Ficha Corrida

21/10/2014

Deu no NYT: Mais Médicos, menos hiPÓcrisia!

Filed under: Ebola,Mais Médicos,New York Times — Gilmar Crestani @ 9:20 am
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NYT elogia Cuba, seus médicos e a rapidez com que atendeu apelo por Ebola

ter, 21/10/2014 – 07:17

Jornal GGN – Enquanto muito se discute no mundo a questão da epidemia de Ebola, Cuba foi mais rápida e não deixou que a discussão atrapalhasse o envio de médicos ao centro do problema de saúde. Logo que a ONU identificou a necessidade de ajuda de todos para que a epidemia fosse enfrentada, Cuba enviou a primeira equipe de saúde para Serra Leoa. A ação de Cuba foi elogiada pelo jornal The New York Times. Leia o editorial em matéria do jornal O Globo.

Primeira leva de médicos cubanos chegou a Serra Leoa na semana passada – Florian Plaucheur / AFP

de O Globo

New York Times afirma que ajuda de Cuba contra o ebola é ‘a mais robusta do mundo’

Editorial do maior jornal impresso do mundo defendeu que Havana e Washington trabalhem juntos para combater a epidemia

RIO – Em editorial publicado neste domingo (19), o jornal The New York Times elogia a ação de Cuba na luta contra o ebola, afirmando que o país "desempenha o papel mais robusto entre as nações que buscam conter o vírus". Além disso, o maior veículo de comunicação impressa do mundo concordou e defendeu a posição do ex-presidente cubano Fidel Castro, que no fim de semana pediu para que Estados Unidos e Cuba ponham suas diferenças de lado e trabalhem juntos para combater a epidemia. Para o Times, Fidel está "totalmente certo". Leia abaixo o editorial:

"Cuba é uma ilha empobrecida que permanece em grande parte isolada do mundo e encontra-se a cerca de 4,5 mil quilômetros das nações do Oeste Africano onde o ebola está se espalhando a uma velocidade alarmante. No entanto, tendo se comprometido a enviar centenas de profissionais médicos para as linhas de frente da pandemia, Cuba desempenha o papel mais robusto entre as nações que buscam conter o vírus.

A contribuição cubana sem dúvidas indica a intenção de, pelo menos em parte, reforçar a sua já sitiada posição internacional. No entanto, ela deve ser elogiada e imitada.

O pânico global com o ebola não ainda não trouxe uma resposta adequada das nações que mais têm a oferecer. Enquanto os Estados Unidos e vários outros países ricos ficaram felizes em somente prometer fundos, apenas Cuba e algumas organizações não-governamentais estão oferecendo o que é mais necessário: profissionais de saúde no campo da epidemia.

Médicos na África Ocidental precisam desesperadamente de apoio para estabelecer instalações de isolamento e mecanismos para detectar casos mais agilmente. Mais de 400 profissionais de saúde foram infectados, e cerca de 4.500 pacientes morreram até o momento. O vírus já chegou aos Estados Unidos e à Europa, aumentando os temores de que a epidemia poderá em breve tornar-se uma ameaça global.

É uma pena que Washington, o principal doador na luta contra o Ebola, é diplomaticamente afastado de Havana, justamente o contribuinte mais ousado. Neste caso, o cisma tem consequências de vida ou morte, porque as autoridades americanas e cubanas não estão equipadas para coordenar os esforços globais em alto nível. Isso deve servir como um lembrete urgente ao governo Obama de que os benefícios de se restabelecer rapidamente as relações diplomáticas com Cuba de longe superam as desvantagens.

Os profissionais de saúde cubanos estarão entre os estrangeiros mais expostos, e alguns poderiam muito bem contrair o vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está orientando a equipe de médicos, mas ainda não está claro como a instituição iria tratar e evacuar os cubanos que adoecerem. O transporte de pacientes em quarentena requer equipes sofisticadas e aeronaves especialmente adaptadas para tal fim. Mas a maioria das companhias de seguros que oferecem serviços de evacuação médica disse que não fará voos de pacientes com ebola.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, elogiou na última sexta-feira "a coragem de qualquer profissional de saúde que encara este desafio", e fez um breve reconhecimento da iniciativa de Cuba. Por uma questão de bom senso e compaixão, os militares dos Estados Unidos, que agora tem cerca de 550 tropas na África Ocidental, devem comprometer-se a oferecer a qualquer cubano doente o acesso ao centro de tratamento do Pentágono construído em Monrovia e a auxiliar com a evacuação do paciente.

O trabalho destes médicos cubanos beneficia todo o esforço global e deve ser reconhecido por isso. Mas as autoridades do governo Obama têm insensivelmente se recusado a dizer se lhes oferecerão alguma ajuda.

O setor de saúde cubano está ciente dos riscos em missões perigosas. Médicos cubanos assumiram o papel principal no tratamento de doentes de cólera no rescaldo do terremoto do Haiti em 2010. Alguns voltaram para casa doente, fazendo então a ilha ter seu primeiro surto de cólera em um século. Uma epidemia de ebola em Cuba seria um risco muito mais perigoso e aumentaria as chances de uma rápida propagação do vírusno hemisfério ocidental.

Cuba tem uma longa tradição de envio de médicos e enfermeiros para áreas de desastre no exterior. Nos dias seguintes ao furacão Katrina, em 2005, o governo cubano criou um corpo médico de reação rápida e se ofereceu para enviar médicos para New Orleans. Os Estados Unidos, sem surpresa, não aceitaram o bom gesto de Havana. No entanto, autoridades em Washington pareciam sensibilizadas ao saberem nas últimas semanas que Cuba havia preparado equipes médicas para missões em Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Com o apoio técnico da OMS, o governo cubano treinou 460 médicos e enfermeiros sobre as precauções rigorosas que devem ser tomadas para tratar pacientes com o vírus altamente contagioso. O primeiro grupo de 165 profissionais chegou a Serra Leoa nos últimos dias. José Luis Di Fabio, representante da OMS em Havana, disse que os médicos cubanos já estavam especialmente preparados para a missão, pois muitos tinha trabalhado na África.

– Cuba tem profissionais médicos muito competentes – disse Di Fabio, que é uruguaio.

Di Fabio afirmou ainda que os esforços de Cuba para ajudar em situações de emergência de saúde no exterior são frustrados pelo embargo dos Estados Unidos impõe na ilha, que luta para adquirir equipamentos modernos e manter as prateleiras médicas adequadamente abastecidas.

