Ficha Corrida

10/04/2014

Uma montagem indesmontável…

Filed under: Comunismo,Comunista,FHC,Fidel Castro,Folha de São Paulo,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 11:28 am
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São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2001

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VIAGEM PRESIDENCIAL
PT considera venezuelano aliado no combate ao neoliberalismo
Reforma agrária de FHC recebe elogios de Chávez

Patricia Santos/Folha Imagem

Fidel Castro, Hugo Chávez e o presidente FHC se cumprimentam em inauguração de subestação de energia elétrica, na Venezuela

FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A SANTA ELENA DE UAIRÉN
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez as vezes ontem de garoto-propaganda de seu colega Fernando Henrique Cardoso, elogiando o programa brasileiro de reforma agrária em cadeia nacional de rádio e TV.
"No Brasil, expropriaram, nos últimos seis anos, 20 milhões de hectares. Expropriados! Mas não foi um atentado contra a liberdade de propriedade, pelo contrário. Foi um ato a favor da busca da paz, do desenvolvimento, da liberdade e da igualdade", afirmou.
O presidente venezuelano, que utiliza retórica esquerdista e condena frequentemente o "imperialismo norte-americano", é visto com simpatia por vários setores do PT. O partido de Luiz Inácio Lula da Silva considera Chávez um aliado no combate ao neoliberalismo, que associa a FHC.
Os elogios foram feitos na cerimônia de inauguração de uma subestação de energia na cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén, a 15 km da fronteira com Roraima. A subestação irá exportar energia elétrica para o Brasil. Serão 60 mil KWh neste ano.
O líder cubano Fidel Castro, que também visitava a Venezuela, esteve presente. Fazendo piada, prometeu ser breve em seu discurso. Falou por 35 minutos.
Ao final da cerimônia, FHC não perdeu a oportunidade de faturar politicamente o elogio: "Todas as pessoas que têm noção das coisas sabem que 500 mil famílias no campo em quatro ou cinco anos é uma coisa muito forte. Até o Fidel ficou impressionado", declarou.
Os três líderes enfatizaram a necessidade de integração dos países. Chávez repetiu a proposta de associar seu país ao Mercosul. "Espero que isso ocorra ainda no governo de Fernando Henrique."
Elogiando a posição cautelosa do Brasil quanto à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), Chávez cometeu uma gafe: "A Alca é um projeto que quer integrar o grande e o pequeno. É como a seleção brasileira de futebol, grande, forte, enfrentar a seleção infantil desta cidade", disse, ignorando a crise da seleção brasileira.
FHC também destacou a necessidade de união. "Por muito tempo, Brasil e Venezuela estiveram de costas um para o outro. Isso foi um erro. Ou nos integramos, ou erramos", afirmou, em espanhol.
Apagão
FHC disse que a inauguração não alivia diretamente a crise energética no Brasil, visto que a energia transmitida da Venezuela irá servir apenas Roraima, que está fora do racionamento. Mas afirmou que é um "bom sinal". "O apagão está cada vez mais distante." Na hora da inauguração, houve um imprevisto. O sistema de rádio que Chávez e FHC usavam para ordenar o início do funcionamento falhou. Foi preciso usar um telefone para se comunicar com a sala de operações.

12/12/2013

Para Marina Silva, com amor

Filed under: Ódio de Classe,Chavismo,Golpismo,Hugo Chávez,Marina Silva — Gilmar Crestani @ 9:41 am
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Por que Chávez foi tão odiado pelos conservadores

por : Owen Jones

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O artigo abaixo foi publicado no jornal inglês Independent. O autor, Owen Jones,  29 anos, é um dos talentos emergentes do jornalismo político inglês. O texto foi escrito na época da última campanha presidencial de Chávez, e Owen estava em Caracas para cobrir as eleições. Decidimos republicar porque ajuda a entender a vitória de Maduro e do chavismo nas eleições de domingo.

Se tudo o que a mídia ocidental disser for verdade, eu escrevo essa coluna de um país brutalizado por um líder terrível e indigno, Hugo Chavez, que prende rotineiramente qualquer jornalista ou político que se pronuncie contra sua tirania.

De acordo com  o colunista Toby Young, a Venezuela é liderada por um “tirano marxista” e um “ditador comunista”. O oponente nas eleições presidenciais de Chavez, Henrique Capriles, foi retratado, em contraste, como um democrata dinâmico e inspirador, determinado a acabar com o fracassado experimento socialista na Venezuela e abrir o país para o extremamente necessário capital estrangeiro.

A realidade da Venezuela não poderia ser mais distante do que o alegado, mas o dano já foi feito: até mesmo vários esquerdistas consideram Chavez um tirano. E aqueles que desafiam a narrativa são repudiados como idiotas, seguindo os passos daqueles que,  como o conhecido casal socialista Beatrice e Sidney Webb, nos anos 30, louvaram a Rússia de Stálin, esquecendo-se de seus horrores.

A Venezuela é uma espécie engraçada de “ditadura”. A mídia privada tem 90% de audiência e, rotineiramente, lança propagandas vitriólicas contra Chavez. Na época das eleições, as áreas pró-oposição estiveram embriagadas de letreiros com a face sorridente de Capriles, e comícios jubilantes contra Chavez foram um evento regular ao redor do país.

Os venezuelanos votaram então pela décima quinta vez desde que Hugo Chavez foi eleito pela primeira vez, em 1999: todas essas eleições foram julgadas como livres pelos observadores internacionais, incluído o ex presidente americano Jimmy Carter, que descreveu o processo eleitoral do país como “o melhor do mundo”. Quando Chavez perdeu um referendo constitucional em 2007, ele aceitou o resultado. Antes de seu incentivo a que todos tirassem título de eleitor, muitas pessoas pobres não podiam votar. Contrastando fortemente com a maior parte das democracias ocidentais, mais de 80 por cento dos venezuelanos votaram nas eleições presidenciais.

Até mesmo oponentes de Chavez me disseram que ele foi o primeiro presidente venezuelano que se importou com os pobres. Desde sua vitória em 1998, a pobreza extrema caiu de quase um quarto para 8,6% no ano passado; o desemprego reduziu-se pela metade; e o PIB per capita dobrou. Em vez de ter arruinado a economia – o que todos seus críticos alegam – a exportação de petróleo subiu de $14,4 bilhões para $60 bilhões em 2011, provendo fundos para ser gastos nos ambiciosos programas sociais de Chavez, as chamadas “missiones”.

marinaodio2Seus críticos o atacam por sua associação com autocratas e tiranos como Gaddafi, Ahmadinejad e Assad. Eles podem ter um ponto, mas levando-se em conta o suporte ocidental às ditaduras como as da Arábia Saudita, Bahrain e Cazaquistão – cujo regime paga, atualmente, $13 milhões por ano a Tony Blair por serviços de relações públicas – uma enorme casa de vidro se ergue atrás deles. Os principais aliados da Venezuela são as democracias latino americanas, todas governadas por presidentes progressistas que Chavez ajudou a inspirar, tais como Brasil, o Equador e a Bolívia.

Isso não quer dizer que a Venezuela está livre de problemas, nada disso. Segurança é a principal preocupação dos venezuelanos com quem conversei, e não é de se espantar: crimes vilentos surgiram, com mais de 20.000 pessoas assassinadas em 2011. A polícia local e o sistema judiciário são ineficazes e, muitas vezes, corruptos, e é claro que uma sociedade com mais armas do que pessoas não é a sociedade ideal. O governo está iniciando uma força policial nacional, mas uma ação urgente é necessária.

Mas, quando vemos seu relacionamento com a oposição, Chavez tem sido muito clemente. Muitos dos opositores – incluindo Capriles – envolveram-se, em 2002, em um golpe militar no estilo Pinochet, bancado pelos Estados Unidos, e que falhou apenas no momento em que os adeptos de Chavez tomaram as ruas. O golpe foi incitado e apoiado em grande parte pela mídia privada: e eu imagino o que aconteceria  para a Sky News e ITN se provocassem um coup d’état contra um governo democraticamente eleito na Grã-Bretanha.

Cinco anos depois, o governo se recusou a renovar a licença de uma emissora televisiva, RCTV, por sua participação no golpe. Até Chavistas reconheceram que foi um erro tático, mas eu me pergunto quantos governos iriam tolerar emissoras que defendem sua derrota armada.

A escuma oligarca da Venezuela odeia Chavez, mas a verdade é que seu governo mal os tocou. O máximo de imposto é apenas 34%, e há uma violenta sonegação de impostos. Por que o desprezam? Como o líder chavista Temir Porras me disse, é porque “as pessoas que limpam suas casas, agora, são mais importantes politicamente do que eles”. Durante o governo de Chavez, os pobres receberam um poder político que não deve ser ignorado: não é de espantar que Capriles pelo menos declarou que deixaria os programas sociais devidamente intactos.

