebol também ilumina o mundo e a globalização: não conheço muitos dos jogadores da nossa pátria, jogam no exterior. As fronteiras se desfizeram. Restou um fundamentalismo patriótico, felizmente na Copa, efêmero e lúdico. A imagem se tornou soberana e milionária. Os clubes se tornaram empresas, a Fifa uma multinacional, os cronistas são pessoas jurídicas e nós continuamos fornecendo matéria-prima.

    Poderíamos estender muito o espaço da importância do jogo simbólico subjetivo, mas isso não é novidade. Uma eliminação causará luto, e se ainda nos perguntarmos acerca do choro, é simples: acomete quem vê a morte de perto.

    PS: O artigo já estava escrito quando ficou esclarecido para mim o episódio Neymar. Como no teatro grego, também ocorre no futebol o inominável, o que os deuses não perdoam, o que ultrapassa o humano e deve ser excluído. Força, Neymar!

    LEOPOLD NOSEK, 67, psiquiatra pela Faculdade de Medicina da USP, é psicanalista e ex-presidente da Federação Psicanalítica da América Latina

    05/07/2014

    A evolução da espécie

    Filed under: Copa 2014,Hienas,Vira-latas — Gilmar Crestani @ 7:35 pm
    Tags:

    Do complexo de vira-lata à síndrome de hiena raivosa e à motivação pelo coice

    Postado por Juremir em 5 de julho de 2014

    A presidente Dilma Rousseff está enganada: não foi o complexo de vira-lata que levou parte do Brasil a dizer que a Copa do Mundo seria um fracasso dentro e fora do campo. Foi a síndrome de hiena raivosa, a hiena política, a hiena lacerdinha, a hiena desejosa de ver o circo pegar fogo para faturar eleitoralmente. A hiena preconceituosa não queria admitir que o Brasil dos seus adversários políticos pudesse fazer um evento desse porte com êxito. A hiena desvairada ria nos cantos pensando nos aeroportos parados, nas manifestações terminando em grandes conflitos, nos estrangeiros sendo saqueados, no caos.

    Nada disso aconteceu.

    Os grandes dramas acontecem em campo. O uruguaio Suárez foi banido da Copa por ter dado uma folclórica mordida. Fred não recebeu nem cartão amarelo por ter trapaceado simulando um pênalti inexistente que ajudou o Brasil a ganhar da Croácia. Neymar está banido da Copa por um joelhaço bandido de um adversário que nem advertido foi. Teria sido muito melhor se o colombiano tivesse dado uma boa dentada no ombro do Neymar. A dentada não tira de campo.

    E agora? A Fifa vai punir o colombiano com base nas imagens do lance?

    As hienas varridas garantiam que o Brasil não passaria da Colômbia.

    Esta não é a Copa das vitórias fáceis e belas, mas a Copa das vitórias difíceis, épicas, com sufoco. Mesmo os chamados pequenos viraram grandes e não se entregam facilmente. Nenhuma das grandes seleções passou das oitavas para as quartas sem sofrer. O Brasil chorou, mordeu, pegou, lutou e ganhou. No caminho, todo tipo de obstáculo. Na trajetória de um mito é preciso que se multipliquem as dificuldades. O próximo passo será duríssimo: enfrentar a Alemanha sem Neymar.

    As forças costumam se redobrar nessas situações. O Brasil está na parada. Já fez melhor que em 2006 e 2010. Dos 32 países que vieram à Copa, 28 estarão fora neste sábado. O Brasil está entre os quatro que continuam na luta. Os métodos do sargento Felipão são duvidosos, sem qualquer inovação tática, mas funcionam por linhas tortas. Em três Copas, ele foi três  vezes à semifinal. É grosso, mas sempre vai longe. Não é a terapia do joelhaço que usa, mas a motivação pelo coice.

    Quanto mais coices recebe, mais coices dá e mais avança na competição.

    Felipão vai enterrar todos os psicólogos do esporte. Acerta pelo erro.

