Ficha Corrida

20/08/2015

Para Eduardo CUnha e a manada de fascistas golpistas, templo é dinheiro

OBScena: flagrante do momento em que Eduardo CUnha pede aos cúmplices para levantarem o dedo. Pela teoria do domínio do fato, eis a prova de quem finanCIA o MBL do Kim Kataguiri.

Eduardo Cunha, musa do MBLNão há nenhum político do PT denunciado na Lava Jato. Mas foi pego por inteiro todo o PP Gaúcho. Ninguém da imprensa ousa criminalizar o PP gaúcho. Agora aparecem o operador do PMDB e o Presidente dos 300 picaretas, Eduardo CUnha. Quem ousa criminalizar o PMDB do Pedro Simon, do José Sarney, do Tiririca da Serra?

Por que os golpistas da velha mídia, sempre tão rápida para criminalizar o PT, e defender o Eduardo CUnha não criminaliza o PMDB?

O ódio da Direita Golpista ao PT, que semeou fascistas pelas redes sociais e que amadrinhou na Marcha dos Zumbis, é porque eles precisam de diversionismo. Como já dizia o velho tucano Ricardo Semler, nunca se roubou tão pouco. Mas o que importa não são os fatos, são as versões. O compadrio golpista que capturou parte do MPF e Polícia Federal direciona todas as fichas na criminalização do PT. E assim desviam o olhar para os verdaeiros bandidos. Por que MPF e PF não veem nada de mal que o PSDB sente e negocie com nacrotraficante Marcola e o PCC? Não é mera coincidência que tenha virado pó um helipóptero com 450 kg de cocaína. Imagine o helicóptero ou o piloto ou se a fazenda tivesse qualquer relação, mesmo que muito distante com o PT, se os assoCIAdos do Instituto Millenium não fariam campanha de criminalização até a quinta geração de Dilma, Lula e o PT. Como são crimes praticados por parceiros, o silêncio é ensurdecedor. A manipulação grosseira é a única aliada dos movimentos sociais. Até os seres mais obtusos percebem o auê que fazem encima da FRIBOI e o silêncio entorno dos escândalos do PSDB, DEM & PMDB é reflexo da aplicação da velha Lei Rubens Ricúpero.

Cunha pediu para receber propina por meio de doações à Assembleia de Deus

qui, 20/08/2015 – 18:24

Atualizado em 20/08/2015 – 18:36

Cíntia Alves

Jornal GGN – O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) pediu ao lobista Julio Camargo, investigado pela Operação Lava Jato, para receber propina em forma de dinheiro vivo que teria sido disfarçada por meio de doações à Assembleia de Deus. A igreja tem como diretor perante a Receita Federal o irmão do presidente da igreja evangélica Assembleia de Deus Madureira, do Rio de Janeiro, instituição frequentada por Cunha.

Segundo denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da Repúblia, Rodrigo Janot, na tarde desta quinta-feira (20), Cunha teria usado a Câmara Federal para pressionar Julio Camargo a pagar propinas a ele e ao operador do PMDB na Lava Jato, Fernando Soares, em função de contratos da Petrobras com a Samsung pelo fornecimento de navios sonda. 

Os pagamentos a Cunha e a Soares por Camargo teria ocorrido entre 2006 e 2009. Em 2012, Julio Camargo foi procurado por Fernando Soares para que fizesse os pagamentos que restavam a Cunha por meio da Assembleia de Deus. O Ministério Público Federal detectou duas transferência em nome da instituição: uma de R$ 125 mil, da empresa Piemonte, e outra de mesmo valor, por parte da Treviso, ambas com a falsa justificativa de "pagamentos a fornecedores", escreveu Janot.

Luis Nassif Online | GGN

Tijolaço: denúncia de Janot contra Cunha é ‘devastadora’

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O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, afirma que a denúncia contra o presidente da Câmara é "acachapante"; "Descreve as reuniões entre o lobista Júlio Camargo, Fernando Baiano, Nestor Cerveró e, pelo menos uma vez, na presença de Eduardo Cunha, com descrição em detalhes (e registros) do automóvel em que foi conduzido ao encontro, onde colocou a faca no pescoço do pagador de comissões. A denúncia prova, com fartura de dados, que os tais requerimentos assinados por Solange Almeida para pressionar Camargo foram escritos por Cunha, em seu computador na Câmara, com o uso de sua senha privativa. Mostra, uma a uma, as transferências que Camargo fez a Baiano, para que fossem repassadas a Cunha. E, como a cereja do bolo fétido, o depósito direto na conta da igreja evangélica a que Cunha se filiou, recentemente", afirma