Em uma coluna publicada no fim de semana no jornal estatal de Cuba, Granma, Fidel Castro argumentou que os Estados Unidos e Cuba deveriam colocar de lado suas diferenças, mesmo que apenas temporariamente, para combater o flagelo mortal. Ele está absolutamente certo."

NYT elogia Cuba, seus médicos e a rapidez com que atendeu apelo por Ebola | GGN

06/06/2014

Brasil projeta alcançar Cuba em 2024

Filed under: Educação Pública,FHC,Lula,PIBe — Gilmar Crestani @ 6:38 am
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EnsinoSó 4 países destinam 10% do PIB a ensino

Percentual a ser atingido pelo Brasil até 2024 está acima dos gastos de grandes economias mundiais com o setor

Pelos dados da ONU, apenas Cuba, Lesoto, Timor Leste e São Tomé e Príncipe cumpririam novo plano de educação

GUSTAVO PATUDE BRASÍLIA

A meta para o gasto público brasileiro em educação aprovada nesta terça (3) pelo Congresso está bem acima do padrão seguido pelas principais economias mundiais.

Em nenhuma delas as despesas dos governos com o ensino se aproximam de 10% do PIB (Produto Interno Bruto).

Esse é o patamar a ser atingido pelo Brasil até 2024, de acordo com o texto do Plano Nacional de Educação, que segue para sanção da presidente Dilma Rousseff (PT).

Na base de dados das Nações Unidas, percentuais do PIB de dois dígitos são encontrados apenas em alguns poucos países pequenos.

De 2008 para cá, os exemplos são Lesoto (13%, a maior proporção), Cuba, Timor Leste e São Tomé e Príncipe.

São casos em que as dimensões minúsculas das economias –e, no caso cubano, também as peculiaridades do regime comunista– distorcem as estatísticas.

Entre os países com maior peso na renda mundial, reunidos no G-20, os desembolsos com a educação variam de 2,8%, na Indonésia, a 6,3% do PIB no Reino Unido, de acordo com a ONU.

No Brasil, são 5,8%, um dos maiores percentuais do grupo. Já pela metodologia mais ampla adotada pelo governo, a despesa chegou a 6,4% do PIB em 2012.

PRIORIDADE

A medida da despesa como proporção do PIB indica o grau de prioridade atribuído a uma atividade –em outras palavras, qual a parcela dos recursos disponíveis do país é destinada ao setor.

Se os dados mostram que a fatia da renda brasileira aplicada na educação está entre as mais altas do mundo, isso não significa um padrão de ensino igualmente elevado –afinal, a renda do país é apenas mediana quando dividida pela população.

A França, por exemplo, aplica no ensino um percentual do PIB semelhante ao do Brasil hoje, mas a renda per capita francesa é o triplo da brasileira, considerando o poder de compra das moedas.

Reduzir essa diferença por meio do aumento do gasto total é uma tarefa difícil, mesmo no prazo de uma década.

Um ponto percentual do PIB significa um gasto anual de R$ 52,9 bilhões, mais que o dobro do Bolsa Família; três pontos percentuais superam o dobro da receita da extinta CPMF, o imposto do cheque.

O gasto brasileiro por aluno da rede pública tem crescido rapidamente nos últimos anos, com a ajuda do envelhecimento da população, que diminui o número de crianças e jovens.

Em 2011, o gasto público médio por estudante ficou em R$ 4.916. Trata-se de um aumento de mais de 140% em uma década, em valores corrigidos pela inflação.

29/09/2013

Esta reportagem é a maneira com que a Folha busca se redimir

Filed under: Mais Médicos,Médicos Cubanos — Gilmar Crestani @ 10:02 am
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Depois dos ataques sem quartel, os grupos mafiomidiáticos e seus amestrados começam a voltar para o canil com o rabo entre as pernas.

Cubano chega a interior de SP antes do Mais Médicos

Profissional atua há 18 anos em Pedreira, onde hoje é pesquisador

Eduardo Mestre foi o responsável por implantar o Programa de Saúde da Família no município paulista

LUCAS SAMPAIOENVIADO ESPECIAL A PEDREIRA (SP)

Os habitantes da pequena Pedreira (a 137 km de São Paulo) não se surpreenderam quando a médica cubana Tania Aguiar Sosa, 45, chegou ao município na segunda quinzena deste mês para atuar pelo Mais Médicos.

Todo mundo na cidade já ouviu falar no "doutor Eduardo", como é conhecido o médico cubano Eduardo Mestre Rodriguez, 56, que há 18 anos veio para trabalhar na cidadezinha turística de 44 mil habitantes na região de Campinas –mas nunca clinicou.

Até hoje sem registro profissional e sem poder exercer a medicina no país, Mestre foi um dos responsáveis por Pedreira ser a segunda cidade brasileira a ter o PSF (Programa Saúde da Família). A primeira foi Niterói (RJ).

"Fui convidado para ficar seis meses aqui, para elaborar uma proposta de sistema local de saúde integrado, e fui ficando", diz ele. Mesmo após quase duas décadas, seu sotaque permanece.

"Nunca fiz o Revalida por uma questão pessoal. Minha atuação não era clinicar, era instalar o PSF", afirma o cubano. "Se atualmente não tem médico de saúde da família, imagina há 18 anos?"

O programa cobre 65% do município. É comum ver moradores elogiando o sistema de saúde da cidade.

Segundo o Ministério da Saúde, até anteontem, 647 pedidos de registro profissional para os participantes do Mais Médicos haviam sido feitos. Desses, 182 foram emitidos por conselhos de medicina.

OPOSIÇÃO

"Doutor Eduardo" veio para o Brasil após o então prefeito Hamilton Bernardes Júnior (hoje no PSB e secretário de finanças de Campinas) visitar Cuba atrás de ajuda. O cubano trabalhou em administrações do Executivo municipal por 17 anos, 12 na coordenação da saúde da família e cinco como diretor de saúde mental do município.

"Em 2000, quando a oposição ganhou, eu continuei", diz o médico, "porque consideraram o projeto bom".

O cubano deixou a prefeitura no ano passado, quando o PT ganhou a eleição. Agora é pesquisador e consultor.

Até o atual governo reconhece o trabalho de Eduardo. O secretário de saúde, Adriano Lora, trabalhou muitos anos com Mestre.

