Ficha Corrida

10/03/2015

Até tucanos estão assustados com o ódio de classe dos colegas

Ainda há esperança. Nem toda elite branca e endinheirada é sem educação. Não é todo dia que um tucano sai do ninho para fazer autocrítica. Depois de Cláudio Lembo, Ricardo Semler, Bresser Pereira, agora foi a vez do Juca Kfouri. Espécie rara, em extinção nos grupos mafiomidiáticos, ainda há alguns que se envergonham do déficit civilizatório dos colegas. Uma espécie de vergonha alheira por vezes reaparece em quem ainda não se deixou contaminar pela campanha de ódio de classe contra o PT e seus governos.

Seguindo bovinamente seus patrões, há uma manada de jornalista que pensa aumentar o salário puxando o saco. Estes são escolhidos a dedo para ocuparem espaços nobres e, quiçá, ocuparem o espaço político no lugar do povo. A RBS guindou Ana Amélia Lemos aos píncaros da glória. Tanto mais ela criticava o Governo Lula, mas a RBS lhe dava espaço. Era onipresente em todos os veículos do grupo. Pronto. Virou tábua de salvação de uma manada que a seguiu bovinamente ao cadafalso. Cada falso moralista depositou voto no PP gaúcho, o campeão da moralidade alheia. E não é que o PP gaúcho, todinho, ganhou um banho de Lava Jato. Moralistas, homofóbicos, racistas do PP gaúcho, secundados pela égua madrinha da RBS, estão enfiados até o pescoço nos desvios da Petrobrás. Como a ignorância é mãe  do ódio, ouvem PP mas culpam PT. Como diz o Juca Kfouri, eles não suportam Bolsa Família, FIES, PRONATEC, pois as vagas nas universidades agora devem e são disputadas com gente pobre, preta e até filhos de colonos. Que ódio, ao invés de ficarem na roça, vêm pra cidade roubarem as vagas de nossos filhos, dizem os que sonegam, compram quinquilharias chinesas em Miami e se acham a fina flor do fascio littorio, gênesis do fascismo!

O panelaço da barriga cheia e do ódio

Por Juca Kfouri, em seu blog:

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.
Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.
O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.
Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.
Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca.
Como eu sou.
Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Lembo, que dela faz parte, não nega, mas enxerga.
Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse:
“Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.
O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar.
Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.
Não é preocupação ou medo. É ódio.
Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou.
Continuou defendendo os pobres contra os ricos.
O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.
Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força.
Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.
Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.
E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.”

Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país.
“Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.
Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as de teflon, como bem observou o jornalista Leonardo Sakamoto.
Ou a falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.
Aliás, como bem lembrou o artista plástico Fábio Tremonte: “Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço. Muitos não sabiam onde ficava a cozinha”.
Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta, porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bom serviços da Eletropaulo e da Sabesp.
Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.
Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros é o mínimo que se pode esperar de quem queira, verdadeiramente, um país mais justo e fraterno.
E sem corrupção, é claro!

Altamiro Borges: O panelaço da barriga cheia e do ódio

02/11/2014

Coisas que só a democracia propicia

intervençaoUma, dentre muitas vantagens da democracia, é oportunizar que os ratos saiam do esgoto. E, à luz do sol, parecem ainda mais nojentos. E se isso já é muito, não é tudo diante da quantidade de doenças que transmitem. Tanto fez que a Veja conseguiu despertar seus seguidores. Se há hoje um golpe em marcha é porque há uma conjunção de síndrome de abstinência com déficit civilizatório na nossa sociedade. Abstinência de poder, pelos 16 anos de PT; e déficit civilizatório demonstrado na pretensão de ascender ao poder meio de golpe. Como Fernandinho Beira-Mar, com uma arma na mão se acham donos do mundo. Reis da COCAda preta!

