Ficha Corrida

18/02/2014

Riocentro: para a Folha, ditabranda!

Filed under: Ditabranda,Ditador João Baptista Figueiredo,Ditadura,Riocentro — Gilmar Crestani @ 7:27 am
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Sabe porque muita gente ainda continua apoiando a ditadura, porque a mídia tratava assim toda bandidagem praticada pelos gorilas:

A Folha, como não poderia deixar de ser, já que emprestava seus carros para que os agente da ditadura transportassem clandestinamente as vítimas que a ditadura prendia, torturava, estuprava e depois matava. As peruas da Folha davam, fisicamente, o suporte que o jornal dava, intelectualmente. A Rede Globo já admitiu que errou, mas não pediu perdão pelo que fez nem devolveu tudo o que roubou sob o manto da proteção ditatorial. A RBS, que nasceu, cresceu e se expandiu durante a ditadura ainda mais quieta do que gato cagando na chuva. Todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium participaram de uma forma ou de outra na ditadura. E são exatamente eles que agora nos querem dar lição de civilidade, ética e honestidade. O Riocentro foi apenas um dentre muitos crimes da ditadura. Coitadinhos, eles só iam colocar umas bombas na festa de primeiro de maio do trabalhador…

Quem ainda defende a ditadura, para rever seus conceitos, bem que mereceria um cassetete no rabo, desde que enfiado quando a vítima estiver com as mãos presas e uma bola de tênis na boca, para ficar na especialidade dos tempos que defendem!

Procuradoria acusa 6 agentes da ditadura por atentado no Riocentro

Generais Nilton Cerqueira e Newton Cruz estão entre os denunciados pela explosão

Generais Newton Cruz, Nilton Cerqueira e Edson de Sá Rocha estão entre os denunciados pelos procuradores

DO RIO, para a FOLHA

O Ministério Público Federal denunciou seis agentes da ditadura militar por suspeita de participação no atentado do Riocentro, em 1981. Esta é a terceira investigação do caso. Em 33 anos, ninguém foi preso ou condenado.

Os procuradores dizem ter localizado novas provas que justificariam a abertura de uma ação penal. Eles sustentam que os crimes não devem ser considerados prescritos porque ocorreram num contexto de lesa-humanidade.

O atentado foi tramado pela linha-dura para causar pânico em um show que reuniu cerca de 20 mil pessoas no Rio. O plano deu errado, e uma bomba explodiu no colo do sargento Guilherme do Rosário, que morreu no local.

A intenção era culpar grupos de esquerda pelo tumulto e pressionar o regime a abortar a abertura política.

Os generais reformados Nilton Cerqueira e Newton Cruz, o coronel reformado Wilson Machado e o ex-delegado Cláudio Guerra foram denunciados por suspeita de tentativa de homicídio, associação criminosa armada e transporte de explosivo.

O Ministério Público pede que eles sejam condenados a penas de ao menos 36 anos de prisão. Segundo os procuradores, Newton Cruz admitiu em depoimento que soube previamente do atentado: "Ele tinha o dever de intervir, mas não fez nada", disse o procurador Antonio Cabral.

Além dos quatro, foram denunciados ainda o general reformado Edson de Sá Rocha e o major reformado Divany Carvalho Barros. Os seis acusados não foram localizados ontem.

(BERNARDO MELLO FRANCO)

13/08/2011

O terrorismo de estado americano

Filed under: Democracia made in USA,Miguel Urbano Rodrigues — Gilmar Crestani @ 10:56 am
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12 de agosto de 2011 às 14:46

por Miguel Urbano Rodrigues, do Porto, Portugal

A humanidade enfrenta a mais grave crise de civilização da sua história. Ela difere de outras, anteriores, por ser global, afectando a totalidade do planeta. É uma crise política, social, militar, financeira, económica energética, ambiental, cultural.

O homem realizou nos últimos dois séculos conquistas prodigiosas. Se fossem colocadas a serviço da humanidade, permitiriam erradicar da Terra a fome, o analfabetismo, as guerras, abrindo portas a uma era de paz e prosperidade.

Mas não é o que acontece. Uma minoria insignificante controla e consome os recursos naturais existentes e a esmagadora maioria vive na pobreza ou na miséria.

O fim da bipolaridade, após a desagregação da URSS, permitiu aos Estados Unidos adquirir uma superioridade militar, política e económica enorme que passou a usar como instrumento de um projecto de dominação universal. As principais potências da União Europeia, nomeadamente o Reino Unido, a Alemanha e a França tornaram-se cúmplices dessa perigosa política.

