Ou de como morrem, na democracia, os filhotes da ditadura!
Ué, não são eles que têm receita para todos os males do Brasil? A Rede Globo não está sempre disposta a oferecer receitas para o sucesso de todo mundo?!
Na verdade, o que está acontecendo tem diagnóstico simples e solução inalcançável. É pura e simplesmente síndrome de abstinência. Fora das mamatas do Governo Federal deste que o amante da funcionária foi apeado do poder, a Globo definha a olhos vistos.
A gordura acumulada no tempo da ditadura começa a cobrar seu preços. As pernas tortas e os pés inchados denunciam a força extra usada para carregar a pança disforme. Pelo menos já tomaram vermífugos e as primeiras lombrigas já foram defecadas. Os vermes maiores, as taenias solium, popularizadas com nomes como Merval Pereira, Arnaldo Jabor continuam penduradas nos intestino da Globo.
Já não há mais os ditadores para mamarem, nem sabujos com quem se locupletarem. O que se verifica é que, quando têm de trabalharem, os grupos mafiomidiáticos se dão mal. Muito mal.
Já foi descoberto remédio para o câncer, só não foi descoberto um remédio para os a$$oCIAdos do Instituto Millenium enriquecerem na democracia.
Tirem os finanCIAmentos ideológicos e eles não sobreviveriam um único inverno na livre concorrência. Para quem dizia que o Brasil tinha seleção mas não tinha planejamento nem organização para a Copa, agora vê-se que eles julgavam os outros tendo por parâmetro as próprias limitações.
De tanto rogarem praga nos governos Lula e Dilma o feitiço virou contra os feiticeiros. Até porque não pega praga de urubu em cavalo gordo.
Venderam o caos e quem paga são os jornalistas
No Rio, o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, demite 100 profissionais; em São Paulo, a Abril, da família Civita, fecha revistas e entrega metade dos andares que ocupa; em Minas, o Estado de Minas, onde o diretor Zeca Teixeira da Costa fez campanha explícita por Aécio Neves, corta cabeças e coloca a própria sede à venda; meios de comunicação tanto fizeram para contaminar as expectativas empresariais, com o discurso de que o Brasil rumava para o abismo, que foram os primeiros a cortar na carne; venderam o fim do Brasil e estão morrendo antes dele
9 de Janeiro de 2015 às 09:12
247 – A semana que termina nesta sexta-feira escancarou a crise dos meios de comunicação brasileiros. Primeiro, foi a Abril, em São Paulo, quem entregou metade dos andares que ocupa e viu o busto do fundador Victor Civita ser removido (leia aqui). Em seguida, o Estado de Minas demitiu 11 profissionais experientes e foi repreendido pelo sindicato dos jornalistas por ter misturado jornalismo e política, de forma tão explícita (leia aqui). Agora, é o Globo que corta 100 profissionais, dos quais 30 na redação (leia aqui).
Há um ponto em comum entre esses três grupos editoriais. Todos, no último ano, adotaram o discurso de que o Brasil rumava para o caos. Engajados na campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República, o que foi feito de forma explícita por Zeca Teixeira da Costa, diretor do Estado de Minas, esses veículos venderam a ideia de que a economia brasileira, mesmo com pleno emprego e inflação na meta (ainda que no topo), mais cedo ou mais tarde afundaria.
Tal discurso contaminou as expectativas empresariais, reduzindo investimentos. E os primeiros a sofrer foram os grupos de comunicação. Os patrões venderam o caos, mas os jornalistas e profissionais de outras áreas é que pagam o pato.
Leia, abaixo, notícia do Comunique-se sobre o Globo:
O jornal O Globo realizou mais de uma centena de demissões nesta quinta-feira, 8. Conforme informações extraoficiais repassadas à reportagem do Comunique-se, ao todo, o veículo de comunicação dispensou cerca de 160 profissionais, atingindo vários departamentos da empresa, como administrativo e comercial. Na redação, os cortes alcançaram aproximadamente 30 pessoas, entre repórteres e diagramadores.
Na lista de jornalistas que se despediram do dia a dia do impresso mantido pela Infoglobo estão profissionais premiados e com longo tempo de casa, caso da editora-assistente de ‘Rio’, Angelina Nunes, que estava na empresa de comunicação desde 1991. Ela usou o perfil que mantém no Facebook para confirmar a sua saída. “A partir de hoje não estou mais no Globo. Vou concluir o mestrado e me preparar para quando o Carnaval chegar”, publicou. Durante os 23 anos de trabalhos dedicados ao Globo, somou conquistas como Prêmio Esso, Prêmio Embratel e Prêmio Vladimir Herzog.
