Ficha Corrida

01/11/2014

Para não esquecer onde o PSDB nos levaria

Filed under: Crise Financeira Européia,Desemprego,Espanha,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 11:13 pm
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Pensão alimentícia até os 31 anos

Crise leva Justiça espanhola a obrigar que pais sustentem filhos maiores e formados

Natalia Junquera Madri 31 OCT 2014 – 17:38 BRST

Escritório de emprego em Collado Villalba, Madri. / CARLOS ROSILLO

A crise na Espanha, dizem vários escritórios de advocacia especializados em direito familiar, multiplicou o número de processos contrapondo pais e filhos – os primeiros por não conseguirem mais pagar as pensões alimentícias fixadas após o divórcio, devido ao desemprego ou a reduções salariais, e os segundos por serem incapazes de se sustentarem sozinhos, num país que tem a segunda maior taxa de desemprego juvenil da Europa, atrás apenas da Grécia. Nos últimos meses, várias sentenças obrigaram pais divorciados a continuarem pagando essa pensão a filhos maiores, em alguns casos com mais de 30 anos, por causa da complicada situação econômica.

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O Código Civil espanhol não especifica uma idade máxima para que um filho continue recebendo dinheiro do seu progenitor. Mas estabelece as causas que eximem do pagamento dessa pensão: que o pai careça de renda suficiente; que o filho possa exercer um ofício que lhe garanta a subsistência; ou que sua falta de renda provenha de “má conduta ou falta de aplicação ao trabalho”.

“O normal era que essa pensão se extinguisse quando o filho finalizava seus estudos, com uma prorrogação até que encontrasse trabalho, no máximo até 26 anos”, explica Ana Sáiz, do escritório Aba Advogadas. Nesse sentido, uma conhecidíssima sentença do Tribunal Supremo negou em 2001 a pensão alimentícia a duas irmãs de 26 e 29 anos, formadas em Direito e Farmácia, alegando que mantê-la “seria favorecer uma situação passiva de luta pela vida, o que poderia chegar a significar um parasitismo social”.

Mas o mesmo Tribunal Supremo acumula neste ano várias sentenças sobre a obrigação do progenitor de continuar pagando uma pensão a filhos maiores de idade. Assim, a principal instância judicial espanhola obrigou em 12 de julho um pai a voltar a pagar pensão à sua filha, porque, apesar de ela ter 27 anos e diploma superior (professora de educação especial), ela carece de trabalho e de renda suficiente para ser independente. Outra sentença, de janeiro, recordava a obrigatoriedade de pagar essa pensão quando a situação de dependência “não é imputável” ao filho. Por exemplo, quando este não encontra trabalho porque a crise fez o desemprego disparar.

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Em casa até os 29.. 

Estes são os argumentos dos juízes que prolongaram essas pensões além da maioridade:

“Penoso mercado de trabalho” e pensão até os 31. Ángel (nome fictício) pediu ao tribunal de Arcos de la Frontera (Cádiz) que fosse eximido de pagar uma pensão de 500 euros (1.535 reais) mensais a Elena (nome fictício), a filha de seu primeiro casamento, que agora tem 29 anos. Ángel, que tem três filhos menores em uma segunda união, “aguentou pagar até janeiro”, afirma seu advogado, Fernando Ursina. “Ou seja, pagou a pensão durante 21 anos desde que se divorciou. Mas hoje entende que esse dinheiro não ajuda sua filha a concluir a faculdade [de Psicologia] e encontrar um trabalho, pelo contrário. É um incentivo para que seja uma parasita.”

A Justiça não lhe deu a razão. O juiz admitiu “a indubitável demora” de Elena em concluir a faculdade e observou que ela “não provou circunstâncias extraordinárias que justificassem esse evidente atraso”. Acrescenta, além disso, que “o desinteresse por completar a formação é um fator de primeira ordem” na hora de analisar o pedido de suspensão da pensão alimentícia. Mas, depois disso, o juiz argumenta que hoje em dia é normal que uma pessoa de 29 anos não seja economicamente independente. “A incorporação dos jovens ao mercado de trabalho na época atual é extraordinariamente penosa, e as atuais circunstâncias socioeconômicas, especialmente no âmbito desta comarca judicial [o desemprego em Cádiz é o mais elevado da Espanha, 41,26%] tornam quase impossível para um jovem menor de 30 anos a busca por um emprego que seja suficiente para suprir suas necessidades.”

O juiz recorda que o pai de Elena tem vários carros, entre eles uma BMW, “o que indica certo desafogo patrimonial”, e rejeita a alegação de que a existência de outras filhas menores exima Ángel de pagar a pensão à mais velha. O autor da ação, argumenta o juiz, “optou por conduzir sua vida dessa maneira, (…) e todos os filhos têm o mesmo direito a alimentos em relação ao seu progenitor”.

Ángel vai recorrer da sentença, que o obriga a pagar 500 euros por mês durante mais dois anos à sua filha, ou seja, até ela ter 31.

400 euros de pensão, 30 anos. A Audiência Provincial de A Coruña obrigou em julho que Amador (nome fictício) pagasse uma pensão de 400 euros (1.230 reais) por mês à sua filha Clara, de 30 anos, a quem ele não via desde 1990, quando sua mulher morreu. Clara, que tinha então sete anos, foi viver com o avô materno. Com a morte do avô, e como ela não recebesse pensão por ser órfã de mãe, Clara processou seu pai em 2005, solicitando que pagasse uma pensão alimentícia. “O tribunal o condenou a entregar 500 euros por mês, mas ele se recusou, e será preciso embargar sua conta”, conta sua advogada, Rosalía Bello. Em 20 de fevereiro, Amador moveu ação contra a filha para deixar de pagar a pensão, argumentando que ela já havia completado 30 anos e concluído seus estudos universitários, e que, além do mais, ele não tinha relação alguma com ela, razão pela qual não considerava justo “precisar pagar alimentos pelo mero fato de ser familiar”.

Mas a Audiência Provincial (tribunal de segunda instância) deu a razão à filha, acatando o argumento de que, apesar das tentativas – a ré apresentou 20 contratos trabalhistas, dos que só três superavam um mês de duração –, Clara “não tem uma possibilidade concreta de encontrar um trabalho que permita sua independência econômica”. O pai havia amparado seu recurso na sentença de 2001 do Supremo Tribunal que alertava para o perigo de “parasitismo social”.

A Audiência Provincial respondeu que essa mesma sentença do alto tribunal cita o artigo 3.1 do Código Civil, segundo o qual as normas devem ser aplicadas “observando-se a realidade social do tempo em que tiverem de ser aplicadas”, e que a situação de 2001 era de “pujança econômica”, ao passo que agora a Espanha enfrenta uma “profunda crise”, com desemprego elevado. “Um diploma universitário não é garantia de encontrar trabalho”, diz a sentença, e hoje ter 30 anos e estar sem emprego “não pode ser considerado parasitismo social”. “Lamentavelmente”, acrescenta o tribunal, “são conhecidos os casos de casais jovens com filhos pequenos que se veem obrigados a se recolherem à casa de seus ascendentes, a custa destes, por se acharem em desemprego, ou de jovens outrora independentes que agora voltam para a casa de seus pais por não poderem mais pagar o aluguel”.

A Audiência Provincial condenou o pai a pagar uma pensão de 400 euros por mês à sua filha, sem limite de tempo. “Enquanto não encontrar um trabalho, precisará de alimentos.” Hoje Clara tem 31 anos, está desempregada e ganha essa pensão.

O desconcerto de um equatoriano. Em 26 de setembro, Enrique (nome fictício) teve uma surpresa e tanto ao perder a ação movida por sua ex-mulher por não pagamento de pensão alimentícia aos filhos de 18 e 20 anos. “Ele é equatoriano, e lhe custava muito entender que precisaria manter os meninos maiores de idade, porque dizia que ele, com 14 ou 15 anos, já estava ganhando a vida, e achava muito estranho que na Espanha, com essa idade, eles continuassem sendo economicamente dependentes”, recorda uma das advogadas do caso, Margarida Pastor. O juiz estipulou a pensão em 450 euros (1.383 reais), sendo metade para cada filho.

Dislexia ou desinteresse. Em novembro de 2010, a 71ª. vara da Justiça de Madri condenou um pai a pagar mensalmente 850 euros (2.612 reais, em valores atuais) ao seu filho de 24 anos. Pedro (nome fictício) estava no quarto ano de Educação Física e no segundo de Fisioterapia. Sua mãe argumentou que Pedro precisava dessa ajuda porque, sendo disléxico, acabou se atrasando nos estudos. O pai alegava que o atraso “não se deve a uma suposta dislexia, e sim à falta de aplicação e ao desinteresse”. Pai e filho apresentaram diferentes laudos, um deles de um especialista que atestava ter diagnosticado a dislexia de Pedro aos sete anos, e que ele tinha dificuldades “narrativas de compreensão”. O relatório pericial apresentado pelo réu argumentava que ser disléxico “não é incompatível com ser inteligente”. Sem entrar nesse mérito, o juiz decidiu que não era “desproporcional” continuar cursando duas faculdades aos 24 anos, e que, além disso, o pai, ginecologista com consultório próprio, tinha meios suficientes para continuar pagando essa pensão ao filho.

Crise na Europa: Pensão alimentícia até os 31 anos | Internacional | EL PAÍS Brasil

26/02/2014

O preço em sal do sucesso neoliberal

Filed under: Crise Financeira Européia,Direita,Espanha,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 9:28 am
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Todo mundo sabe que o termo salário deriva de sal. Era a a quantia dada aos soldados para comprarem o sal. De onde também derivam soldo, dos soldados… E muito salário custa lágrimas. A aventura neoliberal está cobrando um preço salgado aos espanhóis.