O sistema de poder que tem o seu pólo em Washington, incapaz de encontrar solução para a crise do seu modelo, inseparável da desigualdade social, da sobreexploraçao do trabalho e do esgotamento gradual dos mecanismos de acumulação, concebeu e aplica uma estratégia imperial de agressão a povos do chamado Terceiro Mundo.

Em guerras ditas de baixa intensidade, promovidas pelos EUA e seus aliados, morreram nos últimos sessenta anos mais de trinta milhões de pessoas. Algumas particularmente brutais, definidas como «preventivas» visaram o saque dos recursos naturais dos povos agredidos.

Reagan criou a expressão «o império do mal» para designar a URSS no final da guerra-fria. George Bush pai vulgarizou o conceito de «estados canalhas» para satanizar países cujos governos não se submetiam às exigências imperiais. Entre eles incluiu o Irão, a Coreia Popular, a Líbia e Cuba.

Em setembro de 2001, após ao atentados que destruíram o World Trade Center e demoliram uma ala do Pentágono, George W. Bush (o filho) utilizou o choque emocional provocado por esse trágico acontecimento para desenvolver uma estratégia que fez da «luta contra o terrorismo» a primeira prioridade da política estadounidense.

Uma gigantesca campanha mediática foi desencadeada, com o apoio do Congresso, para criar condições favoráveis à implantação da política defendida pela extrema-direita. Segundo Bush e os neocon, «a segurança dos EUA» exigia medidas excepcionais na política internacional e na interna.

Os grandes jornais, as cadeias de televisão, as rádios,  explorando a indignação popular e o medo, apoiaram iniciativas como o Patriot Act que suspendeu direitos e garantias constitucionais, legalizando a prática de crimes e arbitrariedades. A irracionalidade contaminou o mundo intelectual e até em universidades tradicionais professores progressistas foram despedidos e houve proibição de livros de autores celebres.

A campanha adquiriu rapidamente um carácter de caça às bruxas, com perseguições maciças a muçulmanos. Uma vaga de anti-islamismo varreu os EUA, com a cumplicidade dos grandes media. O Congresso legalizou a tortura.

No terreno internacional, o povo do Afeganistão foi a primeira vítima da «cruzada contra o terrorismo». Os EUA, a pretexto de que o governo do mullah Omar não lhe entregava Bin Laden- declarado inimigo numero um de Washington – invadiu, bombardeou e ocupou aquele pais.

Seguiu-se o Iraque após uma campanha de desinformação de âmbito mundial. O Governo de Bagdad foi acusado de acumular armas de extermínio massivo e de ameaçar portanto a segurança dos EUA e da Humanidade. A acusação era falsa, como se provou mais tarde, e os EUA não conseguiram obter o apoio do Conselho de Segurança. Mas, ignorando a posição da ONU, invadiram, vandalizaram e ocuparam o país. Inicialmente contaram somente com o apoio do Reino Unido.

Crimes monstruosos foram cometidos no Afeganistão e no Iraque pelas forças de ocupação. A tortura de prisioneiros no presidio de Abu Ghrabi assumiu proporções de escândalo mundial. Ficou provado que o alto comando do exército e o próprio secretário da Defesa, Donald Rumsfeld autorizaram esses actos de barbárie. Mas a Justiça norte-americana limitou-se a punir com penas leves meia dúzia de torcionários.

Simultaneamente, milhares de civis, acusados de «terroristas» — muitos nunca tinham sequer pegado numa arma — foram levados para a base de Guantanamo, em Cuba, e para cárceres da CIA instalados em países da Europa do Leste.

As Nações Unidas não somente ignoraram essas atrocidades como acabaram dando o seu aval à instalação de governos títeres em Kabul e Bagdad e ao envio para ali de tropas de muitos países. No caso do Afeganistão, a NATO, violando o seu próprio estatuto, participa activamente, com 40 000 soldados, da agressão às populações. Dezenas de milhares de mercenários estão envolvidas nessas guerras.

Em ambos os casos, Washington sustenta que essas guerras preventivas representam uma contribuição dos EUA para a defesa da liberdade, da democracia, dos direitos humanos e da paz e foram inspiradas por princípios e valores éticos universais. O presidente Barack Obama, ao receber o Premio Nobel da Paz em Oslo, defendeu ambas, num discurso farisaico, como serviço prestado à humanidade. Isso no momento em que decidira enviar mais 30 000 soldados para a fogueira afegã.

