Ficha Corrida

24/05/2014

No cesto do Instituto Millenium, o incesto jornalístico entre Veja, Folha & PSDB

instituto-millenium-preliminarioEstão dando outro nome ao partido dos tucanos. Virou Partido da Suruba Das Boas… A orgia tem sido organizada pelos alcoviteiros do Instituto Millenium. Depois que as assinaturas de Veja e Folha foram distribuídas nas Escolas Públicas do Estado de São Paulo, por seu governantes, nunca foi tão fácil acusar adversários ao mesmo tempo que defendem com unhas e dentes os parceiros. D. Judith Brito vive!

Relações midiáticas incestuosas no ninho tucano

Postado por Juremir em 20 de maio de 2014

Que a grande mídia brasileira é tucana toda a fauna sabe.

Que Veja e Folha de S. Paulo são tucanas até as minhocas sabem.

Mas certas confirmações mostram as entranhas dessa intimidade.

O editor da Veja, Otávio Cabral, casado com a colunista da Folha Vera Magalhães, trabalhará na campanha de Aécio Neves.

Na última eleição, o marido (Gilnei Rampazzo) de Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, foi marqueteiro de José Serra.

Certamente essas relações explicam o olhar enviesado de Veja e Folha de S. Paulo.

Eis o jornalismo completo: cama, mesa e banho.

Banho de objetividade, isenção, imparcialidade e jogo de cena.

O amor é lindo.

Instituto Milleniumj

19/05/2014

ALSTOM, com gestão do PSDB

Filed under: ALSTOM,Corrupção,Geraldo Alckmin,PSDB,Siemens — Gilmar Crestani @ 8:22 am
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AlstomPSDBA Folha descobriu a pólvora: quem governa São Paulo não é o PSDB, pois quem decide o que e onde fazer é a ALSTOM… Há anos vem sendo feito denúncia, mas no Estado onde falta água só há vazamento da Justiça Suíça. Em São Paulo a velha mídia só vaza notícias contra o PT, contra o PSDB usam conta-gostas. A Folha consegue botar na mesma manchete ALSTOM e METRÔ, mas não consegue repetir aquela manchete que usava o termo tucanos (Geradoras tucanas dobram lucro com venda de energia)….

O governo do PSDB de São Paulo terceirizou seu “choque de gestão”. E eles, a velha mídia, só faz a cabeça de quem também terceirizou o uso do próprio cérebro.

Alstom conseguiu incluir estação em linha do Metrô

Edital da linha 2 foi refeito para atender a pedidos da multinacional francesa

E-mail de diretor da multinacional pedia estação que acabou incluída; estatal nega influência externa

FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

A Alstom procurou funcionários do Metrô para mudar uma licitação da linha 2-verde de São Paulo e incluir uma estação que não estava prevista na concorrência original, indica e-mail de um diretor da múlti francesa.

Doze dias depois de ele ter sido enviado ao Metrô, a licitação foi publicada com alterações em termos similares ao que a Alstom queria.

Em outubro de 2004 o Metrô lançou a licitação para a realização do projeto executivo, fornecimento e implantação dos sistemas de trens para o trecho entre as estações Ana Rosa e Imigrantes da linha 2.

Em dezembro, porém, a estatal anunciou o adiamento da entrega das propostas para 12 de janeiro de 2005.

Ciente desse fato, o então diretor da Alstom Wagner Ribeiro enviou e-mail ao colega Paulo Borges em 3 de janeiro de 2005 para contar que buscara funcionários do Metrô para adequar a licitação aos interesses da empresa.

"Estamos trabalhando junto ao pessoal técnico do Metrô para tentar aliviar’ as Specs [especificações] de escadas rolantes e sinalização. Quanto ao orçamento, sugiro que seja modificado o objeto da licitação, por exemplo, retirando a reforma do trecho em operação e incluindo a estação Ipiranga", afirma Ribeiro na mensagem.

Três dias depois, o Metrô anulou a concorrência alegando razões técnicas e econômicas. No dia 15 de janeiro de 2005, a estatal lançou novo edital alterando o projeto inicial. As pretensões da Alstom foram contempladas: a estação Alto do Ipiranga entrou no negócio.

O primeiro edital e a mudança surgiram no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). O Metrô nega que tenha havido influência externa.

O valor do orçamento subiu de R$ 115 milhões para R$ 136 milhões, em valores da época. Todavia, o consórcio vencedor, formado por Alstom e Siemens, ganhou o contrato ao apresentar uma proposta de R$ 143 milhões, acima do preço de referência da concorrência. Tal situação não é ilegal, em tese, mas é incomum –o valor de referência funciona como preço máximo nas disputas.

Segundo documentos do processo licitatório, a compra de escadas rolantes não entrou na concorrência.

"LOS 5 AMIGOS"

A licitação da extensão da linha 2 até a estação Alto do Ipiranga faz parte da delação feita pela multinacional alemã Siemens ao governo federal sobre a formação de cartel, por ela e outras empresas, em licitações de trens em São Paulo entre 1998 e 2008, em sucessivos governos do PSDB.

Após a denúncia, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) promoveu fez buscas e apreensão de documentos nas companhias suspeitas, em julho do ano passado.

No e-mail de 2005 apreendido na Alstom, o diretor da multinacional também envia aos colegas planilhas com preços de referência da empresa e "de los 5 amigos" para a licitação.

Segundo o Cade, a expressão "los 5 amigos" refere-se ao grupo de empresas participantes do cartel na concorrência: Alstom, Siemens, Bombardier, TTrans e Balfour Beatty. As planilhas integrantes da mensagem têm os títulos de "Mágica" e "Mágica 1".

As companhias acertaram o resultado da licitação e o consórcio vencedor (Linha Verde) subcontratou as derrotadas na disputa, segundo o Cade. As empresas e seus diretores são alvo de processo administrativo no órgão.

O cartel também é investigado pela Polícia Federal, pela Promotoria e pelo governo paulista. Em algumas ações os executivos já são réus.

14/03/2014

O PSDB é uma construção mafiomidiática finanCIAdo pelos EUA

Respeitado pela mídia

O tempo é implacável com a Veja. Demora, mas um a um os varões da ética da Veja vão caindo. Já tentou emplacar o Caçador de Marajás, caiu. Depois, o careca que valia  por dois, José Roberto Arruda, caiu na Rede. Partiu em parceria com Demóstenes Torres, fodeu! E agora Mário Covas. José Serra & Alstom/Siemens! De FHC basta lembrar que ele comprou a própria reeleição pagando duzentos mil a cada parlamentar.

De fato, resta provado que se o cara for capa da Veja, mesmo que seja um “rei do camarote”, é só esperar. Cedo, ou mais cedo ainda, os podres aparecerão embrulhados em papel Veja. A honestidade dessa gente patrocinada por grupos mafiomidiáticos, como queria Judith Brito, não resiste à um faixo de luz transparente.

Lembram dos mosqueteiros da ética. Demóstenes Torres já era a tempos, e Pedro Simon e sua dentadura de porcelana custeada pelo Senado, sem contar os demais que não valem um pinto de tinta digital. Tudo o que a Veja toca apodrece e cai!

Robson Marinho destruiu a imagem de Covas

Postado em 11 Mar 2014

por : Paulo Nogueira

A imagem de homem público exemplar de Mário Covas é abalada por sua ligação com Robson Marinho, personagem central das propinas.

Covas é sonsiderado um símbolo de ética na política

Covas é considerado um símbolo de ética na política

“Covas era detalhista. Uma vez eu estava com ele e, sobre a mesa, havia um monte de processos de concorrência, uma pilha enorme. A gente estava conversando e eu falei: ‘Mario, você está lendo processos de concorrência?’ Ele respondeu: ‘É, isso aqui é importante. São estradas vicinais’.

Eu falei: ‘Não acredito que você esteja lendo um por um’. E ele: ‘Eu vejo todos. Mesmo que tenha que ficar aqui a noite inteira, eu não deixo de ler’.

Ele tinha fixação em acompanhar tudo de perto.”

O depoimento acima é do jornalista Miguel Jorge, e se refere a Mário Covas, fundador e reserva moral do PSDB.

Morto em 2001, aos 71 anos, Covas ainda hoje é chorado. Muitos atribuem à sua ausência a guinada à direita vale tudo do PSDB sob Serra.

Mas agora seu legado está sendo forçado a uma penosa revisão, no rastro do escândalo das propinas pagas a autoridades tucanas por grandes empresas estrangeiras para a conquista de obras multimilionárias no metrô de São Paulo. Duas companhias se destacam no caso, a alemã Siemens e a francesa Alstom.

O problema póstumo de Covas aparece na forma de um nome ao mesmo tempo estreitamente vinculado às propinas e a ele próprio: Robson Marinho.

Marinho, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, órgão incumbido de investigar as contas do governo de São Paulo, teve uma longa parceria com Covas.

Pertenceu ao grupo de Covas na Constituinte da segunda metade dos anos 1980. Coordenou, depois, a campanha que levaria Covas ao governo paulista. Foi indicado no novo governo para o cargo mais importante entre todos – o de chefe da Casa Civil.

Respeitado pela mídia

Respeitado pela mídia

Depois, Covas ainda o indicou para o TCE. Jornalistas ponderaram a inadequação de Marinho para a função. Como alguém tão ligado a Covas poderia examinar as contas de seu governo?

A esta pergunta, feita por um jornalista, Covas respondeu asperamente. “A ilação é que por ser um amigo meu ele vai me favorecer, é isso?”

Era isso, naturalmente. Mas Covas, talvez pela cultura época de então, não parecia ver conflito ético naquilo.

Considerada a probidade pessoal de Covas, Robson Marinho provavelmente não tenha tido necessidade de fechar os olhos às contas relativas a Covas.

Mas com ele no TCE a bandalheira no metrô de São Paulo acabaria legalmente chancelada. Era uma raposa no galinheiro, para usar uma expressão popular.

Tão logo Covas chegou ao Palácio dos Bandeirantes, a Alstom logo tratou de estabelecer boas relações com Marinho. Levou-o, tudo pago, para a Copa da França, em 1998.

O caráter da ligação entre a Alstom e Robson Marinho ficaria publicamente claro anos depois.

A justiça suíça, numa investigação sobre as propinas pagas pela empresa (até 1999 a legislação francesa permitia subornos em subsidiárias), descobriu uma conta que atribuiu a Robson Marinho.

A conta, num banco suíço, foi abastecida com subornos da Alstom. Ela acabaria bloqueada, depois que foram identificados movimentos para transferir dinheiro para os Estados Unidos.

Robson continua a ser conselheiro do TCE, a despeito de todas as evidências de corrupção

Robson continua a ser conselheiro do TCE, a despeito de todas as evidências de corrupção

Robson Marinho recebe cerca de 20 000 reais no TCE. Um secretário de governo em São Paulo ganha 15 000 reais.

Seu patrimônio declarado inclui uma ilha em Paraty, à qual chega em sua lancha, e um prédio comercial de oito andares em São José dos Campos, onde deslanchou para a carreira como prefeito.

Segundo uma imobiliária especializada em luxo, a Sotheby’s Realty, o preço médio de uma ilha no Brasil oscila entre 5 milhões de dólares e 20 milhões de dólares.

Mesmo depois das denúncias emanadas da justiça suíça, Marinho continua com seu cargo no TCE, incumbido de fiscalizar contas do governo de São Paulo.

Segundo o testemunho de Miguel Jorge, Mário Covas era obcecado com detalhes. Mesmo assim, os movimentos de seu amigo Robson Marinho lhe escaparam.

E isso hoje cobra um preço amargo em sua imagem póstuma de homem público exemplar.

Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo » Robson Marinho destruiu a imagem de Covas

12/03/2014

História pornográfica com Romeu, Julieta e um Pinto que já foi Jr

Filed under: Conto de Fodas,Romeu e Julieta — Gilmar Crestani @ 8:58 am
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Lobista da Alstom também atuou em Furnas

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Romeu Pinto Jr. responde ao processo criminal aberto pela Justiça Federal em São Paulo por lavar dinheiro da Alstom para subornar ex-diretores de uma extinta estatal de energia paulista entre 1998 e 2002; propina também foi paga à Secretaria de Energia, na época comandada por Andrea Matarazzo; agora, investigadores suíços provam que sua empresa, a MCA Uruguay, também assinou em 1998 um contrato com a Cegelec para consultoria na estatal federal no valor de US$ 13,4 milhões; na época, gestão era de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o setor elétrico era controlado pelo PFL, hoje Democratas

Brasil 24/7

28/11/2013

Explicações é caralho!

