Ficha Corrida

19/09/2015

Na terra do Marcola, PCC deita e rola

pcc (2)Vem a público mais uma relação abençoada pela velha mídia. Ao velho estilo Rubens Ricúpero, o coronelismo continua mostrando o que é bom e escondendo o que é ruim para o PSDB. Num tribunal de faz de conta, em que Robson Marinho é rei, falcatrua vira bênção.

Na terra do PCC, Marcola deita e rola.

Geraldo Alckmin tem todo direito de, parafraseando Jorge Bornhausen, extirpar a raça do PT. A Camargo Correia, a Siemens, a Alstom agradecem. O PCC e Marcola, também…

Chegará a hora em que já não mais existirão Judith Brito e o Instituto Millenium, e aí a milhares de assinaturas de Veja, Estado, Folha distribuídas pelas escolas públicas não impedirão que os tucanos batam em retirada.

Como dizia Dionísio da Silva, Avante, soldados: para trás….

Obra da Camargo Correia com “taxa” ao governo paulista tem irregularidade de 148%

Por Fernando Brito · 19/09/2015

relatorio

A revelação pela Carta Capital – e só por ela, até agora – que o relatório da Polícia Federal aponta uma “taxa” de 5,6% para a “administração central” em uma obra de rebaixamento da calha do Rio Tietê realizada pela Camargo Correia começa a apontar para um escândalo de grandes dimensões também nesta área do governo paulista.

Em junho de 2006, a Folha publicou reportagem sobre os aumentos de preço considerados “absurdos” pelo Tribunal de Contas de São Paulo – habitualmente dócil aos governos tucanos”.

A “festa”começou com uma majoração de 148% no contrato de gerenciamento da obra, que envolve, entre outras atividades, as medições pelas quais as empreiteiras são pagas, isso aceitando-se a explicação de Alckmin sobre os valores:

“O consórcio Enger-CKC, contratado pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo), deveria receber R$ 18,6 milhões pelo trabalho de consultoria para apoio ao gerenciamento geral da implantação das obras de rebaixamento da calha do Tietê –que envolve, entre outras coisas, a realização de medições dos serviços feitos.O montante triplicou e subiu para R$ 59,3 milhões (219% a mais), segundo auditoria do TCE. O governo Alckmin, porém, diz que os aditivos foram de R$ 27,6 milhões –sendo os R$ 13,1 milhões da diferença apenas reajustes já previstos em contrato, com base em indicadores da Fipe “.

O contrato foi julgado irregular e há, desde 2005, um decreto legislativo –  que o anula –  dormindo nas gavetas da Assembleia paulista.

Há ainda uma pendência de R$ 153 milhões, segundo se publica no Diário Oficial de São Paulo, envolvendo as empreiteiras , o  Processo Arbitral 16577/JRF :

” Fazendo uso do direito que lhe é dado através da cláusula XXIII do contrato nº 2002/22/00042.5 assinado com o DAEE em 28/02/2002, o Consórcio Camargo Corrêa/Enterpa/Serveng, responsável pela execução das obras no trecho do rio Tietê denominado Lote 4, interpôs em 31/08/09, junto ao Tribunal Arbitral da ICC – International Chamber of Commerce – processo arbitral para solução de controvérsias que se desenvolveram ao longo da execução do contrato, e que já haviam sido discutidas administrativamente no decorrer dos fatos, sem que se tenha chegado a acordo. O valor da reclamação é da ordem de R$ 44.000.000,00 (quarenta e quatro milhões de reais).”

A Serveng, integrante do consórcio, doou  R$ 2,8 milhões para a última campanha de Alckmin, em 2014. Em 2010, foi a própria Camargo Correia que doou R$ 2,5 milhões. Ou 5,6% da diferença de R$ 44 milhões.

Isso, claro, não faz de Alckmin automaticamente “culpado” de receber propinas em troca de acordos em obras, mas a mesma regra vale para todos.

