Ficha Corrida

04/06/2011

Palocci de quatro para Rede Globo: – Fodam-me mas não gozem!

Filed under: Abobado,Cosa Nostra — Gilmar Crestani @ 7:32 am
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A entrevista exclusiva tem jeito de ação entre amigos. Eu dou uma exclusiva para vocês, mas não gozem na minha cara. Não adianta, ambos, Palocci e Rede Globo, são iguais. Como na fábula da rã e do escorpião, é da natureza deles (Palocci x Globo). Mais hora menos hora, a picada parece.

Palocci vai se explicar usando uma entrevista ao Jornal Nacional

Ministro atende a pedido da presidente Dilma; existe ainda a possibilidade de conceder entrevista a um ou mais jornais, mas até o momento, a decisão é falar só para a TV

03 de junho de 2011 | 14h 13

Rui Nogueira/BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

Ao final de uma manhã de reuniões com a equipe de assessores do gabinete da Casa Civil, o ministro Antonio Palocci decidiu que dará uma entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, para tentar dar ao País as explicações sobre o enriquecimento súbito dos últimos quatro anos que a presidente Dilma Rousseff pediu que ele desse o mais rápido possível, não esperando pelo pronunciamento do procurador geral, Roberto Gurgel.

Gustavo Miranda/Agência O Globo

Gustavo Miranda/Agência O Globo

A pedido de Dilma, Palocci dará explicações

A entrevista será concedida a um repórter da emissora em Brasília. Os assessores chegaram a discutir com o ministro a possibilidade de ele também conceder entrevista a um ou mais jornais. Até o momento, a decisão é para falar só ao Jornal Nacional.

Como o Estado revelou na edição desta sexta-feira, 3, Dilma disse a Palocci na quinta-feira, 2, que é "um erro esperar" o parecer da Procuradoria-Geral da República para rebater as denúncias porque o desgaste já atinge o governo.

A situação de Palocci, acusado de multiplicar o patrimônio em 20 vezes durante quatro anos, é considerada gravíssima tanto pelo Planalto como por petistas. Sua permanência no cargo depende dos esclarecimentos e do fim das acusações.

A Executiva Nacional do PT, reunida na quinta, lavou as mãos e não produziu nenhuma linha em defesa de Palocci. "Não entramos no mérito da questão. O ministro me disse que vai se manifestar sobre suas consultorias", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão. "O assunto Palocci é do governo, não é do PT", emendou o secretário de Comunicação, deputado André Vargas (PR), indicando que o chefe da Casa Civil foi abandonado à própria sorte.

Orientados pelo Planalto, os petistas contrariaram a praxe e não redigiram resolução política. Para não mexer no vespeiro, o PT se descolou de Palocci.

‘Manco’. "O problema do Brasil não é o Palocci. O problema é não deixar que esse episódio paralise o governo", insistiu o secretário de Mobilização, Jorge Coelho. Embora Falcão tenha feito tímida defesa de Palocci, dirigentes do PT deixaram a reunião dizendo que o ministro estava "manco" e "cambaleante".

Palocci vai se explicar usando uma entrevista ao Jornal Nacional – politica – Estadao.com.br

24/05/2011

Jornalismo a reboque

Filed under: A$$oCIAdos,Cosa Nostra,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 9:01 am
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Se fosse relevante a questão envolvendo o assessor d Palocci, a imprensa deveria ter agido antes. Ser fiscal, levar informação à população, implica em se antecipar. Não está sendo o caso. Há uma disputa política, e o PIG, a$$oCIAdos do Instituto Millenium tem lado. E é do outro lado que me encontro. Não acredito e não gosto do Palocci. Acho incorreto, ilegal e imoral servidores públicos que mantém atividade privadas conflitivas com os cargos que exercem. Aliás, a lógica também serve para jornalistas e empresas de exploram o setor de informações. Até pode ser legal, mas não parece ético nem moral que uma empresa que explora meios de comunicação estejam associados à Shopping Centers, Empresas de Construção, agropecuária. Tudo o que a filiada da Rede Globo, a RBS, faz. Como explicar, por exemplo, que ao sair do Governo FHC Pedro Parente e Pérsio Arida tenham ido parar na RBS? O que estava por traz, que benefícios trocaram antes, o que eles tinham a oferecer a uma empresa de comunicações? Ética só no dos outros é perseguição… Isso não significa que o Palocci não seja um pulha…

