Ficha Corrida

01/11/2014

Todas as ditaduras são iguais…

… já as democracias são cada uma a sua maneira! No Brasil, graças a um Poder Judiciário cúmplice, principalmente em função do legado de FHC, os crimes continuam impunes.

Na ditadura, estas eram figurinhas colecionáveis. Na democracia, são arlequins servos de dois patrões:

Alexandre Garcia Augusto Nunes com a mão na bunda do Figueiredo, ao lado dele, Roberto Civita, e atrás do Civita, o Mesquita do Estadão
Augusto Nunes
ditadura com dor Marinho&Figueiredo

Chile: condenação de pai violador de Direitos Humanos atinge apresentadora de TV

Frederico Füllgraf

sex, 31/10/2014 – 20:34

Frederico Füllgraff

Frederico Füllgraf

Exclusivo para Jornal GGN

Ivette Vergara é um dos mais belos rostos do Chile, e os fotógrafos indiscretos costumam registrar closes de suas pernas cruzadas, não menos esculturais. Faz parte do tititi, Ivette gosta.

Ex-modelo, “Miss Paula 1990” (organizado pela revista homônima) e animadora do programa de variedades "Mucho Gusto", no canal privado Mega TV, nestes dias de outubro estourou uma bomba nos meios de comunicação, salpicando com seus destroços a imagem do símbolo sexual chileno: a Corte Suprema sentenciou a três anos e um dia de reclusão o capitão reformado do exército, Aquiles Muñoz Vergara, como autor de homicídio qualificado, perpetrado em 1973 no interior de uma delegacia de polícia de Puerto Aysén, na Patagônia. Além deste, o ex-militar pinochetista foi indiciado por outros dois assassinatos de simpatizantes do então presidente Salvador Allende, fuzilados a sangue frio e enterrados clandestinamente em valas anônimas. A falta de sorte de Ivette Vergara: o militar sentenciado é seu pai. Sua primeira reação à notícia foi: “Estamos tranquilos, porque sabemos que meu pai é inocente”.

Retronarrativa: fuzilamentos na Patagônia

Outubro de 1973.

Poucas semanas após o golpe militar contra o governo Salvador Allende, chega a Puerto Aysén – que à altura mal contava 5.000 habitantes, mas hoje é o principal núcleo de aquicultura de salmão do Chile, localizado 2.300 quilômetros ao sul de Santiago – um batalhão de artilharia comandado pelo capitão do exército Aquiles Vergara Muñoz, “para contribuir à manutenção da ordem interna ante eventuais insubordinações e violações do toque de recolher”, segundo a linguagem eufemística da ditadura Pinochet.

A rigor, naquelas semanas estava aberta a “temporada de caça” aos simpatizantes allendistas. Realizar prisões arbitrárias, torturar e matar estavam na ordem do dia. Foi em suas rondas ostensivas que no dia 2 de outubro de 1973, o capitão prendeu o jovem Julio Cárcamo e seu amigo apelidado “Cachorro [filhote] Alvarado”, que supostamente teriam insultado e ameaçado o funcionário da polícia, Oscar Carrasco Leiva.

Debaixo de coronhadas de fuzil e chutes em todo o corpo, ambos foram arrastados à segunda delegacia de Carabineiros de Aysén e jogados numa cela imunda.

Madrugada alta, os dois presos foram retirados da cela e conduzidos a uma baia de cavalos, onde os esperava Vergara Muñoz. Primeiro, o capitão descarregou sua pistola nos presos, em seguida formou um pelotão irregular e ordenou fogo, que crivou de balas Cárcamo e o “Filhote” – em flagrante assassinato a sangue frio de dois presos ilegais, sem acusação formal, sem tribunal nem direito à defesa.

Completada a chacina, os corpos das vítimas foram levados para a morgue, onde um médico emitiu o laudo sem qualquer autópsia. Porém, o atestado de óbito de 20 de outubro de 1973 atesta “anemia aguda” e “ferida de projétil” como causas mortis dos dois patagoneses, que foram colocados nus em um jipe, conduzidos até o cemitério local e jogados em uma vala anônima, devidamente preparada.

A selvageria do “Caso Aysén” é emblemática porque tortura, fuzilamento e ocultação de cadáveres foi o modus operandi da repressão não apenas pinochetista, mas da posterior Operação Condor, em todo o continenente.

Negando evidências durante 40 anos

Ninón Neira de Órdenes, uma senhora em provecta idade e presidente da Comissão de DDHH da Região de Aysén, protestou em alto e bom som contra a sentença dos ministros da segunda turma do Supremo, por considerá-la tímida: o septuagenário Muñoz Vergara é notório assassino e merecia pena mais drástica do que três anos de liberdade vigiada.

Embora muito mais criativa e eficiente do que a brasileira, a Justiça chilena tem sabido contornar e esvaziar a Lei da Anistia pinochetista ainda em vigor, julgando violadores de DDHH pelo viés dos “crimes comuns”, tais como formação de quadrilha, sequestro e homicídio, contudo, em casos como o de Muñoz Vergara, atropelando a jurisprudência internacional, ao reduzir a pena em primeira instância, alegando “meia prescrição”. Tanto a Corte Internacional de Justiça como a Corte Interamericana de Direitos Humanos estabeleceram que crimes de lesa-humanidade não prescrevem.

Detido pela primeira vez em 2009, o ex-capitão Aquiles Vergara negou tudo. Afirmou que não teve “faculdade legal para determinar nenhuma detenção”, não constituiu pelotões de fuzilamento e que, ademais, sequer teve conhecimento do nome ou da fisionomia dos executados.

“¡Yo no sé de nada!”, insistiu o ex-capitão pinochetista – simples assim.

Inesperadamente, em setembro de 2014, o ministro Sepúlveda Coronado o indiciaria em novo processo, desta vez pelo homicidio qualificado de Elvin Alfonso Altamirano Monje, “detido à margem de qualquer processo legal” e também assassinado em uma delegacia dos Carabineiros de Puerto Aysén.

Como você reagiria, se seu pai fosse condenado por violação de DDHH?

No início de 2014, um caso semelhante ao de Ivette Vergara derrubou a recém-nomeada Subsecretária do ministério da Defesa do governo Michelle Bachelet, Carolina Echeverría Moya. Em 2009, durante a primeira administração Bachelet (2006-2010), a funcionária já articulara o arquivamento de um processo por violação de DDHH, iniciado por ex-marinheiros allendistas, e em janeiro de 2014 omitiu em seu currículo o parentesco com o coronel da reserva do exército, Víctor Echeverría Henríquez, seu pai. Vivendo em liberdade impune, Echeverría Henríquez foi reconhecido por ex-presos políticos como comandante do famigerado Regimento de Infantería N°1 “Buin”, que durante a ditadura Pinochet funcionou como centro clandestino de detenção e tortura.

A sublimação dos crimes paternos por Ivette Vergara e Carolina Moya pode ser considerada uma síndrome.

Indagado sobre a reação de familiares de militares processados por violações de DDHH, o psicólogo chileno Marco Antonio Grez aponta um curiosa racionalização: ”Quando familiares diretos são confrontados com fatos acobertados por mentiras, delitos ou ilícitos envolvendo seus pais, em sua mente costuma ocorrer uma contradição. Quando crescemos, habituando-nos a justificar uma situação que nos faz sofrer, tratamos de dar um sentido às justificativas, inventando o pretexto de que o pai teve que cumprir ordens, deste modo conseguindo restabelecer um estado de equilíbrio".

Somente arrependimento redime imagem dos filhos

Em entrevista ao semanário Cambio21, o sociólogo Manuel Antonio Garretón adverte contra generalizações: “A única solução para estas coisas são sociedades  mais educadas, menos familísticas, menos fechadas em grupos estanques, até mesmo religiosamente, já que a tendência é atribuir aos filhos as características que têm os pais ou parentes”.