Filed under: ALSTOM,Propinoduto Tucano,Siemens — Gilmar Crestani @ 8:29 am
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Quando as acusações são contra o PT, há que se ter condenações, e elas são exigidas exatamente pelos grupos mafiomidiáticos. A campanha de condenação tem orientação e organização a partir do Instituto Millenium e se dissemina por todos os veículos dos a$$oCIAdos. Agora, quando a corrupção vem a tona a partir das empresas participantes de esquema montado por líderes do PSDB, o máximo que os porta-vozes da bandidagem pede é “explicação”. A explicação, para os arautos da moralidade alheia, limpa a barra e exime de qualquer outra punição, inclusive a de identificar quem fez o quê. O PSDB, por seus capangas, têm de devolver o dinheiro. Se José Genoíno foi condenado pelo simples de se presidente do PT, porque o mesmo não acontece com o presidente do PSDB?

Quem tem de dar explicações porque o PSDB vem roubando a tantos anos em São Paulo são os Rogério Gentile e Eliane Cantanhêde da vida. Afinal, tudo isso corria sob seus olhos. De que vale Estadão, Veja e Folha serem de São Paulo se tudo o que corre sob seus olhos só merece atenção na Suíça ou na Alemanha?!

ROGÉRIO GENTILE

O PSDB deve explicações

SÃO PAULO – Aécio promoveu um showzinho anteontem em Brasília para defender o PSDB de São Paulo das suspeitas de roubalheira nas obras do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Fez cara de indignado, acusou o governo federal de manipular as instituições para enxovalhar adversários e até cobrou a substituição do ministro da Justiça. Só faltou levantar o punho fechado para o alto.

Embora o presidenciável tenha tentado reduzir o caso a uma simples perseguição política, como fez e ainda faz o PT no mensalão, o escândalo das licitações metroferroviárias em São Paulo é muito mais grave do que isso e recai sobre três governos do PSDB (Covas, Alckmin e Serra).

Três pontos são inquestionáveis. O primeiro é que a multinacional Siemens confessou ter atuado em um cartel entre 1998 e 2008 com o objetivo de partilhar obras e elevar o preço das concorrências em São Paulo. Gigantes como a Alstom, a Bombardier, a CAF e a Mitsui teriam integrado o esquema. O segundo é a condenação, na Suíça, de um ex-diretor da CPTM acusado de lavar dinheiro de corrupção. Por fim, uma conta atribuída a Robson Marinho, que foi chefe da Casa Civil de Covas, foi bloqueada no mesmo país por suspeita de ter recebido propina.

Ainda que tenha ocorrido manipulação política em torno do caso (o ex-diretor da Siemens citou ou não políticos tucanos como beneficiários de corrupção?), é falacioso dizer, como fez Aécio, que tudo não passa de uma reedição do episódio dos "aloprados", quando petistas foram presos com dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra Serra.

As investigações estão apenas no começo e ainda há muita coisa a esclarecer. Mas é difícil acreditar que um cartel desse porte tenha conseguido burlar ao menos cinco licitações bilionárias em SP sem a conivência de autoridades, de maior ou menor escalão. Por mais que Aécio tente confundir as coisas, o fato é que o PSDB deve explicações.

29/10/2013

Como FHC vendeu a Segurança Nacional

Só um bobo dá a telefonia a estrangeiros. Ele deu.

Amigo navegante carnavalesco enviou o seguinte e-mail:

PH,
Muito, mas muito boa mesmo a matéria sobre o livro branco da defesa.
Cedo ou tarde a questão do poder militar brasileiro como política econômica e garantia defensiva das próprias políticas sociais (que vão depender muito do pré-sal, do xisto do Amapá e por aí vai) tem que ser recuperada pelos progressistas.
A matéria foi estigmatizada pela associação de capacidade atômica e nuclear ao imperialismo americano (década de 50, campanha pelo desarmamento mundial etc).
O FHC assinou o Tratado de Não—Proliferação Atômica.
Para mim, traição nacional, traição mesmo, convicta, essa foi, seguramente.
O resto foi entreguismo barato.
Quero ver como os socialistas históricos do PSB vão se ver com o Atlântico às escuras da Marina que o Miguel do Rosário sublinhou.
A leitura do CAf pela manhã foi um banho de leite de cabra enquanto aguardo realizar uns exames médicos. Sem preocupação, sairei no carnaval fantasiado de Pré-Sal.
Grande abraço

Navalha

O Príncipe da Privataria cometeu alguns atos de traição.

Pode-se dizer que ele vendeu, deliberadamente, a Segurança Nacional.

Em junho de 1993, ele vendeu à estrangeira Bunge a Ultrafértil, que produzia 42% dos fertilizantes do país.

Junto foi a Petrofértil, que produzia – e só ela – o combustível pesado para acionar os foguetes que saem de Alcântara.

Foguetes demandam combustíveis líquidos e sólidos.

Os sólidos são os mais complicados, porque, altamente poluentes, exigem um transporte complexo.

A Petrofértil foi fechada e o Brasil perdeu o fornecedor doméstico – e estatal – de combustível para foguetes.

(Depois a Petrobras recomprou a Ultrafértil.)

Outra traição à Segurança Nacional se deu em 1º de julho de 1998, no fim do primeiro mandato – para que não houvesse o risco de não conseguir fazê-lo mais tarde.

Foi quando ele assinou o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares.

E jogou no lixo décadas de luta da diplomacia brasileira, de JK aos militares, que resistiu à furiosa pressão dos americanos, que, claro, querem o monopólio da energia nuclear.

Assinar o TNP foi a traição MAIOR, na opinião do amigo navegante.

Tem mais traição.

No dia 29 de julho, ele vendeu a Embratel à americana MCI.

Depois comprada pelo mexicano Slim.

Com a Embratel ele vendeu um satélite de comunicações com banda militar e a base terrestre para operá-la.

O Brasil tem que alugá-los ao Slim.

Enquanto não chega, ano que vem, o mega-satélite geoestacionário que a Dilma mandou comprar.

Como diria o então tucano Bresser Pereira, “só um bobo dá a telefonia para estrangeiros”.

O FHC deu.

Mas, de bobo não tem nada.

A outra traição à Segurança Nacional foi deixar de herança ao Lula uma licitação quase pronta de compra de caças.

A pedido dos americanos, ele tirou da licitação os Sukhoi-35 russos.

E deixou os americanos, os suecos – um clone dos americanos e da preferência da Tacanhêde -, e os franceses.

Agora, provavelmente, a Dilma vai ter que incluir os Sukhoi-35 de volta à competição.

O Príncipe da Privataria entregou a mercadoria.

Como lhe encomendaram.

Ele se elegeu para vender e entregar o Brasil aos americanos.

E foi o que ele fez.

Tirou o sapato !

Porque sempre acreditou em tirar o sapato.

Sua famosa “teoria da dependência” não passa disso: o Brasil não tem futuro, mesmo, então, é melhor ser dependente dos americanos.

Qual a surpresa, amigo navegante ?

Quem disse que “o 7 de setembro é uma palhaçada”?

Em tempo do amigo navegante missivista: lembrei: o primeiro ato do Nunca Dantes foi criar o Fome Zero… Essa é a diferença entre um governo que tem a preocupação com a população como inabalável prioridade máxima e seus opositores, qualquer um deles.
Paulo Henrique Amorim

Como FHC vendeu a Segurança Nacional | Conversa Afiada

05/10/2013

I$$o você não vê na Globo, Folha, Veja, Estadão

Instituto Millenium: ”- não dá para comparar nossos corruptos são melhores preparados do que os outros!”

Istoé detalha conexão Paris-PSDB paulista

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Esquema tinha como peça central Andrea Matarazzo; nasceu na área de energia e migrou, depois, para o setor de transportes; propinoduto tucano movimentou mais de R$ 425 milhões; investigações da Polícia Federal, a partir dos apontamentos feitos pelo Ministério Público, podem estar chegando em sua etapa conclusiva: relação entre a empresa francesa Alstom e os tucanos paulistas começam a ficar mais claras, para provar caso de superfaturamento; reportagem também aponta os lobistas dos esquemas de energia e transporte:  um deles é Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e diretor dos Correios na gestão FHC

4 de Outubro de 2013 às 21:34

247 – Os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE) são apontados em nova reportagem da revista Istoé que chega neste sábado (5) às bancas, como peças centrais nos escândalos que envolveram os governos paulistas em São Paulo. Primeiro na área de energia, depois no transporte público, atravessando as gestões de Mário Covas (1995-2001), de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010). Esquemas envolveram pelo menos R$ 425 milhões dos cofres públicos. "Parte da propina paga pela empresa francesa Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista”, diz a matéria

“Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de poder pela remuneração””, anota.

Confira a reportagem na íntegra:

Operação França

Investigações chegam ao topo do esquema e mostram que líderes tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP

As investigações sobre o escândalo do Metrô em São Paulo entraram num momento crucial. Seguindo o rastro do dinheiro, a Polícia Federal e procuradores envolvidos na apuração do caso concluíram que o esquema do propinoduto tucano começou a ser montado na área de energia, ainda no governo de Mário Covas (1995-2001), se reproduziu no transporte público – trens e metrô – durante as gestões também de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010) e drenou ao menos R$ 425 milhões dos cofres públicos. Para as autoridades, os dois escândalos estão interligados. Há semelhanças principalmente no modo de operação do pagamento de propina por executivos da multinacional francesa Alstom a políticos e pessoas com trânsito no tucanato para obtenção de contratos vantajosos com estatais paulistas. Nos dois casos, os recursos circulavam por meio de uma sofisticada engenharia financeira promovida pelos mesmos lobistas, que usavam offshores, contas bancárias em paraísos fiscais, consultorias de fachadas e fundações para não deixar rastros. A partir dessas constatações, a PF e o MP conseguiram chegar ao topo do esquema. Ou seja, em nomes da alta cúpula do PSDB paulista que podem ter tido voz ativa e poder de decisão no escândalo que foi o embrião da máfia dos transportes sobre trilhos. São eles os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE). Serrista de primeira hora, Matarazzo é acusado de corrupção por ter se beneficiado de “vantagens oferecidas pela Alstom”. De acordo com relatório do MP, as operações aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe Jaffré, representantes da Alstom no esquema que teria distribuído mais de US$ 20 milhões em suborno no País. É a chamada conexão franco-tucana.

Para avançar ainda mais nas investigações e conseguir esquadrinhar com precisão o papel de cada um no esquema, a procuradoria da República obteve judicialmente a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos três líderes tucanos e de mais oito pessoas. Constam da lista lobistas, intermediários e secretários ou presidentes de estatais durante a gestão de Mário Covas (PSDB) em São Paulo. A ordem judicial também solicitou informações sobre o paradeiro dos dois executivos franceses. As investigações conduzidas até agora já produziram avanços importantes. Concluíram que parte da propina paga pela Alstom abasteceu os cofres do PSDB paulista. Documentos e depoimentos obtidos também já foram considerados suficientes para Milton Fornazari Júnior, delegado da Polícia Federal, estabelecer que as ordens dos executivos franceses Pierre Chazot e de Philippe Jaffré eram suficientes para convencer os mais altos escalões do governo estadual a conceder a Alstom vitórias em contratos superfaturados para o fornecimento de equipamentos no setor de energia. Eles usavam aquilo que um executivo da empresa francesa qualificou de “política de poder pela remuneração”.

Uma série de evidências demonstra que a máfia na área de energia serviu como uma espécie de embrião do cartel dos trens. Ao elencar os motivos do pedido de quebra de sigilo, o procurador da República Rodrigo de Grandis faz a ligação entre os dois esquemas ao destacar a existência de “contratos de consultoria fictícios utilizados para o pagamento, entre abril e outubro de 1998, quando a Alstom T&D (por meio do consórcio franco-brasileiro Gisel) e a Eletropaulo negociavam um contrato aditivo à obra de reforma e expansão do Metrô de São Paulo”.

