Ficha Corrida

13/12/2016

Scripta manent

Temer e Mentir é na Folha Uma interpretação à luz dos mais recentes acontecimentos fazem da carta aberta do Michel Temer, vazada para Moreno, da Globo, a prova cabal da honestidade da Dilma e da desonestidade do MiShell Temer. Há até o cheque de um milhão, nominal a ele. Mas, como Judas, negará sempre. A carta contém todos os elmentos probatórios das suas ligações mafiosas.

Leia abaixo a íntegra da carta obtida pela GloboNews:

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem) – é isso aí, tua carta é nossa prova do teu envolvimento…

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio. – onde se lê noticiário, leia-se indução ao golpe pela Rede Globo, aquela que mudou uma rodada do Brasileirão para levar sua manada de adestrados, via RBS, ao Parcão, em Porto Alegre.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo. – usar carta, em tempos de internet, eu ia dizer passadismo, mas é velhacaria mesmo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos. – se MT entender isso aí por lealdade, o que seria deslealdade?!

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional. errata, onde se lê art. 79 da CF, leia-se art. 171 do CP. Quem faz uma carta destas não tem faz uma natural “descrição”. Discrição era ter ficado apenas como decorativo.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo. – tirando a recatada é dólar, quem hoje confia no Senhor? E no PMDB do Romero Jucá, ou seria CAJU, do Eliseu Rima Rica, do Geddel Vieira Lima, do Moreira Franco, ou seria Angorá, do José Sarney, do Eduardo CUnha, do Sérgio Cabral Filho?!

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice. – sim, porque se fosse para cabeça da chapa, só a lista do parágrafo anterior teria votado em ti.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo. – com vazamento dos diálogos do Romero Jucá e agora a Lista Odebrecht, entendeu agora porque não gerava nem geras confiança, mas merece só menosprezo e tornozeleira eletrônica!?

Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.

1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas. – como vice-decorativo foi seu melhor desempenho em toda sua vida. Marcela que o diga.

2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários. – isso mesmo, não é só o senhor que não entende, mas parte da própria esquerda não entende que  aliança é para ganhar eleição, não para mandar. Se fosse para mandar, seria cabeça, como agora. Quando do PMDB formula políticas econômicas, como agora, os trabalhadores, e também os aposentados, sentem no próprio no próprio salário, e também no desemprego o que isso significa. Está aí sua pinguela para o futuro para provar.

3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone. – sábia decisão da Dilma, que descobriu, sem ajuda do MP ou PF, quem era Moreira Franco…

4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração". – suposta conspiração, porque, como sapes, houve um suposto golpe… Aliás, por falar em Padilha, desde os precatórios do antigo DNER os gaúchos sabemos de onde saiu o gado que pastam em suas fazendas…

5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação. – o ajuste fiscal é um tema tão difícil que foi a primeira e única coisa que tenta fazer até agora. O que queria à época, é o que fazes agora, foder com o trabalhador pague as contas da incompetência da Rede Globo e seus finanCIAdores da FIESP, incluindo o pato do Skaf…

6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado. – hoje fica fácil ignora-lo, mas à época, só uma pessoa honesta e corajosa o faria. Palmas para Dilma que ignorou um ignorante!

7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar. – tanto conversava com a oposição à Dilma que levou consigo no golpe José Tarja Preta Serra, Antônio Imbassahy, Aécio Neves. Todos derrotados por Lula e Dilma.

8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança; – tirando a Rede Globo, o MBL, o pessoal que veste camisas verde-amarelas da CBF, a Folha de São Paulo, o Estadão, a Veja, a RBS, o Eduardo Cunha, Moreira Franco, FHC, Aécio, Padilha, Sarney, Jucá, Paulo Skaf, e todos os delatados na Lista Odebrecht, todos os demais tem “absoluta falta de confiança” no senhor.

9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa. – uma conversa vazada da mesma maneira que esta sua carta… Aliás, o que o senhor disse a respeito do vazamento da conversa da Dilma com Lula jogralizada pela sua mentora, a Rede Globo?

10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal. – sua ponte para o futuro caiu, porque seus fundamentos, como uma caixa de Pandora, que Dilma já sabia, foi alicerçado nas costas dos trabalhadores e aposentados.

11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária. – o senhor confirma então que o PMDB, sob seu comando, era uno e indivisível, por isso está todo e por inteiro na Lista Odebrecht?

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais. – como uma verdadeira Cassandra, suas previsões são mais furadas que uma rede cearense…

Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção. – Dilma e todas as pessoas honestas não tem confiança nem em ti nem nos seus a$$oCIAdos, porque são todos do mesmo naipe, farinha do mesmo saco.