    Juremir Machado da Silva – Blogs – Correio do Povo | O portal de notícias dos gaúchos

    03/07/2014

    O papelão de um Rogério nada Gentile

    copa oO colunista é maior amarelão que conheço. Talvez só perca para Eliane Cantanhêde, sua colega de Folha, que inventou uma epidemia de febre amarela, levando milhares de brasileiros a se vacinarem sem necessidade. Alguns pessoas, paranoicas e amedrontadas, acabaram morrendo em virtude dos efeitos colaterais da vacina.

    Rogério Gentile, vendo a colega do lado disseminar inverdades que levaram pessoas à morte, amarelou. Nunca publicou uma linha a respeito. Por quê? Porque é um vira-lata. Os vira-latas como Gentile passaram o tempo todo condenando a Copa, torcendo contra o Brasil. Será que Gentile se preocupou saber como fica a cabeça de um jogador que, em seu próprio país, lê pessoas torcendo contra a Seleção? Fazendo campanha pelo quanto pior melhor?

    Nem todo mundo chama este tipo de sujeito de vira-lata, alguns já entendem que é mais adequado chama-los vira-bostas!

    Papelão, Gentile, é silenciar diante das asneiras que seus colegas disseminam pela velha mídia. Por que Gentile nada cobrou de Ana Paula Padrão, de Arnaldo Jabor, da Veja, da Folha, e de todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium que ficaram o tempo todo torcendo contra a Copa, desejando que o Brasil fizesse um papelão? Por que torcem para que a Seleção Brasileira perca?

    Seja menos Rogéria e mais Gentile, respeite a história dos outros e não amarele em relação ao seu patrão, aos seus colegas pittbulls da Folha.

    Felizmente os estrangeiros que aqui aportaram descobriram que o pior do Brasil são seus jornalistas, verdadeiros penas de aluguel. A velha mídia é o pior do Brasil.

    ROGÉRIO GENTILE

    Monstros também amarelam

    SÃO PAULO – Thiago Silva, o capitão chorão da seleção brasileira que se recusou a bater um pênalti na partida contra o Chile, tem uma história de vida comovente.

    Em 2005, aos 20 anos, jogava na Rússia quando descobriu estar com tuberculose. Ficou seis meses internado num quarto minúsculo, em condições precárias. O vaso sanitário era um buraco no chão. Por cerca de 60 dias, não pôde ter contato com ninguém, em razão do risco de contágio, além dos médicos, com os quais se comunicava apenas por gestos. O tratamento indicado era a retirada de parte do pulmão, o que teria significado o fim da sua carreira.

    Foi salvo por um treinador, Ivo Wortmann, que conseguiu um especialista em Portugal para recuperá-lo. Um ano depois do diagnóstico, voltou ao Brasil para jogar no Fluminense, onde ganhou o apelido de "monstro" em razão de suas atuações impressionantes e iniciou sua trajetória de sucesso até a Copa, quando, diante de milhões de telespectadores, sentou numa bola para rezar e, assustado, simplesmente amarelou.

    Por muito menos, na Copa de 1950, um outro defensor brasileiro ficou marcado, chamado de covarde e considerado um dos principais responsáveis pelo "Maracanazo". Naquela partida, segundo o jornalista Mário Filho –irmão de Nelson Rodrigues–, Bigode levou um safanão de Obdúlio Varela, não reagiu, e, desmoralizado, perdeu o duelo para Ghiggia, que participou dos dois e decisivos gols uruguaios.

    Bigode negou ter sofrido a agressão, mas passou a vida apontado como um dos símbolos do tal complexo de vira-lata.

    Thiago Silva, ao contrário de Bigode, que nunca mais disputou uma partida pela seleção brasileira, ganhou uma nova chance com a bola na trave que manteve o Brasil na Copa do Mundo. Quem sabe, conseguirá provar que um "monstro" pode, sim, sobreviver a um papelão depois de um dia difícil.

    Seu colega Arnaldo Jabor, Gentile, virou motivo de piada na Argentina. Por que não falas sobre isso?

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