Ficha Corrida

11/04/2015

Terceirização, na prática

terceirizaçãoUm exemplo bem didático para se explicar a terceirização aconteceu esta semana.

Trabalhadores sindicalizados terceirizaram sua representatividade, mediante mensalidade, à Força Sindical. A Força Sindical terceirizou sua representação no Congresso ao Paulinho, do Solidariedade. O terceirizado sindical terceirizou a um funcionário seu, cujo salário é terceirizado aos cofres públicos, para apresentar sua primeira inciativa legislativa depois de muitos anos de parlamento: soltar ratos no Congresso. Conclusão, os trabalhadores filiados ao Força Sindical terceirizaram sua representação no Congresso Nacional a ratos. Faz todo sentido: quem se relaciona com ratos, ratos serão seus representantes.

Os inimigos dos trabalhadores estão nus. Os ratos roeram suas fantasias.

Para resumir o que significa a Força Sindical basta dizer que foi criada por Collor de Mello, para servir-lhe de base de sustentação em oposição à CUT. Seus finanCIAdores todos sabem quem são.

Roendo o pão que o Paulinho amassou, os filiados ao Força Sindical é que se chama de uma grande massa de manobra. Pior, dão mostras de sofrerem da Síndrome de Estocolmo. Como pode apoiarem um Sindicado que luta pela precarização das relações de trabalho, transferindo ao patrão direitos a duras penas conquistadas na democratização. Mesmo nos setores mais conservadores da classe média há um desconforto com a proposta levada a cabo por Eduardo Cunha. Fica ainda mais gritante o acinte quando se sabe que a mulher de Eduardo Cunha entrou contra a Rede Globo, de quem era funcionária, pelo fato de ter sido constrangida a se tornar pessoa jurídica para trabalhar como prestadora de serviço à Globo. Aliás, o que era uma prática dos grupos mafiomidiáticos tornou-se lei para a sociedade. Tomou-se um mau exemplo, uma prática ilegal, que a Justiça do Trabalho vinha reiteradamente condenando, em lei.

O que assunta, mais até do que a precarização das relações de trabalho, que devolve o Brasil ao período pré-república, é o fato de que isso só foi possível graças ao apoio, não do PSDB, DEM, SDD, mas do PTB e PDT. Estes dois últimos, se tivessem vergonha na cara tirariam o “T” da sigla. Trabalhador que ainda vota no PDT e no PTB bem que merece este pontapé na bunda. Quem não se valoriza, merece que seja tratado  com desprezo. Se tendo vencido Dilma, o Congresso ainda consegue impor uma derrota deste tamanho, imagine se Aécio tivesse ganho. Ao invés de Bolsa Família, o Congresso teria capacidade para aprovar até bolsa pó. O PSDB demonstrou, ao votar em peso pela terceirização, o quanto tem de respeito pelas relações de trabalho. Assim como terceiriza à imprensa a defesa de suas ideias, também terceiriza a responsabilidade social aos seus finanCIAdores ideológicos.

O que tudo isto prova é que a nossa sociedade, seja por ignorância seja por má fé, é muito conservadora.

Se está ruim com Dilma, imagine com Aécio Neves, onde o despudor seria a medida de todas as coisas. Construir aeroporto nas terras do Tio Quedo ou sumir com helipóptero com 450 kg de cocaína passaria a ser coisa de amador. Ele faria pó do Brasil, para consumo próprio.

08/09/2013

Mais Médicos, menos sepulcros Caiados

Filed under: Mais Médicos,Ronaldo Caiado — Gilmar Crestani @ 9:20 am
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Este tipo de parceria deveria provocar alguma reflexão dos médicos que estão contra o programa Mais Médicos, que destina médicos estrangeiros ao locais onde não há médicos e os brasileiros não querem ir. Mas esperar o que de profissionais que são pautados pela Veja? A reunião da Veja, Caiado e Médicos Racistas só fizeram impulsionar a popularidade da Dilma e sela o acerto de suas medidas.

