Ficha Corrida

30/01/2015

Ufa, Folha descobre nepotismo no Maranhão

De repente, não mais que de repente, o Maranhão começa a merecer atenção dos grupos mafiomidiáticos. Durante décadas a famiglia dos Honoráveis Bandidos mandou e desmandou no Maranhão. O capo di tutti i capi chegou a ocupar, por largos anos, espaço de articulista na Folha de São Paulo. Seria um pedido do mais ilustre eleitor do Aécio Neves no Maranhão?! Vamos lembrar que mesmo se dizendo apoiador de Dilma, Sarney foi flagrado pela TV apertando o 45 do Aécio nas últimas eleições.

Com Flávio Dino, do PC do B, a Folha começa a se ocupar do Maranhão. Mesmo Sarney tendo trabalhado na Folha, parece que a ela, a Folha, não sabia que Roseana era filha dele, Sarney. Talvez por isso nunca tenha dado uma manchete sequer negativa ao donatário do Maranhão. Ah, sim, houve um momento muito específico, quando o araponga do José Serra precisou detonar a candidatura da Roseana, no famoso caso Lunus

Dino nomeia parentes de aliados no Maranhão

Atual governador criticava presença de familiares nas gestões dos Sarney

Parentes, namorada e até sócio de auxiliares têm cargos; governo diz que aptidões levaram à escolha dos nomeados

DIÓGENES CAMPANHADE SÃO PAULO

Principal adversário da família Sarney no Maranhão, o governador do Estado, Flávio Dino (PC do B), abriga em postos importantes parentes, namorada e até sócio de aliados.

A prática não configura nepotismo, já que os nomeados não atuam nos mesmos órgãos que os auxiliares aos quais são ligados. Mesmo assim, vem rendendo críticas a Dino, que condenava o nepotismo no governo dos Sarney.

O secretário de Articulação Política, Márcio Jerry, tem a namorada chefiando o gabinete do governador e a irmã dela como número dois da pasta de Esporte e Lazer.

A professora Joslene da Silva Rodrigues, namorada de Jerry, é dirigente do PC do B e próxima de Dino. Atuou na coordenação das campanhas e em seu gabinete quando ele foi deputado federal.

A irmã dela, Joslea, foi nomeada secretária-adjunta de Esporte. Ex-judoca, chefiou o departamento do idoso da pasta na gestão Roseana Sarney (PMDB) e atuou no Ministério do Esporte, comandado até 2014 pelo PC do B.

Na Secretaria de Representação Institucional do Maranhão no DF, a adjunta carrega um sobrenome conhecido: Liz Ângela Gonçalves de Melo é irmã do presidente do instituto de terras do Estado.

Ana Karla Silvestre Fernandes, mulher do ex-governador e futuro secretário de Minas e Energia, José Reinaldo Tavares, foi nomeada corregedora-geral do Estado.

Outro parente nomeado, o advogado César Pires Filho, assessor jurídico do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão, tem sangue oposicionista. Seu pai, o deputado estadual César Pires (DEM), foi líder do governo Roseana na Assembleia.

A presença de familiares no governo era uma das principais críticas da oposição nos anos de predomínio do grupo de Sarney. Um dos exemplos mais conhecidos era Ricardo Murad, cunhado de Roseana, que comandou a Secretaria da Saúde até o 2014.

Além de parentes, a gestão Dino terá o antigo sócio de um secretário justamente na pasta de Transparência e Controle, uma das principais promessas de sua campanha.

O titular, Rodrigo Lago, nomeou como chefe da assessoria especial Marcos Canário Caminha, com quem dividia um escritório de advocacia.

Embora o governo defenda as nomeações, um de seus auxiliares admite "incômodo político".

"Do ponto de vista jurídico, é evidente que não caracteriza nepotismo. Sob o ponto de vista político, não deixa de ser um certo incômodo, porque afinal de contas a gente vinha se debatendo com o grupo Sarney", afirma o futuro secretário de Representação Institucional no DF, Domingos Dutra.