El Banco de España cree que los salarios caen el doble de lo que dice la estadística

El supervisor eleva al 2% el recorte de los sueldos en el pasado 2012

Llega a esta conclusión tras corregir la pérdida del empleo de peor calidad

Álvaro Romero Madrid 26 FEB 2014 – 11:26 CET69

Un grupo de personas hacen cola en una oficina del INEM de Madrid. / EFE

El Banco de España ha comprobado que los salarios han caído el doble de lo que dice la estadística porque, tal y como explican los expertos del supervisor, los datos oficiales no tienen en cuenta que la crisis se ha cebado con el empleo de peor calidad. En un capítulo especial del boletín económico de febrero, el organismo que dirige Luis María Linde pone negro sobre blanco lo que muchos hogares españoles ya percibían por sus crecientes dificultades para llegar a fin de mes.

Tal y como reconoce el supervisor, la larga crisis económica se ha llevado por delante un mayor número de puestos ocupados por trabajadores peor cualificados y de menor experiencia, que eran también los que tenían sueldos más bajos. Por este motivo, el Banco de España reconoce que "la evolución salarial agregada" del mercado laboral español se ha visto inflada de forma artificial por la pérdida de peso relativo de quienes menos cobraban.

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A modo de ejemplo, el supervisor recuerda que, entre 2008 y 2012, un periodo en el que la economía española atravesó dos recesiones y en el que la tasa de paro subió del mínimo del 8% hasta el récord del 26%, los trabajadores de menor nivel educativo han pasado de representar el 14,8% del total de ocupados al 10%. Asimismo, añade el texto, la participación de los trabajadores de menor antigüedad en la empresa se redujo con intensidad porque los temporales han sido los primeros en ser despedidos con la llegada de los problemas. En concreto, los empleados con más de tres años de experiencia pasaron de representar un 61,7% del empleo en 2008 a un 73% en 2012. La tercera variable relevante para el análisis, la edad, el peso de los jóvenes se ha reducido en nueve puntos porcentuales.

Todos estos "cambios tan pronunciados en la composición del empleo", comentan los autores del capítulo, han causado "efectos estadísticos realmente significativos". De hecho, reconocen que explican "una parte del incremento de los salarios reales que se observó en las fases iniciales de la crisis". Por este motivo, sostienen que "es preciso tener en cuenta a la hora de hacer un diagnóstico preciso sobre la evolución de los costes laborales". Para ello, han recurrido al análisis de lo sucedido durante los años de la crisis con los sueldos de un mismo grupo de trabajadores a modo de muestra representativa del conjunto.

Tras este ejercicio teórico, la conclusión a la que han llegado los expertos es que tras venir subiendo desde 2006, los salarios "iniciaron una progresiva moderación", algo que por otra parte coincide con lo que indicaban los datos de remuneración de la Contabilidad Nacional. A partir de 2008, los cambios en la composición del mercado laboral fueron tan intensos que empezaron a trastocar la estadística hasta ocultar que en 2010 los sueldos ya estaban cayendo cuando los datos oficiales aseguraban que se quedaron estancados. "El proceso de moderación salarial que comenzó en 2010 podría ser algo más intenso de lo que indican las estadísticas agregadas sobre costes laborales", indica el Banco de España.

En los gráficos con los que acompaña el informe, el Banco de España calcula que frente al descendo medio de los salarios reales de 2012, que fue del 1%, el recorte corregido el llamado "efecto composición" fue ligeramente superior al 2% en las bases de cotización de los trabajadores.

Según el INE y su encuesta de costes laborales, considerada como una de las estadísticas más fiables para analizar la evolución de los sueldos, los salarios cayeron en España por primera vez en el cuarto trimestre de 2012. Y lo hizo con fuerza con un recorte del 3,6% interanual arrastrada por la supresión de la paga extra a los funcionarios. El último dato publicado corresponde al tercer trimestre y arroja una caída mucho más moderada del 0,2% y, a buen seguro, volverá a tasas positivas en los últimos meses de 2013.

Pese a la evidencia, el Gobierno ha tardado en reconocer la pérdida de poder adquisitivo de los trabajadores hasta el punto de que el Ministro de Hacienda, Cristóbal Montoro, llegó a decir el pasado octubre en el Congreso que los salarios no bajaban. Entonces, la dureza de la crisis y el ajuste laboral ya habían acabado con cualquier resistencia por parte de la estadística a mostrar la realidad que, desde muchos meses antes, ya vivían día a día los hogares españoles. Sin embargo, tras asumir el recorte de salarios como un efecto de la necesaria devaluación interna, ahora el Ejecutivo se ha colocado en el extremo opuesto y no duda en presumir de la mejora que presenta desde el punto de vista de la competivididad la rebaja de salarios.

El Banco de España cree que los salarios caen el doble de lo que dice la estadística | Economía | EL PAÍS

18/02/2014

Alguém ainda vai publicar que isto acontece na Venezuela

Filed under: Crise Financeira Européia,Espanha — Gilmar Crestani @ 9:02 am
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“Un millón de europeos carecen de suministro”

El sobrecoste de la tarifa fija anual de la luz superará al de las subastas

Los cortes de agua por impago se disparan con la crisis

Unos 300.000 abonados ven interrumpido cada año en España su abastecimiento

La Eurocámara estudia una iniciativa que pide establecerlo como derecho

Raúl Limón Sevilla 17 FEB 2014 – 21:52 CET47

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Dos vecinas de la corrala sevillana La utopía, que no tiene suministro, cogen agua en una fuente de la ciudad. / PACO PUENTES

José María Guevara acarrea todos los días en su bici dos garrafas con 18 litros de agua a su casa de Jerez para el baño, asearse y limpiar los platos y el piso. Se la da su madre porque hace tres semanas le cerraron el suministro por una deuda de 42 euros.Casos como este cada vez son más comunes en España. La Asociación Española de Operadores Públicos de Abastecimiento y Saneamiento (Aeopas) calcula que se tramitan al año más de 500.000 avisos de corte, un 30% más que hace cuatro años. De estos, se llegan a ejecutar —como hace cuatro años— un 60%, es decir, 300.000.

Este lunes el Parlamento Europeo empezó a estudiar una propuesta que pide a la UE que fije como derecho el acceso a un mínimo vital de agua potable. Es la primera iniciativa ciudadana que llega a la Eurocámara, tras lograr la firma de 1,8 millones de personas. Según Aeopas, en Europa un millón de personas no tienen acceso al agua potable y ocho millones carecen del servicio de saneamiento. Luis Babiano, gerente de Aeopas, ha sido uno de los principales impulsores de esta iniciativa en España. “Cada día crece el número de personas que se quedan sin un suministro que es fundamental en la vida de cualquier ciudadano y no se puede cortar. Es una responsabilidad pública de la que no se puede renegar”, advierte.  “La única forma de garantizar un mínimo vital a la población es mediante la gestión del agua desde un modelo público solidario”, asegura.

Aigües del Prat cifra el mínimo vital en 150 litros por persona y día

En su resolución del agua como derecho humano, Naciones Unidas fijó ese mínimo vital en 40 litros por persona cada 24 horas. Pero la sociedad pública Aigües del Prat, que da suministro al municipio de El Prat de Llobregat (Barcelona) y cuenta con un fondo de solidaridad que bonifica el 100% del consumo y la cuota de servicio a abonados con problemas económicos, tiene otros cálculos. La empresa considera que el mínimo vital para un consumo sostenible debería fijarse en 100 litros por persona y día, aunque añade 50 litros más a ese umbral porque, aunque parezca contradictorio, quien más agua gasta no es quien más recursos tiene.

“La mayoría de los hogares de un nivel medio tienen instalados electrodomésticos de bajo consumo, cisternas de doble descarga y otros mecanismos de ahorro. En cambio, los hogares de un nivel social inferior, por norma general, no han podido invertir en este tipo de mecanismos. Hay familias que tienen muchos problemas para poder reparar las fugas en cisternas o grifos por falta de recursos. Hay que tener en cuenta, además, que aquellas con miembros en situación de desempleo pasan más horas en el domicilio familiar y, por tanto, el consumo de agua es superior”, explica el documento.

Aigües del Prat aprobó por unanimidad el nuevo cuadro de tarifas el pasado diciembre y está pendiente de empezar a aplicarlo. Según el gerente de esta entidad, Jordi Miró, unas 200 familias de los 30.000 abonados podrían acogerse a alguna modalidad de tarifa social. “El mínimo vital lo tienen asegurado todos los vecinos”, aclara satisfecho.

No existe una estadística nacional de usuarios sin agua por impago porque no hay un regulador único. Según el Instituto Nacional de Estadística, el 9,2% de los hogares sufría el pasado año retrasos en recibos (agua, hipoteca, alquiler, gas, electricidad, comunidad u otros) relacionados con la vivienda principal, 0,8 puntos más que el año anterior. Hace seis años la tasa era de un 6%.
La presión social consigue paliar las emergencias. Igual que Guevara en Jerez, Judit Rodríguez, de 43 años, pasó en Murcia por el mismo suplicio de vivir con su pareja y sus cuatro hijos de entre 9 y 17 años sin agua. “No se podía ni comer. Tenía que pedir prestado el baño o agua a los vecinos para asear a los niños y bebíamos de botellas”, recuerda.

“No quería caridad, quería una solución”, afirma una afectada

Pero Judit, que ha trabajado en restaurantes y cuidando a personas, peleó. “No quería caridad, quería una solución”, afirma ahora que ha conseguido, con el apoyo de la Asamblea Paz Fama Vistabella, que no se corte más el agua a hogares con problemas económicos en su ciudad. El sociólogo Miguel Ángel Alzamora, miembro de este grupo, recuerda que, antes de la movilización de la plataforma, el problema afectaba a cientos de personas y se consiguió dotar un fondo social que hiciera frente a estos pagos. Aunque advierte de que estos recursos solucionan la urgencia, pero no el problema.

Los fondos sociales los crean las empresas de agua o los municipios, que suelen dotarlos con recursos que iban destinados a otras actuaciones sociales que se ven perjudicadas por la emergencia. “No se puede coger el dinero del agua y dedicarlo a otras cosas. Y tampoco se puede dotar el fondo con partidas de asuntos sociales, que son fundamentales”, advierte Francisco López, portavoz de la plataforma ciudadana de Jerez.

