Ficha Corrida

14/07/2015

Gilmar Mendes & Eduardo CUnha, a vanguarda do atraso

Filed under: Eduardo Cunha,Gilmar Mendes,Golpe Paraguaio,Golpismo,Golpistas — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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eduardo cunha gilmar mendesO traço mais comum do Brasil atual é que a direita perdeu totalmente o pudor golpista. Assume aberta e escancaradamente o golpe como trampolim para chegar ao poder.  O que prova que o mantra da corrupção é apenas pretexto dos que não têm votos. Ainda ontem ouvi na CIA Athletica do BarraShoppingSul de Porto Alegre um senhor falando, contra Dilma e o PT, que nos anos 90 se andava pelo país com muito mais tranquilidade. Os aeroportos funcionavam sem a presença desta turba atual. Disse que a única saída para os jovens atuais é o aeroporto, e isto ficou mais fácil porque hoje “todo mundo fala inglês”.

Como se pode ver, o que deixa a elite irritada é que a massa cheirosa perdeu a exclusividade de ir à Miami. Agora, como dizem os colunistas sociais, qualquer “pé de chinelo pode ir”. Antes, um remediado quando conseguisse chegar à Europa se tornava o membro mais importante não só da família, mas da comunidade. Passava os dias se vangloriando. Hoje, como contar vantagem se até filhos de pedreiros e de colonos vão? Como todo mundo pode ir, o mundo piorou.

O discurso do senhor na academia não difere nem nas vírgulas em relação ao que proferiu o então funcionário da RBS, Luis Carlos Prates: “Hoje, por culpa do Lula, todo mundo pode ter um carro”. Como quem diz, que saudades de quando só pessoas de Benz podiam ter carro! Ou então como escreveu na Folha certa feita a colunista daquele jornal, Danusa Leão: “Ir a Nova York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?”. Essa é a mentalidade tacanha de uma elite que se movimenta de acordo com as orientações dos grupos mafiomidiáticos. E como não têm votos para mudar o estado de coisas atual, procuram o atalho do golpismo.

Na entrevista da Presidenta Argentina, Cristina Kirchner, que disponibilizei aqui ontem, ela fala de alguns sucessos alcançados por ela e seu marido que dá inveja, porque foram exatamente as duas principais falhas de Lula e Dilma. A Argentina conseguiu julgar e prender quase mil agentes da ditadura. Para isso, tiveram de construir na sociedade a necessidade do julgamento. E como fazer isso se os meios de comunicação, que participaram da ditadura, são contra? Ora, propondo uma Ley de Médios, que democratize os meios de comunicação. No Brasil não houve nem punição aos agentes da Ditadura, graças a um Poder Judiciário à moda Gilmar Mendes, que está sempre em compadrio com os assoCIAdos do Instituto Millenium, que também foram partícipes da ditadura.

A falta de enfrentamento político para colocar a direita no seu devido lugar ensejou o surgimento e o crescimento destes varões da plutocracia golpista: Eduardo CUnha & Gilmar Mendes.

Cunha discute impeachment com ministro do Supremo

Encontro do presidente da Câmara com Gilmar Mendes ocorreu na quinta (9)

Peemedebista negou ter falado sobre o assunto; Mendes confirmou, mas disse que o tema foi tratado de forma lateral

MARINA DIASNATUZA NERYDE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), dirigente da segunda maior central sindical do país, para avaliar, entre outros temas, cenários da atual crise política, incluindo um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O encontro, um café da manhã na residência oficial da Presidência da Câmara, se deu na última quinta-feira (9).

Segundo a Folha apurou, o agravamento da crise foi discutido em detalhes. Os presentes fizeram uma primeira avaliação do cenário no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde a chapa de Dilma é investigada por suposto abuso de poder e financiamento irregular de campanha.

Chegaram à conclusão de que um pedido de cassação dificilmente será aprovado no tribunal, cuja corte está dividida sobre o tema.

No encontro também foi feito um diagnóstico sobre as dificuldades de abertura de um processo de impedimento na Câmara contra Dilma. A Constituição exige 342 votos a favor para que um pedido do gênero seja aberto.

Diante disso, Paulinho da Força afirmou, conforme relatos, que um processo de impedimento da presidente só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

Um arranjo desses, segundo os desenhos projetados, resultaria em um "parlamentarismo branco" a partir de um eventual impeachment: Temer compartilharia o poder com os presidentes da Câmara e do Senado e governaria em uma espécie de triunvirato até as eleições de 2018.

Um parlamentar disse à reportagem que o clima político para isso só estará "mais maduro" depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) julgar as contas de 2014 do governo. A tendência é que a corte as reprove, o que abriria caminho para o Congresso analisar o caso.

O julgamento no TCU estava previsto para a próxima semana, mas a análise foi adiada para agosto.

Sob condição de anonimato, um parlamentar afirmou à Folha ter feito parte de um movimento para pressionar o TCU pelo adiamento. Assim, quando as contas forem julgadas, o Congresso já estará na ativa –o recesso parlamentar vai de 18 a 31 de julho.

DIVISÃO

Procurado, o peemedebista negou ter tratado do assunto. Já Mendes, hoje presidente interino do TSE, confirmou que as condições de permanência de Dilma no cargo foram discutidas –porém, diz ele, de forma lateral.

"O tema central da conversa foi o Código de Processo Civil, mas esses assuntos correram. Ele [Cunha] falou dos problemas de impeachment, esses cenários todos", afirmou o ministro.

INTIMIDADE

Mendes também disse que a divisão do plenário do TSE sobre o tema entrou na pauta. "O que tenho dito é que é preciso ter provas quanto ao abuso de poder econômico e político. Havendo provas, muito provavelmente se chega a uma votação de expressão", explicou.

"É possível que se tenha falado da contagem de votos, coisa do tipo. É possível que eu tenha dito que, dependendo das provas do processo, pode até ter unanimidade". "Caso haja provas substanciais, minha expectativa é que haja unanimidade, mas não disse que só se poderia cassar por unanimidade", concluiu o ministro.

Já o presidente da Câmara deu versão distinta: "Eu não tenho intimidade com ele [Gilmar] para tratar de um assunto assim. A frase do Paulinho foi a seguinte: se, com 513 [deputados na Câmara], as pessoas ficam na dúvida, imagine com sete [ministros do TSE]", disse Cunha à Folha.

"Tratamos do Código de Processo Civil. Longe de ter passado essa conversa comigo", afirmou.

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