Os escravos do ruralista Caiado

Por Altamiro Borges
Nesta semana, o deputado Ronaldo Caiado, líder do DEM na Câmara Federal, criou o “Movimento Mais Médicos Livres”. O intento, segundo o ruralista goiano que adora os holofotes da mídia, seria o de defender os profissionais cubanos que chegaram ao Brasil pelo programa “Mais Médicos” do governo Dilma. A iniciativa patética logo gerou reações hilárias nas redes sociais. Afinal, o demo foi fundador e presidente da União Democrática Ruralista (UDR), a nefasta entidade que reúne alguns dos principais escravocratas do Brasil, acusados por formação de milícias armadas e assassinatos de centenas de camponeses.
Segundo Ronaldo Caiado, o seu midiático movimento teria como objetivo dar “suporte jurídico e político” aos médicos cubanos que desejarem pedir asilo no Brasil. “Ele oferecerá atendimento em Brasília e nos Estados. De resto, promoverá dois gestos. Num, pedirá ajuda à CNBB e à OAB. Noutro, ele tentará obter autorização da Câmara para enviar uma missão de deputados a Genebra, onde estão sediadas a OIT e a OMS”, relata acriticamente o blogueiro Josias de Souza, da Folha, o mesmo que ganhou notoriedade por usar recursos do Incra no reinado de FHC para atacar o MST.
A iniciativa do líder escravocrata, bajulada pelo blogueiro da Folha, não durou muito tempo. Vários internautas logo lembraram que Ronaldo Caiado votou recentemente contra a Proposta de Emenda Constitucional contra o trabalho escravo no Brasil. Como apontou Fernando Brito, do imperdível blog Tijolaço, é “curioso o pensamento (?) do senhor Caiado. Quando se tratou de votar a PEC do trabalho escravo, que previa a expropriação de propriedades onde pessoas fossem mantidas em escravidão, ele foi contra… Será que os cubanos vão ficar em pior situação que os 26 trabalhadores resgatados na fazenda de seu primo Enivaldo Caiado, atirados em barracas de lona no chão e aos quais era servida comida imunda e água suja?”.

Altamiro Borges: Os escravos do ruralista Caiado

22/08/2013

Quando é para o Banco of América, RBS chama trabalho escravo de estágio

Filed under: Grupo RBS,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 11:56 am
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Outra imperdível do Grupo Mafiomidiático, RBS. Na defesa de seus financiadores ideológicos, os bancos, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium transformam trabalho escravo em estágio com alga carga de trabalho. E porque não nos surpreendemos com isso? Por que sabemos quem a finanCIA. Simples assim.

Um jovem morre após 72 horas de trabalho ininterrupto e aí precisa de um terapeuta para que se possa constatar que a carga de trabalho é “desumana”. E fica a dúvida se foi por 72 horas de trabalho “desumano” ou por ter morrido… Isso, desumano entre aspas, como sói nestes guampudos. Quando se trata de defender os financiadores ideológicos a filhadaputice não tem fronteira.

Estagiário morre após trabalhar 72 horas sem descanso

Uma terapeuta afirmou que a carga de trabalho submetida aos funcionários jovens que trabalham em bancos é "desumana"

A morte de um estagiário do Bank of America iniciou uma série de debates sobre carga horário e condições de trabalho para jovens. O alemão Moritz Erhardt, que estava fazendo um intercâmbio em Londres, teria sofrido um ataque epilético após trabalhar 72 horas praticamente sem descanso. Segundo a BBC, a polícia ainda não confirmou as causas da morte do estudante.

Mesmo sem a comprovação dos motivos que causaram o ataque, diversas entidades se manifestaram sobre as condições de trabalho submetidas aos funcionários de instituições financeiras. Segundo elas, a "cultura" da carga horária excessiva para estagiários se intensificou após a crise econômica de 2008.

A terapeuta, Nerina Ramlakhan, que atendia funcionários do Bank of America e de outros bancos, afirmou que as reclamações sobre carga horária abusiva aumentaram nos últimos cinco anos. Ao jornal The Independent, ela disse que os estagiários de instituições bancárias estão sendo tratados de forma "desumana",

"Eles ficam cada vez mais frustrados, e acabam não suportando. A morte de Moritz Erhardt é um indicativo disso. Eles trabalham tanto, que chega a ser desumano" afirmou.

Em entrevista à BBC, Chris Roebuck, ex-gerente dos bancos USB e HSBC, disse que a a escassez de vagas no mercado de trabalho fez com que as pessoas mais jovens, como os estudantes, se submetessem com mais facilidade a jornadas mais rígidas.

"O principal problema que temos agora é que estagiários altamente competitivos querem ser vistos, para terem mais sucesso. Contudo, nós sabemos que trabalhar mais de 70 horas semanais é improdutivo", declarou Roebuck para o veículo britânico.

ZERO HORA

    20/08/2011

    A Zarada

    Filed under: Zara — Gilmar Crestani @ 7:10 am
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    goya.shootings-3-5-1808O jornal El País, de quem sou leitor assíduo, faz análises de acontecimentos ao redor do mundo. Tem dedicação especial ao Brasil de Dilma, Venezuela de Chávez e a Cuba dos Castros. Talvez por isso ainda não teve tempo de se debruçar, ou ao seu correspondente no Brasil, Juan Árias, sobre o fenômeno comercial da Zara. Será porque a Zara seja espanhol?!

