Ficha Corrida

01/01/2017

Por que dependemos de um jornal espanhol para sabermos o que se passa em São Paulo?

Poderia parecer inacreditável, mas é lógica pura. O que acontece na Capitania Hereditária do PSDB, São Paulo, não pode ser explicado, muito menos informado, por veículos que fazem parte do esquema. Por mais paradoxal que seja, não seriam Veja, Estadão, Folha, Istoé, Valor e tantos outros veículos de “informação” sediados em São Paulo que mostrariam o que acontece na pauliceia desvairada. Teria de ser um jornal de fora, sem rabo preso com a cleptocracia local. Alguém que não pagasse tributo ao patos da FIESP.

Contudo, mesmo que não faça parte do cardápio dos assoCIAdos do Instituto Millenium, sempre acabam vazando porque na terra da garoa proliferam personagens como Ademar de Barros, Orestes Quércia, Paulo Salim Maluf, José Serra, João Dória JR, FHC, Geraldo Alckmin, Celso Pitta mais uma plêiades de Lalaus e Rodrigo de Grandis e… MiShell Temer!! Essas criaturas não nascem de forma espontânea e se reproduzem à luz do dia sem que sejam alimentadas e protegidas, para não dizer acobertadas, por quem teria a obrigação de informar. Ninguém engavetaria por três anos informações vindo da Suíça para proteger a plutocracia paulista se as denúncias de corrupção que saíssem na imprensa paulista de forma isenta. Mas a imprensa dá manchetes dizendo que a corrupção é unilateral, de empresas como a Alstom e Siemens, sem incluir um único participante paulista. Cadê a cota de paulistas envolvidos nos esquemas do Tremsalão? O Jornal El País joga um pouco de luz sobre a terra do PCC. O mau cheiro exalado de São Paulo pode ser explicado também pela existência de personagens como Ivan Sartori e Cássio Conserino. Como mostra o El País, nada é tão ruim em São Paulo que não possa piorar.

Só o Barão de Itararé para explicar porque a imprensa de São Paulo, além de partícipe dos golpes, todos, não se ocupa dos ladrões de merenda nem dos Tarja Preta: “De onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada.

Uma lupa sobre os elos entre a promotoria e o Governo de São Paulo

Pesquisa da ONG Conectas, feita com entrevistas com promotores, vê problemas na proximidade

Antes de ser ministro da Justiça, Alexandre de Moraes foi promotor do MPSP e secretário do governador Geraldo Alckmin. Antes de ser ministro da Justiça, Alexandre de Moraes foi promotor do MPSP e secretário do governador Geraldo Alckmin. Eduardo Saraiva A2

 

Daniel Mello e Eliane Gonçalves (Agência Pública)

27 DEZ 2016 – 19:37 CET

Uma pesquisa inédita da organização Conectas chama atenção para a aproximação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) com a política. E, pelo que indicam os depoimentos colhidos dentro e fora do órgão, essas relações acabam por influenciar as decisões da promotoria. A pesquisa “Independência e Autonomia no Judiciário e Ministério Público de São Paulo” é resultado de entrevistas em profundidade com 37 membros do Poder Judiciário paulista, 15 deles do Ministério Público (MP), tomadas sob condição de anonimato.

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Os Grupos de Atuação Especial, como o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Gaema (de Defesa do Meio Ambiente) são, segundo a pesquisa, um exemplo de como a política tem influência no trabalho do MP. “Seus integrantes passam a receber uma remuneração maior, além de um apoio financeiro para a sua atuação”, diz o documento. “Como esses grupos respondem diretamente ao procurador-geral, por meio de seus indicados aos cargos, haveria um potencial controle maior de seus procedimentos e investigações, e que isso pode em alguns casos responder a interesses relacionados, por exemplo, ao governo do estado”, diz o estudo.

Medo da corregedoria

A pesquisa da Conectas revela ainda como processos sutis abrem brechas para o controle ideológico dentro da carreira. Um dos elementos apontados por Evorah Cardoso, responsável pelo estudo, é o acompanhamento dos recém-empossados durante o período probatório, feito por membros da Corregedoria. Os promotores novatos precisam enviar relatórios mensais de suas atividades: denúncias realizadas, recursos impetrados, justificativas para processos arquivados. Os relatórios são analisados e o corregedor e seus assistentes atribuem a eles os conceitos ótimo, bom, regular e insuficiente, como um boletim escolar. Rafael Custódio, um dos responsáveis pela pesquisa da Conectas, compara essa estrutura a uma “espécie de Big Brother” que dita o caminho a ser trilhado. “Não está monitorando se o promotor foi pego dirigindo alcoolizado ou se está ganhando dinheiro fora da lei. Está monitorando o teor das manifestações. Esse monitoramento é ilegal. É perigoso. [O promotor] Não tem mais que agir conforme sua cabeça, mas agir pensando no que a corregedoria vai ver.”

Desse modo, os promotores são influenciados, segundo Evorah, a adotar um modo de agir ligado a valores e ideias mais conservadoras e punitivistas, do ponto de vista penal. “O que foi muito relatado [pelos entrevistados] é que existe um medo da Corregedoria, de fazer algo errado no início da carreira. Então, a Corregedoria tem um papel muito forte de moldar esses profissionais jovens”, conta Evorah, que é doutora em direito pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Em outros órgãos, como na Defensoria Pública de São Paulo, o acompanhamento dos novos membros é feito, de acordo com Evorah, por uma comissão técnica que, apesar de ligada à Corregedoria, não se confunde com a parte disciplinar. “É feito de uma forma mais difusa.”

Após os estágios iniciais, a Corregedoria continua exercendo um papel importante, acompanhando de perto a atuação dos membros do MP. “Existe a sensação de um policiamento”, diz a pesquisadora. As menções negativas atribuídas pela Corregedoria têm, de acordo com o estudo, impacto na trajetória profissional. Custódio lembra que a Corregedoria é formada pelos profissionais mais antigos da carreira, o que acaba criando uma sensação de que “os mais velhos vigiam os mais novos”.

"(A Corregedoria) não está monitorando se o promotor foi pego dirigindo alcoolizado ou se está ganhando dinheiro fora da lei. Está monitorando o teor das manifestações. Esse monitoramento é ilegal. É perigoso”

Rafael Custódio, um dos autores da pesquisa da Conectas

No Estado de São Paulo, são muitos os exemplos de proximidade entre o MPSP e a política local. A começar pelo atual presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez. Capez tem fortes ligações com a Promotoria e o Judiciário. Não apenas fez carreira como promotor do estado como seu irmão, Flávio Capez, é procurador aposentado. Outro irmão, Rodrigo Capez, é juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi instrutor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antonio Dias Toffoli. A esposa de Fernando e uma de suas cunhadas também fazem parte do MPSP.

Atualmente, a Secretaria de Justiça estadual está sob o comando de um ex-procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, que saiu do comando central do órgão responsável por vigiar o governo do estado para o próprio governo logo depois de ter deixado o cargo. Não foi o primeiro. O ex-procurador-geral do MP por três mandatos Luiz Antonio Marrey também foi secretário estadual de Justiça antes de tornar-se chefe da Casa Civil do vice-governador Alberto Goldman.

A proximidade é ainda maior na Secretaria de Segurança Pública (SSP). Nos últimos 20 anos, dos oito secretários da pasta, apenas um não veio do MP. O atual secretário e ex-procurador, Mágino Barbosa Filho, já fazia parte da equipe de assessores do seu antecessor, o ex-promotor Alexandre de Moraes, que por sua vez foi alçado a ministro da Justiça do Governo Michel Temer.

Além dos secretários Mágino (Segurança) e Saulo de Castro (Governo), de janeiro de 2015 a 2016 dez membros do MPSP se afastaram para ocupar cargos no Executivo estadual. Desses, três foram para a SSP e quatro para a Secretaria de Meio Ambiente. Outros dois deixaram temporariamente o órgão por posições na Assembleia Legislativa. A Corregedoria-Geral do Estado de São Paulo também passou a ser presidida por um procurador. Todos puderam manter os salários de promotor ou procurador, maiores do que os pagos no Executivo e no Legislativo.

Para Rafael Custódio, a relação entre Governos e MP não é exclusivo de São Paulo, mas nesse Estado o processo está mais consolidado. Ele acredita que tamanha proximidade é justamente um efeito colateral da Constituição de 1988: “Alguns autores acham que o Ministério Público virou a grande autoridade do Brasil, eles têm hiperpoderes. Eles viraram, talvez, o principal poder [do país]. Alguns políticos perceberam isso e decidiram que era melhor se aproximar desses caras do que virar rivais”.

A aproximação do MP com o Governo estadual tem impactos negativos, na opinião do professor Frederico Normanha, da Unicamp. “Você pega um secretário de Segurança Pública que era do Ministério Público, mas o Ministério Público tem a função de coibir abusos da polícia, controlada pelo serviço de segurança pública. Você cria um nó e não vai exercer controle nenhum”, avalia.

Rafael Custódio acha que em São Paulo “o governador gosta dos procuradores”. Ele avalia que essa aliança coloca em questão o próprio trabalho do MP de investigar o Governo. “Em São Paulo isso não acontece. Tanto que o cara é brindado com um cargo. Talvez o Ministério Público não esteja fazendo o trabalho dele direito.”

“O Ministério Público tem uma atuação profissional, isenta, independente. Os promotores têm garantias suficientes para isso"

Giampaolo Smanio, procurador-geral de Justiça

O novo procurador-geral de Justiça, Giampaolo Smanio, refuta qualquer interferência externa. “O Ministério Público tem uma atuação profissional, isenta, independente. Os promotores têm garantias suficientes para isso. Individualmente, se algum promotor quiser exercer cargos fora da instituição, isso é uma questão que vai ser analisada no dia a dia, mas isso não influi em nada na atuação dos promotores”, disse em entrevista à Pública.

Da mesma posição é o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, entrevistado pela reportagem antes de assumir o cargo. Moraes ganhou projeção política no período em que foi promotor em São Paulo, de 1991 a 2002. Foi eleito primeiro-secretário da Associação Paulista do Ministério Público e assessorou o então procurador-geral José Geraldo Brito Filomeno (2000-2002). Deixou a Promotoria para assumir a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania de São Paulo no primeiro Governo de Geraldo Alckmin. Ocupou, desde então, diversos cargos no Executivo. Em 20 de junho de 2016, durante a posse de Gianpaolo Smanio como procurador-geral de São Paulo, Alexandre de Moraes ocupou lugar de destaque na cerimônia. Foi lá que conversou com a Pública: “O Ministério Público, seja de São Paulo, Federal ou de outros estados, é uma das instituições que melhor fornece quadros para a sociedade brasileira. Basta ver que na cerimônia de hoje nós temos um ex-promotor de justiça como presidente do Tribunal de Contas do Estado, um ex-promotor de Justiça como presidente do Tribunal de Justiça Militar. Ou seja, o Ministério Público é um exportador de quadros exatamente porque é uma instituição fortíssima”, defendeu. Indagado sobre possíveis conflitos de interesse em um ex-promotor assumir cargos no Executivo, ele disse: “Se a Constituição achasse que isso criaria um nó, não permitiria que aqueles que ingressaram antes de 5 de outubro [de 1988] pudessem exercer esses cargos, e a prova de que não há nenhum problema nisso são os belíssimos trabalhos e belíssimas funções que os membros do Ministério Público do país todo exercem e exerceram pelo Poder Executivo”.

A nomeação de membros do MP a cargos no Executivo passou a ser proibida a partir da Constituição de 1988. O entendimento do STF, no entanto, é que a regra só vale para os que ingressaram na carreira após a promulgação da Carta Magna. O objetivo é preservar promotores de qualquer controle ideológico ou financeiro para que possam processar governantes, fiscalizar a polícia e vigiar empresas privadas. Também são garantias o cargo vitalício, o salário irredutível e a lotação inamovível – ou seja, o promotor não pode ser retirado de uma comarca para outra, a menos que por interesse próprio.

Um promotor à margem

Os membros do MPSP que não se encaixam na ideologia dominante do órgão têm uma vida “marginal”, segundo Antônio Alberto Machado, que diz ter sofrido por adotar teses contrárias ao pensamento dominante durante os 31 anos como promotor.

