Ficha Corrida

01/01/2017

Por que dependemos de um jornal espanhol para sabermos o que se passa em São Paulo?

Poderia parecer inacreditável, mas é lógica pura. O que acontece na Capitania Hereditária do PSDB, São Paulo, não pode ser explicado, muito menos informado, por veículos que fazem parte do esquema. Por mais paradoxal que seja, não seriam Veja, Estadão, Folha, Istoé, Valor e tantos outros veículos de “informação” sediados em São Paulo que mostrariam o que acontece na pauliceia desvairada. Teria de ser um jornal de fora, sem rabo preso com a cleptocracia local. Alguém que não pagasse tributo ao patos da FIESP.

Contudo, mesmo que não faça parte do cardápio dos assoCIAdos do Instituto Millenium, sempre acabam vazando porque na terra da garoa proliferam personagens como Ademar de Barros, Orestes Quércia, Paulo Salim Maluf, José Serra, João Dória JR, FHC, Geraldo Alckmin, Celso Pitta mais uma plêiades de Lalaus e Rodrigo de Grandis e… MiShell Temer!! Essas criaturas não nascem de forma espontânea e se reproduzem à luz do dia sem que sejam alimentadas e protegidas, para não dizer acobertadas, por quem teria a obrigação de informar. Ninguém engavetaria por três anos informações vindo da Suíça para proteger a plutocracia paulista se as denúncias de corrupção que saíssem na imprensa paulista de forma isenta. Mas a imprensa dá manchetes dizendo que a corrupção é unilateral, de empresas como a Alstom e Siemens, sem incluir um único participante paulista. Cadê a cota de paulistas envolvidos nos esquemas do Tremsalão? O Jornal El País joga um pouco de luz sobre a terra do PCC. O mau cheiro exalado de São Paulo pode ser explicado também pela existência de personagens como Ivan Sartori e Cássio Conserino. Como mostra o El País, nada é tão ruim em São Paulo que não possa piorar.

Só o Barão de Itararé para explicar porque a imprensa de São Paulo, além de partícipe dos golpes, todos, não se ocupa dos ladrões de merenda nem dos Tarja Preta: “De onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada.

Uma lupa sobre os elos entre a promotoria e o Governo de São Paulo

Pesquisa da ONG Conectas, feita com entrevistas com promotores, vê problemas na proximidade

Antes de ser ministro da Justiça, Alexandre de Moraes foi promotor do MPSP e secretário do governador Geraldo Alckmin. Antes de ser ministro da Justiça, Alexandre de Moraes foi promotor do MPSP e secretário do governador Geraldo Alckmin. Eduardo Saraiva A2

 

Daniel Mello e Eliane Gonçalves (Agência Pública)

27 DEZ 2016 – 19:37 CET

Uma pesquisa inédita da organização Conectas chama atenção para a aproximação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) com a política. E, pelo que indicam os depoimentos colhidos dentro e fora do órgão, essas relações acabam por influenciar as decisões da promotoria. A pesquisa “Independência e Autonomia no Judiciário e Ministério Público de São Paulo” é resultado de entrevistas em profundidade com 37 membros do Poder Judiciário paulista, 15 deles do Ministério Público (MP), tomadas sob condição de anonimato.

MAIS INFORMAÇÕES

Os Grupos de Atuação Especial, como o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Gaema (de Defesa do Meio Ambiente) são, segundo a pesquisa, um exemplo de como a política tem influência no trabalho do MP. “Seus integrantes passam a receber uma remuneração maior, além de um apoio financeiro para a sua atuação”, diz o documento. “Como esses grupos respondem diretamente ao procurador-geral, por meio de seus indicados aos cargos, haveria um potencial controle maior de seus procedimentos e investigações, e que isso pode em alguns casos responder a interesses relacionados, por exemplo, ao governo do estado”, diz o estudo.

Medo da corregedoria

A pesquisa da Conectas revela ainda como processos sutis abrem brechas para o controle ideológico dentro da carreira. Um dos elementos apontados por Evorah Cardoso, responsável pelo estudo, é o acompanhamento dos recém-empossados durante o período probatório, feito por membros da Corregedoria. Os promotores novatos precisam enviar relatórios mensais de suas atividades: denúncias realizadas, recursos impetrados, justificativas para processos arquivados. Os relatórios são analisados e o corregedor e seus assistentes atribuem a eles os conceitos ótimo, bom, regular e insuficiente, como um boletim escolar. Rafael Custódio, um dos responsáveis pela pesquisa da Conectas, compara essa estrutura a uma “espécie de Big Brother” que dita o caminho a ser trilhado. “Não está monitorando se o promotor foi pego dirigindo alcoolizado ou se está ganhando dinheiro fora da lei. Está monitorando o teor das manifestações. Esse monitoramento é ilegal. É perigoso. [O promotor] Não tem mais que agir conforme sua cabeça, mas agir pensando no que a corregedoria vai ver.”

Desse modo, os promotores são influenciados, segundo Evorah, a adotar um modo de agir ligado a valores e ideias mais conservadoras e punitivistas, do ponto de vista penal. “O que foi muito relatado [pelos entrevistados] é que existe um medo da Corregedoria, de fazer algo errado no início da carreira. Então, a Corregedoria tem um papel muito forte de moldar esses profissionais jovens”, conta Evorah, que é doutora em direito pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Em outros órgãos, como na Defensoria Pública de São Paulo, o acompanhamento dos novos membros é feito, de acordo com Evorah, por uma comissão técnica que, apesar de ligada à Corregedoria, não se confunde com a parte disciplinar. “É feito de uma forma mais difusa.”

Após os estágios iniciais, a Corregedoria continua exercendo um papel importante, acompanhando de perto a atuação dos membros do MP. “Existe a sensação de um policiamento”, diz a pesquisadora. As menções negativas atribuídas pela Corregedoria têm, de acordo com o estudo, impacto na trajetória profissional. Custódio lembra que a Corregedoria é formada pelos profissionais mais antigos da carreira, o que acaba criando uma sensação de que “os mais velhos vigiam os mais novos”.

"(A Corregedoria) não está monitorando se o promotor foi pego dirigindo alcoolizado ou se está ganhando dinheiro fora da lei. Está monitorando o teor das manifestações. Esse monitoramento é ilegal. É perigoso”

Rafael Custódio, um dos autores da pesquisa da Conectas

No Estado de São Paulo, são muitos os exemplos de proximidade entre o MPSP e a política local. A começar pelo atual presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez. Capez tem fortes ligações com a Promotoria e o Judiciário. Não apenas fez carreira como promotor do estado como seu irmão, Flávio Capez, é procurador aposentado. Outro irmão, Rodrigo Capez, é juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi instrutor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antonio Dias Toffoli. A esposa de Fernando e uma de suas cunhadas também fazem parte do MPSP.

