Ficha Corrida

05/08/2016

Panama Papers & golpe

Bem, passou o tempo do chapéu panamá, a moda agora é Panama Papers. Embora esteja na moda no circuito internacional, no Brasil é um assunto tabu pelo simples fato de envolver os grupos mafiomidiáticos, seus donos e seus magarefes de aluguel. E mais uma vez, não aparecem os nomes do Lula, do José Dirceu, e da Dilma. Não é sintomático que os mesmos que aparecem no lixão do Panamá sejam os mesmos que patrocinam o golpe?!

Está lá, por exemplo, via Mossack & Fonseca, o Triplex dos Marinho, os patrocinadores da caçada ao grande molusco. Como envolve os donos da mídia, a mídia não se envolve com este assunto. Nos outros países, onde a propriedade das mídias não está majoritariamente nas mãos de bandidos golpistas, não há assunto tabu. Possivelmente, os veículos internacionais, além de não serem golpistas, também não lavam dinheiro em paraíso fiscal. No Brasil de hoje, se for traficante pode virar ministro, se esconder dinheiro na Suíça, será mais blindado que carro de traficante. Alguns, mesmo com a percepção de que seria o primeiro a ser comido, continuam dando voltas por Liechenstein

Como nossos bravos homens da imprensa não tratam do assunto, a Wikipédia, em português, pode ser um bom começo.

Cuidado, a CIA não permitiu o vazamento de informação envolvendo personalidade norte-americanas. Como sabemos, pra nós, cucarachas, democrata ou republicano é tudo a mesma merda, por isso há seletividade também em relação ao Brasil. Até porque parte da quadrilha que tomou de assalto o Planalto Central bate continência todos os dias quando hasteia a bandeira ianque no quintal.

Algumas das impolutas figuras que se limpam com papéis Panamá:

– Sim, não poderia faltar. Encabeçando a lista estão nomes ligados à mídia, como o presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado, Walter Fontana Filho, e de Ruy Mesquista Filho, ex-diretor do Jornal da Tarde e acionista sem funções executivas no Grupo Estado;

– mais uma vez, e por aí se explica porque continua solto, aparece Eduardo CUnha. Mas não está só. Ao seu lado aparecem o ex-deputado federal João Lyra, o senador Edison Lobão…

Maurício Macri, o Michel Temer argentino, com a diferença de que o lavador argentino chegou lá pelo voto;

– Políticos de quase todos os partidos brasileiros aparecem nos tais papéis, infelizmente não foi encontrado nenhum do PT. Nem Dilma nem Lula. É ou não é motivo para odia-los?

– Mas lá está, por exemplo, a Rede Globo? Oh! que surpresa, depois da lavagem das Copas de 2002 e 2006, também sobrou uns trocados da Libertadores pra investir no Panamá…

– Se o Panama Papers foi feito pra isso, sim, então o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa[46] deve estar lá. Tem ainda mais, pois  57 pessoas investigadas à Operação Lava Jato abriram mais de 100 empresas offshore.[47] 

Se todos estes estão lá, inclusive o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, por que Lula e Dilma não estão? Seria pelos mesmos motivos que não estão na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht? Por que será que Lula e Dilma não estão na Operação Zelotes, mas a Gerdau, a RBS estão?! É ou não é motivo para odia-los, persegui-los, caça-los?!

– sabe quem também apareceu por lá? Gabriel Junqueira Pamplona, filho de Paulo Skaf, presidente da FIESP, aquela que financiou os patos e os patetas….

Aqui uma lista publica pela insuspeita revista Exame:

Panama Papers

 

Los papeles de Panamá

Frederik Obermaier & Bastian Obermayer

Español

– Páginas: 356
Descargar (magnet link)

¿No sabes cómo descargar?

Algunos de los programas que puedes usar son:

La filtración documental más grande y de mayor alcance de la historia empezó una noche con un mensaje anónimo: «Hola. ¿Te interesaría recibir más datos?». Pronto, Bastian Obermayer, periodista de investigación del Süddeutsche Zeitung, y su colega Frederik Obermaier, se dieron cuenta de que estaban ante los datos de miles de empresasoffshore, una ventana hacia un mundo paralelo completamente hermético en el que se gestionaban y escondían miles de millones que buscaban el dorado calificativo de «libres de impuestos». Dinero de grandes empresas, de primeros ministros europeos y de varios dictadores, jeques, emires, reyes y amigos de reyes, la mafia, traficantes y capos de la droga, agentes secretos, directivos de la FIFA, aristócratas, futbolistas estrella, famosos y, en resumen, gente con muchas posibilidades.
Este libro es la historia de esta extraordinaria investigación periodística internacional que desvela cómo escondían sus fortunas una pequeña élite de personajes supuestamente incuestionables, pero, como se está revelando, dignos de toda sospecha.