15/01/2015

Dino por que qui-lo

Capos di tutti i capi 

Sarney & MarinhoE de repente na pátria comandada pelas cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS) ficamos sabendo que o líder máximo do PMDB por décadas utilizou dinheiro público para uma única obra na sua capitania hereditária, um mausoléu ao estilo Tutancâmon.

E isso que Sarney gozava de espaço privilegiado, por amizade e por ser articulista, tanto na Folha como n’O Globo. Ninguém investigou, nem perguntou nem criminalizou o parceiro desde a ditadura.

O eleitor mais ilustre do Aécio Neves, mas que dizia apoiar Dilma, comandou com o Maranhão com o tacão da bota, com a complacência de seus parceiros de ABL. Ferreira Gullar, seu mais ilustre amigo, jamais levantou uma interjeição contra o plenipotenciário do seu estado natal.

E agora, por ironia do destino, um comunista vai privatizar o que deveria ser público sem dinheiro público.

Busque por mais informações como esta nos a$$oCIAdos do Instituto Millenium e encontrarás tanta quantas manifestações do Ferreira Gullar a respeito dos desmandos da família Sarney no Maranhão.

Nos grupos mafiomidiáticos Sarney só foi hostilizado quando declarou apoio a Lula e Dilma.

No Brasil da máfia institucionalizada e da ignorância de manada, o meliante só será investigado se declarar, mesmo que circunstancial e hiPÓcritamente, apoio ao PT. No mais, é tem licença para roubar e praticar patifarias de sempre.

Dino quer privatizar Museu Sarney no Maranhão

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Criado por José Sarney, museu que passou a chamar Fundação da Memória Republicana Brasileira (PMRB) custou R$ 8,1 milhões ao Estado desde sua estatização, em 2011; governador Flávio Dino pediu estudo para reduzir participação pública

15 de Janeiro de 2015 às 05:36

247 – Em mais uma ação para reduzir os custos do governo na sucessão de gestões da família Sarney, o governador Flavio Dino (PCdoB) solicitou um estudo que pode privatizar o Museu Sarney.

Criado por José Sarney, o museu que passou a chamar Fundação da Memória Republicana Brasileira (PMRB) custou R$ 8,1 milhões ao Maranhão desde sua estatização, em 2011.

“A diretriz política do governo é fazer com que a fundação seja da memória republicana, e não do culto à personalidade de um ex-presidente. Se tiver que permanecer pública, que não use recursos públicos para fins privados”, disse o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry.

Dino quer privatizar Museu Sarney no Maranhão | Brasil 24/7

23/12/2014

Mais choque e menos gestão

PSDB MIDIAn

São Paulo de sempre e de novo. Até parece que os ataques desferidos pelos inconformados peessedebistas contra Dilma visam apenas desviar o foco sobre os incontáveis problemas criados as sucessivas gestões do PSDB em São Paulo. Se a decadência de São Paulo parece assunto batido, o atraso do Maranhão faz companhia e explica a junção dos dois Estados. O Maranhão, companhia hereditária do Sarney, o grande eleitor do Aécio Neves, mostra-se Estado-irmão de São Paulo. Não é mera coincidência que Sarney tenha sido por largos anos articulista da Folha, que tenha levado FHC para a ABL, e que todo seu poder decorre das relações umbilicais com Roberto Marinho e que este deve a construção de seu império à ditadura, à qual Sarney servia. O triunvirato de Sarney, Roberto Marinho & FHC é o resquício de um passado morto, tão morto como o volume d’água do Sistema Cantareira.

Hoje não há nada mais emblemático do nosso atraso do que a educação pública legada por dois clâs: dos Sarneys e dos PSDBs…

A política de segurança pública é uma piada, desde a criação e proliferação do PCC, o aumento contínuo por 17 meses nos roubos, a inoperância, por aparelhamento do Estado, das instituições responsáveis pelas investigações.