Atualmente, a Secretaria de Justiça estadual está sob o comando de um ex-procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, que saiu do comando central do órgão responsável por vigiar o governo do estado para o próprio governo logo depois de ter deixado o cargo. Não foi o primeiro. O ex-procurador-geral do MP por três mandatos Luiz Antonio Marrey também foi secretário estadual de Justiça antes de tornar-se chefe da Casa Civil do vice-governador Alberto Goldman.

A proximidade é ainda maior na Secretaria de Segurança Pública (SSP). Nos últimos 20 anos, dos oito secretários da pasta, apenas um não veio do MP. O atual secretário e ex-procurador, Mágino Barbosa Filho, já fazia parte da equipe de assessores do seu antecessor, o ex-promotor Alexandre de Moraes, que por sua vez foi alçado a ministro da Justiça do Governo Michel Temer.

Além dos secretários Mágino (Segurança) e Saulo de Castro (Governo), de janeiro de 2015 a 2016 dez membros do MPSP se afastaram para ocupar cargos no Executivo estadual. Desses, três foram para a SSP e quatro para a Secretaria de Meio Ambiente. Outros dois deixaram temporariamente o órgão por posições na Assembleia Legislativa. A Corregedoria-Geral do Estado de São Paulo também passou a ser presidida por um procurador. Todos puderam manter os salários de promotor ou procurador, maiores do que os pagos no Executivo e no Legislativo.

Para Rafael Custódio, a relação entre Governos e MP não é exclusivo de São Paulo, mas nesse Estado o processo está mais consolidado. Ele acredita que tamanha proximidade é justamente um efeito colateral da Constituição de 1988: “Alguns autores acham que o Ministério Público virou a grande autoridade do Brasil, eles têm hiperpoderes. Eles viraram, talvez, o principal poder [do país]. Alguns políticos perceberam isso e decidiram que era melhor se aproximar desses caras do que virar rivais”.

A aproximação do MP com o Governo estadual tem impactos negativos, na opinião do professor Frederico Normanha, da Unicamp. “Você pega um secretário de Segurança Pública que era do Ministério Público, mas o Ministério Público tem a função de coibir abusos da polícia, controlada pelo serviço de segurança pública. Você cria um nó e não vai exercer controle nenhum”, avalia.

Rafael Custódio acha que em São Paulo “o governador gosta dos procuradores”. Ele avalia que essa aliança coloca em questão o próprio trabalho do MP de investigar o Governo. “Em São Paulo isso não acontece. Tanto que o cara é brindado com um cargo. Talvez o Ministério Público não esteja fazendo o trabalho dele direito.”

“O Ministério Público tem uma atuação profissional, isenta, independente. Os promotores têm garantias suficientes para isso"

Giampaolo Smanio, procurador-geral de Justiça

O novo procurador-geral de Justiça, Giampaolo Smanio, refuta qualquer interferência externa. “O Ministério Público tem uma atuação profissional, isenta, independente. Os promotores têm garantias suficientes para isso. Individualmente, se algum promotor quiser exercer cargos fora da instituição, isso é uma questão que vai ser analisada no dia a dia, mas isso não influi em nada na atuação dos promotores”, disse em entrevista à Pública.

Da mesma posição é o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, entrevistado pela reportagem antes de assumir o cargo. Moraes ganhou projeção política no período em que foi promotor em São Paulo, de 1991 a 2002. Foi eleito primeiro-secretário da Associação Paulista do Ministério Público e assessorou o então procurador-geral José Geraldo Brito Filomeno (2000-2002). Deixou a Promotoria para assumir a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania de São Paulo no primeiro Governo de Geraldo Alckmin. Ocupou, desde então, diversos cargos no Executivo. Em 20 de junho de 2016, durante a posse de Gianpaolo Smanio como procurador-geral de São Paulo, Alexandre de Moraes ocupou lugar de destaque na cerimônia. Foi lá que conversou com a Pública: “O Ministério Público, seja de São Paulo, Federal ou de outros estados, é uma das instituições que melhor fornece quadros para a sociedade brasileira. Basta ver que na cerimônia de hoje nós temos um ex-promotor de justiça como presidente do Tribunal de Contas do Estado, um ex-promotor de Justiça como presidente do Tribunal de Justiça Militar. Ou seja, o Ministério Público é um exportador de quadros exatamente porque é uma instituição fortíssima”, defendeu. Indagado sobre possíveis conflitos de interesse em um ex-promotor assumir cargos no Executivo, ele disse: “Se a Constituição achasse que isso criaria um nó, não permitiria que aqueles que ingressaram antes de 5 de outubro [de 1988] pudessem exercer esses cargos, e a prova de que não há nenhum problema nisso são os belíssimos trabalhos e belíssimas funções que os membros do Ministério Público do país todo exercem e exerceram pelo Poder Executivo”.

A nomeação de membros do MP a cargos no Executivo passou a ser proibida a partir da Constituição de 1988. O entendimento do STF, no entanto, é que a regra só vale para os que ingressaram na carreira após a promulgação da Carta Magna. O objetivo é preservar promotores de qualquer controle ideológico ou financeiro para que possam processar governantes, fiscalizar a polícia e vigiar empresas privadas. Também são garantias o cargo vitalício, o salário irredutível e a lotação inamovível – ou seja, o promotor não pode ser retirado de uma comarca para outra, a menos que por interesse próprio.

Um promotor à margem

Os membros do MPSP que não se encaixam na ideologia dominante do órgão têm uma vida “marginal”, segundo Antônio Alberto Machado, que diz ter sofrido por adotar teses contrárias ao pensamento dominante durante os 31 anos como promotor.

Alberto conversou com a Pública dias depois de sua aposentadoria como promotor que atuou primordialmente com temas fundiários na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele também é livre-docente na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Franca. Entre uma função e outra, ficou com a segunda. Decisão que atribui a um “certo desencanto”. Sua crítica às carreiras jurídicas não está restrita ao MP: “Os tribunais e a lei não foram pensados para promover transformação social. Ao contrário. Eles nascem vinculados à ideia de manutenção da ordem estabelecida. Juízes, tribunais, o direito e a lei são naturalmente conservadores”. Seguindo uma linha de atuação diferente, Alberto Machado falou à Pública sobre sua a carreira:

Pergunta. Como é a vida do promotor que não se alinha ao pensamento hegemônico da instituição?

Resposta. É uma vida marginal. Marginal no sentido de que você está à margem da ideologia oficial, hegemônica.