Os críticos ocidentais de Chavez têm o direito de discordar dele. Mas é hora de pararem de fingir que ele é um ditador. Chavez venceu as eleições com justiça. E, apesar de seus obstáculos formidáveis, provou que é possível liderar um governo popular e progressista que rompe com o dogma neoliberal. Talvez seja por isso, afinal das contas, que é tão odiado.

Leia mais: Por que os venezuelanos são o povo mais feliz da América do Sul

Sobre o Autor

O jornalista e escritor Owen Jones, 28 anos, é considerado um dos maiores talentos jovens da mídia política política inglesa. Ele escreve uma coluna semanal no jornal The Independent.

Diário do Centro do Mundo » Por que Chávez foi tão odiado pelos conservadores

14/04/2013

“Prefiero a un carismático que al FMI”

Las muertes de Chávez y de Thatcher, la elección del papa argentino, la crisis financiera de Europa y la crisis política en Italia fueron algunos de los temas que tocó el filósofo turinés, nacido en 1936, de paso por Buenos Aires.

Por Angel Berlanga

Eurodiputado de izquierda, comunista, cristiano, militante por los derechos homosexuales, “gran chavista europeo”, referente filosófico de la posmodernidad y teórico reivindicativo del “pensamiento débil”, profesor en la Universidad de Turín, autor de decenas de libros: todo eso es, por ejemplo, Gianni Va-ttimo. Este filósofo turinés nacido en 1936 llegó a la Argentina el 3 de abril y dio a sala llena una serie de conferencias, cuyos títulos dan también una idea de la amplitud de campos sobre los que se pronuncia: “Espiritualidad, trascendencia y política en tiempos de incertidumbre”, “El fin del arte en las obras de arte”, “Adiós a la verdad”, “Democracia, movimientos populares y unidad latinoamericana”, “Filosofía del siglo XX, ser y lenguaje”. Al doctorado honoris causa de La Plata que tenía, sumó, en este viaje, los que le dieron ahora las universidades de Misiones y de Buenos Aires. En estos trajinadísimos días compartió auditorios con el juez de la Corte Suprema Raúl Zaffaroni y con el jefe de Gabinete Juan Manuel Abal Medina, y se reunió también, el miércoles pasado, con la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, a quien le regaló uno de sus libros, No ser Dios. Perdió la cuenta de las veces que vino al país; su estadía anterior fue en diciembre del año pasado, invitado por la Universidad de San Martín. “No puedo observar grandes diferencias entre aquel momento y éste –dice Vattimo en la sede de la Asociación de Docentes de la UBA, la entidad que organizó sus presentaciones–. Salvo, claro, que la otra vez no había un papa argentino.”

–¿Qué implicaría eso para el país o para la región?

–Una presencia reforzada, una más. Bueno, esto es algo subjetivo: yo siempre he tenido mucha esperanza en la influencia de Latinoamérica en la política. Sigo estando bajo aquella impresión que tuve en el Parlamento Europeo cuando llegó la noticia de la elección de Lula; había pasado el 11 de septiembre y la Eurocámara estaba bajo la presión de los Estados Unidos para tomar posición respecto de la lucha contra el terrorismo internacional. Nos dieron una lista que incluía organizaciones que ni conocíamos, y teníamos que condenarlas. Hamás estaba ahí, incluso. Lula fue como una resistencia a esta influencia determinante, de estado de emergencia, y eso fue para mí un comienzo de una idea. Conocía la revolución castrista, pero estaba mucho más bajo los prejuicios de la llamada “prensa independiente internacional”: Castro es un dictador, Chávez ni hablar. Luego se dio lo de Evo Morales, Correa, Cristina, se vio que el chavismo era una forma de castrismo con petróleo, con la fuerza económica que Cuba no tuvo, por el embargo norteamericano. Sabemos que con modelos diferentes, pero a nivel internacional veo a Latinoamérica como una unidad con peso global, con un signo generalmente antiyanqui, o no pro yanqui. Un continente, digamos, que balancea el poder norteamericano, que todavía es muy fuerte. Sobre todo en Italia y Europa del Sur, donde Estados Unidos hace pesar su obsesión por la lucha contra el terrorismo, que tiene su epicentro, obviamente, en Irán. En Sicilia, por ejemplo, están construyendo una gran base, de la cual casi nadie sabe nada, un súper radar que incluso hace mal al medio ambiente. Estas presencias militares no son neutras: arruinan.

–¿Qué nota con la ausencia de Chávez?

–Todos estamos a la espera de qué va a pasar después de las elecciones. En cierto sentido, tienen razón los que hablan de una política latinoamericana ligada a líderes carismáticos. A mí esto no me escandaliza nada, porque la política formal en Europa y Estados Unidos no implica jefes así, pero implican bancos que ponen dinero y hacen ganar a uno u otro. Al final prefiero a un carismático que todos conocemos a una entidad como el FMI, de la que se sabe algo cuando el tipo (por Dominique Strauss-Kahn) va preso por razones ético-sexuales: la cara humana del FMI, al final.

–Vuelvo al Papa: habrá leído análisis que plantean que su elección retrasará algunos cambios en la región. La legalización del aborto, por ejemplo.

–Sí, es un punto. Con un poco de humor, provocativamente, digo que cuando uno deviene papa no puede no devenir también reaccionario, porque hay una tradición realmente pesada, con responsabilidades de una herencia incluso financiera: el Vaticano sigue siendo uno de los más grandes dueños inmobiliarios del mundo. El problema es que no se puede imaginar una revolución tan rápida, sobre todo en un organismo como la Iglesia, que sigue siendo una gerontocracia, un dominio de personas viejas, y hombres. Yo me dispongo, más bien, a perdonar mucho al Papa. Un estudiante con el que discuto me dice: “Pero, ¿tú quieres que el Papa predique el uso del preservativo?” No, digo, pero que no hable siempre de esto, por lo menos. Se espera de la Iglesia una política un poco más cristiana y menos católica, menos jerárquica, menos dogmáticamente cerrada en torno a la sexualidad, a la familia.

–¿Cómo observa hoy la situación europea?

–Europa es un gran fenecimiento. Es una cosa que no funciona. El problema es: ¿la destruimos o intentamos reconstruirla? Es como estar en medio de la montaña: ¿hay tiempo para volverse o tenemos que llegar a la cima? Creo que no podemos hacer otra cosa que intentar perfeccionar la UE añadiendo lo que falta, sumar a la moneda común una política económica y financiera común, y compartir los problemas, además. Todos estamos incómodos: en el Norte tienen la impresión de que nos pagan los problemas, y en el Sur pensamos que esta es una situación colonial. Intentan tratarnos como peones. Esto se ve en los sacrificios excesivos que nos imponen, con la reducción hasta del poder industrial de nuestros países. Hoy trabajamos para una madre patria que está en otra parte.

–¿Qué expectativas tiene ante las trabas para conformar en Italia un nuevo gobierno y qué opina de Giuseppe Grillo y su Movimiento Cinco Estrellas?

–Es muy simpático, obviamente. Grillo representa muchas ideas de renovación del sistema y de destrucción de la corrupción. El problema es que rechaza toda negociación con las otras fuerzas para armar un gobierno parlamentario. Nada se mueve, entonces. ¿Cuál sería su expectativa? Que el Partido Democrático de Bersani –que alguna vez fue de izquierda– pacte con Berlusconi y que ambos terminen destruyéndose. Grillo espera ganar una mayoría absoluta en las próximas elecciones. Creo que este es un cálculo muy arriesgado y probablemente falso. Yo me pondría de acuerdo con Bersani, aunque no tenga mucho que compartir. Hay muchas personas valiosas en el Movimiento de Grillo. Es un momento difícil en Italia, y si llegara a nombrarse otro gobierno técnico, como el de Monti –que no funcionó–, probablemente siga el deterioro económico, el crecimiento de los conflictos sociales y de la violencia en la calle.

–Fenómenos como el de la Guardia Húngara o Amanecer Dorado, en Grecia, ¿le hacen temer algún rebrote xenófobo?

–Decimos que son fenómenos locales, por ahora. No sé si es un fascismo europeo que está empezando. Cuando ganó Haider, en Austria, hubo mucha preocupación, pero finalmente no prosperó tanto. En períodos de crisis el fascismo tiene muchas chances de desarrollarse, obviamente. Espero que no ocurra.

–Acaba de morir Thatcher, ¿cómo se lo tomó?

–Sí, la pobrecita. Aprecié mucho el título de Página/12, “Galtieri la espera en el infierno”. Obviamente, siempre es malo, cuando alguien se muere, decir “ay, estoy contento”. Pero, efectivamente, si se murieran sobre todo sus ideas. Se muere Chávez, se muere Thatcher: personas que significan sistemas. Veremos en Caracas quién gana las elecciones el domingo: para mí, el lado que merece ganar es el lado de Chávez. Pero el lado de Thatcher no está tan destruido, porque en Inglaterra los conservadores siguen dominando. E Inglaterra es incluso un problema para Europa, en el sentido de que es como el agente de los Estados Unidos allí. Siempre me pregunto si Churchill diría hoy aquello de que la democracia es la peor forma de gobierno, excepto todos los otros. Porque cuando la dijo estaban Hitler, Stalin, Mu-ssolini. Ahora que la democracia ganó, que es el fin de la historia, como dice Fukuyama, ¿qué diría Churchill? Estas dos figuras, Thatcher y Chávez, siguen siendo la polaridad viva de este mundo. Todavía hay una lucha que continúa.