Contudo, até quando mulheres como a musa da TV ou a secretária de Estado continuarão a tampar o sol com a peneira, escondendo-se onde não há mas refúgio?

Garretón é taxativo:”A única maneira de superar esta situção é que os que cometeram os crimes os admitam, peçam perdão e deem mostra de seu arrependimento. Só assim ninguém mais poderá insinuar que ´tal pai, tal filho´”.

Talvez ão seja exatamente este o ponto: se o capitão assassino admitisse a verdade, talvez aliviasse a dor de sua filha Ivette Vergara e ela não precisasse mais encobri-lo.

Talvez.

Chile: condenação de pai violador de Direitos Humanos atinge apresentadora de TV | GGN

28/09/2014

A ditadura só perdura onde não há punição

Na imagem, Augusto Nunes passando a mão na bunda do ditador João Batista Figueiredo, que disfarça acendendo o cigarro. Ao lado do Augusto, Roberto Civita.

Augusto NunesA lei de anistia feita por ditadores para proteger ditadores só continua sendo aceita porque tem muita gente importante que participou da ditadura e hoje não quer ver seu nome envolvido. Para impedir que o Poder Judiciário revise uma posição retrógrada de manter intacta a tortura, o Instituto Millenium, um “puteiro” mantido pelos velhos Grupos MafioMidiáticos, criou um site para patrulhar o Poder Judiciário.

Se fossem abertos processos para esclarecer tudo o que houve na ditadura, certamente seriam ouvidos os membros da cinco famílias que mais lucraram com a ditadura.

Sem a ditadura, Folha, Estadão, Abril, Globo & RBS seriam empresas de fundo de quintal. Rever e revelar os crimes da ditadura importaria em trazer para o banco dos réus todos os cúmplices.

Como fazer isso se Augusto Nunes, Elio Gaspari, Alexandre Garcia e tantos outros  foram porta-vozes e lambe-botas dos ditadores e hoje prestam serviço a velhos grupos de mídia?!

Elias Stein, torturado durante o regime militar

“O Governo me monitorou até 1989, depois do fim da ditadura”

Elias Stein, um dos nomes da ‘lista negra do ABC’, foi sindicalista ao lado do ex-presidente Lula

Beatriz Borges São Paulo 24 SEP 2014 – 18:20 BRT

Elias Stein, ex-sindicalista. / BOSCO MARTÍN

Em 2005, Elias Stein, hoje com 75 anos, pediu todos os documentos onde constasse seu nome ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. Sindicalista durante boa parte de sua vida, foi preso e torturado pela ditadura militar em 1974 e, por isso, queria saber o que a polícia sabia sobre ele. Ficou surpreso com o resultado da pesquisa. "Veio um calhamaço assim", indica, distanciando o polegar do dedo indicador. Entre os papéis, que comprovavam que havia sido monitorado até 1989, depois do final da ditadura, havia uma lista que chamou sua atenção. Nela constava seu nome, endereço e o nome da empresa Toshiba, fábrica de aparelhos eletrônicos onde trabalhou entre setembro de 1979 e maio de 1980. Se tratava da lista negra do ABC, em referência às cidades da região metropolitana de São Paulo, Santo André, São Bernardo e São Caetano. Nela havia cerca de 450 nomes de trabalhadores de empresas destes municípios. Todos os nomes tinham algo em comum: haviam participado da greve dos metalúrgicos do ABC, que durou 41 dias, em 1980. E, uma segunda coincidência: nunca mais voltaram a encontrar trabalho na área depois de terem sido demitidos ao voltar da cessação coletiva, que terminou no dia 12 de maio. “Quem tinha o 12 de maio na carteira como data de demissão estava condenado a não trabalhar mais”, explica Stein. E o desemprego, para o trabalhador qualificado, segundo ele, “é uma tortura”.

O PT tirou do programa de governo a revisão da lei de Anistia. Não se trata de vingança, mas de não repetir os mesmos erros. Quem torturou tem que pagar, nós torturados já pagamos por isso"

Durante esta greve, Stein foi um dos 16 escolhidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anteriormente líder sindical, para acompanhar a paralisação enquanto ele estivesse preso. Tanto ele como Lula foram parar na tal lista negra. Mas os nomes que estavam nela não sofreram torturas físicas, pois a situação na década de 1980 já era diferente da dos anos de chumbo da ditadura, o período mais repressivo (de 1968 a 1974). O castigo, porém, era psicológico. “Todos tiveram que mudar de profissão ou até de cidade. Eu mesmo deixei de ser metalúrgico para trabalhar na prefeitura de Santo André entregando IPTU (imposto)”, conta, com pesar. Stein explica que muitos só souberam do boicote há pouco tempo, quando a lista negra foi divulgada pela Comissão Nacional da Verdade, que está investigando as empresas que colaboraram com o regime. Ele, no entanto, descobriu sobre a represália enquanto procurava trabalho. “Fui até uma agência de emprego e, enquanto o responsável pelo departamento pessoal foi atender o telefone, peguei a ficha para ver o salário. E lá estava o aviso: ‘Não mandar nenhum candidato cuja data de demissão seja 12 de maio’. Aí eu falei: tá explicado".

Vão contar a história só daqui a 20, 30 anos, quando todos tiverem morrido. Tem gente que na época era sargento, hoje é general, coronel, e eles não querem que isso apareça”

Os papéis do Arquivo Público também registraram o monitoramento que o Governo fez sobre seus passos, mesmo após o final do regime militar, que acabou em 1985. "Na ficha da Abin [Agência Brasileira de Inteligência, antigamente Serviço Nacional de Inteligência (SNI)] constava que eu tinha ido trabalhar no Centro Pastoral Vergueiro [organização que difundia informações para os sindicalistas], em 86; que tinha participado de congresso da CUT [Central Única do Trabalhador, sindicato] no mesmo ano em São Bernardo; que em 89 eu tinha sido assessor da administração regional do Waldemar Rossi [sindicalista] na Mooca durante o governo da Luiza Erundina [prefeita de São Paulo entre 1989-1993]", lista, enquanto se indigna ao não conseguir explicar como eles conseguiam essas informações – todas verdadeiras – nem qual era o propósito de continuar investigando sua vida.

Ditadura militar

Em 1972, durante a ditadura (1964-1985), Stein foi preso. O levaram ao Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS, que tinha Sérgio Fleury na função de delegado, um representante da dura repressão policial da época. "Cada vez que eu olhava para ele [Fleury], me sentia frio na alma. Ele era um demônio". Stein passou por choques, incontáveis tapas na cara e "muito telefone", um tipo de agressão que consistia em bater as duas mãos em forma de concha nas orelhas do torturado. "É uma luta interna do seu corpo, que não quer sofrer, com sua consciência dizendo que você não pode falar nada".

mais informações

Stein está contente com o resultado das oitivas realizadas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que entrevistou torturados e torturadores. No entanto, é muito cético quanto aos esclarecimentos que a CNV conseguiu. “Vão contar a história só daqui a 20, 30 anos, quando todos tiverem morrido. Tem gente que na época era sargento, hoje é general, coronel, e eles não querem que isso apareça”. Critica Lula, dizendo que ele sim tinha força política para obrigar os militares a abrir essas caixas pretas. “Em 25 de fevereiro deste ano o comandante Enzo Peri [comandante do Exército brasileiro] emitiu um comunicado proibindo os quartéis de repassar informações sobre o período. Quer dizer, isso em 2014 e passando por cima da lei de acesso à informação da Dilma”. Esta semana, no entanto, as Forças Armadas, que aglutinam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, emitiram um comunicado dizendo que não tinham como negar as torturas, um passo em direção ao sonho de Stein.