Nos serviços básicos, o castigo de São Pedro a quem só faz investimento público na Bolsa de Nova Iorque (SABESP), faz de São Paulo, no país com os maiores mananciais de água doce do mundo, único a te racionamento d’água. Nem no polígono das secas houve tanta imprevidência.

Na educação, UNESP  e USP estão em decadência mas sintonizadas com a queda também nas demais escolas públicas.

Tudo isso, que é muito mas não é tudo, não merece a atenção dos três maiores grupos da velha mídia situados naquele Estado: Veja, Estadão, Folha. Coincidentemente, também sede do Instituto Millenium. Seria em virtude das milhares de assinaturas destes jornais e revista distribuídos na escolas públicas. Taí, ó, uma triste coincidência: o Estado atrelado à velha mídia não se sintoniza com as novas mídias.

SP perde espaço entre escolas top do Enem

Em 2013, 32% dos colégios do Estado estavam na lista dos 10% melhores, ante 36% no exame nacional de 2009

Entre as 100 melhores escolas do Estado de SP, 28 delas são privadas da capital; a pior da cidade recebeu prêmio recente

DE SÃO PAULO

A participação das escolas paulistas entre as 10% melhores na prova do Enem caiu e atingiu o menor índice em cinco anos. Segundo os dados divulgados, 32% das instituições top são do Estado, enquanto em 2009 eram 36%.

Apesar da queda, São Paulo continua tendo a maior presença na elite das escolas do país –situação puxada pelas instituições privadas. Há apenas 1 escola pública paulista para cada 15 particulares do Estado nesta seleção.

E, dentre as 100 melhores escolas de São Paulo na lista, 28 são privadas da capital.

PRÊMIO

O colégio da capital com as menores notas no Enem, a escola municipal Vereador Antonio Sampaio (zona norte), acaba de ser premiado.

Um projeto sobre a diáspora africana pelo mundo ficou com o segundo lugar em uma das categorias de um concurso da prefeitura sobre ações a favor dos Direitos Humanos.

Em maio, dez alunos de ensino médio da escola paulistana foram para Maryland (EUA) aprender sobre como a a cultura africana é divulgada na América do Norte.

O professor Luiz Fernando Costa, que organizou o projeto premiado, afirma que a baixa participação dos alunos no Enem, por causa de greves, prejudicou o desempenho geral da instituição.

"Nós temos um bom aproveitamento de ingresso nas escolas técnicas. Em anos anteriores [2011] fomos a melhor escola municipal", afirma.

A prefeitura diz que vai discutir com as oito escolas municipais de ensino médio uma nova proposta curricular.

A melhor escola pública do Estado no Enem é o Cotuca, colégio técnico da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que figura na 116ª posição do país.

A melhor pública da capital, a ETE São Paulo (escola técnica), ficou em 121º.

(ANDRÉ MONTEIRO E EDUARDO GERAQUE)

No MA, pior escola do país tem livros empilhados no lugar da biblioteca

DE SÃO PAULO

Três entre as dez escolas com os piores desempenhos no Enem 2013 estão no Maranhão. No povoado de Cachimbos, município de Jatobá (a 433 km de São Luís), está a última das 14.715 do ranking: a escola estadual Centro de Ensino Aluísio Azevedo.

Na cidade de 8.526 habitantes, a Aluísio Azevedo "segue o modelo da maioria das escolas do Maranhão", diz o professor de inglês Reijunior Santos Soares. "Temos uma estrutura precária, falta material, orientação e gestão."

A escola tem apenas 23 alunos –classificados pelo Inep como de nível socioeconômico "muito Baixo".

Apesar de no cadastro oficial da escola constar itens como laboratório de informática e biblioteca, a realidade parece ser outra. "Temos é uma sala cheia de livros empilhados", diz Rarison Coelho, 21, ex-aluno e ex-funcionário do colégio.

