Ficha Corrida

15/06/2013

Não deu no NYT, nem na The Economist

É como no Brasil, quem confiaria nos a$$oCIAdos do Instituto Millenium para contar as falcatruas do Daniel Dantas? Como disse o PHA, Daniel Dantas foi pego passando a bola no ato de passar, e ainda assim encontrou “facilidades” nos órgãos superiores. Que outra pessoa conseguiria dois habeas corpus em menos de 24 horas do mesmo Ministro Gilmar Mendes? Só FHC… New York Times, The Economist e demais órgãos de assessoria dos EUA, como Murdoch, só encontram credibilidade nos vira-latas e vira-bostas tupiniquins. Vez que outra The Economist é escalado para atacar a política econômica do Brasil para servir de escada aos seus subalternos brasileiros e ninguém parece se dar conta disso.

A mulher por trás do escândalo da vigilância do governo americano

Kiko Nogueira 10 de junho de 2013

Laura Poitras, a primeira pessoa a ser contatada pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, diz que ele tinha suspeitas da mídia tradicional.

Laura

Laura

Que Edward Snowden, o homem que vazou os dados sobre o esquema de vigilância do governo americano, tinha falado com Glenn Greenwald, do Guardian, você já sabia. Greenwald, no entanto, não estava sozinho. Nos créditos do vídeo preparado pelo jornal, aparece uma mulher como “cineasta”. Seu nome é Laura Poitras e ela recebeu um email de Snowden em janeiro. Foi a primeira pessoa com quem Snowden entrou em contato.

Poitras foi descoberta agora pelo site Salon. É documentarista e ainda está em Hong Kong fazendo um filme sobre o caso. Foi indicada ao Oscar em 2006 por My Country, My Country, um relato do impacto da guerra do Iraque sobre a população iraquiana. Foi o primeiro de uma trilogia de documentários sobre as políticas americanas pós 11 de setembro. O segundo, The Oath, fala de Salim Hamdan, ex-motorista de Osama bin Laden e seu cunhado, e o terceiro é a respeito de pessoas que passam informações confidenciais. Está sendo finalizado (o encontro com Snowden é parte disso).

Laura colaborou com Julian Assange no próximo filme do Wikileaks. Ela é membro do conselho da Fundação Pela Liberdade de Imprensa, entidade dedicada a promover e financiar o jornalismo que expõe a má gestão, a corrupção e a violação de leis pelo governo dos EUA.

Ela diz que foi presa mais de 40 vezes em fronteiras desde o lançamento de My Country, My Country. Foi incluída numa lista de elementos perigosos. “No momento, é melhor para mim que eu fique fora do país, o que é uma coisa triste de admitir”, ela diz. No ano passado, foi curadora de um grande ato, num museu, cujo tema era espionagem. Visitantes foram presos ao tentar entrar no museu.

Laura deu uma entrevista para o Salon em que explica como chegou a Snowden – e também, sinal dos tempos, por que não deu o material para o New York Times. Alguns trechos:

Por que você acha que Snowden entrou em contato com você? Você foi a primeira pessoa com quem ele falou?

Eu não posso falar por ele. Ele me disse que me contatou porque minha prisão na fronteira significava que eu havia sido selecionada. Ser selecionada – e ele entrou numa longa litania – quer dizer que tudo o que você faz, todos os amigos que tem, tudo o que você adquire, cada rua que você cruza, você esta sendo vigiado. “Você provavelmente não gosta de como o sistema funciona, e eu acho que posso te contar a história…” Claro que eu estava desconfiada, eu achava que era uma armadilha.

Eu posso dizer que, através das conversas que tivemos, ele suspeitava da mídia tradicional. E principalmente com o que aconteceu com a matéria dos grampos (no governo Bush), que, como sabemos, ficou na gaveta (do Times) por um ano. Eu não sabia que ele estava contatando Glenn àquela altura.

Você ainda tem contato com ele?

Eu não vou comentar sobre isso.

Você sabe onde ele está?

Não vou comentar.

Você vai ficar em Hong Kong e arredores por um tempo ou acha que dá para ir aos EUA?

Ainda não decidi. Estou tentando descobrir isso agora. Mas eu estou realmente baseada agora fora dos Estados Unidos.

Você está preocupada com a retaliação em qualquer investigação que faça daqui para a frente?

Eu tenho sdo espionada há um longo tempo e não ficaria surpresa se isso continuar.

Que tipo de democracia é essa? Eu senti que essa era uma luta que vale a pena. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudar é um serviço.

Pessoas assumem riscos. E eu não sou a única que está correndo mais risco nesse caso.

Ele sempre planejou revelar a sua identidade?

Eu não sei. É uma situação complicada porque temos uma fonte que decidiu se revelar. Eu ainda sinto que tenho obrigações jornalísticas com a fonte, apesar de ela ter feito essa escolha… Glenn disse que começou a “trabalhar” com ele. Não houve trabalho. Nós fomos contatados.

Eu não sabia onde ele trabalhava, eu não sabia que ele era da Agência de Segurança Nacional, eu não sabia nada. Fomos contatados, eu não sabia o que ele estava fazendo e em algum momento ele apresentou os documentos.

Sobre o autor: Kiko Nogueira Veja todos os posts do autor Kiko Nogueira

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

A mulher por trás do escândalo da vigilância do governo americano | Diário do Centro do Mundo

Os só tem dois cidadãos: Snowden e Assange?!

Filed under: Bradley Manning,Edward Snowden,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 6:55 pm
Tags:

 

O mundo deve gratidão (e apoio) a Snowden

Mauro Santayana 14 de junho de 2013

O ex-agente da CIA mostrou o tamanho da vergonhosa espionagem que os Estados Unidos impõem a cidadãos de todo o mundo.

Snowden vivia confortavelmente com a namorada Lindsay no Havaí

Snowden vivia confortavelmente com a namorada Lindsay no Havaí

O mundo não conseguiu ainda sair do espanto causado pelas revelações do soldado Bradley Manning — cujo julgamento por traição começou há dias — e uma denúncia ainda mais grave foi encaminhada ao Guardian pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden.

O denunciante era, até o dia 20 de maio, um dos maiores especialistas em segurança de informações da Booz Allen, contratada pelo governo norte-americano para assessorar a NSA (Agência Nacional de Segurança).

De acordo com os documentos oficiais, filtrados por Snowden, e não desmentidos, Obama determinou a invasão dos sistemas de comunicação eletrônicos do mundo inteiro — também no próprio território norte-americano.

Os meios técnicos permitem aos invasores capturar mensagens e documentos, apagar, reescrever, reendereçar e-mails. Mais ainda: os hackers oficiais poderão intervir no sistema de comandos dos computadores.

Em tese, e de acordo com a tecnologia disponível, serão capazes de alterar a rota dos aviões, provocar incidentes militares nas fronteiras, falsificar telegramas diplomáticos, de forma a intrigar governos contra governos.

Atos de espionagem e de provocação são comuns na História, mas os meios tecnológicos de hoje os tornam catastróficos.

A única esperança de que planos como o do presidente Obama sejam divulgados está nos cidadãos dos próprios países agressores que, os conhecendo, como é o caso de Bradley Manning e de Edward Snowden, se disponham a denunciá-los ao mundo.

Snowden, como Manning, é um homem ainda jovem. Aos 29 anos, ganhando um bom salário de 200 mil dólares brutos por ano, vivia com conforto no Havaí, com sua jovem namorada, quando, ao tomar conhecimento das 18 páginas das diretivas de Obama aos serviços de segurança, resolveu revelá-los.

O governo norte-americano tenta minimizar a gravidade da denúncia, ao afirmar que um tribunal criado para supervisionar os serviços de informação e segurança aprovou a medida, da qual, também as comissões especiais do Congresso tomaram conhecimento e lhe deram endosso.

Há várias questões postas, que devem ser examinadas com serenidade. Em primeiro lugar, aquela velha presunção norte-americana de que eles foram predestinados ao domínio universal, e foi definida pelo senador Fullbright como “a arrogância do poder”.

Sentindo-se os mais poderosos, assim como os soberanos, julgam-se irresponsáveis pelos seus atos e inimputáveis. Não consideram que haja acima deles nenhum poder punitivo.

obama-bush

Seus fundamentalistas protestantes, entre eles Bush II, acreditam agir com a cumplicidade de Deus. Foi assim que o então presidente justificou a segunda guerra contra o Iraque: em conversa com o Todo-Poderoso, dele ouviu a ordem de caçar Saddam Hussein e eliminá-lo.

Outra lição do fato é a de que não há mais segredos no mundo, principalmente quando o rege a lógica do mercado.

Há, de acordo com as informações oficiais, 25 mil pessoas envolvidas no sistema nacional de segurança dos Estados Unidos, a maior parte delas funcionárias de empresas privadas, como a Booz Allen, cujo faturamento, em 98%, é obtido em contratos com a Agência Nacional de Segurança.

É impossível, assim, manter essas operações em sigilo.

Outra grande surpresa é o cinismo do presidente Barack Obama, que irrompeu no cenário norte-americano como aquele predestinado a recuperar os mais altos valores dos “pais fundadores” da grande república.

Na campanha eleitoral de 2008, ele qualificou os vazamentos do mau comportamento do governo como “atos de coragem e patriotismo, que podem, muitas vezes, salvar vidas e, com frequência, poupar dólares dos contribuintes, e devem ser encorajados, em lugar de combatidos”, como ocorria durante a administração Bush.

Na reação contra Manning e Assange, Obama absolve o “guerreiro” Bush. Snowden, em entrevista ao Guardian, diz que se sente mais ou menos seguro em Hong Kong, aonde chegou há três semanas.

Mas os republicanos do Congresso pediram ao governo que exija a sua extradição. Como se sabe, a autonomia da antiga colônia britânica é limitada: o território está sob a soberania estatal chinesa.

Será interessante verificar se o governo chinês decidirá acatar um pedido de extradição que um pequeno país, como o Equador, se nega a atender, no caso de Julián Assange.

Os observadores se dividem, na previsão do que virá a ocorrer, diante desse novo escândalo mundial.

A maioria, com a mente já colonizada pela hegemonia norte-americana, acha que nada há a fazer.

Em suma, é inevitável aceitar o mando norte-americano, para que nos salvemos do “terrorismo islamita”, assim como foi melhor aceitar as inconveniências da Guerra Fria, para que nos livrássemos do comunismo ateu.

Há, no entanto, os que sabem ser necessária uma aliança da inteligência e da dignidade dos homens, a fim de reagir, enquanto há tempo, contra essa tirania universal.