Hoje, se tivesse que voltar no tempo, não tem dúvida alguma de que tomaria as mesmas decisões. “Faria tudo de novo”, disse. No fundo, acredita que a ditadura segue viva, evidenciada "pelas ações violentas da polícia" em manifestações e no tratamento à população. "Eu acho que a direita ganhou essa guerra ideológica faz tempo. Com a Carta aos brasileiros do Lula em 2002 [que o ex-presidente escreveu para acalmar o mercado financeiro, que tinha receio sobre sua candidatura], provamos que abrimos as pernas para a direita, que seguimos a cartilha deles". E isso permanece no Governo Dilma, afirma. "O PT tirou do programa de Governo a revisão da lei de Anistia [de 1979, que perdoou os crimes da ditadura]. Não se trata de vingança, mas de não repetir os mesmos erros. Quem torturou tem que pagar, nós torturados já pagamos por isso".

“O Governo me monitorou até 1989, depois do fim da ditadura” | Politica | Edição Brasil no EL PAÍS

21/09/2014

Adeus, pena de aluguel!

Enquanto os cães ladram, a caravana passa. O ódio disseminado pelos ventríloquos de aluguel é alimento para capacho. Tanto mais ódio disseminam, menos votos conseguem. É o caso clássico do comportamento que revela mais sobre quem odeia do que sobre o objeto do ódio. Por que tamanha obsessão? Por que é tão difícil usar a razão, botar os neurônios a trabalhar?

Será que eles não veem que os partidos com os quais estes magarefes se aliam tem muito, mas muito mais ficha sujas cassados pela Justiça Eleitoral? E isso que eles contam com um advogado de peso no STF, Gilmar Mendes, que, ao perder uma decisão, perde também a decência e chama o TSE de Tribunal Nazista. Tudo porque FHC lhe havia pedido para interferir a favor de José Roberto Arruda. Aliás, personagem incensado pela Veja como sendo um pessoa brilhante. Não há nos anais da corrupção alguém cujo ato de corromper tenha sido tão bem documentado, com áudio, vídeo e dinheiro, do que aquilo que se convencionou chamar de Mensalão do DEMo…. Pois este personagem mereceu a tentativa de interferência na decisão do Poder Judiciário de duas personagens muito queridas dos meios mafiomidiáticos: FHC & Gilmar Mendes.

Não é mera coincidência que o Instituto Millenium tenha partido para a tarefa de patrulhar o Poder Judiciário. De fato, terão muito trabalho para proteger tantos bandidos.

E aí, Villa? Como fica?

21 de setembro de 2014 | 13:54 Autor: Miguel do Rosário

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Há alguns meses, o historiador ultratucano Marco Antonio Villa publicou um artigo no Globo, onde tem espaço cativo, intitulado Adeus, PT.

Foi reproduzido, naturalmente, em todos os espaços tucanos. Os blogueiros da Veja o reproduziram com entusiasmo.

Pois bem, nada com um dia após o outro.

Nem vou entrar no mérito se o PT vai crescer ou não este ano. Mas é absolutamente ridículo achar que ele vai “acabar”. Provavelmente, vai crescer.

Quanto ao PSDB, faltando cerca de 2 semanas para as eleições, as previsões dos próprios tucanos, segundo informação de Ilimar Franco, são sombrias:

Para onde vai o PSDB?
Por ILIMAR FRANCO

21.9.2014 9h07m
O PSDB está mergulhando numa profunda crise. As previsões dos especialistas são as de que os tucanos vão encolher na Câmara, no Senado e nos governos estaduais. Além disso, o partido não terá mais expectativa de poder. Se a presidente Dilma for reeleita, Marina Silva será a alternativa de poder para 2018. Se Marina vencer, quem assumirá a bandeira da oposição será o PT. Uma derrota em Minas deixará o partido ainda mais paulista.

O feitiço se voltou contra o feiticeiro. Tudo que Villa havia previsto acontecer contra o PT, vai desabar contra o PSDB.

E aí, Villa? Como fica? | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

15/06/2014

Dinheiro compra tudo, não todos!

 

O tiro saiu pela culatra

15 de junho de 2014 | 01:54 Autor: Miguel do Rosário

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A dignidade, assim como a coragem, é contagiosa. Jornalista da ESPN ensina isso.

Transcrição o texto lido pelo jornalista:

“Eu queria dizer a esses destemperados e malcriados, frequentadores de mural, que tem a mania de dizer impropérios, xingar, maltratar, não respeitar a opinião alheia. E que tem como gurus gente que só semeia o ódio, a inveja – gente como Demétrio Magnoli, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo – , que eu continuarei, daqui dessa tribuna, falando desse jeito, do jeito que eu faço. Eu não vou me envergar! Podem vir, com pedras, que eu trarei laranjas, pra gente saborear aqui nos intervalos.”

Jornalista José Trajano, falando sobre os xingamentos à Presidenta Dilma Rousseff.

O tiro saiu pela culatra | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

08/05/2014

Os Rebeldes do Futebol

Coisas que acontecem nas ditaduras mas que só se fica sabendo nas democracias

Nesta sexta, em São Paulo, haverá um debate sobre futebol e ditaduras. Muito embora o Brasil seja sede da Copa de 2014, você não encontrará informação a respeito deste assunto, espinhoso, na gloriosa imprensa das cinco irmãs (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky). O ex-jogador do Colo Colo do Chile, Carlos Caszely, e Raí, irmão do Sócrates, da Democracia Corintiana, participarão de um debate que tem a ver com a exibição do filme Rebeldes do Futebol, escrito por Eric Cantona.

Rachel Clemens recusa cumprimento do ditadorfigueiredo 
Augusto Nunes acariciando a bunda do FigueiredoAugusto Nunes
Alexandre Garcia
Alexandre Garcia

O exemplo que vem do Chile, de Carlos Caszely, El Rey del Metro Cuadrado, recolhido do jornal esportivo argentino Canchallena, se repete nas ditaduras que se assoCIAram, sob coordenação dos EUA, na Operação Condor.

Caszely se recusou a apertar a mão cheia de sangue do ditador chileno, Augusto Pinochet.

Os defensores das ditaduras, por razões óbvias, não entendem porque uma simples menina recusa cumprimento do facínora. Acontece que crianças, como ninguém, conhecem a má índole pelo cheiro. Cães e crianças tem este dom da autenticidade, da intuição e feeling para detectar de onde vem o perigo, dos maus fluidos e da maldade…

A menina Rachel Clemens se negou a cumprimentar o ditador que o Folha e Globo continuam a chamar de “Presidente”.

O cavalariço que preferia o cheiro de cocô de cavalo ao cheiro do povo teve de engolir o que seu porta-voz e lambe botas, Alexandre Garcia, se esmerava em tornar palatável às hienas. Augusto Nunes é outro que vive do seu passado de confidente das noites mal dormidas do boçal fardado.

Se tirassem raio x dos sacos escrotais dos generais ditadores, lá estariam as mãos dos serviçais da casa grande (Alexandre Garcia e Augusto Nunes) que todo dia ainda gozam (que palavra!!) da nossa cara protegidos pelos capangas dos grupos mafiomidiáticos. São estes dois senhores empregados dos capos mafiosos que hoje dispõem de espaço nobre para nos ensinarem bons modos, ética, democracia…

A participação explícita da mídia na sustentação da ditadura ainda permanece mal esclarecida porque, se a mídia não conta, quem poderia contar?!

Não é só o silêncio a respeito da parceria formada pelos atuais sócios do Instituto Millenium, mas todo linguajar rebuscado que usam quando tratam da ditadura, que permanece ocultando o conluio da velha imprensa com os torturadores, estupradores, assassinos e ocultadores de cadáveres.

Afinal, por que continuam chamando ditadores de presidentes ao mesmo tempo que tentam nos vender a ideia de que foi apenas uma ditabranda?!

