Ficha Corrida

16/10/2014

Aécio made in USA

bandeira manifestanteA cada dia que passa uma nova revelação, uma pior que a outra, a respeito da vida pregressa do candidato da direita hidrófoba. Não bastasse a promiscuidade entre privada e público, agora também a comprovação de que seu principal agente econômico é um cidadão norte-americano.

Se já não era de estranhar o alinhamento automático de FHC com os EUA, a ponto de seus diplomatas aceitarem de cabeça baixar terem de tirar os sapatos para entrarem nos EUA, agora a a revelação de Armínio Fraga, que já foi cogitado para ocupar cargo no Banco Central dos EUA, seja o homem bomba de Aécio Neves. O alinhamento automático, desde a ditadura até o último dia de FHC, não trouxe ao Brasil melhorias ao povo. Quem se beneficiava era aqueles que, por indicação do pai, do avô, do tio, tinham empregos, os melhores, garantidos, e sem precisar trabalhar. O verdadeiro aparelhamento do Estado era a ocupação de postos pelo DNA. A Lei anti-nepotismo é recente. No Judiciário havia a linhagem do “gen jurídico”. Bastava um tubarão no topo da pirâmide para que cabeças de bagres e piranhas infestassem os cargos públicos. Como fez agora o Ministro Fux em relação às filhas (copie e cole no google “Fux Filhas” para ver onde vais parar…). É a tal de meritocracia do Aécio que, no popular, se chama pistolão…  Este é o verdadeiro patrimonialismo, o aparelhamento do Estado. Em Minas tratou o Estado foi tratado por Aécio como se fosse sua privada, espalhando familiares por todos os órgãos. Não existe prova maior do que a construção, com dinheiro público, do aeroporto na fazenda do Tio Quedo, deixando as chaves do aeroporto aos cuidados do tio.

Não é inacreditável que em São Paulo, onde as manifestações foram as mais violentas e onde a polícia baixou o cassetete sem dó nem piedade, tenha sido reeleito no primeiro turno exatamente quem desceu o porrete de forma mais violenta. O mesmo Estado que hoje é principal fornecedor de votos a Aécio, e onde Tiririca, Silas Malafaia e Marco Feliciano sejam os campões de votos? Ou seria porque é em São Paulo que fica a sede do Instituto Millenium, aquele puteiro que coordena as ações dos grupos mafiomidiáticos de que são exemplo a sra. Judith Brito e ANJ? Não é mera coincidência que as sedes dos principais “partidos opositores” aos movimentos sociais, às esquerdas em geral e ao governo federal em particular tenham sede em São Paulo: Grupo Abril que edita a Veja; o Grupo Folha, o Estadão, a Multilaser, o Banco Itaú

Não é mera coincidência que os mesmos atores do golpe de 1964 (CIA e Rede Globo) estejam novamente ao lado de Aécio Neves

EUAGloboNão é inacreditável que no Estado onde o PSDB é forte, o Ministério Público arquiva toda e qualquer investigação que envolva políticos do PSDB? Mesmo tendo sido condenados na Suíça e na Alemanha, pela corrupção instalada respectivamente pela Alstom e Siemens, Robson Marinho continue presidindo o Tribunal de Contas daquele Estado?

Não é inacreditável que todos os processos para investigar os desvios cometidos pelos políticos paulistas, na maioria tucanos, tenha sido arquivado pelo Ministério Público. Será que o PSDB contratou o advogado do Fluminense, a Justiça paulista é igual ao STJD?

Se tudo isso, que é muito, não é tudo. Há algo que reputo ainda pior.

Há uma coincidência muito grande em manifestações que explodiram em vários países do mundo, mas só naqueles cuja principal riqueza é o petróleo. Aconteceu na Líbia, no Egito, na Turquia, na Ucrânia, na Venezuela e… no Brasil.

Todas manifestações espontâneas, mas todas atentando contra os interesses nacionais. Todas, também coincidentemente, com finanCIAmento de ongs norte-americanas.

Desde os vazamentos do WikiLeaks do Julian Assange se sabe da parceria de políticos tucanos, alguns jornalistas e um outro tanto de empresários que trabalham alinhados com o serviço de inteligência dos EUA, também conhecida como CIA.

A mesma que deu suporte e logística ao golpe de 1964 e que, pelas revelações, busca insuflar conflitos religiosos no Brasil(por aí mora a explicação dos 14% de crescimento da bancada evangélica…)

Mais recentemente, os papéis filtradas por Edward Snowden mostraram a infiltração de agentes na CIA que grampearam até a Presidência da República. Embora que os EUA grampearem é regra e não exceção, também foi revelado que o alvo principal sempre foi a Petrobrás.