P. Ser marginal tem impacto na carreira?

R. Eu tive. Eu fui preterido por oito anos, por exemplo. Fui processado [pela Corregedoria do MP] três vezes.

P. Preterido como?

R. Eu não era promovido. Fiquei em Sertãozinho [município de 120 mil habitantes, na região metropolitana de Ribeirão Preto] por oito anos. Muitos promotores que entraram depois de mim na carreira chegaram em Ribeirão Preto muito primeiro que eu.

P. Então a antiguidade não é o único critério de ascensão na carreira? Não caminha sozinha?

R. Não, não caminha. Ela caminha também por merecimento.

P. E como se julga o merecimento?

R. Merecimento é relacionamento. Não existe um critério objetivo para julgar o merecimento. O que o promotor faz ou não faz. Eu fiquei em Sertãozinho. Quando tinha tempo para ser promovido, eles [o MP] não abriam [vaga em] Ribeirão Preto por antiguidade. Só por merecimento. Eu acabei vindo por antiguidade [após nove anos de carreira]. Aí não teve jeito.

P. O senhor foi processado três vezes?

R. Fui e fui absolvido três vezes. Nas três vezes, por ter uma atuação, digamos, alternativa. Tudo por representação da Polícia Militar contra mim.

P. Que casos foram?

R. Em Sertãozinho, por exemplo, não tinha [nenhum] processo contra a PM por abuso de autoridade. Eu cheguei e comecei a processar a PM. Quando eu processei a PM, a PM se afastou e se colocou numa posição contrária à minha. Num caso específico, eles [a PM] entenderam que eu não teria processado um sujeito, que era pobre miserável, tinha aids e tal, por critérios de compaixão. Fizeram a representação contra mim. Eu acabei respondendo o processo na Corregedoria. Fui investigado por um ex-PM que era promotor e que foi até secretário de Segurança, o Antônio Ferreira Pinto. Ele pressionou testemunhas pra depor contra mim na Corregedoria. As próprias testemunhas disseram, no depoimento, que foram pressionadas e eu acabei absolvido.

Naquela época, a gente tinha uma atuação muito articulada com movimentos sociais, com movimento sindical de Sertãozinho, com movimento de direitos humanos. Por exemplo, o segundo processo que me arranjaram foi porque eu fui panfletar contra as blitze da Polícia Militar, junto com uma entidade de direitos humanos. Falaram que isso não era papel de promotor. E lá fui eu, de novo, responder por isso…

P. Não havia estigma pela proximidade com os movimentos sociais?

R. É um estigma grande. Você vai ficando meio decano na carreira e as pessoas também respeitam um pouco mais. Mas o estigma sempre há. Por exemplo, quando eu enchia a Promotoria de pobre, já diziam: “Ah! isso é coisa do Machadinho”. São aquelas piadinhas, aquelas coisa que, entre aspas, visam desqualificar um pouco e revelam que o perfil da Promotoria não é este: de encher a Promotoria de pobre, de sem-teto, de sem-terra e ficar lutando por esses direitos. O perfil do promotor, nesse caso, seria reprimir esses grupos. Esse é o perfil oficial.

Uma lupa sobre os elos entre a promotoria e o Governo de São Paulo | Brasil | EL PAÍS Brasil

22/10/2016

Se o clube é COritiba, por que a capital é CUritiba?

Filed under: Eduardo Cunha,Empiricus,Marlus Arns — Gilmar Crestani @ 11:04 am
Tags:

Paraná, tão longe de Deus, tão perto do Paraguai! Por isso, CUnha está cada vez mais longe de Deus e mais próximo do CUritiba. É pouca primeira sílaba para tanta sujeira. Para finalizar com chave de ouro, tudo sob os auspícios da famigerada empíriCUS!

Que me desculpem os otimistas, mas não há Marlus que sempre dure, nem bem que não se acabe. Dias piores virão!

Quem é o advogado de Eduardo Cunha, Marlus Arns?

Quem é o advogado de Eduardo Cunha, Marlus Arns?

sex, 21/10/2016 – 16:23 – Patricia Faermann 

Atualizado com novas informações

Jornal GGN – Ao ser preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, nesta quarta-feira (19), o peemedebista Eduardo Cunha contratou o advogado Marlus Arns para a sua defesa na Operação Lava Jato. Marlus, que já faz a defesa técnica da esposa de Cunha, Cláudia Cruz, passou a ser conhecido por costurar acordos de delação de empreiteiros e outros investigados de Sérgio Moro. Mas, para além da Lava Jato, Marlus Arns guarda relações e movimentos polêmicos em seu currículo.

O nome não é alheio ao universo político. Marlus é da família do tucano Flávio Arns, mais especificamente o sobrinho do secretário para Assuntos Estratégicos do governo de Beto Richa, no Paraná. E foi neste campo que o advogado foi privilegiado em contratações sem licitações de estatais paranaenses. Mas como seu nome surgiu nas tramas da Operação Lava Jato?

No atual caso, Marlus foi responsável pelas negociações dos acordos de colaboração dos empreiteiros da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos, além do empresário João Bernardi Filho. O advogado também atuou na defesa técnica do ex-assessor parlamentar de Pedro Corrêa (PP-PE), Ivan Vernon, de Valério Neves, ligado ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF), e do ex-assessor de José Janene (PP – morto em 2010), João Cláudio Genu.

Em agosto de 2015, Luis Nassif mostrou que o novo campeão das delações premiadas integrou o lobby em favor das APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) contra a educação inclusiva, quando seu tio, Flávio Arns, era Secretário de Educação do Paraná (2011-2014).

Foi sob a gestão de Flávio Arns na educação paranaense, que as APAEs conseguiram obter R$ 420 milhões, sem rígidos controles, apenas para competirem com os investimentos do MEC (Ministério da Educação) na rede pública federal. E foram nessas ações das APAEs no Estado que o sobrinho foi indicado para atuar.

Não era a primeira polêmica do advogado.

Em fevereiro de 2013, chegou ao conhecimento da mídia o fato de que a Companhia de Saneamento do Paraná, a Sanepar, entrou para a mira de multas e indenizações que atingiam a casa dos R$ 800 milhões, por ações do Ibama, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e de prefeituras municipais. Muitas delas provenientes da acusação de despejo de esgoto in natura no Rio Iguaçu, precariedade na manutenção e outras irregularidades deflagradas na Operação Iguaçu-Água Grande.

Nessas ações, a Sanepar cometeu mais irregularidades. Abdicou de usar a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) na defesa dos casos e contratou por R$ 960 mil, sem licitação, dois advogados de Curitiba. Um deles, Marlus Arns, afortunado por contrato que ultrapassaria os R$ 1 milhão em valores atuais.