Arquivo para download também AQUI!

Autores

Escritor – Frederik Obermaier

Co-Escritor  – Bastian Obermayer

Traductor  – Lidia Álvarez Grifoll

Colaborador – Mar Cabra Valero

Colaborador – Joaquín Castellón

Traductor – Lara Cortés Fernández

Colaborador  – Daniele Grasso

Traductor  – Ana Guelbenzu

Traductor – María Jose Viejo Pérez

 

Comentarios

fedexior el 05-08-2016 a las 23:51:00

El escándalo que desnuda a los delincuentes de saco y corbata que jamás (o casi nunca) van a la cárcel. Presientes (Hola, Macri), empresarios, ministros y demás, muchos de ellos tan dados a pontificar sobre la corrupción pero que están totalmente sucios y podridos por dentro. Habrá que leerlo.

Escribir no lleva a la miseria, nace de la miseria
MONTAIGNE

epublibre – Los papeles de Panamá

04/01/2015

Rede Globo de Sonegação

MidiaLatuffComo disse o Azenha, a Globo tem direito em informar que Lula teve uma filha fora do casamento; que ele tinha um aparelho de som 3 x 1; que ele comprou, numa cooperativa, cotas de um apartamento.

Pena que não temos  direito de saber de quanto foi a sonegação da Globo na Copa de 2002.

Também não sabemos como foi a negociação que colocou ACM no Ministério das Comunicações, no Governo Sarney, nem como  Roberto Marinho chegou a ABL pelas mãos do Sarney.

Tampouco sabemos onde foram parar os 450 kg de cocaína encontrados naquele helicóptero que também sumiu.

A Globo também nunca informou quem escondeu Miriam Dutra na Espanha,  os motivos do seu ostracismo, nem quem a sustentou. Até que os filhos de D. Ruth Cardoso fizeram um exame de DNA e provaram que o rebento era só filho da mãe.

A pergunta que não quer calar: foi mediante a mancebia com Miriam Dutra que a Globo capturou FHC a ponto de escalar Carlos Monforte para montarem com Rubens Ricúpero o famoso Escândalo da Parabólica?!

Por que sabemos até quando Lula dá um pum mas não tivemos o direito de saber quando o Estadão manteve Pimenta Neves como  Diretor de Redação onde havia assédio moral e sexual a ponto de vir a assassinar, pelas costas, com um tiro na nuca, Sandra Gomide.

A Rede Globo admitiu que foi um erro apoiar a ditadura, com aquele editorial que saudava a chegada dos gorilas. Os mesmos gorilas que transformaram Roberto Marinho, de magarefe de fundo de quintal no homem mais rico, segundo a Revista Forbes, do Brasil.

Se errou, porque a Rede Globo não pede desculpas? Por que a Rede Globo não devolver o produto que acumulou em função do “erro”?