Respeitosamente,

Michel Temer 

A Sua Excelência a Senhora

Doutora DILMA ROUSSEFF

DO. Presidente da República do Brasil

Palácio do Planalto

26/11/2016

A plutocracia que sustenta a cleptocracia

Coincidentemente, mas só coincidência mesmo, todas figurinhas carimbadas do PSDB.

Pacto 1 Pacto_2

Pacto_3Pacto_4

Pacto_5

Pacto_6

15/08/2016

Driblando a censura da Cleptocracia Golpista

OBScena: haja criatividade para denunCIAr a censura da cleptocracia golpista

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16/09/2014

Para Geddel, ser a$$oCIAdo ao Aécio gera degradação

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Geddel Vieira de Lima — Gilmar Crestani @ 9:26 am
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Tirando o Estado de Minas, aquele pastiche dos Diários A$$oCIAdos que respondeu com “Minas a reboque, não” ao artigo “Pó pará, governador!”, ninguém quer mais quer ter a imagem ligada ao Aécio Neves. Nem Geddel Vieira Lima, nem José Serra, nem Geraldo Alckmin, nem FHC. Ontem, no lançamento dos artistas que apoiam Geraldo Alckmin, o PSDB esqueceu de colocar no convite o nome do presidenciável do próprio partido. Esquecimento uma ova, vergonha, sim!

Geddel com medo de ser derrubado por Aécio

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15 de setembro de 2014

por Paulo Moreira Leite

Alegando "propaganda negativa"e "degradação", campanha de Geddel de Lima tentou impedir imagens que mostram apoio de candidato tucano


A queda de Aécio Neves para terceiro lugar tem gerado cenas constrangedoras em vário lugares mas a campanha de seus aliados na Bahia superou as demais.
Temeroso de ser contaminado pelo desprestígio do candidato presidencial do PSDB, o candidato Geddel Vieira de Lima, adversário histórico do PT, de Lula, de Dilma e do governador Jaques Wagner, foi até a Justiça eleitoral para tentar impedir a campanha adversária de lembrar a platéia do horário político da mais pura verdade: que ele é o candidato de Aécio na Bahia.
Sem meias palavras, os advogados de Geddel alegaram que associação entre Geddel e Aécio é uma “degradação” e também podia ser considerado “difamação de imagem.” Também é “propaganda negativa.”
Para entender melhor a situação, é preciso reconhecer que Geddel deu o azar de sua propaganda aparecer no vídeo antes que a propaganda de Otto Alencar, o candidato apoiado por Lula. Aproveitando a oportunidade, a campanha de Otto Alencar colocou uma narradora para dizer: “Acabou o programa do candidato a senador de Aécio. Agora vai começar o programa do senador de Lula.”
Foram essas imagens e cenas que a campanha de Geddel tentou tirar do ar — sem sucesso, naturalmente. A reação é uma demonstração da formidável popularidade de Lula no país inteiro, mas especialmente na região que mais se desenvolveu nos últimos anos.
O receio de ser empurrado para baixo por Aécio é parte do pesadelo que o PSDB enfrenta em 2014. Até o momento, o desempenho presidencial de Aécio é o pior na história do partido desde 1989, quando Mário Covas ficou em quarto lugar e o partido sequer participou do segundo turno. De lá para cá, os tucanos sempre disputaram as duas primeiras posições. Ganharam duas, perderam três e, salvo uma improvável reviravolta nas próximas semanas, irão para uma quarta derrota consecutiva. Neste momento, Aécio encontra-se em terceiro lugar até em Minas.

A ação contra Aécio, na Justiça, é um alerta para o destino da legenda. É triste, porque é sempre feio tentar ganhar votos no tapetão.
Criado em 1987, o partido nasceu com um discurso social democrata, que fazia algum sentido para competir com um PT que estava sem rumos claros naquele momento histórico em que as grandes catedrais dos partidos de esquerda se dissolviam.
Mas essa perspectiva com elementos historicamente progressistas logo seria trocada pelo “choque de capitalismo,” enfiado goela abaixo de Mário Covas em 1989 e reelaborado, com retoques variados, nas campanhas seguintes. Graças a uma aliança com Itamar, que lhe deu o comando da política econômica, o PSDB conseguiu eleger Fernando Henrique em 1994 e em 1998. Mas não soube deixar uma herança que lhe permitisse manter uma base junto aos brasileiros pobres, muito menos junto aos trabalhadores e aos setores que integram a grande massa de eleitores. A derrota da inflação pelo Plano Real, celebrada anualmente em clima de festa cívica, não deixou raízes nem lembranças junto a maioria — o que explica a necessidade de manter Fernando Henrique Cardoso fora do palco, depois da solene promessa de Aécio de fazer o contrário.

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Paulo Moreira Leite

Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".

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