Integrante da galeria ‘Mestres do Jornalismo’ do Prêmio Comunique-se desde 2013, o colunista de cultura Artur Xexéo também foi dispensado pela direção do jornal. No Globo desde 2000, o articulista parece ter pressentido que iria deixar de colaborar com a publicação. No blog que leva o nome do jornalista, o último texto (publicado no domingo, 4) recebeu o título de “Despedidas”. No artigo, ressalta-se que a despedida era de 2014, mas o autor chega a citar a sua situação profissional em determinado trecho. “Se o assunto não for minha aposentadoria, o leitor sempre pode imaginar que fui demitido. Que demoraram 22 anos, mas, enfim, descobriram que sou uma farsa”, escreveu Xexéo.
Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre a Abril:
Lucas Carvalho*
Após cortes de gastos e reestruturações em seus produtos editoriais, a editora Abril tem esvaziado andares de sua sede em São Paulo (SP). Uma parte do prédio teria sido entregue a um fundo investidor do Banco do Brasil, dono do imóvel.
O principal motivo para as mudanças teria sido a diminuição de operações na editora desde 2013 – envolvendo desde a transferência de dez publicações para a Editora Caras até o fim da versão impressa da revista Info. Em 2014, a editoria já havia divido parte de suas atividades com o prédio localizado na Marginal Tietê, que pertence à Abril e não é alugado.
IMPRENSA teve acesso ao comunicado interno divulgado pela empresa, que explica aos funcionários os detalhes das mudanças. Nele, a editora diz que decidiu não renovar o contrato de locação do primeiros andares da chamada Torre Alta. Assim, as atividades da Abril ficarão concentradas do 13º ao 26º andar do prédio, além do 8º piso.
Com a reorganização do espaço comum do condomínio, o busto de Victor Civita, fundador da Abril, que ficava na recepção, foi transferido para o mezanino do prédio. O terraço e o auditório seguem sendo de uso exclusivo da editora. O corte de custos seria uma estratégia natural do grupo e não indicaria uma suposta "crise financeira". Com redações cada vez menores, a empresa decidiu "compactar" suas instalações.
Procurada, a Abril ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
Leia, abaixo, notícia do Portal Imprensa sobre o Estado de Minas:
Vanessa Gonçalves, Jéssica Oliveira e Lucas Carvalho*
O jornal O Estado de Minas, um dos principais veículos de comunicação de Minas Gerais, promoveu nesta quarta-feira (7/1) um corte em seu quadro de funcionários. De acordo com o sindicato dos jornalistas do Estado, 11 jornalistas foram demitidos.
Segundo a entidade, os profissionais desligados tinham grande experiência profissional, sendo que alguns trabalhavam no jornal há décadas. Os cortes atingiram cinco editoriais, que perderam repórteres, editores, fotógrafos e um ilustrador. Uma secretária também foi demitida.
Em nota, o sindicato solidarizou-se com os demitidos e suas famílias e manifestou grande preocupação com os cortes, que "enfraquecem" o jornalismo mineiro."A preocupação do Sindicato não se limita à perda do emprego desses jornalistas e fechamento de postos de trabalho, mas também pelas circunstâncias recentes que cercam a decisão da empresa. No final de 2014, num ato que teve grande repercussão, o mesmo jornal dispensou o então editor de Cultura João Paulo Cunha, que se recusou a ter seus artigos censurados".
A entidade diz entender que o fortalecimento da profissão e da liberdade de imprensa passa pela produção de um jornalismo vigoroso, informativo e democrático, masa, ainda de acordo com ela, o jornal tem realizado "exatamente o oposto". "A renovação urgente do jornalismo mineiro não pode prescindir de profissionais experientes como estes que acabam de ser dispensados. O Sindicato informa ainda aos dispensados que transmitirá orientações jurídicas a serem tomadas e em relação ao plano de saúde, que também foi motivo de litígio recente dos jornalistas com a empresa".
À IMPRENSA, Kerison Lopes, presidente do sindicato, afirma que as demissões ocorrem em decorrência da crise financeira enfrentada pela publicação, que vai além dos problemas enfrentados pelos veículos impressos em todo o mundo.
"O jornal passa por uma crise financeira, e uma crise de gestão e credibilidade. Nos últimos tempos, O Estado de Minas adotou uma linha editorial atrelada a um grupo político e acabou perdendo assinantes e, consequenemente, diminuindo sua venda em bancas", disse ele.
Procurado por IMPRENSA, o jornal não retornou as ligações para comentar os cortes.