Postado em » Mundo

Sobre o autor: Mauro Santayana Veja todos os posts do autor Mauro Santayana

O jornalista e escritor Mauro Santayana, 80 anos, ocupou cargos de destaque em jornais como Folha de S. Paulo e Última Hora. Amigo e conselheiro de Tancredo Neves, foi o responsável pela articulação política da campanha presidencial do então governador de Minas. Seus artigos podem ser encontrados no blog http://www.maurosantayana.com

O mundo deve gratidão (e apoio) a Snowden | Diário do Centro do Mundo

04/05/2011

Assassinato seletivo, agora sob nova direção

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 8:28 am
Tags: ,

Os EUA que tanto criticam o terrorismo, agora praticam terrorismo de estado. Pior, adotam de forma explícita, já desde Sadam Hussein, o assassinato seletivo. A maneira como aconteceram os dois assassinatos parecem mais com queima de arquivo. Tanto Sadam Hussein como Bin Laden já estiveram à serviço dos EUA. Tinham muito o que contar. Eis aí uma boa razão para assassiná-los. Como diz o ditado, inimigo morto não fala. E nem precisa. Só não vê quem não quer,  o maior treinador de terrorista é o Tio Sam. O que era mesma a famosa Escola das Américas? Centro de treinamento terrorista patrocinado pelos EUA, onde ensinavam ditadores e torturadores sul-americanos a praticarem contra os próprios povos. Essa é a verdadeira lição da “democracia made in USA”.

De NY a Islamabad – Era melhor matar ou prender Bin Laden?

por Gustavo Chacra

03.maio.2011 18:51:33

  • no twitter @gugachacra

Bin Laden estava desarmado na hora que foi morto, mas teria resistido aos Seals, segundo informaram autoridades americanas. Acho complicado falar de uma operação militar nestas circunstâncias. Mas, caso houvesse a possibilidade de prender o terrorista saudita, fica a pergunta se seria melhor levá-lo a julgamento ou realizar a execução no local, como teria acontecido.

Na primeira possibilidade, Bin Laden precisaria ser preso em algum lugar. Poderia ser Diego Garcia ou Guantanamo, mas certamente não seria no território americano. No interrogatório, as autoridades dos EUA talvez conseguissem informações fundamentais sobre toda a história da Al Qaeda. Isso, claro, se o saudita decidisse cooperar, o que seria quase impossível, conhecendo a sua personalidade.

Neste período, haveria o risco elevado de sequestrarem americanos, civis ou militares, para exigir, em troca a libertação de Bin Laden. Imagine a posição de Obama vendo cidadãos dos EUA com facões no pescoço, estilo Daniel Pearl, e precisando decidir se liberta ou não o maior terrorista da história americana.

Para completar, Bin Laden poderia utilizar seu julgamento como palanque para difundir ainda mais suas idéias. Verdade, existe a chance de impedirem a divulgação do teor de sua defesa. Mas, em tempos de Wikileaks, sempre existe a possibilidade de vazamento. Mesmo condenado à morte, ele deixaria um testamento de ódio para seus seguidores.

Assassinato Seletivo – Já a decisão de matá-lo traz perguntas sobre a questão do assassinato seletivo. Sem ter uma definição clara nas Convenções de Genebra, que regulam os conflitos internacionais, esta forma de ataque, usada por Israel e pelos próprios americanos no passado, divide juristas e acadêmicos em questões estratégicas, legais e mesmo morais.

Existem três grupos de pensamento nesta discussão dos assassinatos seletivos -  os que consideram errado, os que acham aceitável em determinadas condições e, por último, aqueles que avaliam esta alternativa como positiva. Os governos americano e israelense tendem a se encaixar entre o segundo e o terceiro grupo.

Durannte a Intifada, Israel matou dois dos principais líderes do Hamas e sempre utiliza esta ação quando necessária. Barack Obama, recentemente, autorizou que as forças dos EUA matem até mesmo Anwar al-Awlaki, um cidadão americano que reside no Iêmen e é considerado uma das principais lideranças da Al Qaeda atualmente.

“Levando em conta exigência para um processo penal e a proibição de uma execução extra-judicial, a única maneira de justificar os assassinatos seletivos é a auto-defesa”, afirma Michael Gross, da Universidade de Haifa, que se encaixa entre aqueles que aceitariam o ataque seletivo em algumas ocasiões. Por exemplo, quando existem informações de que um terrorista está em um carro a caminho de cometer um atentado. Não era o caso de Bin Laden.

Esta linha de pensamento também é defendida por David Kretzmer, da Universidade Hebraica de Jerusalém. O professor alerta, porém, que estas ações “abrem as portas para violações do direito à vida em conflitos internacionais”. Gregory McNeal, da Universidade Pepperdine, disse, no mês passado, em conferência sobre assassinato seletivo na Filadéfia, que os comandantes militares “têm a obrigação de minimizar os efeitos colaterais dos ataques”. Os EUA aparentemente minimizaram.

Os mais radicais defensores dos assassinatos seletivos colocam esta tática como mais uma dentre as várias usadas em guerras, como Andrew Altman, da Universidade George Washington. “Se há  provas de que planejou ataques terroristas e não há oportunidade de incapacitá-lo com ações não letais”, sobra realizar os ataques seletivos para combater terroristas como Awlaki e Bin Laden, segundo Robert Chesney, da Universidade do Texas.

Jeremy Waldron, em um recente artigo publicado pela Universidade de Nova York, se posiciona totalmente contra os assassinatos seletivos porque eles tendem a fugir do controle ao longo do tempo e a serem usados indiscriminadamente.

De NY a Islamabad – Era melhor matar ou prender Bin Laden? « Gustavo Chacra

03/05/2011

Giusto uccidere Osama Bin Laden?

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 10:33 am
Tags:

"Dice che hanno ucciso Bin Laden: ed è vero!"

Giusto uccidere Osama Bin Laden? E il diritto internazionale?

Giusto uccidere Osama Bin Laden? E il diritto internazionale?

Manifestazioni di giubilo negli USA, quasi tutti i Governi del Mondo si congratulano con Obama. Il premier Israeliano definisce l’uccisione di Osama Bin Laden (nella foto devo dire che sembra ringiovanito, non dovrebbe essere più vecchio?) come: "Una vittoria della giustizia, della libertà e dei valori comuni ai Paesi democratici".
Bene, anzi male.
Personalmente non mi rassegno all’idea che i diritti internazionali siano sistematicamente violati. Un continente come gli USA, considerato la "culla della democrazia", la dovrebbe finire di continuare a fare esecuzioni sommarie con l’avvallo di tutti, e senza che non ne risponda mai.
So che è molto difficile accettare il "diritto" nei confronti degli assassini, tiranni o terroristi. Ma dobbiamo metterci in testa che uno Stato serio e responsabile dovrebbe essere il primo a comportarsi con civiltà. Ma forse, essere seri, per la Giustizia, per il rispetto dei diritti civili non è proprio nella natura dello Stato stesso.
Gli omicidi extragiudiziari sono illegali secondo le leggi e le norme internazionali. L’Articolo 23/b dell’Ordinamento dell’Aja del 1907, proibisce "l’omicidio, la proscrizione, o la messa al bando del nemico, o mettere una taglia sulla testa del nemico, come pure offrire una ricompensa per ogni nemico ‘vivo o morto’".
E sappiamo che Israele con i sui omicidi mirati ha sempre violato l’ordinamento dell’Aja, così come gli USA.
Osama Bin Laden è senza dubbio un terrorista, ma uno Stato considerato democratico avrebbe dovuto catturarlo e processarlo, e si sarebbe dovuto difendere come qualsiasi altro cittadino dalle accuse. Non ho mai accettato le esecuzioni sommarie, e da nessuna parte provenga. Non ho accettato l’impiccagione di Saddam Hussein, come non osanno (e qui sarò impopolare) l’impiccagione a Piazzale Loreto di Mussolini e la sua amante.
Viviamo in un mondo dove c’è un gendarme a stelle e strisce che pretende la legalità nei confronti degli altri Paesi, ma che vuole agire impunemente. Sì, parliamo di una sorta di "legalitarismo internazionale". Un tempo Erich Fromm lo definì come un fascismo dal volto sorridente.
E non c’è niente da ridere. Altro che colpo mortale al terrorismo. In questo modo l’Occidente diventa una fabbrica di numerosi gruppi terroristici. Le guerre che noi facciamo in continuazione, gli arresti illegali, i respingimenti nei confronti di chi fugge dalla disperazione, la prigione come Guantanamo sfornano generazioni e generazioni di futuri Kamikaze.
E non so se sia vero che quelli di Al Qaeda , in caso di uccisione di Bin Laden, avrebbero programmato di far esplodere una bomba atomica nascosta in un Paese Europeo. Ma di sicuro se continuiamo a violare i diritti internazionali impunemente, certamente rischiamo di grosso.

Nella foto il fake che è girato, in un primo momento, nei media internazionali

Giusto uccidere Osama Bin Laden? E il diritto internazionale? – AgoraVox Italia

O fim do direito internacional

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:02 am
Tags:

Todo mundo já sabe que Bin Laden é uma cria americana. Foi amestrado na Guerra contra a URSS. Na luta pela defesa dos próprios interesses, o Estado Democrático de Direito é invocado. Inclusive no âmbito internacional. Ah, sim, o direito internacional só serve para proteger  a parte do leão nos grandes contratos.

Houve um tempo em que se cassava nazistas e levados a julgamento, em Nuremberg ou em Jerusalém. Agora, não, como diria Paulo Coelho, Tio Sam decide matar! E mata, onde quer que se encontre. Seja em Bagdá, com outro ex-aliado, Sadam Hussein. Depois duvidam da CIA e suas execuções cirúrgicas nos países da América Latina. Quantas vezes já tentaram matar Fidel Castro? Direito? Julgamento? O é que é isso mesmo?

O fim de Bin Laden

03 de maio de 2011 | 0h 00

– O Estado de S.Paulo

Osama bin Laden, o homem mais procurado do mundo, não estava entocado numa remota região afegã, sob a proteção do Taleban, como durante anos os serviços de inteligência dos Estados Unidos pareciam acreditar e os seus colegas paquistaneses asseguravam. O líder da organização terrorista Al-Qaeda, responsável, entre outros atentados, pelos ataques suicidas de 11 de setembro de 2001 em território americano que deixaram perto de 3 mil mortos, vivia com familiares e asseclas em fortificado casarão de 3 andares em Abbottabad, cidade paquistanesa de 500 mil habitantes, cerca de 120 quilômetros ao norte da capital Islamabad e sede da principal academia militar do país, abrigando diversas unidades do Exército paquistanês.