Os factos são esses. Apresentando-se como líder da luta mundial contra o terrorismo, o sistema de Poder dos EUA faz hoje do terrorismo de Estado um pilar da sua estratégia de dominação.

A criação de um exército permanente em África – o Africom – os bombardeamentos da Somália e do Iémen, a participação na agressão ao povo da Líbia inserem-se nessa politica criminosa de desrespeito pela Carta da ONU.

Mas a ambição de poder absoluto de Washington é insaciável.

O Irão, por não capitular perante as exigências do sistema de Poder hegemonizado pelos EUA, é há anos alvo permanente da hostilidade dos EUA. Washington tem saudades do governo vassalo do Xá Pahlevi e cobiça as enormes reservas de gás e petróleo iranianas.

A campanha de calúnias, apoiada pelos media, repete incansavelmente que o Irão enriquece urânio para produzir armas atómicas, acusação que é gratuita. A Agencia Internacional de Segurança Atómica não conseguiu encontrar qualquer indício de que o país esteja a utilizar as suas instalações nucleares com fins militares. O presidente Ahmanidejah, alias, de acordo com o Brasil e a Turquia, numa demonstração de boa fé, propôs-se a enriquecer o urânio no exterior. Mas essa proposta logo foi recusada por Washington e pelos aliados europeus.

Sobre as armas nucleares de Israel, obviamente, nem uma palavra. Para os EUA, o Estado sionista e neo fascista, responsável por monstruosos crimes contra os povos do Líbano e da Palestina, é uma democracia exemplar e o seu melhor aliado no Médio Oriente.

O agravamento das sanções que visam estrangular economicamente o Irão é acompanhado de declarações provocatórias do Presidente Obama e da secretária de Estado Clinton, segundo as quais «todas as opções continuam em aberto», incluindo a militar. Periodicamente jornais influentes divulgam planos de hipotéticos bombardeamentos do Irão, ou pelos EUA ou por Israel, sem excluir o recurso a armas nucleares tácticas. O objectivo é manter a tensão na guerra não declarada contra um país soberano.

Lamentavelmente, uma parcela importante do povo dos EUA assimila as calúnias anti  iranianas como verdades. A maioria dos estadounidenses desconhece a gravidade e complexidade da crise interna. A recente elevação do teto da divida publica de mais de 14 biliões de dólares para 16 biliões — total superior ao PIB do país– é, porém, reveladora da fragilidade do gigante que impõe ao mundo uma politica de terrorismo de estado.

Entretanto, o discurso oficial, invocando os «pais da Pátria», insiste em apresentar os EUA como o grande defensor da democracia e das liberdades, vocacionado para salvar a humanidade.

Sem o controle pelo grande capital da esmagadora maioria dos meios de comunicação social e dos áudio visuais pelo sistema de poder imperial, a manipulação da informação e a falsificação da História não seriam possíveis. Um instrumento importante nessa politica é a exportação da contra-cultura dos EUA, país — registre-se — onde coexiste com a cultura autêntica.

A televisão, o cinema, a imprensa escrita e, hoje, sobretudo a Internet cumprem um papel fundamental como difusores dessa contra-cultura que nos países industrializados do Ocidente alterou profundamente nos últimos anos a vida quotidiana dos povos e a sua atitude perante a existência.

A construção do homem formatado principia na infância e exige uma ruptura com a utilização tradicional dos tempos livres. O convívio familiar e com os amigos é substituído por ocupações lúdicas frente à TV e ao computador, com prioridade para jogos violentos e filmes que difundem a contra-cultura com prioridade para os que fazem a apologia das Forças Armadas dos EUA.

A contra-cultura actua intensamente no terreno da musica, da canção, das artes plásticas, da sexualidade. A contra música que empolga hoje multidões juvenis é a de estranhas personagens que gritam e gesticulam, exibindo roupas exóticas, berrantes em gigantescos palcos luminosos, numa atmosfera ensurdecedora, em rebeldia abstracta contra o vácuo.

O jornalismo degradou-se. Transmite a imagem de uma falsa objectividade para ocultar que os media ao serviço da engrenagem do poder insistem, com poucas excepções, em justificar as guerras americanas como «cruzada anti-terrorista» em defesa da humanidade porque os EUA, nação predestinada, batalhariam por um mundo de justiça e paz.

É de justiça assinalar que um número crescente de cidadãos americanos denunciam essa estratégia de Poder, exigem o fim das guerras na Ásia e lutam em condições muito difíceis contra a estratégia criminosa do sistema de poder.