Alberto conversou com a Pública dias depois de sua aposentadoria como promotor que atuou primordialmente com temas fundiários na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele também é livre-docente na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Franca. Entre uma função e outra, ficou com a segunda. Decisão que atribui a um “certo desencanto”. Sua crítica às carreiras jurídicas não está restrita ao MP: “Os tribunais e a lei não foram pensados para promover transformação social. Ao contrário. Eles nascem vinculados à ideia de manutenção da ordem estabelecida. Juízes, tribunais, o direito e a lei são naturalmente conservadores”. Seguindo uma linha de atuação diferente, Alberto Machado falou à Pública sobre sua a carreira:

Pergunta. Como é a vida do promotor que não se alinha ao pensamento hegemônico da instituição?

Resposta. É uma vida marginal. Marginal no sentido de que você está à margem da ideologia oficial, hegemônica.

P. Ser marginal tem impacto na carreira?

R. Eu tive. Eu fui preterido por oito anos, por exemplo. Fui processado [pela Corregedoria do MP] três vezes.

P. Preterido como?

R. Eu não era promovido. Fiquei em Sertãozinho [município de 120 mil habitantes, na região metropolitana de Ribeirão Preto] por oito anos. Muitos promotores que entraram depois de mim na carreira chegaram em Ribeirão Preto muito primeiro que eu.

P. Então a antiguidade não é o único critério de ascensão na carreira? Não caminha sozinha?

R. Não, não caminha. Ela caminha também por merecimento.

P. E como se julga o merecimento?

R. Merecimento é relacionamento. Não existe um critério objetivo para julgar o merecimento. O que o promotor faz ou não faz. Eu fiquei em Sertãozinho. Quando tinha tempo para ser promovido, eles [o MP] não abriam [vaga em] Ribeirão Preto por antiguidade. Só por merecimento. Eu acabei vindo por antiguidade [após nove anos de carreira]. Aí não teve jeito.

P. O senhor foi processado três vezes?

R. Fui e fui absolvido três vezes. Nas três vezes, por ter uma atuação, digamos, alternativa. Tudo por representação da Polícia Militar contra mim.

P. Que casos foram?

R. Em Sertãozinho, por exemplo, não tinha [nenhum] processo contra a PM por abuso de autoridade. Eu cheguei e comecei a processar a PM. Quando eu processei a PM, a PM se afastou e se colocou numa posição contrária à minha. Num caso específico, eles [a PM] entenderam que eu não teria processado um sujeito, que era pobre miserável, tinha aids e tal, por critérios de compaixão. Fizeram a representação contra mim. Eu acabei respondendo o processo na Corregedoria. Fui investigado por um ex-PM que era promotor e que foi até secretário de Segurança, o Antônio Ferreira Pinto. Ele pressionou testemunhas pra depor contra mim na Corregedoria. As próprias testemunhas disseram, no depoimento, que foram pressionadas e eu acabei absolvido.

Naquela época, a gente tinha uma atuação muito articulada com movimentos sociais, com movimento sindical de Sertãozinho, com movimento de direitos humanos. Por exemplo, o segundo processo que me arranjaram foi porque eu fui panfletar contra as blitze da Polícia Militar, junto com uma entidade de direitos humanos. Falaram que isso não era papel de promotor. E lá fui eu, de novo, responder por isso…

P. Não havia estigma pela proximidade com os movimentos sociais?

R. É um estigma grande. Você vai ficando meio decano na carreira e as pessoas também respeitam um pouco mais. Mas o estigma sempre há. Por exemplo, quando eu enchia a Promotoria de pobre, já diziam: “Ah! isso é coisa do Machadinho”. São aquelas piadinhas, aquelas coisa que, entre aspas, visam desqualificar um pouco e revelam que o perfil da Promotoria não é este: de encher a Promotoria de pobre, de sem-teto, de sem-terra e ficar lutando por esses direitos. O perfil do promotor, nesse caso, seria reprimir esses grupos. Esse é o perfil oficial.

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06/11/2016

O sequestro da Ana Júlia

Filed under: Ana Júlia Ribeiro,Educação Pública,El País,PEC 241 — Gilmar Crestani @ 12:35 pm
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Sabe aquele papo de que só a educação pode melhorar o país? Esqueça. Das três principais tarefas do Estado (segurança, saúde e educação), a primeira a ser negligenciada pelo padrão Alexandre Frota é a Educação. Por que será todo salafrário tem por princípio basilar minimizar recursos à educação?! Será porque um povo burro é mais fácil de ser ludibriado? Só mau caráter odeia alunos como Ana Júlia.

Analfabetismo PolíticoNão é inacreditável que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium tenham feito de conta que não houve um fato com repercussão mundial?! Poderia parecer um paradoxo o fato de que veículos que vivem de vender informação façam de conta que Ana Júlia não exista. Contudo, é exatamente a lógica com que trabalham os grupos mafiomidiáticos: toda e qualquer informação não seja “mediada” por eles não tem direito à existência.

O sequestro da Ana Júlia para que o Brasil não tome conhecimento de sua existência é tão criminoso quanto qualquer cárcere privado. Como não lembrar do Escândalo da Parabólica, quando o compadrio entre Rubens Ricúpero e Carlos Monforte vazaram a regra baixada pela Rede Globo?!

Por estas e por outras que o papel das velhas mídias é mais prejudicial ao futuro do Brasil do que o somatório da massa carcerária. Até porque não há crime maior que matar, a golpes, uma democracia!

Por que matérias como esta só saem em jornas de fora? Seria por isso que a ANJ quer impedir veículos estrangeiros de atuarem no Brasil?

Até aqui, parece que o maior crime da Ana Júlia é ser filha de petista. Quando faltam argumentos, a filiação vira pretexto, como se todo progressista, bem articulado, com foco na educação, só pudesse ser do PT. Fazer as perguntas certas no lugar certo, ou seria errado, é mau sinal?!

Não duvide que seus críticos queiram reintroduzir o MOBRAL…

Ana Júlia e a palavra encarnada

O movimento de ocupação da escola pública tornou-se a principal resistência ao projeto não eleito e pode ser a pedra no caminho do PSDB em 2018

Eliane Brum 31 OUT 2016 – 14:48 BRST

Ana Julia faz discurso sobre protestos nas escolas ocupadas A estudante Ana Julia, 16 anos, ao discursar na Assembleia Legislativa do Paraná. Reprodução

Ana Júlia Ribeiro resgatou a palavra num país em que as palavras deixaram de dizer. E que força tem a palavra quando é palavra. O vídeo que viralizou levando o discurso de Ana Júlia para o mundo mostra que a palavra dela circula pelo corpo. É difícil estar ali, é penoso arriscar a voz. Ela treme, ela quase chora, Ana Júlia se parte para manter a palavra inteira. A câmera às vezes sai dela e mostra a reação dos deputados do Paraná. Alguns deles visivelmente não sabem que face botar na cara. Tentam algumas opções, como numa roleta de máscaras, mas parece que as feições giram em falso. Deparam-se aflitos com a súbita dificuldade de encontrar um rosto. A palavra de Ana Júlia arruinou, por pelo menos um momento, a narrativa que começava a se impor: a da criminalização dos estudantes e de seu movimento de ocupação da escola pública. Mas a disputa ainda é esta. E tudo indica que se tornará cada vez mais pesada: são os estudantes que estão no caminho do projeto de poder do governo de Michel Temer e das forças que o apoiam. E são também eles que podem atrapalhar o tráfego de quem corre para 2018, em especial o PSDB de Geraldo Alckmin.

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A maior parte da imprensa ignorou o movimento de estudantes que, no final da semana passada, ocupavam cerca de 800 escolas públicas do Paraná e outras centenas pelo país, incluindo universidades, em protesto contra o projeto de reforma do ensino médio do governo Michel Temer (PMDB). Projeto apresentado como Medida Provisória, o que é só mais um sinal do DNA autoritário dos atuais ocupantes do poder. Os estudantes também ocuparam as escolas em protesto contra a PEC- 241, que congela gastos públicos por 20 anos e pode reduzir o investimento em educação e saúde, áreas estratégicas para o país, com impacto direto sobre os mais pobres.

A potência da voz de Ana Júlia é a da palavra que tem corpo

A ocupação das escolas públicas era – e é – o movimento mais importante deste momento no país – e o espaço na imprensa, quando havia, era mínimo. Até o dia em que um estudante matou outro a facadas, dentro de uma das escolas. Aí as matérias apareceram. Havia então o que dizer. Transformar um fato isolado, com suas circunstâncias particulares, em estigma de todo um movimento levado adiante por milhares de jovens é uma especialidade conhecida do não jornalismo e da política sem ética. E então veio o discurso de Ana Júlia. Não pós-verdade, mas verdade. A verdade dela, do coletivo de estudantes que ela ali representava. A potência da voz de Ana Júlia é a da palavra que tem corpo.

As reações ao discurso de Ana Júlia expressam a época histórica que encontra sua melhor crítica numa série de ficção: Black Mirror (Netflix), com suas distopias sobre a vida atravessada pelas novas tecnologias. Há pelo menos duas maneiras de esvaziar a palavra de Ana Júlia esvaziando Ana Júlia. Uma delas é ridicularizá-la. O tremor da voz, do corpo, as lágrimas viram “argumentos” para fragilizar seu discurso. É o velho truque usado contra as mulheres, usualmente reduzidas a “histéricas” ou “loucas” ou “mimimi”. O todo que constrói a voz é atacado para deixar sua palavra, o verdadeiro alvo, sem lastro. Sem corpo. Desde que seu discurso viralizou, seus 16 anos de vida estão sendo vasculhados na tentativa de encontrar qualquer episódio que possa ser torcido, para destruir sua palavra destruindo-a. Se não existir, pouco importa, fabrica-se – como se viu em vídeos e sites pela internet.

Mas há também uma outra forma de esvaziar a palavra de Ana Júlia, e esta parece inofensiva, “do bem”. É transformar Ana Júlia em “heroína” ou na “esperança de um país”. Nessa narrativa, Ana Júlia é isolada do grupo que sustenta seu discurso, seu corpo. Ela, que representava muitos, que era multidão, passa a ser conjugada no singular. Sozinha, Ana Júlia pode muito pouco.

O outro efeito dessa “celebrização” é a exigência do que Ana Júlia não pode ser – e não pode ser nem quando pode muito. Num país mastigado por uma crise que também é de palavra, não há como transferir para uma jovem de 16 anos a responsabilidade por “salvar” o Brasil, transformando-a em encarnação da “esperança”, esta que também é tão superestimada. Neste lugar simbólico, qualquer um, mesmo que tivesse 80 anos de idade, estaria condenado ao fracasso. Inflar sua palavra é também uma forma de despontencializá-la.

A única proteção contra esquartejamentos na arena pública é o coletivo

Ao esclarecer que seu discurso foi preparado em conjunto com o grupo de estudantes, pedir para não tirar fotos sozinha e evitar falar de sua vida pessoal, Ana Júlia parece conhecer os riscos de ser convertida em celebridade instantânea. Se esta conversão fosse completada, sua palavra viraria produto. E Ana Julia seria consumida e cuspida, como já aconteceu com tantos. Nos dias que se seguiram ao discurso na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, foi possível testemunhar muitas mãos, vindas de várias direções, tentando arrancar lascas da palavra-corpo de Ana Júlia. A única proteção contra esquartejamentos na arena pública é o coletivo, o grupo, o juntos – o movimento.

Em um momento do seu discurso de 10 minutos e 40 segundos, Ana Júlia menciona a morte do estudante Lucas Eduardo de Araújo Mota e afirma: “Vocês estão aqui representando o Estado, e eu convido vocês a olhar a mão de vocês. A mão de vocês está suja com o sangue de Lucas. Não só do Lucas como de todos os adolescentes que são vítimas disso. O sangue do Lucas está na mão de vocês, vocês representam o Estado”.

O presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), como um daqueles tubarões rápidos em detectar um flanco de oportunidade, acreditou que havia ali uma chance de atacar a menina e devolver o plenário ao seu ambiente natural, aquele em que peixinhos dourados não confrontam velhos carnívoros. “Aqui você não pode agredir o parlamentar…. Eu vou encerrar a sessão, eu vou cortar a palavra… (…) Não afronte deputado, aqui ninguém está com a mão manchada de sangue, não”, inflamou-se. Encerrar a sessão, “cortar a palavra”, seria mesmo uma bênção para uma parcela dos parlamentares.