Os métodos para acobertar os pagamentos de suborno utilizados pela Alstom se assemelham aos de outras empresas do cartel dos trens, a exemplo da Siemens. Como ISTOÉ mostrou em julho, a multinacional alemã, por meio de sua matriz ou filial brasileira, contratava as offshores uruguaias Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A, controladas pelos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, falecido. Os irmãos ficavam encarregados de intermediar ou distribuir o dinheiro da propina. Porém, o número de empresas em paraísos fiscais usadas pela Alstom para encobrir o pagamento dos subornos pode ter sido bem maior. Pelo menos cinco já foram identificadas: a MCA, comandada por Romeu Pinto Júnior e com sede no Uruguai, a Taltos, a Andros, a Janus e a Splendore. Elas eram operadas pelos franceses Pierre Chazot e Philippe Jaffré, então executivos da Alstom, por meio de procurações. Eles abriam contas nos Estados Unidos e na Suíça e distribuíam os recursos. Foi através dessa engrenagem que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e homem forte do governo Mário Covas, Robson Marinho, recebeu cerca de US$ 1 milhão em uma conta na Suíça. O montante encontra-se bloqueado pela Justiça do país europeu.

Se alguém preferisse receber no Brasil, os executivos da francesa Alstom também se encarregavam de fazer o caminho de volta por um doleiro. Em depoimento ao Ministério Público, Romeu Pinto Júnior confirmou que recebia os valores em notas e que o executivo Pierre Chazot “lhe ordenava entregar os pacotes com dinheiro em espécie a pessoas”. Porém, inacreditavelmente, declarou “que desconhece a identidade” daqueles que foram os destinatários dos polpudos envelopes. Parte do dinheiro que chegou às mãos de Romeu veio pelo doleiro Luiz Filipe Malhão e Sousa. Ele assumiu para as autoridades ter feito duas remessas de contas da MCA do Exterior para o Brasil. “A primeira no valor de US$ 209.659,57”, destaca documento do MPF. “A segunda no valor de US$ 298.856,47”, consta em outro trecho. A origem de ambas as operações era uma conta da MCA no banco Union Bacaire Privée, de Zurique, na Suíça.

Assim como outras empresas do cartel, o conglomerado francês também lavava o dinheiro da propina em território nacional. O esquema consistia em contratar empresas brasileiras que emitiam notas de serviços que nunca foram prestados. Em troca de comissão, os valores pagos eram repassados pelos contratados a políticos e servidores públicos, sempre seguindo as ordens dos executivos do grupo francês. Era esse serviço que a Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos, com um único funcionário, desempenhava. “A principal origem de receitas (da Acqua Lux) advém de serviços prestados à Alstom T&D Ltda.”, destaca documento do MPF. “Os peritos verificaram a possibilidade de a empresa, nos anos 2000 e 2001, não ter prestado efetivamente serviços para a Alstom”, diz o MP em outro trecho. O proprietário da companhia, Sabino Indelicato, figura entre os indiciados pela Polícia Federal. Na Siemens, a encarregada dessa função era a MGE Transportes, dirigida por Ronaldo Moriyama. De acordo com uma planilha de pagamentos do conglomerado alemão, já revelada por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a políticos e diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Também chama a atenção da Polícia Federal e do Ministério Público o fato de os dois escândalos utilizarem lobistas e consultores em comum. Um deles é Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (1994) e diretor dos Correios na gestão Fernando Henrique Cardoso, Fagali Neto é conhecido pelo seu bom trânsito entre os tucanos. Seu irmão José Jorge Fagali foi presidente do Metrô na gestão de José Serra e é investigado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual por fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do estatal. Em 2009, autoridades suíças sequestraram uma conta conjunta com US$ 7,5 milhões de Fagali Neto com José Geraldo Villas Boas – também indiciado pela PF. A quantia depositada no banco Leumi Private Bank AG teve como origem o caixa da francesa Alstom. Agenda e e-mails entregues por uma ex-funcionária de Fagali Neto ao MP mostram que ele prestava serviços também a outras empresas da área de transporte sobre trilhos relacionadas ao cartel. Entre elas, a canadense Bombardier e Tejofran. O seu interesse pelo setor é tamanho que, por e-mail, ele recebeu irregularmente planilhas de um projeto ainda em desenvolvimento de Pedro Benvenuto, dirigente da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo demitido nas esteiras das acusações. Em outra troca de mensagens com agentes públicos, Fagali Neto também mostra preocupação com a obtenção de financiamento junto ao Banco Mundial (Bird), BNDES ou JBIC para as obras das linhas 2 e 4 do Metrô paulista. Tamanha interligação entre os esquemas, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, não é mera coincidência.

Istoé detalha conexão Paris-PSDB paulista | Brasil 24/7

23/09/2013

Contra corrupção do PSDB golpistas não uivam

Filed under: ALSTOM,Grupos Mafiomidiáticos,Isto é PSDB!,Siemens — Gilmar Crestani @ 7:41 am
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Como reconheceu Ives Gandra e outros tantos depois da decisão do STF, não havia provas contra Dirceu e Genoíno, mas precisam ser condenados para servirem de cortina de fumaça para que coisas como esta continuassem acontecendo em São Paulo. Mais, Joaquim Barbosa viu na Ação 470, em conluio com Roberto Gurgel, a oportunidade de dizer que a alta cúpula do judiciário, onde Daniel Dantas declarou que “resolveria tudo facilidade”, não só dava habeas corpus a corrupto, mas também punia. Balela de mariposas doidas por holofotes dos grupos mafiomidiáticos.

Investigado pela PF recebia dados do Metrô e da CPTM

Consultor trocava e-mails com integrante da Secretaria de Transportes de SP

Mensagens de 2006 e 2007 foram entregues a investigadores por ex-secretária de suspeito, que nega irregularidade

FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHOJOSÉ ERNESTO CREDENDIODE SÃO PAULO

Um consultor investigado pela Polícia Federal sob a suspeita de ter intermediado o pagamento de propina da Alstom para políticos tinha um parceiro na cúpula da Secretaria dos Transportes Metropolitanos do governo paulista, que lhe fornecia dados internos do Metrô e da CPTM.

O acesso privilegiado do consultor José Fagali Neto foi revelado por sua ex-secretaria Edna Flores, em depoimento aos Ministérios Públicos federal e estadual. Ela entregou e-mails que comprovam a relação.

As mensagens também mostram a proximidade de Fagali Neto com consultores e empresas investigados pela PF e o Ministério Público pela suposta formação de cartéis no sistema de trens do Estado entre 1998 e 2008, segundo a delação feita pela Siemens em maio deste ano.

A ex-secretária disse à Folha que o engenheiro Pedro Benvenuto, atual secretário-executivo do conselho gestor de Parcerias Público-Privadas da Secretaria do Planejamento do governo Alckmin, frequentava o escritório de Fagali Neto em 2006 e 2007.

Na época, Benvenuto era coordenador de gestão e planejamento da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Metrô e CPTM são empresas ligadas à pasta. Em 2006, Geraldo Alckmin (PSDB) era o governador; o também tucano José Serra assumiu em 2007.

"Ele às vezes usava o meu computador para alterar dados de planilhas de assuntos que ele tinha com o Fagali", diz Edna. Segundo ela, Fagali mandava-a para o shopping quando executivos da Bombadier iam ao escritório.

MENSAGENS

Em julho de 2006, Benvenuto transmitiu a Fagali Neto cópia de um e-mail com discussões e planilhas sobre o Programa Integrado de Transportes Urbanos do governo até 2012. Na época, os dados públicos sobre gastos do Metrô, reunidos no Plano Plurianual, só iam até 2007.

Em setembro de 2006, a um mês das eleições para o governo do Estado, Benvenuto usou um e-mail pessoal para encaminhar a Fagali um plano de ações da futura gestão na área de transportes.

Um conjunto de e-mails reunido pela secretária também mostram que empresas como Bombardier e Tejofran contrataram os serviços de Fagali Neto para tentar conquistar uma parceria público-privada com a CPTM para reformar trens da série 5000 –um negócio que poderia alcançar R$ 1 bilhão.

As duas empresas são acusadas pela Siemens de fazer parte de um cartel que atuava no Metrô, na CPTM e no governo do Distrito Federal.

Em um e-mail de novembro de 2007, o diretor de novos negócios na Tejofran, Telmo Porto, escreveu diretamente a Carlos Levy, presidente da Bombardier na época: "Preocupa-me a divisão do nosso grupo na PPP-5000, pois temo que dissidência inicial crie concorrente forte".

O negócio, porém, não foi adiante. O Metrô preferiu comprar trens a reformá-los.

O consultor Fagali Neto tinha intimidade com o setor. Seu irmão, José Jorge Fagali, foi gerente financeiro do Metrô em 2006 e presidente da empresa entre 2007 e 2010.

Em razão da suspeita de o consultor ter intermediado propinas da Alstom, o governo da Suíça bloqueou uma conta atribuída a ele, com saldo de US$ 6,5 milhões.

17/09/2013

Esta privada foi presente de FHC

Filed under: FHC,Privataria Tucana,Privatas do Caribe,Privatidoações,Santander — Gilmar Crestani @ 9:28 am
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E não bastasse isso, os lucros alegremente surrupiado dos brasileiros, é levado para salvar empregos na Espanha. Ah, esse gênios do PSDB (Partido Só De Banqueiros)! O único que lucrou com a doação ao Santander foi FHC, que assim conseguiu esconder na Espanha sua amante Miriam Dutra, que, para chantagea-lo, o Globo dizia ter um filho dele, e ele assumiu, mas que os filhos da D. Ruth Cardoso provaram, com exame de DNA, que era só filho da mãe. É um gênio, este FHC!

Para o cliente, Santander é o pior banco do País

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Pelo sétimo mês consecutivo, banco espanhol lidera reclamações de clientes por maus serviços prestados; a despeito do slogan "sua vez, sua voz, seu banco", clientes estão insatisfeitos e as reclamações se referem a débitos não autorizados e cobrança irregular de tarifas, entre outros problemas

Brasil 24/7

16/09/2013

Ah, se fosse o José Dirceu…

Filed under: ALSTOM,Golpismo,Grupos Mafiomidiáticos,Perseguição,Siemens,STF,Tapetão — Gilmar Crestani @ 7:51 am
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Não digo que José Dirceu não seja culpado. Até porque vida longa na política, como a de Pedro Simon, para ficar num exemplo gaúcho, é resultado de muito compadrio e pouca serventia. A questão toda tem a ver com os pesos e medidas, tanto da imprensa quanto do STF. Ambos criminalizam tudo o que tenha a ver com movimentos sociais, mas aliviam para todos os que são anti-petistas. Se José Genuíno fosse banqueiro, como Índio da Costa, Salvatore Cacciola ou Daniel Dantas, Gilmar Mendes ou Marco Aurélio Mello arrumariam habeas corpus a mancheia. Se José Dirceu fosse um estuprador como o médico Roger Abdelmassih, poderia viver tranquilo em qualquer lugar com o beneplácito destes mesmos ministros. E, para concluir, se ao invés de trabalharem com Caixa 2 estes petistas tivesse comprado uma reeleição para o Lula, aí sim seriam levados ao paraíso em vida. No mínimo à Academia Brasileira de Letras.

Secretário se reuniu 73 vezes com grupos citados em cartel

Auxiliar de Alckmin recebeu emissários de 8 empresas acusadas pela Siemens

Agenda de responsável por gerenciar metrô e trens em São Paulo também aponta três conversas com lobista

PAULO GAMA, DE SÃO PAULO, para a FOLHA

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo se reuniu, desde o início da atual gestão, 73 vezes com representantes de oito companhias que foram citadas pela Siemens como integrantes de cartéis que atuaram em licitações da CPTM e do Metrô, empresas públicas vinculadas à pasta.

Dos 15 executivos dessas empresas que foram apontados pela multinacional alemã como "envolvidos na infração" relatada, seis tiveram audiências com o secretário nos últimos dois anos e meio.

Os encontros estão registrados na agenda de audiências concedidas por Jurandir Fernandes (PSDB) entre janeiro de 2011 e agosto de 2013, encaminhada à Folha via Lei de Acesso à Informação.

As reuniões, portanto, são posteriores às licitações em que o cartel agiu –entre 1998 e 2008–, de acordo com o relato feito pela Siemens ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A secretaria disse, em nota, que da agenda "constam encontros óbvia e obrigatoriamente ligados ao cargo" que "trataram de assuntos de interesse público, como a apresentação de projetos e o andamento de obras".

Fernandes diz não ver anormalidade nos encontros. Segundo ele, as reuniões com empresários da área servem para "vender o peixe" da secretaria e cobrar os executivos por eventuais atrasos.

Nos documentos que entregou ao Cade, a Siemens diz que o governo soube e deu aval à formação do cartel.

Os encontros não configuram ilegalidade, mas a legislação impede a atuação de agente público que frustre o caráter competitivo de uma licitação e favoreça empresa.