La jurista e investigadora María Giménez coincide en que la dotación de fondos sociales “es paliativa, pero no afronta el problema”. “El acceso al agua es un derecho relacionado directamente con la dignidad de las personas, algo incompatible con la consideración del suministro como mercancía y de los usuarios como clientes. Son personas y el acceso al agua está vinculado a esta consideración”, explica. “Muchos Ayuntamientos con gestión privada del servicio contribuyen a este drama social legalizando el corte por impago sin tener en cuenta la incapacidad económica del ciudadano, sin procedimiento de apremio y sin respeto al principio de proporcionalidad. En algunas ciudades incluso se interpreta que si el usuario no paga es porque quiere darse de baja en el servicio voluntariamente. Es urgente que se eliminen estas prácticas de todos los reglamentos municipales. Desgraciadamente el desahucio hídrico es invisible y nuestros gobernantes muestran poca voluntad política en evitarlo”, subraya.

Los cortes de agua por impago se disparan con la crisis | Sociedad | EL PAÍS

Não há corrupção sem corruptor

Filed under: Crise Financeira Européia,Deutsche Bank,Grécia — Gilmar Crestani @ 6:59 am
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Só e somente quando os corruptores forem punidos a corrupção terá alguma chance de diminuir.  Os países ditos desenvolvidos não o seriam sem a corrupção. Quanto não é pelas armas, o roubo se dá por outras vias.

Atenas investiga corrupção

Por SUZANNE DALEY

ATENAS – Quando Antonis Kantas, vice-diretor no Ministério da Defesa da Grécia, falou abertamente contra a compra de dispendiosos tanques alemães, em 2001, um representante da fábrica passou por seu gabinete para deixar uma sacola. Continha € 600 mil, cerca de US$ 814 mil. Outros fabricantes de armamentos apareceram também, alguns se oferecendo para guiá-lo pelos meandros do sistema financeiro internacional e o recompensando com depósitos em contas no exterior.

Na época, Kantas, um ex-oficial militar, não tinha autoridade para decidir muita coisa por conta própria. Mas a corrupção era tão disseminada dentro do Ministério da Defesa que mesmo um homem com uma posição modesta como a sua, segundo um depoimento recente dele, foi capaz de acumular quase US$ 19 milhões em apenas cinco anos no cargo.

Os gregos estão calejados de tanto ouvir histórias de corrupção. Mas, mesmo assim, ficaram paralisados diante das confissões de Kantas desde sua recente prisão por acusações que incluem lavagem de dinheiro e comportamento prejudicial à nação.

Nunca antes um alto funcionário tinha exposto tão amplamente o sistema de compensações oferecidas por serviços dentro de um ministério grego. Kantas disse aos promotores que havia recebido tantos subornos que não era possível lembrar os detalhes.

A confissão de Kantas, estimulada por sua esperança de que obteria maior indulgência da Justiça se contasse tudo, com base em uma nova lei, fez com que muitos gregos ficassem esperançosos de que finalmente testemunhariam o começo do fim da corrupção ilimitada que contribuiu para mergulhar a Grécia em sua crise atual.

No entanto, à medida que os detalhes emergem, o caso alimenta uma indignação ainda maior, especialmente em relação à Alemanha, que repreendeu a Grécia pelo caos financeiro em que se encontra. O depoimento de Kantas, se verídico, mostra como fabricantes de armas da Alemanha, França, Suécia e Rússia entregavam propinas para vender ao governo armamentos que o país mal tinha condições de pagar e que, dizem especialistas, em muitos casos estavam superfaturados e abaixo do padrão de qualidade.

Os € 600 mil compraram o silêncio de Kantas sobre os tanques, que foram classificados como de pouco valor, de acordo com Constantinos Fraggos, especialista em questões militares gregas. A Grécia adquiriu 170 desses tanques por cerca de US$ 2,3 bilhões.

Contribuindo para o absurdo dessa aquisição (feita quase totalmente a crédito), o ministério não comprou praticamente nenhuma munição para as armas, disse Fraggos. Adquiriu ainda aviões de combate sem sistemas de orientação e pagou mais de US$ 4 bilhões por submarinos que hoje estão praticamente abandonados. No auge da crise, quando não estava claro se a Grécia seria expelida da zona do euro, e bem antes de os submarinos terem sido concluídos, o Parlamento grego aprovou um pagamento final de US$ 407 milhões pelos submarinos alemães.

"Em primeiro lugar, você tem de culpar o sistema podre da Grécia", disse Fraggos. "Mas os vendedores têm grande parte nisso. Eles subornavam autoridades e emprestavam dinheiro para um país quase falido, para assim poderem vender seus produtos."

Na esteira do primeiro depoimento de Kantas, em dezembro, promotores efetuaram mais prisões, incluindo a de um subempreiteiro no negócio do submarino alemão, que forneceu à Justiça detalhes de contas que usou para transferir cerca de US$ 95 milhões em pagamentos "úteis".

Algumas empresas citadas por Kantas haviam sido condenadas em outros casos de suborno. Mas outras alegam que não fizeram nada de errado. A Krauss-Maffei Wegmann, fabricante dos tanques, diz estar examinando o caso.

Mas a polícia acredita que Kantas sabe mais e pode ter mais dinheiro guardado. "Ele não nos falou nada que já não soubéssemos", disse um investigador. "Ele tem de nos contar o resto."

Colaborou Nikolas Leontopoulos

    15/02/2014

    El Nieto de Tio Sam

    Qualquer semelhança não é mera coincidência. Se a “Time” sente-se em casa para falar do México, a Veja sente-se à vontade para falar dos EUA. Quem finanCIA cobra! O suprassumo do ridículo deu-se com a crise de 2008, quando os crimes financeiros cometidos por empresas dos EUA desencadearam a crise que se alastrou pela Europa, a Veja recebeu a capa pronta de quem a finanCIA. Além da Naspers, claro. Pior do que eles são os capachos que inundam consultórios de proctologia revistas deste tipo. Depois de emplacar uma capa da Veja, a CIA consegue uma capa doméstica, com desconto, mas em dólar.

    A revista ‘Time’ causa polêmica com uma capa de Peña Nieto

    A publicação chama o presidente de ‘salvador do México’, o que provocou deboche e paródias nas redes sociais

    Luis Pablo Beauregard Cidade do México 15 FEV 2014 – 14:07 BRST

    Imagem da capa de 24 de fevereiro.

    "Saving Mexico” – salvando o México. Depois de a revista ‘Time’ adiantar a capa da sua edição do dia 24 de fevereiro dedicada a Enrique Peña Nieto, uma polêmica tomou conta do país, especialmente nas redes sociais . O título foi acompanhado de um subtítulo também elogioso ao presidente: "Como as radicais reformas mudaram a história de um país marcado pelo narcotráfico".

    A revista, que tem tiragem de 3,2 milhões de exemplares e sairá com esta capa em suas edições na Europa, Oriente Médio, África, Ásia e no Pacífico Sul -ou seja, todas as suas edições exceto a do Estados Unidos-, foi muito criticada no Twitter e no Facebook por usuários que acham que a realidade mexicana não foi refletida na matéria. Vários comentários qualificaram a publicação como um ardiloso material de relações públicas orquestrado pelo Governo mexicano. 

    O autor da reportagem, Michael Crowley, disse no Twitter que se surpreendeu com a quantidade de críticas ao presidente que “acham que literalmente fui subornado para escrever uma história positiva sobre ele”. E pouco depois pediu que lessem seu texto antes de criticá-lo.

    Algumas paródias da revista na Internet.

    A longa reportagem é uma extensa narração dos primeiros doze meses de Peña Nieto na residência oficial. Toca em vários temas, das paixões que o político despertava em campanha até as crises que teve de enfrentar, entre elas a de violência. "Os assassinatos diminuíram em algumas áreas, mas outros crimes têm crescido", diz Crowley na reportagem. Os homens mais próximos ao presidente, o ministro do Interior, Miguel Osorio e o de Fazenda, Luis Videgaray, também foram entrevistados para a matéria.

    Não é a primeira vez que Peña Nieto ocupa a capa da ‘Time’. Em dezembro de 2012, antes de assumir a presidência, a revista fez uma matéria sobre os significados da volta do Partido Revolucionário Institucional (PRI) ao poder após 12 anos de governo da direita. Entre as suas edições, passaram-se 14 meses e ao menos dez reformas legislativas ambiciosas, quatro delas constitucionais, serviram de bandeira à administração.

    Caricatura publicada nesta sexta-feira no jornal ‘Reforma’ / CALDERÓN

    As reformas foram bem recebidas por organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a agência de classificação de risco Moodys, que após revisar as projeções do país, elevou a nota dos bônus mexicanos, que atingiram a nota A, algo que apenas o Chile havia conseguido na América Latina. “Diria que o México é de longe a nação predileta em Wall Street”, disse para a revista o diretor de mercados emergentes do Morgan Stanley, Ruchir Sharma.

    Mas o entusiasmo do mexican moment tem tido dificuldades para contagiar as ruas. O nível de aprovação do presidente caiu oito pontos entre a população e 27 entre os formadores de opinião em seu primeiro ano de Governo, segundo uma pesquisa publicada em dezembro passado.

    A lenta marcha da economia mexicana, que cresceu 1,2% em 2013, e os temas de segurança são duas das reclamações mais comuns contra a Administração. Nesta sexta-feira, o articulista Manuel Jáuregui escreveu no jornal ‘Reforma’: “Seguem nos rondando os espectros da violência e da corrupção: contra esses males que nos afligem ainda não se conseguiu reforma alguma.”