08/06/2011

Cuba faz negócio da China

Filed under: El País — Gilmar Crestani @ 8:21 pm
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Enquanto o vizinho se envolve em guerras por toda parte, Cuba vai descascando a banana para Tio Sam pisar.

Cuba y China consolidan su alianza estratégica

La visita del vicepresidente Xi Jinping a la isla deja 13 nuevos convenios, varios de ellos en el sector petrolero, en el que China está muy interesado

MAURICIO VICENT – La Habana – 08/06/2011

La alianza entre Cuba y China sigue consolidándose. Para La Habana, Beijing es ya mucho más que el segundo socio económico y comercial, detrás de Venezuela; por muchos motivos, desde hace tiempo sus relaciones con el gigante chino son una cuestión prioritaria y estratégica. Quedó demostrado esta semana durante la visita del vicepresidente Xi Jinping, quien se reunió con el presidente Raúl Castro y también con el convaleciente Fidel Castro antes de abandonar la isla el martes pasado. Con el apadrinamiento de Xi Jinping –uno de los candidatos más firmes para suceder al presidente Hu Jintao- ambos gobiernos firmaron 13 nuevos convenios, varios de ellos en el sector petrolero, en el que China está muy interesado y en el cual financia proyectos por miles de millones de dólares.

    En pocos años China ha desbancado a España y a otros tradicionales socios comerciales de Cuba, además de convertirse en una de las principales fuentes de créditos y financiación de la isla. Según fuentes oficiales, el intercambio comercial entre ambos países llegó a los 1.800 millones de dólares el año pasado, 300 millones más que en 2009. Por delante solo está Venezuela y detrás – por orden – vienen Canadá y España, que en los años noventa llegó a ser el primer proveedor de la isla.

    Las exportaciones chinas son solo un punto de las cada vez más extensas e importantes relaciones bilaterales. Durante su estancia en la isla, Xi Jinping visitó varios pozos de petróleo situados en la costa norte que son explotados por la compañía Gran Muralla, una filial de la Corporación Nacional de Petróleo de China, a quien la petrolera estatal cubana CUPET le confió la perforación de varios pozos. También China tiene contratados varios bloques en la Zona Económica Exclusiva (ZEE) que la isla posee en las aguas del Golfo de México, donde ya realizan labores de exploración Repsol y Petrobrás, si bien las compañías chinas van retrasadas en el trabajo de búsqueda de crudo en aguas profundas.

    La colaboración china en el sector petrolero cubano es estratégica no solo por lo que tiene que ver con las labores de prospección y extracción de crudo. En estos momentos China financia -con garantías de petróleo venezolano- una de las inversiones más ambiciosas de la isla, la de la rehabilitación y modernización de la refinería de Cienfuegos, un proyecto que en sus diversas fases de desarrollo costará unos 6.000 millones de dólares y elevará la capacidad de refinanciación de 65.000 a 150.000 barriles diarios.

    También hay planes para acometer la remodelación y ampliación de las capacidades de la refinería de Matanzas, otro macroproyecto que se financiaría con créditos chinos y garantías venezolanas, y en el que podrían participar importantes empresas españolas. Se habla de 5.000 millones de inversión cuando la obra se ejecute en todas sus etapas. Entre ambos proyectos, la inversión extranjera en la isla cuando menos se triplicaría en pocos años, y eso en momentos de grave crisis económica.

    El vicepresidente chino ofreció asesoría y apoyo a Cuba en el proceso de reformas que lleva adelante el Gobierno de Raúl Castro y que debe propiciar una apertura económica y mayores espacios para la iniciativa privada. Durante su estancia, además de los acuerdos en el sector petrolero, China concedió varios créditos cuyo monto y destino no han sido revelados.

    Cuba y China consolidan su alianza estratégica · ELPAÍS.com

    25/04/2011

    Cuba, assunto predileto do Colonistas

    Filed under: Colonista — Gilmar Crestani @ 9:17 am
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    ANDRÉS OPPENHEIMER – pena que este argentino radicado nos EUA não se ocupe em falar de outra parte da Ilha, Guantánamo. Venda de tempo ou de olhos… 

    Raúl Castro compra tiempo

    ANDRÉS OPPENHEIMER 25/04/2011

    El anuncio hecho por Cuba al finalizar su muy esperado VI Congreso del Partido Comunista de que por primera vez en cinco décadas permitirá a los cubanos comprar viviendas y automóviles demuestra la sabiduría de un viejo chiste, según el cual el comunismo es el camino más largo entre el capitalismo y el capitalismo.

        Esta reforma puede ser la primera que inicia un giro oficial hacia la economía de mercado

        El Congreso del Partido Comunista finalizado esta semana aprobó un amplio conjunto de reformas económicas prolibre mercado. Los detalles aún no se han publicado al momento de escribirse estas líneas, pero algunos cubanos bien informados dicen que es probable que los nuevos lineamientos marquen el inicio de una apertura económica similar al proceso de reformas económicas que se inició en China en 1978, o en Vietnam en 1986.

        Tras la conclusión del Congreso -en el que el gobernante cubano Raúl Castro, de 79 años, fue designado líder del Comité Central del Partido, y José Ramón Machado Ventura, de 80 años, fue designado vicepresidente-, les pregunté a varios economistas y expertos legales si el Congreso del Partido que acaba de terminar pasará a la historia como el inicio oficial de la apertura económica cubana.

        Omar Everleny Pérez, subdirector del Centro de Estudios Cubanos de la Universidad de La Habana, me dijo en un e-mail enviado desde la isla que "estamos en presencia de una actualización del modelo económico cubano, tan profunda como las experiencias de China y Vietnam, con las diferencias existentes en cada modelo".

        Everleny Pérez dijo que la "transformación" económica de Cuba otorgará al sector no estatal, o privado, "un peso significativo que no había tenido anteriormente". Citó que, entre otras cosas, Cuba eliminará más de un millón de empleos públicos -se ha manejado la cifra de hasta millón y medio- para reducir su "sobredimensionado" sector estatal, y que dará tierras a agricultores privados para aumentar la producción de alimentos y poder reducir las importaciones de comida.

        Rolando Anillo, un abogado de la firma Fowler Rodríguez Valdés-Fauli de Miami que visita Cuba con frecuencia, coincide en que "por primera vez, hay una reforma económica más profunda" que incluye la propiedad privada de viviendas y autos.

        Hasta ahora, los cubanos solo podían permutar sus viviendas propiedad del Estado, un mecanismo que ha dado lugar a un enorme mercado negro inmobiliario porque la gente que se quiere mudar a una casa más grande tiene que pagar dinero extra de manera clandestina a la persona que le cede la propiedad.

        "Esto tendrá un enorme impacto", dice Anillo. "Puede desencadenar un gran movimiento de capital, porque hay gente que tiene dinero, y que va a empezar a reparar y mejorar sus viviendas".

        Carmelo Mesa Lago, un economista de la Universidad de Pittsburgh que es uno de los más respetados analistas de la economía cubana, se muestra más escéptico. Si no hay sorpresas cuando se publiquen las resoluciones del Congreso, el cambio no es comparable con las aperturas económicas de China o Vietnam hace algunas décadas, dijo.

        En China y Vietnam, la apertura empezó con amplias reformas agrícolas que concedieron a los agricultores amplios derechos sobre sus tierras. En Cuba, los agricultores solo tendrán derechos de usufructo de la tierra, que estarán limitados a 10 años y sometidos a severas restricciones, explicó.

        Mesa Lago me dijo que las reformas más importantes para salir de la crisis económica cubana serían -en este orden- dar a los agricultores privados mayores derechos de propiedad, implementar el anunciado despido de 1,5 millones de trabajadores estatales y darles empleos en el sector privado, e implementar las nuevas leyes que permiten la propiedad privada de casas y automóviles. "Las reformas son demasiado tímidas, y tienen demasiadas restricciones", dijo.

        Mi opinión: a diferencia de las reformas económicas anteriores en Cuba, que el régimen solía revertir apenas conseguía nuevos subsidios de la ex Unión Soviética o de Venezuela, esta puede pasar a la historia como la primera que inició un giro oficial hacia una economía de mercado, por el simple motivo que los octogenarios dirigentes comunistas de hoy difícilmente estén en sus puestos para convocar un nuevo Congreso del Partido dentro de 14 años.

        Pero las nuevas reformas no serán implementadas por los octogenarios dinosaurios políticos que gobiernan Cuba. Tal como lo expresó el propio dictador militar Raúl Castro en el Congreso del Partido: "Es saludable aclarar, para evitar interpretaciones erróneas, que los acuerdos de los congresos y de otros órganos de dirección partidista no se convierten en leyes, sino que son orientaciones de carácter político y moral".

        Lo que la gerontocracia cubana ha hecho es ganar tiempo. No quieren arriesgase a un proceso de apertura que podría terminar poniéndolos tras las rejas, como le ocurrió a Hosni Mubarak en Egipto. Quieren morir en sus camas, tranquilamente, esperando que sus sucesores más tarde les den el crédito de haber iniciado la apertura económica de Cuba.

        Raúl Castro compra tiempo · ELPAÍS.com

        21/04/2011

        A$$oCIAção mafiosa: EUA & PIG

        Filed under: Cosa Nostra,Ditadura,Estadão,Instituto Millenium,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:07 am
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        Nenhuma palavra sobre o bloqueio econômico imposto pelos EUA e acatado pelos subalternos. E se houvesse bloqueio econômico semelhante contra os EUA? Se sem bloqueio algum, os EUA estão indo à bancarrota, o que o livre mercado favoreceu aos EUA? Livre mercado é só uma das exigências dos mercadores que querem escravizar. Aliás, são os mesmos que já defenderam a escravidão. Cuba não é certamente o lugar onde eu gostaria de viver, mas ainda assim preferiria aos EUA. O que o Partido Comunista Cubano está fazendo já foi registrado no âmbito literário por Tomaso di Lampedusa, na sua obra O Leopardo: “mudar tudo para que tudo continue como está”. Aliás, esta era a máxima dos militares brasileiros durante a ditadura, com o apoio do Estadão. Mudava tudo, mas a falta de liberdade era o que mais se tinha. A famosa diáspora de cubanos para a Flórida é meia verdade. Foram os cafetões de Fulgêncio Batista, os quais receberam dos EUA mais do que toda Orleans após o Katrina. Os EUA são bons nisso de sustentar terroristas. Antes de Posada Carriles, Sadam Hussein esteve na folha de pagamento do EUA, quando foi útil contra o Irã. E Bin Laden também, para desestabilizar a antiga URSS, esteve na folha da CIA.

        Cuba muda para ficar igual

        21 de abril de 2011 | 0h 00

        – O Estado de S.Paulo

        Uma economia tentando sobreviver – ou melhor, existir – mediante lenta e limitada abertura para o mercado – que, por sinal, não existe – sob o comando da mão de ferro da velha-guarda de Sierra Maestra. Na política, nenhuma perspectiva imediata de liberalização. Esta é a Cuba que emerge do 6.º Congresso do Partido Comunista Cubano (PCC), encerrado na terça-feira em Havana, que aprovou um documento programático, Linhas da Política Econômica e Social, contendo mais de 300 pontos que deverão orientar os ajustes a serem feitos no modelo econômico da ilha que nunca funcionou.

        O 6.º Congresso do PCC, convocado depois de 14 anos, também elegeu oficialmente Raúl Castro para as funções que já vinha exercendo desde 2006, de secretário-geral do Comitê Central do partido. Contrariando a expectativa de que a oportunidade poderia ser aproveitada para iniciar a renovação do comando do país, para a segunda secretaria, antes ocupada por Raúl, foi nomeado o general José Ramon Machado, de 84 anos, que também é o primeiro vice-presidente. No mesmo dia foi divulgado documento por meio do qual o ex-presidente Fidel Castro renunciou formalmente à chefia suprema do PCC – da qual estava afastado, bem como da presidência, por motivos de saúde, desde 2006 -, anunciou que não mais ocupará cargos no partido ou no governo e conclamou a juventude cubana a continuar "construindo o socialismo".

        Desde que substituiu o irmão, Raúl Castro tem anunciado medidas destinadas a enfrentar o estado de catalepsia econômica, em que o país mergulhou desde que, com o fim da União Soviética, 20 anos atrás, Havana parou de receber regularmente os generosos recursos com que Moscou mantinha sua cabeça de ponte comunista na América Latina. Mas, mais uma vez se evidencia que, pelo menos enquanto os Castros e a velha-guarda de 1959 continuarem no poder, o que certamente acontecerá enquanto viverem, está afastada qualquer possibilidade de uma economia de mercado na ilha. Raúl Castro foi categórico em seu pronunciamento no encerramento do congresso: "Assumo minha última tarefa com a firme convicção e compromisso de honra, que o primeiro-secretário do comitê central do Partido Comunista de Cuba tem como sua principal missão defender, preservar e prosseguir aperfeiçoando o socialismo e não permitir jamais o retorno do regime capitalista". Assim, o sistema econômico cubano continuará se baseando na planificação e "na propriedade socialista dos meios fundamentais de produção", mesmo que se venha a levar em conta "as tendências do mercado". O que se pode esperar, segundo o presidente, é a "atualização do modelo" com maior autonomia às empresas estatais e maior estímulo à entrada de capital estrangeiro no país.

        O isolamento de Cuba pós-URSS ajuda a entender, mas não é suficiente para explicar a paralisia econômica das duas últimas décadas. O maior problema é que a radicalização do modelo comunista, durante os mais de 30 anos em que o que restou da diáspora da economia cubana para a Flórida após a vitória da revolução sobreviveu praticamente às expensas de Moscou, acabou deixando o país inabilitado para a tarefa de produzir ele próprio a riqueza de que necessita para prosperar. Ainda hoje, a maior parte dos bens de produção e de consumo, principalmente alimentos, de que a ilha necessita é importada.

        Não obstante, timidamente, Havana começa a adotar medidas liberalizantes elementares como a permissão para que a população compre e venda imóveis residenciais, da mesma forma como foi autorizada, há pouco tempo, a adquirir telefones celulares e computadores pessoais, etc. Resta saber com o que os cubanos, que ganham em média, US$ 20 por mês, poderão comprar mais do que podem comprar hoje.

        Além do mais, esse "poder de compra" ainda será afetado pelas medidas de contenção de despesas que o governo já anunciou, como a demissão de 500 mil funcionários públicos ociosos ou a distribuição dos cartões de racionamento apenas para os mais necessitados. Sem falar, é claro, num mínimo de liberdade política, de respeito aos direitos humanos. Tudo isso certamente terá que esperar pela era pós-Castros.

        Cuba muda para ficar igual – opiniao – Estadao.com.br

        16/04/2011

        Democracia made in USA

        Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 10:38 pm
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        Playa Girón, hace medio siglo

        Por Atilio A. Boron

        En la madrugada del 15 de abril de 1961, aviones de combate camuflados como si fueran cubanos bombardearon los principales aeropuertos militares de Cuba. Las agencias de noticias del imperio informaban que se había producido una sublevación de la fuerza aérea “de Castro” y el embajador de Estados Unidos ante la ONU, Adlai Stevenson –expresión del ala más “progresista” del Partido Demócrata, ¡menos mal!– trató de que el Consejo de Seguridad de ese organismo emitiera una resolución autorizando la intervención de Estados Unidos para “normalizar” la situación en la isla. No tuvo respaldo, pero el plan ya estaba en marcha.

        Aquel bombardeo fue la voz de orden para que una brigada mercenaria, que con absoluto descaro la CIA y el Pentágono habían preparado durante más de un año, desembarcara en Bahía de Cochinos, con el declarado propósito de precipitar lo que en nuestros días los melifluos voceros de los intereses imperiales denominarían eufemísticamente como “cambio de régimen”. En marzo de 1960 –apenas transcurrido poco más de un año del triunfo de la Revolución Cubana– el presidente Eisenhower había firmado una orden ejecutiva dando vía libre para desencadenar una campaña terrorista en contra de Cuba y su Revolución. Bajo el amparo oficial de este programa se organizó el reclutamiento de unos mil quinientos hombres (un buen número de los cuales no eran otra cosa que aventureros, bandidos o lúmpenes que la CIA utilizaba, y utiliza, para sus acciones desestabilizadoras) dispuestos a participar de la inminente invasión, se colocó a las organizaciones contrarrevolucionarias bajo el mando de la CIA (es decir, la Casa Blanca) y se crearon varias “unidades operativas”, eufemismo para no llamar por su nombre a bandas de terroristas, escuadrones de la muerte y paramilitares expertos en atentados, demoliciones y sabotajes de todo tipo. Más de tres mil personas murieron en Cuba, desde los inicios de la Revolución, a causa del accionar de estos delincuentes apañados por la autoproclamada democracia norteamericana.

        Apenas ayer, uno de los más conspicuos criminales al servicio del imperio, Luis Posada Carriles –terrorista probado y confeso, autor intelectual entre muchos otros crímenes de la voladura del avión de Cubana en 1976, con 73 personas a bordo– fue absuelto de todos sus cargos y disfruta de la más completa libertad en los Estados Unidos. Como si eso fuera poco, tampoco lo extraditan para ser juzgado en Venezuela, país cuya nacionalidad había adoptado durante el transcurso de sus fechorías. Barack Obama, indigno Premio Nobel de la Paz, protege a los verdugos de nuestros pueblos hasta el final de sus vidas mientras mantiene en prisión, en condiciones que ni se aplican a un asesino serial, a los cinco luchadores antiterroristas cubanos. Gesto ignominioso el de Obama, pero que tiene un lejano antecedente: en 1962, luego de la derrota sufrida por el ejército invasor reclutado, organizado, entrenado, armado y financiado por los Estados Unidos, los prisioneros que habían sido capturados por las milicias revolucionarias cubanas fueron devueltos a los Estados Unidos ¡para ser recibidos y homenajeados por otro “progresista”, el presidente John F. Kennedy! El fiscal general de los Estados Unidos, Robert Kennedy, para no ser menos que su hermano mayor, invitó a esa verdadera Armada Brancaleone de matones y bandidos a integrarse al ejército norteamericano, cosa que fue aceptada por gran parte de ellos. No sorprende, por lo tanto, que periódicamente aparezcan horripilantes historias de atrocidades y vejaciones perpetradas por soldados estadounidenses en diversas latitudes, las últimas conocidas hace apenas un par de días en Afganistán y antes en Abu Ghraib; o que durante la administración Reagan –uno de los peores criminales de guerra de los Estados Unidos, según Noam Chomsky– un coronel del Marine Corps y asesor del Consejo de Seguridad Nacional, Oliver North, hubiera organizado una red de narcotraficantes y vendedores de armas desde su despacho, situado a pocos metros de la Oficina Oval de la Casa Blanca, para financiar a la “contra” nicaragüense. No le fue tan mal a North después de estallado el escándalo: se libró de ir a la cárcel y en la actualidad se desempeña en varios programas de la ultraconservadora cadena Fox News Channel. Estos episodios revelan con elocuencia el clima moral que prevalece en las legiones imperiales.

        La derrota de la invasión, lejos de aplacar al imperio, exacerbó aún más sus instintos asesinos: la respuesta fue la preparación de un nuevo plan, Operación Mangosta, que contemplaba la realización de numerosos atentados y sabotajes tendientes a desarticular la producción, destruir cosechas, incendiar cañaverales, obstaculizar el transporte marítimo y el abastecimiento de la isla y amedrentar a los eventuales compradores de productos cubanos, especialmente el níquel. En pocas palabras: preparar lo que luego sería el infame bloqueo integral que sufre Cuba desde ese momento. Huelga decirlo pero el pueblo cubano –patriótico, consciente y organizado– frustró una vez más los miserables designios de la Operación Mangosta. Al día siguiente del bombardeo aéreo, en el homenaje que el pueblo de Cuba rendía a sus víctimas, Fidel proclamaría el carácter socialista de la Revolución Cubana. Y el 19 de abril, en Playa Girón, se libraría el combate decisivo que culminaría con la primera derrota militar del imperialismo en tierras americanas. La camarilla contrarrevolucionaria estaba a la espera en Miami, presta para trasladarse a Cuba una vez que los invasores controlasen por 72 horas una “zona liberada” que les permitiera constituirse como “gobierno provisional” y desde allí solicitar el reconocimiento de la Casa Blanca y la OEA y la ayuda militar de Estados Unidos para derrotar a la Revolución. Parece que todavía siguen esperando.

        Página/12 :: El mundo :: Playa Girón, hace medio siglo

        30/03/2011

        Trocando o óleo do Carter

        Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 10:13 am
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        Carter se entrevista con Raúl Castro y con representantes de la disidencia

        La segunda visita del expresidente de EE UU a la isla llega en vísperas del VI Congreso del Partido Comunista.- La relación entre ambos países está caldeada por la condena de un contratista estadounidense por "subversión". -El mandatario cubano se declara dispuesto a dialogar con Washington pero en igualdad de condiciones

        MAURICIO VICENT | La Habana 29/03/2011

        El expresidente de Estados Unidos Jimmy Carter se ha entrevistado con Raúl Castro en el Palacio de la Revolución durante su segundo día de estancia en La Habana. Según la información que ha trascendido del encuentro, el presidente cubano reiteró a Carter la disposición de su Gobierno a dialogar con Washington pero en términos de igualdad, sin condicionamientos y con respeto a la independencia y soberanía de la isla.

        Hoy también está previsto que el antiguo presidente estadounidense se reúna con un grupo de antiguos presos políticos, blogueros y representantes de la disidencia. Carter visitó el lunes la sede del Patronato de la Comunidad Hebrea de Cuba y después se encontró con el cardenal Jaime Ortega, a quien expresó su "complacencia" por el proceso de dialogo entre la Iglesia Católica y las autoridades, que ha posibilitado la reciente excarcelación de más de un centenar de presos políticos, incluidos los 52 prisioneros de conciencia del denominado Grupo de los 75.

        La visita del expresidente demócrata, en momentos de un recrudecimiento de las tensiones con Washington tras la condena a 15 años de cárcel por subversión del contratista norteamericano Alan Gross, tiene por objetivo "contribuir" a mejorar las relaciones, pero no pretende conseguir la liberación inmediata de Gross, según declaró tras visitar el antiguo convento de Belén en La Habana Vieja. "Hemos hablado con algunos de los oficiales de su caso, pero no estoy aquí para sacarlo del país", aseguró. "Estamos aquí para visitar a los cubanos, los jefes del Gobierno y los ciudadanos privados (…) y espero que podamos contribuir a mejorar las relaciones entre los dos países", agregó.

        Carter, de 86 años, visitó Cuba por primera vez en 2002 y llega ahora invitado por el Gobierno de Raúl Castro. El objetivo de su viaje es recibir información sobre "las nuevas políticas económicas" y los preparativos "del próximo Congreso del Partido Comunista", así como "discutir las vías para mejorar las relaciones entre Estados Unidos y Cuba", según informó la semana pasada el Centro Carter.

        Ya está confirmado el encuentro con representantes de la oposición: participarán Yoani Sánchez y varios blogeros críticos, integrantes del movimiento de las Damas de Blanco, exprisioneros del Grupo de los 75 recientemente liberados y representantes de diversos grupos de oposición, todos considerados por el Gobierno como mercenarios al servicio de Washington. En un hecho inédito, en su primer viaje a Cuba Carter apoyó públicamente en televisión el Proyecto Varela, del disidente democristiano Oswaldo Payá.

        Tras el encuentro con los opositores, Carter dará una conferencia de prensa en el Palacio de las Convenciones de La Habana. Todavía no se sabe si se reunirá con Fidel Castro, su anfitrión durante su anterior visita, quien permanece alejado del poder desde que una grave enfermedad lo obligó a renunciar a todos sus cargos en julio de 2006

        29/03/2011

        Cuba não é taba, com todo respeito aos índios

        Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 10:13 pm
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        Se Obama quisesse “sinalizar” uma relação positiva com Cuba, acabaria logo com o bloqueio econômico. Aliás, eis uma boa questão: o que seria dos EUA se fossem bloqueados economicamente? Ah, sim, eles já sofrem bloqueio, só que mental…

        Obama sobre Cuba, Venezuela y Argentina

        ANDRÉS OPPENHEIMER 28/03/2011

        Para ser un hombre que se enorgullece de haber tomado "medidas sin precedentes" para cambiar la política estadounidense hacia Cuba, el presidente Barack Obama no pareció muy ansioso de hacer nuevos gestos de acercamiento hacia el régimen cubano cuando lo entrevisté el martes pasado en San Salvador, durante su gira latinoamericana. Ahora les toca jugar a ellos, pareció decir.