A nota média da escola, 397,03, corresponde a pouco mais da metade do desempenho da melhor escola, o colégio Objetivo Integrado, de São Paulo. Procurada, a Secretaria Estadual de Educação não respondeu. O diretor da escola não foi encontrado.

Apenas duas posições acima, na antepenúltima colocação no ranking, está o Colégio Estadual Professora Leda Tajra, em Buriti Bravo, município com 22 mil habitantes.

(EMILIO SANT’ANNA)

18/01/2014

NA juGullar do inVejoso!

Filed under: FDP,Ferreira Gullar,José Sarney,Maranhão — Gilmar Crestani @ 8:19 am
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O silêncio do maranhense Ferreira Gullar diante do caos no estado dos Sarney

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José Ribamar Ferreira, ou Ferreira Gullar, como passou a se chamar o poeta maranhense, prefere o silêncio diante da violência no estado dos Sarney.

Fabio Lau, via Conexão Jornalismo

Ferreira Gullar há muito decidiu ser pedra de atiradeira. Com alvo único. Lula. O poeta e escritor formado nas hostes comunistas, um remanescente dos tempos em que o Partidão era o berço das transformações, decidira, de maneira oportuna, ganhar espaço na mídia conservadora para atacar o operário. Via no PT e em Lula tudo o que o inferno prepara em conteúdo e vestimentas para massacrar a sociedade que Gullar jura ter desejado um dia ver liberta.

Em entrevista ao jornal O Tempo, replicada na revista Veja em 2010, Gullar não hesitou em se revelar um merecedor de tamanha deferência. Afinal, sua fala sairia na coluna de Reynaldo Azevedo, uma espécie de Lacerda dos tempos modernos. Disse Ferreira Gullar sobre o presidente que tentava eleger Dilma sua sucessora: “o Lula é de fato uma pessoa desonesta, um demagogo, e isso é perigoso!” – A frase foi sublinhada e ganhou título na coluna de Azevedo.

Mas para Ferreira Gullar não basta acabar com Lula, o presidente que trouxe milhões de brasileiros para a zona de consumo, ampliou a classe média e inseriu na escola, especialmente universidades, um grupamento social que vivia à margem da possibilidade de crescer. Para Gullar, “o Socialismo acabou, e só alguns malucos dizem ao contrário”! Trata-se da máxima dos “coxinhas” de ocasião: o Socialismo teria acabado com a queda do Muro de Berlim. Mas o capitalismo permanece vivo, pujante e tão ameaçador quanto antes.

Mas toda esta fala em torno de Ferreira Gullar vem para destacar o seguinte: a crise porque passa seu Maranhão não tem afetado o há muito cidadão do Rio. Amigo de Sarney, amante de seus livros, incapaz de criticar o ex-presidente, ele mantém silêncio. Nenhuma fala, menção em blog ou em coluna dos amigos. A desgraça do povo maranhense, com sua miséria, mais baixo IDH, mortalidade infantil nas alturas, saneamento básico precário e escolaridade abaixo da média nacional, nada disso ele atribui ao seu amigo Sarney e sua descendência.

Neste particular, o outrora comunista prefere o silêncio. Que, nos últimos tempos, tem se revelado o seu melhor discurso. Como já disse Romário, algumas pessoas são de fato poetas. Quando estão caladas.

Fábio Lau é jornalista e editor do Conexão Jornalismo.

O silêncio do maranhense Ferreira Gullar diante do caos no estado dos Sarney | bloglimpinhoecheiroso

28/09/2012

Viva el ‘bumba-meu-boi’

Filed under: Maranhão,Turismo — Gilmar Crestani @ 8:19 am

‘Levántate, mi buey’, un ritual mestizo que hace vibrar al puerto brasileño durante las fiestas juninas. La leyenda de Anna Jansen y 3.500 edificios monumentales. São Luís de Maranhão, pura energía

Antonio Puente28 SEP 2012 – 04:40 CET1

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Desfile de ‘bumba/meu/boi’, en São Luís de Maranhão (Brasil). / RICARDO ROLLO