Eis por que nem mesmo o justificado júbilo pelo êxito da invasão do bunker de Bin Laden por forças especiais americanas levadas de helicóptero, que culminou com a eliminação de Bin Laden no começo da madrugada de domingo (hora local), pode disfarçar o mal-estar de Washington com a exposição pública do duplo papel do Paquistão na chamada guerra ao terror declarada pelo então presidente George W. Bush nos escombros do 11 de Setembro. Nestes quase 10 anos que se seguiram, os Estados Unidos elevaram a níveis sem precedentes os gastos militares com o seu aliado histórico no subcontinente asiático, além de despejar ali bilhões em programas de ajuda econômica e social.

Ainda assim, o pais islâmico, peça-chave no tabuleiro diplomático americano, nunca chegou a ser o parceiro confiável que os EUA desejavam ter na tentativa de golpear a Al-Qaeda, cujos militantes se acostumaram a cruzar, sem ser molestados, áreas da fronteira afegã-paquistanesa, enquanto agentes do temível serviço secreto de Islamabad, o ISI, olhavam para o outro lado. Em agosto passado, quando a CIA finalmente conseguiu mapear a localização de Bin Laden – dois anos depois de descobrir que o seu principal mensageiro vivia no Paquistão -, as relações entre os dois países já iam de mal a pior. Ao relutante engajamento paquistanês no combate à Al-Qaeda somavam-se graves divergências sobre o futuro do Afeganistão quando – ou se – o Taleban for neutralizado.

No pronunciamento em que anunciou a morte de Bin Laden, tarde da noite de domingo, o presidente Barack Obama se referiu à participação paquistanesa na busca do paradeiro do terrorista. Na realidade, os serviços americanos de espionagem fizeram eles próprios todo o trabalho – e Washington não compartilhou os resultados com ninguém. Mas os EUA continuam a depender do Paquistão (assim como da Rússia, por exemplo) para a logística da guerra afegã. Esse dado da realidade será inevitavelmente invocado nas novas pressões sobre a Casa Branca pela retirada americana, sob o argumento de que o fim de Bin Laden representa um divisor de águas na agenda contraterrorista do país.

Na verdade, a única certeza a emergir da formidável proeza de anteontem é que o combalido Obama saiu das cordas onde a oposição republicana parecia tê-lo confinado direto para a consagração – e a perspectiva da reeleição. Na campanha de 2008, ele prometeu repetidas vezes que Osama seria morto no seu governo. Agora, poderia metaforicamente socar o ar e proclamar "Yes, we can!". (No que diz respeito à desacreditada CIA, é a pura verdade.) Mas não precisará fazer isso, como não fez na sóbria fala de domingo, quando preferiu conclamar os americanos a reencontrar o "senso de unidade" forjado pelo 11 de Setembro. A menos que o mundo vire de ponta-cabeça, nunca mais os detratores do presidente poderão acusá-lo de ser um "líder fraco" aos olhos do mundo.

A ainda incerta recuperação da economia americana, com o nível de emprego se mantendo teimosamente num patamar inaceitável, constitui um obstáculo de monta para quem quer que fosse o titular de turno da Casa Branca. Em 1992, a economia fez Bush-pai perder a reeleição para Bill Clinton, um ano depois de vencer a Guerra do Golfo. Mas isso não se compara, no plano simbólico, ao impacto da liquidação da figura provavelmente mais odiada pelo povo americano em todos os tempos. "Fez-se justiça", disse Obama. No imaginário do país, foi ele quem a fez.

O fim de Bin Laden – opiniao – Estadao.com.br

30/04/2011

Democracia made in USA

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:07 am
Tags:

 

Ilusiones perdidas

La American University organizó en Washington la mayor conferencia sobre derechos humanos, para evaluar en veinte paneles el impacto de la política del gobierno de Obama. Junto con líderes de las principales organizaciones de derechos humanos de todo el mundo, funcionarios de ese gobierno y miembros actuales y pasados de los organismos especializados de la OEA y de las Naciones Unidas, participaron líderes de ONG de todo el mundo. Horacio Verbitsky expuso el jueves la posición del CELS.

Por Horacio Verbitsky

Lo primero que debo decir es que Obama tuvo y tendrá una gran ventaja, por el solo hecho de ser el presidente que sucedió a George W. Bush. Pero su oferta electoral iba mucho más allá de no ser un violador sistemático y manifiesto de los derechos humanos. Como organización de Sud América identificamos varios puntos de preocupación en sus políticas de derechos humanos. Por supuesto, tenemos conciencia de las disputas partidarias y de las presiones de los grupos más conservadores de ambos partidos, pero aun así la responsabilidad del Poder Ejecutivo es central. Por desgracia el balance tiene pocos aspectos positivos y son sobre todo simbólicos. Obama se alejó de la retórica belicista de Bush y eso le bastó para obtener el premio Nobel de la paz. Pero la verdad es que en los hechos pisoteó las esperanzas que había suscitado en la comunidad de derechos humanos.

La prisión de la Bahía de Guantánamo es un impresionante ejemplo de sus promesas electorales incumplidas. Se esperaba que con el cierre de esa cárcel Estados Unidos cumpliera con los requisitos del sistema legal internacional, pero la falta de decisión contra las violaciones masivas y sistemáticas a los derechos humanos perpetúa el excepcionalismo del período Bush, que coloca a este país por encima del derecho internacional de los derechos humanos, lo cual es de una enorme arrogancia.

En febrero de 2006 el Relator Especial de las Naciones Unidas sobre la tortura, el Relator Especial sobre la libertad religiosa y el presidente del Grupo de Trabajo sobre detenciones arbitrarias informó a la Asamblea General que en Guantánamo se violaba el derecho a un juicio justo y se empleaban métodos de interrogatorio prohibidos por la Convención contra la Tortura y otros tratos crueles y degradantes. También concluyeron que las condiciones de detención, la alimentación forzosa de las personas en huelga de hambre, el tiempo indeterminado de detención y el extenso confinamiento solitario violaban el derecho a la salud y a ser tratado con dignidad. La semana pasada se confirmó que no menos de 150 personas inocentes estuvieron confinadas allí durante años, incluyendo choferes, agricultores, pastores y cocineros, por errores de identificación o por haber estado en mal momento en un lugar inconveniente.

Un par de miembros de la ONG Médicos por los Derechos Humanos pudieron leer las hojas clínicas de muchos presos en Guantánamo. Encontraron huesos rotos por palizas brutales, ataques sexuales, aplicación del submarino y simulacros de fusilamiento, métodos prohibidos por las convenciones internacionales y por normas éticas universales.

Analogías perturbadoras

Creemos que la política de Obama debería incluir un apoyo activo a los procesos judiciales que se realizan en la región por los crímenes de las dictaduras. El gobierno de los Estados Unidos debería adoptar también mecanismos de responsabilidad para juzgar los más graves crímenes internacionales cometidos en la denominada guerra contra el terrorismo, que tiene perturbadoras analogías con las prácticas autoritarias de las dictaduras latinoamericanas del pasado.

Las detenciones sin juicio y la entrega de prisioneros a países en los que la tortura es común, para sacarlos de la jurisdicción estadounidense y privarlos de su sistema de protección de garantías, contradice el principio de no devolución establecido por la Convención contra la Tortura. Esta práctica frecuente es emblemática de una regresión peligrosa respecto de las normas de derechos humanos fijadas por la comunidad internacional cuando se conocieron los horrores cometidos durante la Segunda Guerra Mundial.

La relación de Estados Unidos con América Latina es dirigida por el Pentágono, que dispone de más presupuesto y personal que las secretarías del Tesoro, de Agricultura, de Comercio y de Estado juntas. Cada año, durante las audiencias legislativas, el jefe del Comando Sur explica esta relación en términos de seguridad nacional, un concepto tan vasto como impreciso que incluye casi cualquier cosa imaginable, incluso las opciones electorales de nuestros países, que suelen ser descalificados como populistas. La presencia estadounidense en la región sigue siendo demasiado militarizada. El gobierno de Obama no revirtió el alistamiento de la 4ª Flota Naval dispuesto en 2008. Por el contrario, avanzó más allá por este camino equivocado cuando impulsó a Colombia a confrontar con el resto de la región por la cesión de bases militares a los Estados Unidos. El Comando Sur planeaba usarlas como herramienta para controlar a otros países de Latinoamérica, que naturalmente se opusieron. Según fuentes ecuatorianas, la inteligencia estadounidense jugó un papel central en el ataque aéreo del gobierno de Colombia sobre un campamento de las FARC, del lado ecuatoriano de la frontera.

La militarización de todo

Los Estados Unidos hacen un doble juego con el rol de las Fuerzas Armadas. El gobierno de Obama no reconoce la diferencia entre seguridad y defensa, algo fundamental para los países que padecieron terribles dictaduras militares. Mientras la ley Posse Comitatus, del siglo XIX, prohíbe el uso de las Fuerzas Armadas en tareas de seguridad pública dentro de los Estados Unidos, su gobierno presiona a nuestros países en la dirección contraria, borrando los límites entre ambos roles. Lo mismo ocurre entre defensa e Inteligencia, en una sociedad con una proyección sin precedentes de lo militar sobre toda clase de actividades. Esto no ocurre por casualidad sino debido a decisiones políticas, como se aprecia con el enroque entre uno de los más altos jefes de las Fuerzas Armadas y el director de la CIA. El traslado del militar a la CIA y la designación en el ministerio de Defensa de quien dirigía la CIA sugiere que no hay diferencias, que son lo mismo. Esta clase de confusión ha socavado incluso la ayuda a Haití después del terremoto. La misión estadounidense en ese país se caracterizó por la presencia militar, más que social o económica. Haití necesita con desesperación de médicos, servicios sociales, inversiones y no de soldados que exhiben uniformes futuristas y un amenazante equipamiento bélico. Esto es tan fuerte en la cultura estadounidense que incluso cuesta explicar aquí por qué debería ser de otra manera.