    A revista ‘Time’ causa polêmica com uma capa de Peña Nieto | Internacional | Edição Brasil no EL PAÍS

    01/02/2014

    A crise econômica grega é filha da crise moral europeia

    Filed under: Crise Financeira Européia,Grécia — Gilmar Crestani @ 10:02 am
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    Berlín y París incumplen con Grecia

    Las actas confidenciales del FMI de mayo de 2010 revelan que la banca alemana y francesa se deshizo de la deuda griega pese a las promesas de sus Gobiernos

    Luis Doncel Bruselas 1 FEB 2014 – 00:00 CET386

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    Un grupo de manifestantes ante la sede del parlamento griego en una huelga general celebrada en noviembre de 2012. / yannis behrakis  (Reuters)

    Alemania, Francia y Holanda, en uno de los peores momentos de la crisis del euro, se comprometieron a que sus bancos apoyarían a Grecia y no se desharían de deuda helena. Era una de las bazas con la que jugaban para tratar de vencer las importantes resistencias en el seno del Fondo Monetario Internacional (FMI) a conceder el mayor paquete de préstamos de su historia, según las actas de este organismo del 10 de mayo de 2010, a las que ha tenido acceso EL PAÍS. Pero los tres socios europeos incumplieron su palabra, agravando así la crisis. Nada más aprobarse el plan de ayuda para un país al borde de la bancarrota, las entidades financieras empezaron a deshacerse de unos títulos que quemaban las manos.

    Las decisiones que hace cuatro años se tomaron en despachos de Bruselas, Washington y Fráncfort han dejado una profunda huella en el sur de Europa. Nacía entonces una troika de acreedores (Comisión Europea, FMI y BCE) que impuso recortes y reformas a cambio de préstamos primero a Atenas, y más tarde a Dublín, Lisboa y Nicosia. Las actas confidenciales del directorio del FMI del mismo día del rescate muestran que las divergencias y las dudas sobre el éxito del plan empezaron ya aquel 10 de mayo.

    El documento es fundamental no solo por mostrar a las claras las críticas que países como China, Australia, Argentina o Brasil presentaron desde el principio. El tiempo transcurrido pone en perspectiva los argumentos que su usaron para que el organismo que entonces encabezaba Dominique Strauss-Kahn desembolsara 30.000 millones de euros. “Los representantes holandés, francés y alemán transmitieron el compromiso de que sus bancos comerciales seguirían apoyando a Grecia y manteniendo su exposición”, asegura el documento “estrictamente confidencial”. Pero los datos demuestran justo lo contrario.

    Las decisiones que hace cuatro años se tomaron en despachos de Bruselas, Washington y Fráncfort han dejado una profunda huella en el sur de Europa.

    Los bancos de los tres países tenían en el primer trimestre de 2010, antes del rescate, más de 122.000 millones de dólares en deuda helena. A pesar de los compromisos de sus Gobiernos, los bancos alemanes, franceses y holandeses deshicieron posiciones sin dudar. Vendieron a toda prisa, echando gasolina sobre la crisis griega y ayudando a que se propagara. A finales del año pasado, esta cifra había caído un 72%, hasta quedar ligeramente por debajo de los 34.000 millones.

    Cuando a principios de 2012 se hizo evidente que Grecia se encaminaba de nuevo a la quiebra y la troika aprobó al mismo tiempo un segundo rescate y una quita en la deuda de los acreedores privados, las entidades alemanas, francesas y holandesas atesoraban 66.000 millones en títulos griegos, casi la mitad de lo que tenían cuando dos años antes habían asegurado mantener su apoyo a la deuda helena.

    El compromiso franco-alemán-holandés no fue la única intervención europea. Alemania, Bélgica, España, Francia, Holanda y Dinamarca emitieron un comunicado conjunto en el que apoyaban que el FMI prestara dinero a Grecia.

    Muchas de las dudas de los miembros del Fondo han terminado por convertirse en realidad. “Algunos representantes (China, Egipto y Suiza) insisten en el riesgo de que los análisis conjuntos acaben revelando diferencias de criterio entre las tres instituciones representadas”, señalaba el memorando, firmado por Francesco Spadafora, asesor del director ejecutivo del FMI. Con el tiempo, esos choques se han hecho evidentes. Cuando el FMI admitió que se equivocó al infravalorar los efectos de los recortes en la economía griega, la Comisión Europea se revolvió indignada negando cualquier error.

    más información

    Las críticas recogidas en un documento de tan solo cuatro páginas vienen por varios frentes. Por una parte, China y Suiza alertaban sobre la posibilidad de que los pronósticos de crecimiento para Grecia fueran demasiado optimistas. “Incluso una ligera desviación sobre el escenario base podría poner en riesgo la sostenibilidad de la deuda griega”, sostenían. A estos temores, los altos funcionarios del Fondo replicaban que también cabía la posibilidad de que Grecia creciera más de lo previsto.

    Al mismo tiempo, Argentina, Australia, Canadá, Brasil y Rusia señalaban “los inmensos riesgos” del programa, no solo para Grecia, sino para el prestigio del FMI. Los propios funcionarios del Fondo reconocían que estos peligros eran reales. Muchos insistían en la posibilidad de repetir errores que el organismo ya había cometido en el pasado en Argentina y en Asia. Australia, además, lanzaba una puya a la Comisión Europea, al asegurar que sus exigencias a Grecia parecían “la lista de la compra”.

    Otros países apuntaron un riesgo que finalmente se convirtió en realidad: la necesidad de conceder una quita ante la imposibilidad griega de devolver todas sus deudas. “Argentina, Brasil, India, Rusia y Suiza echan de menos un elemento: se debería haber incluido una reestructuración de la deuda con una quita para el sector privado”. Finalmente, esa decisión llegó. Pero hubo que esperar casi dos años más.

    Berlín y París incumplen con Grecia | Economía | EL PAÍS

    25/01/2014

    Ué, mas o país não está quebrado e o povo sem salário?!

    Filed under: Crise Financeira Européia,Fracassomaníacos,Marolinha,Pibinho — Gilmar Crestani @ 10:25 am
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    Não vai ter copa, dizem os frustrados com a própria incapacidade. Como não podem almejar nada mais além da vida medíocre que levam, também não suportam que outros possam usufruir alguns momentos de descontração. São os mesmos que ficam fazendo críticas aos empréstimos do BNDES nos investimentos em estádios e infraestrutura. Mas não se importam que empresas como a RBS ou Rede Globo também façam os mesmos empréstimos nos mesmos bancos. Aliás, os que tanto condenam os bancos públicos pelos empréstimos que fazem são os mesmos que buscam na CEF empréstimo para investir em imóveis. Afinal, é inveja ou despeito?!

    Consumo em alta faz shopping invadir cada vez mais a periferia

    Levantamento feito pela Folha revela que 84% das inaugurações desde 2004 estão fora do centro

    Nessas regiões estão os adeptos de ‘rolezinhos’, que frequentam os empreendimentos em busca de marcas

    EDUARDO GERAQUEDE SÃO PAULO

    De olho em um mercado gigantesco, que só cresceu nos últimos anos, a indústria de shopping centers tem se voltado para a periferia de São Paulo e outras cidades de sua região metropolitana.

    Levantamento da Folha com dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) revela que 84% das inaugurações dos últimos dez anos ocorreram fora das áreas nobres da capital –estão excluídas do cálculo, também, regiões com alta renda per capita, como Alphaville.

    Desde 2004, 31 shoppings foram abertos na região metropolitana, 26 deles afastados das áreas mais ricas. Alguns deles, como o shopping Campo Limpo (zona sul), têm 49% de seu público formado por pessoas da classe C (que ganham até dez salários mínimos, isto é, R$ 7.249).

    É justamente nessas regiões que estão, de forma preponderante, os adeptos dos "rolezinhos", encontros marcados por redes sociais que atraem centenas de jovens a shoppings. Eles entram pacificamente, mas, depois, costumam promover correria.

    Os jovens da periferia são, inclusive, parte importante do público-alvo desses empreendimentos.

    Dados inéditos do instituto Data Popular dão a real dimensão do tamanho do poder de compra dos jovens da periferia, que frequentam os shoppings, segundo pesquisas da mesma instituição, interessados em preço e marcas de qualidade.

    O consumo da periferia de São Paulo (em todo o comércio, incluindo os grandes centros de compra) é duas vezes maior do que o consumo da região central da capital.

    A diferença, em valores de 2013, é de R$ 188,78 bilhões para R$ 87,5 bilhões.

    Em vários dos itens analisados pelo Data Popular –como consumo de recreação e cultura, produtos de higiene, calçados, vestuários e eletrodomésticos–, as cifras movimentadas pela periferia são 70% do total de vendas.

    O movimento da indústria, explica Luiz Fernando Veiga, diretor-presidente da Abrasce, vai ao encontro de uma parcela da população que tem poder de consumo e busca também status, ao ter um centro de compras perto de casa. "As pessoas gostam de dizer: o meu shopping’."

    Segundo ele, até o projeto arquitetônico dos shoppings mais periféricos precisa ser bonito e agradável como os das zonas ricas. A abertura de uma unidade é estudada, diz Veiga, por anos. "O mix de lojas é o grande responsável pelo sucesso do lugar."

    23/01/2014

    Para matar vira-lata do coração

    Filed under: Crise Financeira Européia,Desemprego,Espanha — Gilmar Crestani @ 9:01 am
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    O governo do direitista espanhol, Mariano Rajoy, é o resultado do que seus parceiros direitistas receitaram  e continuam pedindo ao Brasil: corte nos investimentos públicos, nos salários, e aumento do desemprego. Desde a Crise de 2008, ao invés de investir, o governo espanhol só fez cortar. Lá já não há mais adicional de férias nem gratificação natalina. E os primeiros a sofrerem cortes foram os aposentados. Receitas que foram aplicadas no Brasil no tempo em que o marionete do Neoliberalismo fazia o que lhe mandavam.