Branislav Kontic, assessor de Antonio Palocci, também tem empresa de consultoria

Publicada em 23/05/2011 às 23h25m

Leila Suwwan e Tatiana Farah

SÃO PAULO – Assim como o chefe, o braço-direito do ministro Antonio Palocci e hoje assessor especial da Casa Civil, Branislav Kontic, também é dono de uma consultoria de gestão empresarial em São Paulo, a Anagrama. A empresa foi criada em 1997 e continua ativa, segundo registros oficiais. Tem como endereço formal uma pequena sala no Centro de São Paulo e atua nos setores de consultoria em gestão empresarial, entre outros. Brani, como é conhecido, também é sócio minoritário de Luis Favre, ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT), em outra empresa, a Epoke Consultoria, que atua no ramo de prestação de serviços de informação.

REAÇÃO: Senadores defendem afastamento de Palocci

ENTRETENIMENTO: Palocci vira game na Internet

REUNIÃO: Governadores petistas saem em defesa de Palocci

Brani afirma estar afastado do comando da Anagrama desde 2007, quando repassou a função oficial de administrador para o sócio minoritário, Marco Antonio Campagnolli, assessor da prefeitura petista de Guarulhos. Este, por sua vez, nega saber das atividades da consultoria. Brani assessorou Palocci durante o mandato do petista na Câmara dos Deputados (2007-2010), no mesmo período em que Palocci manteve sua consultoria, a Projeto, em São Paulo.

Ele esteve formalmente à frente dos negócios enquanto era secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, em Guarulhos, e tem como sócio um ex-subordinado, Campagnolli, que trabalha na prefeitura desde a gestão de Elói Pietá, hoje secretário-geral do PT. Campagnolli nega saber sobre as atividades da empresa, apesar de ter sido nomeado administrador a partir de 2007, quando Brani tornou-se assessor parlamentar de Palocci na Câmara.

Ex-assessor de Marta em São Paulo

A Anagrama, empresa de Brani, está ativa nos registros da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e tem como objeto social, entre outros, "atividades de consultoria em gestão empresarial", o mesmo ramo da empresa Projeto, de Palocci, pela qual o ministro mantém patrimônio imobiliário de cerca de R$ 7,5 milhões. Mas, diferentemente do ministro, que mudou o objeto social da Projeto para "administração de imóveis próprios", Brani apenas saiu da administração da empresa, continuando sócio majoritário.

Nomeado em 28 de fevereiro para a Casa Civil, Brani tornou-se interlocutor da Presidência com diversos setores da sociedade, de empresários a trabalhadores. Foi escalado recentemente para negociações com empresários do setor de tabaco.

– Eu não sei se ele usa ela (a empresa) para alguma coisa. Não sei dizer, é só com ele – disse Campagnolli, que ainda trabalha na Secretaria de Desenvolvimento de Guarulhos.

Apesar de constar como administrador, Campagnolli disse que a empresa fica a cargo do outro sócio, cujo nome tentou proteger, e disse que sequer lembrava de sua participação exata. A última vez em que tratou do assunto com Brani teria sido em 2009.

– Que eu saiba, não (está funcionando). Só se ele fez, teve alguma coisa assim, de consultoria, para aproveitar nota fiscal, esse negócio todo. Mas eu mesmo não presto consultoria, eu trabalho só aqui na prefeitura, há cinco anos – completou Campagnolli.

No endereço oficial da Anagrama, na Avenida Ipiranga, Centro de São Paulo, funciona um pequeno escritório de contabilidade, sem placas ou identificação na portaria. Um atendente disse não poder prestar qualquer informação. Pelo telefone, outro atendente recebe recados em nome do "Dr. Brani". Esse funcionário recusou-se a esclarecer, ao GLOBO, se o endereço era emprestado ao escritório da Anagrama.

No mesmo período em que esteve à frente da consultoria, Brani teve diversos postos públicos. Durante a gestão Marta Suplicy em São Paulo (2001-2004), Brani ajudou a coordenar o plano de desenvolvimento econômico da Zona Leste da cidade e esteve à frente de vários projetos.