Al presentar al Congreso su justificación del presupuesto solicitado para 2010, el Pentágono introdujo la doctrina expansionista de la Guerra Irregular, de inquietante similitud con algunas doctrinas contrainsurgentes de la década del 60, actualizadas en la denominada guerra contra las drogas, pero no sólo. Junto con la contrainsurgencia viene la doctrina de la construcción nacional o National Building, que se propone remodelar las instituciones políticas de otros países, lo cual no es una actitud amistosa. Otros documentos militares estadounidenses consideran a algunos países y regiones, entre ellos Venezuela, como posibles teatros de operaciones. El envío de coroneles de la brigada aerotransportada de paracaidistas de Fort Bragg para entrenar a la Policía Federal es otra mala señal. El gobierno argentino los acusó de tratar de introducir en el país sin declararlos armas, drogas como morfina y misteriosos equipos de comunicaciones. Este modelo de intervención ha tenido negativo impacto sobre los derechos humanos. Peor aún, cuando algunos países tratan de cambiar por formas más eficaces de enfrentar a la criminalidad compleja con respeto por los derechos humanos, el gobierno de Obama insiste en las fracasadas recetas de la era Nixon. Devastado por una violencia siempre en aumento, México es la prueba viviente de la insanía de esta política. México provee las drogas que se consumen en Estados Unidos y Estados Unidos las armas con las que se asesina en México. No es una política de buena vecindad. Los ex presidentes Ernesto Zedillo, Fernando Henrique Cardoso y Cesar Gaviria y el premio Nobel de literatura Mario Vargas Llosa, entre otros, dan por perdida esa guerra a las drogas y proponen un enfoque diferente, que Estados Unidos no acepta.

Otra fuente de desacuerdos con la región es la posición estadounidense sobre el golpe en Honduras. Aunque al principio Washington rechazó el golpe como ilegal, la presión del partido Republicano en el Congreso forzó a Obama, Hillary Clinton y Arturo Valenzuela a reconocer un proceso electoral viciado que permitió la elección del nuevo presidente Porfirio Lobo, a pesar de la expulsión del derrocado presidente Manuel Zelaya, cuyo regreso fue la condición no negociable de Latinoamérica desde el comienzo de la crisis. El resultado ha sido divisivo para el hemisferio. El gobierno hondureño fue reconocido por Estados Unidos pero excluido de la OEA y sin relaciones diplomáticas con la mayoría de los países latinoamericanos. Honduras aún padece una duradera crisis institucional y de derechos humanos.

El compromiso con el Consejo de Derechos Humanos de las Naciones Unidas, reflejado en la jerarquía de los representantes de Obama ante ese foro, es la decisión política más positiva que podemos identificar. Creemos que Estados Unidos debe permanecer en el Consejo y ayudar a su consolidación. Pero aún le falta desarrollar un marco estratégico para relacionarse en forma positiva con los nuevos mecanismos regionales, como la UNASUR y el Consejo Sudamericano de Defensa, para apoyar la estabilidad en la región por medio del manejo y la prevención de crisis y la afirmación de una agenda de derechos humanos.

Varios países de Sudamérica (como la Argentina, Chile, Perú y Uruguay, y ahora, en parte, también Brasil) han decidido investigar y de ser posible llevar a juicio los crímenes cometidos durante sus dictaduras cívico-militares. Esta es una decisión fundamental para consolidar nuestras democracias, y debería ser bienvenida y apoyada por Estados Unidos. También ponemos esperanzas en la posible desclasificación de archivos de la CIA y del Pentágono sobre nuestros países, pero también urgimos que se tomen acciones en ese sentido, aquí en los Estados Unidos. Es incongruente condenar a las dictaduras latinoamericanas y proteger a los responsables de autorizar en Washington crímenes similares con el pretexto de proteger al pueblo norteamericano, un razonamiento similar a los de Videla o Pinochet.

La guerra contra los chicos

También nos preocupa la falta de atención que presta Estados Unidos a los derechos económicos, sociales y culturales a diferencia de la protección a los derechos civiles y políticos. La salud, la vivienda y el trabajo no son considerados como derechos humanos y los tratados que los consagran como tales no han sido ratificados por Estados Unidos. Según el informe presentado al Consejo de Derechos Humanos de las Naciones Unidas, que resume los aportes de más de un centenar de ONGs a la Revisión Periódica Universal:

– cerca del 30 por ciento de la población carece de ingresos suficientes para atender sus necesidades básicas, con 24,7 por ciento de los afroamericanos, 20 por ciento de los chicos y 14,5 por ciento de las mujeres debajo de la línea de pobreza.

– centenares de mujeres mueren cada año por complicaciones evitables del embarazo, con amplias disparidades en el acceso al cuidado de la salud basadas en razones étnicas.

– pese a la sanción de una ley que mejora la salud pública, aún existen 20 millones de ciudadanos estadounidenses sin ningún tipo de seguro de salud.

Por desgracia, este problema estructural se agravó por algunas decisiones de política interna influenciadas por fuerzas que se oponen al gobierno de Obama. Desde un punto de vista latinoamericano el cierre de guarderías y escuelas públicas para sectores de bajos ingresos, el despido de maestros, la eliminación de miles de planes de salud para niños solos, la reducción de gastos en Medicaid podrían emplearse para justificar similares políticas horribles, pasadas o futuras, en nuestros países. Todo esto constituye una vergonzosa guerra a los chicos, que el pueblo de los Estados Unidos no debería consentir.

A pesar de todo esto creemos que aún existe en todo el mundo, aunque declinante, una ventana de oportunidad y buena voluntad para que Estados Unidos, o mejor dicho el gobierno de Obama marque un enfoque diferente en su política exterior, en particular hacia Latinoamérica y los derechos humanos. La región está madura para discusiones multilaterales más equilibradas, mejor meditadas, estratégicas sobre cuestiones que puedan afirmar los derechos humanos. Esperamos que los próximos años de gobierno de Obama muestren acciones concretas hacia esa finalidad.

Página/12 :: El mundo :: Ilusiones perdidas

27/04/2011

Guantánamo, a democracia made in USA

Filed under: Ditadura,Tio Sam,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 8:53 am
Tags:

Reunião de matérias divulgadas nesta quarta, 27/04/2011, pelo jornal espanhol El País sobre o teatro de horrores chamado Guantánamo.

Los menores encerrados no eran un peligro para EE UU

Solo uno de los 14 presos adolescentes aportó información relevante para la seguridad de Estados Unidos.- Los interrogadores del Pentágono clasificaron a casi todos los reclusos más jóvenes de Guantánamo como de nulo o bajo interés

LUIS DONCEL – Madrid – 26/04/2011

"No nos consta ninguna razón por la que el detenido haya sido enviado a las instalaciones de Guantánamo". "Lo hemos evaluado como un niño soldado al que los talibanes obligaron a alistarse en sus tropas". "No es miembro de Al Qaeda ni un líder talibán. No supone una amenaza para los intereses de EE UU y de sus aliados". Estas son frases escritas por el alto mando militar de Guantánamo. Se refieren a algunos de los 14 menores de edad o a los mayores de 65 años que han pasado por la base militar estadounidense en la isla de Cuba durante los últimos nueve años.

    Foto

    Memorando sobre Abdul Samad
    DOCUMENTO (PDF – 4,82Mb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Asad Ullah
    DOCUMENTO (PDF – 3,38Mb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre el preso Naqibullah
    DOCUMENTO (PDF – 170,38Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Abdul Qudus
    DOCUMENTO (PDF – 106,94Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Mohammed Ismail
    DOCUMENTO (PDF – 428,06Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Omar Ahmed Khader
    DOCUMENTO (PDF – 151,66Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Ashraf Salim Abd al-Salam Sultan
    DOCUMENTO (PDF – 304,58Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Hafez K. Rahman
    DOCUMENTO (PDF – 127,21Kb) – 26-04-2011

    Foto

    Memorando sobre Mohammed Omar
    DOCUMENTO (PDF – 500,37Kb) – 26-04-2011

    Este tipo de fallos clamorosos no afecta solo a los reclusos más jóvenes y a los mayores, pero sí son muchos más abundantes que entre el resto de los presos. Se trata además de errores cometidos con uno de los colectivos más sensibles dentro del penal. La estancia de menores -en una cárcel que EE UU abrió y mantiene casi una década después al margen de la legalidad- ha provocado las protestas recurrentes de asociaciones de derechos humanos y abogados penalistas durante estos años.

    Los papeles de Guantánamo, a los que EL PAÍS ha tenido acceso a través de Wikileaks, permiten valorar por primera vez el nivel de riesgo y el valor informativo que los propios mandos militares confieren a estos reclusos. Y es difícil encontrar un resultado más demoledor. Porque de la lectura de las fichas personales de los detenidos se deduce que EE UU no creyó seriamente en la culpabilidad o amenaza de casi el 60%. Pero este porcentaje entre los menores es todavía mayor: los interrogadores solo atribuían un riesgo "alto" -es decir, consideraban "probable" que supusieran una amenaza real- a cuatro de los 14 menores.

    Más demoledoras para el Gobierno estadounidense son aún los datos sobre los niños reclusos capaces de aportar información valiosa para ganar la "guerra contra el terror" que inició el presidente George W. Bush tras los ataques terroristas del 11-S. Porque los impulsores de Guantánamo siempre han justificado la necesidad de crear el presidio por el valor de la información que pensaban obtener. Y entre los menores de 18 años solo hay uno al que las propias autoridades de la base atribuyen un alto valor para sus servicios de inteligencia. Se trata del canadiense Omar Ahmed Jader, hijo de un lugarteniente de Osama Bin Laden, el único de los más jóvenes de Guantánamo que hoy sigue en la base militar. Hay cinco casos en los que el redactor del documento reconoce que la inteligencia de EE UU no puede extraer ninguna información de la persona en cuestión. Los otros se dividen entre siete con valor "bajo", y dos con "medio".

    Es difícil cuantificar el número exacto de niños y adolescentes que han pasado por Guantánamo. Porque además de estos 14 reclusos que tenían menos de 18 años al entrar en el penal (cuatro de ellos, con 15 o menos), otra decena estaba a punto de cumplir la mayoría de edad o lo acababa de hacer. Es el caso del saudí Amir Jan, que celebró su decimoctavo cumpleaños dos semanas después de llegar a Guantánamo, y al que se acusa de haber formado parte del movimiento Hebzi Islami, del señor de la guerra afgano Gulbudin Hekmatiar. Según su ficha, a finales de 2002 se ofreció a participar en un trabajo que implicaba "matar a americanos".

    La peor parte, para los afganos

    En el reparto de las injusticias, son los afganos los que se llevan la peor parte. Solo uno de los siete tenía riesgo alto. Entre las historias personales con las que empieza cada documento, están las del niño de 14 años que se ofreció a trabajar como albañil y acabó enrolado a la fuerza por un grupo de talibanes, de donde pasó a manos de los estadounidenses; o el afgano que trabajaba para un señor de la guerra haciendo trabajos manuales y que cuando llegaron los americanos no creyó necesario abandonar el campamento donde vivía. Fue arrestado y llevado a Guantánamo. Los militares suelen zanjar estos casos con una recomendación de dejar libre al preso o trasladarlo a otro país. Todos los menores ingresaron en la prisión entre 2002 y 2003, y la mayoría salió en torno a 2006, aunque algunos traslados se retrasaron hasta 2009. Como media, permanecieron tres años y medio en el penal.