Nestes dias em que se multiplicam as ameaças ao Irão, é minha convicção de que a solidariedade actuante com o seu povo se tornou um dever humanista para os intelectuais progressistas.

Visitei o Irão há cinco anos. Percorri o pais de Chiraz ao Mar Cáspio. Escrevi sobre o que vi e senti. Tive a oportunidade de verificar que é falsa e caluniosa a imagem que os governos ocidentais difundem do país e da sua gente. Independentemente da minha discordância de aspectos da política interna iraniana nomeadamente os referentes à situação da mulher — encontrei um povo educado, hospitaleiro, generoso, amante da paz, orgulhoso de uma cultura e uma civilização milenares que contribuíram decisivamente para o progresso da humanidade.

Para mim o Irão encarna muito mais valores eternos da condição humana do que a sociedade norte americana, cada vez mais robotizada.

Porto, Portugal, 10 de Agosto de 2011

Miguel Urbano Rodriguez é escritor e jornalista português. Foi docente de História Contemporânea, deputado à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e membro do Parlamento Português.

Robert Fisk: Obama e o jogo de espelhos no Oriente Médio

Heloisa Villela: Não há limites para a indigência política nos Estados Unidos

No outono, países decadentes recorrem à guerra

Miguel Urbano Rodrigues: O terrorismo de estado americano | Viomundo – O que você não vê na mídia

19/07/2011

A imprensa e a construção do terrorismo no Brasil

Filed under: Democracia made in USA — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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Enviado por luisnassif, ter, 19/07/2011 – 08:51

Por Fernanda Cunha, especial para o Blog *

Contrabando, crime organizado, tráfico, terrorismo. Há muito tais termos norteiam as notícias veiculadas na imprensa nacional e internacional sobre uma das regiões mais peculiares do planeta: a Tríplice Fronteira. Nos últimos tempos a pauta principal ficou mesmo em torno da possível existência de células terroristas abrigadas na região.

Composta pelas cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, Ciudad del Este, no Paraguai e Puerto Iguazu, na Argentina, a região trinacional já foi palco para dezenas de hipóteses. Entre elas, de ser um dos maiores canais de movimento financeiro para grupos radicais islâmicos e possuir bases de treinamento para jovens extremistas. Afinal, quais as verdades ou as invenções por trás de tudo isso?

Ao ser declarada por Bush (filho) a segunda etapa da "guerra contra o terror", após os atentados de 11 de setembro de 2001 o espaço onde vivem cerca de 15 mil árabes – imigrantes e descendentes – entrou na lista negra do governo estadunidense. Inaugurada aquela que muitos chamariam de a "nova era na segurança mundial", a mídia também deu início a uma campanha em busca do terrorista escondido na fronteira latino-americana. Assim, como se não bastassem todos os estigmas já enfrentados por este lugar, mais um rótulo era criado.

Recentemente a revista Veja e a editora Abril, foram condenadas pela publicação de uma reportagem chamada "A rede do terror no Brasil", de 6 de abril deste ano. A ação movida por 16 organizações islâmicas pede direito de resposta pela reportagem tendenciosa. Até onde se sabe, Veja já entrou com recurso contra a decisão. Na reportagem, a revista expos novamente a figura do homem que ficou conhecido pela acusação de responsável pelo envio de milhões de dólares para financiamento das atividades terroristas de extremistas islâmicos e uma série de outros crimes jamais comprovados.

Assaad Ahmad Barakat tornou-se o símbolo do terror na fronteira, o verdadeiro representante do Osama Bin Laden neste lado do mundo e por isso passou seis anos preso no Paraguai – após extraditado pelo Brasil em uma decisão polêmica do Supremo Tribunal Federal. O motivo da condenação: evasão fiscal de 100 mil guaranis, o correspondente a R$ 50 reais. Cumpriu toda a pena e está livre de qualquer acusação jurídica, mesmo assim, voltou a ter seu rosto divulgado na página da Veja como um dos terroristas que "estão entre nós". "Cumpri toda pena que me foi imposta e estou tentando voltar a vida normal aqui em Foz do Iguaçu. De repente abro uma revista e vejo meu rosto novamente estampado como um bandido perigoso". Após liberto, Barakat viveu um ano em Curitiba e voltou à Foz. Mora no Brasil e trabalha em Ciudad del Este, onde reabriu um comércio.