Dentro da estatal, Marlus ainda tornou-se advogado pessoal do diretor da Sanepar, Ezequias Moreira, o pivô do caso da "sogra fantasma". Ezequias era chefe de gabinete de Beto Richa na Assembleia e na prefeitura de Curitiba e foi acusado por sua sogra, Verônica Durau, ter recebido salários por 11 anos do Legislativo estadual, sem trabalhar. Pouco tempo depois, Ezequias Moreira foi ainda nomeado secretário especial de Cerimonial e Relações Internacionais do Paraná.

Um ano antes, em fevereiro de 2012, Marlus Arns também foi o agraciado por receber simplesmente toda a advocacia trabalhista da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social de Curitiba. Apesar de ser uma empresa de direito privado, não se submetendo ao regime de licitações, tem a obrigação de dar tratamento igual a fornecedores qualificados em processos de seleção e contratação.

Meses antes de a Copel fechar contrato com o escritório Arns de Oliveira & Andreazza Advogados do sobrinho advogado criminalista (e não em direito do trabalho), Flávio Arns anunciava uma possível parceria entre a Secretaria de Educação e a Fundação Copel.

Mas as polêmicas relações de Marlus Arns em Curitiba não param aí. Em outubro de 2015, Nassif recuperou que a esposa do juiz Sérgio Moro, Rosângela Wolff de Quadros Moro, trabalhou no departamento jurídico da Federação das APAEs e teria atuado no assessoria jurídica de Flávio Arns. E a própria Federação das APAEs teria como escritório de advogacia terceirizado o do sobrinho, Marlus.

A relação com Moro e a equipe da Lava Jato se estende: o irmão de Marlus, Henrique Arns de Oliveira é diretor-geral do Centro de Estudos Jurídicos Luiz Carlos, que lançou em outubro do ano passado o módulo de Direito Penal Econômico, figurando como professores o procurador da República Deltan Dallagnol e o magistrado do Paraná, Sérgio Moro.

E, curiosamente, antes de se tornar o advogado das delações premiadas da Lava Jato, conduzindo os acordos de Dalton Avancini, Eduardo Leite e Renato Duque, entre outros, Marlus posicionava-se contra o instrumento jurídico, segundo revelou reportagem da Folha de S. Paulo, em agosto de 2015. "Professor da Academia Brasileira de Direito Constitucional, ele sempre falou contra o instituto, e diz que provavelmente continuaria fazendo isso se não tivesse entrado na operação", publicou o jornal.

No "pós-Lava Jato", o discurso mudou. Com a grande procura dos réus de Sérgio Moro, admitiu que "não dá para negar".

Agora, o sobrinho é o advogado de Eduardo Cunha.

Quem é o advogado de Eduardo Cunha, Marlus Arns? | GGN

09/10/2013

As previsões do Polvo RBS

Não se pode brincar com a RBS. O povo jogou merda na RBS e o que ela faz? Devolve-a em forma de candidato ao povo! É o mito do eterno retorno.

A máfia siciliana entendia de ramificação, ou diversificação de atividades. Tudo bem, a máfia italiana não tinha um rede de televisão, mas Berlusconi tinha. Então o união fez a força e dominou a Itália nestes últimos 20 anos. Na Itália, o polvo ainda substitui o povo. No RS, povo se vê no polvo, porque nosso polvo é “ávido por todos os lados”.

Até a democratização a RBS não precisava de representantes na política, ela toda já era a parte e o todo da política. Nascera e cresceu com a ditadura. Como a maioria dos generais inquilinos do planalto eram gaúchos, o simbiose restou facilitada. Com a democratização a RBS se viu forçada a adotar algumas providências.

Por exemplo, quando Luis Fernando Veríssimo chamou Collor de Mello, numa crônica no jornal Zero Hora, de ponto de interrogação bem penteado, foi afastado pela RBS. Não é coincidência, portanto, que a mesma terra de Adão Latorre tenha produzido Geisel, Siegfried Ellwanger e Maurício Sirotsky Sobrinho. Se é verdade que o Brasil é um “Terra de Contrastes”, o RS é uma terra com trastes.

A RBS foi condenada nas vésperas da eleição de 1998 e seu pasquim Zero Hora foi recolhido. Nunca antes, durante a ditadura, a RBS havia sofrido qualquer punição. Pelo contrário, fora agraciada pelos bons serviços presados. Com a eleição de Antônio Brito a RBS esteve com os pés, os quatro, dentro do Palácio Piratini. Arrombada a porta, tudo o mais se justificava, inclusive a transferência da CRT para um consórcio formado entre a RBS e Telefônica de Espanha. A central de recados da Zero Hora, também conhecida por Página 10, era o local onde apareciam as mensagens cifradas com que o polvo se mexia. Coincidentemente, o administrador da página de recados que foi defenestrado numa limpeza da parte externa, para que internamente pudesse continuar a mesma prática, acabou sendo pego na Operação Rodin.

Depois de Antônio Brito a RBS ensaiou parceria estratégia com Vieirinha da Cunha. A melhor performance deste negócio foi uma aparição ao vivo no Jornal Nacional para atacarem o então governador Olívio Dutra. Olívio Dutra mereceu perseguição por parte da RBS como nem os ditadores tiveram coragem de externar a qualquer um de seus adversários. A ditadura perseguia, prendia, torturava, matava mas escondia o corpo. A RBS expunha da forma mais vil possível em todos os seus veículos. Tudo o que a RBS dizia no RS a respeito de Olívio, escondia em Santa Catarina a respeito de Espiridião e Ângela Amin. Acompanhei de perto esta esquizofrenia muito bem azeitada pelos seus financiadores ideológicos.

Quando o barco do Antonio Brito começou afunda, uma professora de boa aparência e fala fácil foi amestrada e desovada pela RBS em vôo nacional. Yeda Crusius acabo sendo eleita governadora do RS com ostensivo apoio da RBS. E tudo o que aconteceu sob seu governo foi acobertado pela mentora. As consequências políticas e policiais ainda não foram totalmente solucionadas. A Vara Federal de Santa Maria ainda está tentando desatar os nós do maior escândalo de corrupção patrocinado neste Estado.

lasier martinsNem havia esfriado o cadáver político da ilustre funcionária, outra moça, ex-miss Lagoa Vermelha, Ana Amélia Lemos, foi infiltrada na política. A diversidade partidária dos agentes da RBS não condiz com o polarismo político do RS, mas business is business. Seguindo os passos de Yeda Crusius, depois de um estágio em Brasília a Senador Ana Amélia Lemos já está apta a ocupar novamente o Palácio Piratini.

Nem vou falar nos menos cotados Paulo Borges, Sérgio Zambiasi e Afonso Motta, todos amestrados nos corredores e atrás das portas da RBS.