    Pese al lenguaje funcionarial que emplean los redactores de los informes, a veces dejan entrever algo de compasión. Como en la ficha de Naqib Ullá, un afgano que entró en Guantánamo a los 14 o 15 años. "Es un niño soldado que fue reclutado a la fuerza por los talibanes. Pese a que puede tener aún algún valor para nuestros servicios de inteligencia, la información de la que dispone no es tan importante como la necesidad de sacar al joven de su ambiente actual y darle la oportunidad para que crezca fuera del extremismo radical", dice el general Geoffrey Miller en un documento.

    Junto a las injusticias flagrantes, aparecen también otras historias en las que se retrata a los reclusos como verdaderos yihadistas pese a su corta edad. Yusef Modaray pasó de vender fruta en la calle a luchar durante varios meses en el frente afgano al lado de los talibanes. Desde la cárcel, Modaray mandó una carta a su familia en la que expresaba su deseo de convertirse en un mártir. También defendía en webs islamistas "matar a todos los ulemas suníes que se alíen con los americanos y a todos los satánicos ayatolás entre los chiíes", según una fuente indeterminada que cita el informe secreto.

     

     

    REPORTAJE: LOS PAPELES DE GUANTÁNAMO – Los acogidos por España Guantánamo al descubierto

    El mayor delator de la base militar

    Un yemení acusó a más de 100 compañeros y fue liberado gracias a su colaboración

    M. CEBERIO – Madrid – 27/04/2011

    Guantánamo consiguió, con métodos que no se especifican en las fichas secretas desveladas por Wikileaks, presionar tanto a los prisioneros que decenas de ellos acababan delatando a sus compañeros. En algunos casos, reclusos que habían tenido un papel relevante en alguno de los campos de entrenamiento de Al Qaeda y que habían visto pasar a muchas personas por allí se convirtieron en objetivo prioritario del Gobierno estadounidense. Uno de ellos es un yemení que dio información sobre más de 100 compañeros de cárcel, una séptima parte de los reclusos que han pasado por el penal. Llegó a España el 4 de mayo de 2010 tras ocho años y tres meses en la base gracias a su "excepcional colaboración" y a que compartió sus "vastos conocimientos" con los militares de Guantánamo.

      El recluso facilitó muchos detalles de los que estuvieron en Tora Bora

      El yemení es una prueba más de que el objetivo del penal no era castigar a los prisioneros por sus acciones pasadas sino obtener información de ellos. Si colaboraban en los interrogatorios, aunque tuvieran una mayor implicación que otros en actividades yihadistas, podían acceder a la libertad. Su ficha militar está fechada el 22 de agosto de 2008. En ese momento el recluso había proporcionado ya tanta información que los mandos de Guantánamo consideraron que podían dejarlo marchar.

      Pero ya no podía volver a su país. "Si regresa a la sociedad yemení, el detenido no buscará reengancharse en actividades de apoyo al terrorismo salvo en condiciones extremas, pero él y su familia podrían correr el riesgo de sufrir represalias por parte de expresos de Guantánamo o de sus asociados debido a la colaboración prestada", recoge su expediente. En Guantánamo tuvo que ser apartado del resto de sus compañeros, recibió amenazas de muerte y en una ocasión lo rociaron con orina. Ante los tribunales de revisión de la condición de combatiente enemigo explicó su miedo con estas palabras: "Saad, que ya ha sido liberado, me dijo que si me iba a vivir a lo alto de la luna me encontrarían; que si lo hacía debajo de ella, también".

      Cuando accedió a cooperar con sus captores, el diagnóstico de los estadounidenses sobre él cambió. Antes lo consideraban de riesgo alto y con un nivel medio de interés en cuanto a la información que manejaba. Cuando empezó a hablar en los interrogatorios, ambos valores se intercambiaron. Pasó a ser medianamente peligroso y muy interesante para los analistas.

      El yemení, nacido en 1974, podía hablar con cierto fundamento de Al Qaeda y la yihad. Había entrenado en el campo de Al Faruq, en Afganistán, luchado en el frente tras la invasión de EE UU y huido a las montañas de Tora Bora con Osama Bin Laden, donde los norteamericanos buscaron de forma infructuosa al líder de Al Qaeda durante meses. Como miembro de la conocida Brigada 55 de Bin Laden disponía de información de extremo interés para EE UU.

      "El detenido ha proporcionado información extensa sobre las personalidades y eventos en Tora Bora, incluyendo observaciones de primera mano sobre Osama Bin Laden", indica su expediente. Habló del hogar subterráneo del líder de Al Qaeda, rodeado de búnkeres defensivos, y de su centro de operaciones. El yemení, que había llegado a la yihad de casualidad después de un pasado como pequeño traficante de drogas en Yemen y Arabia Saudí, vio muchas cosas durante esos meses, pero los mandos militares sabían que los propios premios a los que podía acceder colaborando podían llevarle a exagerar o a inventar y dudan en algunas ocasiones de lo que dice si no hay ninguna otra forma de corroborarlo.

      No se sabe cuánta de la información que dio era cierta. Los tribunales norteamericanos han desechado muchas de sus declaraciones incriminatorias hacia otros detenidos por no ser lo suficientemente fiables.

      Su integración en España está siendo complicada. Llegó en un estado mental mejor que su predecesor, el palestino Walid, pero no tardó en quebrarse. No conocía España ni el idioma, y sufrió varios episodios de depresión grave que provocaron su internamiento en un hospital durante unas semanas para garantizar su seguridad y curación. Tras el tratamiento médico mejoró, y ahora vive, al igual que el palestino, cobijado por una ONG y apoyado por el Gobierno español mientras se recupera poco a poco en un país hasta ahora desconocido.

       

      Guantánamo al descubierto»

      Guantánamo al descubierto

      Clive Stafford: "La verdad de Guantánamo es cien veces peor"

      El director de la organización británica que se ha hecho cargo de la defensa legal de decenas de detenidos en la base asegura que aún queda mucho por descubrir de Guantánamo

      ANA CARBAJOSA – Madrid – 26/04/2011

      Hablar con Clive Stafford Smith es perderse en el mar de números y referencias con los que los militares estadounidenses han identificado a los 756 detenidos que desde enero de 2002 han pasado por el penal de Guantánamo. El director de Reprieve, la organización británica que se ha hecho cargo de la defensa legal de decenas de detenidos, conoce sus casos al dedillo. Ahora se alegra de que los llamados papeles de Guantánamo hayan salido a la luz. A su juicio muestran cómo militares sin experiencia fabricaron evidencias donde no las había para justificar la detención y el traslado de cientos de prisioneros en el marco de la llamada "guerra contra el terror" que la Casa Blanca declaró tras el 11-S. Pero también, advierte de que lo que figura en las fichas secretas es solo la punta del iceberg, que lo que allí ocurre "es cien veces peor"; 15 clientes están aún entre rejas.

        Pregunta. ¿Qué lecciones podemos extraer de los papeles de Guantánamo?

        Respuesta. Los documentos son solo el 1% de los existentes, pero de alguna manera son una especie de destilación de los peores procedimientos. En ellos se ven los abusos a los prisioneros, la falta de fiabilidad de los testimonios y lo naif que son los militares estadounidenses. Las supuestas evidencias de las que hablan son falsas. Si comparamos el contenido de los papeles con el dictamen de los jueces federales estadounidenses, queda claro que utilizan fuentes nada fiables y completamente inútiles. Basta con ver el caso de Mohamed el Gharani. La persona que le delató dijo que formaba parte de la llamada célula de Londres. ¡Pero el chico tenía 11 años cuando se supone que preparaba atentados y nunca había estado en el Reino Unido!

        P. ¿Por qué cree que los papeles son una destilación de lo peor?

        R. Porque los documentos son una basura en cuanto a su fiabilidad. De los 756 encarcelados inicialmente, un total de 584 han sido liberados porque no se les considera una amenaza para la seguridad de Estados Unidos. En los papeles sin embargo se dice que son sujetos peligrosos. Como abogado, yo he tenido acceso a 5.000 folios de documentos de mis clientes y le puedo asegurar que el 1% que ahora vemos son un ejemplo de fabricación de evidencias.

        P. Las fichas secretas describen a decenas de detenidos con enfermedades psiquiátricas. ¿Son en su opinión un reflejo del estado de los prisioneros dentro del penal?

        R. La mayoría de los enfermos mentales no aparecen en las fichas. Hay muchísimos más. Conocemos muchos casos de enfermos graves que en los papeles se les considera sanos. De los 172 que quedan, más de la mitad sufren algún tipo de enfermedad. Los que estaban enfermos cuando llegaron han empeorado y los que estaban sanos al llegar han enfermado. La verdad de Guantánamo es 100 veces peor de lo que aparece en las fichas de Wikileaks. Es peor en cuanto a abusos y a evidencias. Aun así, creo que es positivo que hayan salido a la luz.

        P. ¿Cree que la filtración contribuirá a acelerar el cierre de Guantánamo?

        R. Creo que va a ser un proceso largo. Los republicanos utilizan el tema de Guantánamo para dividir y para dañar la imagen de Obama.

        P. ¿Piensa que las revelaciones abren la puerta a nuevas acciones legales para pedir compensaciones?

        R. Hay documentos que hablan de la implicación británica. Eso abre la puerta a nuevas demandas en Reino Unido.

        P. ¿Y en Estados Unidos?

        R. Allí es muy difícil. La justicia es muy sesgada. No creo que podamos ganar muchos casos en Estados Unidos.

        Clive Stafford: "La verdad de Guantánamo es cien veces peor" · ELPAÍS.com

        24/04/2011

        Democracia made in USA

        Filed under: Ditadura,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:48 am
        Tags:

         

        Documentário mostra como EUA financiou golpe no Brasil

        publicada quinta-feira, 21/04/2011 às 13:36 e atualizada quinta-feira, 21/04/2011 às 13:25

        Por Juliana Sada

        Recentemente, a TV Brasil veiculou uma série sobre o golpe militar de 1964, o documentário “O Dia que durou 21 anos” tem sua abordagem focada na participação dos Estados Unidos no episódio. Apesar do tema não ser inédito, o programa tem o mérito de trazer à luz muitas informações novas. A equipe teve acesso a diversos documentos do governo estadunidense, assim como áudios de conversas entre Lincoln Gordon, Kennedy e Lyndon Johnson entre 1962 e 1964, discutindo o envio de verbas aos golpistas.