    A verdade é a seguinte. Se um filho destes escravizados da Zara um dia se mandar para a Espanha e por lá acontecerem manifestações como as londrinas, será que preferirá visitar o Museu do Prado ou levar um Goya embaixo do braço para seu recanto em algum subúrbio? Ou talvez uma tv de plasma, um Nike…

    Multas aplicadas à Zara somam R$ 1 milhão
    (19.08.11)

    A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego aplicou 48 autos de infração trabalhistas à Zara por utilização de mão de obra em condições análogas à escravidão, que somados podem atingir R$ 1 milhão.
    A Zara, no entanto, se recusou a fazer a anotação na carteira de trabalho dos 16 trabalhadores encontrados em oficinas "quarteirizadas" da rede e de pagar diretamente a multa de R$ 140 mil referente à rescisão dos contratos.
    A SRTE aceitou o pedido da Zara para que a empresa AHA – que foi a terceirizada responsável pela contratação das oficinas clandestinas -quitasse essas multas.
    Depois que as 48 autuações forem julgadas, primeiro pela STRE e depois pelo Ministério de Trabalho, a Zara pode ser incluída na lista suja de trabalho escravo do governo. O cadastro, feito pelo Ministério do Trabalho e pela Secretaria de Direitos Humanos, é divulgado duas vezes por ano – a última versão foi publicada no fim de julho.
    As empresas cadastradas não podem obter financiamentos públicos, além de serem excluídas de negócios com outras companhias que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.
    Responsável por trazer a marca Zara para o Brasil, em 1998, o presidente da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, afirmou que o flagrante de trabalho foi um acidente.
    "Conheço muito bem a história do grupo e eles são sérios e responsáveis", afirmou o executivo, que foi presidente da Zara no Brasil durante oito anos. "Eles mantêm milhares de contratos com fornecedores em vários países do mundo. Isso foi um acidente", completou.

    ESPAÇO VITAL – multas-aplicadas-zara-somam-r-1-milhao

    09/03/2011

    Governador do PT premia escravagista

    Filed under: FSP,Isto é PSDB!,PIG — Gilmar Crestani @ 8:43 am
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    Esta seria a manchete se Simão Jatene fosse do PT. Mas, como é do partido do PIG, disfarçam o máximo possível. Como esconder o sol com a peneira. Donde, por vias do raciocínio exposto, a Folha também esconde trabalho escravo.

    Governador Simão Jatene dá cargo a réu por trabalho escravo

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    FELIPE LUCHETE
    DE BELÉM

    Signatário de uma carta contra o trabalho escravo, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), nomeou como secretário estadual um acusado de manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão.

    O processo contra Sidney Rosa, secretário de Projetos Estratégicos do Pará, corre desde 2006 na 2ª Vara da Justiça Federal do Maranhão.

    Secretário do Pará nega acusação e cita decisão do TRT

    Sérgio Lima/Folhapress

    Governador do Pará dá cargo a réu por trabalho escravo

    Governador do Pará dá cargo a réu por trabalho escravo

    Jatene é um dos 12 governadores que assinaram, no ano passado, durante o período eleitoral, um compromisso elaborado pela Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e pela Conatrae –comissão vinculada à Secretaria de Direitos Humanos, do governo federal.

    Na carta, Jatene assume o compromisso de que "será prontamente exonerada qualquer pessoa que ocupe cargo público de confiança sob minha responsabilidade que vier a se beneficiar desse tipo de mão de obra".

    Segundo denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Federal do Maranhão, 41 trabalhadores foram flagrados em "condições absolutamente degradantes de vida" em uma fazenda de Rosa no município de Carutapera (308 km de São Luís).

    A propriedade ficava a 130 km de Paragominas (PA), onde ele era prefeito.

    A fiscalização foi feita em 2003 por fiscais do Ministério do Trabalho e representantes da Polícia Federal.

    De acordo com o Ministério Público, os trabalhadores não recebiam salários porque, antes de chegar à fazenda, haviam assumido dívidas com o "gato" (aliciador de mão de obra) José Pereira da Silva, outro réu no processo.

    A falta de pagamento dos salários e de registro em carteiras de trabalho é uma das justificativas da Procuradoria para classificar a situação como análoga à escravidão.

    O órgão também argumenta que os alojamentos da propriedade eram precários, sem banheiros nem energia elétrica, e que não havia transporte coletivo.

    Folha.com – Poder – Governador Simão Jatene dá cargo a réu por trabalho escravo – 06/03/2011

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