20 de Agosto de 2015 às 21:17

Fernando Brito, do Tijolaço

Acabo de ler as mais de 80 páginas do texto (aqui e aqui) com que o Procurador Geral da República pede que seja aceita a denúncia contra Eduardo Cunha – e também contra sua cúmplice Solange Almeida – por corrupção e lavagem de dinheiro, e que paguem nada menos que R$ 277 milhões de reais como devolução de dinheiro desviado e multa pelo crime.

É acachapante.

Descreve as reuniões entre o lobista Júlio Camargo, o operado de Cunha, Fernando Baiano, o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró e, pelo menos uma vez, na presença de Eduardo Cunha, com descrição em detalhes (e registros) do automóvel em que foi conduzido ao encontro, onde colocou a faca no pescoço do pagador de comissões.

A denúncia prova, com fartura de dados, que os tais requerimentos assinados por Solange Almeida para pressionar Júlio Camargo foram escritos por Eduardo Cunha, em seu computador na Câmara, com o uso de sua senha privativa.

Mostra, uma a uma, as transferências que Julio Camargo fez a Fernando Baiano, para que fossem repassadas a Cunha.

E, como a cereja do bolo fétido, o depósito direto na conta da igreja evangélica a que Cunha se filiou, recentemente.

Embora a defesa de Cunha diga que a acusação é “facilmente derrubável” – interessante que não falou por ela o ex-procurador Antonio Fernando de Souza – por se basear apenas na palavra do delator, não é assim.

Além da materialidade do fato, há provas de autoria (os requerimentos achacadores), tipicidade da conduta criminosa, agravantes, dolo, percepção de vantagem e conexões evidentes.

Cunha, cuja carreira começou como operador do mercado financeiro (e, ironicamente, na firma de auditoria Arthur Andersen) sabe como fazer o despistamento dos vestígios do dinheiro.

Mas não sabe como fazer todos os crimes perfeitos.

Logo ele, que herdou dos tempos de cabo eleitoral de Fernando Collor o espírito do “bateu, levou”, está tomando fôlego para responder.

Resta saber se o tem, e que não se o subestime, porque sua carreira – leia o perfil que dele traça o repórter Chico Otávio – é pródiga em transformar desastres em bons negócios.

Agora, porém, parece ter ido além das próprias pernas.

Tijolaço: denúncia de Janot contra Cunha é ‘devastadora’ | Brasil 24/7

Cunha é ‘tirano que parece invencível, mas cai’

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Frase célebre de Mahatma Gandhi foi citada na epígrafe da denúncia do procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolada nesta quinta (20); "Quando me desespero, eu me lembro de que, durante toda a história, o caminho da verdade e do amor sempre ganharam. Têm existido tiranos e assassinos, e por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final sempre caem. Pense nisto: sempre", diz o texto; a frase tem total relação com Cunha, que, mesmo denunciado, já avisou que não deixará o comando da Câmara; na denúncia, o deputado é acusado de receber propina de, ao menos, US$ 5 milhões e vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de navios-sonda para a Petrobras; na ação, o procurador diz que Cunha usou até a igreja Assembleia de Deus para disfarçar o recebimento de R$ 500 mil em propina

20 de Agosto de 2015 às 19:54

247 – A epígrafe da denúncia do procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cita uma clássica frase do líder da independência indiana, Mahatma Gandhi, segundo a qual "tiranos e assassinos" parecem "invencíveis", mas "sempre caem".

"Quando me desespero, eu me lembro de que, durante toda a história, o caminho da verdade e do amor sempre ganharam. Têm existido tiranos e assassinos, e por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final sempre caem. Pense nisto: sempre", diz o texto.

A Procuradoria-Geral da República protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde desta quinta-feira 20, denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na denúncia, o deputado é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber propina de ao menos US$ 5 milhões e vantagens indevidas para viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção de navios-sonda para a Petrobras.

