Ficha Corrida

16/03/2013

Ninguém compra o que é seu!

Filed under: ARENA,Futebol,Grêmio,OAS — Gilmar Crestani @ 9:59 am
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Mas vende o que não é. Como fez Odono do Grêmio… Engraçado é ver Pedro (des)Ernesto Denardin defender, em nome da RBS, a OAS. “O Grêmio não precisa comprar a Arena porque é dela”, bradava seu Ernesto. Como diria Brizola, ah! os interé$$es… O contrato de compra e venda estabelece que o Grêmio tem de pagar a OAS todas vez que clube, como mandante, jogar em outro lugar, como no Olímpico. Parecem os contratos da era FHC, vendendo o que era público, emprestando dinheiro público (BNDES) à iniciativa privada, e proibindo as Agências Reguladoras de… regularem.

Se a ARENA não é do Grêmio, o que aquele “do” está fazendo ali no meio da placa do nome?! Em todo caso, é sintomático o nome do local: “ARENA do GRÊMIO”. Este “do” parece meio envergonhado, espremido entre um casal em litígio de separação, como filho enjeitado… Como pais envergonhados, resolveram depositar o filho da relação num arrabalde, fora da civilização. Será o Humaitá uma sucursal da FEBEM!? Ou será só uma FASE?!

E não é que descobriram só agora que o Grêmio foi convidado para entrar na Arena apenas para ser comido pelo leão!

Impasse na Arena: OAS diz que não venderá estádio, Grêmio busca alternativas

Inaugurada no final do ano passado, Arena está dando mais manchetes fora do que dentro de campo | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Da Redação

Ainda não há acordo entre Grêmio e OAS sobre o que será feito do contrato envolvendo a Arena — e, a julgar pelos últimos acontecimentos, qualquer aperto de mãos ainda está longe de acontecer. O Grêmio busca mecanismos para fechar um potencial rombo financeiro, causado pelo comprometimento das rendas do quadro social — mas a OAS deixa claro não ter nenhum interesse em repassar ao Grêmio sua parte no empreendimento, a partir de uma opção contratual de compra que ganhou vulto na última semana.

Leia mais: Para evitar crise financeira, Grêmio pede à OAS revisão do contrato da Arena

O Grêmio está especialmente preocupado com a gestão de recursos envolvendo os sócios do clube. No momento, o Grêmio aluga parte da área destinada aos associados, em um valor que chega aos R$ 42 milhões ao ano e compromete quase a totalidade do valor arrecadado pelo clube a partir de seu quadro social. Para diminuir esse rombo, o clube tenta renegociar esse aluguel, o que pode passar por um aumento do tempo de parceria com a OAS — o que diminuiria, em teoria, o valor mensal do aluguel — ou, como vem sendo ventilado, a compra por parte do Grêmio da parte pertencente à construtora.

“Essa especulação surgiu apenas na mídia”, afirma Carlos Eduardo Barreto, diretor da OAS/Arenas, praticamente descartando qualquer negociação nesse sentido. “Não achamos que caiba tratar de questões relativas ao investimento feito para viabilizar a obra”, acentuou, acrescentando que não houve discussão sobre redução do aluguel na reunião com o Grêmio ocorrida na quinta-feira (14). Segundo ele, é preciso respeitar as condições originais do contrato, uma vez que a OAS contraiu obrigações com parceiros comerciais e bancos que financiaram o empreendimento.

Adalberto Preis, que representou o Grêmio na reunião, preferiu adotar um tom otimista, mas cauteloso. Embora diga que acredita em uma solução “bastante próxima”, preferiu não entrar em detalhes sobre os rumos da negociação. “Ambas as partes buscam uma solução equilibrada. O Grêmio não pode ter prejuízo nenhum. O equilíbrio orçamentário é importante para que o Grêmio possa ter um time vencedor, o que é fundamental para o sucesso da própria Arena”, ressaltou Preis, que disse ter saído “muito satisfeito” da reunião.

Um elemento que pode ajudar (ou dificultar) em um eventual acordo envolve as partidas do Campeonato Gaúcho disputadas no Olímpico no começo deste ano, quando já havia sido concluída a migração de sócios e a previsão era de jogos apenas na Arena do Grêmio. Como a solicitação para mudança de estádio nessas partidas foi feita pela Arena Porto-Alegrense, empresa responsável pela gestão do estádio, o Grêmio acredita que o valor a ser pago pelo Grêmio (ainda não quitado pelo clube) pode — ou deve — ser diminuído.

“Há muita reclamação de sócios (que não puderam ver jogos na Arena)”, acentua Adalberto Preis. “Nem Grêmio nem OAS sabem qual o valor a ser pago. O Grêmio tem consciência de que precisa pagar, pois disputamos três jogos na Arena até aqui. Mas não há um montante fixo definido. Penso que é possível que paguemos menos (do que o valor originalmente previsto)”.

Com informações de Correio do Povo, Jornal do Comércio e Zero Hora

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