 

 

Pinochet y el Colo Colo de 1973

Por Ezequiel Fernández Moores | Para canchallena.com

Foto: S.Domenech

"Esto -dice Carlos Caszely- pudo haber sido diferente." El ex crack del fútbol chileno, actor improvisado, habla en el mismo escenario en el que hace más de cuarenta años negó la mano al general Pinochet. Hace de sí mismo en ¿Quién es Chile?, la pieza teatral en el Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM), ex edificio Diego Portales, que fue sede gubernamental de la dictadura. Caszely tenía apenas 23 años cuando decidió dejar su mano baja. El dictador de capa, anteojos negros, gorro y bigote, despedía a la selección chilena que partía al Mundial de Alemania 74. En abril de 2014, el Caszely actor y sus compañeros de elenco muestran a personajes anónimos en los días previos al golpe. Y recuerdan también al DT Luis "Lucho" Alamos: "En este país -decía "el Zorro"- estamos acostumbrados a restar y dividir; a mí me gusta sumar y multiplicar". La obra habla en realidad del Colo Colo de 1973, el equipo que entusiasmó a todo un país y que fue derrotado por Independiente en final polémica de Copa Libertadores. Aparece la foto del presidente Salvador Allende recibiendo al equipo. "Si gana Colo Colo, Chicho (Allende) está seguro en La Moneda", dice el mítico jugador Francisco "Chamaco" Valdés. Hasta el 11 de septiembre, cuando comienzan a caer las bombas. ¿Quién es Chile? se basa en el libro de 2012 del periodista Luis Urrutia O’Neil (Chomsky): Colo Colo 1973. El equipo que retrasó el golpe.

"A pesar de mi juventud -me dice Caszely en Santiago-, te puedo decir que algo de razón tiene el libro, porque cuando jugaba Colo Colo el país se volcaba hacia el estadio, la radio y la TV." En los meses previos al golpe, Caszely veía desde las ventanas del hotel Carrera, concentración de Colo Colo, que de un lado de la calle protestaban miembros de Patria y Libertad gritando "no hay carne, no hay pollo?". Y del otro llegaban los de Unidad Popular cantando "el pueblo unido jamás será vencido". La confrontación cesaba cuando jugaba Colo Colo. Campeón chileno de 1972 con 90 goles y una media de 39.000 personas por partido, el Colo Colo de Caszely inició la Libertadores de 1973 aplastando 5-0 a Unión Española. Luego fue 5-1 a Nacional de Quito, 5-1 a Emelec, 4-0 a Cerro Porteño. Triunfo histórico 2-1 en el Maracaná ante el Botafogo de Jairzinho. Hay huelga salvaje del transporte, pero casi 80.000 hinchas colman el Estadio Nacional. Llegan a dedo, caminando, en camiones, como sea. Quieren ver los golazos de Caszely (goleador final de la Copa, con 9 tantos). Los tiros libres del Chamaco Valdés. Ese fútbol de ataque y fuerza colectiva. "Son las noches de Colo Colo, el equipo del pueblo", dice el libro La historia secreta del fútbol chileno.

Un agónico 3-3 en la vuelta contra Botafogo da el boleto a la final contra Independiente, que busca su cuarta Copa. Fue un robo, dicen en Chile. "Están las imágenes." En la Argentina -me dice Caszely-, el Loco Mario Mendoza empujó al arquero Adolfo Nef "con pelota y todo dentro del arco". Fue el empate 1-1 del Rojo, ante la pasividad del árbitro uruguayo Milton Lorenzo. Furioso, el defensor Alejandro Silva pegó una patada de expulsión en una acción siguiente a Eduardo Maglioni. Guillermo Páez contó que él mismo le sacó las tarjetas a Lorenzo, que Sergio Messen lo tomó del cuello y que Leonel Herrera le metió un cortito en las costillas. No pasó nada. Salvador Allende, que estaba en Buenos Aires por la asunción del presidente Héctor Cámpora, recibió al plantel en la embajada de Chile. En la revancha de Santiago (0-0), el árbitro brasileño Romualdo Arpi Filho, me dice también Caszely, "reconoció su equivocación" al marcarle offside "en un gol legítimo", porque lo habilitaban cuatro jugadores del Rojo. Y en el desempate de Montevideo fue el turno del árbitro paraguayo José Romei, aunque Independiente, con Bochini-Bertoni titulares en la parte final, ganó 2-1 en el alargue imponiendo autoridad. Chamaco Valdés asegura que "nos anticiparon que los árbitros aparecerían en nuestro hotel para ser sobornados. Íbamos a hacer una vaca en el plantel, pero el presidente Héctor Gálvez se opuso. La terna de jueces llegó, esperó y al ver que no pasaba nada se fue". Messen, aún más duro, afirmó que "la terna de árbitros estaba sobornada en las tres finales". Habló de cifras (33.000 dólares) y se declaró convencido de que "ese Independiente se inyectaba". Son leyendas comunes en la Copa de los 70, cuando había equipos, del país que fuere, que dopaban a los jugadores de todo el lateral izquierdo para un partido y, si la revancha era tres días después, a los de todo el lateral derecho para el siguiente.

Diez mil personas, que llegaron de cualquier modo porque seguía la huelga de transporte, recibieron a Colo Colo en el aeropuerto. Veintitrés días después de la final, el 29 de junio de 1973, se produjo el "Tanquetazo", un fallido golpe, que incluyó cerca de 500 balazos a La Moneda y, entre otras, la muerte del camarógrafo argentino Leonardo Henrichsen, y que fue abortado por el general constitucionalista Carlos Prats, asesinado por la DINA en 1974 en Buenos Aires. Leonardo Veliz, que junto con Caszely no ocultaba su pensamiento de izquierda, dijo alguna vez que, más que Colo Colo, fue tal vez la selección chilena la que retrasó el golpe. En la Roja, además del DT Alamos, jugaban once jugadores de Colo Colo, algunos de los cuales llegaron a disputar cerca de 80 partidos en 1973. El 5 de agosto, el Chile con base de Colo Colo venció en desempate de Montevideo 2-1 al Perú del Cholo Sotil y ganó el derecho a un repechaje con la entonces URSS para ir al Mundial 74. La ida, en Moscú, un partido sin registros de TV y que terminó 0-0 en el Estadio Lenin, se jugó quince días después del golpe. El avión partió el 18 de septiembre para jugar primero ante México. "¿Qué opina de que haya muertos flotando en el Mapocho?", preguntó un periodista a Caszely, autor de dos goles en el primer triunfo de Chile en el Azteca. "¿De qué estás hablando? Pregúntame por los goles, no tengo idea", respondió el jugador.

La URSS no se presentó a la revancha porque el Estadio Nacional, escenario del partido, era centro de detención, tortura y muerte. La farsa, se sabe, se celebró igual ante 15.000 hinchas, con árbitro FIFA y jugadores chilenos arrancando desde mitad de cancha y pasándose la pelota hasta que el Chamaco Valdés, capitán, hace el gol simbólico, que decreta el triunfo reglamentario. Es el mismo Chamaco que días antes había pedido la liberación de jugadores y vecinos que eran víctimas de la dictadura. Caszely, que en ese mismo 1973 fue transferido al Levante español por 130.000 dólares, conmovió cuando en 1988 participó de la célebre campaña por el no que condujo al fin de la dictadura. "Fui torturada y vejada brutalmente tantas veces que no las conté, por respeto a mi familia y a mí misma", dice en el spot Olga Garrido. "Sus sentimientos son los míos, esta señora es mi madre", añade Caszely, que aparece en la imagen, ante la sorpresa de millones de chilenos.