Ana Júlia seguiu defendendo as palavras: “Eu peço desculpa, mas o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) nos diz que a responsabilidade pelos nossos adolescentes, pelos nossos estudantes é da sociedade, da família e do Estado”. Nem precisaria pedir desculpas. Ela estava falando em português para pessoas que deveriam ter capacidade de interpretação de discursos em língua portuguesa. O deputado entendeu muito bem que ela não se referia a mãos literalmente “sujas de sangue” ou apontava uma relação direta com a morte do estudante, mas estava, sim, chamando atenção sobre a responsabilidade constitucional dos parlamentares em sua função pública. O deputado apenas preferiu apostar na burrice – e parece que ninguém perde no Brasil atual ao apostar na burrice.

Com o projeto conservador avançando, os partidos progressistas derrotados nas urnas, as esquerdas brigando entre si, sobrou para os estudantes uma responsabilidade grande demais

Há um ponto, neste episódio, que é justamente a responsabilidade dos adultos. Com a escola pública, com o Brasil. A ação dos estudantes tornou-se o principal movimento de resistência ao projeto não eleito do governo Michel Temer e das forças que o apoiam. Com a oposição fragilizada, o PT quebrado, capitais importantes como São Paulo e Rio nas mãos de conservadores e as esquerdas sem projeto e brigando entre si, sobrou para os estudantes secundaristas um peso grande demais. Neste sentido, foi um pouco assustador testemunhar adultos infantilizados tratando Ana Júlia como um oráculo de 16 anos. É preciso fazer melhor do que isso tanto para apoiar os estudantes, respeitando sua autonomia, quanto para construir um projeto capaz de ecoar no país.

A escola pública foi destruída e abandonada por décadas. Também o PT fez menos do que poderia, em especial nos ensinos fundamental e médio, durante os 13 anos que permaneceu no poder. Enquanto a classe média pôde matricular seus filhos nos colégios privados, ninguém se preocupou com os filhos dos mais pobres, que não tinham educação e viviam um cotidiano de violações. A violência começa pelo salário humilhante dos professores, o abandono dos prédios e uma escola que não educa, incapaz de qualificar o desejo e ampliar os mundos de crianças e adolescentes. Tudo indica que aqueles que ali estão não têm valor para o país, relegados ao lugar simbólico de restos.

Enquanto foi este o estado das coisas, bem poucos parecem ter se preocupado para além do discurso vazio, das palavras sem corpo sobre a importância da educação, que ressurgiam a cada eleição e que culminaram com “Brasil, Pátria Educadora”, o slogan do governo deposto de Dilma Rousseff. Dizer que “educação é prioridade” se tornou um falso consenso que, em vez de palavra, virou flatulência.

As escolas públicas só se tornaram um problema para as forças conservadoras quando os estudantes as ocuparam para exigir educação de qualidade

Ter escolas que não educam para os mais pobres nunca foi de fato um problema para as elites do país. Estava tudo bem assim. O problema surgiu quando os estudantes das escolas públicas de São Paulo entenderam que a “reorganização escolar” imposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que fecharia mais de 90 colégios e remanejaria mais de 300.000 alunos, era um abuso. Ocuparam então as escolas no final de 2015. E, mais do que ocuparam, cuidaram do que ninguém cuidava – limpando, pintando e consertando – e disseram que queriam, sim, ser educados. Cuidar das escolas e reivindicar ensino de qualidade virou uma transgressão a ser punida. E a ser criminalizada.

A ideia de que as escolas podem ser ocupadas, num sentido profundo, por aqueles que dela dependem para ter oportunidades na vida, se alastrou pelo país. “De quem é a escola? A quem a escola pertence?” foi uma das primeiras perguntas de Ana Júlia aos deputados do Paraná. É uma grande pergunta, e os estudantes têm uma resposta a propor.

Movimentos de “Ocupa Escola” começam, acabam e recomeçam em diversos estados do Brasil desde o ano passado. A ocupação das escolas do Paraná coincidiu, porém, com um momento ainda mais delicado do país: um projeto não eleito no governo federal, apoiado por um Congresso corrompido, tocando com grande rapidez reformas cruciais, como a PEC-241, sem debate com a sociedade.

Quem está, de fato, no caminho deste projeto de poder, tanto quanto das ambições de algumas figuras nacionais, neste momento de oposição fragilizada ou mesmo atarantada? Os estudantes secundaristas com seu “Ocupa Escola”, uma luta que ganhou uma dimensão muito maior do que eles poderiam prever. Assim, há várias forças tentando destruir o movimento, seguindo a cartilha de sempre: criminalizando-o.

É importante perceber que, de repente, a escola, com a qual bem poucos se importavam para além do discurso vazio, virou o alvo de ataques conservadores bem organizados. “Escola Sem Partido”, o projeto-aberração que busca criminalizar o pensamento crítico dentro das escolas e, portanto, acabar com a possibilidade de qualquer processo educativo, é uma das ofensivas em curso. “Escola Sem Partido é falar pros jovens, pra sociedade, que querem formar um exército de não pensantes, um exército que ouve e baixa a cabeça”, disse Ana Júlia aos deputados do Paraná.

O “sem partido”, vale prestar muita atenção, é a malandragem do momento. Ela busca encobrir todos os partidos que estes projetos tomam – e vender uma suposta neutralidade ideológica que não têm. Sem contar a crescente criminalização dos partidos políticos, tanto como conceito quanto como atores do processo democrático, algo que merece uma atenção exclusiva em outro artigo.

Entre as tentativas de deslegitimar o movimento dos estudantes, a mais corriqueira é anunciar que os alunos são “manipulados” e “aparelhados” justamente por partidos de esquerda. Fizeram o mesmo com Ana Júlia tão logo seu discurso viralizou na internet. É triste assistir a ela e a outros estudantes terem de explicar de novo e de novo para jornalistas e mesmo para parlamentares que o movimento é “apartidário” – o que é diferente de “sem partido”.

É impressionante que ainda funcione essa nova versão dos comunistas comendo criancinhas enquanto o Brasil se torna o país do mais um direito a menos por dia

Não fosse parte da população tão estúpida, perceberia que os partidos identificados com a esquerda foram derrotadas nas urnas nestas últimas eleições e que o projeto conservador vem atropelando o país de forma acelerada, transformando o cotidiano em mais um direito a menos por dia. Lula teria ligado para Ana Júlia para dizer que estava “emocionado” com o movimento? Era Lula que precisava disso, não Ana Júlia e o movimento que representa. Se tivesse preocupado com a causa dos secundaristas mais do que com a sua sobrevivência política, Lula teria inclusive se abstido deste telefonema.

Assim, é impressionante que ainda funcione essa nova versão dos comunistas que comem criancinhas enquanto os direitos da população estão sendo engolidos, digeridos e defecados em Brasília pelas forças que, mais uma fez, refazem o pacto conservador para manter os privilégios intactos. A tática de inventar um inimigo e alimentar com ele o medo da população é tão antiga quanto a humanidade. Que ainda funcione pode ser explicado por aqui pela péssima educação pública, que pode piorar ainda mais, como alertam os estudantes.

O MBL parece bem mais interessado em criminalizar os estudantes que ocupam as escolas do que em denunciar os corruptos que seguem dando as cartas em Brasília

O Movimento Brasil Livre (MBL), um dos protagonistas das manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff, tem atuado pela desocupação das escolas no Paraná e se esforçado para criminalizar o movimento dos estudantes. Aqueles que levantaram a bandeira da “corrupção” nas ruas do país, enquanto tiravam fotos junto com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), depois da deposição de Dilma parecem bem pouco interessados nos corruptos que seguem em Brasília dando as cartas. Mas, em contrapartida, estão muito empenhados em tirar os estudantes do caminho. Vale a pena observar com toda atenção que partidos o MBL apoia. Neste domingo, por exemplo, ajudou a eleger o novo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), numa eleição que teve vidros estilhaçados e até uma morte, ambos os episódios ainda mal explicados. É a primeira vez que o PSDB comandará a capital gaúcha.

Com a Lava Jato rondando José Serra e Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai chegando cada vez mais perto de ser o candidato do partido à presidência em 2018. Saiu das eleições de 2016, onde arriscou-se e ganhou, muito mais fortalecido. Se o PSDB foi o vencedor do pleito municipal, Alckmin – ao eleger João Doria prefeito de São Paulo ainda no primeiro turno, contrariando outros setores e caciques do partido, e ampliar a presença de sua base aliada nas prefeituras de outras cidades e regiões do estado – foi o campeão. Impressionante que ainda chamem de “picolé de chuchu” um dos políticos mais complexos – e assustadores – do Brasil atual.

Alckmin, o vencedor das eleições de 2016 que quer vencer em 2018, só perdeu batalhas significativas para os estudantes

Alckmin se reelegeu governador no primeiro turno, em 2014, em plena crise hídrica, negando a crise hídrica. Antes, em 2013, os protestos nas ruas aumentaram depois que a polícia de Alckmin arrebentou manifestantes e também jornalistas. Mas, em pouco tempo, com a ajuda de parte da imprensa, os manifestantes foram convertidos em “vândalos”. E, mais uma vez, Alckmin se safou.

Nos últimos anos, a única tentativa de Alckmin que não colou foi a criminalização dos estudantes que ocuparam as escolas públicas de São Paulo no final de 2015. Sua polícia começou a arrebentar crianças e adolescentes nas ruas e as imagens eram chocantes demais mesmo para os mais crédulos. Alckmin, o assustador, viu sua popularidade cair. O governador perdeu aquela batalha, e perdeu para adolescentes.

Os estudantes da escola pública estão no meio do caminho do projeto de poder de muita gente inescrupulosa. Com seus corpos franzinos. Com sua voz trêmula. Tão sós num momento em que os adultos que poderiam estar ao seu lado têm dificuldade para compreender a gravidade do momento e assumir responsabilidades.

Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes – o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos, e do romance Uma Duas. Site: desacontecimentos.com Email: elianebrum.coluna@gmail.com Twitter: @brumelianebrum

Ana Júlia e a palavra encarnada | Opinião | EL PAÍS Brasil

17/11/2015

Perseguição a Lula servem para esconder isso

Filed under: Educação Pública,El País,Geraldo Alckmin,Perseguição,PSDB — Gilmar Crestani @ 8:29 am
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É claro que não vais encontrar isso na mídia venal brasileira. O PSDB faz bem o serviço de comprar os a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Mas o El País parece que ainda não entrou no rol dos veículos distribuídos, como as milhares de assinaturas da Veja, nas escolas públicas de São Paulo.

Não tivéssemos no comando da mídia brasileira verdadeiras máfias familiares e não estaríamos tendo de buscar informação no exterior. Em relação ao PSDB, o acobertamento, a bem da verdade, não se deve exclusivamente à mídia. Há um compadrio, uma verdadeira relação umbilical de mútua proteção, com procuradores do tipo Rodrigo de Grandis. Os vazamentos seletivos, sempre buscando incriminar Lula e seus familiares é também parte deste compadrio.

A perseguição a Lula, ao PT e à Dilma é diversionismo para esconder a verdadeira bandidagem com a qual os acusadores se locupletam.

Por que isso não dá manchete nos jornais nem capa da Veja?

Por que a reforma que afeta 300.000 alunos em SP virou caso de polícia?

Para especialistas, falta de planejamento do Governo estadual agravou a crise

Gil Alessi São Paulo 14 NOV 2015 – 21:14 BRST

Escolas ocupadas em SP

Estudantes acampam em frente a escola ocupada. / R. Rosa (AgBr)

A mais nova dor de cabeça do governador Geraldo Alckmin não tem relação com as torneiras secas devido à falta de água, tampouco foi provocada por chacinas cometidas na periferia por policiais militares. Esta crise foi gestada quando o Governo decidiu efetuar uma reforma no sistema de educação, que fechará 94 escolas, mas vai mexer com a vida de 300.000 alunos de escolas estaduais de São Paulo. Para especialistas, teve como ingrediente principal a falta de diálogo do Governo com a comunidade escolar.

A tensão explodiu em outubro, quando alunos da rede pública tomaram as ruas para protestar contra o plano de reforma do sistema educacional no Estado – que até então não havia sido explicado claramente para os envolvidos. A insatisfação dos estudantes alcançou outro patamar na terça-feira, quando dezenas deles resolveram ocupar a escola Fernão Dias, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. “Nós gritamos e ninguém nos ouviu”, disse um dos ocupantes.

O movimento se espalhou para outras unidades, e na quinta-feira já eram seis os centros de ensino tomados pelos alunos. Na sexta-feira, houve outras adesões. A reação do Governo, de pedir na Justiça a reintegração de posse dos terrenos e acionar a polícia militar para sitiar algumas delas – no entorno da Fernão eram mais de 100 PMs e culminou com cenas de repressão com gás de pimenta – jogou mais gasolina em uma situação já inflamada. “É uma questão política, não de polícia!”, cantavam os estudantes que acampavam em frente à escola na noite de quinta-feira, sob o olhar atento da tropa de choque da corporação. Mexer com direitos básicos, como educação, tem um peso grande num país que ainda cobra pela melhoria da qualidade para sair das piores estatísticas do mundo.

