Ficha Corrida

04/02/2013

Esse cara quer ser presidente, então a Folha deu este espaço

E fica claro, desde já, que Petrobrás não serve. Bom mesmo é Petrobrax, se na mão dos EUA, melhor! Eis um legítimo vira-lata lambido pelos vira-bosta! E é tão contraditório que até o assunto dá voltas em seu cérebro. Reclama porque a Petrobrás subiu o preço dos combustíveis, e reclama porque não subiu antes, o que teria levado a uma alta desvalorização.

AÉCIO NEVES

Ladeira abaixo

Além do aumento do preço da gasolina, anunciado pelo governo federal, a Petrobras voltou a entrar em evidência, semana passada, ao perder o posto de maior empresa da América Latina.

O jornal "Financial Times", um dos mais respeitados

no mundo na área financeira, colocou a colombiana Ecopetrol no topo do ranking das empresas de maior valor de mercado. As ações da Petrobras perderam 45% do valor ao longo dos últimos três anos, de acordo com a publicação britânica.

No decorrer de 2012, com perplexidade, o Brasil foi tomando conhecimento da existência das graves dificuldades na gestão da estatal, com aumento das importações, problemas de caixa, desvalorização de seus papéis no mercado, dentre outros. Houve uma troca brusca no comando da empresa, para tentar colocá-la nos trilhos novamente.

Há um estudo recente que traz uma síntese digna de nota sobre os males capazes de corroer a vida de uma companhia pública. Intitulado "Gestão Estatal: Despolitização e Meritocracia", o trabalho foi realizado pelo Instituto Acende Brasil para o setor elétrico, mas suas conclusões são válidas para a Petrobras e outras estatais mal gerenciadas, de uma maneira geral.

Dentre os entraves descritos na literatura econômica tratados no estudo, destaca-se a administração inepta: os dirigentes são nomeados pela sua lealdade aos governantes, desconsiderando-se as qualificações requeridas para o cargo.

As empresas sofrem também com o uso político que se faz delas. A falta de disciplina orçamentária pesa muito. Por terem como acionista majoritário o governo, muitas estatais vivem na expectativa de que eventuais deficits serão necessariamente cobertos por aportes oficiais. O processo decisório burocrático, típico da má administração pública, acaba sendo a cultura dominante, prejudicando a agilidade necessária.

O estudo cita uma estratégia para se bloquear o uso político das estatais, com uma "blindagem" contra as pressões externas. São medidas como recrutamento profissional e competitivo de diretores, uso de indicadores e metas, transparência nos resultados, prestação periódica de contas e aplicação de incentivos e penalidades por desempenho.

O governo federal está na contramão desses preceitos que poderiam oxigenar -e muito- a economia brasileira. De um lado, ocuparam-se as estatais existentes como se patrimônio do PT fossem. De outro, aumenta-se o número delas -levantamento divulgado ano passado mostra que o PT criou mais estatais que todos os governos pós-militares.

Parafraseando um dilema de outrora, a saúva do aparelhamento partidário pode acabar com o Brasil.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras neste espaço.

2 Comentários »

  1. […] vira-latas basta ler o artigo do candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, nesta segunda, aqui, na Folha. Igual aos Bourbons, Aécio abre o texto citando a bíblia dos larápios financeiros: […]

    Pingback por https://fichacorrida.wordpress.com/ « " F I N I T U D E " — 04/02/2013 @ 12:20 pm | Responder

  2. […] dos vira-latas basta ler o artigo do candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, nesta segunda, aqui, na Folha. Igual aos Bourbons, Aécio abre o texto citando a bíblia dos larápios financeiros: […]

    Pingback por Ricúpero se recupera « Ficha Corrida — 04/02/2013 @ 8:16 am | Responder


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