Ficha Corrida

21/09/2015

Queremos mais médicos e menos hiPÓcrisia

Filed under: Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 11:54 pm
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Médica faz política contra Dilma à beira do leito de paciente infartado, alcoólatra e pobre, internado em UPA

publicado em 21 de setembro de 2015 às 18:39

Dilma e Lara

por Conceição Lemes

Segunda-feira, 14 de setembro, Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Vila  Magini, em Mauá, no ABC paulista.

José Gomes de Freitas, 76, está internado nesse serviço há cinco dias devido a um infarto. Inicialmente, ficou na UTI. Assim que o quadro se estabilizou, foi para enfermaria, que divide com outros cinco idosos.  Há quatro dias ele espera um leito no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, onde se submeterá a cateterismo.  O Nardini, como é conhecido, é um hospital municipal. Recebe recursos da Prefeitura de Mauá e do Ministério da Saúde.

À tarde, a médica Lara Passos Ramalho Arruda, CRM-SP 153.849, passa visita. Primeiro, olha o prontuário de seu José no espaço das enfermeiras. Depois, se aproxima dele e devolve o prontuário para a mesinha de refeição aos pés da cama, à disposição dos médicos plantonistas e das enfermeiras.

— Senhor José, está tudo bem?  Está esperando uma vaga, não é?

— Sim – respondem seu José e a filha Lucineia Amélia de Freitas, que o acompanha na hora.

— O senhor sabe por que, não é? Porque a Dilma cortou os leitos nos hospitais.

— Doutora, a senhora está aqui para medicar, cuidar do meu pai, não está aqui para fazer política — interrompe-a, de pronto, a filha. — E eu sou Dilma.

— É sim, é sim – concorda seu José com a médica, que logo sai para ver outros pacientes.

“Leito de hospital não é lugar para fazer política rasteira”, denuncia ao Viomundo Lucineia.

“Foi como se a médica de forma subliminar acusasse o meu pai, pelo seu voto de pobre, de estar causando a si mesmo aquele mal, já que inicialmente ela desconhecia que ele não gosta da presidenta.”

“Na hora, com receio de que pudesse complicar a transferência dele para o Hospital Nardini,  eu não disse mais nada”, prossegue. “Em outras condições, eu teria dito que ela se esquece que o meu pai chegou rápido à UPA, levado por uma ambulância do SAMU, programa exitoso do governo federal.  Que ela se esquece também que a UPA, outro programa federal, impediu que o meu pai fosse depositado em uma maca suja, no corredor de um pronto-socorro qualquer, como acontecia antigamente…”

Todo mundo tem o direito de externar suas opiniões, ser de direita ou de esquerda,  preferir o PSDB ao PT e vice-versa. Ainda bem. Vivemos numa democracia.

Muda de figura quando o profissional atende um paciente num leito.  Hospital não é lugar para proselitismo político, tampouco fazê-lo é o papel do médico.

Lara, porém, não é exceção.

Especialmente desde o início do Programa Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) estão em guerra contra o governo federal. Corporativismo e, principalmente, questões ideológicas são as motrizes da campanha feroz desenvolvida pelas duas principais entidades médicas brasileiras, que, na prática, acabam insuflando os médicos contra o governo Dilma, a ponto de contaminar a relação médico-paciente.

Eu conversei com a doutora Lara sobre a denúncia recebida pelo Viomundo:

— Sinceramente, como ele expressou a opinião dele, eu também expressei a minha. Qual o problema?

– Fazer proselitismo político à beira do leito de um paciente, em situação delicada.

–Não, o paciente estava estável.  Inclusive eu mesma solicitei a vaga de transferência porque estava há mais ou menos cinco dias numa enfermaria justamente por não ter vaga no Nardini. Eu simplesmente emiti a minha opinião, ela emitiu a dela e ele a dele. Inclusive ele também não é a favor do governo da Dilma como a maioria da população. Simplesmente foi isso. Não durou sequer um minuto. O paciente foi muito bem examinado por mim, não teve nenhum mal-estar com a filha.

– Não foi o que a filha disse.

— Eu realmente estou impressionada. Qual o problema de eu expressar a minha opinião e ela expressar a dela?

–  Colocar política no meio de uma consulta de um paciente fragilizado, na cama, não é correto, não é ético, concorda?

— Mas não foi uma consulta, minha senhora.  Passei  a visita nesse paciente, examinei ele, fiz a prescrição dele, solicitei novamente a vaga  — que ainda não havia por falta de leitos no Hospital Nardini, que está cheio, abarrotado de pacientes. Eu não posso me calar.