Por via das dúvidas, a RBS já se prepara lançando mais um dos seus amestrados com altos serviços prestados: Lasier Martins. Sobre este personagem de triste figura escrevi um artigo alguns anos atrás, no tempo em que colaborava com o Observatório da Imprensa, e que se mantém atual: Almoço do espanto.

Tudo isso só é  possível porque na “terra dos generais” só tem genérico.  Estes espécimes só aparecem e se proliferam porque há uma manada de anestesiados que neles votam.

Sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra!

As previsões do Polvo RBS

Não se pode brincar com a RBS. O povo jogou merda na RBS e o que ela faz? Devolve-a em forma de candidato ao povo! É o mito do eterno retorno.

A máfia siciliana entendia de ramificação, ou diversificação de atividades. Tudo bem, a máfia italiana não tinha um rede de televisão, mas Berlusconi tinha. Então o união fez a força e dominou a Itália nestes últimos 20 anos. Na Itália, o polvo ainda substitui o povo. No RS, povo se vê no polvo, porque nosso polvo é “ávido por todos os lados”.

Até a democratização a RBS não precisava de representantes na política, ela toda já era a parte e o todo da política. Nascera e cresceu com a ditadura. Como a maioria dos generais inquilinos do planalto eram gaúchos, o simbiose restou facilitada. Com a democratização a RBS se viu forçada a adotar algumas providências.

Por exemplo, quando Luis Fernando Veríssimo chamou Collor de Mello, numa crônica no jornal Zero Hora, de ponto de interrogação bem penteado, foi afastado pela RBS. Não é coincidência, portanto, que a mesma terra de Adão Latorre tenha produzido Geisel, Siegfried Ellwanger e Maurício Sirotsky Sobrinho. Se é verdade que o Brasil é um “Terra de Contrastes”, o RS é uma terra com trastes.

A RBS foi condenada nas vésperas da eleição de 1998 e seu pasquim Zero Hora foi recolhido. Nunca antes, durante a ditadura, a RBS havia sofrido qualquer punição. Pelo contrário, fora agraciada pelos bons serviços presados. Com a eleição de Antônio Brito a RBS esteve com os pés, os quatro, dentro do Palácio Piratini. Arrombada a porta, tudo o mais se justificava, inclusive a transferência da CRT para um consórcio formado entre a RBS e Telefônica de Espanha. A central de recados da Zero Hora, também conhecida por Página 10, era o local onde apareciam as mensagens cifradas com que o polvo se mexia. Coincidentemente, o administrador da página de recados que foi defenestrado numa limpeza da parte externa, para que internamente pudesse continuar a mesma prática, acabou sendo pego na Operação Rodin.

Depois de Antônio Brito a RBS ensaiou parceria estratégia com Vieirinha da Cunha. A melhor performance deste negócio foi uma aparição ao vivo no Jornal Nacional para atacarem o então governador Olívio Dutra. Olívio Dutra mereceu perseguição por parte da RBS como nem os ditadores tiveram coragem de externar a qualquer um de seus adversários. A ditadura perseguia, prendia, torturava, matava mas escondia o corpo. A RBS expunha da forma mais vil possível em todos os seus veículos. Tudo o que a RBS dizia no RS a respeito de Olívio, escondia em Santa Catarina a respeito de Espiridião e Ângela Amin. Acompanhei de perto esta esquizofrenia muito bem azeitada pelos seus financiadores ideológicos.

Quando o barco do Antonio Brito começou afunda, uma professora de boa aparência e fala fácil foi amestrada e desovada pela RBS em vôo nacional. Yeda Crusius acabo sendo eleita governadora do RS com ostensivo apoio da RBS. E tudo o que aconteceu sob seu governo foi acobertado pela mentora. As consequências políticas e policiais ainda não foram totalmente solucionadas. A Vara Federal de Santa Maria ainda está tentando desatar os nós do maior escândalo de corrupção patrocinado neste Estado.

lasier martinsNem havia esfriado o cadáver político da ilustre funcionária, outra moça, ex-miss Lagoa Vermelha, Ana Amélia Lemos, foi infiltrada na política. A diversidade partidária dos agentes da RBS não condiz com o polarismo político do RS, mas business is business. Seguindo os passos de Yeda Crusius, depois de um estágio em Brasília a Senador Ana Amélia Lemos já está apta a ocupar novamente o Palácio Piratini.

Nem vou falar nos menos cotados Paulo Borges, Sérgio Zambiasi e Afonso Motta, todos amestrados nos corredores e atrás das portas da RBS.

Por via das dúvidas, a RBS já se prepara lançando mais um dos seus amestrados com altos serviços prestados: Lasier Martins. Sobre este personagem de triste figura escrevi um artigo alguns anos atrás, no tempo em que colaborava com o Observatório da Imprensa, e que se mantém atual: Almoço do espanto.

Tudo isso só é  possível porque na “terra dos generais” só tem genérico.  Estes espécimes só aparecem e se proliferam porque há uma manada de anestesiados que neles votam.

Sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra!

27/07/2013

Herói da honestidade alheia

Imaginemos que isso tudo tivesse acontecido com o grande molusco Lula!? Não haveria pedra sobre pedra. A Globo já teria arregimentado seu exército de ventríloquos e invadido as praças públicas de norte a sul.

Todos os que embarcaram na indicação da Rede Globo de Sonegação, caíram do cavalo, tanto quanto os que compraram Fernando Collor de Mello por caçador de marajás. Estas tristes figuras só continuarão a povoar o imaginário dos moralistas de araque porque o cérebro de quem entra nessa cavalgada é de quadrúpede. O moralismo seletivo e os heróis da honestidade alheia os males do Brasil, além das saúvas, são…

De onde JB tirou o nome para empresa de fachada

Nelson Jr./SCO/STF: Ministro Joaquim Barbosa presidindo a sessão plenária. Foto: Nelson Jr./SCO/STF (06/06/2013)

"Recentemente, soube-se que Joaquim Barbosa comprou um apartamento em Miami mediante o uso de uma empresa de fachada para não pagar impostos. Para os que gostam de curiosidades, a empresa de JB recebeu o nome de Assas por causa da conhecida faculdade de direito de Paris em que ele gastou quatro anos em pós-graduação bancada pelo dinheiro público do brasileiro", escreve Paulo Nogueira, diretor do Diário do Centro do Mundo

26 de Julho de 2013 às 18:44

247 – "Para os que gostam de curiosidades, a empresa de JB recebeu o nome de Assas por causa da conhecida faculdade de direito de Paris em que ele gastou quatro anos em pós-graduação bancada pelo dinheiro público do brasileiro", escreve Paulo Nogueira, diretor do Diário do Centro do Mundo, ao comentar as polêmicas em que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se envolveu nos últimos meses. Leia:

De onde JB tirou o nome para sua empresa de fachada

Paulo Nogueira 26 de julho de 2013

"A vida pública deve ser e tem que ser vigiada pela imprensa."