Não são só maus perdedores. São tumores malignos cultivados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

Quando duas instituições notadamente paulistas, a Multilaser e Banco Itaú, alugam pessoas para xingarem a Presidenta do Brasil na abertura da Copa do Mundo no Itaquerão é porque o caldo de incivilidade está grosso e muito bem finanCIAdo. A retaguarda golpista finanCIA a Veja com os mesmos métodos recentemente implantados na Líbia, Egito, Ucrânia e Venezuela. Em todos os lugares há participação da CIA simplesmente por que estes são lugares produtores de petróleo. As revelações da WikiLeaks e do Edward Snowden desnudam qualquer tentativa de tirar os EUA do foco golpista. Eles grampearam a Presidência, mas, principalmente, a Petrobrás. A CIA sabe como desencadear processos de desconfianças, gerar e estimular movimentos golpistas. É da natureza da CIA se aproximar de grupos com síndrome de abstinência de poder e com eles fazer parceria. Ela não existiria se não conseguisse fazer isso. E ela faz e consegue. Consegue porque encontra nos países em que deseja fomentar a derrubada de governos democráticos grupos empresarias que comungam dos mesmos interesses golpistas. Aliás, como aconteceu em 1964. Há exatos cinquenta anos a CIA ajudou a derrubar um governo eleito no Brasil e a implantar uma ditadura cuja chegada foi saudade em editorial pelo O Globo.

O Grupo Abril nasceu pelas mãos do ítalo-americano Roberto Civita. Não por acaso, a senha golpista tenha partido de dentro do Grupo Abril. Quem viu o documentário “Inimigo do meu inimigo” sabe do que estou falando. Está lá, com todas as letras: “A Sra. Dilma Rousseff não deve ser eleita. Eleita não deve tomar posse. Empossada, devemos recorrer à revolução para impedi-la de governar.”  Se alguém pensava que a Veja tinha apenas flertado com o fascismo agora fica provado que estava redondamente enganado. Veja não só flerta com o fascismo, como o insufla, apoia e serve combustível para abrir as comportas dos esgotos de onde saíram as ratazanas que pedem intervenção militar. Se quiser cortar o mal pela raiz terá de dedetizar as incubadoras de ratazanas. Depois do Mais Médicos, Dilma terá de importar Mais Psiquiatras!

Como a história só se repete como farsa, não por acaso as palavras da Veja são as mesmas palavras de Carlos Lacerda em relação a Getúlio Vargas: O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar." Carlos Lacerda, em 1º. De junho de 1950, no jornal Tribuna da Imprensa.

 

Seis dias após 2º turno, protesto em São Paulo pede saída de Dilma

Cerca de 2.500 pessoas foram às ruas para contestar resultado das eleições e criticar governo do PT

Cartazes sugeriam nova intervenção militar no país; também houve atos em Curitiba, Brasília e Manaus

GUSTAVO URIBEDE SÃO PAULO

Menos de uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) ser reeleita, cerca de 2.500 pessoas foram às ruas de São Paulo para protestar contra o governo petista e o resultado das urnas.

O ato convocado por meio das redes sociais começou na avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), no início da tarde, e seguiu em caminhada escoltada pela Polícia Militar até o parque Ibirapuera.

Do alto de um carro de som e com a bandeira do Brasil nos ombros, o cantor Lobão defendeu recontagem dos votos do pleito presidencial. O resultado foi o mais apertado da história, com 51,6% dos votos para Dilma e 48,4% para Aécio Neves (PSDB).

O protesto não teve episódios violentos, mas foi marcado por provocações entre os manifestantes e apoiadores da presidente. No percurso da caminhada, camisetas vermelhas e bandeiras da campanha petista foram estendidas nas janelas.

"Vai para Cuba!", gritavam de volta os integrantes da marcha, que contou com vendedores ambulantes oferecendo camisetas dizendo "Impeachment já!".

Os manifestantes carregavam faixas que acusavam Dilma de saber do esquema de corrupção na Petrobras, delatado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, e pediam a saída da petista por meio de intervenção militar.

"É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", questionou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz pedindo "SOS Forças Armadas".

Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".

Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" Dilma.

O perito Ricardo Molina também subiu no carro de som e disse que as urnas são "fraudáveis". "Qualquer não analfabeto sabe", disse.

Ao fim do protesto, houve ameaça de fragmentação do movimento, entre favoráveis e contrários à intervenção militar. Cada bloco usou um carro de som e, após breve discussão, chegaram a acordo.

"Todos aqui se respeitam, só queremos o bem do Brasil. Não podemos aceitar discórdia", disse Paulo Martins, candidato a deputado pelo PSC no Paraná. Mais cedo, ele havia saudado o grupo com um "boa tarde, reaças".