LOBBY

Quando as reuniões aconteceram, ao menos 6 das 8 empresas já eram investigadas pelo Ministério Público por suspeita de fraudes em licitações da pasta. Nesse intervalo, Fernandes também recebeu o lobista Arthur Teixeira três vezes.

Teixeira é apontado na investigação do Cade como intermediador do encontro que definiu o acerto que superfaturou contratos de manutenção dos trens da CPTM. Nas reuniões com Jurandir, ele esteve com representantes do grupo Efacec, de Portugal.

Na maior parte dos encontros, que duravam cerca de uma hora, Fernandes estava acompanhado dos presidentes do Metrô e da CPTM.

Nesse período, as duas empresas públicas firmaram seis contratos, no total de R$ 1,9 bilhão com duas dessas companhias, a T’Trans e a CAF, ou com consórcios dos quais elas participaram.

No intervalo, Fernandes também fez visitas a fábricas e escritórios de quatro dessas empresas –Alstom, Siemens, CAF e Bombardier.

Procuradas pela Folha, Alstom, Siemens, Tejofran, T’Trans e Bombardier informaram que as reuniões trataram de obras e projetos da pasta e fazem parte do contato normal entre contratantes e contratadas.

A Mitsui disse que não se pronunciaria porque as investigações do Cade ainda estão em curso. A CAF não respondeu, e a Balfour Beatty Brazil não quis se pronunciar.

Colaborou BRUNO BOGHOSSIAN, do Painel

07/09/2013

Tudo o que sai pelo canto pode entrar pelo cano e ir em cana

Filed under: Bandidagem,Corrupção,Corruptores,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 8:55 am
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Este movimento poderia levar o nome: Movimento Contra  a Corrupção dos Outros ou Movimento para Eliminar Nossa Concorrência!

sniper

O acampamento montado por um atirador treinado, diante do palanque de Dilma

6 de setembro de 2013 | 18:37

Não sou policial, nem policialesco.

Mas não sou irresponsável e peço a sua atenção para o que vou descrever e mostrar.

Nao estou sugerindo que seja um atentado. Mas a história é de arrepiar.

O Globo publica agora à tarde que um grupo de “manifestantes” acampou diante do palanque presidencial montado para o desfile de Sete de Setembro.

Nada demais, todos têm o direito de se manifestar.

E a gente tem o direito de saber quem são.

O jornal os identifica como integrantes do Movimento Brasil Contra a Corrupção.

Que tem um site na internet, o mbcc.com.br registrado por Geraldo Magela Abreu, um de seus autores e o dono do registro do domínio na internet.

Do Movimento e de outro, como os “Amigos do Tiro”, ainda em construção.

Geraldo é um entusiasta de armas e pode ser visto aqui treinando tiros de pistola.

Será que os alegres meninos que estão sentados ali sob a égide de seu “MBCC” sabem que seu líder é um “sniper”?

Nao estou acusando Geraldo de nada, a não ser de pertencer à este grupinho de maníacos que realizam suas frustrações segurando um cano de pistola, como aliás ele deveria ter aprendido, já que se identifica como aluno de psicologia da Uniceub.

Mas é bom que todo mundo saiba com quem está se metendo e, ainda que, por precaução e civilizadamente, seja feita uma verificação de se Geraldo estará portando um arma, com o treinamento que fez para usá-la, ali bem defronte ao palanque presidencial.

Todas as páginas que comprovam o que estou dizendo podem ser vistas aqui, aqui, aqui e aqui.

E, abaixo, o video do treinamento de Geraldo com uma pistola Glock, que ele mesmo colocou no Youtube.

Por: Fernando Brito

O acampamento montado por um atirador treinado, diante do palanque de Dilma | TIJOLAÇO

31/08/2013

Mais um tijolinho na (des)construção do ventríloquo dos grupos mafiomidiáticos

 

Folha confirma "garganta profunda" contra FHC

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Jornal que, em 1997, denunciou a compra de votos para aprovação da emenda à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirma que Narciso Mendes, personagem central do livro "O Príncipe da Privataria", do jornalista Palmério Doria, é mesmo o personagem que a Folha apresentava como "Senhor X" em suas reportagens; Mendes gravou deputados admitindo terem recebido propina de R$ 200 mil para votar a favor da reeleição; segundo o jornal, revelação é "histórica"; no caso Watergate, a identidade de Mark Felt, fonte das notícias que derrubaram Richard Nixon, foi preservada durante 33 anos; aqui, o escândalo de FHC não deu em nada

31 de Agosto de 2013 às 09:01

247 – Na reta final do julgamento da Ação Penal 470, um discurso do ministro Celso de Mello chamou a atenção. Segundo ele, o tratamento conferido ao réu José Dirceu foi "benigno", uma vez que se tratava de corromper as instituições para permitir que um determinado grupo se perpetuasse no poder.

Curiosamente, neste fim de semana, chega às livrarias a obra "O Príncipe da Privataria", do jornalista Palmério Doria, que aborda uma compra efetiva de votos para que um determinado grupo se perpetuasse no poder. Em 1997, para que a emenda que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fosse aprovada, parlamentares foram comprados, alguns receberam R$ 200 mil, e o pagamento foi operado por personagens que hoje despontam no escândalo do metrô.

Nada foi feito, ninguém foi denunciado e nenhum dos personagens se transformou em réu. Naquele ano de 1997, o principal denunciante da história era apontado pela Folha como "senhor X", um personagem que gravou deputados admitindo terem recebido a propina. No livro, Palmério revela que ele era o empresário e ex-deputado Narciso Mendes.

Na edição deste sábado, pela primeira vez, a Folha confirma que Mendes foi efetivamente o "senhor X" ou o seu "garganta profunda". Num texto de Ricardo Mendonça, o jornal classifica a revelação de Palmério Doria, que é também colunista do 247, como "histórica".

No Brasil, Mendes permaneceu incógnito durante 16 anos. Nos Estados Unidos, a identidade de Mark Felt, o vice-presidente do FBI que denunciou o escândalo Watergate, foi preservada durante 33 anos. A diferença é que, lá, o presidente Richard Nixon caiu. Aqui, FHC festeja a prisão de réus, que, como diz Celso de Mello, corromperam as instituições para se perpetuar no poder.

Abaixo, a reportagem de Ricardo Mendonça, em que a Folha confirma a identidade do seu informante e lembra que o caso nunca foi investigado:

Livro contra FHC revela fonte que provou compra de votos

"Senhor X" gravou deputados que disseram receber para aprovar reeleição em 97

Empresário Narciso Mendes assume identidade 16 anos após escândalo que abalou governo tucano

RICARDO MENDONÇA

DE SÃO PAULO

O livro "O príncipe da privataria", um libelo contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que está sendo lançado pelo jornalista Palmério Dória, traz uma revelação histórica sobre a compra de votos no Congresso a favor da emenda constitucional da reeleição, esquema denunciada pela Folha em 1997.

Tratado pelo jornal como "Senhor X" em diversas reportagens, o homem que naquele ano gravou deputados admitindo a venda de votos assumiu sua real identidade.

Trata-se do empresário e ex-deputado Narciso Mendes, 67 anos, dono de um jornal e de uma retransmissora do SBT em Rio Branco (AC). Em 16 anos, ele nunca havia falado publicamente sobre o assunto. A seu pedido, seu nome era preservado pelo jornal.

O depoimento de Mendes admitindo ter colhido as provas da compra de votos é tema dos capítulos 11 e 12 de "O príncipe da privataria" (399 páginas, Geração Editorial).

Na época, Mendes já era ex-deputado. Com bom trânsito na bancada do Acre, ele afirma que aceitou gravar os colegas e entregar o material ao repórter Fernando Rodrigues, autor da série de reportagens da Folha sobre a compra de votos, porque era "intransigentemente contra" a emenda que viria a favorecer FHC.

Seu único pedido era a manutenção do anonimato, condição que o jornal aceitou por entender que o interesse jornalístico se sobrepunha à necessidade de revelação de seu nome. Com a iniciativa do próprio em revelar sua identidade, a Folha entende que o acordo está encerrado.

HISTÓRICO

Nas gravações do "Senhor X" em 1997, dois deputados do Acre, Ronivon Santiago e João Maia (ambos do PFL, hoje DEM) diziam ter votado a favor da emenda da reeleição em troca de R$ 200 mil, o equivalente a R$ 530 mil hoje.

Outros três deputados eram citados de forma explícita nas gravações. As conversas sugeriam que dezenas teriam participado do esquema.

A denúncia causou abalo no governo, mas o assunto nunca foi investigado. A tentativa de criação de uma CPI foi abafada. O então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, não pediu a abertura de inquérito.

Em 21 de maio de 1997, oito dias após o caso ter sido publicado, Santiago e Maia renunciaram. Os ofícios enviados ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), eram idênticos. Ambos alegaram "motivos de foro íntimo".

Dez anos depois, em sabatina na Folha, FHC não negou que tenha ocorrido compra de votos, mas disse que a operação não foi comandada pelo governo. "O Senado votou [a reeleição] em junho [de 1997] e 80% aprovou. Que compra de voto? (…) Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos."

APANHADO

Apesar do tom escandaloso do subtítulo, "A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e FHC ganhou sua reeleição", o livro não traz material exclusivo sobre a venda de estatais durante o governo tucano (1995-2002).

As várias denúncias citadas, muitas vezes apresentadas de forma confusa e imprecisa, são reproduções de notícias publicadas em jornais e revistas da época. Já os argumentos econômicos são colagens de artigos publicados nos anos 90 pelo jornalista Aloysio Biondi (1936-2000), ex-colunista da Folha.

A informação mais polêmica do livro não está no material de Dória, mas na "Carta do Editor", assinada na introdução por Luiz Fernando Emediato, dono da Geração.

Emediato diz que em 1991, quando denúncias contra o então presidente Fernando Collor começaram a surgir,ouviu uma confissão de uso de caixa dois da boca do próprio FHC numa viagem aos EUA.

Ele diz ter ouvido de FHC o seguinte: "A diferença entre nós e eles [a turma de Collor] é que nós gastamos o dinheiro em campanhas, enquanto eles enfiam uma boa parte em seus próprios bolsos".

Por escrito, o assessor do Instituto FHC Xico Graziano afirmou que o ex-presidente não se lembra de ter estado com Emediato nos EUA. Graziano classificou a frase atribuída a ele como "absurda" e disse que ela "jamais teria sido por ele pronunciada".

O PRÍNCIPE DA PRIVATARIA

AUTOR Palmério Dória
EDITORA Geração Editorial
QUANTO R$ 39,90
CLASSIFICAÇÃO ruim (pra FHC!!!)

Folha confirma "garganta profunda" contra FHC | Brasil 24/7

25/08/2013

Dos três patetas, dois estão presos e um em via de

Filed under: Corrupção,Edmundo Safdié,FHC,Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 9:23 pm
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Os três perfeitos patetas latinos foram maquiados por Bill Clinton e por ele teleguiados. Dois ventríloquos estão presos. Alberto Fujimori e Carlos Menem. O terceiro já está esvaziando os bolsos e passando vaselina nos punhos para receber as pulseiras da polícia. Este nem o capitão de mato da Globo no STF vai salvar. O PSDB tinha “os melhores  quadros”, como tentaram nos vender os grupos máfiomidiáticos. Mas eram roubados. Por que todo político corrupto do PSDB usa o dinheiro para comprar apartamento ou casa? Alguém ainda lembra da casa da Yeda Crusius. Domínio do fato é isto aí, o resto é inveja, rancor e ódio.

Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC

dom, 25/08/2013 – 12:26 – Atualizado em 25/08/2013 – 15:57

Luis Nassif

Jornal GGN – O dono do banco onde estava a conta “Marilia” – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência. E é um veterano conselheiro de políticos. Trata-se do banqueiro Edmundo Safdié. Em 2006,  tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheito do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça. http://www.jfsp.jus.br/20061031celsopitta/

A rigor,  a compra do apartamento pode ser apenas coincidência. O apartamento adquirido – 450 m2 do Edifício Chopin, rua Rio de Janeiro, Higienópolis – fica a poucos metros do antigo apartamento de FHC, na rua Maranhão. Na época, FHC anunciou que pagara R$ 1,1 milhão pelo apartamento – valor considerado muito baixo por moradores do edifício. Mas também podia ser um agrado de Safdié, para se vangloriar de vender um imóvel para um ex-presidente.

Em outras operações, Safdié foi  mais controvertido. E a reincidência na lavagem de dinheiro – após o caso Pitta – pode explicar as últimas movimentações de Edmundo Safdié, vendendo seus ativos para outro banco.