Embora sua "dívida" tenha sido paga perante o Estado, Barakat ainda não está livre da mídia. Seu processo de reconstrução pode ser ainda bastante dolorido e moroso. "Sou comerciante, depois dessa reportagem me sinto inseguro em relação as outras pessoas, não sei como serei visto pelos que entrarem em minha loja". Certamente, esta insegurança não se restringe apenas à Barakat, mas a toda comunidade árabe perante uma pregação ideológica constante, com um patrocinador ansioso e nervoso do outro lado. Quem saberia dizer qual o próximo passo? O clima de incerteza impera na comunidade e não poderia ser diferente com base em tudo o que já sofreram; preconceito, intolerância, casos de xenofobia e muito mais.

Enquanto isso a imprensa vai cumprindo sua função de aparelho reprodutor do sistema dominante e eliminando vidas através de palavras. Dessa maneira, materializaram a necessidade de um terrorista, pariram o que lhes foi encomendado pela hegemonia do poder dominante, trouxeram para nós uma guerra, cujos interesses passam longe de um bom furo de reportagem.

Uma matéria desta como da Veja, mancha ainda mais a imagem de um local já marcado pela violência sutil, daqueles que outrora apontavam a seta do preconceito para os sacoleiros. Esta violência que chamo de sutil é uma das mais aniquiladoras que existem, pois é capaz de roubar identidades, criar mitos e apagar com precisão as possibilidades de construção de uma nova imagem.

Para quem ainda não teve oportunidade de ler nos grande órgãos da imprensa (porque eles não publicam), além de ser considerada uma área geograficamente particular, na Terra das Cataratas vivem cerca de 72 etnias, conviendo do forma harmônica e respeitosa. A diversidade cultural cresce ainda mais agora com a presença da Unila – Universidade Federal da Integração Latino Americana, porém, estes fatores não são importantes para eles – infelizmente.

* Jornalista na Tríplice Fronteira, co-autora do livro Terrorista por Encomenda – O discurso midiático e a geração do homem-símbolo na fronteira (a ser lançado)

A imprensa e a construção do terrorismo no Brasil | Brasilianas.Org

10/04/2011

Democracia made in USA

Filed under: Ditadura,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:37 pm
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Cuba acusa a EE.UU de complicidad con el anticastrista Posada Carriles y encubrimiento de sus actos terroristas

Mauricio Vicent | La Habana 10/04/2011

El Gobierno de Raúl Castro consideró ayer una vergüenza el fallo absolutorio del anticastrista y ex miembro de la CIA Luís Posada Carriles, acusado por La Habana de cometer diversos actos terroristas, incluido el atentado contra una aeronave comercial cubana que costó la vida a 73 personas, y consideró a Estados Unidos "responsable" de un desenlace judicial que considera una "farsa". "El Gobierno de Estados Unidos conoce bien la participación de Posada Carriles en la voladura de la aeronave de Cubana de Aviación sobre Barbados en 1976, la campaña de bombas contra instalaciones turísticas cubanas en 1997 y sus planes para atentar contra la vida de nuestro Comandante en Jefe (Fidel Castro), en Panamá en el año 2000, por lo que fue, incluso, condenado en dicho país", aseguró la Cancillería cubana en un comunicado.

Fue la primera reacción oficial a la reciente absolución de Posada Carriles por un tribunal de El Paso (Texas), que lo consideró inocente de 11 cargos de perjurio, obstrucción a la justicia y fraude inmigratorio. Posada, de 83 años, no estaba acusado por la fiscalía de EE.UU de cargos de terrorismo, pero si de haber mentido a las autoridades estadounidenses sobre su papel en unos atentados con bomba contra instalaciones turísticas de Cuba en 1997, en uno de los cuales falleció un turista italiano. Según el Gobierno cubano, Posada siempre ha estado "bajo la tutela y protección" de EE.UU y su procesamiento por delitos menores de por sí era un "insulto" a los familiares de las víctimas de sus acciones.

Las acusaciones por perjurio y fraude migratorio que afrontó en Texas estuvieron centradas en su entrada ilegal en Estados Unidos en 2005 y no en su responsabilidad en los atentados con bombas contra varios hoteles en La Habana, que Posada admitió en una entrevista con una periodista del New York Times. "Washington tiene en sus manos todas las pruebas de los crímenes de Posada" y si no actúa es porque no quiere, según el régimen castrista.