    Se a situação atual da Espanha se apresentasse no Brasil, os grupos mafiomidiáticos convocariam sua manada de amestrados para destituir a Presidente. Lembro de um tempo em que dor de barriga nos “tigres asiáticos” levava o Brasil a passar o pires ao FMI. Se faltava sol no México, o FMI vinha ao Brasil e mandava o magarefe da sociologia vender mais um banco. Alguém notou que sumiu das notícias econômicas e política a sigla FMI?!

    El empleo cierra en 2013 su sexto año de caída y el paro sube al 26%

    La EPA arroja un mínimo descenso de las personas sin empleo de 8.400 desempleados

    La población activa se reduce en 74.300 personas en el trimestre y baja a niveles de 2008

    Manuel V. Gómez Madrid 23 ENE 2014 – 08:55 CET459

    Por sexto año consecutivo España ha vuelto a tener un mal año en su mercado laboral. 2013 ha acabado destruyendo empleo, como 2008, 2009, 2010… Han sido menos que en todos esos años precedentes. Pero la bajada de 198.900 puestos de trabajo en 12 meses se acumula a las caidas anteriores hasta acumular 3,75 millones, según la Encuesta de Población Activa que ha publicado este jueves el INE. En cambio, descendió el paro. En el último trimestre del año pasado había 65.000 personas sin trabajo menos que en el mismo periodo del año anterior, quedó en 5.896.300.

    Con estos ingredientes en la ecuación, la respuesta lógica sería que desciende la tasa de paro. Pues no. Sube hasta el 26,03%. ¿Por qué? Cae la población actica, el colectivo de personas en edad y disposición para trabajar. Descendió en 267.900. Prolonga así su retroceso hasta los casi dos años. La duración de la crisis se nota en el ánimo de la gente, que cansada de no encontrar empleo, acabar por desistir (por lo que el INE deja de contarlos como parados) o por irse fuera de España para probar suerte.

    La cara de la moneda hay que buscarla en los datos desestacionalizados de empleo que, por primera vez desde comienzos de 2008, respunta. Creció un 0,29%. Este dato parece apuntar un cambio de tendencia. Algo que el Gobierno espera que se confirme a lo largo de este año. "En el año 2014, las proyecciones que tenemos en el Ministerio de Economía es que va a haber creación neta de empleo, incluso superior de la que habíamos proyectado cuando elaboramos los presupuestos", dijo el ministro de Economía, Luis de Guindos, hace unas semanas.

    Empleo en agricultura y a tiempo parcial

    Bajando al detalle de la EPA, los ocupados aumentan en la Agricultura con un alza de 85.200 personas. Por el contrario, desciende en servicios (–109.100),un sector en el que se nota la caída del empleo tras la temporada turística. construcción (–35.200) e industria (–6.000).

    2013 acaba con un aumento del empleo a tiempo parcial, 140.400 más en un año. La tendencia, que viene de largo, se ha agudizado y contrasta con el significativo retroceso de los trabajos a tiempo completo, que retrocedieron en 339.300. Así, el porcentaje de personas que trabaja a tiempo parcial se incrementa casi un punto, hasta el 16,34%.

    Lo más probable, dada la tendencia de fondo, y las medidas adoptadas por el Gobierno es que el empleo a tiempo parcial prosiga su tirón este año. Solo así se explica que el Ejecutivo prevea una creación de empleo "significativa" con el raquítico comportamiento que espera de la actividad económica.

    El número total de trabajadores por cuenta propia se reduce en 51.500 personas en el cuarto trimestre de 2013. Por su parte, el número de asalariados baja en 10.400. Los que tienen contrato indefinido aumentan en 45.600 y los de contrato temporal disminuyen en 56.000. La tasa de temporalidad baja 39 centésimas, hasta el 23,92%. En los 12 últimos meses el número de asalariados ha bajado en 188.200 y el de trabajadores por cuenta propia ha descendido en 9.000. El empleo privado desciende este trimestre en 30.200 personas, situándose en 13.962.400. Por su parte, el empleo público disminuye en 34.800 personas.

    La cara más amarga del mercado laboral sigue estando en los hogares que tienen todos sus miembros en paro. Llegó hasta los 1,832 millones de empleo. Lo prolongado de la crisis y la falta de empleo, han provocado que en muchos de estos hogares sus integrantes hayan agotado la prestación y subsidio por desempleo. Esto ha provocado que el número de hogares en los que nadie percibe ingresos está en su máximo histórico: 686.600.

    El empleo cierra en 2013 su sexto año de caída y el paro sube al 26% | Economía | EL PAÍS

    21/01/2014

    Mais um motivo para odiar Lula e Dilma

    Filed under: Crise Financeira Européia,Desemprego,Lula Seja Louvado,Marolinha — Gilmar Crestani @ 8:51 am
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    Desde a crise de 2008, 62 milhões de pessoas perderam o emprego mundo afora. No Brasil, graças ao Lula e, depois, ao seu poste, aconteceu tudo ao contrário.

    Pleno emprego, é tudo o que os senhores de escravo odeiam.

    Afinal, por que pagar um salário mínimo se poderia ter pago meio? Mesmo pequena, também houve distribuição de riqueza. Milhões saíram da miséria absoluta para um vida menos indigna.Tudo bem, não viraram milionários nem passaram a ter uma vida dos sonhos, mas será que alguém ainda preferiria que continuassem onde estavam?!

    Sim, infelizmente, a se julgar pelo que se lê nos grupos mafiomidiáticos, Lula e Dilma deram um golpe comunista e destruíram o Brasil. Como prova a declaração da dona do Magazine Luíza: “mídia só vê o copo do lado vazio”. Seria engraçado não fosse trágica a desfaçatez destes energúmenos. Como reza a lenda nas redações, se os fatos não estiverem de acordo com os interesses deles, pior para os fatos!

     

    Mundo perde 62 milhões de empregos

    Desde 2008, número de desempregados cresceu e concentração de riqueza aumentou: 85 pessoas têm renda equivalente a 50% da população global

    20 de janeiro de 2014 | 22h 07

    Jamil Chade – O Estado de S. Paulo

    A crise financeira iniciada em 2008 expulsou do mercado de trabalho 62 milhões de pessoas no mundo e, hoje, 202 milhões de pessoas estão desempregadas, o equivalente a um Brasil inteiro. Enquanto isso, uma elite composta por apenas 85 indivíduos controla o equivalente à renda de 3,5 bilhões de pessoas no mundo.

    Dados divulgados nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela entidade Oxfam revelam o impacto social da crise de 2008. Meia década depois do colapso dos mercados, os ricos estão mais ricos e a luta contra a pobreza sofreu forte abalo. Hoje, 1% da população mundial tem metade da riqueza global.

    Os levantamentos foram publicados na véspera do Fórum Econômico Mundial, que começa amanhã em Davos. Pela primeira vez nos mais de 40 anos da entidade, os organizadores reconhecem a desigualdade como o maior risco para o planeta.

    Para a OIT e a Oxfam, a crise mundial gerou uma concentração de renda inédita no mundo rico nos últimos 70 anos e fez o número de desempregados bater recorde. O que mais preocupa as entidades é que a recuperação da economia não está sendo seguida por uma geração de postos de trabalho e a previsão é de que, em 2018, 215 milhões de pessoas não terão emprego. "A crise é muito séria e o número de desempregados continua a subir", disse Guy Ryder, diretor-geral da OIT. "Precisamos repensar todas as políticas. A crise não vai acabar até que as pessoas voltem a trabalhar."

    Em 2013, mais 5 milhões perderam o emprego, principalmente na Ásia. Desde 2008, um volume extra de 32 milhões de pessoas busca trabalho, sem sucesso. Mas outras 30 milhões de pessoas simplesmente abandonaram o mercado de trabalho e desistiram de procurar empregos. Só em 2013, foram 23 milhões. "Essas são taxas inaceitáveis", disse Ryder. Hoje, a taxa de desemprego global é de 6%. Por enquanto, não há sinal de queda do desemprego na Europa, enquanto outras regiões começaram a registrar aumento.

    Jovens. Outra preocupação da OIT é com o fato de que 13,1% dos jovens do mundo continuam sem emprego – 74,5 milhões de pessoas. Apenas em 2013, 1 milhão de jovens perderam seus trabalhos. Mesmo entre os empregados, a situação nem sempre é adequada. Segundo a OIT, 375 milhões de pessoas ganham menos de US$ 1,25 por dia. Outros 839 milhões ganham menos de US$ 2.

    O que a OIT registrou ainda é que os esforços de redução da pobreza foram afetados pela crise. Em média, o número de pessoas que ganhavam menos de US$ 2 por dia caía em média 12% ao ano. Em 2013, a redução foi de apenas 2,7%.

    Enquanto a luta contra a pobreza perde força, dados da Oxfam mostram que a disparidade social no planeta ganhou força desde 2008, quando a crise mundial afetou em especial as classes médias. Hoje, as 85 maiores fortunas do mundo somam US$ 1,7 trilhão, a mesma renda de metade da população. O grupo de 1% mais rico tem renda 65 vezes superior aos 50% mais pobres. 70% da população vive hoje em países onde a desigualdade aumentou nos últimos 30 anos. "As elites globais estão mais ricas e a maioria da população mundial está excluída", diz o informe.

    Cerca de 10% da população mundial controla 86% dos ativos do planeta. Os 70% mais pobres controlam apenas 3%. Nos EUA, 95% do crescimento gerado após a crise de 2008 ficou nas mãos de 1% da população. Os dez mais ricos da Europa mantêm fortunas equivalentes a todos os pacotes de resgate aos países da região entre 2008 e 2010 – cerca de 200 bilhões.

    No que se refere ao Brasil, a Oxfam aponta para o "significativo sucesso" em reduzir as desigualdades graças a investimentos públicos e aumento de salário mínimo em mais de 50% desde 2003. Ainda assim, o Brasil é a economia onde a renda dos pais mais determina o sucesso dos filhos. A Dinamarca e Suécia estão no lado oposto da tabela.