Página/12 :: El mundo :: “Prefiero a un carismático que al FMI”

12/03/2013

Breve histórico de Chávez e do Movimento Bolivariano

Filed under: Eleições,Hugo Chávez,Venezuela — Gilmar Crestani @ 10:50 pm
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Breve histórico de Chávez e do Movimento Bolivariano

Enviado por luisnassif, ter, 12/03/2013 – 15:31

Por Diogo Costa

BREVE HISTÓRICO DE HUGO RAFAEL CHÁVEZ FRÍAS E DO MOVIMENTO BOLIVARIANO – Uma notícia muito forte ocorreu na semana passada, mais precisamente no dia 05 de março, capaz de abalar o noticiário em nível latino-americano e mundial. O falecimento de Hugo Rafael Chávez Frias despertou apaixonadas discussões sobre sua história e seu legado. Destaque-se, então, a história dele na Venezuela.

Hugo Rafael Chávez Frias é militar de origem, e bebeu nas fontes do Movimento Bolivariano presente nos países andinos e caribenhos, existente há muitas décadas. Notadamente na Venezuela, podemos afirmar que o Movimento consolida-se a partir do nascimento do EBR 200 (Exército Bolivariano Revolucionário), em 1977. O EBR 200 admitia em suas fileiras apenas militares. Pouco tempo depois, em 1983, o tenente coronel Hugo Rafael Chávez Frias cria o MBR 200 (Movimento Bolivariano Revolucionário), evolução do EBR 200 e que passou a admitir em suas fileiras civis e militares.

O movimento bolivariano, muito enraizado no pensamento popular da Colômbia e da Venezuela, remete, por óbvio, aos movimentos de independência política ocorridos na América do Sul há cerca de 200 anos. Reivindicam-se enquanto herdeiros políticos do libertador Simon Bolívar, nascido na própria Venezuela, e propugnam pelo que chamam de segunda independência sulamericana.

Entendem que os países sulamericanos vivem espoliados pelo imperialismo que surrupia riquezas naturais e mantém na pobreza, no abandono e na ignorância os povos dessas nações, contando, para tanto, com a subserviência das elites econômicas de cada país, que preferem, sempre, garantir seus lucros antes de pensar no desenvolvimento econômico e social de suas gentes.

É sabido que em fins dos anos 70 o mundo ainda vivia no contexto da Guerra Fria, certo também é afirmar que o Chile de Salvador Allende, primeiro presidente socialista eleito pelo voto popular nas Américas, sofreu um brutal golpe de estado em 11 de setembro de 1973 e ali foi testado, de forma cruel, brutal e assassina, os parâmetros da Escola de Chicago. O Chile do golpista Augusto Pinochet foi o laboratório do neoliberalismo que viria a tornar-se hegemônico quando da queda do Muro de Berlim, em 1989, e subsequente desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas em dezembro de 1991.

Antes desses episódios, podemos afirmar que a ascensão de Karol Wojtyła enquanto Papa (Papa João Paulo II) em 1978, bem como a eleição de Margaret Thatcher no Reino Unido em 1979 e a eleição de Ronald Reagan nos EUA em 1980 foram fatores decisivos para conformar o ‘novo’ mundo pós Guerra Fria. Não nos esqueçamos também de Mikhail Gorbachev, da glasnost e da perestroika!

Neste cenário de início dos anos 90 a nova hegemonia liberal, amplamente vitoriosa e arrogantemente triunfante mostra a sua face no episódio da Guerra Iraque-Kuwait. Os EUA lideram, como donos do mundo, uma poderosa coalisão diplomática e militar que dobra com facilidade inimaginável um Saddam Hussein que fora aliado do ocidente até 1988, Saddam atuou de forma crucial para conter a Revolução Iraniana através da cruenta e terrível Guerra Irã-Iraque, que durou longos oito anos (1980 à 1988).

No Brasil, na Venezuela, no México, Argentina, enfim, em todos os países sulamericanos, a ‘boa nova’ liberal (ou neoliberal) chegava avassaladora como um furacão incapaz de ser controlado. Fernando Collor de Mello, Carlos Andrés Pérez, Carlos Salinas de Gortari, Carlos Menem e outros menos cotados encarregaram-se de abrir as portas e as janelas das nações latino-americanas ao credo capitaneado pelos vitoriosos da Guerra Fria. Esses movimentos de abertura indiscriminada das fronteiras econômicas provocaram um desequilíbrio interno muito grande nos países, viu-se a recessão, o desemprego, o arrocho salarial e a fome que vicejaram como há muito não se via. As explosões sociais não tardaram a surgir, em maior ou menor grau, desde o Rio Grande até a Patagônia.

Especificamente na Venezuela, o descontentamento popular com a abertura indiscriminada promovida pelo presidente Carlos Andrés Pérez, no início de 1989, ocasionou trágicas consequências sociais. A convulsão e o desespero das gentes teve ápice no doloroso episódio chamado ‘Caracazo’, ocorrido em fevereiro de 1989. Centenas de mortos e milhares de feridos, esse foi o saldo que a população venezuelana nunca mais esquecerá.

É dentro desse caldo de cultura econômica, social e política que emerge cada vez mais forte a figura de Hugo Rafael Chávez Frias e de seu MBR 200. Chávez tornou-se figura nacional no país de Bolívar em 1983, quando expôs suas teses de lançamento do movimento revolucionário. Não era um desconhecido da população quando do ‘Caracazo’ e já denunciava as mazelas sociais e a submissão econômica de seu país ao imperialismo que espoliava todo um povo. Controla-se a revolta de 1989, mas não a insatisfação popular, que aumenta exponencialmente ao longo do tempo, em função do tacão imposto por um dos planos econômicos neoliberais mais ortodoxos que já conheceu a região.

Em fevereiro de 1992, irrompe a sublevação militar comandada por Chávez. Fracassam as tentativas de controle do poder e Chávez é detido, julgado e condenado. Ficaria preso até 1994. Neste momento de fracasso, por mais incrível que possa parecer, Chávez tornou-se mais querido entre a população e amalgamou suas teses junto a grande massa de venezuelanos desalentados pelo chaga neoliberal. 
No cárcere, não parou mais de escrever e de gravar vídeos que eram repassados em todo o país, contendo as teses do movimento bolivariano. Em novembro de 1992, novamente fracassa uma tentativa de retirar Carlos Andrés Pérez do poder, feita de forma descoordenada por setores da Força Aérea Venezuelana. Em 1993, finalmente Carlos Andrés Pérez é apeado da cadeira presidencial, para alívio dos venezuelanos.

Em 1994 Hugo Chávez sai do cárcere. O dia da saída mais parecia uma cena de filme hollywoodiano. Centenas, milhares de pessoas o aguardavam em festa em frente ao presídio. O tenente coronel Chávez aparece, agora liberto, e sai caminhando entre o povo, sendo abraçado e beijado como um herói. Inicia uma bateria de viagens internacionais, das quais a mais significativa foi a feita até Cuba, em dezembro de 1994, onde palestrou em várias universidades a convite de Fidel Castro.

Renunciou ali, a pedido de Fidel Castro, da estratégia militar de tomada do poder pelas armas para iniciar a fulminante estratégia de chegada ao poder através dos mecanismos tradicionais. Suas bandeiras principais, que galvanizaram em definitivo a maioria do povo venezuelano, foram a convocação imediata de uma Assembléia Nacional Constituinte originária, o fim imediato do neoliberalismo e a construção de uma nova independência econômica, política e cultural para a Venezuela. O acerto da mudança de estratégia não tardaria a dar frutos.

Depois de percorrer dezenas de países e de caminhar incessantemente em todas as partes da Venezuela, Hugo Chávez finalmente se elege com a chancela do voto popular e a frente do Movimento V República, em novembro de 1998. Ali punha-se termo aos longos 40 anos de ‘puntofijismo’ putrefato.