Caszely, que este viernes participará de un debate en San Pablo sobre fútbol, dictaduras y política junto con Raí y algunos presidentes sudamericanos, forma parte del filme francés Rebeldes del fútbol, escrito por Eric Cantona y que incluye, entre otros, al brasileño Sócrates y al marfileño Didier Drogba. También señalado por hinchas porque fue expulsado en Alemania 74 y falló un penal en España 82, Caszely ocupó fugazmente hasta hace unos días la representación de los socios ante Blanco y Negro, la empresa privada hoy dueña de Colo Colo, que tuvo como accionista inicial al hoy ex presidente Sebastián Piñera. "Ooooh, lo que quiere el pueblo, que se vaya, Blanco y Negro", cantaban los hinchas. Los coros cesaron cuando Colo Colo subió a la punta y, tres semanas atrás, salió campeón. Pero el fútbol es algo más que títulos e ídolos. La minigira de nueve días por Chile me deja otra imagen. La de otra camiseta de Colo Colo con el nombre de Alexis Sánchez, que brillaba en esas mismas horas en la cancha El Mugriental, de la población José Miguel Carrera, en Antofagasta, Chile profundo. El ex árbitro Héctor Baldassi contaba los pasos, el Tata José Luis Brown se alistaba en el arco y Pedro Monzón y el DT uruguayo Víctor Púa, invitados por la fundación Ganamos Todos, controlaban la acción. Braian, a los 11 años ya con problemas de drogas y cuyo padre se había colgado tiempo atrás en uno de los postes de luz, gritaba feliz tras anotarle el penal a un campeón mundial..

Pinochet y el Colo Colo de 1973 – Fútbol Internacional – canchallena.com

23/07/2013

Tudo o que Augusto Nunes pratica aprendeu atrás da portas na RBS

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Paulo Nogueira reduz Augusto Nunes a pó

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Num artigo preciso, o jornalista que comanda o Diário do Centro do Mundo afirma que, em países civilizados, mesmo personagens como Augusto Nunes são protegidos de jornalistas como Augusto Nunes; a última gracinha de Nunes foi eleger "O Bebum de Rosemary" como nome do livro que levaria o ex-presidente Lula à Academia Brasileira de Letras

23 de Julho de 2013 às 07:08

247 – Em países civilizados, até personagens como Augusto Nunes são protegidos de jornalistas como Augusto Nunes. É o que argumenta Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. Confira:


O Sanatório Geral de Augusto Nunes

PAULO NOGUEIRA 22 DE JULHO DE 2013

E então ficamos sabendo que o vencedor do concurso de títulos promovido por Augusto Nunes para um livro de Lula é O Bebum de Rosemary.

O segundo lugar é 50 Toneis de Pinga.

Imagino que seja para rir.

Comentei este concurso outro dia. Nele, Lula era chamado de ladrão, molusco, burro, cachaceiro, afanador e larápio.

Jornalista pode insultar alguém assim por ter microfone? Este era meu ponto.

Minha resposta: o artigo traduz o atraso da mídia brasileira, notadamente a da Veja e a  de seu blogueiro, e a ausência de limites.

Por muito menos que isso a Justiça americana emparedou Paulo Francis, como todos sabemos.

E se alguém enveredar pela vida pessoal de Augusto Nunes? Tudo bem? Não, não está tudo bem.

A beleza de limites para abusos da mídia é proteger Augusto Nunes de jornalistas como Augusto Nunes.

Nestes últimos dias, por causa do concurso, acabei lendo textos dele.

Conheço muitas histórias de Augusto Nunes, mais do que gostaria, na verdade. Mas me recuso a usá-las. Digo apenas que ele atacar sistematicamente Lula pela bebida e pelas mulheres é uma das práticas mais hipócritas, cínicas e farisaicas que vi em toda a minha vida.

Os insultos de Augusto são ubíquos.

Num vídeo em que Dilma esquece o nome de um político, ele a chama de “dois neurônios” e define o esquecimento como “derrapagem espetacular”.

Um leitor perguntou se ele se achava mais inteligente que a “dois neurônios”. Respondeu Augusto: “Muito. Muitíssimo.” E em seguida disse ao leitor: “E agora cai fora porque não vou responder perguntas de quem não tem neurônios.”

Numa demonstração de quem são os leitores de Augusto, vários deles aplaudiram a resposta.

Por causa de alguns acontecimentos recentes, a Bolívia tem sido alvo de artigos de Augusto.

Evo Morales é sempre chamado de “Lhama de Franja”, e ele realmente parece achar isso espirituoso.

Rui Falcão é acusado de mentiroso num texto por piscar mais que o normal. Augusto Nunes sabe que Rui Falcão ficou com uma sequela por causa de torturas sob a ditadura. Daí as piscadas.

Jornalismo?

Num texto recente sobre Lula no ABC, um leitor é chamado de “cretino” e uma leitora é mandada para você sabe onde, por cometerem o pecado de não concordar com o que estava escrito.

Um terceiro leitor recebeu a seguinte resposta, depois de ver suas palavras censuradas (só apareceu o que Augusto escreveu): “Cai fora, animal.”

Ninguém lê? Nenhum editor vê e pondera? Ninguém coloca limites em tanta baixeza, malvadeza e covardia?

Baixeza e malvadeza por razões óbvias. Covardia porque o leitor, ao contrário dele, não tem voz.

Curiosamente, está escrito o seguinte na caixa deixada para comentários: “Aprovamos comentários em que os leitores expressam suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares (…) e ofensas serão excluídos.”

Bem, quem acredita nisso acredita em tudo. Faça um teste.

O que acontece é que os leitores sãos vão debandando, e ficam aqueles que são igualmente movidos por maus sentimentos – gente com ódio, intolerante diante de opiniões diversas, cega de fanatismo.

Sobra um gueto não de jornalismo, mas de barbárie fantasiada de jornalismo.

Curiosamente, as duas expressões que melhor designam, em minha opinião, o que se faz no blog de Augusto Nunes são criações dele mesmo: “esgotosfera” e “sanatório geral”.

Paulo Nogueira reduz Augusto Nunes a pó | Brasil 24/7

21/06/2013

A conversão dos ventríloquos

 

Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos?

Paulo Nogueira 20 de junho de 2013

Os insultos dos primeiros dias sumiram.

Os três blogueiros da Veja e mais o professor Vila formam um Quarteto Fantástico

Os três blogueiros da Veja e mais o professor Vila (segundo da esquerda para a direita)

A revista Veja parece estar sob nova administração, poucas semanas depois da morte do proprietário e editor Roberto Civita.

A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável.

O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet.

Na internet, nos primeiros dias, a revista pareceu seguir inercialmente a orientação anterior de reacionarismo inflamado e desconectado da realidade.

O blogueiro Reinaldo Azevedo comandou a cobertura inicialmente, e logo foi seguido por seus colegas Augusto Nunes e Ricardo Setti, como o Diário notou anteriormente.

Azevedo chamou os manifestantes de vagabundos, celerados, remelentos, terroristas e vândalos.

Ele parecia ecoar o promotor Rogério Zagallo, que pedira à Tropa de Choque que atirasse nos “bugios” porque eles estavam provocando um congestionamento no local em que ele estava com seu carro.

Nunes seguiu na mesma linha. Setti também. Ele chegou a republicar um artigo do publicitário aposentado Neil Ferreira no qual este, como Zagallo, sugerir passar fogo nos manifestantes, parte de uma “guerra suja”.

Parece claro que Azevedo e companheiros, como Zagallo, cometeram um erro de avaliação monumental: associaram o MPL ao PT.

A mudança veio na edição impressa.

A Veja, para surpresa de muita gente, não rosnou como seus blogueiros. Os jovens nas ruas já não eram vagabundos.

O que ocorreu?

Provavelmente, uma conversa. Não mais que isso.

Os herdeiros de Roberto Civita, Gianca (área administrativa) e Titi (conselho editorial) devem ter dito que não estavam de acordo com aquela visão que vinha se propagando no site. A reputação da revista já tinha problemas antigos. Mas a deles ainda não.

Quem conhece as cúpulas das empresas jornalísticas sabe bem que quinze minutos de conversas são suficientes para conversões profundas em editores que pareciam fanáticos.

O que se viu, depois que a Veja da semana passada chegou às bancas, foi uma mudança de tom veloz nos blogueiros.

O momento mais icônico – e divertido – foi um texto em que Setti dizia, do nada, que sabia que tinha “exagerado” ao chamar os manifestantes de baderneiros.