Joaquim Barbosa disse isso ao receber um prêmio do Globo, em março passado.

"Não consigo ver a vida do Estado e de seus agentes e personagens sem a vigilância da imprensa. Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra. Não se deve ter mistério para aqueles que exercem a atividade pública que eu exerço atualmente", acrescentou.

Devia ser assim. Mas é assim?

Vamos aos poucos. Algumas semanas depois, JB usou um avião da FAB para uma viagem inútil à Costa Rica.

Onde estava a imprensa para vigiá-lo no uso abusivo do avião e do dinheiro do contribuinte?

Bem, estava a bordo. Uma jornalista do Globo participou da boca livre da Costa Rica, conforme revelado na ocasião pelo Diário.

E então você vai ler, depois, no próprio Globo: "A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu investigação preliminar para apurar supostas irregularidades no uso de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)."

JB é poupado não apenas pelo Globo como pela Procuradoria da República.

É um jornalismo estranho, e uma estranha justiça.

O vôo de Costa Rica é significativo. Longe de se vigiarem, Globo e JB, na verdade, gozam de uma proximidade cúmplice e nociva para a sociedade.

Desde o prêmio, um filho de JB foi admitido na Globo, para trabalhar no programa de Luciano Huck.

É legal? É.

É imoral? É.

No código de ética dos juízes americanos, está escrito que algum tipo de vínculo pessoal como este que acabou unindo JB e a Globo por um filho desqualifica um magistrado para julgar causas em que a Globo, no caso, seja o réu.

Imaginemos que o processo de sonegação bilionária da Globo na operação dos direitos de transmissão da Copa de 2002 chegue ao STF.

Joaquim Barbosa se declarará impedido?

O código de ética dos juízes americanos também determina que os magistrados dêem as informações requeridas quando surge dúvida em relação a aspectos financeiros de sua vida.

Recentemente, soube-se que JB comprou um apartamento em Miami mediante o uso de uma empresa de fachada para não pagar impostos.

Para os que gostam de curiosidades, a empresa de JB recebeu o nome de Assas por causa da conhecida faculdade de direito de Paris em que ele gastou quatro anos em pós-graduação bancada pelo dinheiro público do brasileiro.

Quatro anos, repito. JB foi um estudante moroso: fez a faculdade de direito em Brasília em sete anos e meio.

O Globo foi atrás de informações sobre o apartamento?

Pausa para rir.

Depois que se soube que o valor da transação registrado no contrato foi zero, o jornalista Luís Nassif enviou uma mensagem ao STF pedindo explicações.

A resposta: "Prezado Nassif, o presidente Joaquim Barbosa não comentará."

Voltemos a JB na premiação do Globo. (Em si um absurdo pela proximidade que traz a pessoas que devem manter uma distância intransponível pelo bem da sociedade.)

"Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra. Não se deve ter mistério para aqueles que exercem a atividade pública que eu exerço atualmente."

Pausa para rir.

Transparência? Ausência de mistério?

É realmente estranha a noção de transparência de JB. Vale, provavelmente, para os outros.

Com ou sem avião da FAB, mas sempre com vôos bancados pelo contribuinte, Joaquim Barbosa gosta de viajar. Isso, infelizmente, não o faz produtivo.

Um dia depois de uma manifestação que parou Florianópolis, ele se ausentou de Brasília e foi para Santa Catarina, a convite da Fiesc, associação de empresários locais.

O encontro foi noticiado num site local. Foi memorável a resposta de um leitor.

"Com todo respeito à pessoa do ministro Joaquim Barbosa, mas será que não existem coisas mais importantes a fazer em Brasília? Como por exemplo: Analisar o processo do caso Varig ao qual o ministro pediu vistas. Já são 7 anos de espera, 7 anos de desespero, 7 anos esperando que a justiça seja feita, 7 anos em que os aposentados do Aérus esperam seus salários, 7 anos de humilhação, aposentados sem dinheiro para alimentação, remédio e o mínimo para suas subsistência. Será que isto não é importante para o ministro?"

Clap, clap, clap para o atento leitor.

09/07/2013

Pede pra sair, JB!

Filed under: Joaquim Barbosa — Gilmar Crestani @ 9:08 am
Tags:

Joaquim Barbosa disputa com Gilmar Mendes o troféu do mais despreparado Presidente do STF.

Estive dois dias a trabalho em Brasília. Circula por lá o boato de que os dois vivem de nhenhes e nhunhus pelos corredores por conta das namoradas. Quem tem a mais jovem ou a mais bela. Dizem até que uma das novas regras no FUNPRESP-Jud foi inspirada na vida dos dois. A regra é a tal de “Expectativa Remanescente de Vida do assistido”.  A viúva receberia a pensão não pelo resto da vida mas somente até completar a expectativa de vida dos mortos. Digamos que a expectativa de vida, pela tal de tábua da idade, de JB fosse de mais 15 anos, então sua namorada receberia pensão apenas por quinze anos após sua morte.

Esta regra tem deixado muita gente jovem com medo do futuro…

Barbosa celebra pai de Huck, que advoga no STF

:

Vocacionado para o lobby, o apresentador Luciano Huck, que contratou o filho do ministro Joaquim Barbosa, Felipe, para atuar no seu Caldeirão do Huck, na Globo, também pediu ao presidente do STF, que tem condenado o "conluio" entre juízes e advogados, que gravasse um vídeo desejando parabéns a seu pai, o advogado Hermes Huck. O problema: Hermes advoga junto ao STF e já teve caso relatado por Barbosa; conflito de interesses?

9 de Julho de 2013 às 08:13

247 – Os laços que unem as famílias de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, e Luciano Huck, apresentador da Globo, são cada vez mais hetorodoxos. Nota publicada na coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, informa que Huck pediu a Barbosa que gravasse um vídeo desejando feliz aniversário a seu pai: o advogado Hermes Huck. O problema: Hermes advoga junto ao STF e já teve um caso relatado por Barbosa, cujo filho, Felipe, foi contratado pelo programa de Huck.

Próximo a vários políticos, Luciano Huck é vocacionado para o lobby (leia mais aqui). E Barbosa, em várias ocasiões, repreendeu magistrados e condenou o que chamou de conluio entre juízes e advogados.

Abaixo, as notas da Folha:

Presente Luciano Huck pediu ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, que participasse de uma surpresa para o seu pai, o advogado Hermes Marcelo Huck. Trata-se de um vídeo em que Barbosa, entre outras pessoas, deseja feliz aniversário ao pai do apresentador da Globo.