No final de outubro, o plano de reforma de Alckmin, que será implementado a partir de 2016, foi detalhado pela Secretaria de Educação. Ele prevê o fechamento de 94 escolas (1,8% do total de rede), que terão seus prédios cedidos para outras finalidades educacionais, como creches e ensino técnico. Além disso, haverá o remanejamento de turmas em 754 unidades, para que haja apenas um ciclo educacional em cada – mais de 300.000 estudantes serão transferidos. Hoje, o ensino é dividido em três ciclos. O primeiro, agrega alunos do 1º ao 5º ano do Fundamental (entre seis e onze anos); o segundo, do 6º ao 9º ano do Fundamental (entre 12 e 14 anos); e o terceiro, alunos entre 15 e 17 anos no Ensino Médio.

A reforma pretende que o número de escolas que hoje recebem alunos dos três ciclos, as chamadas ciclos mistos, diminua. E as instituições que recebem apenas um dos três ciclos, aumentem. Os maiores receios da população são que com o novo plano os estudantes sejam obrigados a migrar para escolas com desempenho inferior à atual, mais distantes, e com salas superlotadas.

Não há comprovação de que a unificação do ciclo é benéfica

A medida do Governo foi anunciada alguns meses após o término de uma das maiores greves de professores do Estado, que durou 82 dias, de março a junho deste ano, e reivindicava melhorias salariais, que não foram atendidas. Tudo soma-se a este caldo de insatisfação, uma vez que muitos professores não sabem se continuarão a dar aulas nas escolas onde estão empregados atualmente. A Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo é contra a reforma, sob a alegação de que professores serão demitidos e haverá uma precarização nas unidades. A entidade convocou uma paralisação contra a medida para o dia 27 de novembro, sob o lema "Nenhuma escola fechada, nenhuma sala superlotada", e em seu site afirmou estar "em estado de greve contra a bagunça na rede de ensino" – o estado de greve é um indicativo de que os professores podem cruzar os braços novamente em breve.

A comunicação oficial para os familiares será neste sábado (14), quando as escolas ficarão abertas para que os diretores e supervisores esclareçam eventuais dúvidas dos pais. A Secretaria Estadual de Educação afirma que a medida foi adotada em um contexto de redução de demanda – o número de alunos caiu de 6 milhões em 1998 para 3,8 milhões atualmente. As razões apontadas são uma queda na natalidade da população e a absorção de boa parte dos alunos pelas redes particular e municipal. Além disso, a pasta informa que “o modelo [de ciclo único] é utilizado em outros países referências em educação”, e que escolas de segmento único do ensino médio “têm um rendimento até 28%s superior às demais”.

Especialistas discordam, e dizem que faltou diálogo por parte do Governo antes de tomar a medida. “A decisão veio de cima para baixo, e agora você vê como a comunidade está reagindo”, afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. De acordo com o cientista social, a justificativa para a unificação de ciclo é “muito superficial do ponto de vista pedagógico”, uma vez que “não existe nenhuma conclusão” de que o modelo é mais eficiente. Segundo ele, as melhores escolas são as com maior diversidade: “É importante que um aluno do ensino médio saiba interagir com um aluno mais novo. Isso enriquece o processo educacional”.

Cara é crítico do processo de fechamento – ou cessão de escolas para outro fim, termo adotado pelo Governo -, e aponta o que considera o “caminho ideal” a ser trilhado pelo Brasil, seguindo um modelo adotado nos países desenvolvidos: “Escolas que têm ociosidade [salas vazias e poucas turmas] devem avançar para a educação integral e ensino técnico para o ciclo médio na mesma unidade”. De acordo com o coordenador, “uma medida de gestão boa na área de educação precisa ser producente, facilitar o acesso à formação, e não restringir, que é o que o secretário fez”, diz o coordenador. Ele destaca que existe uma demanda pelo ensino estadual, comprovada por unidades com salas de aula lotadas. “O conjunto da história do país não tem sido de ampliação do direito à educação, e do nosso ponto de vista, é inaceitável o fechamento de escolas”, afirma.

É preciso debater publicamente a reforma para obter consensos mínimos

Das escolas que serão fechadas, 30 apresentaram desempenho superior à média do Estado no Idesp de 2014 – principal indicador de qualidade da educação paulista -, segundo reportagem do jornal o Estado de São Paulo.

João Cardoso Palma Filho, professor da Unesp e integrante do Conselho Estadual de Educação, acredita que faltou diálogo, e que a comunidade escolar “foi pega de surpresa” pelo anúncio da reforma. “Não vou dizer que apenas o diálogo resolveria, mas pelo menos neutralizaria a ação de pais, que saberiam que seus filhos estudariam perto de casa [o Governo afirmou que a distância entre a escola antiga e a nova não superará 1,5km], e que eles ainda teriam escolas”, diz. “No escritório, com uma planilha de Excel no computador, se resolve tudo. ‘Falta combinar com os russos’”, afirma, parafraseando o jogador Mané Garrincha.

Ele também critica a justificativa de que o ciclo único é positiva para o desempenho dos alunos. “Não há comprovação de que a unificação do ciclo é benéfica”. Cardoso diz que o argumento se baseia em alguns bons resultados da medida obtidos após a municipalização de parte do ensino nos anos 90. “Muitas escolas de ciclo único apresentaram bons resultados, mas essa separação não é garantia de bom desempenho da escola”, afirma, lembrando que “a secretaria estadual investiu pesadamente nisso”, mas que em muitos casos “o resultado foi péssimo, principalmente no ensino médio”.

"Sem consenso não há reforma"

“A educação, e sobretudo a mudança em educação, precisa ser preparada”, afirma o professor da Universidade de Brasília e ex-consultor da Unesco para a Educação Célio da Cunha. Segundo ele, resistências às mudanças são parte do processo, uma vez que educação envolve os valores da sociedade. “É preciso debater publicamente a reforma para obter consensos mínimos. Nenhuma reforma na educação no mundo avança hoje sem consenso”, diz.

O professor afirma que existem inúmeros exemplos na história brasileira e mundial de propostas de mudanças educacionais que eram boas, “mas que não foram devidamente apresentadas e discutidas com alunos, professores e pais, acabaram redundando em fracasso”. De acordo com Cunha, para dar certo, “é preciso que a reforma entre no imaginário da sociedade de modo geral”.

Escolas ocupadas em São Paulo: Por que a reforma que afeta 300.000 alunos em SP virou caso de polícia? | Brasil | EL PAÍS Brasil

13/04/2015

Jorge Pozzobom tenia razón

Filed under: El País,Gerdau,Jorge Pozzobom,Operação Zelotes,Poder Judiciário,RBS — Gilmar Crestani @ 10:15 am
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OBScena: Jorge Pozzobom na companhia dos Zelotes

pozzobom y SirotskyO jornal El País traz um detalhe muito interessante de como funciona o esquema de criminalização de uns e a divinização de outros. Não lerás nos assoCIAdos do Instituto Millenium, mas fica cada dia mais evidente que no Brasil só se pune quatro pês? Preto, Puta, Pobre e Petista!

Operação Zelotes esbarra em falta de equipe e apoio do Judiciário

Juiz indeferiu todos os pedidos de prisão temporária feitos pelo Ministério Público Federal

Gil Alessi São Paulo 10 ABR 2015 – 14:01 BRT

O procurador Roberto Paiva. / Divulgação

Nas últimas semanas, o procurador Frederico Paiva, 37, tem dormido pouco e trabalhado muito. Até esta semana, ele era o único representante do Ministério Público Federal no Distrito Federal, encarregado da operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção na Receita Federal que pode ter dado prejuízos de 19 bilhões de reais aos cofres públicos – valor superior ao do mensalão e ao apurado na Lava Jato até o momento. Um procurador para analisar milhares de contratos, agendas e depoimentos. “A peça fundamental na investigação é o Judiciário”, diz Paiva. “O tamanho da equipe depende dele”.

Segundo investigações preliminares, companhias multadas pela Receita recorriam a empresas de fachada da área de contabilidade e advocacia, que faziam a ponte com integrantes corruptos do Conselho Administativo de Rescursos Fiscais (Carf). A entidade é uma espécie de tribunal que avalia recursos de multas. O objetivo era anular os débitos ou atenuar o valor a ser pago, e as beneficiadas seriam grandes empresas como o Bradesco, a Petrobras e o Partido Progressista, de acordo com informações do Estado de S. Paulo.

Na terça-feira (7) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou a criação de uma força-tarefa do MPF para investigar o caso. Mas nenhum dos três procuradores designados para ajudar Paiva trabalhará exclusivamente no assunto. Eles continuarão lidando com suas atribuições normais – diferentemente do que ocorre com a força-tarefa da Lava Jato. “Temos um volume imenso de material para analisar, e ainda haverá outras fases da operação. Um procurador sozinho não tem condições de processar todo o material”, afirma Paiva.

Mas o tamanho da equipe não é o único obstáculo enfrentado por ele. “Pedidos de prisão temporária foram feitos por nós e não foram acatados. No total foram 16 pedidos, [que abrangiam] o núcleo da suposta quadrilha. E nenhum foi deferido pelo juiz, apesar da nossa argumentação”, diz o procurador. Na lista de pessoas que seriam detidos estão conselheiros e ex-conselheiros do Carf e funcionários das empresas de contabilidade e consultoria. Segundo ele, essa medida era fundamental para que os investigados fossem ouvidos ao mesmo tempo e não combinassem respostas. “Na lei há previsão para isso, mas se você não consegue fazer uso da detenção temporária, há um prejuízo para a investigação. E em prol de alguém contra quem pesam fortíssimos indícios de crime”, afirma.

Pedidos de prisão temporária foram feitos por nós e não foram acatados

O procurador cita a atuação do juiz Sérgio Moro, que está à frente da Lava Jato em Curitiba, como exemplo. “A atuação do Moro tem sido brilhante. De maneira técnica, ele está ajudando a revelar o que foi feito na Petrobras”, afirma Paiva. O juiz é considerado pelos advogados dos investigados como sendo “duro” por negar pedidos de habeas corpus. “Espero que outras operações tenham esse sucesso. Mas não é possível esquecer que estamos em Brasília, não em Curitiba”, lamenta. Paiva defende que na operação Zelotes a “balança do direito pese em favor da sociedade, que clama por uma punição efetiva”.

Paiva corre contra o tempo para apresentar as primeiras denúncias ainda em julho. “Vamos nos concentrar em analisar o material que já temos, e nos indícios mais fortes”, afirma. “Mas depois vamos analisar com mais profundidade o caso de algumas pessoas que ficaram de fora desta primeira etapa”. Assim como a Lava Jato, a Zelotes será dividida em várias fases, e é possível que empresas que não forem citadas entrem no foco da operação, e algumas saiam durante a investigação.

O procurador cita a atuação do juiz Sérgio Moro, que está à frente da Lava Jato em Curitiba, como exemplo.

“Já havia trabalhado com sonegação fiscal, mas nunca em um caso desta magnitude”, diz Paiva. Para ele, uma parcela da população acaba sendo protegida por um sistema que não consegue atingir com a mesma intensidade “a baixa e a alta criminalidade”. “No sistema judiciário brasileiro, o crime prescreve antes de ser julgado”.

No total, entre conselheiros e ex-conselheiros, cerca de 10 pessoas ligadas ao Carf são investigadas por participação no esquema. Entre as empresas de consultoria fiscal, são 14 pessoas suspeitas de envolvimento. Cerca de 70 processos julgados pela entidade estão sob suspeita, envolvendo dezenas de empresas. Os casos investigados se estendem de 2005 a 2014.

Corrupção na receita federal: Operação Zelotes esbarra em falta de equipe e apoio do Judiciário | Brasil | EL PAÍS Brasil

24/02/2015

Empresas espanholas trazidas por FHC só trouxeram corrupção

Alguém ainda há de lembrar que o processo de privatizações começou com a entrega da CRT por Antonio Britto aos seus ex-patrões da RBS que formaram consórcio com a Telefônica de Espanha. A tentativa de apropriação do Estado pela RBS não começava aí, mas foi com a entrega da CRT que ficou escancarado que a RBS estava determinada a se infiltrar no Estado. Se a Telefônica passou a perna nos donos da RBS também é verdade que não desistiram de terem a chave dos cofres do Estado nas mãos de seus funcionários. O cavalo do comissário perdeu para Olívio Dutra, saiu pela porta dos fundos escondido no manto do capacho Pedro Simon, e foi se desintoxicar do mal das alterosas que também acomete Aécio Neves, na Espanha. Por mera coincidência, terra que entrara cisplatina via RBS mas que também arrematara por algumas bananas o Meridional.