A conta “Marília” estava no Leumi Private Bank da Suiça, antigo Multi Commercial Bank. Entre 1998 e 2002 – segundo documentos em poder da Polícia Federal – a conta movimentou 20 milhões de euros. Aslton e Siemens – as principais financiadores do esquema – compartilhavam a conta. Segundo revelou ao Estadão o ex-presidente da Siemens Adilson Primo, a movimentação era feita pela própria matriz da empresa. Fontes do Ministério Público Estadual informaram a IstoÉ que dessa conta saiu o dinheiro para o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Robson Marinho e para os lobistas Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas (leia aqui).

Nesse período, a instituição era controlada por Safdié, da tradição dos banqueiros libaneses-judeus que aportaram no Brasil no pós-Guerra e especializaram-se em administrar fortunas nos grandes mercados internacionais.

A saga dos Safdié

Edmond Safdié foi um brilhante banqueiro que fundou o Banco Cidade em 1965 e, nos tempos do regime militar, mantinha estreitas relações com o general Golbery do Couto e Silva.

Em 1966 entrou no ramo de gestão de fortunas e administração de recursos no mercado internacional. Adquiriu em Genebra, Suiça o Multi Commercial Bank, mais tarde convertido em Banco Safdié. Em 1988 criou o Commercial Bank of New York. http://www.safdie.com.br/institucional/index.html

No final dos anos 90, a família decidiu concentrar-se em gestão de patrimônio, reorganizou as empresas e concentrou a gestão de patrimônio no banco suíço.

No final de 2012, Banco Safdié foi adquirido pelo Leumi, maior banco de Israel pelo critério de ativos. No Brasil, a família concentrou-se apenas na gestão de ativos depois que a crise de 2008 lançou desconfiança geral sobre gestores de ativos. Também podem ter contribuído para a reestruturação do grupo as ações internacionais contra lavagens de dinheiro, que expuseram Edmundo no caso Celso Pitta. http://www.leumiprivatebank.com/

O apartamento de FHC

Logo que saiu da presidência, Fernando Henrique Cardoso adquiriu de Edmundo Safdié o apartamento no 8o andar do edifícil Chopin, a poucos metros de seu apartamento anterior.

Na época, anunciou-se o preço de R$ 1,1 milhão. Embora anterior ao boom de imóveis em São Paulo, considerou-se que o preço estava subavaliado, para um imóvel de 450 metros quadrados.  http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR48918-6009,00.html

GGN | Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC

24/08/2013

São Paulo, sede do Estadão, Folha e Veja, precisou alguém de fora para informar

GloboSonegaçaõ

O americano que descobriu o delator do cartel

Enviado por luisnassif, sab, 24/08/2013 – 11:08

Sugerido por Marco St.

Na minha opinião essa reportagem fabulosa, demolidora, completa e recheada de nomes aos bois do jornalista americano, demonstra o seguinte:

1 – O PSDB acabou. Todos os tucanos sabiam e usufruiam do tremsalão.

2 – O jornalismo brasileiro, salvo raríssimas excessões, está morto e sepultado.

3 – O Ministério Público do Estado de São Paulo está totalmente dominado pelo ainda morimbundo PSDB e prevaricou por anos a fio.

Da Agência Pública

O repórter que descobriu o whistleblower da Siemens

Há três anos, o jornalista Bryan Gibel veio de Berkeley para investigar a corrupção no metrô de São Paulo; foi ele quem publicou pela primeira vez a carta, que apareceu agora na imprensa brasileira, e entrevistou o ex-executivo que revelou o escândalo.

Em um dia frio e nublado em São Paulo, entrei em um escritório bagunçado, escondido nos meandros da Assembléia Legislativa, e me vi diante do ex-executivo da Siemens que há mais de um mês eu tentava localizar. Dois anos antes, esse homem de identidade sigilosa havia entregue a deputados do PT documentos que descreviam minuciosamente como dois dos maiores conglomerados europeus – a francesa Alstom e a alemã Siemens – tinham distribuído propinas por mais de uma década para conseguir contratos de construção e operação das linhas de metrô e do sistema de trens da região metropolitana de São Paulo. Os documentos tinham sido enviados pelo PT, em agosto de 2008, ao Ministério Público de São Paulo, que já participava de uma investigação sobre a Alstom a convite de autoridades suíças.

Depois que me apresentei, ele disse que eu era o primeiro repórter com quem falava sobre Alstom e Siemens, e que me daria a entrevista com a condição de manter o anonimato, porque temia por sua segurança. Também me entregou cópias de duas cartas escritas por ele, relatando, em detalhes, como Siemens, Alstom e outras companhias multinacionais no Brasil haviam pago propinas e formado cartéis ilegais para ganhar contratos públicos de milhões de dólares em São Paulo e Brasília. Contratos e documentos sustentavam a denúncia, e nomeavam os políticos e funcionários públicos que, segundo ele, tinham recebido dinheiro – havia até informações bancárias sobre os pagamentos ilícitos.

Hoje, passados mais de 3 anos, aquele encontro ganhou um novo significado. Em maio deste ano, as investigações sobre corrupção que até então envolviam a Alstom culminaram em um grande escândalo no Brasil depois que, em troca de imunidade, a Siemens e seus executivos passaram a colaborar com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, dando depoimentos e entregando documentos que indicam que a Siemens e mais de 20 pessoas pagaram propinas e formaram cartéis ilegais para ganhar contratos do governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal de quase R$ 2 bilhões.

As cartas e documentos que o ex-executivo da Siemens me entregou em São Paulo retratavam esse quadro de distribuição de propinas e corrupção em larga escala no setor metroferroviário brasileiro. Muito do que está sendo dito no CADE já havia sido relatado por aquele ex-executivo à direção da Siemens, assim como a conexão com o escândalo da Alstom, investigado desde 2008, e que no mesmo agosto deste ano, resultou no indiciamento de dez pessoas, entre elas dois ex-secretários de Estado do PSDB de São Paulo.

Investigando a corrupção, a mais de 6 mil milhas de casa

O caminho que acabou por me levar a essa valiosa fonte havia começado 10 meses antes, no campus da Universidade da Califórnia em Berkeley, a mais de 6 mil milhas de São Paulo. Fluente em português, fiquei empolgado quando um professor me falou sobre seu interesse em investigar um escândalo de corrupção no Brasil, envolvendo centenas de milhares de dólares.

Desde 2008, a Justiça e a polícia na Suíça, França e, de forma mais pontual, na Inglaterra e nos Estados Unidos, tinham aberto investigações sobre o esquema de propinas da Alstom ao redor do mundo. Parte das investigações feitas na Suíça envolviam o Brasil e, depois de avisados pelos suíços, membros do Ministério Público de São Paulo também começaram a apurar pagamentos suspeitos feitos pela companhia, associados a contratos para fabricar, instalar trens, sistemas de sinalização e vagões do metrô na região metropolitana.

Depois de uma semana de pesquisa e conversa com jornalistas brasileiros, decidi procurar os membros do PT na Assembléia, que há dois anos tentavam abrir uma CPI para investigar o caso, bloqueada pela maioria governista (o PSDB, partido do atual governador paulista, está há 18 anos no poder no Estado).

Nem telefonei antes. Preferi me apresentar pessoalmente e peguei o metrô, embarcando em um vagão novinho com o logotipo da Alstom em todas as janelas. Tive que fazer duas baldeações e andar 1 km para pegar um ônibus para a Assembléia, o que resultou em uma viagem de duas horas. O que não é uma experiência rara para os usuários do precário sistema de transporte público de São Paulo.

Encontrei a assessora de comunicação do PT no hall do imponente prédio da Assembléia. Tomamos um café juntos e eu perguntei sobre o caso Alstom. Ela disse que seria melhor conversar com um dos deputados, o que teria que ser agendado, mas, enquanto isso, disse, ela poderia me entregar a cópia de um dossiê organizado pelo PT sobre o caso. Recebi o calhamaço com centenas de páginas de documentos presos por grampos. Não tive nem que tirar xerox.
O dossiê incluía contratos, relatórios policiais, dados estatísticos e uma coleção de matérias publicadas na imprensa brasileira. As informações indicavam que, entre 1989 e 2007, a Alstom e suas consorciadas ganharam pelo menos 139 contratos no valor de R$ 7,6 bilhões do governo do Estado de São Paulo. Quase todos os contratos eram referentes ao metrô de São Paulo e à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Do total, quase R$ 1,4 bilhão se referiam a contratos considerados irregulares pelo Tribunal de Contas, de acordo com o dossiê.
Parte das informações já eram de conhecimento público. Em maio de 2008, a polícia suíça marcou uma reunião com membros do Ministério Público de São Paulo para falar sobre pagamentos de US$ 6,8 milhões que teriam sido usados como propinas para ganhar um contrato de US$ 45 milhões do metrô, de acordo com matéria do Wall Street Journal. Entre os documentos obtidos pelo repórter, alguns se referiam a aditivos de R$ 110 milhões, de 1998, que prolongavam a validade de um contrato assinado 15 anos antes.

Um memorando timbrado de 1997 a respeito desse contrato dizia bastante sobre o esquema. Nele, Bernard Metz, então executivo da Alstom informava a um colega que companhia pagaria 7,5% de propina pelo contrato a um indivíduo com as iniciais R.M. “É um pagamento para o governo local”, Metz escreveu em francês. “Está sendo negociado por um ex-secretário do governador”.

De acordo com as investigações policiais, esse ex-secretário era Robson Marinho, chefe de gabinete do governo Covas entre 1995 e 1997. Marinho, que depois se tornou conselheiro do Tribunal de Contas Estadual, o órgão de auditoria das contas públicas de São Paulo, muitas vezes deu o voto decisivo para aprovar a legalidade de contratos da Alstom hoje investigados. Ele chegou a admitir que assistiu a Copa do Mundo de 1998 em Paris às custas da Alstom – embora seja um homem próspero, dono de uma ilha no Rio de Janeiro e de um prédio de oito andares em um bairro nobre em São Paulo.

Em junho de 2009, as autoridades suíças bloquearam uma conta de Marinho sob suspeita de que tivesse sido usada pela Alstom para pagar propinas via depósitos offshore. No mês seguinte, o Ministério Público de São Paulo fez o mesmo com as contas bancárias de Marinho e de mais 18 suspeitos.

Outros documentos que obtive em São Paulo revelavam mais sobre o esquema atribuído a Alstom. Em depoimento juramentado ao MPE, em 2008, Romeu Pinto Júnior, suspeito de lavagem de dinheiro, disse que um ex-executivo da Alstom chamado Philip Jaffre, já falecido, havia montado várias companhias offshore no Uruguai e nas Ilhas Virgens para fazer circular secretamente os recursos da companhia que seriam pagos a políticos brasileiros. Os políticos recebiam em dinheiro, em encontros em restaurantes.

Em depoimento da mesma época, outro suspeito de lavagem de dinheiro, Luís Filipe Malhão e Sousa, disse ter usado várias empresas para distribuir as propinas da Alstom e lavado dinheiro através de vários bancos em Nova York. Mais de um milhão de dólares foram transferidos pelas empresas de Sousa nessas transações entre 1998 e 2002.

Em agosto de 2008, segundo documentos oficiais, pelo menos dez contratos da Alstom estavam sendo investigados pelo Ministério Público de São Paulo. Mas as tentativas do PT de abrir uma CPI continuavam sem obter os votos necessários na Assembléia.

Boa hora para um encontro rápido de muitas consequências

Enquanto rastreava o ex-executivo da Siemens, fui muitas vezes a Assembléia para conversar com deputados e assessores legislativos sobre os documentos compilados no dossiê. Em uma dessas visitas, ao entrar no departamento de pesquisas do PT, escondido em um canto da Assembléia, um homem magro, com alguns cabelos grisalhos disfarçando a careca, me disse, entusiasmado, que eu tinha chegado em boa hora. “Tem alguém aqui que eu quero que você conheça”. E saiu. Voltou pouco depois para me conduzir até uma sala de reuniões com uma mesa grande. Ali estava sentado um homem de olhar intenso, que me observava silenciosamente.

Depois de breves apresentações, ficou claro que o homem com quem eu estava falando era o ex-executivo da Siemens que eu procurava, com informações de primeira mão sobre a Alstom, Siemens e outras empresas que atuam no setor metroferroviário de São Paulo.