A cerimônia de posse do Presidente Chávez foi em fevereiro de 1999 e a cena não podia ser mais original. No juramento, Chávez quebra o protocolo e jura da seguinte maneira: "Juro diante de Deus, juro diante da Pátria, juro diante de meu povo, e, sobre esta moribunda Constituição, cumpri-la. E impulsionarei as transformações democráticas necessárias para que a república nova tenha uma Carta Magna adequada aos novos tempos. Eu juro." Bem ao estilo surpreendente e desconcertante que marcaria para sempre a sua trajetória.
Eleito com 56% dos votos, logo em seu primeiro dia de mandato cumpre com sua proposta principal de campanha e convoca um plebiscito chamando o povo a se manifestar sobre a necessidade de convocar uma nova Assembléia Nacional Constituinte. Com 81% dos votos, a população diz sim ao processo constituinte, que é então chamado e produz a tão aguardada Carta Magna adequada aos novos tempos. Essa nova Carta foi sufragada e aprovada por 71% dos venezuelanos em dezembro de 1999. 
Em 2000, cumprindo os dispositivos da nova Carta, Chávez concorre e vence as eleições com 59,7% dos votos. Inicia profundas transformações estruturais, como a reforma agrária e a retomada do controle estatal sobre a companhia petrolífera PDVSA. Em dezembro de 2000, convoca novo plebiscito para modificar a estrutura sindical do país, vence-o com 62% dos votos. As reações não tardariam.
O descontentamento dos sindicatos de trabalhadores e patronais, somado as profundas mudanças estruturais impulsionadas e a permanente referência ao seu amigo pessoal Fidel Castro colocam o país em polvorosa. Iniciam-se as greves, os locautes e as conspirações militares abertas e transmitidas ao vivo, exigindo a sua renúncia. Inicia-se o ano de 2002. Em abril de 2002, tem sequência a tentativa de golpe de estado contra Hugo Chávez, que fora sequestrado e levado para uma ilha. Assume o golpista Pedro Carmona, presidente da Federação Industrial, apoiado pelos remanescentes do sindicalismo cuja estrutura fossilizada Chávez pulverizou e com o apoio do Departamento de Estado dos EUA. 
A indignação e a fúria da população venezuelana veio como um tsunami. Tiros nas ruas e as emissoras privadas passando desenhos do Pica-Pau e dizendo que tudo estava sob controle… Em menos de 24 horas, o povo sublevado e tomado de ira indescritível ocupa as ruas e exige a volta do Presidente Constitucional. Militares leais dão o contra-golpe e Chávez volta nos braços do povo. A película "A Revolução Não Será Televisionada" narra esses acontecimentos com impressionante riqueza de minúcias e detalhes.
Vencido o golpe, Chávez ainda enfrentaria uma greve petroleira de mais de 03 meses e um referendo revocatório de seu mandato, em 2004. Vence o referendo com 59% e ruma para a reeleição em 2006. Antes, em 2005, a oposição boicota as eleições legislativas e deixa o parlamento livre para os chavistas até o ano de 2010. Nas eleições de 2006, Chávez vence com acachapantes 63% dos votos e consolida o movimento bolivariano depois de oito anos de duras e renhidas batalhas com a oposição.
Encerro por aqui a apreciação dos processos eleitorais venezuelanos. Concentrei a avaliação entre 1998 e 2006 porque é neste tempo histórico bem determinado onde se percebem as principais lutas entre situação e oposição. A partir de 2006, Chávez se consolida, assume o comando pleno do processo político venezuelano, estabiliza as forças armadas e não é mais ameaçado por golpes de estado. Cumpre destacar que o PSUV foi criado apenas em março de 2007, após a consolidação do movimento bolivariano. Feita a breve digressão histórica, é hora de sair da descrição e passar para a avaliação.
Hugo Rafael Chávez Frias mudou o eixo da política venezuelana e latino-americana. Assumiu sozinho a luta anti-imperialista e anti-neoliberal, tal qual um Dom Quixote, numa conjuntura de terrível isolamento numa região dominada por governos de orientação submissa aos dogmas do liberalismo galopante. Seus maiores legados são, indiscutivelmente, a luta pela superação do modelo neoliberal (que só restaria completa com a ruína deste modelo em 15 de setembro de 2008) e a luta incessante pela integração econômica, política, social, cultural e de infra-estruturas da América Latina, sonho de Simon Bolívar que ele assumiu enquanto causa maior de sua existência. 
É bom salientar que o sucesso da integração latino-americana jamais teria êxito sem as eleições de Lula em 2002 e de Néstor Kirchner em 2003. Aos poucos, com recuos e avanços diversos, vários governos progressistas foram eleitos em toda a região e a integração passou do plano dos sonhos idílicos para a possibilidade real.
Frutos dessa luta pioneira de Chávez, temos hoje a UNASUL, a CELAC, a ALBA, o Conselho de Defesa Sulamericano e o fortalecimento do Mercosul, consolidado com a entrada da Venezuela enquanto membro pleno do bloco em 2012. Gostaria, por fim, de lembrar um pouco sobre o Movimento dos Países Não-Alinhados, surgido nos anos 50, para se contrapor a dicotomia da Guerra Fria. 
Eu diria, em rápidas palavras, que Hugo Chávez poderia muito bem estar na lista de grandes personalidades que lutaram antigamente contra o colonialismo, pela independência econômica dos povos, por soberania e desenvolvimento social. Eis algumas das personalidades históricas do Movimento: Sukarno, Jawaharlal Nehru, Mohammed Mossadegh, Gamal Abdel Nasser, Josip Broz Tito, Fidel Castro, Patrice Lumumba, etc. Não é a toa que todas essas pessoas são odiadas pelo imperialismo até os dias de hoje…
Hugo Chávez foi o campeão da integração regional, aspiração que estava adormecida na América Latina. E foi o campeão da luta anti-imperialista. Por isso e por várias outras razões, ele já é uma figura histórica de grande relevo e cuja memória será lembrada por muitas e muitas décadas. Hugo Chávez honrou antigas tradições de luta por uma política externa independente, no melhor estilo dos bons tempos do Movimento dos Países Não-Alinhados. 
Fica de Hugo Chávez um legado de soberania e consolidação dos avanços sociais para o povo venezuelano e um exemplo de que é possível construir um rumo diferente para os países da América Latina. E tudo isso feito com ampla democracia e participação popular. Se Hugo Chávez não deixou uma Carta Testamento, nos moldes da escrita por Getúlio Vargas, em 1954, podemos dizer que o seu testamento político é de esperança e de uma profunda visão estratégica, de uma paixão pela construção da unidade latino-americana e de um fervor sempre renovado em busca da emancipação de fato e de direito dos povos oprimidos pelas amarras imperialistas.
Uma grande personalidade, um grande líder político, pioneiro, arrojado, com grande visão de futuro, e, acima disso tudo, um grande ser humano, que está marcado para sempre na memória coletiva das populações de nossa querida América. Este é o saldo, positivo, da bela existência e da profícua e coerente luta de Hugo Chávez, luta que tirou a região da letargia, da pasmaceira e que abriu novos caminhos que precisam cada vez mais ser consolidados. 
A luta de Hugo Rafael Chávez Frías não foi em vão, pois é a luta histórica de milhões de cidadãos e cidadãs de toda a América Latina. Luta esta, aliás, que o Comandante Bolivariano soube despertar com toda a energia, como nenhuma outra liderança já houvera feito antes em nossa região. 
O Movimento Bolivariano, ao que parece, não se esgota com a morte de Chávez, tudo indica que é um fenômeno de alcance mais profundo, que extrapolou as fronteiras do país caribenho e que ainda está em interessante expansão. A eleição do próximo dia 14 de abril nos informará a respeito da consistência e do enraizamento popular do Movimento Bolivariano.

Breve histórico de Chávez e do Movimento Bolivariano | Brasilianas.Org

10/03/2013

No llores por mí, Argentina

Filed under: Argentina,Eleições,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 10:49 am
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CHAVEZ Y YO

No llores por mí, Argentina

Una encuesta muestra un fenómeno notable: que el fallecido presidente venezolano tiene una alta imagen positiva en su país y casi exactamente la misma en el nuestro. El eje binacional, las ideas compartidas.

Por Raúl Kollmann

Seis de cada diez argentinos tienen buena opinión del fallecido Hugo Chávez. Pero lo notorio es que ese porcentaje es casi idéntico al que se registra en Venezuela, donde también más de seis de cada diez venezolanos opinan bien o muy bien del líder bolivariano. Al mismo tiempo, tanto allá como aquí existe consenso en que debe seguirse el modelo, el rumbo trazado por Chávez. Esto tiene obviamente un peso decisivo en Venezuela, donde se realizarán las elecciones el 14 de abril: todo indica que Nicolás Maduro, señalado por el propio Chávez como su sucesor, parte con una enorme ventaja (ver nota en página 2). Casi el sesenta por ciento lo votaría, frente a apenas un treinta por ciento que respalda a la oposición. Lo que también se percibe es que se mantiene el eje Brasil–Argentina–Venezuela como fuente de liderazgo en Latinoamérica.

Las conclusiones surgen de una notable encuesta realizada por el Centro de Estudios de Opinión Pública (CEOP) que conduce el sociólogo Roberto Bacman. En total se entrevistaron 800 personas en la Argentina y 500 en Venezuela, mediante entrevistas telefónicas. En nuestro país, el estudio abarcó a ciudadanos de Capital Federal, los dos cordones del Gran Buenos Aires, el Gran Mendoza, el Gran Rosario, el Gran Córdoba, Gran Tucumán, Salta, ciudades de Neuquén, Catamarca, Chaco y del interior de la Provincia de Buenos Aires. En Venezuela, los encuestados fueron de quince ciudades, entre ellas Caracas, Maracaibo, Barinas, Barquisimeto, Puerto Ordaz, Barcelona y Valencia. El trabajo se terminó de procesar este sábado y, en términos técnicos, se formuló sobre la base de preguntas espejo (es decir, idénticas allá y acá).

Duelo e ideas

La muerte de Chávez produjo enorme impacto, por supuesto en Venezuela, pero también en la Argentina. Como ya se ha señalado muchísimas veces, ese impacto no es únicamente por un luto compartido, una especie de embellecimiento del personaje tras la muerte, sino que se basa en especial en la enorme movilización que se produce. El ciudadano común ve la adhesión, las inmensas colas para la última despedida, la cantidad de jóvenes que participan y queda impresionado por un fenómeno que ve en directo. En la Argentina, Chávez no sólo tiene una imagen positiva alta, sino que tres de cada cuatro personas (75,6 por ciento) dicen que “fue un gran transformador de la realidad venezolana y logró que los sectores más desfavorecidos accedan a nuevos derechos”. Esto contrasta con la imagen de dictador que pretendió instalar buena parte de la derecha política y mediática argentina.

Pero a esto se suma el hecho de que hoy existe cierto consenso en América latina y, en especial, en Venezuela y Argentina, sobre valores que hacen tanto a Chávez como a Cristina Fernández de Kirchner: papel preponderante del Estado, mejoras para los sectores humildes, búsqueda de la unidad latinoamericana. Esto es lo que explica que no sólo Hugo Chávez tiene alta imagen en Venezuela y Argentina, sino también CFK. La Presidenta viene recuperando imagen positiva en los últimos meses, lo que se percibe también cuando se pregunta por la opinión sobre la gestión de gobierno.

“De todas maneras hay un factor de importancia –señala Bacman–. Hoy la Presidenta tiene un 36 o 38 por ciento de apoyos incondicionales. Personas que la votarían sí o sí. Es lo que llamamos el núcleo duro del kirchnerismo. Pero en la encuesta, las opiniones favorables tanto de Chávez como de CFK. y sobre todo de Néstor Kirchner, van mucho más allá de quienes los votarían. Yo creo que hay un reconocimiento a líderes que dan la pelea, que se juegan por su país, incluso perdiendo la vida como en el caso del bolivariano y el santacruceño. ‘Yo no los voto, pero los respeto’, parece decir una franja. La imagen positiva altísima de Néstor se ha mantenido estable desde su muerte.”

La imagen

“Respecto de Cristina en sí misma, no sólo nosotros, el CEOP, registramos el crecimiento de su imagen en el último mes –dice Bacman–. Lo registran también otras consultoras. Creo que tiene que ver con el esfuerzo que se está haciendo en materia de combatir la inflación. La idea del congelamiento, resistida por algunos técnicos, parece funcionar. A esto agréguele que la oposición sigue en un camino difícil, sin rumbo. Recorre liderazgos, alianzas, que tienen mucho más de electoral que de consistencia en las ideas.”

“No medimos directamente la intención de voto en Venezuela porque nos parecía prematuro –explica el titular del CEOP–. Todavía no están los candidatos, en especial de la oposición. No está claro si Henrique Carriles será el que agrupe a los que están contra el chavismo. Pero que Nicolás Maduro tenga ese apoyo inicial, del 57 por ciento, todavía con un diez por ciento de indecisos, permite pensar que va a obtener un triunfo nítido. Que está instalado, no sólo de época, sino también de épica, y hasta podría sacar más votos que el propio Hugo Chávez en octubre, que redondeó el 55 por ciento. Debe tenerse en cuenta que las elecciones son, en términos técnicos, a muy corto plazo, apenas más de un mes. No es un tiempo que permita instalar climas muy distintos de los actuales, más aún teniendo en cuenta que Chávez ganó en octubre, pero después todavía hubo otra elección, la de gobernadores, en la que el chavismo se alzó con el record de 20 de las 23 gobernaciones en juego.”

“También el breve tiempo de campaña hasta el 14 de abril parecen no dar lugar a internas dentro del oficialismo venezolano en el que, por otra parte, quedó clarísimo el mandato del fallecido líder, que en forma explícita dijo ‘si me pasa algo, voten a Maduro’. En coincidencia con lo que dicen los venezolanos, también en la Argentina Maduro registra un respaldo similar. La gente quiere que se mantenga el rumbo porque se entiende que lo de allá y lo de acá están en sintonía y que existe cooperación mutua.”

raulkollmann@hotmail.com

La imagen de Hugo Chávez

¿Qué le conviene más a Venezuela?

La imagen de Cristina Kirchner

¿Chávez fue el transformador de la realidad venezolana y dio nuevos derechos a los trabajadores?

Página/12 :: El país :: No llores por mí, Argentina

Hugo Chávez e a linguagem

Filed under: Hugo Chávez,Samuel Pinheiro Guimarães — Gilmar Crestani @ 9:52 am
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Os mesmos que chamam Hugo Chávez de populista, não diziam que FHC era capacho. Chamam Chávez de ditador, mas Figueiredo e Geisel eram “presidentes” ou “generais” mas nunca ditadores. E como chamavam os hoje presidiários Alberto Fujimori e Carlos Menem? Simples, presidentes. A adjetivação é para inimigos. Aos amigos, a bajulação. Esquerda é esquerdismo. Direita? Não existe. Se formos levar em conta o que dizem os grupos mafiomidiáticos, ninguém é direitista. Aliás, ninguém é sequer identificado com a direita. Note, se alguém disser que já não mais existe diferença entre esquerda e direita, pode ter certeza, quem diz é de direita. Com este tipo de maniqueísmo eles pensam que enganam quem?

ENTREVISTA SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES

É um equívoco dizer que Hugo Chávez era populista

Ex-secretário-geral do Itamaraty diz que sucesso de Nicolás Maduro vai depender de manter prioridades de antecessor

ELEONORA DE LUCENADE SÃO PAULO

Hugo Chávez fez uma série de programas importantes para a população pobre. Por isso é admirado. "Mas não é mito. É uma realidade."

Assim, se a nova liderança venezuelana prosseguir com esses projetos terá a mesma popularidade. Se, ao contrário, tiver uma orientação "mais favorável às elites hegemônicas do país", vai "perder apoio interno".

A análise é do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, 74, ex-secretário-geral do Itamaraty. Para ele, Chávez transformou a Venezuela na economia, na política e no social, deixando um "legado extraordinário".

Ex-alto representante geral do Mercosul, Guimarães compara Chávez a Getúlio Vargas e condena a expressão "populismo".

Folha – Qual o legado de Hugo Chávez?

Samuel Pinheiro Guimarães – É um legado extraordinário. Ele promoveu uma verdadeira revolução social na Venezuela. Em educação, saúde, habitação, construção de infraestrutura, estímulo à industrialização. A Unesco declarou a Venezuela como um território livre do analfabetismo.

Na América Latina, deu apoio aos pequenos países do Caribe em termos de petróleo a preços mais baixos. Apoiou a Argentina na época da renegociação da dívida.

Em nível internacional, houve uma atitude de independência e de autonomia diante da pressão de grandes Estados e a uma reorientação das relações da Venezuela em direção à América do Sul.

Como fica a Venezuela sem Chávez?

Vão se realizar eleições no prazo previsto pela Constituição. Nicolás Maduro será o candidato natural. O candidato da oposição será o mesmo que enfrentou o presidente Chávez. Nas circunstâncias atuais, é muito provável que Maduro seja eleito.

Não haverá mudanças?

Se Maduro for eleito e sua orientação for mais favorável às elites hegemônicas do país, ele vai perder apoio interno. Coisa que eu não acredito que ele faça.

Como o sr. analisa o enraizamento do chavismo na sociedade? Ele está muito centralizado na figura do presidente?

As pessoas não têm admiração pelo presidente porque ele tem um determinado aspecto físico. As pessoas reconhecem nele a pessoa que executa certas políticas e lutou por programas. Por isso a popularidade de Chávez é extraordinária. Se a nova liderança prosseguir com esses programas, ampliá-los virá a ter a mesma popularidade.

O mito Chávez vai perdurar?

O povo tende a se lembrar daqueles governantes que fizeram políticas que lhes foram favoráveis. Veja o caso de Getúlio Vargas. Pode não ser a opinião da imprensa paulista. Mas o fato é que Vargas criou uma série de políticas, a lei trabalhista, instituiu o voto feminino. Por isso ele era apreciado e criou-se um mito. Por que não há um mito em relação a outros presidentes? É porque não fizeram.

O sr. compara Chávez a Getúlio?

Estou dando um exemplo. Os programas sociais, a legislação é que fazem com que haja grande apoio popular a uma liderança. Chávez executou uma série de programas para a maioria da população da Venezuela. Por isso tem essa admiração. Mas não é um mito. É uma realidade.

E a questão do populismo? Ele se enquadra nesse termo?

Populismo é um termo extremamente equivocado gerado pela academia. Inclusive contra o presidente Vargas, especificamente. O fato é o seguinte: se uma liderança política, um governante tem apenas promessas retóricas e não as realiza, isso seria chamado de populismo. Mas, se ele realiza os programas sociais e beneficia a maioria da população e isso é populismo, viva o populismo.

Chávez sempre foi uma voz forte contra os EUA. Quem vai assumir esse papel?

Os EUA apoiaram o golpe de 2002. Há fundações americanas que financiam a oposição na Venezuela há anos. Chávez nunca procurou promover mudança de governo dentro dos EUA nem financiou movimentos nos EUA.

Os EUA estão menos intervencionistas na América do Sul?

Hoje em dia, os EUA estão num processo econômico interno muito delicado e complexo, com a questão orçamentária, a China. Os governos progressistas na América do Sul nunca afetam de forma mais profunda os interesses norte-americanos. Isso nunca ocorreu no Brasil, nem na Argentina.

Nem na Venezuela. Os EUA são o principal mercado para o petróleo venezuelano.

E grande parte das importações da Venezuela vem dos EUA.

As Forças Armadas estão alinhadas com Maduro?

Acredito que sim. Imagino que, se os programas de Maduro vierem a ser semelhantes aos de Chávez, certamente estarão alinhadas com ele.

A questão econômica, a excessiva dependência do petróleo, é problema?

A dependência da economia do petróleo é algo histórico, mas tem se reduzido e estão tentando diversificar a economia. Dificuldades estão tendo as economias norte-americana e europeia.

Leia a íntegra
folha.com/no1243498

07/03/2013

Venezuela e as torcidas organizadas

MARK WEISBROT

TENDÊNCIAS/DEBATES

O céu não desabou na Venezuela

É provável que a economia continue a crescer por muitos anos ainda, pelo menos enquanto o governo continuar a apoiar o emprego

A desvalorização recente da moeda venezuelana provocou alguma discussão na imprensa internacional. Boa parte dela se baseia em números equivocados e análises falhas, fato que não surpreende. Desta vez, o prêmio de erro numérico vai para Moisés Naím, por escrever no "Financial Times" que "durante a presidência de Hugo Chávez, o bolívar foi desvalorizado em 992%".

Os fãs da aritmética vão notar imediatamente que isso é impossível. O máximo que uma moeda pode ser desvalorizada é 100%, ponto no qual valeria zero dólares. Parece que uma gama muito grande de exagero é permissível ao se escrever sobre a Venezuela, desde que seja exagero negativo.

Segundo a maioria dos relatos da mídia, a Venezuela precisou desvalorizar sua moeda, o "bolivar fuerte", para conseguir mais bolívares para cada dólar de receita petrolífera. Reflitamos sobre isso. Quando o governo desvaloriza a moeda de 4,3 para 6,3 bolívares, o que está fazendo? Está dando dois bolívares fortes adicionais para cada dólar recebido em receita petrolífera. Mas é claro que ele poderia criar o mesmo montante de dinheiro sem desvalorizar a moeda.

Os oponentes poderiam objetar: "Mas criar dinheiro eleva a inflação". Contudo, o fato de o governo estar dando dois bolívares adicionais por cada dólar recebido também é geração de dinheiro. A diferença principal é que a desvalorização também eleva a inflação, ao elevar o preço dos produtos importados.

Por que desvalorizar, então? A desvalorização tem outros efeitos. Embora o encarecimento dos importados leve a inflação a subir, também beneficia a produção doméstica, que compete com os importados. E, o que talvez seja mais importante, a desvalorização encarece o dólar, aumentando com isso o custo da fuga de capitais. Isso ajuda o governo a conservar mais dólares dentro do país.

É por isso que as fontes oposicionistas -e, com frequência, a mídia se baseia nelas- dizem que a desvalorização foi insuficiente, que outra virá em breve etc. Elas querem incentivar a fuga de capitais, que imporia mais pressão sobre a moeda. Estão torcendo por uma espiral de inflação-desvalorização, em que a inflação torna a moeda mais sobrevalorizada (em termos reais), suscitando nova desvalorização, que provoca mais inflação, mais fuga de capitais e assim por diante.

Mas as espirais de inflação-desvalorização na América Latina são coisa do passado e uma desvalorização a cada poucos anos está muito longe de ser uma espiral. Na realidade, não obstante as previsões na mídia de que a inflação chegaria a 60% após a desvalorização de janeiro de 2010 -maior que essa última-, a inflação de longo prazo não subiu e a inflação cheia aumentou apenas temporariamente. Depois disso, a inflação caiu por mais de dois anos, ao mesmo tempo em que o crescimento econômico subiu para 5,6% no ano passado.

Quanto à dívida pública, ela é sustentável sem dificuldade. O FMI projeta a dívida pública bruta venezuelana em 2012 em 51,3% do PIB (comparado a mais de 90% no caso da Europa). Uma medida melhor é a carga de juros da dívida externa pública, que em 2012 representou cerca de 1% do PIB, ou 4,1% da receita de exportações da Venezuela.

A economia do país apresenta uma série de distorções e problemas, incluindo escassez recorrente de bens diversos, e alguns deles estão relacionados ao sistema de taxa de câmbio. Mas nenhum dos problemas representa uma ameaça sistêmica à economia, do modo como, por exemplo, as bolhas imobiliárias nos EUA, no Reino Unido, na Espanha e em outros países representaram em 2006.

Apesar dos desejos em contrário tão fortemente representados na mídia, é provável que a economia da Venezuela continue a crescer por muitos anos ainda, pelo menos enquanto o governo continuar a apoiar o crescimento e o emprego.

MARK WEISBROT, 58, é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy

Tradução de CLARA ALLAIN

06/03/2013

Hugo Chávez: as críticas dizem mais sobre seus críticos

Filed under: Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 3:25 pm
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Hugo Chávez, um democrata caluniado

Postado por Juremir em 6 de março de 2013Política

Hugo Chávez está morto.

Foi certamente o melhor presidente da história da Venezuela.

Submeteu-se a mais de uma dezena de eleições sempre vigiadas por comissões internacionais conduzidas por homens do porte de Jimmy Carter.

Usou o petróleo, que antes jorrava só para os ricos, em favor dos pobres.

Fez o país crescer.

Tornou a Venezuela o país menos desigual da América Latina.

Ao contrário do que se diz, jamais eliminou a oposição ou impediu totalmente a liberdade de expressão. Tem jornal na Venezuela que nunca passou um dia sem detoná-lo. Chávez é, certa forma, o produto de uma Venezuela podre, a reação com tendência autoritária à corrupção dos partidos que dominaram o país ao longo da história. O ódio devotado a ele pela direita é diretamente proporcional aos interesses que contrariou e aos privilégios que cancelou.

Podem existir líderes mais democráticos do que Chávez.

Mas, no contexto da América Latina, ele foi um gigante.

Tudo o que os seus opositores esperam é poder fazer o tempo recuar, devolvendo a Venezuela ao seu atraso dos anos 1990.

É muito provável que consigam.

Hugo Chávez, um democrata caluniado Juremir Machado da Silva – Correio do Povo | O portal de notícias dos gaúchos

Hugo Chávez não se cala!

Filed under: Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 8:45 am
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Os crimes de Hugo Chávez, segundo a Folha: “Em seus 14 anos de mandato, Chávez beneficiou-se da alta histórica dos preços do petróleo, principal produto de exportação do país, nos anos 2000. Usou a estatal PDVSA para financiar programas sociais”. Primeiro, como se o petróleo só tivesse sofrido “alta histórica” durante seu governo. Só os mal informados e os mal intencionados não sabem que todas as guerras no Oriente Médio levantam os preços do petróleo. E, anteriormente, quando havia aumento do petróleo, para onde iam os lucros ninguém se pergunta? E aí vem o fundamentalismo dos que não gostam de Hugo Chávez: “Usou a estatal PDVSA para financiar programas sociais”. Como gostariam nossos associados do Instituto Millenium, porque não usou os lucros da PDVSA para financiar os grupos mafiomidiáticos venezuelanos. É por isso que Hugo Chávez, mesmo morto, continua falando por suas opções. A direita não perdoa que os recursos públicos sejam usado em prol de que mais precisa.

 

HUGO CHÁVEZ – 1954-2013

Morre influente e polêmico presidente venezuelano

* EM 14 ANOS, CHÁVEZ APROVEITOU BOOM DO PETRÓLEO E FOI ACUSADO DE AUTORITÁRIO * VICE MADURO ASSUMIRÁ O PODER E CONVOCARÁ ELEIÇÃO PARA OS PRÓXIMOS 30 DIAS

FLÁVIA MARREIRODE SÃO PAULO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um dos mais influentes e controversos líderes da América Latina das últimas décadas, morreu ontem em Caracas, aos 58 anos, após lutar por 21 meses contra um câncer.