A Zara, da Inditex, e outras espanholas já estiveram também envolvidos em trabalho escravo. Agora é a vez da rede de supermercados se envolverem em sonegação. Aliás, esta deve ter sido a razão pela qual o PSDB resolvera trazer de fora tantas empresas corruptas e corruptoras. São de mesma natureza. Nem em dez mandatos o PT conseguirá se livrar da herança maldita espalhada nos vários níveis do Estado de esqueletos espalhados pelo PSDB. Por falar nisso, quando sairá Gilmar Mendes, exemplo maior da herança maldita deixada por FHC.

Está aí uma boa pauta para colonista do El País, Juan Árias, puxa-saco da direita tupiniquim. Ele que ficou famoso nas altas rodas por reclamar que os brasileiros não reagem contra a corrupção, poderia começar explicando se a Espanha tem outros produtos, além da corrupção e do trabalho escravo para exportar. Nem precisa comentar a diferença entre o nível de desemprego (27%) na Espanha em relação ao Brasil (4,6%) por que aí já seria esperar demais de um ventríloquo, de uma pena de aluguel.

Rede espanhola Dia tem disputas milionárias com o fisco de três países

O Brasil exige da rede de supermercados mais de 90 milhões por questões fiscais

A França exigiu pagamentos por arredondar o IVA e a Espanha, pelo imposto de sociedades

Cristina Delgado Madri 23 FEB 2015 – 20:00 BRT

Unidade do supermercado Dia em Madri. / JUAN MEDINA (REUTER

A rede de supermercados Dia está envolvida em várias disputas fiscais em diferentes países. A mais cara delas é no Brasil. O grupo reconhece em seu relatório anual, entregue à Comissão Nacional do Mercado de valores, que recebeu duas notificações das autoridades fiscais brasileiras.

A primeira, na qual exigem 13,34 milhões de euros (mais de 40 milhões de reais), é por “discrepância do imposto referente às receitas com descontos recebidos de fornecedores”. A segunda, de 77,65 milhões de euros (cerca de 253 milhões de reais), “em relação ao reflexo dos movimentos de mercadorias e sua repercussão em inventários”. A empresa qualifica como “remota” a possibilidade de perder o litígio e não disponibilizou os recursos.

mais informações

O Dia já teve de pagar no Brasil “2,2 milhões de euros por processos trabalhistas e 1,7 milhões relativos a outros riscos operacionais”. Além disso, a empresa reservou dinheiro para outras disputas: 4,46 milhões para o Dia França, “pelo custo financeiro associado a litígios pelo arredondamento do IVA (imposto sobre valor agregado) nos decimais do euro dos exercícios 2006, 2007 e 2008”.

A rede reconhece, além disso, que pagou, na Espanha, 3,86 milhões de euros pelo Imposto de Sociedades de 2008 e 2,85 milhões depois de uma inspeção do mesmo tributo de 2008, 2009 e 2010.

Por outro lado, a empresa também suspendeu os fundos que tinha guardado para outros possíveis pagamentos que considera que já não serão necessários. Por exemplo, 3,54 milhões de euros “correspondentes à anulação parcial do fundo criado no exercício 2013 para enfrentar riscos derivados da venda do Dia à Turquia”. Também 2,17 milhões que tinha reservado “para enfrentar inspeções dos exercícios 2008, 2009, 2010 e 2011. Além disso, o exercício inclui a anulação de outros recursos criados para cobrir outros riscos fiscais no valor de 1,26 milhão e depois da saída dos resultados do Dia França “foram cancelados os riscos fiscais, legais e sociais” no montante de 9,23 milhões de euros.

Economia: Rede espanhola Dia tem disputas milionárias com o fisco de três países | Economia | EL PAÍS Brasil

03/01/2015

El País revela a razão do ódio da Sandra CUreau à Dilma Rousseff

Filed under: Cora Ronai,Dilma,El País,InVeja,Miriam Leitão,Roberto Marinho,Sandra CUrau — Gilmar Crestani @ 12:18 pm
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Marinho&FigueiredoA política tem razões que a própria razão desconhece. Enquanto a oposição no Brasil se atrela à crítica dos estilistas mafiomidiáticos, os jornais do exterior conseguem ver além das aparências. A se julgar pelas análises da direita brasileira, Dilma elegerá seu sucessor com mais facilidade do que Lula a e elegeu.

Não é por que faça um governo brilhante, porque tenha Ministros excepcionais. Há razões mais prosaicas. Apesar do ódio de classe disseminado pelos assoCIAdos do Instituto Millenium, o povo teve melhor discernimento. 

Mesmo com toda perseguição perpetrada pela mestre de cerimônia do Halloween do MPF, Sandra CUReau, Dilma venceu as mentiras, o ódio e o indisfarçável golpismo. Nem a tentativa de tapetão conseguiu roubar-lhe a faixa de Presidenta.  Ao invés de votar no pior Senador do ranking da Veja, o preferiu votar naquela que sempre esteve ao lado das boas causas.

As funcionárias da Globo que ficaram discutindo as roupas da Dilma jamais se manifestaram em relação ao apego do patrão pelos uniforme militares. O que é pior, andar com um quilos a mais ou andar de braços dados com ditadores golpistas.

Na verdade, o que incomodava às funcionárias da Globo, além da cerimônia da posse em si, não era a cor do conjuntinho que Dilma vestia mas a faixa verde e amarela…

Dilma ganhou no voto, o patrão delas ganhou fazendo meia com gorila de quepe.

Enquanto os que não tem votos ficam dando risada das roupas, a maestra Dilma conduz a orquestra.

Sorry, playboys!

Dilma Rousseff consolida una amplia base de apoyo legislativo

Pese a su victoria ajustada en las urnas, la presidenta de Brasil afianza su poder con varios pactos parlamentarios

Rodolfo Borges São Paulo 3 ENE 2015 – 05:49 CET14

Dilma Rousseff mira a su segundo gabinete. / WENDERSON ARAUJO (AFP)

Una alianza política, formada por nueve partidos, le ha proporcionado a Dilma Rousseff en las últimas elecciones una de las bases de Gobierno más sólidas de la democracia. Entre las dos Cámaras se cuentan entre sus aliados, por lo menos, 305 de los 513 diputados federales y 53 de los 81 senadores: el 60% del total. El apoyo a la presidenta es menor que el que le brindaran en su estreno —al comenzar su primer mandato, en 2011, eran 11 los partidos aliados, con 373 diputados y 62 senadores— pero, aún así, Rousseff cuenta con la mayor base que cualquier otro presidente brasileño.

Ese apoyo del 60% en la Cámara y del 65% en el Senado debería ser cómodo para cualquier Gobierno, pero, paradójicamente, el de Rousseff está lejos de eso: la presidenta tiene la base más inestable desde la vuelta de la democracia en 1989, según datos del Centro Brasileño de Análisis y Planificación (Cebrap).

Las dificultades que la presidenta enfrentará a partir de ahora en el Congreso Nacional ya se hicieron evidentes el 5 de noviembre pasado. Once días después de su derrota electoral, el senador Aécio Neves, del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), pronunció un discurso en un Senado al completo y escuchó las alabanzas tanto de los opositores de Rousseff como de los que se suponían defensores del Gobierno. Aquel día, grandes nombres de la política brasileña declararon su apoyo al conservador.

El gesto se repitió con senadores de partidos de la base aliada. “Es como si la victoria de Rousseff hubiese sido anunciada entre abucheos. Su Excelencia [Neves] no ganó las elecciones pero se liberó. Quien va a tener que pagar esa cuenta [de gastos altos] es quien ha hecho un striptease moral en la plaza pública y ha destruido la economía de este país”, dijo Magno Malta, del Partido Republicano (PR).

"Es como si la victoria de Rousseff hubiese sido anunciada entre abucheos", dice un legislador

¿Cuál es, entonces, el tamaño real de la base de apoyo de Dilma Rousseff en el Congreso? Las votaciones del final del primer mandato pueden ofrecer una idea aproximada del desafío que afronta la presidenta. Dos días después de ganar las elecciones presidenciales, la Cámara derribó el decreto con el que el Gobierno pretendía crear consejos populares, una herramienta de consulta ciudadana para definir acciones políticas, que solo fue apoyada por el Partido de los Trabajadores (PT), el Partido Comunista de Brasil y los opositores izquierdistas del Partido Socialismo y Libertad (PSOL). Teniendo en cuenta esa votación, Rousseff tendría garantizado el apoyo de sólo 80 diputados hasta 2018.

Si el termómetro para medir su respaldo fuese la votación que permitió al Gobierno aprobar el Presupuesto de 2015, el escenario tampoco es muy alentador: apenas 240 de los más de 350 supuestos aliados permanecieron del lado de Rousseff. Datos del Cebrap muestran que los nueve partidos que apoyaron la reelección de la presidenta brasileña votaron un 66% de las veces según las orientaciones del Ejecutivo.

Rousseff tendrá que estar dispuesta si pretende llegar ilesa al final de su segundo Gobierno

Aunque el primer presidente elegido democráticamente tras la dictadura, Fernando Color de Mello (1990-1992), tuviese una base bastante menor —de 160 diputados, según las cuentas del Departamento Intersindical de Asesoría Parlamentaria (Diap)— el actual senador contaba con un 92% de fidelidad en 1992, año en el que se vio obligado a renunciar a la presidencia por un caso de corrupción del que años después fue absuelto.

El expresidente Luiz Inácio Lula da Silva tuvo el apoyo de sus aliados en el 79% de las votaciones en 2005, cuando vivió su peor crisis durante otro escándalo de corrupción conocido como mensalão (aumentativo de mensal, mensualidad).

Rousseff comenzó el Gobierno en 2011 con una tasa de disciplina de los aliados del 89%, un porcentaje que fue cayendo año tras año. Es por este escenario que la presidenta se sumergió en complejas negociaciones para satisfacer a los partidos aliados durante la formación del nuevo Gobierno, aún a riesgo de desagradar a muchos de los electores que le concedieron la victoria en las presidenciales de noviembre.

Desgastada ya por designar a un economista ortodoxo, Joaquim Levy, para liderar el Ministerio de Hacienda, Rousseff fue también criticada por la elección de buena parte de los nuevos miembros de su Ejecutivo.

Esa ingeniería para garantizarse apoyos será decisiva para asegurar la tranquilidad del Gobierno que enfrentará una oposición alimentada por 51 millones de votos en un escenario económico turbulento. Si Rousseff no tuvo paciencia para agradar a los aliados en su primer mandato, tendrá que estar dispuesta en este si pretende llegar ilesa al final de su segundo Gobierno.

Dilma Rousseff consolida una amplia base de apoyo legislativo | Internacional | EL PAÍS

27/06/2014

Jornal El País confunde Rede Globo com Brasil

Filed under: Casagrande,Chile,Copa 2014,El País,Rede Globo,Rede Globo de Manipulação — Gilmar Crestani @ 9:44 am
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Só a parceira, via SIP, da Rede Globo com El País para que não haja um ataque frontal. El País prefere acusar o Brasil ao invés de acusar a Rede Globo.

Se houvesse um mínimo de honestidade jornalística, o jornalão espanhol atacaria seu maior concorrente na América Latina. Infelizmente, a máfia não joga aberto. Usa helicópteros, eufemismo, negocia informação, e faz compadrios nos bastidores. Assim são os meios que negociam informações.

O que El País não informa é que a invasão de privacidade é algo que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium fazem de melhor. Contra adversários, claro.

Por exemplo, nunca flagram funcionários cheirando cocaína, mesmo quando estes admitem.

Agora, mostrar favelados ou crianças em situação de rua fumando maconha ou crack é básico num jornalismo que não prima pelo comportamento ético.

Da próxima vez que vires em algum dos veículos das cinco irmãs (Civita, Folha, Estadão, Globo & RBS) imagens de meninos de rua fumando crack, lembre-se do nariz deformado do Casagrande, sempre ao lado de Ronaldo Nazário e Galvão Bueno pelas telas da Globo.

Infelizmente, a imprensa internacional não tem facilitado as coisas. Preferem a proteção mafiosa de iguais do que a verdade.

