Ficha Corrida

31/01/2015

Petrobrás x SABESP: temos gasolina mas não temos água

EUAGloboA diferença de tratamento dados pelos grupos mafiomidiáticos à SABESP e à Petrobrás explica onde eles, os golpistas, pretendem chegar. O que eles querem, e a Rede Globo já diz abertamente, é a privatização da Petrobrás. Querem transformar a Petrobrás numa grande SABESP. Se tivessem feito isso no (des)governo do amante da jornalista da Globo, Miriam Dutra, hoje teríamos racionamento de água e de combustíveis. Faltaria gasolina postos como água na torneira.

Outro aspecto que chama a atenção, é a complacência com os corruptores. 24 dos 32 presos pela Operação Lava Jato são ligados às grandes empresa, todos da iniciativa privada. São o se pode dizer, de corruptores. Pela primeira vez os corruptores estão sendo presos, mas a velha mídia continua insistindo em botar a culpa no governo. Em nenhum momento a velha mídia questiona a responsabilidade das maiores empresas brasileiras na cartelização que levou à sangria da Petrobrás. Tenho certeza de que se uma única empresa dessas pertencesse ao PT, já teria aberto uma guerra sem quartel. Contudo, como são todas grandes empresas com grande volume de capital investido nos assoCIAdos dos Instituto Millenium, tudo se passa como se os corruptores fossem uns indefesos sequestrados pelos lobos maus da Petrobrás.

Já se diz que eles não são contra a Petrobrás, mas contra o Brasil, pois querem colocar a Petrobrás na Bolsa de Nova Iorque. Querem punir a empresa não os corruptos. Vão esquarteja-la até definhar para que possa ser oferecida aos pedaços à sanha devoradora das grandes petrolíferas estrangeiras. A Chevron, digo os EUA, agradecem.

 

Enquanto a Petrobras é massacrada, a Sabesp é convenientemente esquecida

Postado em 30 jan 2015 -por : Paulo Nogueira

Tudo sob controle

Um amigo meu pergunta no Facebook: “O que a Dilma quer? Convencer todo mundo de que a Petrobras tem que ser privatizada?”

Entrei na conversa.

“Acho que a pergunta certa é: o que a mídia quer com esse bombardeio? Compare com a Sabesp, que está prestes a deixar os paulistanos sem água para dar descarga e ninguém fala nada.”

A Petrobras, para os conservadores, deixou de ser uma empresa petrolífera. Ela se transformou no caminho mais curto para ataques a Dilma e ao PT.

É para isso que a Petrobras serve, hoje: é um instrumento para desestabilizar o governo petista.

Os fatos são minuciosamente escolhidos e manipulados.

Companhias gigantes com ações nas bolsas oscilam extraordinariamente de valor, em certas circunstâncias.

O petróleo enfrenta uma situação particularmente complicada: há um excesso de oferta.

Os preços desabaram.

Os países produtores, agrupados na OPEP, decidiram, até aqui, não responder ao problema com o mecanismo clássico de redução da oferta.

Dentro desse horizonte, todas as empresas do ramo sofrem.

Seu produto vale menos, e consequentemente suas ações também.

Este é o drama real da Petrobras – e de todas as empresas que produzem petróleo.

Todas elas valem menos agora do que valiem antes da recente crise petrolífera. São oscilações de bilhões de dólares.

Normalizada a situação, com o petróleo voltando aos patamares habituais, o valor das empresas oscilará positivamente em vários bilhões de dólares.

Por isso, não adianta você pegar um quadro atípico para tirar conclusões.

Mas é o que a mídia faz, não com o intuito de “salvar a Petrobras”, mas para afundar o PT.

Por mais doída e constrangedora que seja, a questão da corrupção responde apenas por uma parte mínima da perda de valor das ações da Petrobras.

Quando o mercado se normalizar, a Petrobras voltará a valer o que valia antes, bem como todas as corporações do ramo.

A diferença é que o processo de valorização não será notícia.

A Petrobras é sólida o bastante para enfrentar intempéries.

O barulho incessante em torno dela contrasta com o silêncio obsequioso em relação à Sabesp.

O cidadão não é diretamente afetado pela alta ou baixa do petróleo. Mas quando uma empresa que deveria fornecer água entra em colapso, aí sim você tem uma situação de calamidade.

É a escola que pode parar de funcionar. É o banho que pode deixar de ser tomado. É a empresa que pode carecer de água para funcionar.

O drama vinha vindo, sabe-se hoje. No entanto, não foram tomadas providências que reduziriam as ameaças que pairam agora sobre os paulistas.

O motivo da inação criminosa chama-se eleição.

Alckmin não queria correr o risco de perder votos caso houvesse algum tipo de corte na água da população.

Depois, a conta viria, como veio. Mas aí as eleições já teriam passado.

Em nenhum momento a imprensa, ao longo da campanha, cobrou de Alckmin atitudes de interesse público.

A explicação benevolente para isso é que a mídia não tinha noção da gravidade das coisas.

Aí seria um caso de inépcia monumental.

A explicação mais provável é que a imprensa não estava interessada em aprofundar um assunto que poderia custar o cargo do amigo Alckmin.

E assim chegamos ao que estamos vendo agora.

Todos os holofotes se concentram na Petrobras, para a qual tudo se normalizará assim que os preços do petróleo no mercado mundial se restabelecerem.

Enquanto isso, a Sabesp de Alckmin é uma nota de rodapé – ainda que possa faltar aos paulistas água para dar descarga.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo » Enquanto a Petrobras é massacrada, a Sabesp é convenientemente esquecida

2 Comentários »

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    Pingback por Petrobrás x SABESP: temos gasolina mas não temos água | TUDO E MAIS UM POUCO — 20/11/2015 @ 11:40 am | Responder

  2. […] Petrobrás x SABESP: temos gasolina mas não temos água | Ficha Corrida. […]

    Pingback por Petrobrás x SABESP: temos gasolina mas não temos água | Ficha Corrida | psiu... — 31/01/2015 @ 2:38 pm | Responder


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