    Para Winnie Byanyima, diretora da Oxfam, o controle da economia mundial por um pequeno grupo não ocorreu por acaso. "A concentração de renda aconteceu por um processo em que a elite levou o processo político a desenhar regras no sistema econômico que a favorecessem."

    07/01/2014

    Coveiro só se entusiasmo com caixões

    O choro dos que têm voz e dinheiro. Não necessariamente nesta ordem. Para entender as lágrimas de crocodilo desta gente basta ler o artigo do Clóvis Rossi, um antipetista de carteirinha, na Folha de hoje, aqui. Um dos países festejados pelos antipetistas é o México, que privatizou a PEMEX, a Petrobras deles.  Acontece que a PEMEX já tem o X, que o PSDB queria por na Petrobrax… As notícias sobre o México variam de acordo com os interesses maiores ou menos via Washington. Hoje, no El País, há coisas que não saem nos nossos grupos mafiomidiáticos: “As autodefesas avançam no México: Grupos de civis armados que declararam guerra ao narcotráfico já controlam uma quinta parte do território do Estado de Michoacán”. São os mesmos que, ontem, também na Folha, trouxeram a Colômbia como exemplo a ser seguido. Coincidentemente, ambos participam da ALCA e são luluzinhos dos EUA.

    O pessimismo dos empresários é compreensível. Deve ser difícil não ter um exército de desempregados para contratar com salários de fome. Mais otimismo causa a Espanha, onde o desemprego já beira aos 28%. Veja mais aqui, no El País: A desigualdade corrói o projeto europeu: “Seis longos anos após o início da Grande Recessão, o número de britânicos que se veem obrigados a procurar instituições beneficentes para se alimentar cresceu 20 vezes, segundo um relatório recente da ONG Trussell Trust. O governo da Itália reconheceu na semana passada que os níveis de pobreza têm batido recordes desde 1997. O total de espanhóis atendidos pelos serviços de assistência da Cáritas aumentou de 370.000 para 1,3 milhão durante a crise. Doenças como a malária e a peste estão de volta à Grécia.” Esta informação não vais encontrar nos grupos mafiomidiáticos brasilerios. Está no El País, de hoje… Não fosse a internet e estaríamos tendo de beber e comer pelas mãos da máfia travestida em grupos de informação.

    Otimismo de empresa brasileira sofre a maior redução em 2013

    Pesquisa global ouviu 12,5 mil empresas em 44 países; Brasil passou de 48%, em 2012, a 10%

    Falta de confiança nos rumos da economia é principal fator citado para o pessimismo, desbancando burocracia

    DAVID FRIEDLANDERDE SÃO PAULO

    A falta de confiança no rumo da economia demoliu o otimismo das empresas brasileiras, que até outro dia estavam entre as mais entusiasmadas do mundo.

    Ao longo de 2013, o índice de confiança no futuro do país, calculado pela consultoria Grant Thornton, despencou de 48% para apenas 10%. Foi a maior queda entre os 44 países da pesquisa.

    A média global, feita com base na opinião de 12.500 empresas sobre os países em que atuam, é 27%. O Brasil ficou abaixo até da média de 22% de otimismo dos Brics, o bloco emergente do qual o país faz parte ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Para pesquisar o índice de confiança na economia brasileira, a anglo-americana Grant Thornton acompanha anualmente o humor de donos e executivos de 300 empresas de médio porte.

    O levantamento é feito a cada três meses.

    Dos empresários ouvidos, apenas 22% disseram estar seguros o suficiente para fazer novos investimentos este ano –queda de seis pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

    Sobre novas contratações, 37% declararam que planejam aumentar seus quadros. Mas apenas 7% disseram que pretendem dar aos funcionários aumento real de salário (acima da inflação) em 2014.

    "O Brasil é um país caro para produzir, a inflação está alta, os juros estão subindo e o governo não consegue entregar o que anuncia. É difícil investir num ambiente desses", afirma José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, a associação dos fabricantes de máquinas e equipamentos.

    De acordo com Velloso, hoje a maior parte dos novos investimentos sai da prancheta de setores que ele considera protegidos, como a indústria automobilística, ou de atividades em que o país é altamente competitivo, como os segmentos do agronegócio ou da mineração. "É pouco."

    As dúvidas em relação ao rumo da economia passaram a ser apontadas como fator que mais incomoda os empresários pela primeira vez desde que o levantamento começou a ser feito no Brasil, em 2007. Até então, o custo de lidar com a burocracia era de longe o mais citado como o principal problema.

    "O humor dos empresários não piorou apenas porque o país vem crescendo pouco. É porque a gente não tem a sensação de que há encaminhamento das questões relevantes. Isso mina a confiança", diz Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, que reúne a indústria têxtil.

    Preocupado com a indústria do petróleo, carro-chefe da economia de seu estado, o empresário Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan (federação das indústrias do Rio), reclama de ingerência da parte do governo, como na política de preços da Petrobras.

    "Eu vejo empresas que já começam a desconfiar da capacidade da Petrobras de cumprir seu plano de investimento. Elas fizeram investimentos pensando nisso."

    G7 x BRICS

    A pesquisa da Grant Thornton mostra grandes mudanças de humor entre os empresários dos Brics e também os dos países ricos do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá). O índice de otimismo nesse bloco cresceu 44 pontos percentuais, de -16% no começo de 2012 para 28% no ano passado, impulsionado por perspectivas melhores no Japão, Reino Unido e EUA. No mesmo período, a confiança entre os Brics caiu 17 pontos percentuais e hoje está em 22%.

    "O humor dos empresários não piorou apenas porque o país vem crescendo pouco. É porque a gente não tem a sensação de que há encaminhamento das questões relevantes. Isso mina a confiança"
    Fernando Pimentel
    Diretor-superintendente da Abit, associação que reúne a indústria têxtil

    05/01/2014

    Folha exige para o Brasil receita europeia

    FolhaO economista e Nobel, Paul Krugman, fez um diagnóstico completo e impiedoso a respeito do tipo de serviço que jornais e neoliberais pregam. Para a Folha, seguindo recomendações de Judith Brito, otimismo é comportamento primário. Eles não fizeram o secundário mas querem receitar a morte do paciente, como fez a Europa pós crise de 2008. Todos os países que adotaram a receita da Folha estão com desemprego recorde e não pagam, desde 2008, décimo terceiro salário. Itália, França, Portugal, Grécia e Espanha baixaram os proventos dos inativos. Como sabemos, são países que estão amargando o pão que o diabo amassou. Mas a Folha, para combater Dilma e ajudar o rei do pó, faz qualquer negócio, inclusive receitar a morte do paciente.

    Por que a Folha não faz um retrospecto de suas profecias para mostrar quantas vezes ao longo de 2013 previu as sete pragas sobre o Brasil. Cadê o apagão elétrico, a inflação do tomate galopante?

    EDITORIAIS

    editoriais@uol.com.br

    Otimismo primário

    Ministro da Fazenda anuncia cumprimento de meta do governo federal para superavit, o que só remenda um fraco desempenho fiscal

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quis iniciar 2014 com uma nota otimista. Anunciou anteontem que o governo federal cumpriu sua meta de superavit primário, antecipando em quase um mês o anúncio do resultado das contas do ano passado.

    O resultado primário é a diferença entre receitas e despesas, excluídos os gastos com os juros da dívida pública.

    O ministro, porém, não fez mais do que confirmar que o governo conseguiu, na undécima hora, remendar um desempenho fiscal na melhor das hipóteses sofrível.

    Pelo menos 45% da meta de superavit federal foi preenchida graças a receitas extraordinárias, como os recursos obtidos com o leilão do campo de petróleo de Libra e o refinanciamento de débitos tributários. Como verbas dessa natureza são imprevisíveis por definição, não emprestam grande credibilidade e confiabilidade à administração das contas públicas.

    O resultado fiscal deste ano foi inferior ao de 2012, que por sua vez já fora relaxado em relação ao de 2011. Ainda pior, nesses anos cresceu a dependência de receitas extraordinárias, para nem mencionar os truques contábeis.

    O gasto do governo cresceu mais uma vez em velocidade maior que a da expansão do PIB. Apesar do aumento da despesa, não se destinaram mais recursos ao incremento da infraestrutura, sem o que não melhora a eficiência produtiva –infelizmente, um padrão na Presidência de Dilma Rousseff.

    Tampouco fugiu à rotina a contradição entre o desempenho federal na área da despesa e a intenção declarada de conter preços.

    O governo gasta mais, em especial com ações que têm impacto direto no consumo. Mas o faz num quadro econômico de inflação no teto da meta, baixo desemprego e deficit externo crescente, sinais evidentes de esgotamento da capacidade produtiva –e, pois, de maior risco de alta nos preços.

    Gasta mais, de resto, quando o Banco Central promove campanha de alta de juros justamente para evitar ao menos o descontrole inflacionário. Obviamente, a política fiscal não faz sentido. Não dá conta nem de normalizar a situação macroeconômica de curto prazo.

    Por muitos anos estará fora de cogitação a hipótese de um deficit zero ou próximo disso, quando então o governo poderia mudar seu padrão de financiamento, ora dependente de dívida refinanciada a taxas de juros altíssimas.

    O ministro, ainda assim, pretendeu brindar o ano com otimismo. Trata-se de uma era de expectativas decididamente reduzidas para comemorar que o país não tenha chegado a uma situação fiscal crítica ou calamitosa.

    10/10/2013

    2008: Lula fez da crise uma marolinha, já a Inglaterra…

    Filed under: Crise Financeira Européia,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 9:35 am
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    Ah, que ódio deste Lula…

    Ex premier laborista Gordon Brown.

    Imagen: AFP

    De cuando un premier británico pensó en matar británicos

    Por Juan Gelman

    No era un don nadie: llegó a pensarlo el ex premier laborista Gordon Brown, según una autobiografía explosiva de quien fuera su asesor personal y miembro de su círculo íntimo, Damian McBride (Power Trip: A Decade of Policy, Plots and Spin, Kindle Edition, 2013). Preocupado por la crisis bancaria de octubre de 2008, el primer ministro británico temía la ruptura de la ley y el orden por las masas y buscaba cómo impedirla. La BBC dio a conocer algunas citas del libro de McBride (www.bbc.co.uk, 21-9-13).