        A série é fruto de uma parceria da TV Brasil com a Pequi Filmes e tem direção de Camilo Tavares. São três episódios de cerca de 25 minutos cada, que já estão disponíveis na internet. Reproduzimos os vídeos, fundamentais para compreender ainda mais esse recente período da nossa história.

        Leia outros textos de Plenos Poderes

        Escrevinhador

        Democracia made in USA

        Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:43 am
        Tags: , ,

         

        Obama (non) risponde su Manning

        Obama (non) risponde su Manning

        Dopo la contestazione cantata a San Francisco, l’attivista Logan Price è riuscito ad avvicinare Barack Obama e fargli qualche domanda sul trattamento inumano ricevuto negli ultimi 11 mesi da Bradley Manning, l’analista dell’intelligence Usa sospettato di aver trafugato e consegnato a WikiLeaks centinaia di migliaia di documenti riservati. Questo lo scambio:

        Dalla trascrizione emergono, a mio avviso, due punti preoccupanti.

        Il primo è quando Obama afferma pacificamente che Manning «ha violato la legge». Peccato che il giovane non sia stato né processato né condannato per alcun crimine, al momento. Per lui la presunzione d’innocenza fino a una sentenza di colpevolezza non vale? E perché? Diversi casi mostrano che non basta appellarsi al suo essere un militare (In De Champlain v. Lovelace, per esempio, è scritto che «The military courts, like the state courts, have the same responsibilities as do the federal courts to protect a person from a violation of his constitutional rights» e che «there is almost no disagreement that the Due Process Clause binds the military»).

        Il secondo è la risposta all’ultimo quesito: «Non ha fatto lo stesso di Daniel Ellsberg?». Obama: «Non è la stessa cosa. Il materiale di Ellsberg non era segreto (classified) allo stesso modo». E ha ragione, dato che le migliaia di pagine che costituiscono i Pentagon Papers erano classificate come top secret (e ancora lo sono, tra l’altro – nonostante siano state almeno in parte pubblicate) mentre dei circa 250 mila cablo che Manning avrebbe trafugato 130 mila non sono affatto segreti, 100 mila sono definiti confidential e soltanto 15 mila segreti. Ma nessuno è top secret. Anche per quelli sull’Afghanistan lo stesso New York Times ha scritto: «La gran parte dei documenti è classificata come secret, un livello di riservatezza relativamente basso». Quindi se Ellsberg è stato processato, perché a Manning – che ha diffuso materiale meno segreto – questo diritto non spetta?

        Obama (non) risponde su Manning – AgoraVox Italia

        21/04/2011

        A história se repete, senão como farsa, pelo menos com violência

        Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 10:34 am
        Tags: , , , ,

         

        Um ano antes da invasão, óleo do Iraque era repartido

        O jornal inglês  The Independent está publicando uma série de matérias e documentos que provam que, um ano antes de ser ordenada a invasão do Iraque, no dia 20 de março de 2003, ministros do governo inglês já discutiam com as grandes petroleiras como ia ser repartido o petróleo do país.

        O jornal reproduz um memorando do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do dia 13 novembro de 2002, após reunião com a BP:

        “O Iraque é a perspectiva das grandes petrolíferas. BP está desesperados para chegar lá e ansiosa que acordos políticos não deverão negar-lhes a oportunidade de competir a longo… prazo potencial é enorme.. .

        Em outubro, segundo outros documentos, o governo inglês admite que  pressionou o presidente americano George W. Bush em nome da BP,  porque a gigante do petróleo “estava preocupada por considerar-se bloqueada dos negócios os EUA estavam fazendo com as empresas de energia e de outros governos estrangeiros.

        No mesmo mês, outro documento revela que Edward Chaplin. alto dirigente da chancelaria inglesa admite que está determinado “a conseguir uma fatia justa do recurso para empresas do Reino Unido em um Iraque pós-Saddam. ”

        O jornal baseia a reportagem em mais de mil documentos governamentais foram obtidos sob o Freedom of Information Act por Greg Muttitt, que escreveu um livro  “Fuel on the Fire”. Os arquivos revelam que eles foram pelo menos cinco reuniões entre os ministros, funcionários e empresas petrolíferas BP e Shell, no final de 2002.

        O gráfico publicado pelo The Independent dá ideia da repartição dos campos de petróleo iraquianos, hoje.

        Claro que não é por isso que a gente vai pensar que no caso da Líbia há algum outro interesse senão as “razões humanitárias”, não é?

        Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

        A$$oCIAção mafiosa: EUA & PIG

        Filed under: Cosa Nostra,Ditadura,Estadão,Instituto Millenium,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:07 am
        Tags: ,

        Nenhuma palavra sobre o bloqueio econômico imposto pelos EUA e acatado pelos subalternos. E se houvesse bloqueio econômico semelhante contra os EUA? Se sem bloqueio algum, os EUA estão indo à bancarrota, o que o livre mercado favoreceu aos EUA? Livre mercado é só uma das exigências dos mercadores que querem escravizar. Aliás, são os mesmos que já defenderam a escravidão. Cuba não é certamente o lugar onde eu gostaria de viver, mas ainda assim preferiria aos EUA. O que o Partido Comunista Cubano está fazendo já foi registrado no âmbito literário por Tomaso di Lampedusa, na sua obra O Leopardo: “mudar tudo para que tudo continue como está”. Aliás, esta era a máxima dos militares brasileiros durante a ditadura, com o apoio do Estadão. Mudava tudo, mas a falta de liberdade era o que mais se tinha. A famosa diáspora de cubanos para a Flórida é meia verdade. Foram os cafetões de Fulgêncio Batista, os quais receberam dos EUA mais do que toda Orleans após o Katrina. Os EUA são bons nisso de sustentar terroristas. Antes de Posada Carriles, Sadam Hussein esteve na folha de pagamento do EUA, quando foi útil contra o Irã. E Bin Laden também, para desestabilizar a antiga URSS, esteve na folha da CIA.

        Cuba muda para ficar igual

        21 de abril de 2011 | 0h 00

        – O Estado de S.Paulo

        Uma economia tentando sobreviver – ou melhor, existir – mediante lenta e limitada abertura para o mercado – que, por sinal, não existe – sob o comando da mão de ferro da velha-guarda de Sierra Maestra. Na política, nenhuma perspectiva imediata de liberalização. Esta é a Cuba que emerge do 6.º Congresso do Partido Comunista Cubano (PCC), encerrado na terça-feira em Havana, que aprovou um documento programático, Linhas da Política Econômica e Social, contendo mais de 300 pontos que deverão orientar os ajustes a serem feitos no modelo econômico da ilha que nunca funcionou.

        O 6.º Congresso do PCC, convocado depois de 14 anos, também elegeu oficialmente Raúl Castro para as funções que já vinha exercendo desde 2006, de secretário-geral do Comitê Central do partido. Contrariando a expectativa de que a oportunidade poderia ser aproveitada para iniciar a renovação do comando do país, para a segunda secretaria, antes ocupada por Raúl, foi nomeado o general José Ramon Machado, de 84 anos, que também é o primeiro vice-presidente. No mesmo dia foi divulgado documento por meio do qual o ex-presidente Fidel Castro renunciou formalmente à chefia suprema do PCC – da qual estava afastado, bem como da presidência, por motivos de saúde, desde 2006 -, anunciou que não mais ocupará cargos no partido ou no governo e conclamou a juventude cubana a continuar "construindo o socialismo".

        Desde que substituiu o irmão, Raúl Castro tem anunciado medidas destinadas a enfrentar o estado de catalepsia econômica, em que o país mergulhou desde que, com o fim da União Soviética, 20 anos atrás, Havana parou de receber regularmente os generosos recursos com que Moscou mantinha sua cabeça de ponte comunista na América Latina. Mas, mais uma vez se evidencia que, pelo menos enquanto os Castros e a velha-guarda de 1959 continuarem no poder, o que certamente acontecerá enquanto viverem, está afastada qualquer possibilidade de uma economia de mercado na ilha. Raúl Castro foi categórico em seu pronunciamento no encerramento do congresso: "Assumo minha última tarefa com a firme convicção e compromisso de honra, que o primeiro-secretário do comitê central do Partido Comunista de Cuba tem como sua principal missão defender, preservar e prosseguir aperfeiçoando o socialismo e não permitir jamais o retorno do regime capitalista". Assim, o sistema econômico cubano continuará se baseando na planificação e "na propriedade socialista dos meios fundamentais de produção", mesmo que se venha a levar em conta "as tendências do mercado". O que se pode esperar, segundo o presidente, é a "atualização do modelo" com maior autonomia às empresas estatais e maior estímulo à entrada de capital estrangeiro no país.

        O isolamento de Cuba pós-URSS ajuda a entender, mas não é suficiente para explicar a paralisia econômica das duas últimas décadas. O maior problema é que a radicalização do modelo comunista, durante os mais de 30 anos em que o que restou da diáspora da economia cubana para a Flórida após a vitória da revolução sobreviveu praticamente às expensas de Moscou, acabou deixando o país inabilitado para a tarefa de produzir ele próprio a riqueza de que necessita para prosperar. Ainda hoje, a maior parte dos bens de produção e de consumo, principalmente alimentos, de que a ilha necessita é importada.

        Não obstante, timidamente, Havana começa a adotar medidas liberalizantes elementares como a permissão para que a população compre e venda imóveis residenciais, da mesma forma como foi autorizada, há pouco tempo, a adquirir telefones celulares e computadores pessoais, etc. Resta saber com o que os cubanos, que ganham em média, US$ 20 por mês, poderão comprar mais do que podem comprar hoje.

        Além do mais, esse "poder de compra" ainda será afetado pelas medidas de contenção de despesas que o governo já anunciou, como a demissão de 500 mil funcionários públicos ociosos ou a distribuição dos cartões de racionamento apenas para os mais necessitados. Sem falar, é claro, num mínimo de liberdade política, de respeito aos direitos humanos. Tudo isso certamente terá que esperar pela era pós-Castros.

        Cuba muda para ficar igual – opiniao – Estadao.com.br

        20/04/2011

        Direitos Humanos made in USA

        Filed under: Tio Sam,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 11:55 am
        Tags: ,

        Quem já assistiu ao filme Deuses e Generais, a respeito da Guerra da Secessão nos EUA, há de ter notado, a começar pelo título, que mistura explosiva de religião e política nos EUA. Particularmente, Virgínia, berço do arianismo e do culto à pureza da raça. Não poderia ter sido mais emblemático o local escolhido para esconder a punir, no sentido religioso, ao fiel que se revelou infiel. Se nos fosse dado saber mais da podridão que viceja na sociedade americana, este culto àquela sociedade diminuiria muito. Mas como nossa mídia se a$$oCIA para enaltecer as virtudes daquele povo, não sobra espaço para mostrar as mazelas, os cancros que fazem daquela nação embrião de ódio e violência que se espalham pelo mundo, por onde quer que os ianques andem.