"O denunciado Eduardo Cunha ocultou e dissimulou a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta e indiretamente, do crime contra a administração, mediante o recebimento fracionado de valores no exterior, em contas de empresas offshore e por meio de empresas de fachada, mediante simulação de contratos de prestação de serviços e, ainda, pagamento de propina sob a falsa alegação de doações para Igreja", diz a denúncia, que complementa que a Igreja Evangélica Assembleia de Deus intermediou o recebimento de pelo menos R$ 500 mil a Cunha (PMDB-RJ) em 2012.

Janot pede ‘restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões’.

Neste link a primeira parte da denúncia. Aqui o restante do texto.

04/12/2013

Siemens da discórdia

jornalismo de merdaA empresa alemã, Siemens admite que corrompeu e foi corrompida pelos tucanos. Em nenhum momento aparece políticos do PT envolvido sob qualquer aspecto neste caso. Mas não duvidem que os Grupos Mafiomidiáticos ou encontrem alguém do PT para porem a culpa, ou então joguem tudo para debaixo do tapete para salvarem seus parceiros de quadrilharem do PSDB.

Assim, só falta os a$$oCIAdos do Instituto Millenium, a começar pela Globo, provarem que a Siemens é petistas e a Veja publicar que a Alemanha é uma República Bolivariana. Note que o Estadão, veículo que mais tem se ocupado do caso, em nenhum momento criminaliza a empresa, o PSDB ou governantes. Bem ao contrário do que faz quando se trata de denúncia envolvendo petistas. A Rede Globo consegue criminalizar até o Hotel que daria emprego a José Dirceu, mas não dedica um segundo para tratar das falcatruas de seus parceiros. É ou não não é uma aliança dos grupos mafiomidiáticos coma direita hidrófoba?!

Siemens admite à PF suspeita de propina

Em depoimento, executivo diz que pediu investigação de conta em Luxemburgo; até então empresa apontava apenas existência de cartel

04 de dezembro de 2013 | 2h 07

Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto Macedo – O Estado de S.Paulo

Um alto executivo da Siemens na Alemanha declarou à Polícia Federal que a multinacional suspeita que parte dos US$ 7 milhões de uma conta no paraíso fiscal de Luxemburgo atribuída a Adilson Primo, seu ex-presidente no Brasil, foi usada para pagar propina a agentes públicos brasileiros. É a primeira vez que a Siemens, que denunciou o cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e do Distrito Federal, fala oficialmente em propina.

Veja também:
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Mark Willian Gough, australiano, residente em Munique, vice-chefe do setor de compliance – setor que disciplina regras internas de conduta -, depôs à PF em São Paulo dia 6 de novembro. Em 12 páginas ele detalhou as investigações da Siemens sobre a conta e relatou que a Justiça da Suíça o informou que parte dos recursos que transitaram pela conta de Primo foi parar em contas de um funcionário da reserva da Marinha e de doleiros que foram presos durante a investigação do caso Banestado – evasão de R$ 30 bilhões de dólares de empresários brasileiros no exterior nos anos 1990, via o antigo Banco do Estado do Paraná.

Ele disse que tem "vasta experiência" e trabalhou na Organização das Nações Unidas, que o contratou para investigar e expurgar casos de irregularidades e corrupção. Afirmou à PF que "pode esclarecer que, no seu entender, todo o esquema foi dirigido por Primo em nível intelectual".

Gough disse que as transferências para uma conta bancária no paraíso fiscal de Luxemburgo foram "feitas sob as instruções e a mando de Primo". O próprio ex-presidente da Siemens no Brasil era titular da conta com outros diretores da companhia. Primo diz que a conta era operacionalizada pela matriz na Alemanha, que tinha conhecimento dela.

O executivo afirmou que a Siemens soube da conta em 2008, por meio de denúncia de um funcionário. Segundo ele, a conta "não estava registrada regularmente na contabilidade, não era declarada nos documentos oficiais e não era de conhecimento da empresa". Gough relatou que os US$ 7 milhões foram transferidos para Luxemburgo via contas da Siemens nos Estados Unidos e na Alemanha.

Ele contou que após descobrir as transações e questionar Primo e outros detentores da conta, a investigação chegou a um "dilema": ou os recursos tinham sido desviados para benefício do ex-presidente e diretores ou o dinheiro tinha sido usado para "pagar propina a agentes públicos, conforme informou o empregado que fez a denúncia sobre a conta", nos dizeres de Gough.