Contei-lhe o que já havia descoberto em minhas investigações sobre as acusações à Alstom. Do outro lado da mesa, ele me olhou e assentiu com a cabeça. Após uma conversa rápida, off the record, ele me disse: “Infelizmente você me pegou em um momento ruim, tenho que ir embora”. Antes de sair, porém, ele pegou uma pilha de papéis grampeados e me entregou. “Você é uma das pouquíssimas pessoas a ver isso”, disse. “Acho que vai achar interessante.” Pedi, mas não obtive seu contato e ele saiu rapidamente da sala, dizendo que eu poderia achá-lo através de meus conhecidos na Assembléia. Peguei um táxi e corri para casa para olhar os documentos.

Duas cartas e muitas revelações sobre o que se tornaria um escândalo

O primeiro era uma carta escrita em inglês endereçada ao Dr. Hans-Otto Jordan, em Nuremberg, Alemanha, em junho de 2008. Jordan, eu saberia depois, era o ombudsman da Siemens – um advogado contratado pela companhia para ouvir os empregados que quisessem fazer denúncias sobre práticas inapropriadas de negócios na companhia.

Na carta de oito páginas, o ex-executivo fornecia informações e documentos que compunham o que ele chamava “As práticas ilegais do presente e do passado da Siemens no Brasil”. E focava três contratos do setor de transportes metropolitanos com o cuidado de destacar que o mesmo esquema também era muito utilizado pelas divisões de equipamentos médicos e de energia da Siemens.

A primeira coisa que me chamou a atenção na carta foi o nível de detalhes sobre os casos relatados. Para cada contrato discutido, a fonte nomeava as companhias envolvidas, dizia os valores e a quem as propinas haviam sido pagas, nomeando os funcionários de alto escalão do governo de São Paulo e do Distrito Federal que receberam o suborno. Dois dos três contratos denunciados eram acordos para expandir o sistema metropolitano de trens. O primeiro era um contrato de 288 milhões de dólares, assinado em 2000, para ligar uma linha de trem – a G da CPTM – à linha 5 do metrô, a linha lilás, com apenas cinco paradas, que vai do Largo Treze ao Capão Redondo, no extremo da zona Sul de São Paulo.

Quase dois terços desse dinheiro vinha do governo de São Paulo; o resto tinha sido financiado pelo BID de acordo com os registros oficiais. Esse contrato, anexo à carta do executivo, tinha sido dividido entre várias companhias, incluindo a Alstom, a Siemens, a Daimler Chysler, a grande companhia espanhola CAF e vários pequenos parceiros e subcontratados.

Para garantir o contrato, a Alstom havia costurado um acordo com as outras companhias para oferecer preço inferior ao dos concorrentes na licitação da nova linha de metrô, segundo o ex-executivo. Depois, dividiriam o bolo. Cada uma das empresas pagaria uma parte das propinas aos funcionários do governo estadual, correspondentes a 7,5% do valor do contrato, segundo a carta.

Siemens e Alstom camuflavam o dinheiro das propinas através de duas companhias no Uruguai – Leraway Consulting e Gantown Consulting-, e duas brasileiras, Procint e Constech, de propriedade de Arthur e Sergio Teixeira, segundo a carta. Os recursos eram então transferidos para o Brasil onde as propinas eram pagas em dinheiro vivo. Os documentos dos contratos com as firmas uruguaias, assinados pela Siemens em Munique em abril de 2000, também foram anexados.

O próximo grupo de documentos se referia a contratos com o governo estadual para fabricar e colocar em operação dez trens comprados pela CPTM. Em 1997, a Siemens ganhou um contrato no valor de 103 milhões de marcos alemães para vender dez trens para a CPTM. Pelo acordo, a companhia dividiria o contrato com a empresa japonesa Mitsui, que se encarregaria do suporte e treinamento técnico; mas o papel verdadeiro da Mitsui, segundo a denúncia, era o de pagar propinas para os funcionários da CPTM, sempre de acordo com a carta do ex-executivo. “O contrato era apenas uma ‘cortina de fumaça’ para ocultar sua função real, que era subornar o cliente”, ele escreveu.

Cinco anos depois, a Siemens assinou mais um contrato com a CPTM para operar e manter os vagões vendidos em 1997. A companhia obteve o negócio subcontratando a empresa brasileira MGE Transportes, então dirigida por Ronaldo Moriyama, conhecido por “sua atitude agressiva e arriscada” ao subornar funcionários do governo para obter contratos, escreveu o ex-executivo, que chegou a nomear os que teriam recebido as propinas da MGE. “Muitos diretores do Metrô de SP e da CPTM estão na folha de pagamentos dele (Moriyama) há anos”, dizia a carta. “Os mais conhecidos eram: Décio Tambelli (ex-diretor de operações do Metrô), Jose Luiz Lavorente (ex-diretor de operações da CPTM) e Nelson Scaglione (Gerente de Manutenção do Metrô de SP ).”

O ex-executivo também detalhou o esquema de propinas da Alstom no Metrô em Brasília que, segundo a carta, funcionava há anos. Para garantir os contratos, a companhia pagava R$ 700 mil de propina por mês ao ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, e diretores do metrô, escreveu o ex-executivo. Quando a Siemens substituiu a Alstom no mesmo contrato, o governador Roriz não se incomodou, “desde que o vencedor da concorrência continue a pagar a ‘taxa’” dizia a carta. No final, o ex-executivo diz que o suborno continuava sendo uma prática da Siemens no Brasil, acrescentando: “Essa atitude conta com as bençãos do principal executivo da companhia no Brasil”.

Uma segunda carta endereçada ao Ministério Público

Uma segunda carta, essa escrita em português, em 2010, foi me entregue pelo ex-executivo. Depois eu descobriria que essa carta – dirigida a “Prezados Senhores – tinha sido remetida ao Ministério Público Estadual pela bancada do PT na Assembléia em fevereiro de 2011, com mais um pedido formal de investigação – o que vinha sendo feito pelo partido desde 2008.

Nela, o ex-executivo detalhava ainda mais o esquema de propinas da Siemens e o papel da MGE, subcontratada pela Siemens para executar o contrato de manutenção da CTPM, vencido em 2002, no valor de R$ 34 milhões. O verdadeiro propósito da parceria, dizia a carta, era canalizar propinas para os diretores da CPTM e para políticos do PSDB e do PFL (atual DEM) em São Paulo.

Durante os cinco anos de vigor do contrato, a Siemens transferiu à MGE mais de R$ 3 milhões para serem usados nas propinas, fingindo pagar por serviços que nunca foram realizados, de acordo com a fonte. O dinheiro era depositado nas contas pessoais dos diretores da MGE e pagos para o já citado José Luiz Lavorente, então diretor da CPTM. Segundo a carta, Lavorente guardava o seu quinhão e distribuía o restante a políticos de São Paulo. A MGE ficava com 23% do dinheiro das propinas, e a Siemens obtinha um grande lucro, superfaturando em até 30% os contratos da CPTM, segundo a carta. O mesmo arranjo era utilizado pela Siemens para ganhar licitações de contratos lucrativos com o Metrô de São Paulo e de Brasília, de acordo com o ex-executivo.

Mais uma vez as denúncias eram acompanhadas de documentos, dessa vez informes detalhados de pagamentos da Siemens à MGE de 2002 to 2006, com números de cheques e datas das transações para pagar as propinas. “O papel principal da MGE nos contratos com a Siemens Ltda. (Brasil) foi e continua sendo o pagamento de propina a diretores da CPTM, Metro SP e Metro DF (Brasilia)”, escrevia a fonte. “O cruzamento dos saques efetuadas pela MGE com os pagamentos efetuados pela Siemens a esta empresa pode provar o esquema milionário de corrupção patrocinado pela Siemens e MGE na CPTM, no Metro de SP e no Metro do DF.”

Por fim, a tão sonhada entrevista

O potencial de impacto dessas informações era quase impensável. Antes de ir embora do Brasil, decidia que faria todo o possível para me manter em contato com essa fonte.

Mas isso não era nada fácil, como percebi nas semanas seguintes em que fui diversas vezes à Assembléia para tentar um novo encontro com o ex-executivo. Até que um dia, uma semana antes do dia marcado para o meu vôo de volta à Califórnia, dei de cara com o homem que havia me apresentado ao ex-executivo no mesmo departamento de pesquisas do PT.
“Que bom te ver”, ele me disse, sorrindo. “Falei com o seu contato ontem. Ele vai estar em São Paulo na quinta-feira e pode te encontrar às 6 da tarde”. Meu vôo partiria na manhã seguinte às 9h30 da manhã. “Vou chegar 15 minutos antes”, respondi.

Naquela noite quase não dormi. Arrumei a mala, escaneei meu cérebro em busca de cada detalhe que eu deveria perguntar e acabei indo para a cama de madrugada. No dia seguinte, na hora marcada, encontrei o ex-executivo na mesma sala que o vi pela primeira vez. Ele acenou e me disse “Olá, de novo”. Conversamos sobre os documentos e perguntei se poderia gravar a entrevista. Ele concordou, com a condição de manter o anonimato.

Durante os próximos 45 minutos, ele me deu a primeira e única entrevista já concedida sobre o esquema de propinas e de combinação de preço nas licitações que ele disse ter presenciado pessoalmente. Sempre que um contrato grande do setor metroferroviário é fatiado entre diversas empresas no Brasil, as práticas ilegais são comuns, ele disse.
“Existe sempre um acordo entre elas, uma divisão e um sobrepreço, ou seja, um cartel. Quando tem cartel, tem pagamento, obviamente”, explicou. “Está acontecendo agora (2010) no caso das reformas do metro. Também na manutenção dos trens da CPTM,” afirmou. Mais adiante ele diria que as subsidiárias brasileiras da Alstom e da Siemens mudaram alguns métodos de pagamentos de propinas depois das investigações na Europa.

“Antigamente ia para as contas na Suíça, para as offshores no Uruguai, mas ficou muito difícil fazer este tipo de pagamento de propina diretamente,” disse. “É por isto que, em geral, eles sempre levam um subcontratado. Imagina, uma Alstom, por exemplo, com uma fábrica aqui no Brasil. Porque precisaria subcontratar alguém para fazer um serviço? Não precisa. No fundo, o que acontece? Aqui precisa de alguém para fazer o trabalho sujo.”

Ele disse que o dinheiro das propinas permitiam às empresas ganhar contratos por preços absurdos e engordar os cofres dos partidos políticos no poder em São Paulo e no Distrito Federal. “Os intermediários ficam com uma parte, e a outra parte vai para os políticos,” disse. “Os políticos solicitam, induzem, vamos dizer assim. Eles querem contribuições para as campanhas, mas a maior parte fica para eles pessoalmente”.

No final da conversa, consegui perguntar uma coisa que estava na minha cabeça desde que li a carta enviada por ele ao ombudsman da Siemens em 2008. Como a Siemens havia respondido às acusações?

Um parênteses: Em dezembro de 2008, seis meses depois do executivo ter mandado sua carta anônima ao ombudsman, a Siemens havia se declarado culpada ao Departamento de Justiça americano por violações do “Foreign Corrupt Practices Act”, que proíbe as companhias com negócios nos Estados Unidos de pagar propinas em outros países. Como parte de um acordo com a corte americana, a Siemens admitiu ter pago mais de 800 milhões de dólares em propinas ao redor do mundo. No mesmo período, fechou um acordo semelhante com as autoridades alemãs, pagando uma multa total de 1,6 milhão de dólares. O Brasil, no entanto, não foi mencionado nesse esquema.

Voltando a entrevista em São Paulo: o ex-executivo disse que nunca recebeu qualquer sinal de que a Siemens tivesse ido atrás das informações fornecidas na sua carta, apesar das promessas da companhia de reestruturar suas práticas para acabar com a corrupção.

“A Siemens abafou o caso no auge da crise, no momento em que diziam querer limpar tudo. Foi como se nunca tivesse acontecido. Ninguém falou nada, ninguém foi mandado embora. A coisa aconteceu como se fosse tudo normal,” contou o ex-executivo.

“Por algum motivo, o Brasil sempre ficou intocado. A minha interpretação é que eles sabem que isso tem que continuar, e não querem fazer muito barulho, porque eles sabem que se não continuar, eles vão ter menos contratos. E isto é verdade.”

Mais uma vez pedi o contato dele quando a entrevista terminou, e mais uma vez ele me disse que eu teria que procurá-lo através dos nossos conhecidos na Assembléia. E mais uma vez, ele saiu apressado do escritório, desaparecendo no burburinho da metópole.

