Ficha Corrida

02/11/2014

Coisas que só a democracia propicia

intervençaoUma, dentre muitas vantagens da democracia, é oportunizar que os ratos saiam do esgoto. E, à luz do sol, parecem ainda mais nojentos. E se isso já é muito, não é tudo diante da quantidade de doenças que transmitem. Tanto fez que a Veja conseguiu despertar seus seguidores. Se há hoje um golpe em marcha é porque há uma conjunção de síndrome de abstinência com déficit civilizatório na nossa sociedade. Abstinência de poder, pelos 16 anos de PT; e déficit civilizatório demonstrado na pretensão de ascender ao poder meio de golpe. Como Fernandinho Beira-Mar, com uma arma na mão se acham donos do mundo. Reis da COCAda preta!

Não são só maus perdedores. São tumores malignos cultivados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

Quando duas instituições notadamente paulistas, a Multilaser e Banco Itaú, alugam pessoas para xingarem a Presidenta do Brasil na abertura da Copa do Mundo no Itaquerão é porque o caldo de incivilidade está grosso e muito bem finanCIAdo. A retaguarda golpista finanCIA a Veja com os mesmos métodos recentemente implantados na Líbia, Egito, Ucrânia e Venezuela. Em todos os lugares há participação da CIA simplesmente por que estes são lugares produtores de petróleo. As revelações da WikiLeaks e do Edward Snowden desnudam qualquer tentativa de tirar os EUA do foco golpista. Eles grampearam a Presidência, mas, principalmente, a Petrobrás. A CIA sabe como desencadear processos de desconfianças, gerar e estimular movimentos golpistas. É da natureza da CIA se aproximar de grupos com síndrome de abstinência de poder e com eles fazer parceria. Ela não existiria se não conseguisse fazer isso. E ela faz e consegue. Consegue porque encontra nos países em que deseja fomentar a derrubada de governos democráticos grupos empresarias que comungam dos mesmos interesses golpistas. Aliás, como aconteceu em 1964. Há exatos cinquenta anos a CIA ajudou a derrubar um governo eleito no Brasil e a implantar uma ditadura cuja chegada foi saudade em editorial pelo O Globo.

O Grupo Abril nasceu pelas mãos do ítalo-americano Roberto Civita. Não por acaso, a senha golpista tenha partido de dentro do Grupo Abril. Quem viu o documentário “Inimigo do meu inimigo” sabe do que estou falando. Está lá, com todas as letras: “A Sra. Dilma Rousseff não deve ser eleita. Eleita não deve tomar posse. Empossada, devemos recorrer à revolução para impedi-la de governar.”  Se alguém pensava que a Veja tinha apenas flertado com o fascismo agora fica provado que estava redondamente enganado. Veja não só flerta com o fascismo, como o insufla, apoia e serve combustível para abrir as comportas dos esgotos de onde saíram as ratazanas que pedem intervenção militar. Se quiser cortar o mal pela raiz terá de dedetizar as incubadoras de ratazanas. Depois do Mais Médicos, Dilma terá de importar Mais Psiquiatras!

Como a história só se repete como farsa, não por acaso as palavras da Veja são as mesmas palavras de Carlos Lacerda em relação a Getúlio Vargas: O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar." Carlos Lacerda, em 1º. De junho de 1950, no jornal Tribuna da Imprensa.

 

Seis dias após 2º turno, protesto em São Paulo pede saída de Dilma

Cerca de 2.500 pessoas foram às ruas para contestar resultado das eleições e criticar governo do PT

Cartazes sugeriam nova intervenção militar no país; também houve atos em Curitiba, Brasília e Manaus

GUSTAVO URIBEDE SÃO PAULO

Menos de uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) ser reeleita, cerca de 2.500 pessoas foram às ruas de São Paulo para protestar contra o governo petista e o resultado das urnas.

O ato convocado por meio das redes sociais começou na avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), no início da tarde, e seguiu em caminhada escoltada pela Polícia Militar até o parque Ibirapuera.

Do alto de um carro de som e com a bandeira do Brasil nos ombros, o cantor Lobão defendeu recontagem dos votos do pleito presidencial. O resultado foi o mais apertado da história, com 51,6% dos votos para Dilma e 48,4% para Aécio Neves (PSDB).