Augusto Nunes mudou de assunto por algum tempo, e ao voltar estava bem diferente. Pelo que entendi, parecia interessado em entender o significado dos protestos.

Não quer dizer, é claro, que a revista se tornará libertária. Mas é previsível que ela vá buscar um tom de conservadorismo civilizado, como a The Economist, para ficar num bom caso.

Na Globo, uma conversão súbita parecida ocorreu com Arnaldo Jabor.

Dias depois de fazer um pronunciamento histérico contra os protestos, tomado como se fosse Feliciano, ele se desculpou abjetamente.

Quem acredita que ele não recebeu uma instrução para se desdizer acredita em tudo, para usar a máxima de Wellington.

As palavras odiosas de Jabor circularam amplamente na internet e cobraram seu preço. Sempre que os manifestantes encontravam um repórter da Globo, a hostilidade era imediata.

Caco Barcellos, tido como uma voz destoante no ultraconservadorismo da Globo, levou um sopapo e foi expulso vergonhosamente de uma manifestação.

Num gesto de desespero e de automutilação, a Globo tirou a marca dos microfones de seus jornalistas, para preservar sua integridade física.

Caco apanhou por Jabor, pode-se dizer.

Nos últimos dias, o tom bem mais baixo, Reinaldo Azevedo tem repetido que seu blog bate incessantemente recordes de audiência. (Pode-se imaginar a qualidade do público atraída pela pregação de ódio obtuso de Azevedo.)

Os anúncios autocongratulatórios de recorde podem ser um sinal de que ele está sentindo que os ares mudaram na Veja, sob a nova geração de Civitas.

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O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos? | Diário do Centro do Mundo

21/12/2012

Estafeta ou moleque de recados?

Filed under: Augusto Nunes,Ditadura,Golpismo — Gilmar Crestani @ 9:34 am

Ele fez estágio na RBS. Deve entender também de estupradores.

Golpista da Veja já prepara lista de pessoas a serem presas e mortas após golpe

Eterno porta-voz de corruptos e assassinos

Leia tudo AQUI

Blog Sujo

21/11/2012

O que um disser do outro, acredite, é verdade!

Filed under: Augusto Nunes,Folha de São Paulo,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 8:22 am

 

Augusto Nunes acusa Folha de manipular informações

E diz que a reportagem de Cristina Grillo e Denise Menchen sobre Claus Roxin é “tão verdadeira quanto um depoimento de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais”. Blogueiro de Veja cobra posicionamento da Folha

21 de Novembro de 2012 às 06:29

247 – Blogueiro de Veja.com, Augusto Nunes abriu fogo contra duas jornalistas da Folha, Cristina Grillo e Denise Menchen, a quem acusou de manipular informações e fabricar notícia para favorecer mensaleiros. Em seu texto, ele cobra explicações. Leia:

Jurista alemão afirma que jornal manipulou declarações e fabricou notícia que favoreceram os mensaleiros condenados

Na edição de 11 de novembro, a Folha de S. Paulo amparou-se em declarações atribuídas ao jurista alemão Claus Roxin, um especialista na teoria do domínio do fato, para socorrer na página 5 os condenados no julgamento do mensalão. Participação no comando do esquema tem de ser provada, diz o título da reportagem que promoveu um desfile de frases muito animadoras para os companheiros punidos pelo Supremo Tribunal Federal. Por exemplo:  “Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido”,

Neste domingo, um esclarecimento público redigido por alunos de Roxin a pedido do professor, publicado no site Consultor Jurídico, atestou que a reportagem assinada por Cristina Grillo e Denise Menchen é tão verdadeira quanto um depoimento de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais (leia a íntegra na seção Feira Livre). Durante a conversa ocorrida no Rio no fim de outubro, informa o texto, em nenhum momento o jurista associou perguntas e respostas ao julgamento em curso no STF, que não tem acompanhado e cujo conteúdo mal conhece.

“O professor se limitou a repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft)”,explicam os autores do esclarecimento. Roxin se declarou especialmente perplexo com o seguinte espasmo de criatividade das jornalistas que assinam a reportagem: “O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”, .

O esclarecimento público resgata a verdade: “A Folha já havia terminado suas perguntas quando um dos participantes (da mesa-redonda na Universidade Gama Filho), em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública”.

Além de demolir a reportagem, o texto desmonta uma invencionice: Roxin se espantou “ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. O professor afirma tratar-se de uma inverdade. O professor declara tampouco ter interesse em participar na defesa de qualquer dos réus. Segundo ele, não só não houve, até o presente momento, nenhum contato de nenhum dos réus ou de qualquer pessoa a eles próxima; ainda que houvesse, o professor comunica que se recusaria a emitir parecer sobre o caso, que desconhece quase por completo”.

Em resumo: Claus Roxin não acompanha o julgamento do mensalão, não está interessado no assunto, não fez comentários sobre o caso, não analisou o desempenho dos ministros do STF, não foi convidado para assessorar advogados de defesa de qualquer condenado e, se for convidado, recusará. Os leitores do jornal aguardam explicações. Se é que existem.

Augusto Nunes acusa Folha de manipular informações | Brasil 24/7

24/08/2012

Os três patetas

 

Por que, afinal, eles não estão no STF?

Juízes dos réus da Ação Penal 470 e dos próprios ministros da corte, jornalistas que se pretendem porta-vozes da opinião pública, como Merval Pereira, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, só aceitam uma sentença: a condenação. O problema é que, por melhor que seja a retórica, seus argumentos jurídicos nem sempre ficam de pé

24 de Agosto de 2012 às 18:11

247 – Ainda em 2012, três vagas serão abertas no Supremo Tribunal Federal. Estão de saída Cezar Peluso, que se aposenta compulsoriamente em 3 de setembro, o decano Celso de Mello, que antecipará sua aposentadoria por motivos de saúde e o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, que cogita uma candidatura ao Senado, pelo estado de Sergipe, em 2014.

Ainda não se sabe que nomes serão submetidos à presidente Dilma Rousseff, mas há três candidatos na imprensa brasileira. São eles os jornalistas Merval Pereira, do Globo, Reinaldo Azevedo, de Veja, e Augusto Nunes, também da editora Abril.

Mais do que meros repórteres e observadores da realidade, eles são juízes não apenas dos réus, mas dos próprios ministros da suprema corte. Os três estão possessos com o voto do ministro Ricardo Lewandowski que, ontem, absolveu João Paulo Cunha. Mas por melhor que seja a retórica, os argumentos jurídicos nem sempre ficam de pé.

Merval Pereira, por exemplo, publica nesta sexta-feira a coluna “Sem nexo”, cujo título sobre o voto de Lewandowski é autoexplicativo. “O voto de ontem confirma as piores expectativas com relação ao trabalho do revisor do processo”, diz Merval. O colunista argumenta que não há nexo no voto de Lewandovski porque, na véspera, ele condenou Henrique Pizzolato, que, no Banco do Brasil, contratou a DNA e recebeu R$ 326 mil e, no dia seguinte, absolveu João Paulo Cunha, que, na Câmara dos Deputados, também contratou a DNA e recebeu R$ 50 mil.

O erro na argumentação, no entanto, é simples. Se todos os saques no Banco Rural estivessem ligados a supostas contratações dirigidas de serviços publicitários, como explicar então as retiradas feitas por personagens como Paulo Rocha, Professor Luizinho e tantos outros políticos? A razão é simples: os saques, determinados pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, estão vinculados a gastos de campanha – como era o caso de João Paulo Cunha.

Reinaldo Azevedo, por sua vez, coloca-se acima do juízo dos réus e dos ministros do STF. Ele é juiz da própria história. Também possesso com o voto de Lewandowski, ele argumenta que “maior do que o PT, a história espreita suas respectivas biografias” (leia mais aqui). Diz Reinaldo: “a única diferença entre os casos João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato é a soma de dinheiro envolvida na tramoia. Aquele repassou para a agência do Valério pouco mais de R$ 76 milhões pertencentes ao banco; o deputado, pouco mais de R$ 10 milhões. Aquele recebeu R$ 326 mil da agência do empresário (diz ter repassado a alguém do PT…); o deputado, R$ 50 mil. Aquele estava pessoalmente envolvido na liberação dos recursos; o deputado também.” O argumento cai da mesma maneira. Fosse propina pela contratação de serviços publicitários, como explicar os saques dos demais políticos?