Brani também já foi assessor de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo – a casa da petista ainda consta como sede dessa empresa na Junta Comercial de São Paulo. Com a derrota de Marta à reeleição, Brani foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano de Guarulhos, na gestão de Elói Pietá. No cargo, trabalhou para revisar o plano diretor e de zoneamento da cidade.

Na campanha de Palocci para deputado, em 2006, Brani foi um dos coordenadores. Foi uma espécie de interlocutor das várias "dobradinhas" com deputados estaduais, custeadas por Palocci. A eleição do petista para a Câmara arrecadou R$ 2,4 milhões. Mais tarde, no gabinete parlamentar de Palocci, de acordo com a revista "Época", Brani ajudou o chefe com "consultas" para evitar que uma associação de empresas do setor esportivo sofresse sanções por concorrência desleal na importação de calçados da China.

E, finalmente, durante a campanha de 2010, o assessor continuou a ajudar Palocci em diversos compromissos, por vezes atuando como um assistente de agenda. Sua marca, porém, sempre foi a absoluta discrição.

Branislav Kontic, assessor de Antonio Palocci, também tem empresa de consultoria – O Globo

22/05/2011

Brasileiro valente? Só em Londres!

A pergunta que não quer calar não diz respeito às peculiaridades éticas do Palocci, que não as tem, mas aos que pagaram milhões para dele palavras tão $edutora$… Quem tem milhões para distribuir para um Ministro e o que o Ministro teria a dizer que valesse tanto? Quem são as empresas que corromperam o suspeito de Palocci? Aliás, quanto o Instituto Millenium pagou para receber os oráculos de Palocci.

Palocci entregou
Francenildo aos Marinho

    Publicado em 22/05/2011

Nogueira: Palocci tratou direto com os Marinho

Leonardo Attuch – leia o “Em tempo” – liga em “missão de paz”, diz ele.
É para chamar a atenção da entrevista que fez para o seu site com o diretor da revista ÉPOCA, na época em que a ÉPOCA detonou o Francenildo:

Exclusivo: ex-diretor da Globo diz ao 247 que Palocci levou o dossiê Francenildo aos Marinho
Leonardo Attuch_247 – De Londres, o jornalista Paulo Nogueira, ex-diretor das Organizações Globo, que foi responsável por todas as revistas do grupo, acaba de conceder uma entrevista telefônica ao Brasil 247. Ele conta como foi a operação, pilotada pelo ex-ministro Antonio Palocci, para desqualificar o caseiro Francenildo Costa em 2006. Leia:
Brasil 247 – Como chegou à redação da Época o dossiê Francenildo?
PAULO NOGUEIRA – O assunto foi levado diretamente pelo ministro Palocci à cúpula das Organizações Globo.
247 – Quando você diz cúpula, a quem se refere? Ao Ali Kamel, o diretor de jornalismo?
NOGUEIRA – Não, o Ali Kamel respondia pela televisão. Eu me refiro aos acionistas.
247 – À família Marinho, portanto.
NOGUEIRA – Isso.
247 – E qual foi a motivação?
NOGUEIRA – Estávamos todos naquela briga das semanais, competindo pelo furo da semana. Só depois ficou claro que a revista Época foi usada como instrumento do ministro Palocci.
247 – Mas, quando surgiu também um crime, uma quebra de sigilo bancário de um indivíduo pelo Estado, você não pensou em abrir uma discussão sobre quebrar o sigilo da fonte e revelar que o ministro Palocci estava por trás de tudo?
NOGUEIRA – Aquilo seria um constrangimento para todos nós, e para a própria revista. E em qualquer empresa existem limitações. Além do mais, tem a vida que segue, a semana seguinte, o projeto de uma nova revista…
247 – Mas por que só agora você decidiu trazer este caso a público?
NOGUEIRA – Uma indignação, o desejo de que meus filhos vivam num país melhor. Tem um conceito do George Orwell que eu admiro muito: decência básica. Só isso. E agora, aqui em Londres, num período sabático, tenho mais liberdade. A história brasileira precisa ser escrita com correção. E fato é: o dossiê Francenildo foi levado à cúpula da Globo pelo ministro Palocci.
247 – O ministro Palocci foi inocentado no caso e a maior parte da culpa recaiu sobre os ombros do seu assessor Marcelo Netto.
NOGUEIRA – O Marcelo Netto tratou do assunto com a sucursal Brasília da Época. Todos sabiam que ele agia a mando do Palocci.
247 – Mas o fato é que ele foi inocentado no Supremo e voltou à vida pública. Se esse processo fosse reaberto, a pedido, por exemplo, do caseiro, você diria as mesmas coisas em juízo?
NOGUEIRA – Evidentemente, eu respondo pelo que eu escrevo. Estou em Londres e no próximo ano estarei de volta ao Brasil