        El Pentágono traslada al soldado Manning

        EE UU no ha revelado cuándo trasladará al acusado de filtrar documentos de Wikileaks, ni si en Kansas continuará en régimen de aislamiento

        DAVID ALANDETE | Washington 20/04/2011

        El Pentágono trasladará al soldado Bradley Manning, al que acusa de sustraer los documentos secretos de las redes clasificadas norteamericanas que publicó la página web Wikileaks, a una cárcel en Fort Leavenworth, en Kansas. El propio soldado, de 23 años, ha protestado ante el Ejército por el régimen de aislamiento al que se le tiene sometido en la cárcel de la base militar de Quantico, en Virginia, endurecido desde el pasado enero, y que le obliga a pasar solo en una celda de seis metros cuadrados 23 horas al día.

        Las condiciones de su detención han provocado numerosas protestas de activistas y pacifistas en los pasados meses

        Capturado en Irak en mayo, después de haber confesado el robo de los documentos a un hacker norteamericano, Manning fue trasladado a Virginia en julio. Ahora espera corte marcial por una veintena de cargos, entre los que se cuenta el de asistencia al enemigo, que le podría haber conllevado la pena de muerte, aunque los fiscales no la pedirán. Creen los abogados del Pentágono que con la filtración de información militar Manning asistió estratégicamente a los enemigos de EE UU.

        Las condiciones de su detención han provocado numerosas protestas de activistas y pacifistas en los pasados meses. EL PAÍS publicó en noviembre 250.000 de los cables diplomáticos secretos de Wikileaks, junto a otros medios.

        El procurador general del Pentágono, Jeh Johnson, confirmó el traslado en una rueda de prensa el martes en Washington. "Dado el tiempo que ha estado en aislamiento previo a juicio en Quantico… y en previsión del tiempo que aun ha de pasar en esas condiciones… hemos llegado a la conclusión de que esas serán las instalaciones adecuadas para él", dijo Johnson.

        El trato al soldado Manning se llegó a cobrar una víctima diplomática: el portavoz de Hillary Clinton en el Departamento de Estado, P. J. Crowley, que en una conferencia ante estudiantes el 10 de marzo dijo la actitud del Pentágono al respecto era "ridícula, contraproducente y estúpida". Dimitió horas después.

        El Pentágono confirmó que se puso al soldado temporalmente en régimen de prevención de suicidio, lo que obligaba a sus carceleros a desproveerle de ropa para dormir. El presidente Barack Obama preguntó al Pentágono sobre Manning y dijo posteriormente en rueda de prensa que recibió garantías suficientes de la cúpula militar como para creer que el que se le dispensaba era un trato justo y adecuado.

        De momento, el Pentágono no ha revelado cuándo trasladará a Manning ni si en Kansas continuará en régimen de aislamiento. Johnson se limitó a decir que aun faltan meses para que los fiscales militares acaben de construir su caso y para que se convoque con fecha definitiva la corte marcial.

        El Pentágono traslada al soldado Manning · ELPAÍS.com

        Cadê o FMI que não faz nada?

        Filed under: Estadão,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:07 am
        Tags: ,

        Os sabe-tudo não dão palpite? O país que dá exemplo de liberalismo, de neoliberalismo, que inventaram as tais leis de mercado, está na lona. Os vampiros da capitalismo só sobrevivem com o banco de sangue sustentado pelos países sob o taco de sua bota. Os subservientes são responsáveis pelo abastecimento de sangue que mantém os sanguinários vivos. Os EUA estão parecidos com o PSDB, filho dileto dos ianques. Dizem ter os melhores quadros, os visionários que melhores condições teriam para mandar no mundo. E o mundo não melhorou nada enquanto ditaram as regras. Xerifes como eles têm melhores em qualquer favela onde o narcotráfico impera. O mundo se tornou quase que insuportável por falta de segurança exatamente no período que Tio Sam ditou as regras e fiscalizou sozinho. A economia e a política interna das nações foram moldadas nos laboratórios americano para atender interesses deles. E deu nisso! Cuba ainda vai se sair dessa melhor que os poderosos vizinhos do norte.

        Um susto de US$ 14,3 trilhões

        20 de abril de 2011 | 0h 00

        – O Estado de S.Paulo

        O enorme buraco nas contas públicas americanas, com déficit de US$ 1,5 trilhão neste ano fiscal e endividamento crescente, está longe de ser novidade. Apesar disso, uma agência de classificação de risco, a Standard & Poor"s, assustou os mercados ao baixar de estável para negativa a perspectiva de avaliação da dívida federal dos Estados Unidos. O abalo nas bolsas foi passageiro, mas, no dia seguinte, a cotação do ouro atingiu um recorde, US$ 1.500 por onça. Não há risco, no entanto, de quebra do Tesouro americano. A Casa Branca não pedirá socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) nem terá de propor uma renegociação aos credores. O maior deles, o Estado chinês, detinha em dezembro títulos públicos dos Estados Unidos no valor de US$ 1,16 trilhão. A China tem o máximo interesse em preservar o valor desses papéis. Não há risco, portanto? Essa seria uma conclusão errada. A péssima situação fiscal americana, com uma dívida de US$ 14,3 trilhões no fim de março, já é uma grande preocupação para todo o mundo. Quanto mais se retardar a solução, piores serão as consequências internas e externas.

        A decisão anunciada pela Standard & Poor"s apenas deu um toque mais dramático a um problema exaustivamente examinado na semana passada, na reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os Estados Unidos têm o maior déficit fiscal do mundo, como parcela do Produto Interno Bruto (10,8% neste ano), e a segunda maior necessidade de financiamento, superada só pela do Japão.

        O governo dos Estados Unidos precisou em 2010 de recursos equivalentes a 26% do PIB para cobrir o déficit fiscal e a dívida vencida. Precisará de 28,8% neste ano e de 25,6% no próximo, segundo o FMI. A necessidade japonesa será maior porque o seu déficit público aumentou e seu endividamento há muito tempo supera o americano. Nenhum país europeu, mesmo entre os mais endividados, precisará de financiamentos tão pesados em 2011 e 2012.

        A dívida bruta do governo americano correspondia a 62,2% do PIB em 2007, quando surgiram os primeiros sinais de estouro da bolha de crédito. Subiu para 94,6% em 2009, no pior ano da crise, e deve atingir 99,5% neste ano. Baterá em 102,9% do PIB em 2012 e chegará a 111,9% em 2016, segundo as projeções divulgadas na semana passada pelo FMI.

        O presidente Bill Clinton deixou as contas públicas em bom estado ao deixar o governo, em janeiro de 2001. Nos oito anos seguintes o presidente George W. Bush devastou o orçamento americano, combinando um enorme aumento de gastos militares com expansão de benefícios fiscais para ricos. No fim de seu mandato, ampliou o rombo fiscal com o socorro a bancos e a empresas fortemente atingidas pela crise. O presidente Barack Obama herdou contas públicas em frangalhos, mas foi forçado a renovar os pacotes de benefícios fiscais para evitar mais quebras e o agravamento da recessão.

        Estados Unidos e outros países do mundo rico terão de enfrentar nos próximos anos um longo e doloroso esforço de arrumação das contas públicas. Grécia, Irlanda e Portugal foram forçados a pedir socorro para não se tornar insolventes. Já se fala em reestruturação da dívida grega, desmentida até ontem por todos os envolvidos na ajuda ao país. Nesse ambiente, a comoção causada pelo anúncio da Standard & Poor"s é compreensível, embora o efeito emocional tenha durado menos que 24 horas.

        Mas o alerta acentua a urgência de um acordo político nos Estados Unidos. Um projeto da oposição foi aprovado na Câmara de Representantes, mas sem chance de passar no Senado. Na semana passada o presidente Barack Obama apresentou um plano de ajuste de US$ 4 trilhões em 12 anos – um bom ponto de partida para uma nova negociação entre os partidos. Enquanto a crise fiscal se prolonga, a política monetária se mantém frouxa e os mercados de todo o mundo, incluído o brasileiro, permanecem sujeitos à inundação de dólares.

        A decisão da Standard & Poor"s vale principalmente como lembrete para os partidos: a situação fiscal é grave demais para continuar sendo tratada como eleitoral. É urgente cuidar do problema com a seriedade esperada por todo o mundo.

        Um susto de US$ 14,3 trilhões – opiniao – Estadao.com.br

        18/04/2011

        Democracia made in USA

        Filed under: Ditadura,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 6:11 am
        Tags: , ,

         

        “En Honduras hay represión”

        Son miembros de la Comisión de Verdad que trata los abusos cometidos durante y después del golpe de junio de 2009 contra Manuel Zelaya. Y avisan que el gobierno de Lobo puede terminar denunciado ante la CPI.

        Por Mercedes López San Miguel

        La Madre dice “nos llevamos bien” y el Nobel sonríe. Nora Cortiñas, Madre de Plaza de Mayo Línea Fundadora y Adolfo Pérez Esquivel están juntos en la lucha par la verdad y la justicia también en Honduras. Ambos trabajan en la Comisión de Verdad que se instaló en ese país un año después del golpe de Estado contra Manuel Zelaya en junio de 2009. Afirman a Página/12 que los integrantes de la comisión están siendo amenazados, perseguidos e incluso atacados. Ello pone en riesgo la elaboración de un informe que debería estar terminado en octubre de este año.

        El actual gobierno de Porfirio Lobo no reconoce el trabajo que están llevando a cabo Cortiñas, Pérez Esquivel, el jurista canadiense Craig Scott y la directora de la Comisión de Derechos Humanos de Ecuador Elsie Monge, entre otros, porque su gobierno instaló su propia Comisión de la Verdad. Pero sobre todo porque el informe investiga los casos de violaciones a los derechos humanos durante y después del golpe. “Si se confirman los crímenes vamos a llevar el caso ante la Corte Penal Internacional”, afirma el Nobel de la Paz argentino.

        –¿Por qué deciden formar parte de la Comisión de Verdad?

        Nora Cortiñas: –La represión al pueblo hondureño sigue porque el gobierno de Lobo, un gobierno constitucional entre comillas, está reprimiendo a los maestros, a los sindicatos fuertes y a los periodistas. Tiene un blanco claro: cuanto más combativo es un grupo, más lo reprime.