La Cancillería cubana afirma que "el Gobierno de Estados Unidos es el responsable principal de este desenlace y lo emplaza a que asuma sus obligaciones en la lucha contra el terrorismo, sin hipocresías ni dobles raseros", tras destacar que lo sucedido en El Paso contradice "la política antiterrorista que dice profesar el gobierno de Estados Unidos y que ha provocado, incluso, intervenciones militares en otras naciones". La Habana y Caracas han solicitado la extradición a Venezuela de Posada Carriles, quien se fugo de una cárcel de ese país en 1985 cuando era procesado por la voladura del avión de Barbados. El Gobierno de Venezuela expresó ayer su "indignación" por el fallo y reiteró su reclamación de extradición.

09/04/2011

Proteção terrorista made in USA

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 1:18 pm
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Luis Posada Carriles, absuelto en Texas

Para hacer justicia por atentados que cometió debe ser extraditado, afirma el abogado José Pertierra

David Brooks

Corresponsal

Periódico La Jornada
Sábado 9 de abril de 2011, p. 36

Nueva York, 8 de abril. Luis Posada Carriles, ex empleado de la CIA, veterano de la fallida invasión a Cuba, operativo de apoyo a la contra nicaragüense y acusado de ser el autor intelectual de los peores atentados terroristas en el continente americano fue absuelto hoy en un tribunal en El Paso, Texas, pero sólo por cargos relacionados con mentir a autoridades migratorias, y no por el largo historial por el cual aún es buscado por la justicia de Venezuela y otros países.

Después de un juicio que se alargó 13 semanas, y sólo tres horas después de empezar a deliberar, el jurado llegó al veredicto unánime de no culpable en cada uno de los 11 cargos de perjurio, obstrucción de justicia y fraude migratorio.

El veredicto marca el final de un proceso fiscal del gobierno estadunidense contra Posada Carriles iniciado hace cuatro años, cuando fue acusado de ingresar de manera ilegal a Estados Unidos, y ahora todo indica que podrá seguir viviendo tranquilamente en Miami, donde es considerado héroe. Al concluir el juicio salió del tribunal como hombre libre.

Así, la única acción legal pendiente en su contra es la solicitud de extradición de Venezuela para enjuiciarlo por 73 cargos de homicidio calificado, ya que es acusado de ser el autor intelectual del atentado terrorista más grave de América Latina, el bombazo de un vuelo de Cubana de Aviación cometido en 1976.

El Departamento de Justicia indicó que estaba decepcionado por la decisión, según su vocero, Dean Boyd, reportó Reuters. Pero José Pertierra, abogado que representa al gobierno de Venezuela en su esfuerzo por enjuiciar a Posada Carriles, dijo a La Jornada: le sugiero al gobierno de Estados Unidos que no se decepcione tanto y que lo extradite.

El caso en El Paso surgió en torno a su ingreso ilícito a Estados Unidos en 2005, donde primero solicitó el asilo político y después la ciudadanía.

Fiscales federales lo acusaron de mentir sobre la forma en que entró al país, así como en sus declaraciones, negando su participación en actos terroristas, en particular los ataques con bombas en hoteles y sitios turísticos en Cuba en 1997, que cobraron la vida del turista italiano Fabio di Celmo y dejaron heridas a 12 personas más.

Pertierra, que asistió todos los días al juicio en El Paso, declaró este viernes a La Jornada que la evidencia presentada tanto sobre las mentiras para el ingreso a este país como sobre su participación en los atentados era contundente. Agregó que tanto las declaraciones grabadas del propio Posada Carriles como de múltiples testigos comprobaban que había mentido, más claro no podía estar.

Los testigos que ofrecieron pruebas y declaraciones al jurado de que Posada había mentido incluyeron expertos forenses e investigadores cubanos, socios del propio acusado, y hasta a la reportera Ann Louise Bardach, quien hizo una entrevista al terrorista para el New York Times, en la cual él admite ser autor intelectual de los atentados contra los hoteles en Cuba.

Pero el veredicto, dijo Pertierra, no me sorprendió, indicando que el teatro que montaron, la confusión que eso generó entre el jurado, le ganó a las pruebas.