PELO PAÍS

Também houve pequenos protestos contra Dilma, com centenas de pessoas, em Curitiba, Brasília e Manaus, todos convocados pela internet.

Colaboraram DANIELA LIMA, de SP, e GALENO LIMA, da Editoria de Treinamento

20/01/2013

Lacerdismo à flor da pele

Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium merecem um estudo, mas à luz da psiquiatria. Como não é minha praia, vamos pelo lacerdismo mesmo. Chega a ser hilária a luta, inglória, da Folha neste caso da energia elétrica. Faz lembrar a famosa frase de Carlos Lacerda que resume o ideário que hoje domina o espírito udenista dos grupos mafiomidiáticos:

O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar."
Carlos Lacerda, deputado pela UDN, num artigo publicado em 1o de junho de 1950, no jornal Tribuna da Imprensa
.

isto é psdbDilma não pode baixar a energia elétrica
Se baixar, não poderá chover,
Se chover, nós vamos inventar
um outro modo de atacar e de melar…

Quem não a conhecesse até pensaria que a Folha tem dado muito apoio na aplicação de verbas sociais. Pelo contrário, quando BB e CEF baixaram os juros, foram contra.  Como se a Folha não chamasse de populismo qualquer política voltada às causas sociais… Então quer dizer que patrocinar Avaí e Figueirense é uma causa social… Não foi a Folha que atacou o patrocínio da Caixa ao Corinthians?!

Esta obsessão da Folha em buscar por todos os meios uma forma de atacar Lula e Dilma, com toda sorte de subterfúgios como esta, só para livrar a cara dos estados que estão boicotando a redução da tarifa, faz lembrar um famoso soneto de Camões:

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assi negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!

Camões

 

cagando_na_folha_de_sao_paulo-300x269Luz mais barata "corrói" verbas sociais

Com receitas reduzidas pelo plano do governo de cortar preço da energia, estatais reduzem patrocínios e programas

Eletrosul retira apoio de Avaí e Figueirense; Chesf passa ao governo hospital que mantinha em Paulo Afonso (BA)

FERNANDA ODILLAJÚLIA BORBADIMMI AMORADE BRASÍLIA

A conta de luz ainda não está mais barata, mas a medida, que se transformou numa das principais promessas da presidente Dilma Rousseff, já tem efeitos colaterais.

Para compensar a perda de receita com a diminuição das tarifas, as estatais elétricas estão cortando investimentos em patrocínio social, esportivo e institucional.

Em troca da renovação das concessões, as empresas do setor aceitaram receber tarifas menores pela energia, que vai ficar 20,2% em média mais barata para o consumidor a partir do próximo mês.

A medida foi anunciada pela presidente no último 7 de Setembro. Desde então, a redução da conta de luz passou a ser tratada como prioridade pelo governo.

Com a previsão de menos dinheiro em caixa, as empresas estão cortando despesas que não estão diretamente relacionadas à produção e à transmissão de eletricidade.

CLUBES DE FUTEBOL

A Eletrosul anunciou em seu site que haverá "ações contingenciais" devido à redução das tarifas. "Cancelamos para o ano de 2013 os editais de Patrocínio Social e Institucional, além de outras parcerias", informou.

Os times catarinenses de futebol Avaí e Figueirense, assim como outras modalidades esportivas e instituições sociais financiadas pela Eletrosul, terão patrocínios suspensos. No ano de 2014, informa a empresa, não haverá "quaisquer patrocínios relacionados às leis Rouanet e de Incentivo ao Esporte".

Contabilizando um impacto negativo de 15% na receita total com a medida provisória que antecipou a renovação das concessões, a Eletronorte definiu metas para reduzir custos.

Entre elas, cortou 50% dos recursos previstos para patrocínios em seu planejamento anual e admite que ainda pode diminuir o apoio a projetos sociais neste ano.

SEM RENOVAÇÃO

A maior companhia de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras, assegurou recursos apenas para os projetos que se localizam em regiões onde têm empreendimentos em construção, como hidrelétricas.

Extraoficialmente, contudo, a empresa tem informado aos parceiros que o valor dos repasses será reduzido ou que projetos já em curso dificilmente serão renovados.