"Vamos acompanhá-lo até sua última morada abraçando-nos como uma família, juntos como uma família, a família dessa pátria que ele nos deixa de herança: livre e independente", anunciou na TV, às lágrimas, o vice Nicolás Maduro, que informou que a morte aconteceu às 16h25 (17h55 de Brasília).

O corpo segue hoje para a Academia Militar em Caracas e a cerimônia fúnebre oficial será na sexta. O governo decretou luto oficial de sete dias. Não foi divulgado o local do enterro.

O desaparecimento de Chávez, provocado por uma doença sobre a qual o governo jamais divulgou detalhes, abre um período de incertezas na Venezuela.

Segundo o chanceler Elías Jaua, Maduro assumirá temporariamente o poder e convocará novas eleições para os próximos 30 dias. As Forças Armadas reconheceram o vice como presidente interino.

A decisão sobre quem assume é controversa, uma vez que a Constituição prevê: em caso de morte de um presidente não empossado, quem assume é o presidente da Assembleia Nacional. Reeleito em outubro, Chávez não fez seu juramento em 10 de janeiro, como determina a Carta.

Maduro, escolhido herdeiro político pelo esquerdista, deve ser o candidato governista no pleito.

A notícia comoveu seus apoiadores. Centenas foram à praça Bolívar e ao Hospital Militar de Caracas, onde ele estava internado desde o dia 18.

Grande parte dos meses da luta contra o câncer, no entanto, ele passou na Havana do seu mentor Fidel Castro, onde foi diagnosticado e tratado sob estrito controle de informação.

Ele recusou oferta de Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser atendido no hospital Sírio-Libanês.

"Hoje lamentavelmente, infelizmente e com tristeza digo para vocês que morreu um grande latino-americano: o presidente da Venezuela Hugo Chávez", disse Dilma, que cancelou viagem à Argentina.

Em seus 14 anos de mandato, Chávez beneficiou-se da alta histórica dos preços do petróleo, principal produto de exportação do país, nos anos 2000. Usou a estatal PDVSA para financiar programas sociais.

Os índices de pobreza e de desigualdade caíram -mais do que no Brasil de Lula, comparativamente-, mas o governo jamais se livrou da alta na inflação.

Vítima de tentativa de golpe em 2002, Chávez culparia jornais e TVs privados e lançaria ações contra eles colecionando acusações de autoritarismo.

Morreu antes de assumir o quarto mandato, para governar até 2019 -fez campanha, assessorado pelo marqueteiro brasileiro João Santana, dizendo-se curado.

Menos de dois meses depois, em 8 de dezembro, chocou o país na TV ao dizer que faria a quarta cirurgia contra o câncer, com riscos "inegáveis".

Seria a última aparição do exímio comunicador que levou o uso da TV pela política a um patamar de "reality show", inclusive para lidar com o câncer.

Horas antes de anunciar. a morte, Maduro deu mostras de que seguirá a retórica do ex-chefe: anunciou a expulsão de dois militares que atuam na Embaixada dos EUA em Caracas acusados de "propor planos desestabilizadores".

Acusou os "inimigos" da Venezuela de "atacar" Chávez e causar a sua doença.

27/01/2013

La verdad ha muerto

Filed under: El País,Grupos Mafiomidiáticos,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 10:45 am

Quando um veículo ou grupo de mídia faz uma denúncia contra um adversário, os demais repercutem e apoiam. Quando um membro comete uma atrocidades, os demais acobertam. Alguém leu algo sobre isto nos grupos mafiomidiáticos brasileiros? Dizem-se independente, mas dependem da mentira e de anencefálicos que comem pelas mãos deles.

Por José Pablo Feinmann

La mató “el periodismo independiente”.

Página/12 :: Contratapa :: La verdad ha muerto

25/01/2013

O tombo dos urubus

Filed under: El País,Hugo Chávez,Urubus — Gilmar Crestani @ 9:40 am

Urubus sem paraquedas aterrissam em Marte, os do Brasil ficam mascando freio…

Usted está aquí:Inicio/Mundo/Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez/

“Jamás imaginé que la imagen bajada de YouTube terminaría en la portada de El País”

Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez

El diario ofrece disculpas por la exclusiva que, admite, nunca debió publicar

Armando G. Tejeda

Corresponsal y Notimex

Periódico La Jornada
Viernes 25 de enero de 2013, p. 24

Madrid, 24 de enero. El periódico El País protagonizó uno de los mayores ridículos internacionales de su historia al publicar en primera plana una imagen falsa del presidente venezolano, Hugo Chávez, entubado. El periodista italiano Tommasso Debenedetti reveló que envió a tres agencias de noticias latinoamericanas la falsa foto, bajada de un video de YouTube.

“La envié la semana pasada a una agencia de Costa Rica, a la agencia estatal venezolana y a Prensa Latina, y nunca imaginé que terminaría en la primera plana de El País”, declaró Debenedetti a Notimex.

El rotativo español retiró esta madrugada de su página web y de su edición impresa la foto en que aparece un hombre entubado en una cama de hospital.

En un comunicado, el diario dijo que la imagen le había sido suministrada por una agencia informativa, según la cual se trataba del presidente de Venezuela, Hugo Chávez, internado desde el pasado 11 de diciembre en Cuba, donde fue operado por un cáncer.

En un texto que acompañaba a la foto El País reconoció que no pudo verificar independientemente las circunstancias, el lugar o la fecha en la que se había realizado la fotografía. Aun así, el diario la presentó como exclusiva mundial.

Tras comprobar que el hombre de la imagen no era Chávez, el cotidiano paralizó la distribución de su edición impresa y retiró la foto de su página web.

Dijo que por el incidente puede ser que la edición impresa del periódico con fecha de hoy jueves no esté disponible en algunos puestos, tanto en España como en el extranjero.

Debenedetti confirmó que ninguna de las tres agencias latinoamericanas publicó la foto en cuestión y que por extrañas circunstancias apareció en la primera plana de “un diario tan importante como El País”.

Señaló que al enviar la imagen se hizo pasar por el ministro venezolano de Cultura y que su intención fue verificar la rigurosidad de los medios cuando deciden publicar material gráfico.

Debenedetti ha desatado rumores sobre la muerte del ex presidente cubano Fidel Castro, del escritor colombiano Gabriel García Márquez y ha suplantado en Facebook y Twitter identidades de personalidades como Mario Vargas Llosa, Benedicto XVI y Umberto Eco.

También se ha hecho pasar (en Facebook y Twitter) por los escritores Paco Ignacio Taibo II, Almudena Grandes, Laura Esquivel, Isabel Allende y ha inventado entrevistas con Nadine Gordimer, Philip Roth, Abraham Yehoshua, Herta Müller y Toni Morrison, entre otros.

El periodista ha dicho que su intención es denunciar la falta de controles en la información y la facilidad de suplantación que existe en Internet.

En España, el error de El País se convirtió en uno de los asuntos más comentados.

Según la explicación oficial del diario, la imagen les fue ofrecida por la supuesta agencia informativa Gtres Online, que en su página de Internet no tiene ni directorio ni domicilio. Sin verificar la autenticidad de la foto, ésta fue publicada en la edición impresa y online con marca de agua de El País, como exclusiva mundial, si bien el diario comentó: No se ha podido verificar de forma independiente las circunstancias en que fue tomada la imagen, ni el momento preciso, ni el lugar. Las particularidades políticas de Cuba y las restricciones informativas que impone el régimen lo han hecho imposible.

Su editorial online aparecido este jueves se titula “La foto que El País nunca debió publicar”. El diario explica que ha trabajado varias veces con la agencia Gtres que, dice, emprenderá acciones legales contra quien proporcionó la imagen. El País señala, además, que la corresponsal de El País en Cuba, la bloguera Yoani Sánchez, hubiera sido puesta en peligro de pedírsele que verificara la autenticidad de la fotografía.

La publicación provocó la sorna y la indignación, una vez que se recordó la habitual línea editorial del diario respecto de los países de izquierda de América Latina, sistemáticamente vilipendiados y ridiculizados por este periódico. Una línea editorial que se ha recrudecido desde que tomaron el control del Grupo Prisa –editor del diario– diversos fondos de inversión y entidades financieras conservadoras y algunos de extrema derecha, que lograron incluso que el rotativo apoyara el golpe de Estado contra Hugo Chávez, en el que también se señaló al ex presidente José María Aznar como uno de sus instigadores.

En la explicación oficial de la dirección del diario, presidido por Javier Moreno, se sostiene: “Tras constatar que la imagen ofrecida no correspondía a Chávez, El País paralizó la distribución de su edición impresa y procedió a enviar una nueva edición a los puntos de venta… El País pide disculpas a sus lectores por el perjuicio causado. El diario ha abierto una investigación para determinar las circunstancias de lo sucedido y los errores que se hayan podido cometer en la verificación de la fotografía. Gtres Onilne es una agencia gráfica con la que El País trabaja desde hace varios años y que representa en España a otras agencias internacionales”.