Mas torna obrigatório que o principal executivo da Camargo Correia seja interrogado sobre o que significa a “taxa” para a “administração central”de São Paulo.

Ou será que isso não vem ao caso?

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23/02/2015

Aeroporto para tapetão voador

Filed under: AeroPÓ,Camargo Correa,FHC,Tradição Tucana — Gilmar Crestani @ 4:33 pm
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Pena que o Ministério Público, este mistério púbico, só tenha passado a existir a partir da chegada do PT ao governo, senão poderia ter denunciado, sem necessidade de domínio do fato, a compra da reeleição ou a construção deste aeroporto. Taí, ó, para quem diz que o PSDB não deixou legado que vá cimento e tijolos, já foi encontrado pelo menos uma que cimenta as relações da Camargo Correia com FHC

Deve ser por isso que o PSDB se acha no direito de falar em moralidade no serviço público…

Como no poema gaudério, Herança, do Apparício Silva Rillo, a paciência bovina do Ministério Público :

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos
os bois mandavam nos homens,
e por isso a vida era mansa na cidadezinha
arrodeada de ventos, chácaras e estâncias.
Os touros cumpriam devotamente o seu mister
e as vacas, pacientes,
pariam terneiros e terneiros e terneiros.
O campo engordava os bois,
as tropas de abril engordavam os homens
e os homens engordavam as mulheres.

Na época a mídia não fazia escândalo porque escândalo não era notícia. Algo legal, corriqueiro, correto, ético, seria notícia. Nunca o que o PSDB fazia. Prova que até hoje se nota pela diferença de tratamento.

O melhor epitáfio da Era FHC foi escrito por Rubens Ricúpero, no famoso Escândalo da Parabólica, e divulgado pela Rede Globo via Monforte: "Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde."

OPS! Outro aeroporto tucano? Camargo Correa fez aeroporto “de presente” para fazenda de FHC

FazendaFHC

A Camargo Correa, e a filha de FHC “fantasma” no Senado, tem algo em comum no passado.

Uma inusitada boa vizinhança entre duas fazendas, onde o conflito de interesses público e privado não tinha porteiras.

Em 1989, FHC comprou com Sérgio Motta a fazenda “Córrego da Ponte” em Buritis (MG).

Em 1995, quando FHC já era presidente, e a proprietária da fazenda Pontezinha, ao lado das terras de FHC, era a Agropecuária Jauense, da Camargo Corrêa.

De acordo com esta antiga reportagem da Revista ISTOÉ, em julho de 1995, a empreiteira iniciou a construção de um aeródromo particular na fazenda, obra concluída em menos de 3 meses.

Conta com uma pista de 1.300 metros (mesmo tamanho que a do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro), e estacionamento para 20 pequenas aeronaves.

O registro oficial da pista no Departamento de Aviação Civil (DAC), antecessor da ANAC, foi feito em outubro de 1995, autorizando receber aviões do tipo Bandeirantes e Lear-Jets.

O engenheiro responsável pela obra, Marcelo Ávidos, elogia a qualidade da pista, discorda das restrições de pouso impostas pela Infraero e garante que o aeródromo está preparado para grandes aeronaves. “Até um Boeing 737 pode aterrissar ali”, atesta Ávidos.

Na época da reportagem (1999), o fazendeiro Celito Kock, vizinho de ambos e atento observador do trânsito aéreo na região narrava:

“Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não pára de descer gente”.

Dois habitués na pista da Pontezinha eram Luciana Cardoso (atual funcionária “fantasma” do Senador Heráclito Fortes), filha do presidente, e seu marido, Getúlio Vaz, que iam à fazenda de Fernando Henrique sempre que podiam.

A assessoria de imprensa da Presidência da República informou à reportagem que FHC usou apenas uma vez a pista da Camargo Corrêa, num dia em que estava difícil voar de helicóptero. Mas confirmou a utilização da pista pelos familiares do presidente.