    El autor, que renunció en el 2009 cuando se descubrió que procuraba difamar a políticos conservadores para abrirle camino a su jefe, cuenta que en octubre del 2008 se reunió con Brown antes de que éste anunciara la nacionalización parcial de los bancos británicos y que le manifestó muy agitado: “Si los bancos cierran sus puertas y los cajeros automáticos no funcionan y la gente va a Tesco (una cadena de supermercados) y no le aceptan las tarjetas de crédito, todo explotará. Si no puede comprar comida o gasolina o medicamentos para los hijos, la gente romperá las vidrieras y tomará lo que necesite. Y tan pronto vean esto por televisión todos pensarán que está bien, eso es exactamente lo que tenemos que hacer ahora. Será la anarquía. Es lo que puede ocurrir mañana”.

    Comenta McBride: “Era extraordinario ver a Gordon tan poseído por los riesgos de lo que debía hacer y a la vez totalmente convencido de que había que tomar acciones decisivas inmediatamente”. ¿Habrá que imponer el estado de sitio –se preguntaba Gordon– “sacar el ejército a la calle, cómo hacer para que vuelva a imperar el orden?” Y comparaba la situación con la crisis de los misiles en Cuba.

    Las crisis económicas son así: provocan el terror de los funcionarios encargados de proteger a quienes las provocan. Algo similar le ocurrió en septiembre del 2008 al entonces secretario de Hacienda de EE.UU., Hank Paulson: advirtió que el gobierno estadounidense podría verse obligado a recurrir a la ley marcial si no se salvaba a Wall Street del colapso crediticio (The Global Economic Crisis: The Great Depression of the XXI Century, Michel Chossudovsky and Andrew Gavin Marshall editors, 2010). Nada de eso ocurrió: la presión de notorios intereses doblegó a los gobiernos y Parlamentos de ambos países y sacaron de apuros a los bancos con sumas ingentes de dinero.

    …¿Alguien habrá pensado en EE.UU., incluso antes del cierre parcial de su administración, en posibles levantamientos o rebeliones por la crisis económica, como en su momento lo hicieron Gordon Brown y Hank Paulson? Imposible saberlo y mucho menos probarlo. Sólo que hay hechos llamativos. El Departamento de Seguridad Nacional (DHS, por sus siglas en inglés) ordenó la adquisición de 1600 millones de proyectiles, incluidas las balas llamadas “hollow-point” de carácter expansivo: producen una perforación de un diámetro axial mayor que las corrientes y maximizan el daño producido en los órganos humanos (www.forbes.com, 11-3-13). Distintas convenciones internacionales prohíben su uso en los conflictos bélicos. ¿Contra quién pensará utilizarlas el DHS? Los agentes de este departamento no están encargados de llevar a cabo operativos comandos en Libia o Somalia, sino de mantener el orden y cuidar la seguridad interior del país. Durante los períodos de combates más encarnizados en Irak, el ejército estadounidense disparaba menos de seis millones de balas mensualmente (www.belfasttelegraph.co.uk, 10-1-11). Es decir, esta compra del DHS le permitiría sostener una guerra de más de 20 años. “En EE.UU.”, subraya Forbes.

    La revista señala que el DHS adquirió además vehículos blindados de gran potencia que fueron traídos de vuelta de Irak y Afganistán. Según Ken Jorgustin, especializado en el tema, se trata de “un número indeterminado de Mine Resistant Ambush Protecter (MRAP) para servicio en las calles de EEUU. (//modernsurvivalblog.com, 6-9-12). Los blindados MRAP pueden resistir la explosión de las minas que aplasten y salir airosos de una emboscada gracias al armamento que poseen.

    Forbes pregunta por la razón de estas compras: “Es absolutamente inconcebible que la secretaria del Departamento de Seguridad Nacional, Janet Napolitano, esté planeando un golpe de Estado contra el presidente Obama y el Congreso para autoproclamarse Líder Suprema de Estados Unidos”. Ciertamente. Pero la pregunta sigue en pie: ¿para qué este exceso de poderosos instrumentos de guerra si sólo se trata del orden interno? La revista para multimillonarios opina: “Comprar 1600 millones de proyectiles y desplegar vehículos blindados es algo completamente contrario a lo que ‘seguridad nacional’ realmente significa”. ¿Entonces?

    Página/12 :: Contratapa :: De cuando un premier británico pensó en matar británicos

    02/10/2013

    Lula transformou a crise em marola; Portugal, no enrola

    Filed under: Crise Financeira Européia,Lula,Marolinha — Gilmar Crestani @ 7:34 am
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    Receitas opostas para o mesmo mal. Se Portugal tivesse aplicado a receita proposta por Lula, não teria matado o paciente. Mas Portugal, como a direita marionete tupiniquim, preferiu acreditar em milagres, aa cortar os poucos remédios que havia, para ver se o paciente sobreviveria sem eles. Os que têm dois neurônios sabem que a receita aplicada por Portugal foi não só vendida pela oposição e seus ventríloquos nos grupos mafiomidiáticos, como foi decretada a falência do Brasil por ter seguido rumo oposto. Resultado, a direita amadrinhada pelo Instituto Millenium devota ódio mortal ao Lula e tudo mais que ele representa.

    Austerità: la cura resta rigorosamente letale. Il caso del Portogallo

    Qualche numero aggiornato sulla situazione delle finanze pubbliche portoghesi, per ricordarci che la crisi esiste, persiste e sussiste, e che i nodi arriveranno presto al pettine della Grande Coalizione tedesca in via di formazione.

    Con il termine “crisi”, però, sarebbe utile indicare non quella economica ma quella che la alimenta, e cioè le misure di austerità europea, che stanno determinando un classico avvitamento dei conti pubblici un po’ ovunque, non solo da noi. In effetti, nei numeri e nella situazione portoghese si coglie una certa aria di famiglia.

    Giorni addietro sono stati resi noti i dati relativi allo stock di debito pubblico portoghese. Secondo l’agenzia nazionale di gestione del debito, lo stock di passività pubbliche, escluse quelle legate alle imprese controllate dallo stato, ad agosto era di 207,4 miliardi, dai 188 di un anno prima. Secondo la banca centrale, che include nel computo anche le passività delle imprese pubbliche, il rapporto debito-pil a giugno era del 130.9%, dal 123,7% al 31 dicembre 2012. L’indebitamento totale del Portogallo, pubblico e privato, a fine giugno era al 452% del Pil (avete letto correttamente), contro il 434% di un anno prima.

    Dal versante del deficit pubblico, i conti del periodo gennaio-agosto mostrano numeri interessanti, nella loro crudezza e disfunzionalità. Ad esempio, le entrate totali crescono del 6,4% su base annua, in larga parte a causa del rialzo delle aliquote Irpef deciso in gennaio. Altra gente che non ascolta Alesina & Giavazzi, e che non riesce a tradurre il verbo Fare nella propria lingua, evidentemente, tapini. Forse perché il taglio di spesa era già fallito in precedenza, chissà. E di gente simile c’è piena l’Europa, pensate.

    Entrate da imprese in rialzo del 6,1%, altra cosa piuttosto agghiacciante, dato l’andamento del Pil portoghese, e gettito Iva in puntuale calo anche laggiù (del 2,1%), a causa della contrazione della spesa delle famiglie. Più interessante la dinamica della spesa pubblica, che nei primi otto mesi del 2013 cresce dell’1,8% sullo stesso periodo dello scorso anno. Di questa, l’aumento per la spesa corrente è del 4,1% annuo, frutto pressoché esclusivo della decisione della corte costituzionale portoghese, che ha ordinato la restituzione ai pubblici dipendenti delle due mensilità che erano state tagliate dal governo. Come si nota, non è solo l’Italia ad avere problemi di controllo della finanza pubblica a seguito di decisioni supreme.

    Il governo di Lisbona cercherà di compensare questa restituzione attraverso non meglio specificati piani di fuoriuscite volontarie di pubblici dipendenti, perché pare che la corte costituzionale non sia d’accordo neppure con l’ipotesi di licenziamenti nel pubblico impiego. A questo punto non è difficile immaginare dove andrà a parare la Troika, nei “suggerimenti” dopo l’ultima revisione dei conti pubblici portoghesi. Nel frattempo, visti gli enormi vincoli a toccare la spesa corrente, che si fa? Semplice: si uccide la spesa pubblica in conto capitale, a meno 27% annuale, e si effettuano tagli lineari sugli acquisti della P.A. Tutto già visto, altrove.

    Ma non basta, ahimè: la spesa per pensioni è in forte aumento ed i contributi al sistema della Sicurezza Sociale stagnano a causa della situazione drammatica del mercato del lavoro. Come i più perspicaci tra voi avranno intuito, chi non lavora non versa contributi, e la Sicurezza Sociale entra in apnea. In aggiunta a ciò, sulla spesa pensionistica pesa altra sentenza della corte costituzionale, che ha ordinato al governo di restituire ai pensionati la mensilità che era stata loro tolta in una precedente manovra. E quindi, che si fa? Il governo centrale effettua trasferimenti compensativi alla Sicurezza Sociale, per prestazioni di welfare e pagamento delle pensioni. Ma questa è pur sempre spesa pubblica. Discorso analogo per l’aumento di spesa legato ai maggiori sussidi di disoccupazione, per i motivi detti sopra.