Fundada por los franceses en 1612 (hizo 400 años el pasado 8 de septiembre), São Luís de Maranhão (www.visitesaoluis.com) es la más importante capital marítima en la proximidad del Amazonas. Alongada sobre el mar abierto, la ciudad brasileña —un archipiélago, en realidad, surcado por las aguas del caudaloso río Anil— se halla justo en el regazo del nordeste de Brasil, y constituye la puerta de entrada al itinerario costero que los responsables de turismo de Brasil (www.visitbrasil.com) denominan la ruta das emoçoes: una amplia y hermosísima alineación de villas y pueblos marineros, de más de mil kilómetros de longitud, hasta Fortaleza (1), que ahora se acicalan con vistas al Mundial de Fútbol de 2014. Dos de los grandes reclamos de esa ruta, en el propio estado de Maranhão —que concentra la mayor diversidad de ecosistemas del país—, son el delta del Río Parnaíba (2), un preámbulo amazónico junto a la Isla de Santa Isabel, y, sobre todo —más próximo a São Luís, a 260 kilómetros—, el parque nacional dos Lençóis (o Sábanas) Maranhenses (3), un extraordinario arenal, con dunas de hasta 40 metros, surtido de caudalosas lagunas cristalinas, como si fuese un desierto a la inversa, en el que prevalecen los oasis.

8.00 La plaza del poeta que mira al mar

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Una de las lagunas del parque nacional dos Lençóis Maranheses. / PEIXES

Tras el café da manahá —un grácil eufemismo del revés, ya que, especialmente en el noreste de Brasil, se trata de una de las comidas más copiosas del día, coronada por apetitosas frutas tropicales— es recomendable iniciar el recorrido por el centro desde la altiva plaza de Gonçalves Dias. Su imponente mirador (4), sobre la bahía, da una idea del movedizo atractivo de São Luís, una ciudad a la vez tendida y vertical, jalonada por estratos tan diversos como su ajetreada historia. La marea ahora está alta, pero ese privilegiado mirador —que debe su nombre al vate mulato Antonio Gonçalves Días (1823-1864), un emblema del romanticismo brasilero—, permite observar una extraña peculiaridad: la marea desciende y vuelve a subir cada día hasta siete metros. No sería ocioso, pues, regresar con la puesta de sol y patear, incluso, por algunos tramos ya desecados de las mismas aguas antes contempladas. La esbelta iglesia de Nuestra Señora de los Remedios (5), allí enclavada, la única de factura gótica, es un buen pórtico al enjambre de igrejias, palacetes y conventos —en su mayoría de corte neoclásico— que salpican el diseminado centro histórico, antes de alcanzar su cogollo, de espectaculares azulejos, al fondo de una escalinata, en el barrio de Praia Grande.

10.00 El casco histórico

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La Rua do Trapiche, en São Luís de Maranhão (Brasil).

Más de 3.500 edificios monumentales, en 280 hectáreas, alberga el centro histórico, declarado por la Unesco patrimonio mundial en 1997, y sede, en 2012, de la capitalidad cultural de las Américas. Domina un eclecticismo tan vertiginoso como su historia. Pues São Luís de Maranhão —que debe su nombre al entonces rey niño Luis XIII— fue fundada por los franceses (Daniel de la Touche, en 1612), aunque tomada por los portugueses tan solo tres años después, y recobrada luego, en 1644, tras tres años de dominio holandés. La Casa do Maranhão (6) ofrece un completo audiovisual sobre la formación, por aluvión, del centro histórico. Da cuenta de la profusión de relevantes escritores del siglo XIX nacidos en São Luís que, a la estela de Gonçalves Días, son rememorados en calles y plazuelas. Si Jorge Amado —de cuyo nacimiento se cumplieron 100 años este agosto— se ha erigido en la voz de “los olvidados nordestinhos”, desde su grada sur de Salvador de Bahía, de este flanco norte de la región son oriundos, por ejemplo, el narrador Aluisio Azevedo (1857-1913), uno de los pioneros de la novela naturalista en el país; el pensador Maximiano Coelho (1864-1934) —“el príncipe de los prosistas brasileros”—, o el académico y vanguardista José de Graça Aranha (1868-1931).