Al explicar cómo fue posible que se llegara a un veredicto de no culpar a Posada Carriles, a pesar de la presentación de testigos, grabaciones y entrevistas que comprobaban su responsabilidad en los cargos de mentiras, perjurio y obstrucción, Pertierra señaló que los juicios con jurados en este país son parte de un sistema fallido, donde esto suele ocurrir, lo cual pudo ver el mundo, recordó, con el caso de OJ Simpson, hace unos años. Afirmó que los integrantes de los jurados –ciudadanos seleccionados por los abogados y fiscales–, suelen ser ignorantes de lo que enjuician, así como sujetos a ser confundidos y abrumados por todo tipo de manipulación por los abogados. A la vez, el alargamiento hasta tres meses de un juicio que no ameritaba tanto tiempo como parte de la estrategia de los defensores, contribuyó a generar un jurado ciego y sordo. Además, lograron, con autorización de la juez, realizar un tipo de minijuicio dentro del proceso contra Cuba y los testigos de ese país, con el fin de descalificarlos y hasta acusarlos de tortura y otras violaciones.

Aunque el juicio fue notable por ser la primera vez en Estados Unidos que el gobierno presentó pruebas contra su ex empleado (fue agente de la CIA hasta 1976, y después colaboró con la guerra secreta de Washington para ayudar canalizar asistencia a las fuerzas de la contra nicaragüense en los años 80), cabe subrayar que nunca ha sido formalmente acusado y menos fiscalizado en territorio estadunidense por su participación en actos de terrorismo, así como que este juicio sólo se limitó a las acusaciones de haber mentido sobre su papel en algunos de esos atentados. Ello, a pesar de que las autoridades estadunidenses lo han calificado de sospechoso de terrorismo y de que está en la lista oficial de personas que tienen prohibido abordar vuelos comerciales en este país.

Además de ser empleado de la CIA, vale recordar que Posada Carriles participó en la invasión de Bahía de Cochinos, promovida por Estados Unidos; fue oficial en el ejército de Estados Unidos y en 1976 se mudó a Venezuela para encabezar el servicio de inteligencia de ese país. Ese mismo año fue arrestado tras ser acusado de ser el autor intelectual del atentado contra un vuelo de Cubana, y escapó antes de enfrentar un juicio civil por ese ataque, en ese momento el peor que había ocurrido en el continente americano. En 2001 fue arrestado en Panamá, por planear un complot para asesinar a Fidel Castro con 200 libras de dinamita y explosivos C-4 en un auditorio repleto de estudiantes en 2000, pero después fue indultado por la presidenta panameña Mireya Moscoso, en 2004, para reaparecer poco después en Estados Unidos. En 2005 fue arrestado aquí, con lo cual se inició todo un proceso que culminó hoy con su absolución.

Mi camino aun no ha terminado; la naturaleza de la lucha ha cambiado, pero aún es la misma, declaró Posada Carriles después de concluir el juicio, reportó la agencia Afp. Agregó que se dedicaría, de manera pacífica, a restaurar lo que era antes Cuba.

Para saber más de su camino se pueden ver los documentos de la CIA y otras agencias estadunidenses que detallan la carrera de Posada Carriles en el sitio del centro de investigaciones y documentación National Security Archive: www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB334/index.htm.

Pertierra informó que el gobierno de Venezuela continúa demandando que el estadunidense cumpla con sus obligaciones y responda a la solicitud de extradición de Posada Carriles.

Los 73 cargos de asesinato en Caracas valen más que 11 cargos de perjurio en El Paso, afirmó Pertierra.

La Jornada: Luis Posada Carriles, absuelto en Texas

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 12:16 pm
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Terrorismo anti-Cuba não é crime

Clique na imagem para ver o documento oficial da CIA

Um tribunal americano absolveu hoje o ex-espião da CIA, Luis Posada Carriles das acusações movidas pela  Venezuela e pela própria imigração americana, que lhe faz onze denúncias de perjúrio e fraude na imigração.

Posadas é acusado por Cuba pela prática de vários atentados terroristas, sendo considerado por Havana o homem que, durante anos, tentou matar Fidel Castro.

Posada Carriles  é fugitivo da justiça venezuelana, onde foi indiciado pela explosão de um avião comercial cubano que havia decolado de Caracas, em 1976. A ação deixou 73 mortos. Documentos da própria CIA, disponíveis na internet, reconhecem que havia esta informação, mas dizem que não fora solicitada.

Segundo a Agência France Press, Havana atribui a ele um longo rosário “terrorista”, incluídos ataques a bombas a hotéis nessa cidade, em 1997, nos quais morreu um turista italiano.

“Nascido em Cienfuegos, Cuba, em 15 de fevereiro de 1928, Posada Carriles se opôs ao governo da Revolução cubana desde o começo e fugiu do país para os Estados Unidos, onde ocupou um papel importante entre o exilados cubanos de Miami.

