Ficha Corrida

20/08/2014

Qual a diferença entre ignorância e má educação?

Dilma Bonner

O que espantou não foi a grosseria, a má educação. Espanta é a ignorância do leitor de teleprompter.

William Bonner deve ter pensado que se comportando como uma hiena faminta o telespectador converte-lo-ia de leitor de notícias em jornalista. Pior, é não saber nada de história e muito menos a respeito da entrevistada.

Então alguém que aos vinte e poucos anos enfrentou tortura no pau-de-arara, de bico calado, iria se atemorizar diante de um fedelho subindo nas tamancas sem qualquer laivo de preparo para o debate?!

O moleque de recados da Rede Globo sequer deve visto aquela foto em que aparece Dilma, de cara limpa, enfrentando um julgamento presido por gorilas que tapam a cara de vergonha do próprio simulacro que armaram?!

Se tudo isso não bastasse, a atitude estudada de Bonner também pressupunha telespectadores do tipo Hommer Simpson.

Acontece que o magarefe escolheu a hora errada de meter os pés pelas mãos. Todo o mundo político, inclusive jornalistas de outras emissoras, estava de olhos postos na entrevista. Não eram só a manada à espera do fim das caras e bocas da dupla de leitores que antecedem a entrada da novela.

Deu com burros n’água.

Este é o exemplo pronto e acabado de como a velha mídia perde uma oportunidade protestar pela sua importância no mercado da informação para se transformar em um palanque mal disfarçado de torcida organizada pela turma do Bangu I.

Se ignorar a respeito de Dilma demostra despreparo, por outro, o despreparo travestido de impertinência se resolveu em má educação.

Por falar nisso, quando o William Bonner vai tratar, com a mesma truculência, da sonegação milionária dos trilhardários patrões?!

Quando a liberdade de expressão mostrou sua cara ao Brasil

Enviado por SergioMedeirosR qua, 20/08/2014 – 12:30

Por Sergio Medeiros

A forma agressiva com que William Bonner e Patrícia Poeta trataram a Presidente Dilma Roussef, em sua entrevista no Jornal Nacional da Rede Globo, em contraposição a postura serena e desafiadora da entrevistada, ao final, teve efeito contrário ao esperado pelo referidos inquisidores.

Explico.

A polêmica que se criou, em face da flagrante parcialidade e agressividade que nortearam a entrevista, por parte dos apresentadores, se disseminou nas redes sociais e no restante da mídia, acarretando defesas e ataques conforme a opção eleitoral dos internautas e mercê de outras manifestações de conteúdo estritamente crítico.

Mas, abstraída a questão em si – o que nada tem a ver com a análise do mérito de tal fato – restou como subproduto desta disputa, a enorme publicidade dada aos pronunciamentos políticos, a serem futuramente concretizados,  e isso, justamente na inauguração do horário politico eleitoral gratuito.

Pois bem, em razão da qualidade e do tempo disponível pelo Partido dos Trabalhadores e pela Presidente Dilma Roussef, para realizarem sua defesa e exporem o contraditório,  tal contexto teve o condão de possibilitar uma exploração didática do ocorrido, resultando em algo extremamente benéfico para a campanha da referida candidata e, o mais importante, para a efetivação da democracia.

Tal situação emblemática de ataque patrocinado pela Globo contra a candidata Dilma Roussef e seu partido, funcionou como chamada para que as pessoas assistissem o programa eleitoral do PT, oportunidade na qual este deu um banho de competência na exploração de suas realizações enquanto governo, em claro contraste com as afirmações do jornal e de seus apresentadores.

O erro, primário, deu-se pelo simples hábito da referida emissora, de nunca ceder contraponto ao Partido dos Trabalhadores, apesar de sistematicamente acusa-lo, o que resta provado, em termos mais amplos, na análise realizada por pesquisadores da UFRJ, que revela que 93% do noticiário é dirigido contra o governo e somente7% é favorável (http://www.manchetometro.com.br/).

Acostumados com tal procedimento, a cúpula do jornalismo não teve o cuidado de verificar que, desta vez, excepcionalmente, e, a despeito de sua vontade, haveria oportunidade de réplica, tréplica e mais, haveria a possibilidade de se realizar  toda uma exposição dos fatos e das matérias abordadas, sob a ótica das pessoas e partido atacados – no caso, no espaço destinado a propaganda eleitoral gratuita.

E quão importante é tal fato, que, até mesmo frente a uma tentativa espúria de atacar a candidata e o governo do Partido dos Trabalhadores, bastou a simples disponibilização de um instrumento fundamental para a democracia , ou seja, um pouco de liberdade de expressão, para neutralizar tal ataque, ou seja, através da possibilidade de acesso, via meios de comunicação de massa, para a parte atingida poder exercer o direito de defesa e o contraditório perante a população brasileira.

Este episódio escancara a diferença do que ocorre na chamada grande mídia, em que a liberdade entendida como manifestação livre plural sem amarras e com paridade, é feita refém pelos donos das concessões públicas dos veículos de comunicação de massa.

Em termos concretos:

É justamente esta a liberdade que é sonegada pelos meios de comunicação.

É justamente esta a liberdade que é objeto de luta e pela qual milhões de pessoas morreram

É justamente esta a  liberdade que é sinônimo de igualdade e clareza

É justamente esta a liberdade que é a base da dignidade da pessoa humana

É justamente esta a LIBERDADE que se chama DEMOCRACIA.

Quando a liberdade de expressão mostrou sua cara ao Brasil | GGN

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