Palocci entregou Francenildo aos Marinho | Conversa Afiada

Ou de como os a$$oCIAdos do Instituto Millenium agem

Filed under: Cosa Nostra,Direita — Gilmar Crestani @ 10:52 am
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Tendo Palocci como um dos mais fiéis representantes dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, as descobertas de suas falcatruas, como já fiz questão de registrar anteriormente porque aqui, só prejudica a direita. Para Dilma, é uma ocasião de outro para fazer da limonada um limão. A queima de Palocci em fogo brando permite fazer o que Lula fez com o mensalão. Se Palocci é igual a Armínio Fraga ou Pérsio Arida, ou mesmo Pedro Parente, também é verdade que o mensalão atribuído ao PT vinha das searas do PSDB, de quem descende por pai e mãe. Eduardo Azeredo que o diga. Ninguém na esquerda, como já aconteceu com José Dirceu, reconhece neles qualquer atributo de esquerda. Estiveram ou estão no governo por interesses menores, ou maiores segundo o ponto de vista. Mas nunca a favor do povo. Lula deu a volta por cima e partiu para políticas em prol dos mais necessitados. Palocci está lá para ajudar os menos necessitados.

Dilma enfrenta fogo amigo disparado pelo PT

Maria Lima e Adriana Vasconcelos, O Globo

Ainda em lua de mel com a população depois de cinco meses de mandato, a presidente Dilma Rousseff enfrenta sua mais difícil batalha no próprio governo: a guerra interna contra sua tentativa de moralizar a ocupação de cargos e as cobranças infernais não só das correntes do PT, mas também do PMDB e de outros aliados.

O fato de barrar pleitos que considera impossíveis de engolir e retardar decisões nessa seara está despertando uma luta fratricida no próprio PT. Para ajudá-la a enfrentar essa guerrilha, entrou em campo o maior conhecedor da alma petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O caso do vazamento do enriquecimento relâmpago do seu braço direito, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, é apontado como mais um caso do fogo amigo em que grupos petistas que perdem espaço tentam mostrar a ela que será derrotada no cabo de força.

– A presidente Dilma está pagando um preço alto justamente por tentar impor no governo uma de suas qualidades: a intolerância com o fisiologismo e a vontade de dar um basta no balcão – avalia uma fonte do governo que tem constante interlocução com a presidente.

Para compensar as dificuldades de Dilma de conter as crises geradas pela guerra de grupos no PT, o ex-presidente Lula assumiu, quase que formalmente, o papel de "intermediário, administrador das questões do partido com a presidente".

Ele esteve em contato permanente com Dilma ao longo da semana, discutindo o episódio do ministro Palocci. Tinha até agendada uma visita a ela, no Alvorada, sexta-feira, que não teria se concretizado.

– Dilma conduziu e foi firme, não cedeu em coisas menores. Tem uma certa dificuldade com o varejo, com as coisas menores da política. Quando se trata de projetos, ela desperta. Mas quando entra na seara política, deixa claro que não é a praia dela – reconhece um importante líder petista, dizendo que cabe a Palocci – ou cabia – matar tudo no peito e dizer os "nãos" que Dilma não diz.

Blog de Ricardo Noblat: colunista do jornal O Globo com notícias sobre política direto de Brasília – Ricardo Noblat: O Globo

21/05/2011

Palocci, o José Dirceu da Dilma

Filed under: Estadão — Gilmar Crestani @ 8:45 am
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Já vai tarde.

O que o ministro oferecia

21 de maio de 2011 | 0h 00

– O Estado de S.Paulo

O então deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci faturou muito mais do que os cerca de R$ 7,5 milhões gastos com os dois imóveis comprados em nome da Projeto, a empresa de consultoria que abriu em 2006 e transformou em administradora de bens no final de 2010, dias antes de assumir a Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, de quem tinha sido coordenador de campanha. Nesse período, portanto, ele multiplicou o seu patrimônio declarado por muito mais do que 20 vezes.