"Caso a primeira hipótese fosse confirmada, o depoente teria levado os fatos imediatamente às autoridades competentes do país da subsidiária", anotou a PF, citando o compliance. "Nesse caso, porém, como havia a possibilidade de os valores terem sido usados para propina, mas a empresa não tinha provas da participação de cada um dos envolvidos, o depoente pediu a seu chefe autorização para levar os fatos ao procurador de Luxemburgo e solicitar formalmente a abertura de uma investigação criminal."

No começo de 2011, a Siemens entregou os documentos ao procurador de Luxemburgo. A investigação, disse Gough, mostrou que parte dos ativos recebida por empresas offshores em paraísos fiscais.

A Justiça da Suíça informou que valores foram transferidos para três contas de brasileiros, uma delas de Marcos Honaiser, oficial reformado da Marinha, que também foi membro da Comissão Nacional de Energia Nuclear. As outras duas contas são de escritórios dos doleiros Antonio Pires de Almeida e Ana Lucia Pires de Almeida, ambos falecidos, Paulo Pires de Almeida, Raul Henrique Srour e Richard Andrew Van Oterloo.

A Siemens informou ontem em nota que as investigações "têm como fonte a denúncia espontânea e voluntária da empresa resultantes de suas investigações internas desde 2008, que não encontrou quaisquer evidências de corrupção". "Com base em sua política de integridade e obediência às leis, a Siemens forneceu e continua fornecendo documentos resultantes de suas averiguações internas para que as autoridades possam prosseguir com suas investigações."

A multinacional fechou acordo de leniência em maio com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal que fiscaliza a concorrência empresarial. No acordo, pelo qual espera aplacar futuras sanções, não há citação de propina.

22/09/2013

Artista plástico levanta questões jurídicas que nem Ministro do STF resolve

Filed under: Ação 470,Joaquim Barbosa,Miami — Gilmar Crestani @ 8:15 am
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Os mensaleiros e as perguntas que berram para ser respondida

Até agora, a se crer nas conclusões do STF, tem-se um fato inédito no âmbito da história da criminologia: do chefe da quadrilha, a seus acólitos mais chegados (digamos que José Genoíno e João Paulo Cunha sejam isso), só se tem a retirada de algo em torno de 50 mil por parte da esposa de João Paulo Cunha.