        Adolfo Pérez Esquivel: –Los golpes de Estado en América latina no se pueden hacer sin el consentimiento de la embajada norteamericana. En Estados Unidos no tienen golpes de estado porque no hay una embajada de Estados Unidos (risas). El derrocamiento de Mel Zelaya en Honduras es un test para toda la región. Se instalan gobiernos con cierto tinte constitucional, que son apoyados por sectores civiles y la Corte Suprema en un marco de pseudo legalidad. Pero es un golpe de estado.

        N. C.: –La comisión investiga y denuncia las violaciones de los derechos humanos durante el golpe y como consecuencia del golpe. Venimos de visitar las comunidades de Zacate Grande y la Flor, en el Departamento de Choluteca. Los que trabajan en la comisión reciben amenazas, persecuciones, llamados intimidatorios. Pedimos apoyo para que la comisión siga trabajando. Queremos que se los proteja.

        A. P. E.: –Tuvimos dos reuniones importantes. Una fue con el espacio G16 que está representado por diversas embajadas, la Unión Europea, había representantes del PNUD (Naciones Unidas) y del FMI, donde les expusimos la situación para que estén al tanto y para que apoyen la Comisión de Verdad. La reunión con la Corte Suprema de Justicia nos dejó la sensación de que se va a desentender del tema. Recibe la información pero no quiere intervenir.

        N. C.: –La Corte Suprema es la misma que estaba cuando se dio el golpe. Acá están todas las amenazas físicas (muestra varios papeles) de cada mes, una de las personas de seguridad nuestra fue golpeada brutalmente.

        (El texto acerca de la golpiza dice: “Marzo de 2010: Se intentó secuestrar a un miembro del equipo de seguridad. Viajaba en un taxi en Tegucigalpa, a eso de las 9 de la mañana, cuando cuatro hombres armados y sin identificación lo abordaron. Los sujetos lo atacaron, le causaron graves heridas en la cabeza; eso causó que perdiera la audición en forma permanente en el oído derecho”¨)

        –¿Hay denuncias de desaparecidos?

        A. P. E.: –Desaparecidos, asesinados, torturados en cárceles. Hay periodistas golpeados, perseguidos, intimidados.

        N. C.: –Es una intimidación para que no haya más manifestaciones.

        A. P. E.: –Es una avanzada sobre la democracia en América latina para imponer las democracias entre comillas, restringidas y proclives a los centros de poder. Estados Unidos instala más bases militares o las amplía. Va a ampliar la base de Palmarola, en Honduras, con más efectivos.

        –¿Están en contacto con el Frente Nacional de la Resistencia?

        N. C.: –Esta comisión es autónoma y tratamos de no tener ninguna relación para que siga siendo independiente. Para que no haya sospechas de que tenemos un partidismo político.

        –Una vez hecho el informe, ¿lo van a presentar ante alguna instancia judicial internacional?

        A. P. E.: –Ante Naciones Unidas, la Organización de los Estados Americanos, la Unión Europea y lógicamente a todos los organismos internacionales y hondureños. En la situación actual se trata de crímenes de lesa humanidad. El caso de Honduras encaja en la competencia de la Corte Penal Internacional. Si se constatan los crímenes de lesa humanidad, habría competencia de la CPI.

        N. C.: –No le podemos entregar un documento a un gobierno que está formado por gente que dio el golpe…

        A. P. E.: –La gran preocupación del gobierno es que no se lo reconozca internacionalmente. Lobo quiere la reincorporación de Honduras a la OEA y el reconocimiento de las embajadas. Sabemos que el presidente colombiano Santos invitó a Chávez y a Lobo a Bogotá. ¿Qué pasó con esa reunión? Lo ignoramos. Me parece muy bien la posición del gobierno argentino. Si la OEA acepta a Honduras, es una amenaza para todo el continente. En esto la Unasur juega un papel fundamental a favor del estado de derecho.

        mercelopez@pagina12.com.ar

        Página/12 :: El mundo :: “En Honduras hay represión”

        16/04/2011

        O preso político Bradley Manning desmascara democracia americana

        Filed under: Tio Sam,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 11:09 pm
        Tags: , ,

         

        El analizador Manning

        Ángel Luis Lara

        P

        ocas semanas después de que Barack Obama llegara a la Casa Blanca, en enero de 2009, el mítico rapero KRS-One desafiaba al recién elegido presidente con una interrogante cargada de desconfianza y de recelo: ¿De qué lado estás tú? Al día de hoy no cabe duda de la respuesta. Los recortes en el gasto social, las nefastas reformas educativas, la inyección de dinero público a los bancos y a los magnates de las grande compañías o el incumplimiento de su compromiso de cierre de Guantánamo, así como la escalada bélica en Afganistán o Libia, han retratado a Obama y le han puesto en su sitio. Como suele decir el bueno de KRS-One para expresar su permanente recelo hacia el actual presidente de su país: tío, un político es siempre un político.

        De todas las piezas que componen el puzzle de la decepción y la incredulidad de los votantes estadunidenses más progresistas, el soldado Bradley Manning es quizá el más complicado de digerir. La capacidad del equipo comunicativo de Obama para gobernar la contradicción evidente entre su retórica y su política ha encontrado en Manning un obstáculo difícil de sortear. Hasta el New York Times atacó hace unas semanas al presidente al respecto en una encendida editorial que equiparaba a Obama con Bush.

        Bradley Manning fue detenido en mayo de 2010 acusado de ser el origen de la filtración de la importante información clasificada que inició el denominado “escándalo Wikileaks”: la salida a la luz pública de 250 mil cables diplomáticos secretos y de un par de videos que pusieron de manifiesto la autoría del Ejército estadunidenses en la muerte de civiles y de periodistas en Afganistán e Irak. Tras ser acusado formalmente en julio de ese mismo año, el pasado mes de marzo la fiscalía militar añadió otros 22 cargos adicionales contra Manning que incluyen el de ayuda al enemigo. Confinado en una base militar del estado de Virginia, el soldado Manning soporta un durísimo régimen de reclusión en aislamiento que ha sido denunciado por diferentes organismos locales e internacionales, así como por diversas organizaciones de derechos humanos. Hace tan sólo unos días, 295 juristas estadunidenses hicieron pública una carta en la que manifestaban que las condiciones en las que se encuentra Bradley Manning podrían constituir una violación de la propia Constitución de Estados Unidos.

        Recluido 23 horas al día en una celda sin ventana de tan sólo 6×12 pies, Manning soporta un régimen de privación del descanso diurno de 5 de la mañana a 8 de la tarde y ha sido despojado de cualquier tipo de objeto personal. Además, es obligado a dormir desnudo y a pasar periódicas inspecciones sin ropa alguna ante las constantes humillaciones y vejaciones tanto de los militares que le custodian, como de los demás reclusos que se encuentran en su mismo pabellón. Pese a que el régimen especial de aislamiento se justifica según las autoridades estadunidenses en la prevención del suicidio, todos los siquiatras militares que han visitado a Manning han negado que exista riesgo alguno en ese sentido, motivo por el que sus abogados han denunciado una y otra vez lo injustificado y lo arbitrario de su situación.

        No obstante, el pasado mes de febrero Geoff Morrel, portavoz del Pentágono, manifestó tras visitar al soldado Manning que había quedado “impresionado por la profesionalidad del staff que lo custodia y por lo apropiado del tratamiento y de la forma del confinamiento al que está sujeto”. Sus palabras contrastan notablemente con el punto de vista de Amnistía Internacional, que ha definido el trato que está soportando Manning como inhumano, así como con la preocupación de Juan E. Méndez, relator especial de las Naciones Unidas para casos de tortura, a quien el Departamento de Estado estadunidense ha prohibido tajantemente cualquier visita al detenido, en una decisión que según Méndez equipara a la administración Obama con los regímenes dictatoriales. Lo cierto es que la posición oficial del gobierno estadunidense sobre el asunto no convence ni a sus propios miembros: en marzo pasado el portavoz del Departamento de Estado se vio obligado a dimitir tras reconocer que la situación de Manning es ridícula, contraproducente y estúpida, declarando además que no entendía por qué se estaba sometiendo al soldado a semejante trato.

        En esta misma línea, la indignación ciudadana por la situación del soldado ha ido creciendo en los últimos meses. A la Red de Apoyo a Bradley Manning, una iniciativa conformada en junio del pasado año por amigos, familiares y ciudadanos estadunidenses anónimos, se ha unido ahora la acción deslocalizada e internacional de grupos en diferentes partes del planeta. Fruto del esfuerzo global han sido las 500 mil cartas de protesta recibidas hasta la fecha por Obama a iniciativa de la organización de movilización telemática AZAAZ.ORG, así como la celebración de actos de solidaridad con Manning en diferentes países. La red estadunidense de apoyo al detenido, por su parte, desarrolla una continua campaña de sensibilización y visibilización que el pasado 20 de marzo llevó a un nutrido grupo de manifestantes hasta las puertas de la base militar en la que permanece confinado el soldado, con el resultado de decenas de detenidos por acciones de desobediencia civil. Además del apoyo público a Manning por parte de diferentes mandos militares estadunidenses retirados, periodistas, juristas o personalidades como el cineasta Michael Moore o Daniel Ellsberg, famoso por haber filtrado documentos secretos del Pentágono durante la guerra de Vietnam, la red de apoyo a Manning ha conseguido recaudar más de 100 mil dólares para su causa en una campaña desarrollada en coordinación con Courage to Resist, una organización de ayuda a soldados desertores de las guerras de Irak y de Afganistán.

        Uno de los pilares fundamentales de la campaña electoral de Obama en 2008 fue la transparencia. El entonces candidato a la Casa Blanca llegó a decir literalmente que aquellos que filtran información desde el gobierno a la ciudadanía son parte de una democracia saludable y deben ser protegidos de las represalias. Ann Wright, una coronel retirada tras 29 años de servicio en el ejército estadunidense, declaraba hace unos días que el presidente Obama podía poner fin a la situación de Manning con tan sólo una llamada. Sin embargo, resulta difícil imaginar que esa llamada se produzca. Obama ha manifestado públicamente que considera el confinamiento de Manning y el trato vejatorio que está recibiendo como condiciones apropiadas y acordes con nuestros estándares básicos. La situación de Bradley Manning no constituye sólo un ataque frontal a la democracia y un caso evidente de maltrato y tortura, funciona además como analizador de la enorme distancia entre la esperanza que despertó Obama entre sus votantes y la realidad de las políticas de su gobierno. Como el agua y el aceite. No por casualidad un deprimido votante demócrata y fanático de la saga Stars Wars me decía hace unos días que Anakin Skywalker Barack se había transformado en Darth Vader Obama. Efectivamente, el caso Manning pone de manifiesto que Barack Obama ha decido pasarse definitivamente al lado oscuro.

        La Jornada: El analizador Manning

        Próxima Página »

        Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.