Presente 2 Barbosa gravou o vídeo, que seria exibido ontem, no aniversário do pai de Luciano. A coluna da última sexta-feira (5) revelou que Huck contratou o filho de Joaquim Barbosa, Felipe Barbosa, como produtor do programa "Caldeirão do Huck".

E também reportagem anterior do 247 sobre o eventual conflito de interesses:

Pai de Huck teve caso sob análise de Joaquim Barbosa

Tramita no STF uma reclamação do Carrefour contra a empresa Verparinvest, que tem como um de seus advogados Hermes Huck, pai de Luciano Huck; caso esteve com ministro Joaquim Barbosa, cujo filho, Felipe, foi contratado pelo apresentador da Globo; postagem no blog do jornalista Luís Nassif questiona conflito de interesses; Joaquim vai se declarar impedido de julgar?

247 – Um post publicado neste sábado no blog do jornalista Luís Nassif aponta possível conflito de interesse no Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma ação, que passou pelas  mãos de Joaquim Barbosa, que tem como advogado o advogado Hermes Huck, pai do apresentador Luciano Huck. Ontem, a imprensa revelou que o filho do presidente do STF, Felipe Barbosa, foi contratado por Luciano Huck, na Globo. Será que Joaquim Barbosa deve se declarar impedido de votar nesse caso?

Abaixo, o post no Blog do Nassif:

Barbosa e o pai de Luciano Huck: conflito de interesses?

Enviado por luisnassif, sab, 06/07/2013 – 11:28

Por Stanley Burburinho

No dia 02/06/2013, Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, e seu filho assistiram ao jogo Brasil X Inglaterra, no Maracanã, no camarote de Luciano Huck. Não sei se foi antes ou depois do jogo que o filho de Joaquim Barbosa, Felipe Barbosa, foi contratado pela TV Globo para atuar no programa Caldeirão do Huck, do apresentador Luciano Huck:

“Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi contratado pela TV Globo; ele atua no programa Caldeirão do Huck, do apresentador Luciano Huck; no fim de semana, Barbosa viajou, com recursos do Supremo Tribunal Federal, para assistir a um jogo da seleção brasileira no camarote de Huck e de sua esposa Angélica; cogitado como presidenciável, Barbosa não tem demonstrado o mesmo rigor que cobra dos outros na sua vida pessoal.”

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/107582/Barbosa-filho-na-Globo-e-viagens-pagas-pelo-STF.htm

Segundo o Wikipedia, o pai de Luciano Huck, Hermes Marcelo Huck, é advogado:

“Hermes Marcelo Huck é advogado (OAB/SP NÚMERO: 17894) e professor titular de Direito Econômico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. É Mestre, pela Universidade da Califórnia; Bacharel, Doutor e Livre-docente pela Universidade de São Paulo. (…) e pai do apresentador Luciano Huck.”

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes_Marcelo_Huck

Estive olhando os processos no site do STF e vi que existe uma reclamação (RCL 14630), da Comercial de Alimentos Carrefour contra a Verparinvest S/A. Em 01/10/2012, o Ministro Joaquim Barbosa assumiu como relator desse processo. No dia 26/06/2013, o Ministro Barroso assumiu como relator do processo.

Acontece que o advogado da Verparinvest S/A, uma das partes da reclamação, é o Dr. Hermes Marcelo Huck, pai do apresentador Luciano Huck, patrão do filho do Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF. Então, quando foi assistir ao jogo no Maracanã no camarote do Luciano Huck e quando o filho do ministro foi contratado pela TV Globo, o Ministro Joaquim Barbosa ainda era o relator de processo que o pai do Luciano Huck é advogado de uma das partes. Não li o processo, mas, ainda que o Ministro Joaquim Barbosa tenha sido imparcial, soa estranho. Veja abaixo uma imagem do processo:

http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=4310667

E se a TV Globo for condenada por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha?

E a reportagem anterior publicada no 247:

Barbosa: filho na Globo e viagens pagas pelo STF

Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi contratado pela Globo; ele atua no programa Caldeirão do Huck, do apresentador Luciano Huck; no fim de semana, Barbosa viajou, com recursos do Supremo Tribunal Federal, para assistir a um jogo da seleção brasileira no camarote de Huck e de sua esposa Angélica; cogitado como presidenciável, Barbosa não tem demonstrado o mesmo rigor que cobra dos outros na sua vida pessoal

247 – O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, tem um filho, Felipe Barbosa, que acaba de ser contratado pela Rede Globo. É o que informa a jornalista Keila Jimenez, da coluna Outro Canal, da Folha. Leia abaixo:

Reforço O mais novo contratado da produção do "Caldeirão do Huck" (Globo) é Felipe Barbosa, filho do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa.

Reforço 2 A Globo e fontes na produção da atração negaram para a coluna a recente contratação do rapaz. Disseram que ele foi apenas fazer uma visita ao Projac, no Rio.

Reforço 3 Mais tarde, a emissora confirmou que Felipe fora mesmo contratado para um trabalho de pesquisa temporário no programa de Luciano Huck. O jovem é formado em comunicação social.

Talvez para comemorar a contratação, Barbosa e Felipe tenham ido juntos a um jogo da seleção brasileira, no camarote de Huck e Angélica. Barbosa viajou com as despesas pagas pelo STF.

Leia abaixo notícia anterior do 247 sobre a viagem de Barbosa ao Rio, bancada pelo STF:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, teve as despesas de sua viagem para assistir ao jogo Brasil e Inglaterra no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 2 de junho, pagas pela Corte.

Os voos de ida e de volta foram feitos em aviões de carreira. O STF alega que a viagem foi paga com a cota que os ministros têm direito.

Segundo informações do Estadão, na agenda do ministro não havia nenhum compromisso oficial no Rio de Janeiro durante o final de semana do jogo no Maracanã.

Ele assistiu à partida ao lado do filho Felipe no camarote do casal de apresentadores da TV Globo Luciano Huck e Angélica.

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo publicada no dia 20 de maio revela, com base nos dados que estavam publicados no site do STF, conforme determina a Lei de Acesso à Informação, que em quatro anos (de 2009 a 2012), o total de recursos públicos gasto em passagens pelos ministros e suas esposas foi de R$ 2,2 milhões, sendo que R$ 1,5 milhão foi usado em viagens internacionais. No período, foram destinados R$ 608 mil para as mulheres de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski – ainda na corte -, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Eros Grau – já aposentados.

Cotado como presidenciável, Barbosa não tem demonstrado, em sua vida pessoal, o mesmo rigor que cobra dos outros. Recentemente, soube-se que a reforma do banheiro do seu apartamento funcional, em Brasília, custou mais de R$ 90 mil (leia aqui).