Coincidentemente, a Petrobrás também é o alvo principal de investigações mal explicadas, com vazamentos seletivos  e condenações a priori pelos envolvidos com a candidatura do melhor amigo dos EUA neste momento no Brasil. É através de Aécio Neves, e seu cogitado homem forte da economia, Armínio Fraga, que fecha os pontos do desenho que mostra a figura do Tio Sam nestas eleições.

A proximidade com os EUA só é bom para cidadãos norte-americanos. México que o diga, aliás, como já dizia Porfirio Díaz: “Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos."

Bomba!
NauFraga tem dupla cidadania

Leblon confirma: ministro de Aecioporto é tão americano quanto brasileiro

Bem que o Conversa Afiada suspeitava.
Agora, está aí o Leblon, que não nos deixa mentir:

Abaixo os intermediários: Armínio Gordon para Presidente


Armínio Fraga tem cidadania americana e isso não é uma metáfora: ele foi indicado a Obama pelo ex-Secretário do Tesouro, Tim Geithner,como alguém confiável
A notícia soa como uma daquelas tiradas espirituosas da verve nacionalista brasileira: ‘Armínio Fraga cogitado para comandar o Fed norte-americano (o BC dos EUA)’.
Parece um revival do bordão dos anos 60, ‘Abaixo os intermediários, Lincoln Gordon para a presidência’, em cenário invertido.
Gordon, embaixador gringo, um dos articuladores do golpe de 64, não chegou lá.Mas a cogitação de Armínio , ex-presidente do BC, de Fernando Henrique Cardoso, que despontou para o estrelato rentista como operador do fundo especulativo de George Soros –e hoje é o principal fiador de Aécio Neves junto aos mercados– é mais que uma metáfora venenosa.
A proposta, real, foi revelada pelo próprio autor, Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA, que conta o episódio em seu livro, ‘Stress Test’ (‘teste de resistência’). Nele, Geithner faz um retrospecto do fiasco da paridade entre o Real e o dólar , que obrigou a uma maxidesvalorização cambial de 30% em 1999. A decisão, empurrada com a barriga até se consumar a reeleição de FHC em 1998, ancorada em dupla fraude: compra de votos para aprovar a emenda constitucional no Congresso e a ilusão da moeda forte.
A ressaca começou logo em seguida à contagem dos votos. A máxi de janeiro de 1999 fez explodir a inflação levando Armínio a elevar a taxa de juro básica do país a 45%. Fechou-se assim o torniquete que o transformou em um centurião dos endinheirados : desvalorização da moeda, perda de poder de comora dos assalariados e juro sideral. Ele é soberbo nisso.
Quem diz é o amigo Geithner que narra assim a implosão: ‘Após abandonar uma tentativa inicial de se manter a paridade do real com o dólar, uma liderança econômica soberba do Brasil conseguiu dar a volta por cima em poucos meses’.
Em matéria sobre o livro, de maio deste ano, o jornal Folha de SP () destaca a origem da credibilidade do brasileiro junto aos americanos: ’Ao explicar os pacotes de ajuda decididos pelo governo norte-americano, diz a matéria da Folha, Geithner acrescenta que “só funcionaram quando lidamos com líderes competentes e confiáveis. O presidente do banco central brasileiro, Armínio Fraga, que também possui cidadania americana, foi tão notável que mais tarde eu o mencionei para o presidente Obama como um potencial presidente do Fed [o BC americano]“, escreveu Geithner citado pela Folha. Seu empenho pela nomeação da ‘ liderança econômica soberba’ foi tão entusiasmada que fez questão de lembrar a Obama, como diz no livro, a condição de cidadão norte-americano de Armínio ( ele tem dupla cidadania e neste caso não é apenas uma metáfora venenosa)
A empatia entre ‘Tim’, como é chamado o ex-Secretário do Tesouro, e Armínio tem raízes profundas. O americano é um entusiasta dos derivativos que funcionaram como um dos bombeadores da crise de 2008.Não só. Durante a crise, Tim funcionou como uma espécie de embaixador da alta finança junto à Casa Branca: sua prioridade era salvar bancos.
A intercambialidade de Gordons , Armínios e Tins não é novidade na história brasileira.
Mas nem por isso a influência desses coringas deixa de trazer problemas no trato de interesses e agendas, nem sempre tão complementares quanto eles.
Tome-se a encruzilhada do país nos dias que correm.
Dois de seus principais desafios consistem em elevar a taxa de investimento e reverter o estiolamento da base industrial.
