O CLICRBS mostra as menininhas com nariz de palhaço sob patrocínio de… “ClicVestibular”… ENEM disfarçam!
A pergunta que os professores dos cursinhos pré-vestibulares deveriam fazer às patricinhas: qual foi o problema do ENEM para os alunos gaúchos?
1) Afinal, pelo que se tem notícia, não houve nenhum problema por estas plagas. Está é a primeira parte da lição…
2) Os cartazes contém todos a mesma caligrafia, as mesmas cores e os portadores, os mesmos narizes de palhaço. São fruto de uma mesma fonte! Zero em criatividade.
3) Os “çábios cursinhandos” sabem que se tentou criar uma Universidade Estadual – UERGS, que foi boicotada pelos patrocinadores da tiriricada atual?
4) Como podem alunos de escolas particulares culparem o estado pela qualidade de ensino que têm nas privadas? Se as privadas fossem eficientes, continuariam estudando nas privadas, ao invés de pleitearem a UFRGS.
5) Como explicar que a UFRGS, sendo pública, esteja melhor rankeada que as particulares? Ao esconder isso, a RBS mostra que é adepta da cultura da trapaça!
Os alunos que gazearam as aulas para servirem de massa de manobra precisam interpretar a seguinte frase da lavra dos celetistas da RBS: “O atual impasse em torno do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é emblemático para os brasileiros por reunir num mesmo episódio fatores que entravam ou dificultam o desenvolvimento do país: a ineficiência do Estado, as resistências setoriais às mudanças, a má qualidade da educação e a cultura da trapaça, esta manifestada pelos estudantes que tentaram burlar as provas utilizando recursos eletrônicos de comunicação.”
Por partes:
a) a ineficiência do estado – os erros contidos nas provas foram perpetrados pela gráfica, licitada, e por ela assumidos. A ineficiência do Estado, portanto, está em achar que a iniciativa privada tem, primeiro, competência; segundo, comprometimento; e terceiro, honestidade. Eficiência, por outro lado, é fazer uma matéria para desancar o ENEM, que é um método de evitar o vestibular, sob patrocínio do … “Clic VESTIBULAR”… O estado é tão ineficiente que querem todos cursar universidade… do Estado. Por que não vão estudar em escolas particulares… que são mais eficientes? Lição de casa: comparem o respeito da UFRGS com qualquer outra instituição de ensino e, se souberem, respondam. Não a mim, mas à RBS.
b) resistências setoriais às mudanças: – quando a RBS desancou o Governo Olívio por criar a UERGS, estava não só demonstrando resistência à mudança, mas fazendo papel de advogado das privadas. A RBS demonstrou não só resistência à mudança, quando Olívio foi governador, como usou diuturnamente a cultura da trapaça para atingir o então Secretário de Segurança.
c) má qualidade da educação: – onde estão as reportagens da RBS a respeito das escolas de lata da ex-funcionária da casa, Yeda Crusius? Por que as patricinhas não saíram às ruas com nariz de palhaço para protestarem? Simples, são alunas de escolas particulares… Má educação é atribuir à “ineficiência do estado” erros cometidos por gráficas particulares. No ano passado, foi a gráfica Plural, da Folha de São Paulo, que vazou. Também aí a má qualidade do Estado foi atribuir tamanha responsabilidade aos que exploram os meios de informação como forma de subsistência;
d) cultura da trapaça – eis um tema do qual a RBS entende. Não tenho tempo, mas é fácil consultar quantas vezes a RBS já foi condenada judicialmente, no RS e em Santa Catarina, por sua cultura da trapaça. Neste caso, a trapaça consiste em esconder que as manifestações partiram de escolas particulares, que agora disputam com alunos de escolas públicas espaço nas universidades públicas sem necessidade de custear cursinhos. A confissão da incompetência de uma Tiririca gaudéria: “4 milhões de candidatos para 80 mil vagas”. Confessa que o ensino recebido numa instituição privada não a prepara para conseguir um das 80 mil vagas. Cultura da trapaça é isso aí, querer uma vaga no grito.
Cheira à trapaça o uso de adolescentes com nariz de palhaço, para protestarem contra o ENEM. Na verdade, são vítimas da união do mau jornalismo com o mau ensino das escolas particulares, as quais defendem.
No Ceará, há o Fortal. Na Bahia, a Micareta. Nós, os gaúchos, somos ainda mais inventivos. A RBS que o diga. No carnaval à moda gaudéria, as meninas são cavalgadas pelos cursinhos pré-vestibulares. Aí reside o motivo do nariz vermelho. Mas quem fatura é a RB$. O jornalismo da RBS é falso como um carnaval fora de época. Um Simulão!