Barbosa celebra pai de Huck, que advoga no STF | Brasil 24/7

22/04/2013

Pó pará, JB!

Filed under: Aécio Neves,Joaquim Barbosa,PSDB,STF — Gilmar Crestani @ 8:45 am
Tags:

 

Barbosa vai a palanque de Aécio em MG e aumenta rumores sobre ‘mosca azul’

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, participou hoje 921) de uma cerimônia oficial pelo feriado de Tiradentes, organizada pelo governo de Minas Gerais, em Ouro Preto. Convidado como orador do evento, Barbosa recebeu o Grande Colar, homenagem máxima oferecida a personalidades que, segundo o governo estadual, ajudaram no desenvolvimento de Minas e do Brasil, além de acompanhar e ser acompanhado o tempo todo pelo senador Aécio Neves, candidato do PSDB às eleições presidenciais do ano que vem....Leia mais aqui

Por: Helena™ 10 Comentários

domingo, 21 de abril de 2013

Joaquim Barbosa no palanque de Aécio parece juiz de futebol apitar um jogo e ir na festa do vencedor

21 de abril de 2013 – Mesmo com o mensalão tucano, Joaquim Barbosa é o grande homenageado pelos tucanos que estão no governo mineiro.

Tem fotos que valem mais do que mil palavras, e estas aí dispensariam texto, deixando as conclusões para cada um tirar.
Oficialmente, o governador de Minas convidou o presidente do STF para ser o orador da festa do dia de Tiradentes, comemorada em Ouro Preto, e sentou-se ao lado do convidado um senador por Minas, Aécio Neves (PSDB-MG).
O problema é que, muito além de relações institucionais, aquilo é também um palanque político (todo mundo sabe disso), e o espectro da exploração política dos "mensalões" rondando todas estas fotos recomendaria o presidente do STF ficar longe deste palanque.
A situação é tão delicada, que outro senador por Minas, o aecista Clésio Andrade, não foi visto por ali porque é réu no mensalão tucano, foi ex-sócio de Marcos Valério, e foi vice-governador de Aécio Neves entre 2003 e 2006. Assim como no ex-governador e deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Isso sem falar nas investigações reclamadas pelo distinto público que rondam o próprio Aécio Neves.
Para dar um exemplo do quanto foi inconveniente esse palanque, um cidadão comum que vê essas fotos sente o mesmo que um torcedor atleticano se visse o juiz que apitou um jogo Atlético x Cruzeiro, ir confraternizar na festa cruzeirense, após o jogo vencido com um gol de pênalti duvidoso dado a favor do Cruzeiro, e de ter anulado um gol do Atlético.
Da mesma forma, um cidadão comum é levado a pensar que a homenagem dos tucanos mineiros ao presidente do STF significa comemorar a diferença de tratamento dada aos dois "mensalões": aos petistas, prazos sumários e condenações duvidosas. Aos tucanos, nem se vê no horizonte quando será o julgamento, apesar de haver só três réus (já que foi desmembrado), portanto a complexidade é muito menor e poderia ter tramitado muito mais rápido.
Na exploração política do evento, ganhou a esperteza de Aécio Neves, explorando a imagem de Joaquim Barbosa a seu favor. Já o presidente do STF, em termos de imagem, só sofreu desgastes políticos.
Sabe-se lá se é a famosa picada da mosca azul ou se é a esperteza dos tucanos mineiros que plantam notinhas na imprensa, mas depois desse ato, corre a notícia de que Barbosa seria vice de Aécio. O que o cidadão brasileiro vai pensar disso?

Os Amigos do Presidente Lula

06/04/2011

Telefônica retribui a Lula

Filed under: Cosa Nostra — Gilmar Crestani @ 7:59 am
Tags: , ,

Uma mão “lava” a outra; as duas, abunda!

Telefónica ficha a Lula como estrella invitada de su conferencia con inversores

La compañía quiere destacar su presencia en Brasil. -La empresa española lucirá a Terra, Tuenti y Jajah ante los analistas. -Alierta abrirá y cerrará las jornadas

MIGUEL JIMÉNEZ 06/04/2011

Telefónica ya ha cerrado el programa de su conferencia con inversores y analistas, que celebrará en Londres los próximos 13 y 14 de abril. La estrella invitada de las jornadas será el expresidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que abrirá la segunda jornada. La otra sorpresa del programa es el protagonismo que Telefónica concederá a sus apuestas por la nueva economía e internet. La compañía rescata a Terra y pone en valor a Tuenti y Jajah, dos de sus adquisiciones recientes en este terreno.

La presencia de Lula servirá a Telefónica para lucir su apuesta por Brasil, país en el que está en proceso de fusionar su operadora fija, Telesp, con la móvil, Vivo. El año pasado, Telefónica destinó 7.5000 millones a hacerse con el 50% de Brasilcel, la sociedad que controlaba Vivo, que estaba en manos de Portugal Telecom. Vivo es el líder de la telefonía móvil en el país.

Además de sus previsiones de negocio para los próximos años, analistas e inversores aguardan los anuncios que pueda hacer Telefónica en materia de retribución a los accionistas. Dadas las incertidumbres reinantes y la negativa evolución del negocio español, los expertos no esperan anuncios de grandes subidas del dividendo, pero sí compromisos de retribución mínima en esta materia.

La conferencia se celebrará en Londres y se abrirá a las 14 horas (15.00 horas en España) del miércoles 13 de abril con una intervención del presidente de la compañía, César Alierta. Tras él, hablarán el director financiero, Santiago Fernández Valbuena, y el consejero delegado, Julio Linares. Y luego llegará la primera sorpresa: la presencia de los responsables del portal Terra Latam, Fernando Madeira; de la red social y operadora de bajo coste Tuenti, Zaryn Dentzel, y de la operadora de voz sobre internet Jajah, Trevor Healy. La empresa quiere lucir su perfil más innovador y moderno al poner en primer plano esos negocios que, cuantitativamente, tienen un peso muy reducido en las cuentas de Telefónica, pero que están en la punta de lanza en cuanto a innovación y nuevas tendencias de mercado.

La jornada del jueves se abrirá con el discurso de Lula. A continuación intervendrán los responsables de las tres grandes unidades de negocio de Telefónica. Hablarán el responsable de Telefónica Latinoamérica, José María Álvarez-Pallete López; el jefe de Telefónica España, Guillermo Ansaldo Lutz; y el de Telefónica Europe, Matthew Key. Alierta volverá a intervenir para cerrar la sesión plenaria, aunque luego habrá grupos de trabajo con los equipos de esas tres grandes filiales de Telefónica.

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: