Ficha Corrida

10/01/2015

Aprenda como funciona o planejamento mafiomidiático

PIGOu de como morrem, na democracia, os filhotes da ditadura!

Ué, não são eles que têm receita para todos os males do Brasil? A Rede Globo não está sempre disposta a oferecer receitas para o sucesso de todo mundo?!

Na verdade, o que está acontecendo tem diagnóstico simples e solução inalcançável. É pura e simplesmente síndrome de abstinência. Fora das mamatas do Governo Federal deste que o amante da funcionária foi apeado do poder, a Globo definha a olhos vistos.

A gordura acumulada no tempo da ditadura começa a cobrar seu preços. As pernas tortas e os pés inchados denunciam a força extra usada para carregar a pança disforme. Pelo menos já tomaram vermífugos e as primeiras lombrigas já foram defecadas. Os vermes maiores, as taenias solium, popularizadas com nomes como Merval Pereira, Arnaldo Jabor continuam penduradas nos intestino da Globo.

Já não há mais os ditadores para mamarem, nem sabujos com quem se locupletarem. O que se verifica é que, quando têm de trabalharem, os grupos mafiomidiáticos se dão mal. Muito mal.

Já foi descoberto remédio para o câncer, só não foi descoberto um remédio para os a$$oCIAdos do Instituto Millenium enriquecerem na democracia.

Tirem os finanCIAmentos ideológicos e eles não sobreviveriam um único inverno na livre concorrência. Para quem dizia que o Brasil tinha seleção mas não tinha planejamento nem organização para a Copa, agora vê-se que eles julgavam os outros tendo por parâmetro as próprias limitações.

De tanto rogarem praga nos governos Lula e Dilma o feitiço virou contra os feiticeiros. Até porque não pega praga de urubu em cavalo gordo.

Venderam o caos e quem paga são os jornalistas

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No Rio, o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, demite 100 profissionais; em São Paulo, a Abril, da família Civita, fecha revistas e entrega metade dos andares que ocupa; em Minas, o Estado de Minas, onde o diretor Zeca Teixeira da Costa fez campanha explícita por Aécio Neves, corta cabeças e coloca a própria sede à venda; meios de comunicação tanto fizeram para contaminar as expectativas empresariais, com o discurso de que o Brasil rumava para o abismo, que foram os primeiros a cortar na carne; venderam o fim do Brasil e estão morrendo antes dele

9 de Janeiro de 2015 às 09:12

247 – A semana que termina nesta sexta-feira escancarou a crise dos meios de comunicação brasileiros. Primeiro, foi a Abril, em São Paulo, quem entregou metade dos andares que ocupa e viu o busto do fundador Victor Civita ser removido (leia aqui). Em seguida, o Estado de Minas demitiu 11 profissionais experientes e foi repreendido pelo sindicato dos jornalistas por ter misturado jornalismo e política, de forma tão explícita (leia aqui). Agora, é o Globo que corta 100 profissionais, dos quais 30 na redação (leia aqui).

Há um ponto em comum entre esses três grupos editoriais. Todos, no último ano, adotaram o discurso de que o Brasil rumava para o caos. Engajados na campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República, o que foi feito de forma explícita por Zeca Teixeira da Costa, diretor do Estado de Minas, esses veículos venderam a ideia de que a economia brasileira, mesmo com pleno emprego e inflação na meta (ainda que no topo), mais cedo ou mais tarde afundaria.

Tal discurso contaminou as expectativas empresariais, reduzindo investimentos. E os primeiros a sofrer foram os grupos de comunicação. Os patrões venderam o caos, mas os jornalistas e profissionais de outras áreas é que pagam o pato.

Leia, abaixo, notícia do Comunique-se sobre o Globo:

O jornal O Globo realizou mais de uma centena de demissões nesta quinta-feira, 8. Conforme informações extraoficiais repassadas à reportagem do Comunique-se, ao todo, o veículo de comunicação dispensou cerca de 160 profissionais, atingindo vários departamentos da empresa, como administrativo e comercial. Na redação, os cortes alcançaram aproximadamente 30 pessoas, entre repórteres e diagramadores.
Na lista de jornalistas que se despediram do dia a dia do impresso mantido pela Infoglobo estão profissionais premiados e com longo tempo de casa, caso da editora-assistente de ‘Rio’, Angelina Nunes, que estava na empresa de comunicação desde 1991. Ela usou o perfil que mantém no Facebook para confirmar a sua saída. “A partir de hoje não estou mais no Globo. Vou concluir o mestrado e me preparar para quando o Carnaval chegar”, publicou. Durante os 23 anos de trabalhos dedicados ao Globo, somou conquistas como Prêmio Esso, Prêmio Embratel e Prêmio Vladimir Herzog.
Integrante da galeria ‘Mestres do Jornalismo’ do Prêmio Comunique-se desde 2013, o colunista de cultura Artur Xexéo também foi dispensado pela direção do jornal. No Globo desde 2000, o articulista parece ter pressentido que iria deixar de colaborar com a publicação. No blog que leva o nome do jornalista, o último texto (publicado no domingo, 4) recebeu o título de “Despedidas”. No artigo, ressalta-se que a despedida era de 2014, mas o autor chega a citar a sua situação profissional em determinado trecho. “Se o assunto não for minha aposentadoria, o leitor sempre pode imaginar que fui demitido. Que demoraram 22 anos, mas, enfim, descobriram que sou uma farsa”, escreveu Xexéo. 

Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre a Abril:

Lucas Carvalho*

Após cortes de gastos e reestruturações em seus produtos editoriais, a editora Abril tem esvaziado andares de sua sede em São Paulo (SP). Uma parte do prédio teria sido entregue a um fundo investidor do Banco do Brasil, dono do imóvel.

O principal motivo para as mudanças teria sido a diminuição de operações na editora desde 2013 – envolvendo desde a transferência de dez publicações para a Editora Caras até o fim da versão impressa da revista Info. Em 2014, a editoria já havia divido parte de suas atividades com o prédio localizado na Marginal Tietê, que pertence à Abril e não é alugado.

IMPRENSA teve acesso ao comunicado interno divulgado pela empresa, que explica aos funcionários os detalhes das mudanças. Nele, a editora diz que decidiu não renovar o contrato de locação do primeiros andares da chamada Torre Alta. Assim, as atividades da Abril ficarão concentradas do 13º ao 26º andar do prédio, além do 8º piso.

Com a reorganização do espaço comum do condomínio, o busto de Victor Civita, fundador da Abril, que ficava na recepção, foi transferido para o mezanino do prédio. O terraço e o auditório seguem sendo de uso exclusivo da editora. O corte de custos seria uma estratégia natural do grupo e não indicaria uma suposta "crise financeira". Com redações cada vez menores, a empresa decidiu "compactar" suas instalações.

Procurada, a Abril ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.

Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre o Estado de Minas:

Vanessa Gonçalves, Jéssica Oliveira e Lucas Carvalho*

O jornal O Estado de Minas, um dos principais veículos de comunicação de Minas Gerais, promoveu nesta quarta-feira (7/1) um corte em seu quadro de funcionários. De acordo com o sindicato dos jornalistas do Estado, 11 jornalistas foram demitidos.

Segundo a entidade, os profissionais desligados tinham grande experiência profissional, sendo que alguns trabalhavam no jornal há décadas. Os cortes atingiram cinco editoriais, que perderam repórteres, editores, fotógrafos e um ilustrador. Uma secretária também foi demitida.

Em nota, o sindicato solidarizou-se com os demitidos e suas famílias e manifestou grande preocupação com os cortes, que "enfraquecem" o jornalismo mineiro."A preocupação do Sindicato não se limita à perda do emprego desses jornalistas e fechamento de postos de trabalho, mas também pelas circunstâncias recentes que cercam a decisão da empresa. No final de 2014, num ato que teve grande repercussão, o mesmo jornal dispensou o então editor de Cultura João Paulo Cunha, que se recusou a ter seus artigos censurados".

A entidade diz entender que o fortalecimento da profissão e da liberdade de imprensa passa pela produção de um jornalismo vigoroso, informativo e democrático, masa, ainda de acordo com ela, o jornal tem realizado "exatamente o oposto". "A renovação urgente do jornalismo mineiro não pode prescindir de profissionais experientes como estes que acabam de ser dispensados. O Sindicato informa ainda aos dispensados que transmitirá orientações jurídicas a serem tomadas e em relação ao plano de saúde, que também foi motivo de litígio recente dos jornalistas com a empresa".

À IMPRENSA, Kerison Lopes, presidente do sindicato, afirma que as demissões ocorrem em decorrência da crise financeira enfrentada pela publicação, que vai além dos problemas enfrentados pelos veículos impressos em todo o mundo.

"O jornal passa por uma crise financeira, e uma crise de gestão e credibilidade. Nos últimos tempos, O Estado de Minas adotou uma linha editorial atrelada a um grupo político e acabou perdendo assinantes e, consequenemente, diminuindo sua venda em bancas", disse ele.

Procurado por IMPRENSA, o jornal não retornou as ligações para comentar os cortes.

23/12/2014

Mais choque e menos gestão

PSDB MIDIAn

São Paulo de sempre e de novo. Até parece que os ataques desferidos pelos inconformados peessedebistas contra Dilma visam apenas desviar o foco sobre os incontáveis problemas criados as sucessivas gestões do PSDB em São Paulo. Se a decadência de São Paulo parece assunto batido, o atraso do Maranhão faz companhia e explica a junção dos dois Estados. O Maranhão, companhia hereditária do Sarney, o grande eleitor do Aécio Neves, mostra-se Estado-irmão de São Paulo. Não é mera coincidência que Sarney tenha sido por largos anos articulista da Folha, que tenha levado FHC para a ABL, e que todo seu poder decorre das relações umbilicais com Roberto Marinho e que este deve a construção de seu império à ditadura, à qual Sarney servia. O triunvirato de Sarney, Roberto Marinho & FHC é o resquício de um passado morto, tão morto como o volume d’água do Sistema Cantareira.

Hoje não há nada mais emblemático do nosso atraso do que a educação pública legada por dois clâs: dos Sarneys e dos PSDBs…

A política de segurança pública é uma piada, desde a criação e proliferação do PCC, o aumento contínuo por 17 meses nos roubos, a inoperância, por aparelhamento do Estado, das instituições responsáveis pelas investigações.

Nos serviços básicos, o castigo de São Pedro a quem só faz investimento público na Bolsa de Nova Iorque (SABESP), faz de São Paulo, no país com os maiores mananciais de água doce do mundo, único a te racionamento d’água. Nem no polígono das secas houve tanta imprevidência.

Na educação, UNESP  e USP estão em decadência mas sintonizadas com a queda também nas demais escolas públicas.

Tudo isso, que é muito mas não é tudo, não merece a atenção dos três maiores grupos da velha mídia situados naquele Estado: Veja, Estadão, Folha. Coincidentemente, também sede do Instituto Millenium. Seria em virtude das milhares de assinaturas destes jornais e revista distribuídos na escolas públicas. Taí, ó, uma triste coincidência: o Estado atrelado à velha mídia não se sintoniza com as novas mídias.

SP perde espaço entre escolas top do Enem

Em 2013, 32% dos colégios do Estado estavam na lista dos 10% melhores, ante 36% no exame nacional de 2009

Entre as 100 melhores escolas do Estado de SP, 28 delas são privadas da capital; a pior da cidade recebeu prêmio recente

DE SÃO PAULO

A participação das escolas paulistas entre as 10% melhores na prova do Enem caiu e atingiu o menor índice em cinco anos. Segundo os dados divulgados, 32% das instituições top são do Estado, enquanto em 2009 eram 36%.

Apesar da queda, São Paulo continua tendo a maior presença na elite das escolas do país –situação puxada pelas instituições privadas. Há apenas 1 escola pública paulista para cada 15 particulares do Estado nesta seleção.

E, dentre as 100 melhores escolas de São Paulo na lista, 28 são privadas da capital.

PRÊMIO

O colégio da capital com as menores notas no Enem, a escola municipal Vereador Antonio Sampaio (zona norte), acaba de ser premiado.

Um projeto sobre a diáspora africana pelo mundo ficou com o segundo lugar em uma das categorias de um concurso da prefeitura sobre ações a favor dos Direitos Humanos.

Em maio, dez alunos de ensino médio da escola paulistana foram para Maryland (EUA) aprender sobre como a a cultura africana é divulgada na América do Norte.

O professor Luiz Fernando Costa, que organizou o projeto premiado, afirma que a baixa participação dos alunos no Enem, por causa de greves, prejudicou o desempenho geral da instituição.

"Nós temos um bom aproveitamento de ingresso nas escolas técnicas. Em anos anteriores [2011] fomos a melhor escola municipal", afirma.

A prefeitura diz que vai discutir com as oito escolas municipais de ensino médio uma nova proposta curricular.

A melhor escola pública do Estado no Enem é o Cotuca, colégio técnico da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que figura na 116ª posição do país.

A melhor pública da capital, a ETE São Paulo (escola técnica), ficou em 121º.

(ANDRÉ MONTEIRO E EDUARDO GERAQUE)

No MA, pior escola do país tem livros empilhados no lugar da biblioteca

DE SÃO PAULO

Três entre as dez escolas com os piores desempenhos no Enem 2013 estão no Maranhão. No povoado de Cachimbos, município de Jatobá (a 433 km de São Luís), está a última das 14.715 do ranking: a escola estadual Centro de Ensino Aluísio Azevedo.

Na cidade de 8.526 habitantes, a Aluísio Azevedo "segue o modelo da maioria das escolas do Maranhão", diz o professor de inglês Reijunior Santos Soares. "Temos uma estrutura precária, falta material, orientação e gestão."

A escola tem apenas 23 alunos –classificados pelo Inep como de nível socioeconômico "muito Baixo".

Apesar de no cadastro oficial da escola constar itens como laboratório de informática e biblioteca, a realidade parece ser outra. "Temos é uma sala cheia de livros empilhados", diz Rarison Coelho, 21, ex-aluno e ex-funcionário do colégio.

A nota média da escola, 397,03, corresponde a pouco mais da metade do desempenho da melhor escola, o colégio Objetivo Integrado, de São Paulo. Procurada, a Secretaria Estadual de Educação não respondeu. O diretor da escola não foi encontrado.

Apenas duas posições acima, na antepenúltima colocação no ranking, está o Colégio Estadual Professora Leda Tajra, em Buriti Bravo, município com 22 mil habitantes.

(EMILIO SANT’ANNA)

10/09/2014

Entenda porque a USP está em decadência

Filed under: Decadência,Indigência Mental,Marina Silva,USP — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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Marina a lendiaSe todos os professores da USP possuem o nível argumentativo do profexô José eis aí uma boa explicação para a decadência daquela instituição. Um professor universitário deveria se dar ao respeito de, pelo menos em público, se abster de defender o criacionismo. Depõe contra o processo civilizatório fazer de conta que sufragar Presidente uma pessoa que acredita que o mundo foi criado há por 4.500 anos é de uma pobreza, para não dizer indigência, mental sem precedentes. Até parece que os rumos do conhecimento, ciência, educação ou que outro nome se possa dar, não passam também pelos mãos da Presidenta.

Falar em ética quando tendo por parâmetro uma pessoa de surfou na onda de todos os partidos e que muda o programa de governo com apenas três twitadas do Silas Malafaia dá até vontade de chorar. Com professores como este educando a elite de São Paulo não me admire que os reis dos camarotes Vip do Banco Itaú, Multilaser tenham xingado a Presidenta do Brasil na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão.

Pena que a providência divina que retirou Marina do avião seja a mesma que deixou o Eduardo Campos no Avião e José Eli da Veiga na USP…

Eu não tenho medo de Virgínia Woolf, de Marina Silva, de José Eli, do criacionismo e do deus do ódio e do atraso que estas pessoas usam de escudo para voltarmos às trevas.

JOSÉ ELI DA VEIGA

TENDÊNCIAS/DEBATES

Quem tem medo de Marina Woolf?

Não tenho dúvida em optar pelos valores humanos que orientam Marina Silva, seja lá qual for a sua crença sobre a origem do Universo e da vida

Os intelectuais que votarão em Marina Silva com muita tranquilidade e entusiasmo entendem perfeitamente o atual desespero de seus colegas social-democratas, que preferem as candidaturas petista ou tucana. Nem por isso devem deixar passar calados as tentativas de desqualificação, venham de quem e de onde vierem.

Na minha condição de ateu –mas, principalmente, de radical adepto do darwinismo generalizado–, só posso entender as religiões como fruto da adaptação cultural. Por isso, não tenho dúvida em optar pelos valores humanos que orientam Marina, seja lá qual for a sua íntima crença sobre a origem do Universo e da vida. Além disso, ela nada tem de criacionista, como esclareceu no programa "Roda Viva" da TV Cultura (bit.ly/criacionismo darwin).

O que me interessa é escolher para presidente alguém que realmente respeite um razoável código de ética, ao contrário do que fizeram Dilma Rousseff e José Serra na campanha presidencial de 2010.

Quando surgiu aquela tremenda indignação ecumênica contra a terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado em 2009 pelo governo Lula, parlamentares evangélicos e católicos mobilizaram-se principalmente contra a proposta de descriminalização do aborto. Os pentecostais também se posicionaram radicalmente contra o projeto de lei da Câmara nº 122/2006, que transformaria em crime a homofobia. Foi assim que esses temas acabaram sendo priorizados na campanha eleitoral.

Pois bem. Dilma Rousseff, que antes se declarara "agnóstica", empenhou-se em não perder sequer uma missa para fingir ser fervorosa católica. Atitude que foi muito bem aproveitada por lideranças e parlamentares evangélicos para cobrar-lhe repúdio a qualquer projeto "contra a vida e os valores da família". Exigiram seu compromisso de veto a projetos favoráveis ao aborto, à união civil e à adoção de crianças por homossexuais e à regulamentação da atividade de profissionais do sexo. Ela se comprometeu com tudo.

A reação da campanha petista também foi de se voltar às hostes evangélicas ressaltando que a terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos já estava sendo revisto pelo governo, que sua candidata era "a favor da vida" e que, por isso, uma vez eleita, não tomaria qualquer iniciativa de mudança na legislação sobre o aborto, assim como sobre questões relativas à família e à liberdade religiosa.

Ironicamente, a única candidatura com algum peso a fazer campanha laica foi a da terceira colocada, a missionária acreana Marina Silva (então no PV, hoje no PSB/Rede Sustentabilidade), como enfatiza o pesquisador Antônio Ricardo de Souza, da Universidade Federal de São Carlos, no artigo "Meandros da força política evangélica no Brasil", publicado pela revista "Cultura y Religión" no final de 2013.

Não me enganei, portanto, quando em 2006 sugeri aos meus melhores amigos petistas que começassem a articular a candidatura de Marina Silva para a sucessão de Lula. Só vim a conhecê-la pessoalmente em 2008, e nesses seis anos só aumentou minha convicção de que ela teria sido infinitamente melhor para o Brasil do que Dilma Rousseff.

Os valores da missionária evangélica do Acre são infinitamente superiores àqueles preferidos por materialistas vulgares de todos os quadrantes. Basta notar como acatam e justificam a nojeira praticada pelo "peemedebismo" dos dois oligopólios partidários conduzidos por partidos social-democratas.

Em suma, por que deveria eu ter aversão a uma crente que nutre muito mais respeito pela diversidade cultural e pelas liberdades civis do que a esmagadora maioria dos intelectuais petistas e tucanos?

JOSÉ ELI DA VEIGA, 66, é professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP e autor do e-book "The Global Disgovernance of Sustainability" (ed. Anadarco, no prelo)

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