Nesta época, Jovelino Carvalho Mineiro Filho (amigo de FHC) já havia comprado a parte que pertencia a Sérgio Motta, e FHC havia passado sua parte aos filhos Luciana Cardoso, Beatriz Cardoso, e Paulo Henrique Cardoso.

A sociedade era gerida e administrada por Jovelino Mineiro e Luciana Cardoso.

MESES ANTES, A CAMARGO CORRÊA GANHOU A OBRA DE AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA

Apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendou o serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, numa autêntica troca de gentilezas.

Meses antes, a Tercon havia conseguido um bom negócio ao ser contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília – empreitada que só terminou anos depois. Com isso, não se furtaria a retribuir o favor.

FILHA DE FHC USOU AVIÃO DA FAB PARA IR À FAZENDA EM 2002

Em 2002, o procurador da República Luiz Francisco Souza, exigiu explicações à Luciana Cardoso, filha do ex-presidente, por ter viajado a Buritis (MG) num avião oficial da Força Aérea Brasileira.

Luciana foi a Buritis conferir os danos causados pela invasão dos sem-terra à sede da Fazenda Córrego da Ponte, de propriedade de sua família.

A assessoria do Palácio do Planalto informou que Luciana era funcionária da Presidência (era secretária do próprio FHC) e viajou com outros servidores do Planalto.

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26/07/2014

Bolsa AeroPÓrto começou com FHC

Filed under: Aécio Neves,AeroPÓ,Camargo Correa,FHC — Gilmar Crestani @ 9:30 am
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Tucanos tem bico maior que o cérebro, mas voam…

O aecioporto de FHC

26 de julho de 2014 | 04:44 Autor: Miguel do Rosário

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Nessa história de aeroporto, acabei redescobrindo mais um escândalo tucano que a mídia varreu para baixo do tapete, enquanto tocava o bumbo “mensalão, mensalão, mensalão”.

Trata-se de um aeroporto feito pela Camargo Correia, de presente para o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

A Istoé publicou, em 18 de agosto de 1999, uma reportagem sobre a construção de um aeroporto na propriedade da Camargo Correia, uma das principais doadoras (senão a principal)  no Brasil para campanhas eleitorais.

A fazenda da empreiteira, e logo também o aeroporto, por “concidência”, ficavam (e continuam lá) exatamente ao lado da fazenda Corrego da Ponte, de Fernando Henrique.

Eu separei um trecho delicioso da reportagem:

A atração na Pontezinha é uma ampla pista de pouso que costuma receber mais aviões tripulados pela corte do presidente do que jatinhos de uma das maiores empresas do País. “Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não pára de descer gente”, conta o fazendeiro Celito Kock, vizinho de ambos e atento observador do trânsito aéreo na região. A pista particular tem 1.300 metros de comprimento e 20 metros de largura, asfaltados numa grande área descampada. Um estacionamento com capacidade para 20 pequenas aeronaves completa o aeródromo.

A pista, avaliada em R$ 600 mil, começou a ser construída no dia 1º de julho de 1995 e foi concluída em 30 de setembro daquele ano. Apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendou o serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, numa autêntica troca de gentilezas. Meses antes, a Tercon havia conseguido um bom negócio ao ser contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília – empreitada que só terminou anos depois. Com isso, não se furtaria a retribuir o favor. O registro oficial da pista no Departamento de Aviação Civil (DAC) foi feito no dia 23 de outubro de 1995, com a publicação da portaria 175/EM3. Está autorizada a receber aviões do tipo Bandeirantes e Lear-Jets.

*

Observe que, quando há interesse, o proprietário da pista consegue rapidamente registro na Anac.

Pois bem, alguns anos depois, um blog mineiro retoma a história e nos dá uma contextualização mais precisa sobre o que acontecia ali.

A filha de FHC, Luciana Cardoso, funcionária na fazenda do pai, chegou a usar avião da FAB para pousar no aeroporto. O caso foi investigado pelo procurador federal Luiz Francisco de Souza, do MP do Distrito Federal.