De volta à Califórnia

Depois de algumas semanas organizando o material coletado no Brasil, contatei o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para saber se, durante as negociações daquele acordo, o Brasil realmente não havia sido citado. Foram semanas de telefonemas até conseguir falar com um porta-voz, que disse que o Departamento não comentaria esse assunto.

Diante do aparente beco sem saída, recorri ao professor que tinha me colocado na história das propinas no Brasil, Lowell Bergman, jornalista premiado com o Pulitzer e diretor do programa de Jornalismo Investigativo da UC Berkeley. Alguns anos antes, quando ele preparava um especial de televisão sobre propinas pagas por companhias no exterior para ganhar concorrências fora dos Estados Unidos, tinha conseguido uma fonte no Departamento de Justiça que havia trabalhado no acordo das propinas com a Siemens.

Mas a fonte disse que não havia menção da Siemens sobre subornos no Brasil e Bergman e eu decidimos confirmar se realmente o ex-executivo brasileiro havia mandado a tal carta para a Siemens na Alemanha. Depois de muita conversa em off com uma fonte da Siemens, ouvi que a companhia tinha realmente recebido a carta em 2008. Mas, como a informação não podia ser confirmada, eu tinha que verificar na própria companhia.

Em fevereiro de 2011, entrei em contato com a assessoria de imprensa da sede da Siemens por email e comecei a ligar para Munique tarde da noite, para compensar as nove horas de diferença de fuso horário. Eu havia feito perguntas bem específicas no meu email: A Siemens tinha informado as autoridades nos Estados Unidos e na Alemanha sobre as denúncias de propinas no Brasil feitas em uma carta enviada ao ombudsman em junho de 2008? Se sim, quando? A companhia tinha remetido a carta para as autoridades?A Siemens tinha aberto um procedimento interno para investigar o assunto? Se sim, quando?

No mês seguinte, o assessor de imprensa respondeu ao email: “Como parte da cooperação em andamento com as autoridades americanas, a Siemens informou ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e à Comissão de Valores Mobiliários (Securities and Exchange Commission) sobre as denúncias anônimas que foram submetidas por carta ao ombudsman”, escreveu o porta-voz no email.

Quanto às outras questões, foram respondidas em termos muito genéricos: “Como a Siemens não comenta investigações ou processos investigativos, está impossibilitada de comentar as ações específicas ou investigações independentes assumidas pela Siemens em resposta às denúncias,” escreveu, para concluir: “Em relação aos esforços globais de monitoramento da Siemens, incluindo o Brasil, tomou medidas inéditas de autocorreção e limpeza que foram reconhecidas pelos órgãos dos Estados Unidos como ‘extraordinárias’ e ‘as melhores do gênero’. Nós levamos a sério nosso compromisso com altos padrões éticos e temos uma política de ‘tolerância zero’ com desvios”.

Em outubro de 2011, a companhia demitiu o presidente das operações brasileiras, Adilson Primo, que ocupava o cargo há tempos, afirmando que “uma investigação interna revelou, recentemente, uma grave violação às diretrizes da Siemens na subsidiárias brasileira antes de 2007”. Reportagens ligaram a demissão à descoberta de uma conta privada com cerca de 6 milhões de euros de recursos da Siemens. Um porta-voz disse que a saída de Primo não tinha relação com a carta do denunciante.

Meses depois, em uma apresentação da companhia em janeiro de 2012, a Siemens confirmou que estava sob investigação do Ministério Público em Brasília. Em maio de 2013, o escândalo estourou no CADE.

Grande parte da informação que veio da delação da Siemens ao CADE, corrobora as alegações do ex-executivo. Emails e outros documentos indicam que a companhia associada a outras empresas operava como um cartel para ganhar contratos do governo por preços superfaturados entre 1998 e 2007. Esses contratos faziam parte dos acordos entre Siemens e Alstom para fabricar, manter e instalar trens em São Paulo e Brasília. Os três contratos citados pelo ex-excutivo estão sob investigação, incluindo o da Linha G de trem e lilás de metrô. Até a porcentagem de faturamento – 30% – que consta dos documentos entregues pela Siemens ao CADE, segundo o Estadão, é a mesma. Ao todo, dez promotores vão conduzir 45 inquéritos para investigar atividades suspeitas da Alstom, Siemens e outras em contratos que somam R$ 1,9 bilhão apenas no Estado de São Paulo.

No começo desse mês de agosto, a revista IstoÉ, em uma grande reportagem sobre o escândalo, revelou indícios de que o dinheiro das propinas da Alstom e da Siemens no setor metroferroviário de São Paulo ajudou a eleger os quatro últimos governadores de São Paulo. Muitos dos que foram acusados de receber propinas na reportagem da revista eram os mesmo citados pelas cartas do ex-executivo, incluindo o ex-diretor de operações da CPTM, José Luiz Lavorente, e o ex-diretor de operações do Metro de São Paulo, Décio Tambelli.

Novas revelações devem surgir da colaboração da Siemens com os investigadores brasileiros. Mas, os fatos têm mostrado que as acusações do ex-executivo têm fundamento. Ainda assim, Paulo Stark, chefe da subsidiária brasileira da Siemens, afirmou, em depoimento, que “desde 2007”, tem um “sistema de monitoramento para detectar, prevenir e remediar práticas ilícitas que possam ter sido adotadas, encorajadas ou toleradas por empregados ou executivos em qualquer lugar do mundo”.

Leia abaixo a carta do ex-executivo da Siemens na íntegra

Anwaltskanzlei Dr. Beckstein & Kollegen
Thumenberger Weg 12
90491 Nuremberg
Alemanha

Att. Dr. Hans-Otto Jordan

Junho de, 2008

Ref.: Práticas ilegais da Siemens no Brasil

Caro Dr. Jordan,

eu gostaria de trazer ao seu conhecimento alguns fatos e documentos que demonstram práticas ilegais passadas e atuais da Siemens no Brasil, em especial nos seguintes projetos:

• Linha G (Linha 5 do Metrô de São Paulo) da CPTM.
• CPTM Série 3000
• Contrato de Manutenção Metrô-DF

Este tipo de prática não é privilégio da Divisão de Transporte. Ele também é comum na Transmissão e Distribuição de Energia, Geração de Energia e Divisões Médicas, que lidam com empresas de propriedade pública.

Esta carta e os documentos anexados serão distribuídos para as autoridades brasileiras atualmente investigando o envolvimento da Alstom e o suborno de funcionários do governo em vários projetos no Brasil, entre eles a Linha 5 do Metrô de São Paulo (Linha G).

Como você pode ler nos documentos fechados, a Siemens também pagou propina neste projeto.

Linha 5 do Metrô de São Paulo (Linha G)

• Este projeto foi desenvolvido pela ALSTOM Brasil e consistiu num projeto importante para a implementação de uma nova linha de trens urbanos (Linha 5, ou G) para o metrô de São Paulo.

• ALSTOM tem manipulado fortemente as regras da licitação, a fim de conseguir uma vantagem sobre seus concorrentes e ganhar o controle sobre o projeto.

• Isso só foi possível com o apoio do cliente e uma prática comum que implica a “contribuição” para funcionários do governo.

• ALSTOM coordenou um acordo com todos os outros jogadores a fim de atingir o lucro máximo.

• O acordo incluía o pagamento de uma comissão para funcionários públicos de 7,5%. A comissão chegava a 7,5% do valor do contrato.

• Os seguintes “players” foram contemplados no “acordo interno”: ALSTOM, ADTRANZ (Bombardier), CAF, Siemens, TTRANS e MITSUI.

• MITSUI manteve o documento original, que estabelece o acordo interno entre todas as partes quanto as regras de fornecimento e o preço a ser apresentado por cada uma das partes.

• O documento foi guardado em cofre no escritório da Mitsui em São Paulo e teria sido destruído após a conclusão do projeto. Pessoalmente, acredito que a Mitsui mantém ainda uma cópia do documento, em São Paulo, ou em seu escritório em Tóquio.

• Cada parte tinha suas próprias formas de pagamento da comissão de funcionários do governo. ALSTOM e SIEMENS fizeram isso através das empresas de consultoria – PROCINT e CONSTECH – e suas offshores localizadas em Montevidéu, Uruguai – LERAWAY e GANTWAY [sic] 1. Cópias do contrato estão anexadas a esta carta.

• PROClNT e CONSTECH são de propriedade do Sr. Arthur Gomes Teixeira e Sergio Meira Teixeira, que longo histórico em subornar funcionários do governo do Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, onde os projetos acima referidos foram implementados.

• As ligações de Teixeira com a Alstom no Brasil são muito fortes na geração de energia e transporte ferroviário.

• De acordo com um ex-funcionário da ALSTOM, havia “propinas” de PROCINT e CONSTECH para a gestão ALSTOM.

• No caso da Linha 5 do metrô de SP, a Siemens assinou um contrato com Arthur e offshore Sergio Teixeira (Uruguai) empresas LERAWAY e GANTWAY [sic]. Cópias do contrato estão anexadas a esta carta.

CPTM Série 3000

• Este projeto foi desenvolvido pela Mitsui e consistiu na entrega de 10 (dez) trens pela SIEMENS I SGP para aCPTM, estatal do governo paulista.

• O papel da MITSUI foi “recompensar” os funcionários do governo, e assinou, com este propósito, um contrato de consórcio com a Siemens AG e SGP (Áustria).

• As cópias em anexo são trechos (pedidos de alteração) deste contrato.

• De acordo com o contrato, a Mitsui deveria fornecer apoio técnico, peças de reposição e treinamento durante o período de garantia.

• Um olhar mais atento sobre o contrato indica que os valores envolvidos não são compatíveis com o escopo de fornecimento.

• Além disso, a Mitsui é uma empresa comercial, sem qualquer qualificação para os serviços prestados.

• MITSUI na verdade subcontratou os serviços de terceiros. No entanto, isto faz ainda menos sentido, já que a Siemens I SGP é o fabricante de equipamentos originais e, portanto, qualificado para fazer os serviços.
_________________________
¹ Documentos fornecidos pela fonte, registros públicos e reportagens do Brasil indicam que o nome da empresa é, na verdade Gantown

• Longa história resumida: o contrato era apenas uma “cortina de fumaça” para esconder o verdadeiro propósito, que foi subornar o cliente [funcionários do governo de SP].

Contrato de manutenção completa do Metrô do Distrito Federal

Contrato de manutenção completa do Metrô do Distrito Federal

• O Metro DF é a autoridade responsável pela operação e manutenção do sistema de metrô emBrasília, que foi  construído há muitos anos por um consórcio liderado pela Alstom.

• Desde o início de seu funcionamento, o Metro DF terceirizava a manutenção de todos os seus subsistemas (ou seja, a manutenção integral) à ALSTOM, que dominou o projeto desde a sua construção. Isso acontecia sem uma licitação pública.

• De acordo com especialistas, os preços praticados pela Alstom e membros do consórcio INEPAR (IESA) e TCBR eram extremamente elevados, levando a lucros líquidos acima de 50%.

• De acordo com fontes internas, este projecto foi a galinha de ovos de ouro da ALSTOM por mais de 5 anos consecutivos e foi considerado o melhor projeto em termos de lucro.

• De acordo com ex-funcionários da Alstom, a propina foi superior a 10% dos valores de contrato eram pagos ao ex-governador Roriz e sua equipe, composta por seu Chefe de Gabinete Sr. Valerio; seu secretário de Infra-estrutura Sr. Tadeu Felipelli; o presidente do Metro DF, Sr. Paulo Victor Rezende; e o Diretor de Operações do Metro DF, Sr. Antonio Manoel Soares.

• Os pagamentos foram feitos ao longo de mais de cinco anos e a “mesada” paga era de aproximadamente R$ 700.000 (cerca de 265 mil euros).

• Sabendo que o projeto passaria por nova licitação até o final de 2005, os engenheiros da ALSTOM diretamente envolvidos no projeto tiveram todo o tempo do mundo para “ajudar” os técnicos da estatal a escrever as regras da nova licitação.

• As condições de oferta foram escritas de tal forma que só a ALSTOM seria capaz de atingir a pontuação máxima. Isto assegurava-lhes a vitória na licitação independentemente do preço dos concorrentes.

• As notas foram baseadas na experiência específica da equipe de manutenção, que tinha de ser comprovada por atestados emitidos pela estatal do metrô no DF.

• Esta é uma prática comum utilizada em licitações públicas para eliminar a concorrência e diminuir o número de concorrentes a um mínimo, facilitando um acordo de preços entre os licitantes remanescentes.

