Ficha Corrida

05/03/2015

PSDB confirma salvo-contudo em corrupção

Ainda vai se descobrir a razão pela qual os grupos mafiomidiáticos, o MP e boa parte da cúpula do Poder Judiciário morre de amores pelo PSDB. A doação destes elementos em defesa dos corruptos do PSDB é comovedora. Nada gruda no PSDB. O PSDB comprou a reeleição. Nada aconteceu com este atentado ao Estado de Direito. Geraldo Brindeiro cumpriu com honra seu papel de Engavetador Geral da Nação. Foram tantos escândalos que fica até enfadonho nomina-los todos. Mas nenhum encontrou guarida no Poder Judiciário. Seja por medo dos maiores apoiadores do PSDB, esse pessoal do Instituto Millenium, seja por dívida de gratidão, como Gilmar Mendes.

Nem o ódio de classe denunciado por Bresser Pereira é explicação suficiente para se entender este compadrio entre o PSDB, MP e as cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS).

Todo dia aparece desvios milionários pelas mãos de próceres do PSDB, mas eles tem a felicidade de encontrarem pela frente um Rodrigo de Grandis, um Roberto Gurgel, um Joaquim Barbosa. E agora um janota. O grande Zeca Baleiro compôs “Samba de um janota só”, que me vem sempre a mente quando vejo este pessoal do Ministério Público na mídia fazendo a defesa de seus parceiros ideológicos:

Tome uma atitude sua besta
Seja uma besta com atitude
Pode ser uma atitude besta
Mas que seja uma atitude

Só esta proximidade ideológica com o PSDB explica que o sumiço de um helicóptero com 450 kg de cocaína com a naturalidade com que cai uma folha no outono, ou uma brisa de primavera. Nem mesmo quando o poder judiciário de outros países, como Alemanha (Siemens)  e Suíça (Alstom) fornecem todos os elementos probatórios e jurídicos ainda assim nada acontece no Brasil. Essa linhagem que vem desde os tempos do Império, quando ser filho de fulano ou sicrano era condição suficiente para Ministro ou Arrecadador de Impostos.  Nas melhores democracias, onde as instituições públicas funcionam de forma republicana, nem as famílias imperiais tem a imunidade que o PSDB usufrui no Brasil.

O Estadão revelou depoimento que corre em sigilo de Justiça, onde Alberto Youssef afirmou “ter conhecimento” de que o senador Aécio Neves, do PSDB, na época em que era deputado federal, estaria recebendo recursos desviados de Furnas “através de sua irmã”. Um fato recorrente na vida do candidato do PSDB, jogar o fruto de seu “trabalho” nas costas da irmã. Isto é, desde os tempos do Banestado os dutos que alimentam Aécio vem sendo abastecidos sem que ninguém se importe com isso.

É desolador, mas só um regime como foi o Terror da Revolução Francesa para acabar com este patrimonialismo, esta apropriação do Estado destes Luís XIV e XVI (L’etat c’est moi) extemporâneos. Falta um Robespierre para passar na guilhotina os corruptos do PSDB e seus advogados nas instituições e na mídia. 

Hoje acordei com as páginas dos jornais estampando essa imunidade para roubar, para corromper. Esse salvo-contudo a um partido é simplesmente desolador. Quando se trata do PSDB, não há “domínio do fato”, pois são os procuradores que dominam o que é ou não é fato. Se os fatos estiverem em desacordo com o entendimento do MP, pior para os fatos.

Janot pede arquivamento de inquérito contra Aécio na Lava Jato

Tucano foi citado no depoimento do doleiro Alberto Yousseff

Janot pediu arquivamento de inquérito contra Aécio na Lava Jato | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP

Janot pediu arquivamento de inquérito contra Aécio na Lava Jato | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP

A lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviada no início da noite dessa terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pede o arquivamento de uma investigação envolvendo o senador Aécio Neves(PSDB-MG).
O nome do tucano foi citado no depoimento do doleiro Alberto Yousseff, mas a Procuradoria entendeu que as informações reunidas sobre o presidente do PSDB não são suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia.

Abertura da lista depende de Teori Zavascki

Para que a lista com os nomes dos políticos citados na Operação Lava Jato seja conhecida é preciso aguardar a decisão do ministro Teori Zavascki, o relator da Lava Jato no Supremo. Cabe a Teori retirar o sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito enviados pela PGR e sete solicitações de arquivamento. Só aí se saberá, oficialmente, quem são os 54 nomes que Janot quer investigar formalmente.
Ainda não há uma previsão de quanto tempo o ministro do STF vai levar para tornar públicos os inquéritos da Lava Jato. Com perfil discreto e avesso a comentários sobre o caso, Teori mantém silêncio rigoroso na Corte, despertando a curiosidade dos próprios colegas de Tribunal.
No gabinete, é possível contar nos dedos de apenas uma mão o número de funcionários com acesso às delações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef e ao trabalho da PGR. A chance de que se confirmem, antes da decisão de Teori Zavascki, os nomes de políticos que serão investigados está em outro ponto da Praça dos Três Poderes: o Congresso.
Janot está avalia se irá enviar comunicados aos parlamentares citados sobre a situação de cada um, informando o que foi pedido ao Supremo. A decisão, segundo fontes da PGR, deve sair ainda nesta quarta e será tomada pessoalmente pelo procurador.
É por meio de deputados e senadores que poderá sair a confirmação da lista do procurador – em especial, por parte daqueles que receberem a "cartinha" mais esperada: o aviso de que seu nome ficou de fora dos inquéritos e dentro dos pedidos de arquivamento.

Correio do Povo | Notícias | Janot pede arquivamento de inquérito contra Aécio na Lava Jato

Blog no WordPress.com.