Enio Squeff

Passadas todas as discussões sobre o o processo do chamado Mensalão, dadas as esperanças de que algumas coisas se esclareçam – já que ficaram evidentes a politização da ação 470 – (nunca se deve esquecer que o relator Joaquim Barbosa marcou o fim do processo para a data das eleições municipais, com a inegável intenção de prejudicar o PT) subsiste uma pergunta que parece berrar, a cada instante, para ser respondida: quanto é mesmo que José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha levaram cada um, como parte do esquema de apropriação do butim público?
Até agora – a se crer nas conclusões do STF -, tem-se um fato inédito no âmbito da história da criminologia: do chefe da quadrilha, a seus acólitos mais chegados (digamos que José Genoíno e João Paulo Cunha sejam isso), só se tem a retirada de algo em torno de 50 mil por parte da esposa de João Paulo Cunha. Quanto ao que o suposto "chefe da quadrilha" o "facinoroso" José Dirceu roubou, impôs-se todo o mundo uma espécie de conclusão lógica – ele se apropriou de tanto dinheiro que seria especioso esclarecer aos leigos – nós outros – a quantia. Foi um milhão, vinte milhões ou foram todos os setenta milhões que a Visanet passou para o Banco do Brasil? Pelo que restou das invectivas furiosas do Doutor Gilmar Mendes e do relator, Doutor Joaquim Barbosa, José Dirceu arquitetou um crime tão perfeito que não foi possível encontrar nada em suas contas bancárias. Não deixou vestígios, daí a irrelevância de qualquer questionamento. Quanto a José Genoíno, tratar-se-ia de um homem tão solerte que nem ao menos os sinais exteriores de riqueza sobrevieram até agora. Ao que parece, com intenções "evidentemente" desviacionistas, ele continua a morar, com a sua família, numa casa simples do Butantã, bairro de São Paulo. Fica para a inegável inteligência do povo brasileiro a conclusão alcançada pelo ministro Joaquim Barbosa – de que os criminosos do Mensalão são tão esperto, tão falaciosos e cínicos que alcançaram esconder suas riquezas,. – pelo menos da lei como a entende o STF. Há quem alvitre, a propósito, que José Genoíno, conforme a usança deve ter comprado um grande apartamento em Miami. Quem sabe, vizinho ao do ministro Joaquim Barbosa, que já admitiu ter adquirido um imóvel na cidade praiana dos Estados Unidos. Seja como for – e a conclusão não é propriamente a nossa – já que são quadrilheiros do PT, eles gozarão de seus mal feitos, pelo resto de suas vidas, ou seja, quando conseguirem sair detrás das grades. Ficou claro, para o STF, mas principalmente para a grande imprensa e seus cronistas, que, para certos crimes, não são necessárias provas; pelo contrário, é justamente a falta deles, a prova maior de que houve crimes. Como sugeriu o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, ficam para os incautos – os eternos bobocas que pouco sabem das ciências jurídicas – a idéia algo canhestra, de que é preciso um cadáver para que se configure um crime. Como ele não foi encontrado, cerra-se a convicção dos senhores ministros, e da quase totalidade da imprensa, de que ele existe sim- já que os réus do processo espertamente o esconderam.
São aspectos interessantes, esses da ação 470. Os maiores interessados na apuração do suposto desvio do dinheiro, que a Visanet colocou à disposição de Marcos Valérios através de uma conta no Banco do Brasil, isto é a própria Visanet, e o próprio Banco do Brasil, nenhum dos dois conseguiu apurar, através de suas auditorias internas, o desvio de um tostão sequer. Qual a conclusão? Ao que parece, a pergunta só pode ser formulada por "leigos": eles teimam em desconhecer que aos réus foi dada o ônus da prova. E que eles não lograram convencer a maioria dos juízes do STF de que não são ladrões. A isso deve se juntar a desconfiança da suprema incapacidade da defesa dos réus: eles não conseguiram que o Doutor Joaquim Barbosa, relator do processo, lesse as conclusões das auditorias feitas respectivamente na Visanet e no Banco do Brasil. Vai ver que se trata de pura falta de competência da defesa do réus.
Muita pessoas concluíram que "alguma coisa houve". No tempo da ditadura, era essa a ilação desses mesmos tipos de pessoas: como o sujeito fosse torturado ou preso, ficava sempre "a evidência" ou a desconfiança ( o que dá na mesma) de que "alguma coisa existia". E já que o sujeito não conseguia provar que não era culpado, dê-lhe paus de araras, choques, pontapés e, se fossem mulheres, " otras cositas más".
Há quem se preocupe, contudo, com um fato: a desmoralização possível do Judiciário do Brasil, com o processo todo. Se não ficar comprovado que o possível quadrilheiro José Dirceu não roubou nada – como responder ao futuro sobre essa pergunta que nos atormenta a todos – mas que vem sendo sistematicamente ignorado pelo STF?
Com o sorrizinho melífluo, que o caracteriza, o ministro Marco Aurélio Mello, em meio a ironias, referiu-se várias vezes à palavra "leigos". Seriam "leigos"todos os que não alcançassem a profundidade de seu arrazoado contra os tais "embargos infringentes". Leigo é uma palavra de origem grega, laikós, ou seja, a pessoa que não tendo conhecimento de determinado assunto religioso, mesmo assim, participaria da religião. Durante o Concílio Vaticano II, os leigos ascenderam, oficialmente, à condição de parte crítica do corpo da Igreja Católica: a eles caberia a missão que se complementaria com os ministro, vale dizer, os sacerdotes. A eles seria também reservada a possibilidade de inquirirem de seus ministros, a boa conduta na construção da Igreja. Mutatis mutandi – para não dizer "data vênia", ao ilustre homem da lei – a pergunta sobre o quantum que os quadrilheiros roubaram, parece a chave fundamental para explicar a sua condenação.
Será que aos leigos será dado conhecer esse detalhe, para eles, mais que relevantes – ainda que ociosos para os ministros? Aguardam-se respostas. Até porque será difícil aos leigos, seus filhos e netos entenderem que no Brasil condenaram-se pessoas que roubaram não se sabe nem como, nem quanto.

Enio Squeff é artista plástico e jornalista.