Em 1961, alistou-se como voluntário para invadir a Ilha através da Baía dos Porcos, uma ação patrocinada pela CIA, embora não tenha chegado a entrar em combate porque a invasão foi logo impedida pelas forças cubanas.

Dois anos depois, ingressou no Exército americano, onde foi treinado em operações de inteligência.

A CIA apoiava, então, os esforços dos exiliados cubanos para derrotar o governo comunista de Fidel Castro, mas esse tornou-se menos decidido depois da frustrada invasão da Baía de Porcos e de outros acontecimentos da política americana, como a Crise dos Mísseis com a União Soviética em 1962, e o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963.

No entanto, Posada Carrilles continuou sendo, por um longo período da Guerra Fria, um homem importante para os Estados Unidos e um fator de tensão permanente na relação com Cuba.

Documentos americanos demonstram que Posada Carriles trabalhou para a CIA desde 1965 até junho de 1976.

Parte da documentação desarquivada pela CIA, e divulgada em agosto de 2009 pelo Arquivo de Segurança Nacional americano (NSA, na sigla em inglês), diz que Posada Carriles ofereceu a essa agência nos anos 60 seus serviços para dirigir grupos de exilados que realizariam ações militares contra o governo cubano.

Segundo o governo de Havana, Posada planejou assassinar Fidel Castro durante uma visita deste ao Chile, em 1971.

Tratava-se de um plano “cuidadosamente planejado” pelo então agente da CIA, que assassinaria Castro com um revólver escondido numa câmara.

Em 2005 foi detido nos Estados Unidos por suspeita de fraude para a obtenção da cidadania – acusações das quais foi absolvido nesta sexta-feira.”

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

23/10/2010

Zé do Caixão & Zoofilia da Globo

26/08/2010

VEJA quem defende o terrorismo de estado no Brasil

Filed under: Cosa Nostra — Gilmar Crestani @ 10:13 pm
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Terrorismo made in USA

Os EUA salvam a VEJA mas nos fodem!

Os EUA salvam a VEJA mas nos fodem!

A Wikileaks vazou ontem um documento da CIA que revela atividades terroristas financiadas por cidadãos americanos e revela o temor com a percepção internacional dos Estados Unidos como “exportadores do terrorismo”.

O documento da unidade especial Red Cell, da CIA, de 5 de fevereiro de 2010, afirma que “ao contrário do senso comum, a exportação americana de terrorismo ou terroristas não é um fenômeno recente, e nem tem sido associado unicamente a radicais islâmicos ou pessoas de origens étnicas do Oriente Médio, África ou Sul da Ásia”.

Prossegue o texto afirmando que “esta dinâmica desmente a crença americana de que nossa sociedade multicultural livre, aberta e integrada diminui o fascínio dos cidadãos americanos pelo radicalismo e pelo terrorismo”.

O informe secreto descreve uma série de atentados promovidos e/ou executados por cidadãos norte-americanos em vários países, como Paquistão, Palestina, Índia e Irlanda do Norte.

A principal preocupação revelada pelo documento refere-se às consequências que os Estados Unidos poderiam sofrer caso fossem vistos como exportadores do terrorismo, como a não cooperação em rendições (incluindo a prisão de agentes da CIA) e a decisão de não dividir com os EUA atividades de inteligência.

Também se antecipam possíveis problemas na cooperação internacional com os EUA em atividades extrajudiciais, incluindo, detenção, transferência e interrogatório de suspeitos em outros países.

“Se os EUA forem vistos como ‘exportadores de terrorismo’, governos estrangeiros poderiam requerer uma reciprocidade que iria impactar a soberania norte-americana”, diz o documento.

“Em casos extremos, a recusa dos EUA de cooperar com pedidos de extradição de cidadãos americanos por governos estrangeiros pode levar alguns governos a considerar retirar secretamente os suspeitos de terrorismo do solo americano”, acrescenta o documento.

A percepção dos EUA como “exportadores de terrorismo”, diz ainda o documento, também criaria difíceis questões legais, já que o país não é signatário do Tribunal Penal Internacional TPI) e fez acordos bilaterais de imunidade com outros países para preservar cidadãos americanos de serem processados pelo TPI. Os EUA ameaçaram encerrar ajuda econômica e militar a países que não concordassem com esses acordos bilaterais.

O Wikileaks presta mais um serviço a humanidade revelando as práticas dos serviços secretos dos EUA e a dupla moral com que o país enfrenta a qusetão do terrorismo no mundo.

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