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20/02/2012

Amalia Lacroze, de Camargo e Correa

Filed under: Amalia Lacroze,Camargo Correa,Cimento,Ditadura,Loma Negra — Gilmar Crestani @ 10:10 am

Ou de como  as ditas são moles com o ricos e duras com os pobres.

Amalia Lacroze, la dama argentina del cemento

En 2005 vendió su compañía por 900 millones de euros

Francisco Peregil 20 FEB 2012 – 00:19 CET

Amalia Lacroze de Fortabat. / REUTERS

“Observa algo grande y me verás. Toca las paredes de tu hogar y me sentirás. Mira tu pasado y me recordarás. Proyecta tu futuro y me encontrarás”. Así se anunciaba hace varios años la compañía cementera argentina Loma Negra. Detrás de aquella empresa estaba una persona sobre la que se podría aplicar el mismo lema: María Amalia Sara Lacroze Reyes Oribe de Fortabat Pourtale, conocida como Amalita. Nació rica en Buenos Aires en 1921 y murió más rica aún a los 90 años, el pasado sábado “de muerte natural”, en su apartamento bonaerense de tres pisos, en la avenida del Libertador.

El nombre de Amalia Lacroze irrumpió con fuerza y escándalo en los principales salones porteños cuando se separó de su primer marido para iniciar una relación con un hombre casado y 27 años mayor. Ella misma contaría años después los pormenores de la relación en la revista Noticias: “Estaba en un palco del teatro Colón (Buenos Aires) junto a mi prometido, Hernán, el padre de mi hija Inés, y noté que un señor de un palco más arriba me miraba. Comencé a sentir que este señor provocaba algo especial en mí, una suerte de atracción. No era buen mozo, era espléndido, que es otra cosa distinta. Al rato me lo veo entrar al palco con una caja de bombones para mí. Lo invité a mi casamiento con Hernán y entonces él me llamó para excusarse: ‘No lo voy a poder soportar’, me dijo. Años después nos volvimos a encontrar. Me separé de Hernán y me casé con él. Fui, durante más de 30 años, terriblemente feliz a su lado”. Aquel hombre se llamaba Alfredo Fortabat Pourtale y era uno de los empresarios más ricos del país.

Cuando falleció Fortabat, en enero de 1976, Amalita heredó la empresa, fincas, aviones, cuadros, emisoras de radio… Pero no se conformó con eso. Fue acumulando fama, amantes, amigos (David Rockefeller y Henry Kissinger) y más dinero.

Gracias a sus excelentes relaciones con los hombres más influyentes de la dictadura (1976- 1983) logró triplicar el patrimonio heredado. “Me puse a trabajar como si entendiera de todo. Y, al final, entendí muy bien”, declaró. Después de los militares, también congenió con los Gobiernos de Raúl Alfonsín (1983-1989), el peronista Carlos Ménem (1989- 1999) y el conservador Fernando de la Rúa (1999-2001). Ménem la nombró “embajadora itinerante y plenipotenciaria”. Pero Néstor Kirchner (2003-2007) le retiró ese título del que tan orgullosa se sentía. Ayer, en medio de las decenas de obituarios hubo quienes recordaron que lo suyo con la dictadura más que buena relación podía ser tachado de complicidad. En algunos diarios se recordó el nombre de Carlos Alberto Moreno, abogado de la Asociación de Mineros Argentinos, secuestrado y asesinado en 1997, tras haber denunciado a Loma Negra por supuestas condiciones de insalubridad.

Ahora, cualquier argentino que se plante en medio de una calle seguirá viendo algo que le recuerde a María Amalia Sara Lacroze Reyes Oribe de Fortabat Pourtale. Pero quien desee proyectar su futuro con Loma Negra solo encontrará detrás al grupo brasileño Camargo Correa, a quien la dama del cemento vendió la compañía en 2005 por unos 900 millones de euros.

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