Armínio e Aécio Neves deram uma entrevista ao jornal Valor, no início de maio, em que o coordenador econômico da candidatura tucana expõe seu modus operandi ao tecer críticas à ação oficial nessa área.
Entre outras coisas, o amigo de Geithner manifesta sua desaprovação ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Talvez a coisa mais certa que o governo fez nessa frente.
Criado na crise de 2009, o programa garante crédito barato de longo prazo à aquisição de bens de capital, desde que apresentem 60% de conteúdo nacional.
O mesmo critério incômodo foi incorporado ao regime de partilha, que rege a exploração soberana do pré-sal brasileiro.
Todas as encomendas associadas à exploração das reservas bilionárias devem incluir 60% de conteúdo fabricado no país.
Compreende-se a má vontade.
Nos idos tucanos, quando Armínio pontificava, dizia-se que a melhor política industrial para uma nação em desenvolvimento é não ter política industrial alguma.
Com Armínio no comando (aqui, no Brasil) voltaríamos aos domínios dessa fé inquebrantável na capacidade dos livres mercados para alocar recursos com maior eficiência, ao menor custo.
O veículo por excelência dessa ubiquidade é o capital financeiro, dotado de alguns requisitos.
A saber: liberdade irrestrita de ir e vir, um Banco Central complacente e condições adequadas para impor sua remuneração pelos serviços prestados.
Se alguém disser que nessa chocadeira vingou o ovo do colapso neoliberal de 2008 não estará longe de uma verdade sintética acerca do ocorrido.
O amigão de Armínio ajudou na choca.
Quando presidente do Fed regional, de Nova Iorque, Geithner defendia que os bancos podiam reduzir suas reservas de segurança e alavancar operações , mesmo sem ter caixa para honrá-las, se necessário.
Deu-se o que se sabe. E agora se sabe que quando se deu, Geithner lembrou-se de Armínio – ‘competente e confiável’, afiançou ao presidente norte-americano, para ajudar a resolver o melê.
Hoje, no Brasil, essa linha de pensamento nomeia o arrocho fiscal, de consequências sabidas, como a principal alavanca corretiva para destravar o crescimento da economia.
Trata-se de recuar o Estado para o mercado agir e a sociedade prosperar. É o que dizem.
Nunca é demais repetir que essa reordenação vigora há alguns anos em países europeus, sob ajuste da troika.
Neles se colhe taxas de desemprego de 11,5% a 50% (entre os jovens); as contas públicas se distanciam do equilíbrio; o crédito mingua, a atividade econômica rasteja e a juventude migra. Mas a extrema direita floresce: sua bandeira é substituir a desordem resultante por uma ordem policial atuante.
Em nenhuma outra dimensão da luta política nesse momento a pauta do país é tão esfericamente blindada e impermeável quanto na área econômica.
Discute-se como se não existisse a opção de cortar os juros para a construção de um equilíbrio que poupe o investimento público em programas sociais e em infraestrutura.
Sim, é verdade, na era das finanças desreguladas o comando do Estado sobre a taxa de juros é limitado pelo poder de chantagem dos capitais que respondem à ‘afronta’ com fugas maciças levando a uma crise nas contas externas.
Mas também é verdade que tudo se passa como se o recurso do controle de capitais não figurasse no cardápio econômico mundial, embora seja tolerado até pelo FMI.
A invisibilidade imposta a essas angulações é parte da encruzilhada brasileira.
Ao afunilar o horizonte do país num labirinto repetitivo desemboca-se, inapelavelmente, no paredão do arrocho onde estão escritos os mandamentos seguidos pelos Armínios e assemelhados.
É impossível desmontar essa ciranda sem afetar os interesses da alta finança.Razão pela qual respeitados economistas cogitam alguma forma de controle de capitais numa reordenação macroeconômica para retomada do crescimento.
Se o PT avançará nessa direção num eventual segundo governo Dilma é incerto. Depende em grande parte da correlação de forças interna e externa.
Agora, imaginar que um potencial presidente do Fed americano possa agir contra seus camaradas de fé, em defesa do país, equivale a aceitar que Lincoln Gordon operou o golpe por amor à democracia.

Leia mais:


LULA: AÉCIO MENTIU SOBRE NAUFRAGA !

Bomba! NauFraga tem dupla cidadania | Conversa Afiada

2 Comentários »

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  2. […] Aécio made in USA […]

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