Palocci se recusa a falar em números, a identificar clientes e a descrever a natureza dos serviços que lhes prestou. Mas o texto produzido por sua assessoria para orientar os líderes da base parlamentar do governo na sua defesa – e que, por inadvertência, foi amplamente difundido – argumenta que, "no mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado", citando ex-autoridades da área que prosperaram na iniciativa privada.

Qual será o valor de mercado de quem tem a oferecer, além da "experiência única", a credencial de ter permanecido como protagonista de primeira grandeza na esfera das decisões do governo? Palocci sabia não apenas como funciona o poder, mas que rumos o poder tencionava tomar em matérias de interesse direto do empresariado e do sistema financeiro. O escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro que testemunhou as visitas do então titular da Fazenda a uma mal-afamada casa de Brasília custou-lhe o posto, mas não o prestígio.

Enquanto dava lá as suas disputadas consultorias – a carteira de clientes da Projeto incluía pelo menos 20 formidáveis corporações -, ele continuava a ser interlocutor privilegiado do presidente Lula e da elite lulista, no Executivo, na administração indireta e no Congresso. Quando chegou a hora, tornou-se fiador da candidata Dilma Rousseff junto ao grande capital. Dizer, como o aide-mémoire que vazou para todos os lados, que 237 parlamentares exercem atividade econômica é querer jogar areia nos fatos. O deputado Palocci esteve longe de ser mais um.

Relator do projeto social do pré-sal e da proposta de prorrogação da CPMF, presidente da comissão da reforma tributária e membro da comissão do Orçamento, lembra a colunista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor, além de diretamente envolvido na regulamentação da previdência complementar, ele estava em posição de antecipar tendências aos seus consulentes, um certo número dos quais há de ter contribuído para a sua campanha, e de levar em conta os seus interesses. Não está claro em que medida isso estava no cerne de suas consultorias – se é que estava. Mas os ganhos da Projeto são compatíveis com oportunidades dessa magnitude.

Significativamente, talvez, a firma não tinha nome na praça, ao contrário de congêneres como a LCA e a Tendências (de que é sócio o ex-ministro Mailson da Nóbrega, citado como exemplo de sucesso na nota da Casa Civil). Segundo a Folha de S.Paulo, profissionais do setor "nunca ouviram falar da atuação da empresa de Palocci". O jornal equipara o faturamento da Projeto ao daquelas com uma centena ou mais de clientes – um número bem maior que os do ministro – e dezenas ou uma centena de funcionários. O quadro de pessoal da Projeto é desconhecido.

Em documento enviado à Procuradoria-Geral da República para se antecipar a um eventual pedido de esclarecimento sobre os seus negócios, conforme revelou o Estado, Palocci cita apenas o seu sócio (com 1% do capital da consultora) Lucas Martins Novaes. Por ser ele economista, o ministro – médico de formação – podia ter uma empresa de "prestação de serviços, palestras, análise de mercado". A explicação é supérflua. Obviamente, nenhuma empresa capaz de pagar o que a Projeto cobrava iria preteri-la em razão das origens profissionais do seu sócio titular.

Nem ele deve tê-la criado para lavar "recursos não contabilizados", como diriam os seus companheiros petistas ao tempo do mensalão. A lógica dos fatos indica que o ilícito que se poderia atribuir a Palocci, levando às alturas o seu patrimônio, chama-se tráfico de influência.



O que o ministro oferecia – opiniao – Estadao.com.br

Palocci é o mensalão da Dilma

Filed under: A$$oCIAdos,Cosa Nostra,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 8:32 am
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Quem botou o Palocci lá não foi o PT, foi o Instituto Millenium. Alguém sabe dizer quanto o bastardo mais novo da SIP pagou para Palocci iluminar a plateia dos nepotes da OBAN?

A ida para a Casa Civil já era insustentável, inadmissível. A permanência, depois de tantas denúncias, torna-se absurda. Mais uma vez a oposição que deita e rola na mesma prática capitalista, cobra, e caro, os royalties. Enriquecimento ilício é propriedade patenteada e registrada dos a$$oCIAdos do Instituto Millenum, a direita raivosa. A Dilma deveria se espelhar no Lula, botar Palocci para correr, e fazer desta limonada um Limão para a direita. Partir para o ataque, não se amoitar. Permitir CPI para investigar Palocci, Daniel Dantas e tantas outras “personalidades” do pau-oco.

