Ficha Corrida

21/08/2014

Partido de aluguel

Filed under: Agrotóxicos,Beto Albuquerque,Marina Silva,PS(d)B,REDE — Gilmar Crestani @ 10:01 am
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Marina de TroiaO condomínio está em polvorosa.

Por enquanto, balança mas ainda não cai.

A ambientalista da Natura & Itaú celebra casamento de conveniência com o representante do agronegócio que tem rima rica com agrotóxico. Hospedada no recém alugado PS(d)B, ve-se, pela Folha, que nem todos estão dispostos a fazer cafuné enquanto Marina embala seus sonhos na Rede estendida na nova varanda …

A dúvida é se no mundo sonhático da Marina a companhia de Jorge Bornhausen e Roberto Freire é pesadelo ou o novo na política.

PSB e Rede disputam comando da campanha

Partido oficializou ontem em Brasília chapa com Marina e Beto Albuquerque

Apesar de pressão, candidata diz que se ‘preservará’ e não subirá em palanques de Alckmin e Lindbergh

MARINA DIASENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIANATUZA NERYRANIER BRAGONDE BRASÍLIA

O lançamento oficial da candidatura de Marina Silva à Presidência pelo PSB nesta quarta-feira (20) foi marcado por uma tensa disputa pelo controle da campanha.

Sete dias após o acidente aéreo que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o partido aprovou por aclamação a chapa composta pela ex-senadora e pelo deputado federal gaúcho Beto Albuquerque, que assumiu o posto de vice, antes ocupado por Marina.

Apesar da aparente harmonia, PSB e Rede –grupo político liderado pela ex-senadora– se desentenderam sobre os postos estratégicos da campanha durante uma reunião de seis horas realizada pouco antes do anúncio da chapa, em Brasília.

A candidata marcou posição ao colocar dois homens de sua extrema confiança no comando do comitê.

O ex-deputado Walter Feldman foi escalado para a coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira, primeiro secretário do PSB. Já Bazileu Margarido, que ocupava o posto que agora é de Feldman, foi nomeado para o comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto.

Integrantes do PSB afirmaram à Folha que Marina "demitiu" Siqueira, que era um dos dirigentes mais próximos a Campos. Aliados de Marina, porém, dizem que houve um mal-entendido e que Feldman foi designado para trabalhar em dupla, ajudando Siqueira na sua função.

"É muito importante que ele [Siqueira] continue. Estamos tentando demovê-lo dessa ideia de sair da campanha", disse Feldman.

Siqueira, no entanto, estava irredutível, segundo aliados, e deixou a reunião dizendo que "não pisaria mais" no comitê. Procurado pela Folha, ele negou o atrito.

DOADORES INDESEJÁVEIS

Divergências sobre possíveis fontes de recursos para a campanha também foram levantadas na longa reunião. Marina escalou Bazileu para controlar as contas e garantir que a chapa não receba dinheiro dos setores industriais de tabaco, agrotóxicos, armas e bebidas alcoólicas.

SEM APOIO A PSDB E PT

Em sua primeira manifestação como candidata, Marina disse que honrará os compromissos assumidos por Campos, mas sustentou que não apoiará acordos estaduais que já vinha criticando publicamente.

"Sob a liderança de Eduardo, conseguimos 14 Estados com candidaturas em que Rede e PSB estão de acordo. Foi decidido que […] o PSB tinha o direito de ter essas alianças e que eu seria preservada de ter que apoiá-las", afirmou.

Após fracassar na tentativa de criação de seu partido, a ex-senadora e outros integrantes da Rede aderiram ao PSB em outubro, mas foram contrários a alianças feitas pelo partido em Estados como São Paulo –onde está coligado com o tucano Geraldo Alckmin– e no Rio –onde apoia o petista Lindberg Farias. Marina defendia nomes novos, que representassem uma alternativa à polarização entre PT e PSDB.

O PSB escalou Beto Albuquerque para representar a nova chapa nesses Estados.

Atendendo a uma pressão do PSB, a candidata afirmou ainda que considera sua participação na legenda "tão importante" quanto a tarefa de criar seu próprio partido.

O primeiro ato público da candidata será uma caminhada no Recife, no sábado (23).

Nesta quinta (21), o PSB reúne em Brasília os cinco partidos nanicos aliados, PPS, PPL, PHS, PRP e PSL. Parte deles ameaça deixar a coligação sob o argumento de que não terem participado das decisões sobre a chapa.

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