Brasil espía a Chile en helicóptero

Un aparato de O Globo, socio de la CBF, obliga a interrumpir la práctica cerrada de Sampaoli cuando preparaba el cruce de octavos

La selección de Chile se entrena en Belo Horizonte / TORU HANAI (REUTERS)

TV Globo, la cadena de televisión más poderosa de Brasil, envió un helicóptero a espiar el entrenamiento de Chile, ayer por la mañana. Las prácticas de Chile, celebradas a puertas cerradas durante todo el campeonato bajo la supervisión del elusivo seleccionador Jorge Sampaoli, nunca habían sido desentrañadas cuando la sesión se interrumpió violentamente con la aparición del aparato sobre el campo de trabajo en el complejo de Toca da Raposa, en Pampulha. El técnico interrumpió el simulacro inmediatamente en medio de un revuelo que acabó con la federación chilena elevando una queja formal a la red Globo por espionaje.

“Lo del helicóptero no llegó a mayores”, dijo Mauricio Isla, el lateral chileno. “El que más se asustó un poco fue el entrenador porque estaba trabajando la táctica y no quería que el equipo rival supiera cómo vamos a plantear el partido. Nosotros queríamos pegarle al helicóptero con la pelota pero no llegábamos”.

Vinimos al Mundial a hacer historia"

Alexis Sánchez

El partido que disputará mañana la selección de Chile contra Brasil en el estadio Mineirão será el más dramático de los octavos de final. El seleccionador brasileño, Luiz Felipe Scolari, admitió que el equipo trasandino es el último que quería enfrentar. Globo no es parte indiferente del duelo. El conglomerado mediático, socio fundamental de la Confederación Brasileña de Fútbol, se juega mucho en la Copa del Mundo. Con una media de más de 90 millones de espectadores diarios, posee los derechos de retransmisión de los partidos, estimados en más de 300 millones de euros. El gasto requiere una amortización condicionada al torrente de publicidad inherente a la permanencia de la selección anfitriona en el campeonato. Hasta la estabilidad política del país, pendiente del enfriamiento de la tensión social en las calles, parece depender de los buenos resultados del equipo de Brasil. El partido contra Chile, por tanto, no es solo un partido de fútbol.

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Scolari, durante un entrenamiento con Brasil / VANDERLEI ALMEIDA (AFP)

La desproporción histórica entre las selecciones de Chile y Brasil carga la presión sobre los poderosos. Los futbolistas chilenos, como Alexis Sánchez, se muestran inusualmente retadores. “Vamos a ganar el partido”, dijo el atacante del Barcelona. “Vinimos al Mundial a hacer historia. Ganamos al campeón del Mundo, tuvimos un tropiezo con Holanda pero nos sirvió para mejorar los errores que tuvimos. Esperamos ganar este Mundial”.

“El chileno”, prosiguió Sánchez, “no se ha tenido fe con las grandes potencias mundiales. Tenemos que tener mentalidad de ganadores, como Arturon Vidal, o Gary Medel. Tenemos que ir al frente. Lo mismo debe hacer Mauricio Isla, que es uno de los mejores laterales del mundo pero él no se lo cree nunca”.

Sánchez se dirigió a su compañero, sentado a su lado en la conferencia de prensa. “Yo siempre le digo, ‘créetelo ‘huevón’, que eres uno de los mejores del mundo’. Y él dice: ‘Sí, sí, sí…’. Pero no se lo cree. Y si no se lo cree él ¿Quién se lo cree? Estamos para grandes cosas. Pero a veces hay que creerse el cuento”.

Brasil espía a Chile en helicóptero | Mundial Brasil 2014 | Deportes | EL PAÍS

23/03/2014

Marcha em Madri: o povo espanhol está Maduro?!

Filed under: El País,Espanha,Grupos Mafiomidiáticos,Venezuela — Gilmar Crestani @ 10:49 am
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Quando o povo protesta na Espanha, os grupos mafiomidiáticos escondem seus governantes. Quanto diferença em comparação com o tratamento que dispensam à Venezuela? Não sabe por quê? Pergunte a quem os finanCIA!

La Marcha de la Dignidad toma el centro de Madrid con miles de personas

La protesta concluyó con 24 detenidos, de ellos tres menores, y un centenar de heridos

Los manifestantes llegados a pie desde fuera de Madrid no pasaron de 2.000

La protesta se inspira en el sindicato de Gordillo y en los campamentos de IU en Extremadura

Jerónimo Andreu / MARIÉN KADNER / J. J. GÁLVEZ Madrid 23 MAR 2014 – 00:58 CET2850

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Foto: ÁLVARO GARCÍA / Vídeo: EL PAÍS-LIVE!

Las ocho marchas por la dignidad confluyeron ayer en Madrid. A unas 2.000 personas que llegaron a pie desde distintas partes de España se les unieron decenas de miles más en la capital. Los organizadores de la multitudinaria manifestación cifran la asistencia en dos millones de personas. La Delegación del Gobierno señaló sobre las nueve de la noche que había 50.000 manifestantes, cifra que posteriormente rebajó a 36.000 asistentes.

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Un centenar de heridos y 24 detenidos tras la marcha

F. J. BARROSO

La Marcha de la Dignidad fue pacífica hasta bien entrada la noche. Solo entonces elementos radicales y policías antidisturbios entraron en acción. Pasadas las nueve de la noche, ya había una veintena de detenidos, después de varias cargas policiales y el recibimiento a pedradas de los agentes. Casi en la medianoche la cifra se cerró en 24 detenidos, de los que tres eran menores.

La Delegación del Gobierno informó de que a los detenidos se les acusa de resistencia y atentado a la autoridad, vandalismo y destrozos en el mobiliario urbano.

Emergencias de Madrid ha informado también de que hay 101 heridos de carácter leve o muy leve, de los que 67 son policías (46 nacionales y 9 municipales) y, el resto, 34 ciudadanos que participaban en la marcha. Además, 15 personas han sido trasladadas a hospitales para una valoración médica.

Las ocho marchas trataban de ser una metáfora de un malestar que recorre España. Un malestar concreto sepultado bajo números escalofriantes: casi seis millones de parados, decenas de miles de desahucios y miles de millones de recortes en gasto social. La marcha desembocó en manifestación. Todo discurrió de forma pacífica y planificada hasta entrada la noche, cuando elementos radicales y policías antidisturbios entraron en acción. Pasadas las nueve de la noche, ya había 24 detenidos, de los que tres eran menores. Además, los disturbios causaron un centenar de heridos leves o muy leves, de los que 55 eran policías. En total, 15 personas fueron trasladadas a hospitales para una valoración, según Emergencias Madrid.

La convocatoria de la Marcha incluía tres lemas principales (“No al pago de la deuda”, “Ni un recorte más”, “Fuera los Gobiernos de la troika”). Pero de ese programa de mínimos se supo poco ayer. Palideció frente a la diversidad de reivindicaciones de las pancartas. “Si no luchas, pueden contigo”, protestaba Mamen Ruiz, murciana de 32 años con dos hijos y que se unió a la Plataforma de Afectados por la Hipoteca (PAH) de su ciudad cuando vio cerca el desahucio. Virginia, de 47 años y funcionaria de Justicia se manifestaba “por las tasas, por la ley del aborto y para decirle a Gallardón que se vaya”. Belén Calvo, maestra, de 32 años y en paro desde hace tres, tomó un autobús en Burgos por la mañana vestida con una camiseta con la leyenda “Gamonal. Barrio vivo, barrio combativo”. “He venido porque tengo dignidad”, sentenció. En el remolino de voces decepcionadas se fundieron extrabajadores de Panrico y Coca-cola, barrenderos de Madrid, las mujeres del carbón asturiano, pequeños partidos de izquierda, miembros de las mareas antirrecortes…

Las ocho marchas que llegaron el viernes a las proximidades de Madrid se despertaron temprano ayer. Después de un tentempié de fruta y verdura en el barrio de Vallecas, la procedente de Murcia y Valencia (que durmió en el polideportivo de Rivas Vacíamadrid) fue recibida en el centro con lágrimas, bocadillos, sopa de cocido en vasos de plástico y agua. Desde allí, unas 2.000 personas continuaron hasta Atocha.

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El sustrato de la protesta fueron las columnas de caminantes que siguieron el trazado de las seis carreteras nacionales que confluyen en la capital. Pero la verdadera materia prima de la concentración fueron los madrileños y los llegados en trenes, coches y autobuses desde todo el país. En Atocha todas las columnas se unieron en un brazo que avanzó hasta la plaza de Colón, donde se leyó un manifiesto.

A las ocho y media de la tarde se registraron unas cargas en Génova después de que un grupo comenzara a lanzar objetos ante las vallas colocadas por los antidisturbios junto a la sede del PP. Fue la única acción violenta reseñable durante la marcha. La preocupación por episodios de este tipo ha sido constante. Agripa Hervás, organizador de la marcha este y miembro de Esquerra Unida del País Valencià reconocía cierta inquietud: “Tememos que grupos extremistas estropeen una marcha pacifista”. Esta alerta dio pie a un despliegue policial de récord: 1.650 antidisturbios, además de efectivos de la Guardia Civil y la policía municipal.

La manifestación entre Atocha y Colón figuraba en los permisos de la Delegación del Gobierno en Madrid a nombre de un particular. La Marcha de la Dignidad se presenta como un movimiento sin líderes que ha progresado a golpe de asambleas. En gran medida es cierto, pero eso no significa que sus inicios no hayan sido cincelados con esmero. El gran impulsor de la iniciativa ha sido el Sindicato Andaluz de Trabajadores (SAT) de Diego Cañamero y José Manuel Sánchez Gordillo, pero el germen del movimiento se plantó el año pasado en Extremadura, en los Campamentos Dignidad. Esta semilla ha ido regándose hasta ramificar en una elaborada organización que ofrece cobijo a las reivindicaciones de más de 300 colectivos y miles de ciudadanos sin ninguna adscripción.

Los Campamentos Dignidad nacieron en Mérida con una concentración frente a una oficina de empleo que exigía la creación de 25.000 puestos públicos y una renta básica. Abrazado a estas dos reivindicaciones el movimiento fue trepando con vigor, lo que le permitió entretejerse a colectivos en expansión, como la PAH.

Manuel Cañada, excoordinador general de Izquierda Unida en Extremadura y tres veces candidato a presidir la Junta, se convirtió en cabeza visible del campamento. Cañada, miembro de la vertiente más ortodoxa del Partido Comunista (la que en Extremadura ha rehusado pactar con el PSOE) se propuso demostrar que los parados representaban una fuente de movilización social. “Los Campamentos Dignidad somos el 15-M obrero”, ha sido una de sus consignas, insistiendo en lo fértil que resulta el clima de anarquía y pluralidad para movimientos de contestación.

La estrategia de Cañada es un buen ejemplo de la gordillización de la izquierda del sur: el recurso a acciones de resistencia civil para hacer política fuera de los canales parlamentarios. El extremeño reconoce el ascendiente del alcalde de Marinaleda, ha participado en encierros y asaltos a supermercados, y colabora con los impulsores del modelo de okupación social de la Corrala Utopía, plataforma sevillana próxima al SAT.

Los Campamentos organizaron una primera Marcha Dignidad en Extremadura en septiembre de 2013. En esta fase Cañada también tendió puentes con el Frente Cívico Somos Mayoría de Julio Anguita, que ha terminado oficiando de maestro de ceremonias en los actos de presentación de la Marcha de la Dignidad.

Con estos padrinos, el mismo mes de septiembre se desarrolló una primera reunión en Madrid para planificar una marcha estatal. A partir de este pistoletazo de salida arrancó una frenética actividad marcada por la institución de pequeñas plataformas locales dedicadas a recabar apoyos económicos, difundir el proyecto por Internet y negociar con sus respectivos Ayuntamientos el alojamiento de las columnas de manifestantes.

Las asociaciones que han contado con medios (especialmente sindicatos e IU) han cedido locales e infraestructuras para las reuniones de los comités, pero el movimiento se ha basado en la autofinanciación. Por ejemplo, el viaje en los autobuses que llegaron ayer a la capital le ha costado una media 20 euros a cada viajero. Todos los detalles se han cuidado a pesar de la multicefalia imperante. Un equipo jurídico de 50 letrados voluntarios se ha movilizado para enfrentarse a previsibles problemas legales en las manifestaciones. “Si te detienen, hay que decir ‘equipo jurídico 22m”, reza su cuenta de Twitter.