        El presidente cree insuficientes los gestos de La Habana

        Obama me dijo que, a pesar de los significativos cambios en la política de EE UU hacia Cuba, la jerarquía cubana no está respondiendo de manera acorde. "Hemos ampliado las remesas familiares, hemos ampliado los viajes, hemos mandado una señal muy clara al pueblo cubano", dijo Obama. "El Gobierno cubano hizo algunos gestos respecto a la liberación de los presos políticos y al lanzamiento de algunas medidas económicas para dar oportunidad a las pequeñas empresas. Pero no hemos visto que esas medidas tengan la continuidad que hubiéramos deseado".

        Obama señaló que las autoridades cubanas deberían ejecutar algunas "acciones significativas" para mejorar las relaciones bilaterales, pero no especificó cuáles. El presidente tampoco mencionó el caso de Alan Gross, el contratista estadounidense que fue sentenciado a 15 años de prisión este mes por haber llevado equipamiento telefónico a Cuba. Otros funcionarios estadounidenses han pedido su inmediata liberación.

        Respecto a los acuerdos de libre comercio pendientes con Colombia y Panamá, le pregunté a Obama si hay una posibilidad de más del 50% de que los envíe a votación al Congreso este año. Obama respondió: "No te pondría ninguna cifra, pero estoy muy interesado en que se concreten esos acuerdos". ¿Este año?, insistí. Los republicanos están acusando al presidente de demorarse con esos tratados debido a la resistencia de los sindicatos estadounidenses, cuyo apoyo Obama necesitará para ser reelecto el año próximo. "Estoy enviando a mi equipo a Colombia y Panamá para ver con cuánta rapidez se pueden resolver las diferencias finales antes de llevar los acuerdos al Congreso", puntualizó Obama. "Siempre que uno establece una fecha, la gente se queja aun cuando solo se haya retrasado una semana, así que trato de evitar plazos".

        Mi traducción: Obama no está dispuesto a invertir demasiado capital político en esos dos acuerdos de libre comercio pendientes con Latinoamérica, al menos no todavía. Y si no lo hace este año, no es probable que lo haga durante un año electoral, en 2012.

        En cuanto a los informes de que Venezuela está ayudando clandestinamente a Irán a obtener uranio, violando así las resoluciones de la ONU para detener el programa de armas nucleares iraní, le pregunté a Obama si le preocupa ese asunto. "Nos tomamos muy en serio los acuerdos de no proliferación", dijo. "No haría declaraciones categóricas sobre estos temas, pero nos preocupa que las resoluciones internacionales sean observadas, y queremos asegurarnos de que así sea".

        Mi traducción: los asesores de política exterior de Obama le han dicho que las recientes afirmaciones de los republicanos en el Congreso, que aseguran que Venezuela está ayudando a Irán a eludir las sanciones de la ONU sobre su programa atómico, tienen motivaciones políticas, y todavía no hay ninguna prueba concreta.

        Sobre el reciente conflicto diplomático con Argentina, tras la decisión de ese Gobierno de confiscar equipamiento de un avión de la Fuerza Aérea de EE UU que había aterrizado en ese país para hacer un ejercicio conjunto, le pregunté si el portavoz de la Casa Blanca había sobrerreaccionado al describir el incidente como "serio", y si el tema se había superado. "No", respondió Obama. "Es serio en el sentido de que Argentina históricamente ha sido amiga y socia de EE UU. Ellos tienen en su poder parte de nuestro equipo de comunicaciones. No hay motivo para no devolverlo. Y la próxima vez que vea a la presidenta Cristina Fernández se lo mencionaré. Pero este hecho no va a ser determinante en las relaciones".

        Mi traducción: Obama considera que la decisión del Gobierno de Fernández de confiscar equipos estadounidenses es una burda maniobra de propaganda para explotar a su favor el sentimiento antiestadounidense en un año de elecciones presidenciales.

        En mi próxima columna, las respuestas de Obama sobre el comienzo de "una nueva era" en las relaciones con Latinoamérica y sobre lo que deberían hacer EE UU y Latinoamérica para mejorar sus niveles educativos y volverse más competitivos respecto a China y a otros países asiáticos.

        19/01/2011

        Furando o bloqueio mental

        Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 11:39 am
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        Reproduzo entrevista de Augusto Jakobskind, chupada do blog do Altamiro Borges. Diante dos fatos ocorridos na terra dos Aníbal, Tunísia, é importante registrar o silêncio que antecedeu os eventos da derrubada da ditadura. Todos tinham algo a dizer a respeito do Irã, ao mesmo tempo, caia um silêncio ensurdecedor sobre as demais ditaduras do entorno do Mediterrâneo. Por que não falam da Síria, do sistema Egípcio ou marroquino? Muito simples, são ditaduras alinhas com os EUA. A velha mídia brasileira, PIG, divide os sistemas de governo em democráticos e ditatoriais: democráticos são os governos tutelados pelos EUA, os independentes são ditatoriais. O orçamento da CIA para fomentar a democracia made in EUA explica o fenômeno midiático. Simples assim!