Dos três candidatos ao STF, no entanto, o que menos argumenta e mais adjetiva em seus artigos é Augusto Nunes. Na sua visão, a absolvição de João Paulo Cunha proposta por Ricardo Lewandowski foi “absurda” e o ministro revisor, em vez de juiz digno, não passa de um “afilhado de Marisa Letícia” (leia mais aqui), como se tivesse chegado ao STF apenas pela indicação de uma ex-primeira-dama.

Por que, afinal, eles não estão no STF? | Brasil 247

14/08/2012

Onde estão aqueles que queriam ver Lula preso?

Filed under: Augusto Nunes,CPI da Veja,Lula,Reinaldo Azevedo — Gilmar Crestani @ 10:11 pm

Onde estão aqueles que queriam ver Lula preso?Foto: Edição/247

Reinaldo Azevedo pediu cadeia para Lula em razão da conversa com Gilmar Mendes sobre o mensalão; Augusto Nunes defendia o xilindró por conta da propaganda para Fernando Haddad no programa do Ratinho; agora, o ex-presidente é acusado de ser o mandante do mensalão e as vozes mais estridentes da oposição midiática se calam; estranha cautela…

14 de Agosto de 2012 às 17:27

247 – Há setores da oposição e da imprensa no Brasil que gostariam de ver Lula atrás das grades. Talvez porque essa seja a única forma de derrotá-lo. O desejo já foi explicitado por Reinaldo Azevedo, no episódio da conversa entre o ex-presidente e o ministro Gilmar Mendes sobre o mensalão, quando o blogueiro da Abril pediu seu enquadramento por chantagem e obstrução da Justiça. A seu lado, outro blogueiro, Augusto Nunes, defendeu cadeia para Lula em razão da propaganda antecipada, em favor de Fernando Haddad, no programa do Ratinho (leia mais em “A Rota da Imprensa”).

Agora, no entanto, eis que surge a grande oportunidade e as vozes mais estridentes da oposição se calam. Ontem, Luiz Francisco Barbosa, advogado de Roberto Jefferson, delator e principal testemunha do mensalão, disse com todas as letras que Lula “ordenou” o mensalão. A frase, no entanto, foi recebida com ceticismo pelas vozes mais estridentes da mídia. Reinaldo e Augusto, por exemplo, não se pronunciaram a respeito. Dora Kramer limitou-se a dizer que a defesa foi “muito esperta”, ao atribuir responsabilidades a alguém que não consta da denúncia. O jornal O Globo, por sua vez, apontou a afirmação como estratégia para desmerecer o procurador-geral Roberto Gurgel.

O fato é que os acusadores ficaram presos a uma armadilha. Por mais que combatam o chamado lulismo, se soltarem rojões pelas novas declarações de Jefferson, estarão admitindo que a acusação do mensalão foi construída em torno da palavra de um acusador de pouca credibilidade. E que, a cada momento, adota um discurso diferente. Ao mesmo tempo, não podem desmerecer o que Jefferson diz agora, uma vez que, se ele mente em relação a Lula, por que não poderia ter mentido em relação a José Dirceu?

No fim, o que resta da Ação Penal 470 é uma acusação ancorada numa testemunha que acaba de mudar sua versão. E que desconstrói a tese do procurador-geral Gurgel, que afirmou que provas testemunhais valem tanto quanto provas materiais em crimes de quadrilha.

Gurgel e seus apoiadores têm duas saídas: denunciar Lula ou condenar Dirceu porque não têm coragem de enfrentar o ex-presidente.

Onde estão aqueles que queriam ver Lula preso? | Brasil 247

08/07/2012

Napoleão anecefálico ataca novamente

Filed under: Augusto Nunes,Burrice,Veja — Gilmar Crestani @ 11:21 am

Não se sabe o que nasceu antes. Se o Augusto Nunes que comandou Zero Hora ou este hóspede da Veja. Ou teria sido influência de Carlinhos Cachoeira que o deixa feito Napoleão de hospício. A bem da verdade, Augusto Nunes nunca primou pelo raciocínio lógico o que faz dele um candidato a ser abrigado por qualquer dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Eles não exigência inteliência, apenas subserviência e grosseiria. Que ele seja assim não espanta, muito menos que recrutado por quem não tem escrúpulos, o que espanta é que gente que se diz inteligente possa acreditar que sorvete é supositório. Acreditar e usar!

Colunista da Veja xinga Dilma e acusa institutos de pesquisa

Posted by eduguim on 07/07/12 • Categorized as Análise

É insólita recente matéria do colunista da Veja Augusto Nunes sobre episódios igualmente recentes em que a presidente Dilma Rousseff teria sido “vaiada”. O colunista insultar a presidente não chega a espantar, pois, quando escreve sobre políticos petistas ou seus aliados, esse fenômeno é recorrente. O que espanta é a tese sobre os institutos de pesquisa.

Dilma é recorrentemente chamada por esse jornalista de “neurônio solitário”, ou seja, teria apenas um neurônio. A figura de linguagem pretende vender a idéia de que a primeira mandatária da República seria estúpida. Nada demais. É regra esse e outros colunistas da Veja usarem xingamentos como se fossem argumentos.

Impressionante mesmo é a tese de Nunes que afirma que Ibope, Sensus e Vox Populi falsificam a popularidade da presidente da República, apesar de que o único grande instituto de pesquisa não citado, o Datafolha, também confere a ela alta aprovação – segundo pesquisa Datafolha de abril, 64% consideram desempenho de Dilma bom ou ótimo.

O alvo principal da ira que os fatos despertam no colunista da Veja, no entanto, parece ser o Ibope. Visivelmente enraivecido, Nunes considera incompatível o recorde de popularidade da presidente com o fato de ela ter sido vaiada duas vezes em 24 horas pelo mesmo grupo de estudantes e professores universitários.

De repente, para aumentar o espanto que o tal de Nunes provoca, o mensalão entra na história. A tese é a de que vaias de grupos descontentes com Dilma combinados com o julgamento “do maior escândalo de corrupção da história” acabariam com a credibilidade de Ibope, Sensus e Vox Populi – e, por tabela, do Datafolha.

Os quatro grandes institutos estariam a serviço da presidente da República por detectarem alta aprovação. A pergunta é se essa premissa vale quando detectam alta aprovação do governador Geraldo Alckmin, por exemplo, ou se pesquisa positiva só é falsa quando é sobre Dilma e outros petistas.

Detalhe: essa tese também induz à crença de que não só as pesquisas são forjadas para favorecer Dilma e outros governantes, mas, também, os processos eleitorais pelos quais esses políticos se elegem, processos que acabam se coadunando com as pesquisas…

Vale a pena ler, a seguir, a tese insólita desse colunista. Ela dá a medida de um planejamento meio destrambelhado para as ações políticas de certa mídia no segundo semestre, que coincidirão com a campanha eleitoral que tomará o país. A aposta na burrice do público parece ser bem alta, assim como foi em todas as eleições anteriores.

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Dilma, duas vaias em 24 horas

Augusto Nunes

Ainda convalescendo da vaia em São Bernardo do Campo, Dilma Rousseff voltou a ouvir no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, o mais desconcertante dos protestos sonoros. O neurônio solitário deve estar pálido de espanto com o enigma .

No fim de junho, uma pesquisa do Ibope informou que apenas 8% dos brasileiros reprovam o desempenho da presidente. E comunicou à nação que o recorde estabelecido pela chefe de governo colocou Dilma Rousseff à frente de todos os seus antecessores desde a Proclamação da República.