El colectivo Campamento Amigo 15M, red con experiencia en movilizaciones como las mareas ciudadanas, se ha ocupado de coordinar la búsqueda de domicilios en Madrid. Esta red avisa de que no gestiona la creación de un campamento, asunto peliagudo después de que varios colectivos expresaran su ambición de repetir una instalación como la de los indignados en la puerta del Sol en 2011, algo que la Delegación de Gobierno aseguró que evitaría a toda costa.

A las nueve de la noche se habían producido tímidos intentos de extender tiendas por Recoletos sin demasiado éxito.

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27/11/2013

El País cura o complexo de vira-lata da velha mídia

Filed under: ANJ,Complexo de Vira-Lata,El País,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 8:28 am
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Todo vez que a esquerda luta pela valorização do país, das empresas nacionais, dos produtos made in Brasil, os vira-latas arregimentam seu batalhão de vira-bostas e desenterram frases de efeitos. Atribuída ao um certo Samuel Johnson, inglês, como sendo um refúgio do canalha, o patriotismo teve a contribuição brasileira de Nelson Rodrigues e imortalizada pelo apêndice de Millôr Fernandes. A frase considerada original é “o nacionalismo é o último refúgio do canalha”, mas Millôr a nacionalizou: “No Brasil, é o primeiro”.

É desta forma que a velha imprensa trata toda iniciativa de defesa dos interesses nacionais brasileiros. Eis que de repente, não mais que de repente, os grupos mafiomidiáticos se revelam intransigentes nacionalistas. O jornal El País já deu sua primeira contribuição. Está curando o complexo de vira-latas. Agora só falta “currar” nos grupos mafiomidiáticos.

Associação pode ir à Justiça contra ‘El País’

DE SÃO PAULO, FOLHA

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) estuda ir à Justiça contra o jornal espanhol "El País" por supostamente ferir os princípios constitucionais que impõem limite de 30% à participação estrangeira em empresas de comunicação no país.

Ontem, o grupo espanhol lançou o site do jornal em português.

"Vamos manter uma agência de notícias traduzindo reportagens de outros países, mas também produzindo conteúdo próprio", disse Juan Luis Cebrián, presidente da Prisa, controladora do diário.

Na Junta Comercial de São Paulo, "El País" aparece como dono da filial brasileira com 99% do capital. A Prisa tem 1%.

"A ANJ entende que há um claro desrespeito às normas constitucionais", disse Ricardo Pedreira, diretor-executivo da associação. "Eles também vão disputar a publicidade, sinal de que atuam como veículo de comunicação no país. Estamos examinando."

A ANJ já tinha enviado mensagem eletrônica para Cebrián, cobrando esclarecimentos, mas não obteve resposta.

À Folha o executivo espanhol disse que os pareceres jurídicos de que dispõe não indicam haver qualquer violação constitucional. "Somos uma agência on-line e, nesse caso, não há restrições ao capital estrangeiro."

05/06/2013

El País, desde Miami, reivindica para Cuba o que Espanha não oferece

Filed under: Cuba,El País,Miami — Gilmar Crestani @ 8:58 am
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A matéria o El País me faz lembrar de um episódio em que partidários de FHC queriam me obrigar a andar de Lada. Eu tinha um Corolla com adesivo do Lula. É essa inteligência superior que faz da direita, direita, e a esquerda esquerda. Se o jornal não consegue distinguir o que é gênero de primeira necessidade do que é picuinha para continuar negando o óbvio, os leitores não somos obrigados a aceitar da mesma forma. Que moral tem a Espanha, que não só não sofreu nenhum bloqueio econômico como foi “abençoada” com a união de Aznar com Bush, e hoje paga um desemprego inigualável no mundo? Será que os quase 30% de desempregados na Espanha estão lutando (15-M) por internet mais baratas ou por comida e casa para morar? Maye Primera, que assina a matéria desde Miami, talvez não tenha visto, então vou por link aqui para ela se informar: "Me mandem de volta a Cuba", diz exilado despejado na Espanha

Internet cubano a precios del “imperio”

Pese a todo, la tasa de conectividad es la más baja de América Latina

La ventana a la web se ha abierto en la isla este martes

Maye Primera Miami 5 JUN 2013 – 04:18 CET47

Un hombre accede a Internet desde una de las oficinas habilitadas. / ap

“Una hora de Internet equivale más o menos a lo que gasto en una semana en comer”, explica el bloguero cubano Henry Constantin al otro lado de la línea del teléfono. El mismo teléfono celular que aún utiliza para navegar a ciegas en Internet porque el dinero no le alcanza para visitar alguno de los 118 centros públicos de conexión a Internet que este martes ha inaugurado el Gobierno de Raúl Castro en toda la isla, y por pura precaución. Porque una de las reglas establecidas por el Estado para el uso de estas salas dice claramente: “No usar para realizar acciones que puedan considerarse (…) como dañinas o perjudiciales para la seguridad pública, la integridad, la economía, la independencia y la soberanía nacional”. Y los mensajes que publica Constantin en su blog y en su cuenta de Twitter  han sido considerados como eso: dañinos y perjudiciales.

Constantin vive en Camagüey: la capital de la provincia centro-oriental de Cuba que lleva el mismo nombre, donde ayer comenzaron a operar cinco nuevas salas de Internet administradas por la estatal Empresa de Telecomunicaciones de Cuba (Etecsa). Allí se ofrecen tres tipos de servicios, con tres tarifas: una hora de navegación en internacional por Internet cuesta 4,5 pesos cubanos convertibles, que equivalen a 4,5 dólares estadounidenses; una hora de navegación por la intranet nacional, con activación de correo electrónico internacional, 1,5 pesos convertibles; y una hora de navegación en la intranet nacional, son 0,60 pesos convertibles.

“Uno pasa en bicicleta y ve que el público que hay allí es mínimo. Esos precios solo los puede pagar quien tiene familiares o amigos en el extranjero que les envíen dinero para recargar las tarjetas”, sigue Constantin. El servicio funciona a través de tarjetas de prepago que expiran en 30 días o mediante la contratación de una cuenta internacional de correo webmail que almacena hasta 50 megabytes de información siempre y cuando sea recargada al menos cada dos meses. “Lo que hace la mayoría es aprovechar la opción del correo electrónico, que tiene un precio menor que el de navegación. Pero hay que usar el servicio con reservas, porque se sabe que estos lugares están controlados por el Estado”.

Todavía hay sitios prohibidos. Desde que el Gobierno de los hermanos Castro admitió las conexiones a Internet desde hoteles y oficinas de correo, hay páginas de Internet que permanecen bloqueadas a la consulta. Revolico.com es una de ellas: una plataforma cubana, creada inicialmente para promocionar la compra-venta de equipos usados de computación, donde ahora se anuncian desde ventas de zapatos hasta ofertas de gimnasios. Sin embargo, ayer los cubanos pudieron navegar por las ediciones electrónicas de diarios internacionales y de blogs locales anteriormente vedados, como la edición electrónica del diario cubano-americano El Nuevo Herald y los portales www.vocescubanas.com y www.desdecuba.com, que alojan los blogs de decenas de cubanos disidentes, unos más modestos, como el de Henry Constantin, y otros que han alcanzado popularidad global, como Generación Y, escrito la ciberactivista Yoani Sánchez. “#Cuba A pesar d altos precios, letra chica en el contrato e imposibilidad d acceso doméstico, hay q ocupar estas pequeñas grietas en el muro”, escribió Yoani Sánchez en su cuenta de Twitter, luego de visitar la sala de conexión habilitada en la calle 17 de El Vedado, en La Habana.

Aunque la tasa de conectividad de Cuba es la más baja de América Latina (3%), Internet se ha convertido en un nuevo campo de batalla política para los cubanos durante los últimos años. “Con Internet hay que hacer como pidió el Che que hiciéramos con las universidades: pintarla de negro, de mulato, de obrero y de campesino. (…) Un objetivo del Gobierno norteamericano es impedirnos el acceso a estas tecnologías y limitarnos los recursos financieros para obtenerlas, mientras gasta decenas de millones de dólares en facilitárselos a la quinta columna que alimenta aquí para que usurpe la expresión de los cubanos”, decía este martes el bloguero pro-castrista Iroel Sánchez en una entrevista con el diario oficial Juventud Rebelde, a propósito de la publicación de su libro titulado Sospechas y disidencias: una mirada cubana en la red. La obra es un compendio de entradas que Iroel Sánchez ha publicado en su blog, La pupila insomne, desde julio 2010 y hasta tres veces por día. El autor comparte la tesis del Gobierno de los hermanos Castro, que ha atribuye limitaciones de conectividad de la isla al embargo económico que mantiene Estados Unidos en su contra desde la década de los sesenta del siglo XX y que blogueros como Yoani Sánchez o como Henry Constantin son financiados por “el imperio”.

La ventana a la web que se ha abierto en Cuba este martes, sostiene el Gobierno, ha sido posible gracias al tendido de un cable submarino de fibra óptica, de 1.600 kilómetros de largo y a un costo de 70 millones de dólares, que conecta a Cuba con Venezuela y Jamaica. La instalación del cable terminó en febrero de 2011, pero este comenzó a funcionar el pasado 24 de enero. Según dijo el viceministro de Comunicaciones de Cuba, Wilfredo González, al día siguiente de anunciar la apertura al público de los centros de conexión que abrieron sus puertas este martes, las únicas limitaciones al uso privado de internet en Cuba responden a razones “tecnológicas y financieras”.

27/01/2013

La verdad ha muerto

Filed under: El País,Grupos Mafiomidiáticos,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 10:45 am

Quando um veículo ou grupo de mídia faz uma denúncia contra um adversário, os demais repercutem e apoiam. Quando um membro comete uma atrocidades, os demais acobertam. Alguém leu algo sobre isto nos grupos mafiomidiáticos brasileiros? Dizem-se independente, mas dependem da mentira e de anencefálicos que comem pelas mãos deles.

Por José Pablo Feinmann

La mató “el periodismo independiente”.

Página/12 :: Contratapa :: La verdad ha muerto

25/01/2013

O tombo dos urubus

Filed under: El País,Hugo Chávez,Urubus — Gilmar Crestani @ 9:40 am

Urubus sem paraquedas aterrissam em Marte, os do Brasil ficam mascando freio…

Usted está aquí:Inicio/Mundo/Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez/

“Jamás imaginé que la imagen bajada de YouTube terminaría en la portada de El País”

Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez

El diario ofrece disculpas por la exclusiva que, admite, nunca debió publicar

Armando G. Tejeda

Corresponsal y Notimex

Periódico La Jornada
Viernes 25 de enero de 2013, p. 24

Madrid, 24 de enero. El periódico El País protagonizó uno de los mayores ridículos internacionales de su historia al publicar en primera plana una imagen falsa del presidente venezolano, Hugo Chávez, entubado. El periodista italiano Tommasso Debenedetti reveló que envió a tres agencias de noticias latinoamericanas la falsa foto, bajada de un video de YouTube.

“La envié la semana pasada a una agencia de Costa Rica, a la agencia estatal venezolana y a Prensa Latina, y nunca imaginé que terminaría en la primera plana de El País”, declaró Debenedetti a Notimex.

El rotativo español retiró esta madrugada de su página web y de su edición impresa la foto en que aparece un hombre entubado en una cama de hospital.

En un comunicado, el diario dijo que la imagen le había sido suministrada por una agencia informativa, según la cual se trataba del presidente de Venezuela, Hugo Chávez, internado desde el pasado 11 de diciembre en Cuba, donde fue operado por un cáncer.

En un texto que acompañaba a la foto El País reconoció que no pudo verificar independientemente las circunstancias, el lugar o la fecha en la que se había realizado la fotografía. Aun así, el diario la presentó como exclusiva mundial.

Tras comprobar que el hombre de la imagen no era Chávez, el cotidiano paralizó la distribución de su edición impresa y retiró la foto de su página web.

Dijo que por el incidente puede ser que la edición impresa del periódico con fecha de hoy jueves no esté disponible en algunos puestos, tanto en España como en el extranjero.

Debenedetti confirmó que ninguna de las tres agencias latinoamericanas publicó la foto en cuestión y que por extrañas circunstancias apareció en la primera plana de “un diario tan importante como El País”.

Señaló que al enviar la imagen se hizo pasar por el ministro venezolano de Cultura y que su intención fue verificar la rigurosidad de los medios cuando deciden publicar material gráfico.

Debenedetti ha desatado rumores sobre la muerte del ex presidente cubano Fidel Castro, del escritor colombiano Gabriel García Márquez y ha suplantado en Facebook y Twitter identidades de personalidades como Mario Vargas Llosa, Benedicto XVI y Umberto Eco.