        Livro denuncia bloqueio midiático a Cuba

        Reproduzo entrevista concedida ao jornalista Rogério Lessa, publicada no sítio Monitor Mercantil:
        Apoiado em cifras oficiais, o jornalista Mário Augusto Jakobskind afirma que o bloqueio imposto pelos Estados Unidos por meio século ao regime socialista cubano já causou prejuízo superior a US$ 82 bilhões à população do país:
        "É muito dinheiro para uma ilha pobre, com poucos recursos naturais. Cuba não é o paraíso, nem o inferno que certos setores tentam passar. Mas, certamente, sem o bloqueio o país poderia estar em situação bem melhor, o que permitiria uma análise mais realista do regime", pondera Jakobskind, que lançou no Brasil seu livro "Cuba, apesar do bloqueio, 50 anos de revolução" (Booklink).
        Indignado com o bloqueio midiático que também cerca a ilha do Caribe, o jornalista já fizera uma edição do livro na passagem dos 25 anos da revolução, com prefácio de Henfil e pósfácio de João Saldanha. Jakobskind decidiu atualizar a publicação neste momento em que aumenta a pressão por mudanças e muitos apostam no fim do regime.
        O que o levou a escrever, há 25 anos, a primeira edição de Cuba, apesar do bloqueio, e atualizar o livro agora?
        É um livro-reportagem. A idéia de escrevê-lo – e atualizá-lo um quarto de século depois – deve-se, sobretudo, à tentativa de analisar o cerco midiático que Cuba sofre desde o início de sua revolução, antes mesmo da declaração em que o país optou pelo socialismo.
        Acompanhando os noticiários diários dos principais jornais do eixo Rio/São Paulo, Cuba só aparece como uma ditadura, como se o povo não tivesse o direito de escolher os seus dirigentes. Alguns veículos de imprensa chegam a se referir a Cuba como o país da "ditadura dos Castros", em referência a Fidel e Raul. Em termos jornalísticos, há quase um total desconhecimento sobre o que acontece por lá, para não falar em preconceito e o noticiário de um modo geral basear-se em fontes que não têm interesse em mostrar os fatos como realmente são.
        Com o fim da URSS, muitos pensaram que o regime cubano ia desmoronar. Agora a aposta é a mesma. Não fosse o bloqueio, o país estaria em dificuldades?
        Dados oficiais indicam que 50 anos de bloqueio, que foi aumentado gradativamente, resultaram em perdas de US$ 82 bilhões. É muito dinheiro para uma ilha pobre, com poucos recursos naturais, praticamente apenas níquel.
        Esse bloqueio atinge as raias do absurdo. Certa vez um menino cubano ganhou um concurso mundial de pinturas de uma multinacional fabricante de máquinas fotográficas e os EUA pressionaram até evitar a entrega de um prêmio, uma máquina fotográfica digital. Esse é um exemplo grotesco, mas o bloqueio se estende a remédios fabricados por empresas norte-americanas. Barak Obama tentou flexibilizar, mas a colônia cubana em Miami tem grande poder de pressão.
        Há censura à Internet em Cuba?
        Não há censura, mas uma questão técnica. Hoje o bloqueio impede que Cuba tenha acesso à fibra ótica, o que precarizou muito a Internet, cujo acesso se dá por telefone. É muito demorado. Agora, a partir deste ano, a Venezuela dará grande impulso para romper o bloqueio, inclusive via satélite.
        Cuba está inserida no contexto latino-americano e mundial. É a mesma cultura que a brasileira. É muito difícil apartar o povo desse contexto cultural. O morador de ilha tem uma cultura diferente. Absorvem muito o que vem de fora. Sonham também. Alguns acham que vão encontrar o paraíso em outros países. Mas têm saúde e educação. Se querem mais é algo natural do ser humano.
        Fidel recentemente escreveu contra a tortura, mas parte da mídia passa a imagem que passa de que boa parte da população vive sob tortura.
        Qualquer jornalista que chega a Cuba tem de se credenciar. A partir daí é livre para falar com qualquer um. Há um cerco midiático, além do econômico e financeiro. Tudo o que acontece é interpretado de maneira a queimar a imagem do país e seus dirigentes. Volta e meia as televisões se referem à "ditadura dos irmãos Castro", como se não houvesse uma legislação chancelando os dirigentes. Depois de Raul, não será outro irmão de Fidel que assumirá o poder.
        Alguns cubanos reclamam por não terem acesso a locais turísticos. A opção pelo turismo foi uma necessidade imposta pelo bloqueio? As mudanças em curso também poderão criar outra anomalia, com cubanos desempregados?
        Dependerá da forma como essas mudanças serão conduzidas. Muitas coisas já deveriam ter sido feitas. Quem determina que no socialismo o pequeno comércio precisa ser do Estado?
        Em 1989, antes do período especial, quem fosse para o interior, muitas vezes não tinha como comprar uma garrafa de água. Isso acontecia por causa da burocracia. Agora várias profissões foram regulamentadas. Por que uma barbearia tem de ficar na mão do Estado? Quando Cuba criou seu próprio modelo, acertou. Quando seguiu a URSS errou. Che Guevara frisava que o país tinha de cuidar da própria industrialização, para não ficar dependente dos russos.
        Outra característica do modelo cubano é a liberdade religiosa, com Estado laico. É uma vantagem?
        Sim. A única restrição é às Testemunhas de Jeová, pela proibição de transfusão de sangue. Mas encontrei gente do candomblé que é integrante do Partido Comunista. Não pode é existir uma teocracia, como no Irã ou em Israel. São coisas que a mídia não discute.
        As últimas entrevistas de Fidel Castro o surpreenderam?
        Fidel, no fundo, é um grande jornalista, de grande lucidez. Em 2001 houve um encontro de jornalistas latino-americanos dos mais variados setores e opiniões. As intervenções dele eram no momento exato, sem forçar a barra, e muito pertinentes.
        Antes do assalto ao Quartel de Moncada, ele era advogado e também escrevia em jornais. Portanto, tem feito reflexões. O leitor concorda ou não. Uma das últimas preocupações de Fidel é com uma possível guerra nuclear. É um assunto polêmico. A possibilidade é muito remota, mas existe.
        A partir do ataque a um barco sul-coreano, no qual morreram 46 pessoas, ele identificou o dedo da CIA e chamou a atenção também para o conflito entre as Coréias, pouco alardeado, mas que levou o Japão a recuar da decisão de abrir mão da "proteção" da base norte-americana…
        O problema da mídia é muito sério. Onde estão as entidades que defendem a liberdade de expressão diante da perseguição ao Wikileaks? Imagine se um governo que não compactuasse com os EUA tomasse essa iniciativa? Coisas assim mostram como a mídia de mercado atua como aparelho ideológico. E aqui no Brasil isto está cada vez mais visível e concreto. E Cuba sofre esse mesmo bloqueio midiático, que influi no juízo de valor. O país não é um paraíso nem o inferno.
        No final de 2010, foi anunciado que cerca de 500 mil cubanos deixarão de ser trabalhadores do Estado. Será o fim do pleno emprego?
        Deixarão de ser trabalhadores do Estado mas terão emprego garantido. Já existia isso em alguns setores, como nos Paladares (pequenos restaurantes, inspirados na personagem de uma novela brasileira).
        O fato de algumas pessoas de esquerda acharem que haverá desemprego está ligado à leitura mecânica do marxismo, que os leva, no fundo, a deixarem de ser marxistas.
        Garcia Linera, vice-presidente da Bolívia, lembra que os mecanicistas interpretem os fatos a partir de seus dogmas. Há até partidos que se dizem de esquerda que entendem que Cuba é uma ditadura capitalista. Cada um tem o direito de interpretar da forma que quiser, mas estão utilizando mal o marxismo.

        Altamiro Borges

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