Só há uma forma de acabar com este capitalismo selvagem dos que se apropriam do poder público para enriquecer: tornar crime hediondo os corruptores e botar no xilindró os corrompidos. Muita empreiteira ficaria acéfala…

Oposição propõe CPI para investigar conexões de Palocci com empresas

PSDB defende investigação sob alegação de que governo impede a convocação do ministro; movimentação financeira da Projeto, em 2010, abre suspeitas sobre elo com eleição

20 de maio de 2011 | 21h 28

Eduardo Bresciani, do estadão.com.br

BRASÍLIA – A crise que atingiu o braço direito da presidente Dilma Rousseff ganhou decibéis com o início de uma mobilização da oposição para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investigue negócios da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

A intenção é quebrar os sigilos fiscal e bancário da empresa de consultoria do ministro, a Projeto, e verificar se houve tráfico de influência. Sem a ajuda de partidos da base aliada, a oposição não terá número suficiente de assinaturas para criar uma CPI. A exposição do sigilo do ministro revelaria contatos com boa parte do PIB nacional, o que tem deixado o mercado inquieto.

A proposta de tentar uma CPI mista de deputados e senadores sobre o caso surgiu no PSDB, partido da oposição que vinha atuando de forma mais discreta no caso. O requerimento de criação da CPI avança ainda para um questionamento sobre o papel de Palocci como um dos coordenadores de campanha da presidente Dilma Rousseff ao mesmo tempo que prosperava o faturamento de sua empresa.

Oposição propõe CPI para investigar conexões de Palocci com empresas – politica – Estadao.com.br

20/05/2011

Tenho dito!

Filed under: Cosa Nostra — Gilmar Crestani @ 10:13 am
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Stanley, Palocci não é Armínio Fraga

    Publicado em 19/05/2011

Disse no twitter o nosso insubstituível colaborador, o reparador de iniquidades Stanley Burburinho:

Armínio Fraga, ex-BC do governo do FHC, gastou quase 1,5 bilhões pra comprar McDonald´s e ninguém questionou onde ele arrumou a grana.
Palocci compra um apartamento de 6,6 milhões de reais e todo mundo questiona. Não dá prá desconfiar que a mídia tá fazendo política?
Aliás, a velha mídia encheu a bola do Armínio Fraga quando ele comprou a McDonald´s da Améria Latina.

Stanley, data vênia, este ansioso blogueiro se permite discordar.
Armínio entrou para o Governo depois de trabalhar no escritório de Nova York do banco de um tal de George Soros.
Onde, na pior das hipóteses, se aprende húngaro.
(Foi lá que este ansioso blogueiro o conheceu.)
Armínio foi ajudar o Pedro Malan a renegociar a dívida externa que, como você sabe, no Governo sombrio do Farol de Alexandria, quebrou o Brasil três vezes.
Depois, foi ser presidente do Banco Central, onde segundo a urubóloga, em seu recente livro, salvou o Governo do Nunca Dantes – clique aqui para ler “Como FHC salvou o Nunca Dantes, segundo o Globo”.
No Banco Central, esse ansioso blogueiro o procurou diversas vezes.
O ansioso blogueiro trabalhava no UOL e queria saber o que o BC pretendia fazer com o banco Opportunity diante – já naquela altura – de repetidas irregularidades.
Armínio fugia mais do que o Kadafi do Obama.
Armínio saiu do Governo e abriu um banco, o Gávea.
E ficou muito rico.
Trata-se de um banqueiro notoriamente competente.
Há pouco, vendeu o banco (ou uma parte dele) por um punhado de dinheiro.
Este ansioso blogueiro não reconhece no Armínio autoridade técnica ou intelectual para desempenhar o papel que o PiG (*) lhe atribuiu: o de demiurgo do Pós-Neo-Liberalismo.
(Embora, como economista, ele dê de 10 a 0 no Tony Palocci. O que não é difícil.)
Mas, isso são outros quinhentos.
Armínio saiu do Governo e foi à luta.
Mostrou-se competente e foi adequadamente recompensado pelo sistema capitalista em vigor.
Ele não se elegeu deputado federal.
Ele não era representante de povo nenhum.
Representava a si próprio e mais ninguém.
Se comprou o McDonalds, esse ansioso blogueiro, que detesta junk food, só tem a lamentar.
Problema dele.
Tony, não.
Exerceu um mandato em nome do povo e multiplicou o patrimônio 20 vezes em quatro anos.
Entrou plebeu e saiu Rainha, como disse o Bessinha.
E foi ocupar a posição estratégica, central, de Chefe da Casa Civil.
Onde, segundo um passarinho que pousou na janela do meu hotel, em Brasília, ele recebe uma romaria de empresários – clique aqui para ler “Palocci pensa que é o Golbery”.
Ele, sim, tem informações a prestar, embora o magnífico jurisconsulto Sepúlveda Pertence ache “tudo bem “.
Armínio só tem contas a prestar ao Imposto de Renda.
Stanley, desculpe, sou obrigado a discordar.
Mas, é assim !
Viva a liberdade da blogosfera, não é isso ?
(A mesma que o Daniel Dantas quer sufocar – clique aqui para ler “As 37 ações que movem contra PHA”)