Sem o patrocínio da Eletrobras, iniciativas como a de apoio a mais de 800 crianças vítimas de violência doméstica e sexual em São Gonçalo (RJ) estão demitindo profissionais e limitando o atendimento aos casos mais graves.

A CGTEE, companhia de geração térmica com sede no Rio Grande do Sul, reduziu quase à metade as verbas de patrocínio que atendem, principalmente projetos culturais de teatro e música.

No site, a companhia (que faz parte do sistema Eletrobras) avisa que, "por questões administrativas internas", os editais de patrocínio para este ano ainda não estão disponíveis.

HOSPITAL REPASSADO

A Chesf, companhia do rio São Francisco, que produz, transmite e comercializa energia, é outra estatal do grupo Eletrobras que anunciou a suspensão, por tempo indeterminado, de recebimento de propostas de patrocínio.

A empresa também negocia a transferência de instalações para o Executivo local. No início do mês, foi assinado documento para repassar um antigo clube à Prefeitura de Recife, que pretende montar um centro comunitário.

Em 2014, a Chesf também deve passar ao governo do Estado e à Universidade Federal do Vale do São Francisco, um hospital que mantinha em Paulo Afonso, na Bahia.

A manutenção do hospital é de R$ 29 milhões ao ano, segundo carta assinada por João Bosco de Almeida, presidente da Chesf, à qual a Folha teve acesso.

    23/05/2012

    Juan Árias, armado de Reinaldo Azevedo, volta a latir

    Filed under: Comissão da Verdade,Ditadura,Juan Árias,Reinaldo Azevedo,Udenismo — Gilmar Crestani @ 7:53 am

    Esclarecimento: bandidos são os mascarados que escondem o rosto!

    Há algo que não se pode afastar nesta questão da ditadura brasileira. Vivíamos numa democracia, com governo eleito. Se gente como Roberto Marinho, Carlos Lacerda, militares sem miolos e golpistas ao estilo de Reinaldo Azevedo, não gostassem, que se submetessem ao crivo do voto. Não preferiram, armarem de militares com armas na mão mas acéfalos, para derrubarem um governo legítimo. Contra a legitimidade, as armas, as torturas e a morte. Então, o que fazer. Submeter-se aos ditadores, criaram a confusão, bovinamente. Ou reagir, como leões, ou como Dilma Rousseff. As ditaduras existem porque há gente como Juan Árias e Reinaldo Azevedo que não suportam que os que pensam diferentes vençam eleições. Ao melhor estilo udenista de Carlos Lacerda, esses colonistas têm um lema: “A esquerda não pode se candidatar, só se for para perder, mas se ganhar não pode tomar posse, se tomar posse não pode governar”. Se governar, audácia, pegamos um Ministro do Supremo estilo Jagunço, uma Veja e uma Rede Globo,  alguns moralistas ao estilo Demóstenes, uma Cachoeira de  corruptores, dois três gorilas com tanques e fuzis e vamos lá derrubar!

    El video que puede empañar en Brasil a la Comisión de la Verdad

    Por: Juan Arias | 23 de mayo de 2012

    Hay quien no se conforma con el hecho de que en Brasil no sean investigados los crímenes cometidos durante la dictadura militar por parte de la extrema izquierda, tal como ha sido aprobado por el Congreso que creó la ley que hizo posible la Comisión de la Verdad cuyos siete miembros fueron elegidos por la Presidenta y exguerrillera, Dilma Rousseeff.

    La Comisión deberá sólo “investigar” y no “castigar” los crímenes cometidos durante la dictadura por parte de los militares, porque así lo había decidido, al final del conflicto, la Comisión de Amnistía, que perdonó a los torturadores para permitir la llegada de la democracia a Brasil.

    La Comisión ha empezado a trabajar y tendrá dos años para presentar sus conclusiones. Dilma, el día de la investidura de la Comisión, lloró sin rebozo, recordando seguramente sus años de joven guerrillera. Ella no mató ni disparó un tiro y pasó tres años encarcelada por los militares y torturada durante 21 días.

    En los grupos de la izquierda revolucionaria hubo sin embargo quienes mataron, ejecutaron y torturaron, a veces a sus propios compañeros de lucha. ¿Deberían también ellos ser investigados? ¿Deben los brasileños conocer sólo los crímenes cometidos por los militares o también por los guerrilleros de izquierdas?