Como combinar as duas informações do Ibope com duas vaias separadas por apenas 24 horas? Se o preço da encomenda for suficientemente estimulante, o comerciante de porcentagens escolhido para o serviço conseguirá decifrar o enigma com uma pesquisa restrita aos participantes das manifestações.

Ficará provado que os mesmíssimos 8% de eternos descontentes, disfarçados de estudantes, juntaram-se ─ para fingir que são muitos ─ tanto no ato de protesto em São Bernardo quanto na reprise ocorrida no Rio.

A pesquisa provaria que esses inimigos da pátria resolveram piorar o péssimo humor da presidente e, sobretudo, atrapalhar a vida mansa dos fabricantes de estatísticas com a invenção de outra brasileirice: a vaia ambulante. E Dilma ficaria feliz ao saber que a vaia desta sexta-feira saiu das mesmas gargantas que a hostilizaram na véspera. E já se preparam para a terceira rodada de apupos.

Mas convém apressar o serviço. Se o bando de manifestantes continuar perturbando as aparições públicas da recordista, e se a temporada de protestos estender-se até o ínício do julgamento do mensalão, nem o mais crédulo dos devotos da seita vai levar a sério a usina de pesquisas convenientes administrada em conjunto pelos ibopes, sensus e voxpopulis que prosperam no Brasil Maravilha. Em todas, o vitorioso é sempre quem está no poder

Colunista da Veja xinga Dilma e acusa institutos de pesquisa | Blog da Cidadania

02/06/2012

A Rota da imprensa

Filed under: Augusto Nunes,Bandidagem,CPI da Veja,Energúmenos,Reinaldo Azevedo,Rota — Gilmar Crestani @ 10:16 am

A Rota da imprensaFoto: Edição/247

Colunistas de Veja.com, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, em artigos sucessivos, exigem para Lula o mesmo que a ditadura militar determinou a ele em 1980: prisão; o primeiro quer até quatro anos; seu vizinho, algemas; eles merecem rodar ao volante e na janelinha de uma viatura da Rota

02 de Junho de 2012 às 08:06

247 – A partir de 19 de abril de 1980, em plena vigência da ditadura militar, no plantão de João Figueiredo e sob a custódia do delegado Romeu Tuma, Luiz Inácio Lula da Silva passou 30 dias no xadrez do temido Dops – o Departamento de Ordem Política e Social. A ditadura acabou, Figa e Tumão morreram e o Dops foi extinto. Mas há quem continue querendo mandar Lula para trás das grades outra vez. Mais precisamente, e não por coincidência, dois dos mais hidrófobos colunistas de Veja.com: Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, vizinhos de página virtual.

Cada um ao seu modo, Azevedo com seus jatos biliáticos e Nunes usando e se lambuzando de adjetivos, eles partiram de dois fatos isolados, sem dúvida protagonizados por Lula, para embicarem seus leitores na rota do autoritarismo. Ao mesmo tempo investigadores e juízes, fizeram como se estivessem um ao volante de uma daquelas antigas viaturas da Rota, e o outro na janelinha, para exigirem cadeia sem recurso para o que entenderam como crimes de Lula.

Reinaldo enxergou na conversa reproduzida à Veja pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, e negada à revista pelo ex-ministro Nelson Jobim, um verdadeiro atentado de Lula sobre a autonomia do Supremo – ainda que o próprio Mendes, em sua versão atrasada em 30 dias sobre o fato, mal tenha sido enfático sobre a pressão que sobre ele teria sido praticada. Para o colunista, no entanto, Lula deveria ser enquadrado imediatamente no Código Penal como quem tentou obstruir a Justiça e, assim, amargar uma pena de até quatro anos de cadeia.

Nunes, cuja pena claudica à direita num movimento que pode manchar de maneira indelével sua biografia de jornalista centrado, é sempre mais engraçado que Reinaldo, além de ter um estilo incomparavelmente melhor. Mas igualmente escorregou para a pressa e o açodamento, ao enxergar na entrevista de Lula ao Programa do Ratinho um ataque do ex-presidente à legislação eleitoral que mereceria não menos que a humilhante prisão em flagrante com algemas. Nada de reprimendas, multas ou até mesmo a cassação do candidato beneficiado, mas cadeia, xadrez, xilindró. É autoritarismo demais, né, não?

O problema dos dois colunistas não está em seu posicionamento político. Eles podem, é claro, escrever o que quiserem – a tela do computador, afinal, aceita tudo. Mas ao usarem o poder de crítica para pedir a ultrapassagem de todo os ritos democráticos legais existentes na sociedade para tratar de casos como os mencionados – e levar Lula direto de volta para a cadeia –, do primeiro ao quinto se associaram ao que a ditadura fez com o ex-presidente. O pior é que nessa Rota da imprensa ainda tem mais gente querendo entrar para fazer patrulha. Hoje, como dantes, Lula ainda incomoda demais.

A Rota da imprensa | Brasil 247

28/03/2012

Augusto Nunes e o clube dos cafajestes

Filed under: Augusto Nunes,Carlinhos Cachoeira,Corrupção,Demóstenes Torres,Veja — Gilmar Crestani @ 7:59 am

Desde que o Augusto Nunes alugou sua pena para os Sirotskys, nada do quem vem dele me é estranho. E mais diria dele se por aqui não passassem crianças. Quanto aos patrões, é segundo troço que fica boiando. O primeiro foi o José Roberto Arruda.

Por Altamiro Borges
Augusto Nunes, o agressivo blogueiro da Veja, resolveu pedir a cabeça de Demóstenes Torres. Em artigo postado hoje, ele clama: “Renuncie ao mandato, senador”. Ele só não faz autocrítica por ter paparicado, durante tanto tempo, o líder dos DEM. Nunes e o seu patrão sempre trataram Demóstenes Torres como um paladino da ética e um “oposicionista engajado”.
No texto, o jornalista ainda estrebucha. Fiel à famiglia Civita, ele tenta vender a ideia de que a Veja foi a principal responsável por desmascarar o demo. Pura balela! A revista protegeu o quanto pode o líder do DEM, que até agora não virou sequer chamadinha de capa. Maroto, ele também elogia seus leitores, tentando criar um colchão de proteção aos textos bajuladores do passado publicados na revista.
Os "canalhas" da velha mídia
Para o “decepcionado” colunista da Veja, Demóstenes capitulou, é um desertor. “Paciência”. Na sua ótica rancorosa, o senador “escancarou o abismo que separa o Brasil que presta do país reduzido pela Era Lula a um imenso clube dos cafajestes”. A culpa seria do Lula e das esquerdas, e não do “clube dos cafajestes”, do qual ele é sócio, que projetou o falso líder moralista da direita nativa.
Sabendo que já é alvo de chacota, Augusto Nunes parte logo para o contra-ataque, com seus adjetivos grosseiros e agressivos. Ele não admite que errou na escolha do seu “herói”, do seu “arauto da ética”. Trata os críticos como “canalhas”, como “a turma da esgotosfera”. Mas, no final do patético artigo, ele admite que o seu ídolo “já foi condenado à morte política” e pede a sua renúncia:
"A multidão dos decepcionados"
“Restam-lhe duas opções. A primeira é ignorar as provas e evidências, apostar no corporativismo da Casa do Espanto e vagar feito zumbi pelo Congresso até ser formalmente sepultado na próxima eleição. A outra é pedir desculpas aos eleitores ultrajados, devolver o cargo e voltar para casa".
Na sua avaliação, a segunda alternativa “é menos indigna e ofereceria à multidão de decepcionados” – na qual, com certeza, ele se inclui, mas sem confessar abertamente – “o consolo de saber que alguns políticos ainda conseguem envergonhar-se dos pecados cometidos”. Será que Augusto Nunes se envergonha dos seus, que tantos estragos causam à cabeça dos leitores da Veja.

Altamiro Borges: Augusto Nunes e o clube dos cafajestes

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