Paulo Henrique Amorim

Stanley, Palocci não é Armínio Fraga | Conversa Afiada

“Não pode ser confirmada bem como não pode ser descartada”

Filed under: Cosa Nostra,Estadão,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 9:38 am
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Não afirmaria que Palocci é inocente. Daí acreditar que o Estadão aja com honestidade, vai uma longa distância. O Estadão está de rabo preso com seus colegas a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Pratica um jornalismo que o ditado popular batiza de “se pegar pegou”, que um abestado da hora cunhou de “testando hipóteses”. Ao melhor estilo Goebbels, repetem um mantra para ver se pega pela repetição. Na matéria abaixo, afirma que “o Estado mantém e sustenta as informações publicadas”. Qual era a informação(?) publicada a COAF havia alertado a Polícia Federal sobre negócios suspeitos da empresa de Palocci. Mais adiante, no último parágrafo, abaixo, a informação do contrário do inverso, ipsis literis: “A fonte deixou claro, na conversa gravada com o Estado, que a empresa investigada pela PF não era a de Palocci.” Como é que é?! Dorme-se em paz com um jornalismo destes.

Coaf nega alerta à Polícia Federal sobre compra de imóvel

‘Estado’ mantém informação, confirmada em conversa gravada, de que órgão da Fazenda enviou à Polícia Federal registro de transação imobiliária

19 de maio de 2011 | 23h 00

    Vannildo Mendes e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo

    BRASÍLIA – Por meio de uma nota do Ministério da Fazenda e de declarações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governo da presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 18, que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) não tem informações sobre operações financeiras do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

    Veja também:
    link
    DEM monta estratégia para tentar furar blindagem de Palocci na Câmara
    especialPPS faz novo pedido de investigação no MP
    especialCoaf informa PF de negócio suspeito

    A nota, que contesta a reportagem publicada nesta quinta pelo Estado, informa que não foi feita nenhuma notificação à Polícia Federal sobre negócios suspeitos da empresa de Palocci, a Projeto.

    O Estado mantém e sustenta as informações publicadas. A reportagem investigou as operações financeiras e imobiliárias do ex-ministro e confirmou, em conversa gravada com uma fonte do primeiro escalão da equipe econômica, na quarta-feira, que o Conselho fez um comunicado à Policia Federal sobre uma movimentação financeira "atípica" envolvendo a Projeto do ministro Palocci e uma empresa do setor imobiliário – em 2009 e 2010, Palocci adquiriu dois imóveis em São Paulo, em transações que, somadas, chegam a quase R$ 7,5 milhões.

    A fonte deixou claro, na conversa gravada com o Estado, que a empresa investigada pela PF não era a de Palocci. Mas também foi explícita ao dizer que a notificação do Coaf, feita há cerca de seis meses, envolvia movimentação financeira entre a Projeto e a empresa sob investigação. "Quando a gente encontra essa ligação, a gente fornece a informação que a gente tem para a polícia", afirmou a fonte, no diálogo gravado pela reportagem.

    Coaf nega alerta à Polícia Federal sobre compra de imóvel – politica – Estadao.com.br

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