    Carlos-eugenio-da-pazCarlos Eugenio da Paz

    La polémica ha surgido trás haber sido publicado en algunos blogs, entre ellos el de Reinaldo Azevedo, un video en el que el exguerrillero, Carlos Eugenio da Paz, cuenta en un programa televisivo como mató a un empresario, acusado de financiar a un grupo que perseguía a los terroristas de izquierdas.

    Lo explica así:

    “Yo, detrás ( del banco del coche) con un fusil Mauser 762, que es un fusil estupendo para las ejecuciones, de gran precisión. Y cuando la víctima llega a la esquina de la alameda Casa Branca, tenía que parar porque tenía uno o dos coches enfrente (…) Cuando paró yo estaba en el banco trasero del coche y dije: “Le voy a meter un tiro”. Tomé el fusil y el  compañero que estaba enfrente, en el Fusca,bajó la cabeza y yo le metí el primer tiro de fusil. No acerté de lleno porque yo soy derecho y disparo de esa forma ( y explica con gestos cómo disparó).Como estaba detrás en el coche tuve que invertir y disparé así y recibió el tiro de cabeza, en el occipital y ya empezó a sangrar. Él abre la puerta y sale del coche. Nosotros salimos también. Sólo el conductor no salió porque tenía que quedarse allí asegurando la fuga. Salimos yo y el otro compañero. Èl con la ametralladora y yo con el fusil. Èl (la víctima) salió corriendo en dirección a la feria, el compañero ametrallándole y yo acertándole con tres, cuatro tiros. Acerté tres tiros en su espalda y el compañero con la ametralladora acertó otros cuatro. De repente él cayó; cuando estaba en el suelo yo me acerqué y con la última bala, porque uno da siempre el último tiro de misericordia, para estar seguro que la acción se cumplió realmente hasta el final”.

    Carlos, que lleva la palabra Paz en su apellido y que era llamado de Clemente, en su grupo de Maringhella, cuenta no sólo que ejecutó al empresario sino que se detiene  hasta en los detalles más particulares y macabros.

    Marcio_leite_toledoMárcio Leite de Toledo

    Se ha sabido también que mandó ejecutar y participó a la ejecución de un joven de su grupo de guerrillero, Márcio Leite de Toledo, ante la sospecha de que pudiera ser un traidor dentro del grupo. Y el exguerrillero hoy recibe una pensión del Estado.

    Lo que ha revuelto las aguas en las redes sociales y ha avivado la polémica y que podría acabar empañando los trabajos de la Comisión de la Verdad, ha sido el haber contado con tanta frialdad las ejecuciones por él llevadas a cabo no sólo sin arrepentirse sino que las justifica aún hoy con estas palabras: “El recuerdo de esa época, es para mí la de una lucha que no me arrepiento de haber hecho. Era una lucha armada, era dura, necesitábamos, humanistas como éramos, envilecer nuestros sentimientos, nuestras convicciones (…) ¿Tengo sangre en mis manos? Claro que la tengo”. Añade el exguerrillero: “¿Es posible medir quien estaba entonces cierto?. Todos estábamos equivocados. Todos fuimos derrotados”.

    Justifica sin embargo la sangre que, según él mismo reconoce corre por sus manos ,con el hecho de que esa misma sangre “corre por las manos de todos aquellos que un día escogieron el camino de las armas para liberar a un pueblo”.

    La polémica, sin embargo, versa sobre si algunos de aquellos grupos de extrema izquierda que se levantaron en armas durante la dictadura militar brasileña lo hacían contra los militares para que volviera la democracia al país o más bien para imponer en Brasil lo que ellos definían como “dictadura del proletariado”, a la cubana castrista o a la soviética.

    Quizás la frase más acertada del exguerrillero confeso de sus crímenes, es aquella en que se pregunta:”¿Es posible medir quienes estaban más acertados? Y también la siguiente de que “todos fuimos derrotados”. Alguien podría decir hoy:  “Gracias a Dios", porque Brasil no estaría hoy disfrutando de la democracia real en la que vive y prospera si hubiesen vencido o la dictadura militar o los que querían de este país una nueva dictadura de izquierdas.

    El video que puede empañar en Brasil a la Comisión de la Verdad >> Vientos de Brasil >> Blogs Internacional EL PAÍS

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