Carta Maior – Enio Squeff – Os mensaleiros e as perguntas que berram para ser respondida

23/06/2013

Os que não querem transformação social, em São Paulo, são maioria

Filed under: Ministério Público,Status quo,Transformação Social — Gilmar Crestani @ 10:05 am
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anonymousA luta não é pela transformação social mas pela manutenção de alguns privilégios. Começou com as denúncias de que as hidrelétricas estavam com os reservatórios vazios. Tanto é verdade que Dilma reduziu, contra a vontade de Minas . e São Paulo, dois estados governados por adversários políticos. Desejo legítimo deles, mas absurdo demais que os grupos mafiomidiáticos tenham abraçado a causa em nome deles (PSDB/DEM) E como bem sabemos, mesmo com a resistência de São Paulo e Minas, as tarifas foram reduzidas e não houve o apagão desejado pelas políticos alinhados com a Folha de São Paulo.

Quando começaram a vir a tona as informações sonegadas por Joaquim Barbosa, com a cumplicidade de Roberto Gurgel, começava a ruir o último pilar dos golpistas a$$oCIAdos ao Instituto Millenium. Embora a disputa política em torno da Ação contra o PT, proposta pelos seus adversários políticos, seja, no campo político, legítima, não era nem é razoável, ético nem legal que a instituição que deveria zelar pelo cumprimento das leis, como o Ministério Público, se perfilasse a um dos lados da disputa política. Como diria o novo Ministro do STF, foi um ponto fora da curva, mas que contou com a cumplicidade de quem estava de tocada depois da curva, o MP. Ficou por demais evidente que o Ministério Público virou instrumento dos que não têm voto mas tem poder econômico. Aliou-se a estes buscando se tornar o quinto poder da República, querendo disputar um lugar com Executivo, Legislativo, Judiciário, Imprensa. Se fosse um partido político, seria legítimo, mas quando o Ministério Público endossa o cerceamento do debate no Congresso, onde o debate político é a razão de sua existência, é porque se perdeu o último pudor rumo ao golpismo. Não é admissível que na longa tradição de corrupção envolvendo corruptores, o Ministério Público só tenha conseguido lograr êxito, por uma conjunção que envolvia Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa (egresso do MP), Carlinhos Cachoeira e Policarpo Jr, condenar políticos adversários. Que os adversários políticos em julgamento atuassem como torcida, vá lá, mas que o Ministério Público tenha relevado a função de fiscal do bom exercício da lei, em compadrio os grupos mafiomidiáticos, maculou, pelo menos para os que tenham um mínimo de decência, qualquer credibilidade naquilo que seria seu dever funcional, de fiscalizar a aplicação da lei.

A teoria do domínio do fato foi só o ápice desta, como diria Bárbara Tuchman, marcha da insensatez, ou ponto fora da curva, no eufemismo de Luís Roberto Barroso, novo Ministro do STF. Da forma como estão postas as coisas hoje, o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União serão os únicos órgãos públicos que não serão investigados, porque não há instituição com esta incumbência. E isso fica bem claro quando Demóstenes Torres, pego pela Polícia Federal na quadrilha do Carlinhos Cachoeira e Policarpo Jr(da Veja), não só não foi expulso pelo MP como continua recebendo religiosamente seu proventos pagos pelo erário público. Quando a Polícia Federal descobriu todas as patranhas do Daniel Dantas, os mesmos que estão agora aliados ao Ministério Público, demonstraram uma agilidade nunca antes vista, de modo que o ladrão com a mão na botija conseguiu dois Habeas Corpus em menos de 24 horas.

E os que sempre sofreram perseguição, com a cumplicidade do MP, como o MST, os desalojados de Pinheirinhos, por exemplo, não estão do lado do MP. Sintomático, não!?

A classe que sempre foi contra manifestações populares de repente se posiciona ao lado dos que pretendem combater um governo democrático usando instituições como o Ministério Público. E mais uma vez fica claro que a eleição que legitima um governante não elimina os outros entraves para a modernização das instituições. Os principais postos da burocracia, na acepção de Max Weber, continua sendo ocupada por uma elite que tinha e luta por continuar tendo a exclusividade de mamar nas tetas do Estado. Os poucos que conseguem chegar lá, saindo de esferas mais humildes, ou são capturados, ou são defenestrados. Pior do que um egresso da elite ascender e lutar pela manutenção do status quo de sua classe é ver este papel ser desempenhado por pessoas com trajetória de vida vitoriosa se transformar em instrumento das classes desde sempre privilegiadas, como se vê agora com Joaquim Barbosa (ver mais aqui, aqui e aqui), coincidentemente, como já disse acima, egresso do Ministério Público.

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