Ficha Corrida

16/04/2015

Gilmar Mendes terceiriza justificativa do engavetamento

Filed under: AJUFE,AMB,Celso Daniel,Engavetador Geral,Gilmar Mendes,STF,Terceirização — Gilmar Crestani @ 8:05 am
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OBScenas: Marinho & Mendes

Gilmar Mendes e Roberto_Irineu_MarinhoA moda da terceirização veio para ficar. Até Gilmar Mendes, um terceiro do PSDB no STF, está terceirizando o voto-vista no processo movido pela OAB contra o financiamento empresarial dos políticos. Como não poderia deixar de ser, o muito vivo ministro biônico do PSDB culpa um morto pela sua inércia. Seria engraçado se partisse do seu parceiro, DEMÓstenes Torres, mas uma fundamentação jurídica deste jaez só engrandece quem o indiciou ao STF, FHC.

Com a justificativa Gilmar Mendes sinaliza à magistratura que o engavetamento, como aquele do Rodrigo de Grandis, ou a lentidão folclórica do judiciário pode ser atribuída à… morte de Celso Daniel. Este é o nível daquele que FHC colocou no STF para ser seu salvo-conduto jurídico.

Neste caso pode-se dizer que vale cada centavo investido pelo PSDB. Gilmar Mendes, sozinho, tem feito mais pelo PSDB do que todo seus representantes partidários democraticamente eleitos.

Se isso tudo já é muito, não é tudo. Os eleitores esperam que Aécio Neves, FHC, Geraldo Alckmin ou Álvaro Dias façam política. Terceirizar a Gilmar Mendes depõe contra todos eles. Pior, acabam por nos fazer crer que, sendo incapazes de fazer a própria defesa, não são suficientemente dotados, seja de capacidade intelectual, seja de bom senso, seja de intuição política.

A judicialização da política decorre da falta de sujeitos capazes de fazerem a defesa das ideias caras à direita brasileira.

Por um breve período a direita contou com outsider, como Fernando Collor de Mello, ou com um capacho totalmente subserviente, FHC. Um e outro foram derrotados pela total falta de capacidade cognitiva. A realidade lhes é completamente estranha. Acreditam apenas no mundo da fantasia construído por quem os finanCIAm. A má escolha fez com que a direita brasileira partisse para a construção de instrumentos próprios para a assumir o poder, o Instituto Millenium. A entidade que serve de laboratório ideológico da direita é finanCIAdo exatamente por quem sempre se apropriou do Estado mesmo nunca tendo ganho eleição, o poder econômico. Não é mero acaso que os mesmos pegos na Lista Falciani do HSBC também estejam na Operação Zelotes. Não é mera coincidência que a Zelotes reúna no mesmo banco de réus Gerdau & RBS: ambos são partes de um todo congregado para capturarem o Estado.

Por falta de políticos hábeis, a direita tentou terceirizar aos grupos mafiomidiáticos, como admitiu Judith Brito e a própria ANJ. A falência do coronelismo eletrônico, contudo, corroída pela incapacidade congênita de gerirem os próprios negócios sem a participação estatal, fez com que a direita brasileira se bandear em busca de apoio do Poder Judiciário. Se deu certo em Honduras e no Paraguai, por que não daria no Brasil?

Gilmar Mendes cita caso Celso Daniel ao ser cobrado sobre doações eleitorais

Ricardo Brito – O Estado de S. Paulo

Ministro do Supremo pediu vista em processo sobre repasses de empresas a campanhas políticas em abril do ano passado e lembrou que processo que investiga morte de ex-prefeito está parado desde 2012

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes lembrou nesta terça-feira, 24, do julgamento do  assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, em resposta às cobranças para que devolva o pedido de vista do processo que discute a proibição das doações de empresas privadas para campanhas eleitorais."Até hoje ainda não voltou (o julgamento por causa de pedido de vista) e, por coincidência, é um caso em que há uma questão de crime ligado à questão política", disse ao lembrar do caso que esta parado na Corte desde um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski, em 2012.

Ministro do STF Gilmar Mendes conversa com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)Ministro do STF Gilmar Mendes conversa com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)

Mendes foi cobrado nesta terça por senadores durante sua participação de uma sessão temática no plenário Senado para discutir a reforma política.Em abril do ano passado, o ministro pediu vista do caso, mesmo com uma maioria já formada de seis votos a um a favor da proibição das doações de empresas privadas a campanhas. "Esse tema virou como se fosse o único pedido de vista existente no Supremo Tribunal Federal. Mas nós temos pedidos de vista que não voltaram desde 1998, só para os senhores terem ideia", disse.O ministro afirmou ainda que devolverá o processo das doações eleitorais "oportunamente".

No caso do assassinato do ex-prefeito petista, se discute o direito do Ministério Público de investigar o crime. Durante o evento, ele aproveitou ainda para debater o tema da reforma política e afirmou que o Congresso Nacional é o lugar adequado para realizar as mudanças no sistema eleitoral. Para o ministro, o sistema tem dado sinais ao longo dos anos "por conta de vários fenômenos", e "algum tipo de sinal de exaustão". Ele citou o exemplo do modelo de eleição proporcional de lista aberta – adotado hoje para a eleição de vereadores e deputados após participação ampla -, mas pode distorcer o modelo de representação política.

Gilmar Mendes cita caso Celso Daniel ao ser cobrado sobre doações eleitorais – Política – Estadão

Gilmar não devolve e pede pressa no caso Celso Daniel

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Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes ignora pedidos da própria magistratura e mantém bloqueio do julgamento da ação pelo fim do financiamento privado das campanhas; ele diz que as entidades como AMB e Anamatra deveriam cobrar celeridade no julgamento do assassinato de Celso Daniel, que se arrasta há 15 anos

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