O protesto não teve episódios violentos, mas foi marcado por provocações entre os manifestantes e apoiadores da presidente. No percurso da caminhada, camisetas vermelhas e bandeiras da campanha petista foram estendidas nas janelas.

"Vai para Cuba!", gritavam de volta os integrantes da marcha, que contou com vendedores ambulantes oferecendo camisetas dizendo "Impeachment já!".

Os manifestantes carregavam faixas que acusavam Dilma de saber do esquema de corrupção na Petrobras, delatado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, e pediam a saída da petista por meio de intervenção militar.

"É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", questionou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz pedindo "SOS Forças Armadas".

Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".

Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" Dilma.

O perito Ricardo Molina também subiu no carro de som e disse que as urnas são "fraudáveis". "Qualquer não analfabeto sabe", disse.

Ao fim do protesto, houve ameaça de fragmentação do movimento, entre favoráveis e contrários à intervenção militar. Cada bloco usou um carro de som e, após breve discussão, chegaram a acordo.

"Todos aqui se respeitam, só queremos o bem do Brasil. Não podemos aceitar discórdia", disse Paulo Martins, candidato a deputado pelo PSC no Paraná. Mais cedo, ele havia saudado o grupo com um "boa tarde, reaças".

PELO PAÍS

Também houve pequenos protestos contra Dilma, com centenas de pessoas, em Curitiba, Brasília e Manaus, todos convocados pela internet.

Colaboraram DANIELA LIMA, de SP, e GALENO LIMA, da Editoria de Treinamento

26/05/2013

A profetiza da UDN

Filed under: Carlos Lacerda,Eliane Cantanhêde,Isto é PSDB!,UDN — Gilmar Crestani @ 9:04 am
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ELIANE CANTANHÊDE se assume udenista e lacerdista. A seguir a chave para traduzir o artigo da inefável golpista do PSDB. Basta trocar  Getúlio Vargas por Dilma Rousseff. "O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar." Carlos Lacerda

De volta para o futuro

BRASÍLIA – A história rocambolesca do fim do Bolsa Família, a sofreguidão do Planalto em asfixiar a candidatura dissidente de Eduardo Campos, a oposição tirando vantagem da ameaça de CPI da Petrobras.

Se o jogo sujo já está assim, imagine-se em 2014, com Dilma disputando a reeleição, um dissidente vindo do Nordeste, os votos de Minas se desgarrando para a oposição e Marina como Cristo na Santa Ceia.

O cenário tem semelhanças perturbadoras com o relato formidável, viciante, de "Getúlio – Dos Anos de Formação à Conquista do Poder", do jornalista e escritor Lira Neto.

Minucioso, muito bem documentado, o autor nos induz "de volta para o futuro". Afora as guerras, literais degolas, a retórica barroca e a precariedade dos transportes e da comunicação, estão lá os ingredientes políticos de ontem e de hoje.

O peso do palácio (antes Catete, agora Planalto), a lei do mais forte, dinheiro jorrando, traições, compra de votos, chantagem, cooptação de governadores (ou presidentes estaduais) e mentira, espionagem e contrapropaganda, dos jingles de então à sofisticação da internet.

Encaixam-se bem aí a boataria, o corre-corre e os saques desesperados do Bolsa Família, com os eleitores à mercê de insinuações. Para Dilma, "desumano". Para Lula, "gente do mal". Para Rui Falcão, "terrorismo eleitoral". O que vale é a versão, danem-se os fatos. E o pior é que há versões e há fatos de todos os lados.

Em 2006, malas de dinheiro dos "aloprados" sacudiram a reeleição de Lula dias antes do primeiro turno, a versão de que os tucanos privatizariam a Petrobras nocauteou Alckmin no segundo. E o vale-tudo, desta vez, começou muito antes.

As semelhanças com "Getúlio", ainda bem, terminam por aí. O Brasil não vive mais de um produto só (o café), não há previsão de novo crash na Bolsa de NY e, afinal, estamos mais civilizados. Nenhuma guerra à vista. Só a guerra eleitoral, que já é suficientemente sangrenta.

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