• Apenas dois engenheiros da ALSTOM que trabalhavam na manutenção do Metro DF desde o seu início – Mr. Luis Antonio Taulois da Costa eo Sr. Ben-Hur Coutinho Viana de Souza – seriam capazes de cumprir as exigências e, portanto, atingir a pontuação máxima.

• Infelizes com a ALSTOM e também (talvez a razão principal) atraídos por uma oferta melhor de taxa de sucesso (cerca de 1% do valor líquido do contrato), esses dois engenheiros decidiram deixar ALSTOM para se juntar à SIEMENS.

• Este movimento causou protesto massivo na administração da ALSTOM. Houve várias tentativas frustradas para convencer a gestão SIEMENS a não contratá-los.

• ALSTOM então apelou ao governador de Brasília, o Sr. Roriz, que a fim de evitar “ruído” convenceu SIEMENS e ALSTOM a chegarem a um acordo, em que ambos os consórcios seriam capazes de alcançar uma situação ganha-ganha.

• Para o governador Roriz não importava quem iria ganhar, desde que o vencedor continuasse a pagar a “taxa”.

• Conforme o acordo entre os consórcios liderados por ALSTOM e SIEMENS, ambas as partes concordam em submeter um preço pré-estabelecido. O preço seria muito próximo ao orçamento do Metro DF, com diferença de apenas 0,5%.

• O memorando anexado em Português (“Memória de Negociações”) é o “acordo interno” entre os consórcios liderados pela ALSTOM e SIEMENS. É auto-explicativo.

• Os preços foram definidos por cada consórcio em uma espécie de sorteio, onde SIEMENS ofereceu o preço mais alto (94,5% do orçamento). De acordo com este procedimento, ALSTOM, então, apresentaria o menor preço (94% do orçamento). No caso da pontuação técnica empatar, o menor preço iria ganhar.

• No entanto, ALSTOM não prestou atenção ao fato de que, mesmo no caso de ambas as ofertas apresentarem o mesmo preço, o resultado poderia ser diferente, dependendo do preço de cada subsistema. O critério de valoração havia sido cuidadosamente escolhido para evitar esse tipo de manipulação.

• A SIEMENS sabia disso e usou esse conhecimento para ganhar a licitação,apesar de ter concordado em oferecer um preço 0,5% acima do preço da Alstom. SIEMENS ajustou os preços dos subsistemas de preços a fim de atingir a pontuação máxima.

• Este conhecimento estratégico foi trazido para Siemens pelos experientes ex-funcionários da Alstom, Luis Antonio Taulois da Costa e Ben-Hur Coutinho Viana de Souza.

• Uma prova disso foi a incomum remuneração extra (uma taxa de sucesso mensal) que eles passaram a receber diretamente da Siemens, e também via uma subcontratada da Siemens, a MGE Transportes. Esse tipo de remuneração não se encaixa nas práticas de remuneração da Siemens.

Pano de fundo da MGE Transportes e suas conexões com a Siemens

• A MGE é freqüentemente usado pela Siemens para este tipo de pagamentos a terceiros (principalmente para os clientes) e registrou pelo menos um pagamento a um escritório de advocacia em Brasília, a fim de agilizar o processo de licitação no Ministério do Justiça.

• O pagamento referido foi necessário para neutralizar as constantes ações do terceiro concorrente, a MPE.

• MPE, aparentemente, tinha um preço muito menor do que a Alstom e a SIEMENS – que tinham previamente acordado oferecer 94% e 94,5% do orçamento do cliente – e tinha, portanto, que ser desqualificada tecnicamente.

• Desqualificação do MPE foi finalmente alcançado com a ajuda do escritório de advocacia que se refere. O dinheiro foi provavelmente usado para subornar o juiz a cuidar do caso.

• O diretor da MGE, Ronaldo Moriyama, é conhecido por sua agressividade e por assumir riscos quando se trata de subornar funcionários do governo a fim de obter contratos lucrativos.

• Vários diretores do Metrô SP e CPTM estiveram em sua folha de pagamentos por vários anos. Os mais conhecidos foram: Décio Tambelli (ex-Diretor de Operações do Metro-SP), José Luiz Lavorente (ex-Diretor de Operações da CPTM) e Nelson Scaglione (Gerente deManutenção do Metro SP).

• A MGE foi fundada enquanto ambos Ronaldo Moriyama e seu amigo Paulo Edu Celidonio

Costa Filho ainda estavam trabalhando para a GE (General Electric), no Brasil. Paulo Edu foi CEO da GE e Ronaldo Moriyama era seu subordinado como Diretor de Vendas.

• A MGE era dirigida por Carlos Alberto Rosso, que também é um ex-empregado da GE.

• Durante o “período de sobreposição”, que durou alguns anos, a GE perdeu sistematicamente todos os seus contratos de serviço com CPTM e Metrô de São Paulo para MGE e decidiu desistir do negócio. Isto não foi coincidência; Ronaldo e Paulo Edu trabalhavam em ambos os lados.

• A MGE foi criada para atender exatamente o mesmo mercado de serviços da GE e R. Moriyama e Paulo Edu eram sócios ocultos da MGE.

• Antonio Edmundo Lopes Carolo, em sua função de Ombudsman da GE descobriu mais tarde que ambos R. Moriyama e Paulo Edu eram sócios ocultos da MGE. Ele tornou-se então o quarto acionista da MGE.

• Ambos R. Moriyama e Paulo Edu foram demitidos pela GE mais tarde, sob a acusação de manipulação dos balanços financeiros.

• A MGE foi recentemente subcontratada pela SIEMENS para manutenção dos trens da Série 3000 da CPTM, no qual ambas as empresas prestavam serviços de manutenção aos trens da Série 3000 da CPTM fornecidos pela Siemens poucos anos antes.

• A MGE, como de costume, está a cargo da “contribuição” para os funcionários do governo.

• A provisão total para essa finalidade geralmente aparece como uma posição separada no contrato, a fim para facilitar os reajustes anuais. Os serviços reais correspondentes a essa posição específica não existem.

• Como a MGE opera: R. Moriyama e seus outros três parceiros (Rosso, Carolo e Paulo Edu) usam suas contas privadas para pagar propinas usando recursos que recebem como distribuição de dividendos. Os dividendos são legalmente depositados em suas contas privadas e, em seguida, sacados e pagos em dinheiro vivo para os clientes.

Adilson Primo, CEO da Siemens Limitada e sua relação com o governador de Brasília, José Roberto Arruda

• É importante notar que o projeto de manutenção do Metro do Distrito Federal foi assinado durante o mandato do novo governador do DF (Brasília), José Roberto Arruda.

• O governador Arruda é um ex-colega e amigo íntimo do Sr. Adilson Primo, atual CEO da Siemens Brasil.

• O governador Arruda é chamado de “Mr. Siemens”, em Brasília, por causa de seus contatos íntimos com a SIEMENS.

• Há rumores de que o Sr. Adilson Primo pretende ser candidato a prefeito de sua cidade natal Itajubá, no futuro próximo e conta com o apoio de seu amigo.

É incrível observar que, apesar de todos os escândalos e as consequências para toda a empresa, SIEMENS Brasil continua a pagar propinas no Brasil a fim de obter contratos lucrativos. Isso continua a acontecer, direta ou indiretamente através de consultores como PROCINT / CONSTECH ou subcontratados como MGE.

O contrato de manutenção da Série 3000 da CPTM, acima indicado, e para o Metro de DF, são exemplos atuais da prática sistemática de corrupção pela Siemens. E essas práticas ocorrem com a bênção da alta cúpula da Siemens Brasil.

Espero que as informações acima possam ajudá-lo em sua difícil função de Ombudsman da empresa que ainda não aprendeu com as lições do passado.

Conforme já mencionado no início da minha carta, cópias desses documentos serão entregues em breve às autoridades brasileiras que investigam as práticas ilegais no Projeto G da Linha CPTM.

Atenciosamente,

O americano que descobriu o delator do cartel | Brasilianas.Org

10/08/2013

Merval, como Sarney, foi amestrado na Globo

 

Bomba! Estagiário assume lugar de Merval!

9 de Aug de 2013 | 15:10

Nunca foi tão divertido ler Merval Pereira! Em seu texto de hoje, o principal colunista político da Globo Overseas Investments B.V. (BV seria bônus de volume?), se ajoelha no milho e renega tudo que disse na véspera. Tive a impressão de ler o texto de outra pessoa, talvez um estagiário do próprio Merval, que teria sido internado às pressas com problemas de depressão.

Merval ontem: “Outro fato importante é que pessoas que tiveram acesso às mais de 1.500 páginas do inquérito garantem que os documentos, depoimentos e trocas de e-mails de executivos da Siemens em poder do CADE não citam uma única vez o PSDB e o governador Geraldo Alckmin. (…) Os delatores premiados da empresa também não citam nominalmente em nenhum momento os funcionários públicos da CPTM ou do Metrô como praticantes de atos ilícitos como recebimento de propinas e comissões em licitações públicas.”

Merval hoje:(…) com relação à ação da Alstom junto à Empresa estatal de energia EPTE, contas bancárias já bloqueadas no valor de 7,5 milhões de euros, e diversos funcionários públicos identificados, além de lobistas com empresas de offshore que teriam sido os intermediários do pagamento de propinas, através de uma conta conjunta no Banco Safdié em nome de Jorge Fagali Neto e de José Geraldo Villas Boas. (…)

Fagali é ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e teve diversos postos na administração federal nos governos do PSDB. Villas Boas é dono de uma das offshores acusadas de lavar dinheiro do esquema. Nesse caso da Alstom no setor de energia, a Polícia Federal indiciou várias pessoas, inclusive o atual vereador tucano Andrea Matarazzo que era Secretário de Energia estadual na época, e trata o caso como sendo um crime do partido político PSDB, como denunciou ontem o jornal Estado de S. Paulo: “esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do Estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom.

Os mesmos personagens estão envolvidos em outras investigações em contratos da Alstom, além do conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo Robson Marinho, homem de confiança do ex-governador Mario Covas. Nas investigações sobre a ação da Siemens, dois ex-diretores da CPTM estão sendo investigados pelo Ministério Público paulista, além de dois “consultores” que teriam recebido depósitos em empresas “offshore”. (…)”

Merval ontem:A ação individual de um político desonesto é menos danosa para a democracia do que a de um grupo político organizado, que se utiliza dos esquemas de poder a que chegou pelo voto para se eternizar nele. Foi o que aconteceu justamente no mensalão do PT (…) Se as investigações do caso Siemens em São Paulo levarem à conclusão de que o PSDB montou um projeto de poder em São Paulo desde o governo Covas, passando por Geraldo Alckmin e José Serra financiado pelo desvio de verbas públicas, estaremos diante de uma manipulação política com o mesmo significado, embora com alcance regional, enquanto o mensalão tentou manipular nada menos que o Congresso Nacional.”

Merval hoje: “(…) É nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público estadual que as questões criminais deverão ser desvendadas, para que fique esclarecido se as ações de corrupção ocorreram ao longo dos últimos 20 anos de governos do PSDB, se foram ações isoladas ou se correspondem a uma ação política do PSDB para financiar o partido durante esses anos todos de poder estadual. As evidências estão se avolumando nas revelações feitas nos últimos dias, e dificilmente o partido sairá imune desses episódios (…)”

Caso tenha sido a mesma pessoa que escreveu as duas colunas, a segunda nos parece que leu os jornais, enquanto a primeira sofre de algum tipo de delírio tucânico extremamente agressivo.

Bem, ironias à parte, sabemos muito bem que o velho Merval de guerra, sempre leal, confiável e obediente aos interesses de seus patrões, escreveu ambos os textos. A prova é que ele inicia a sua coluna hoje com uma defesa de José Serra que chega a ser constrangedora. Merval não tem sequer a dignidade de trazer dados ou documentos para embasar sua defesa.

Há vários furos nas declarações de Serra. O primeiro e mais gritante é que ninguém mais sequer discute que houve acordos sim entre as empresas, houve formação de cartel sim e houve participação direta sim da cúpula partidária. E agora o nome de Serra é citado como protagonista direto  de uma maracutaia. O tucano tem direito de se defender e gozar da presunção de inocência, embora estes princípios não tenham sido muito respeitados em nossa imprensa.  Mas um jornalista que se preza, diante de tantas provas, depoimentos e testemunhas (não mais indícios, ilações, domínios de fato), deve ter “dupla cautela” antes de acreditar tão inocentemente nas palavras de um acusado.

Por: Miguel do Rosário

Bomba! Estagiário assume lugar de Merval! | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

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