Neste ano de 2015, muitos foram os problemas enfrentados por todos os governos estaduais. Quase todos ganharam manchetes negativas da Folha, nenhuma contra o PSDB. E não faltaram motivos.
A começar pelo racionamento d’água em São Paulo, que nas internas a Folha chamou de crise d’água, e assim a Folha terceirizou a culpa ou a São Pedro ou ao PT. Da mesma sorte, não faltaram problemas no Paraná, onde a parceria do Beto Richa com Fernando Francischini conseguiram uma façanha de violentarem mais de 200 professores. Nenhuma capa incriminadora.
Voltando a São Paulo, violência contra alunos. As milícias treinadas pelo PCC e a serviço do soldado da Opus Dei baterem sem dó nem piedade nos alunos que se manifestavam contra o fechamento de suas escolas. Unindo as duas ações não estava apenas a mesma sigla, mas também o mesmo método e com o mesmo sentido: atingir de forma implacável que as pessoas tenham acesso à informação. O PSDB demonstrou com estas ações que odeia quem tenha discernimento.
O retrocesso educacional é uma política de estado do PSDB pelo menos desde que FHC ocupou por dois mandatos o Governo Federal. Todos os que não sejam completos midiotas amestrados devem saber que foi FHC que proibiu a criação de Escolas Técnicas, impediu a renovação das Universidades e impôs o PDV. Com o dinheiro economizado, investiu no PROER. No RS, Yeda Crusius, que conseguiu o pior governo que este Estado já teve, tentou fechar, com a parceria da RBS, a UERGS, criada pelo Olívio Dutra.
As tentativas de destruir as instituições que podem melhorar o país contaram sempre com as bênçãos da Veja, Folha, Estadão, Rede Globo & RBS. Estas cinco irmãs se fundem e se confundem ideologicamente com o PSDB. Se acham escolhidos por direito divino para conduzirem os destinos do Estado, por isso nunca perdem uma eleição: pra velha mídia e o coronelismo do PSDB e aliados ou eles ganham ou são roubados. Não é sem motivo que ao longo de mais de 20 anos de PSDB em São Paulo a única iniciativa que não mudou foi o de distribuir milhares de assinaturas da Veja, Folha, Estadão para as escolas públicas.
E para se colorarem no governo se unem e com eles toda sorte de milícias. Eduardo CUnha, por exemplo, não passa de um chefe de milícia. A mesma milícia que atacou Guido Mantega e agora Chico Buarque, um bando de desocupados que são diuturnamente excitados pela mídia golpista. Nem as famigeradas milícias da SS ou do fascismo usaram de tanta violência contra pessoas honestas. Ninguém viu eles molestarem bandidos como Marcola ou o próprio Eduardo CUnha. No entanto, a velha mídia preferiu jogar seu manto protetor aos fascistas e responsabilizou a vítima, Chico. Como sempre, os jornais ficaram ao lado dos bandidos.
A manchete da Folha desta véspera de Natal explica o critério que norteia o jornalismo dos Frias. Ataca e busca denegrir, nem importa se com ou sem razão, o Rio de Janeiro. Por quê? Por que o Rio de Janeiro jogou ao mar Eduardo CUnha. O PMDB do Rio abandonou o arauto da moralidade que subia aos píncaros da glória com sua louca cavalgada para tirar Dilma e colocar em seu lugar o Napoleão das Alterosas. Bastou aos peemedebistas do Rio tirarem os votos do Eduardo Cunha que a Folha se volta contra o Rio. Não fossem estes motivos, a Folha teria dado o mesmo tratamento nem digo aos governos de São Paulo e Paraná, mas ao governo do RS. Também o Tiririca Gaudério é peemedebista como Pezão. A diferença está em que José Ivo Sartori, como todo ventríloquo da RBS, esteve e, diferentemente de Pezão, está com Aécio Neves.
Nem todo mundo é um midiota que compra versão pronta e acabada. Antes de engolir tudo o que estes grupos mafiomidiáticos tentam nos impingir como oráculos temos de nos lembrarmos que eles sempre estiveram ao lado da plutocracia e contra os avanços sociais. Eles não praticam jornalismo, mas lumpenjornalismo. Os Associados do Instituto Millenium, como a SIP, têm uma única preocupação: manter o controle do Estado para garantir enriquecimento e poder, não necessariamente nesta ordem.
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