Azenha ocupa o “triplex” do Lula

O três em um do Lula em Guarujá, 25 anos depois


Se você falar num “três em um” numa rodinha de jovens muitos vão fazer cara de paisagem. É o mesmo que falar em óleo de fígado de bacalhau, DKV ou Olivetti.
Em 1989 ter um “três em um” em casa era símbolo de status. Especialmente aqueles que vinham acompanhados de grandes caixas de som. Vitrola, toca-fitas e rádio, tudo num mesmo aparelho!
Eu morava, então, em Nova York. Era correspondente da TV Manchete.
Testemunhei um momento histórico, via satélite. A Globo colocou ao vivo o sinal do debate presidencial entre Lula e Fernando Collor para ser visto na cidade. Se não me engano, foi num restaurante da rua 46, então a rua dos brasileiros em Manhattan, hoje tomada por comerciantes coreanos.
Durante o debate, Collor “acusou” Lula de um pecado imperdoável para um operário “igualzinho a você” — era o slogan utilizado pela campanha de Lula: ter um “três em um” sofisticado.
O simbolismo era inescapável: o dirigente sindical teria dirigido as grandes greves do ABC em busca de vantagens pessoais. Era um aproveitador. Nos bastidores, dizia-se também que Lula tinha abandonado a cachaça e aderido ao uísque importado, como se isso fosse um crime lesa-Pátria.
Na época, ninguém perguntou se Collor também tinha “três em um” em casa. Logo ele, filhinho de papai da oligarquia alagoana! Era o máximo da desfaçatez.
Lembrei-me do episódio ao receber, por e-mail, os links de várias reportagens de O Globo e da Folha sobre o triplex do Lula em Guarujá.
O ex-presidente declarou pagamentos feitos à cooperativa responsável pelo imóvel em 2006. Disse ao imposto de renda ter pago R$ 47.695,38 até então. O valor total foi quitado em 2010.
Em nota, o instituto Lula falou em “suposto apartamento”, já que o ex-presidente nunca ocupou o imóvel e nem assumiu oficialmente a propriedade. Esclareceu que a primeira dama Marisa Letícia comprou uma cota do prédio em 2005, da Bancoop, paga em prestações. O casal não decidiu ainda se fica com o imóvel.
Para turbinar a notícia, a Folha cita corretores não identificados que avaliaram o apartamento em R$ 1,5 milhão. Minha sugestão é que o Otavinho compre o imóvel por este preço. Dinheiro certamente não é problema para o dono da Folha. Nem para os bilionários irmãos Marinho, tão interessados no caso.
Independentemente da “avaliação” da Folha estar ou não correta, é óbvio que o imóvel é compatível com a renda de um presidente que cumpriu oito anos de mandato, pagou em prestações e hoje viaja o mundo dando palestras.
A questão aqui é outra: por que sabemos tudo sobre o apartamento de Lula e absolutamente nada sobre os imóveis de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Aécio Neves? Em nome de quem está o apartamento que Aécio ocupa em Belo Horizonte, por exemplo? FHC tem mesmo um apartamento na avenue Foch, em Paris?
A explicação é simples e repetitiva: dois pesos, duas medidas.
Vinte e cinco anos depois, com a perspectiva de Lula se candidatar em 2018, o “três em um” se tornou “triplex”.
É bala na agulha para enredar o ex-presidente com uma das acusadas na Operação Lava Jato, a empreiteira OAS, que concluiu as obras do edifício em Guarujá.
O ex-presidente deve estar acostumado.
Em 1989, na reta final da campanha, a ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, apareceu no Jornal Nacional e na campanha de TV de Fernando Collor acusando Lula de ter sugerido a ela que abortasse a filha Lurian, além de falar mal dos negros.
O jornal O Globo chegou a produzir um editorial justificando a baixaria, intitulado O Direito de Saber. Trecho:
Até que anteontem à noite surgiu nas telas, no horário do PRN, a figura da ex-mulher de Lula, Miriam Cordeiro, acusando o candidato de ter tentado induzi-la a abortar uma criança filha de ambos, para isso oferecendo-lhe dinheiro, e também de alimentar preconceitos contra a raça negra.
A primeira reação do público terá sido de choque, a segunda é a discussão do direito de trazer-se a público o que, quase por toda parte, se classificava imediatamente de ‘baixaria’.
É chocante mesmo, lamentável que o confronto desça a esse nível, mas nem por isso deve-se deixar de perguntar se é verdadeiro. E se for verdadeiro, cabe indagar se o eleitor deve ou não receber um testemunho que concorre para aprofundar o seu conhecimento sobre aquela personalidade que lhe pede o voto para eleger-se Presidente da República, o mais alto posto da Nação.
Que ironia!
As mesmas Organizações Globo nunca acreditaram que o eleitor brasileiro tinha o direito de saber que Fernando Henrique Cardoso teve um caso com uma repórter da emissora, ANTES de ser candidato pela primeira vez ao Planalto.
Do caso teria nascido uma criança.
Ambos, mãe e filho, viveram “exilados” na Europa, uma notícia que só foi dada pela revista Caros Amigos no ano 2000! O filho, revelou muito mais tarde um exame de DNA, afinal não era, mas sempre foi tratado como herdeiro.
O brasileiro nunca teve — e provavelmente jamais terá — o direito de saber deste logro histórico! Pelo menos não nas páginas dos jornalões e nos telejornais da Globo.

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