También se ha hecho pasar (en Facebook y Twitter) por los escritores Paco Ignacio Taibo II, Almudena Grandes, Laura Esquivel, Isabel Allende y ha inventado entrevistas con Nadine Gordimer, Philip Roth, Abraham Yehoshua, Herta Müller y Toni Morrison, entre otros.

El periodista ha dicho que su intención es denunciar la falta de controles en la información y la facilidad de suplantación que existe en Internet.

En España, el error de El País se convirtió en uno de los asuntos más comentados.

Según la explicación oficial del diario, la imagen les fue ofrecida por la supuesta agencia informativa Gtres Online, que en su página de Internet no tiene ni directorio ni domicilio. Sin verificar la autenticidad de la foto, ésta fue publicada en la edición impresa y online con marca de agua de El País, como exclusiva mundial, si bien el diario comentó: No se ha podido verificar de forma independiente las circunstancias en que fue tomada la imagen, ni el momento preciso, ni el lugar. Las particularidades políticas de Cuba y las restricciones informativas que impone el régimen lo han hecho imposible.

Su editorial online aparecido este jueves se titula “La foto que El País nunca debió publicar”. El diario explica que ha trabajado varias veces con la agencia Gtres que, dice, emprenderá acciones legales contra quien proporcionó la imagen. El País señala, además, que la corresponsal de El País en Cuba, la bloguera Yoani Sánchez, hubiera sido puesta en peligro de pedírsele que verificara la autenticidad de la fotografía.

La publicación provocó la sorna y la indignación, una vez que se recordó la habitual línea editorial del diario respecto de los países de izquierda de América Latina, sistemáticamente vilipendiados y ridiculizados por este periódico. Una línea editorial que se ha recrudecido desde que tomaron el control del Grupo Prisa –editor del diario– diversos fondos de inversión y entidades financieras conservadoras y algunos de extrema derecha, que lograron incluso que el rotativo apoyara el golpe de Estado contra Hugo Chávez, en el que también se señaló al ex presidente José María Aznar como uno de sus instigadores.

En la explicación oficial de la dirección del diario, presidido por Javier Moreno, se sostiene: “Tras constatar que la imagen ofrecida no correspondía a Chávez, El País paralizó la distribución de su edición impresa y procedió a enviar una nueva edición a los puntos de venta… El País pide disculpas a sus lectores por el perjuicio causado. El diario ha abierto una investigación para determinar las circunstancias de lo sucedido y los errores que se hayan podido cometer en la verificación de la fotografía. Gtres Onilne es una agencia gráfica con la que El País trabaja desde hace varios años y que representa en España a otras agencias internacionales”.

Este error también ha puesto de manifiesto la pérdida de calidad tras el despido de la tercera parte de su plantilla, incluidos algunos de sus mejores periodistas, así como lo que algunos lectores llaman su obsesión enfermiza por destruir a Hugo Chávez y a todos los movimientos de izquierda de América Latina, que amenazan sus intereses.

La Jornada: Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez

24/01/2013

CIA distribui, El País compra e se arrepende

Filed under: El País,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 7:53 am

A urubuzada está com fome!

No Brasil há tanta foto falsa que até que a Folha resolveu fazer concorrência e criou a Ficha Falsa da Dilma. Notícia falsa, então, é uma epidemia disseminada pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium todos os dias. A Veja também é campeã em montagem de fotos com Lula. 

EL PAÍS retira una falsa foto de Hugo Chávez

El País Madrid24 ENE 2013 – 09:01 CET

EL PAÍS retiró esta madrugada de su página web una foto que mostraba a un hombre entubado en una cama de hospital y que una agencia informativa (Gtres Online) había suministrado al periódico afirmando que se trataba de Hugo Chávez, presidente de Venezuela. Chávez se encuentra hospitalizado en Cuba tras ser operado de un cáncer cuyas características el Gobierno venezolano no ha querido precisar. La foto permaneció en la página web del periódico aproximadamente una media hora.

En el texto que acompañaba la foto se afirmaba que EL PAÍS no había logrado verificar de forma independiente las circunstancias, el lugar o la fecha en la que se había realizado la fotografía. Tras constatar que la imagen ofrecida no correspondía a Chávez, EL PAÍS paralizó asimismo la distribución de su edición impresa y procedió a enviar una nueva edición a los puntos de venta, que se puede consultar en Kiosko y Más. El incidente puede ocasionar que la edición impresa del periódico con fecha de hoy jueves 24 de enero no esté disponible en algunos kioscos, tanto en España como en el extranjero.

EL PAÍS pide disculpas a sus lectores por el perjuicio causado. El diario ha abierto una investigación para determinar las circunstancias de lo sucedido y los errores que se hayan podido cometer en la verificación de la fotografía.

EL PAÍS retira una falsa foto de Hugo Chávez | Internacional | EL PAÍS

03/01/2013

Folha e sua torcida para o pior

Filed under: Crise Financeira Européia,El País,Folha de São Paulo — Gilmar Crestani @ 8:39 am

Fossem em outros tempos, com a crise assolando o mundo, alguém já estaria de pires na mão mendigando no FMI. Eram os gloriosos tempos do prof. Cardoso, o cara que assumia como seu filho da jornalista da Globo, que não era seu. O sabichão da Folha quebrou o Brasil duas vezes. Ventava na Ásia, eram os tigres asiáticos com azia. Lá ia o Brasil se segurar na saia do Bill Clinton. Estamos com pleno emprego, sem recorrer ao FMI, investindo, mas a torcida dos vira-latas e dos vira-bostas não está fácil. Descarrego nelles!

Vejamos algumas manchete de hoje do jornal espanhol, El País, e depois compare com o catastrofismo da Folha:

Estados Unidos:

El pacto en EE UU no aleja la crisis del horizonte inmediato

La primera subida de impuestos a los ricos en 20 años no soluciona el problema del déficit y los desequilibrios estructurales

Espanha:

La crisis destruyó más de 2.000 empleos al día a lo largo de 2012

La Seguridad Social cierra el año por debajo de los 17 millones de ocupados. El balance de diciembre agrava la caída del empleo a niveles de 2003. La salida del sistema de los cuidadores por la ley de dependencia condiciona el dato

Agora podes ler os prognósticos da Folha para o apocalipse…

 

País é vice-lanterna entre os emergentes

Só Hungria deve crescer menos que o Brasil entre 2011 e 2013; baixa taxa de investimento explica expansão fraca

Triênio de Dilma poderá ser o primeiro desde Collor em que o país crescerá menos que todos os vizinhos

ÉRICA DE FRAGAMARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO

O Brasil deverá ser o país com menor crescimento na América do Sul no primeiro triênio da gestão Rousseff.

A média de expansão esperada para a economia brasileira entre 2011 e 2013 é de 2,4%, número menor que o projetado para todos os demais países da região.

Se isso se confirmar, será a primeira vez desde o governo Fernando Collor de Mello (1990-1992) -quando a economia contraiu 1,2%- que o Brasil perderá para todos os vizinhos no primeiro triênio de governo.

O desempenho médio do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil também deverá perder no triênio para o do México e o de outros nove emergentes, só acima da Hungria, afetada pela crise do euro.

Os números levantados pela Folha são da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). Projeções do Itaú Unibanco e do HSBC para as economias sul-americanas confirmam a tendência.

AMÉRICA DO SUL

As projeções indicam recuperação do Brasil em 2013, com crescimento entre 3% e 3,5%. Ainda assim, o desempenho do país deverá ser pior que o das economias mais dinâmicas da América do Sul.

Diferenças entre o tamanho das economias e seu nível de desenvolvimento podem ajudar a explicar taxas distintas de expansão.

Luiz Fernando de Paula, professor da UERJ, acredita, por exemplo, ser normal que Colômbia, Peru e Chile cresçam a taxas mais elevadas:

"São países de dimensão pequena. A economia do Brasil é mais complexa".

Mas a trajetória recente de expansão do Brasil em comparação com a de seus vizinhos e de outros emergentes indica que o país enfrenta problemas domésticos que limitam sua expansão.

"Nossa desaceleração é, de longe, maior que a dos vizinhos. Vários enfrentaram cenário de crise externa igual ao nosso e não pararam de crescer", diz Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Ele ressalta que alguns países da região aproveitaram os anos de bonança dos altos preços de commodities para elevar sua taxa de investimento, o que aumenta a capacidade de crescimento.

No Brasil, a taxa de investimento não chegou ao patamar de 22% a 25% do PIB, que, segundo economistas, poderia sustentar o crescimento em 4,5% a 5% ao ano.

ESTÍMULOS SEM EFEITO

Apesar de estímulos concedidos pelo governo ao setor privado em 2012, a taxa de investimento recuou para cerca de 18% do PIB, uma das mais baixas da América do Sul e do mundo emergente.

"Um dos grandes mistérios de 2012 é por que a economia não reagiu ao caminhão de estímulos do governo", diz Armando Castelar, da FGV.

A dúvida em relação a 2013 é se os investimentos decolarão. Castelar aposta em recuperação, mas moderada.

Com menos investimentos, a estimativa de Marcelo Kfoury, economista-chefe do Citibank, é que o potencial de crescimento do país tenha recuado de 4,5% para 3,5% em quatro anos.

Economistas dizem que incertezas em relação a mudanças regulatórias feitas pelo governo contribuem para o receio de empresários em investir. Mas há outros fatores.

André Loes, economista-chefe do HSBC, ressalta que a economia brasileira, principalmente a indústria, perdeu competitividade.

"O Brasil se tornou caro e pouco competitivo. Isso tem impacto negativo nas decisões de investimentos."

Medidas como desoneração da folha de pagamentos e redução das tarifas de energia devem ter efeito positivo, mas o maior desafio citado é recuperar a produtividade.

23/12/2012

Líderes de 2012

Filed under: Baltasar Garzón,El País,Patricia de Oliveira Azevedo — Gilmar Crestani @ 6:19 pm

Baltasar Garzón es magistrado.

  • Foto:James Rajotte

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BALTASAR GARZÓN. La coherencia del deber

El País23 DIC 2012 – 00:30CET

El afamado juez vio interrumpida su carrera a principios de año por una sentencia del Tribunal Supremo por las escuchas del ‘caso Gürtel’.

Por María Garzón

La gente nos debe juzgar por nuestros actos, no por las opiniones de algunos. Cuando me preguntan cómo es ser hija de Baltasar Garzón, recuerdo a un padre cariñoso, divertido y estricto con el estudio y la obligación de cumplir la ley; con quien discutía con esa facilidad, entre los que se quieren, de olvidar cuando uno dice la última palabra. Le estoy agradecida por su entusiasmo, su idealismo, su empatía; por jamás perder el buen humor, ni el recuerdo de sus raíces; por enseñarme la responsabilidad, la coherencia, el deber. He comprendido aquello que tanto me decía: “Cuando tomes decisiones difíciles debes tomarlas de acuerdo a tus convicciones, no a las consecuencias que puedan traer”. Seguiremos denunciando un sistema corrupto al que solo podemos salvar los ciudadanos. Lo ocurrido con el juez Garzón es un ataque directo a un tipo de justicia cercana a las víctimas y que nos afecta a todos.


María Garzón es hija de Baltasar Garzón y ha publicado el libro ‘Suprema injusticia’ (Planeta).

  • Foto:Cristóbal Manuel

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PATRICIA DE OLIVEIRA AZEVEDO. Al mando de los pacificadores

El País23 DIC 2012 – 00:30CET

Con un centenar de agentes a sus órdenes, esta brasileña es la primera mujer al mando de una Unidad de Policía Pacificadora en las favelas.

Por Juan Arias

La mayor Patricia de Oliveira Azevedo fue la primera mujer al frente de una Unidad de Policía Pacificadora, la de la favela Santa Marta. A sus 34 años, Patricia tiene a su mando 120 policías. Se entrenó en Israel en técnicas militares. Su coraje, demostrado ya en 2007 cuando fue secuestrada por dos traficantes de droga y consiguió huir tres veces de ellos, es casi un mito. Fue premiada por el Departamento de Estado Norteamericano como mujer coraje, galardón que recibió de manos de la primera dama Michelle Obama y de la secretaria de Estado estadounidense, Hillary Clinton. Evangélica fervorosa, afirma que se puso a rezar ante sus secuestradores y que su fe le salvó de la muerte.


Juan Arias es corresponsal de EL PAÍS en Río de Janeiro.

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