Junto a la Casa das Tulhas (7), el Mercado y la Posada Colonial (8) (una sinfonía de azulejos de procedencia igual de variopinta), hay que apuntarse algunos enclaves especialmente interesantes: el Palacio dos Leòes (9), fortificación fundacional y hoy sede del Gobierno estatal; el teatro Arthur Azevedo (10) (de 1815, de construcción pionera en el país; www.cultura.ma.gov.br; rua do Sol, s/n); la Fonte das Pedras (11) o las iglesias del Destierro (12) —la más antigua, de 1614—, de Nuestra Señora del Rosario de los Negros (13) y de Carmo (14) (ambas en la rua de Egito), y la catedral (15) de la plaza de Sé (en la avenida de Pedro II).

14.00 La Laguna de Jansen

El parque de la Laguna de Jansen (16) es uno de los lugares de ocio más frecuentados por los propios marañenses. Se trata de un entramado de 6.000 metros cuadrados, repleto de restaurantes, bares, canchas, polideportivos, carriles bici… Es un lugar para el ocio que incluso es recomendable visitar de noche, con vistas a la neurálgica laguna y a buena parte de la ciudad. Debe su nombre a uno de los personajes más célebres de São Luís: la controvertida Anna Jansen (1793-1869), una de las grandes abanderadas del feminismo americano, que defendió con sus uñas su condición de madre soltera, pero que, a causa, tal vez, de eso mismo y de su longevidad atípica para la época, carga con una considerable leyenda negra. Promotora de la primera red hidráulica de la ciudad, cuentan que se abrió camino en su proyecto anegando con gatos muertos los manantiales de sus opositores, y que se enriqueció como tratadista de esclavos negros, a los que, según la leyenda, mandaba matar tras retozar con ellos. O los colocaba en hilera como una alfombra humana para pasear por sus lomos victoriosa, y exhibir, así, su inmunidad a cualquier doblegación.

19.00 El ‘reggae’ y ‘farofa’

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JAVIER BELLOSO

Por su afición al reggae, São Luís de Maranhão es conocida como la Jamaica de Brasil. De ritmos más dulcificados y hermanados con típicas modalidades brasileras, cada noche suena en múltiples garitos de la ciudad, desde el propio centro histórico o a la vera de la Laguna de Jansen, junto a la arena de Pontal d’Areia (17) o, sobre todo, en la larga avenida playera de Litoranea (18), donde se concentran la zona hotelera y vistosos restaurantes con cristaleras al mar. Destaca, con vistas a la bahía, el hotel Pestana (avenida Avicênia, 1; www. pestana.com), y entre los variados restaurantes recomendables de sabor y ambientación local, se encuentran Cabana do Sol (www.cabanodosol.com.br; rua Joao Damascano, 24), Maracangalha (www.restaurantemaracangalha.com.br; Ponta do farol) o Feijão de Corda (rua Maracacume, 8). Sobre la mesa aguarda la ubicua farofa —la harina de yuca con textura de pan rallado—. Y uno de los bocados típicos de este litoral es la amarela, un exquisito pescado autóctono (sin despreciar la moqueca de especiados y jugosos camarones con dulzor a la vez marino y fluvial).

Eso si el viajero no acude a São Luís durante las fiestas juninas, a lo largo del mes de junio, cuando la ciudad rebosa de recintos feriales (los arraiais) donde cada noche se celebra el bumba meu boi (levántate, mi buey), un ritual mestizo, de origen indígena, africano y europeo, que congrega a cientos de grupos folclóricos, con sus tambores y danzas en trance y espectacularmente ataviados.

Viva el ‘bumba-meu-boi’ | El Viajero en EL PAÍS

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