Este error también ha puesto de manifiesto la pérdida de calidad tras el despido de la tercera parte de su plantilla, incluidos algunos de sus mejores periodistas, así como lo que algunos lectores llaman su obsesión enfermiza por destruir a Hugo Chávez y a todos los movimientos de izquierda de América Latina, que amenazan sus intereses.

La Jornada: Un periodista italiano envió a tres agencias de noticias de AL la foto falsa de Chávez

24/01/2013

CIA distribui, El País compra e se arrepende

Filed under: El País,Hugo Chávez — Gilmar Crestani @ 7:53 am

A urubuzada está com fome!

No Brasil há tanta foto falsa que até que a Folha resolveu fazer concorrência e criou a Ficha Falsa da Dilma. Notícia falsa, então, é uma epidemia disseminada pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium todos os dias. A Veja também é campeã em montagem de fotos com Lula. 

EL PAÍS retira una falsa foto de Hugo Chávez

El País Madrid24 ENE 2013 – 09:01 CET

EL PAÍS retiró esta madrugada de su página web una foto que mostraba a un hombre entubado en una cama de hospital y que una agencia informativa (Gtres Online) había suministrado al periódico afirmando que se trataba de Hugo Chávez, presidente de Venezuela. Chávez se encuentra hospitalizado en Cuba tras ser operado de un cáncer cuyas características el Gobierno venezolano no ha querido precisar. La foto permaneció en la página web del periódico aproximadamente una media hora.

En el texto que acompañaba la foto se afirmaba que EL PAÍS no había logrado verificar de forma independiente las circunstancias, el lugar o la fecha en la que se había realizado la fotografía. Tras constatar que la imagen ofrecida no correspondía a Chávez, EL PAÍS paralizó asimismo la distribución de su edición impresa y procedió a enviar una nueva edición a los puntos de venta, que se puede consultar en Kiosko y Más. El incidente puede ocasionar que la edición impresa del periódico con fecha de hoy jueves 24 de enero no esté disponible en algunos kioscos, tanto en España como en el extranjero.

EL PAÍS pide disculpas a sus lectores por el perjuicio causado. El diario ha abierto una investigación para determinar las circunstancias de lo sucedido y los errores que se hayan podido cometer en la verificación de la fotografía.

EL PAÍS retira una falsa foto de Hugo Chávez | Internacional | EL PAÍS

17/01/2013

Esperando Godot

Filed under: Hugo Chávez,Isto é PSDB!,Urubus — Gilmar Crestani @ 8:52 am

#Cartoon @Operamundi - US waits Hugo Chavez's fate - #Venezuela

 

#Cartoon @Operamundi – US waits Hugo Chavez’s fate – #Ve… on Twitpic

15/01/2013

Miami ou mideixe

Filed under: Carolina Dieckmann,Hugo Chávez,José Simão,Lula,Miami,Pibinho — Gilmar Crestani @ 9:26 am

JOSÉ SIMÃO

Ueba! Brasileiros rapam Miami!

Vazam fotos da Carolina Dieckmann com drogas! Aí você abre a foto e é ela com o Vágner Love e mais dois

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento do dia: Venezuela governada por respiração artificial! Rarará!

E novidades do futebol! Para evitar lesões, o uniforme do Pato será de plástico bolha! E na camiseta vem escrito: "Cuidado! Frágil!". E quando o Pato começar a jogar, a gente começa a sacanear o marreco!

E atenção! Vazam fotos da Carolina Dieckmann com drogas! Aí você abre a foto e é a Carolina Dieckmann com o Vágner Love e mais dois! O Vágner Love voltou pra Rússia! E muda de nome pra Vágner Engov! Vai encher a cara de vodka com o Depardieu!

E a musiquinha do site Futirinhas! "Ex-my Love, ex-my Love, o Flamengo não tem dinheiro nem pra pagar o Vágner Looove!" "Vágner Love, Vágner Love/ Se te puser na vitrine/ Você não vale nem R$ 1,99."

E o Big Bagaça Brasil? Baixa no "BBB"! Baixa nos Rinocerontes de Sunga! Bambam desiste. E eu já marquei hora na minha analista pra superar esse trauma! E arrumaram outro rinoceronte de sunga!

Prova da comida, Yuri tem que escrever "cóccix", "exceção" e "varíola". E ele: "COQUIZ, ESCEÇÃO e VARIULA!". Trocaram um intelectual por outro! Rarará! E aí me perguntaram: "Mas você assiste ao ‘BBB’?!". "Assisto, gosto de uma acefalia televisiva."

E atenção! Agora vai: 2.000 pessoas protestam em Caracas contra o Chávez e 20 pessoas protestam na avenida Paulista contra o Lula! A força das multidões! Rarará!

E o Amaury Jr. tuitou que "a Flórida vai ser o mais novo Estado da federação brasileira, o 28º. Os brasileiros desbragadamente nas compras". É O PIBINHO! Rarará!

Se você encontrar um monte de areia com uma sacola em cima, pode cavucar que é um brasileiro! Rarará! Brasileiro compra até lata de ervilha em Miami!

Quando eu falei que brasileiro tava fazendo até supermercado em Miami, recebi 200 e-mails: "Eu!". "Eu!" "Eu também!" Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

O Brasil é Lúdico! Placa num boteco da praia de Jatobá, Sergipe: "Aviso! Não aceitamos cheque, som de mala e bebidas de fora. NÃO EXISTA!". Rarará! Adorei, trocaram o "não insista" por "não exista".

Vou adotar essa. Quando alguém vier me encher o saco, eu grito: "Não exista!". Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br
@jose_simao

12/01/2013

O ódio dos anencefálicos

 

A DEMONIZAÇÃO DE CHÁVEZ - "Hugo Chávez é um demônio. Por quê? Porque alfabetizou 2 milhões de venezuelanos que não sabiam ler nem escrever, mesmo vivendo em um país detentor da riqueza natural mais importante do mundo, o petróleo. Eu morei nesse país alguns anos e conheci muito bem o que ele era. O chamavam de "Venezuela Saudita" por causa do petróleo. Tinha 2 milhões de crianças que não podiam ir à escola porque não tinham documentos... Então, chegou um governo, esse governo diabólico, demoníaco, que faz coisas elementares, como dizer: "As crianças devem ser aceitas nas escolas com ou sem documentos”. Aí, caiu o mundo: isso é a prova de que Chávez é um malvado malvadíssimo. Já que ele detém essa riqueza, e com a subida do preço do petróleo graças à guerra do Iraque, ele quer usá-la para a solidariedade. Quer ajudar os países sul-americanos, e especialmente Cuba. Cuba envia médicos, ele paga com petróleo. Mas esses médicos também foram fonte de escândalo. Dizem que os médicos venezuelanos estavam furiosos com a presença desses intrusos trabalhando nos bairros mais pobres. Na época que eu morava lá como correspondente da Prensa Latina, nunca vi um médico. Agora sim há médicos. A presença dos médicos cubanos é outra evidência de que Chávez está na Terra só de visita, porque ele pertence ao inferno. Então, quando for ler uma notícia, você deve traduzir tudo. O demonismo tem essa origem, para justificar a diabólica máquina da morte" (Texto original: Eduardo Galeano – Tradução para o português: Ocupa a Rede Globo).

A DEMONIZAÇÃO DE CHÁVEZ

"Hugo Chávez é um demônio. Por quê? Porque alfabetizou 2 milhões de venezuelanos que não sabiam ler nem escrever, mesmo vivendo em um …país detentor da riqueza natural mais importante do mundo, o petróleo.

Eu morei nesse país alguns anos e conheci muito bem o que ele era. O chamavam de "Venezuela Saudita" por causa do petróleo. Tinha 2 milhões de crianças que não podiam ir à escola porque não tinham documentos… Então, chegou um governo, esse governo diabólico, demoníaco, que faz coisas elementares, como dizer: "As crianças devem ser aceitas nas escolas com ou sem documentos”. Aí, caiu o mundo: isso é a prova de que Chávez é um malvado malvadíssimo.

Já que ele detém essa riqueza, e com a subida do preço do petróleo graças à guerra do Iraque, ele quer usá-la para a solidariedade. Quer ajudar os países sul-americanos, e especialmente Cuba. Cuba envia médicos, ele paga com petróleo. Mas esses médicos também foram fonte de escândalo. Dizem que os médicos venezuelanos estavam furiosos com a presença desses intrusos trabalhando nos bairros mais pobres.

Na época que eu morava lá como correspondente da Prensa Latina, nunca vi um médico. Agora sim há médicos. A presença dos médicos cubanos é outra evidência de que Chávez está na Terra só de visita, porque ele pertence ao inferno. Então, quando for ler uma notícia, você deve traduzir tudo. O demonismo tem essa origem, para justificar a diabólica máquina da morte"

(Texto original: Eduardo Galeano – Tradução para o português: Ocupa a Rede Globo).

Deve ser porque na época o Roberto Marinho andava semanalmente no gabinete do presidente da república rs Quem sente saudade?

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