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[…] elevarem a própria nota, e vestem de nariz de palhaço os outros para serem fotografados pela RBS (Carnaval fora de época da RBS) na defesa dos interesses privados. Por isso o tal meretismo, em termos de ensino, a panela do […]
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Maravilha de texto, tudo cobra criada,comprada e eu ENVERGONHADA!!!
Abraços.
Comentário por Otilia Fontoura — 17/11/2010 @ 11:00 am |
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Pingback por Tweets that mention O carnaval fora de época da RBS « Ficha Corrida -- Topsy.com — 16/11/2010 @ 5:07 pm |
Que haja fã clube, tudo bem. Mas qual a idade do Gilmar Crestani, que experiência tem ele do nível das escolas brasileiras a partir da reforma de 1970? O ensino brasileiro é uma cacaca faz mais de 40 anos. Aliás, a picaretagem dos cursinhos se inseriu no quadro justamente por isso.
E isso não depende de um governo A ou B, depende de um modelo de educação que nos foi imposto a partir dos EUA, um país dotado de uma escola de baixíssimo nível.
Desde que o ensino se tornou obrigatório para todas as classes sociais, as classes hegemônicas quebraram a cabeça em desenvolver estratégias para impedir as classes subalternas, do acesso a conhecimentos úteis para contestá-las e disputar-lhes a hegemonia de forma organizada e eficiente.
No final dos 60, após as várias revoltas dos jovens, essa necessidade se tornou imperativa. Coincidiram a formação da Trilateral (que ainda tinha o Japão como um dos vértices) e o desmonte progressivo da consciência jovem, com a drogadição programada, e a intencional deliberada dos sistemas educacionais em todo o mundo ocidental.
Em 1970, no Brasil, impôs-se um modelo de alfabetização de cunho fonético, que formou o mais extenso plantel de tiriricas escolarizados que se conheceu.Também foram retiradas matérias importantes dos currículos oficiais,como História, Filosofia, Latim, Geografia, reduzidas a um mínimo referencial, e cortadas partes e trechos problemáticos.
Isso redundou em que os textos de muitos cidadãos com menos de 50 anos apresentam erros assombrosos de ortografia, redação e sintaxe, e que seu conhecimento da trajetória humana no mundo – a nível social, político e até econômico – seja muito discutível, mesmo entre bacharéis e licenciados.Entraram nessa vala comum, escolas públicas e privadas.
E se há uma pré-escola deficiente, um Ensino Fundamental extremamente ruim, como é que se pretende que II e III Graus sejam melhores? Os alunos não têm base, não aprenderam noções básicas, não sabem estudar e pesquisar por conta própria, foram educados pela Xuxa em sua primeira infância, e agora escrevem no estilo Bill Gates – msn.
Por outro lado, nesses 40 anos, formou-se mais de uma geração de professores dentro do sistema. Como esperar que eles obrem milagres?
E enquanto não se fizer uma faxina em TODO O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO, revirando e desmontando os facinorosos Conselhos de Educação que existem nos vários níveis, não haverá solução.
A escola hoje é antro de corrupção, bullying (violência ritual), sexo promíscuo, desrespeito, droga, tiroteios, estupros, assassinatos, roubos, agressões a professores… tanto na área pública como na privada. Os professores não têm mais direitos, não podem exigir respeito e disciplina, ou sequer bom desempenho escolar dos alunos – são eles os castigados, porque é proibido inibir os excessos dos menores, já que isso “afeta sua auto-estima” na ótica do “politicamente correto”.
Olha, outra coisa necessária, é acabar com essa obsessão bacharelesca. Qualquer dia se exige diploma de III Grau para a lavagem de carros, e quem não tem, estará condenado à mendicância.
O Ensino Fundamental deveria ser competente o bastante para preparar o jovem para a vida adulta, tanto a nível laboral como a nível de cidadania.
Os estudos superiores deveriam ser encarados como uma especificidade de algumas profissões que exigem conhecimentos aprofundados das matérias, ou como extensão cultural de qualquer pessoa (seria a universidade aberta.Nunca deveria servir como trampolim de ascensão social. Isso contribui para a mercantilização do ensino, e a proliferação de cursos e faculdades inúteis, que só servem para reservar mercado de trabalho para os filhos da classe média, e perpetuam a desigualdade entre o trabalho manual/braçal, e o trabalho com diploma.
Quanto ao ENEM equivale a band-aid em câncer.
Também não há porque dramatizar o caso das provas, quando, anualmente, em quase todos os vestibulares de quase todas as escolas acontecem fatos parecidos. O furo é mais embaixo.
Tania Jamardo Faillace
jornalista e escritora de Porto Alegre – RS
Comentário por Tania Jamardo Faillace — 14/11/2010 @ 5:54 am |
Baita texto Crestani. Depois das mayaras, os palhaços da vez. A RBS cria uma nova modalidade de comédia, depois da farsa: a trapaça.
Eugênio
Comentário por Eugênio — 13/11/2010 @ 11:46 pm |