    Su questi ultimi, che sono e restano stabilizzatori automatici, il governo ha deciso di agire riducendo gli assegni di disoccupazione, da gennaio di quest’anno. Peraltro la spesa, in questo comparto di welfare, appare in frenata, ma non per miglioramenti congiunturali quanto perché i beneficiari degli assegni di disoccupazione stanno riducendosi a causa della perdita dei requisiti, che vengono meno dopo uno o due anni, a seconda dell’età. Decorso questo periodo di tempo, i disoccupati di lungo periodo che non hanno trovato lavoro sono soli con se stessi. Possono comunque ingannare il tempo leggendo le prescrizioni di economisti che ritengono che il taglio dei sussidi di disoccupazione serva ad attivare la ricerca del lavoro. Purtroppo, in condizioni del genere, questo precetto pare non valga, ma sono dettagli. Per piegare la spesa pensionistica il governo portoghese ha poi introdotto riforme che limiteranno gli assegni pensionistici futuri, oltre a tassare i trattamenti superiori alla sontuosa cifra annua di 4.014 euro.

    In breve, ad nauseam: l’austerità avvita il paese su se stesso, il rapporto debito-Pil si autoalimenta e raggiunge la soglia della non sostenibilità, che a sua volta rischia di richiedere default ai titoli di stato e rinegoziazione degli aiuti della Troika.

    P.S. Se volete leggere una spiegazione (di fonte rigorosamente accademica, peraltro) del perché la cura è e resta letale, leggete questo commento di Ugo Arrigo, ormai entrato a pieno titolo nel Club degli Eretici. E buona fortuna a tutti.

    Foto: Pedro Ribeiro Simoes/Flickr

    Austerità: la cura resta rigorosamente letale. Il caso del Portogallo – AgoraVox Italia

    15/06/2013

    Com a contribuição do estafeta FHC

    Filed under: Crise Financeira Européia,FHC,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 12:42 pm
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    Para comprovar, basta olhar quem enriqueceu e virou milionário a partir da participação no governo FHC. Todos os que saíram do governo do prof. Cardoso montaram empresas e/ou consultoria milionárias. Até a filha de Serra enriqueceu, os genros de FHC, Pedro Parente, Pérsio Arida, Gilmar Mendes. Todos saíram daquilo para isto.

    CIFRAS&LETRAS

    CRÍTICA ECONOMIA GLOBAL

    Plutocratas são os modernos ‘barões ladrões’, diz jornalista

    Desregulamentação e concentração de renda forjam grupo de ultrarricos

    ELEONORA DE LUCENADE SÃO PAULO

    Eles são como uma nação: têm casas em várias metrópoles, frequentam os melhores restaurantes, vão a shows e festivais de cinema, participam de fóruns empresariais, assistem a torneios de tênis, possuem uma fundação filantrópica.

    E viajam toda a semana. Entram em jatinhos para traçar o planeta com a mesma facilidade com que a classe média abre a porta do carro. "Conhecemos melhor as aeromoças do que nossas mulheres", definiu um deles.

    Fazem lobby e nutrem fortes vínculos com governos e políticos. Contratam os melhores advogados, dentistas, médicos, chefs de cozinha, cantores. É um universo do masculino. Quanto mais alto se está, mais patriarcal é a vida familiar. Aqui ainda vigora a era de "Mad Men".

    Assim são os muito-muito-muito ricos descritos pela jornalista canadense Chrystia Freeland em "Plutocrats, the Rise of the New Global Super-Rich and the Fall of Everyone Else" (Plutocratas, a ascensão dos novos superricos globais e a queda de todos os outros, ed. Penguin Press).

    Freeland mostra como o modelo de desregulamentação financeira, privatização e concentração de renda forjou e reforçou esse grupo dos megarricos. E recheia o livro com estatísticas.

    Exemplo: em 1980, nos Estados Unidos, o ganho médio de um presidente de empresa era 42 vezes maior do que o de um trabalhador. Em 2012 essa diferença saltou para 380 vezes. Um verdadeiro plutocrata ganha ao menos US$ 10 milhões por ano.

    Os ultrarricos fazem fortunas nas finanças, no setor de alta tecnologia ou se beneficiaram de processos de privatização do patrimônio público como no caso dos oligarcas russos ou do mexicano Carlos Slim. Geram empregos fora de seus países, buscando mão de obra barata na Ásia ou na América Latina.

    Eles diferem dos magnatas que inspiraram Scott Fitzgerald no início do século 20. Se naquela época os bilionários já nasciam com fortunas, herdando impérios nas áreas de transporte, aço e petróleo, hoje eles são "ricos que trabalham", aponta a jornalista. Mesmo assim, ela diz que "os plutocratas de hoje são os modernos barões ladrões, beneficiados por uma era de extrema mudança econômica".

    BRASILEIROS

    O Brasil aparece em três passagens. Na primeira, há uma breve citação sobre o não aumento de concentração de renda, "provavelmente porque a desigualdade já seja tão grande", constata.

    Mais adiante, há dois parágrafos com Eike Batista. Segundo o empresário, "70% dos 10% mais ricos fizeram o seu dinheiro nos últimos dez anos". Para a jornalista, "Batista é um desses arrivistas e a velha guarda não gosta dele". Já o norte-americano David Neeleman, da companhia aérea Azul, fala das vantagens em relação aos EUA: "Estamos crescendo 25% ao ano", declara.

    Freeland dedica algumas páginas para as estrelas na música e no cinema. Cita casos de Lady Gaga, Leonardo Di Caprio, Justin Bieber e seus astronômicos cachês. Mas, sem surpresa, ela observa que "os maiores vencedores são os banqueiros". O livro arranha a discussão da necessidade de maior regulação das finanças e, às vezes, adota uma abordagem ingênua e maniqueísta. Fala um pouco de como esse grupo escapa dos impostos, mas passa ao largo dos paraísos fiscais.

    Da leitura se sai com vontade de saber mais sobre o cotidiano verdadeiro desses ricaços, que, certamente, sabem se preservar. De qualquer forma, detectando tendências, coletando números e expondo análises, a obra de Freeland ajuda a defini-los.

    PLUTOCRATS – THE RISE OF THE NEW GLOBAL SUPER-RICH AND THE FALL OF EVERYONE ELSE
    AUTORA Chrystia Freeland
    EDITORA Penguin Press
    QUANTO US$ 17,00 (R$ 36,55, 352 págs.)
    AVALIAÇÃO bom

    09/06/2013

    É, mas FMI já foi divinizado no Brasil…

    Filed under: Crise Financeira Européia,FMI — Gilmar Crestani @ 10:30 am
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    A Folha que tanto torce para que o Brasil vá mal como justificativa para a volta do seus burlantins, e que jamais fez qualquer crítica ao papel subserviente do PSDB ao FMI, agora, e só depois que o próprio FMI admitiu, repercute o que o FMI permite que repercuta. O que Clóvis Rossi publica hoje na Folha saiu ontem em todos os portais da internet do mundo, que o FMI admite que exagerou nas exigências de cortes de gastos sociais à Grécia. Mas é exatamente que os vira-bostas e vira-latas nacionais andam exigindo em relação à Dilma, da mesma forma que exigiam de Lula, corte nos gastos sociais e alto superávit primário. Haja paciência…

    CLÓVIS ROSSI

    O genocídio social assumido

    O FMI confessa que errou a mão no programa que foi imposto a Grécia. Alguém será punido?

    A equipe técnica do Fundo Monetário Internacional acaba de assumir que praticou genocídio social na Grécia, em parceria com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

    É claro que o documento dos técnicos não usa a expressão genocídio. Apenas afirma que o programa imposto à Grécia cometeu erros. Um deles: foram subestimados os cálculos sobre a retração econômica que provocaria o pacote de ajuda à Grécia (ajuda é o termo que eles usam; eu prefiro estrangulamento).

    O segundo erro: o calote afinal adotado em outubro de 2011 deveria ter vindo dois anos antes.

    Choca, em particular, essa segunda descoberta. Qualquer pessoa que tivesse concluído o curso primário e enxergasse um dedo à frente do nariz sabia desde o início da crise que a Grécia jamais poderia arcar com a sua dívida mesmo em circunstâncias normais.

    Nas circunstâncias anormais que o país vivia, então, pagar era simplesmente impossível.

    O adiamento do calote só serviu para que os credores fugissem ou, ao cobrar juros criminosos, recuperassem antecipadamente as perdas que viriam a ter com o "default".

    Que o pacote grego levou a um genocídio social, basta ler o resumo feito ontem para "The Telegraph" por Nigel Farrage, líder do nacionalista UKIP (o Partido pela Independência do Reino Unido):

    "A Grécia foi sacrificada no altar de uma fracassada experiência do euro, sua comunidade de negócios dizimada, suas famílias levadas à penúria, sua taxa de suicídio furou o teto (subiu mais de 40% no período da crise). O desemprego quadruplicou, o desemprego juvenil está agora em 64%. Sonhos foram destruídos, o futuro hipotecado –e as esperanças deixadas apodrecer em campos de oliveiras não cuidados".

    Se essa não é a descrição de um genocídio social, já não sei definir o que é genocídio social.

    Quando a direita, em geral menos sensível às questões sociais, põe o dedo na ferida desse jeito, dá até medo de ouvir o que diz a esquerda.

    Só faltou aos técnicos do FMI estender o reconhecimento do erro aos demais países aos quais foram impostas políticas de rígida austeridade. Tanto houve erro nelas que, agora, a Comissão Europeia está dando mais prazo a todos os países vítimas para reduzir a relação deficit/PIB ao número totêmico de 3% estabelecido no Tratado de Maastricht, que estabeleceu as bases para o lançamento do euro.

    Na Itália, por exemplo, são os jovens empresários a reclamar um horizonte. "Sem perspectivas para o futuro, a única perspectiva se torna a revolta. As instituições democráticas passam a ser contestadas e podem chegar à dissolução, quando não conseguem dar respostas concretas às necessidades econômicas e sociais", diz Jacopo Morelli, presidente da secção de Jovens Empreendedores da Confederação das Indústrias.

    Quando empresários, mais preocupados com o lucro, pela própria natureza, demonstram temor de demolição institucional, fica evidente que os programas supostamente de ajuda roubaram o horizonte de uma fatia considerável de sociedades antes modelo de bem-estar.

    crossi@uol.com.br

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