– Na sua página no Facebook, tem uma montagem com o rosto da presidenta, dizendo que 13 mil leitos do SUS foram fechados desde 2010…

— A senhora é partidária do PT? A senhora foi olhar o meu Facebook? Está querendo me calar como na ditadura?

– Não quero calar a senhora nem ninguém. Nós recebemos a denúncia da filha do seu José, e eu estou ligando para saber o que tem a dizer.

— Mas isso não é uma denúncia!

– Para a família é.

— Esse senhor que eu conversei está terminantemente contra esse governo, ele está insatisfeito, porque ele está sentindo na pele isso. A senhora usa o SUS?

–Uso o SUS, uso, sim.

—  Olha, você me desculpe, mas não me interessa a opinião deles. Ele emitiu a opinião dele, desacreditado com o governo e eu emiti a minha. Ele inclusive concordou comigo. A filha se calou. Ele está sendo bem tratado e ela leva isso para você. Isso é uma coisa tão fútil. E você se presta a isso?!

– Doutora, estou fazendo o meu trabalho, ouvindo a senhora sobre o que aconteceu.

— A senhora foi olhar o meu Facebook?! A senhora está querendo me calar, como na ditadura? Nós médicos, estamos sendo muito recriminados, vocês não sabem o que passamos.

– Doutora, o Facebook  é público. Eu visitei a sua página para tentar conhecê-la  um pouco.  Repito. Eu não quero calar a senhora nem ninguém. O problema é a sua conduta inadequada diante de um paciente. A senhora tem 39 anos, não viveu a ditadura. Mas eu vivi, perdi amigos. Por isso, dou muito valor à liberdade, inclusive de expressão, que nós temos hoje no Brasil.

Curiosamente a linha caiu.

Em seguida, a doutora ligou, talvez para se certificar do meu número. Ao ouvir a minha voz, desligou. Mandei então um torpedo, dizendo que a linha havia caído e eu estava à sua disposição se ela quisesse acrescentar algo.  Não houve retorno.

[A sobrevivência e produção de conteúdo exclusivo do Viomundo dependem da contribuição dos leitores-assinantes. Torne-se um deles!]

Voltei a falar com a filha do seu José. Ela rebate várias afirmações da doutora Lara: “Ela não examinou meu pai. Quando eu respondi ‘Eu sou Dilma’, meu pai concordou com ela [é, sim] e nada mais disse. Não disse que era terminantemente contra o governo Dilma, nem que estava sentindo na pele isso. É bom que se ressalte que meu pai estava impedido de se levantar da cama, naquele momento”.

“Se ela fez isso com o meu pai, faz o mesmo com outros pacientes. Só que eu sei me defender, outros talvez não saibam”, justifica Lucineia. “Por isso, faço questão denunciar, para evitar que  se repita.”

O médico não pode misturar as coisas, sob pena de comprometer a relação médico-paciente.

Chega a ser covardia se aproveitar de um paciente infartado, alcoólatra, pobre, portanto vulnerável, para fazer política.

O mais chocante é que ver que a doutora Lara acha isso natural.  Não se ainda onde cursou Medicina. Mas ela deve faltado às aulas de ética médica.

Será que, se estivesse atendendo um paciente rico que votou na Dilma, a doutora falaria um ah contra a presidenta?

Consultei o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp),  sobre a denúncia.

O doutor Bráulio Luna Filho, via assessoria de imprensa da entidade, respondeu:  “O Cremesp pode, a partir da matéria ou de uma denúncia formal do paciente ou familiar, abrir sindicância para verificar eticamente a conduta profissional da médica neste atendimento”.

Médica faz política contra Dilma à beira do leito de paciente infartado, alcoólatra e pobre, internado em UPA – Viomundo – O que você não vê na mídia

12/08/2015

Entenda porque a máfia de branco odeia o Mais Médicos

Filed under: Ku Klux Kan,Mais Médicos,Máfia de Branco — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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A máfia odeia concorrência. Tudo o que não exclusividade a vadiagem odeia. A única novidade da ku klux kan à brasileira foi a invenção do dedo de silicone para marcar presença no trabalho. De resto, o efeito manada conduzido pelos grupos mafiomidiáticos faz o trabalho sujo de criminalizar o atendimento aos mais necessitados.

O motivo pelo qual uma médica cubana faz muito sucesso no semiárido de Alagoas

Postado em 12 de agosto de 2015 às 8:35 am

Madelyn em ação

Madelyn em ação

O UOL fez uma reportagem sobre o Mais Médicos, programa que completou dois anos.

A reportagem citou uma pesquisa recente feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Foram entrevistadas 14 mil pessoas em 700 municípios entre novembro e dezembro de 2014.

Os médicos do programa (os cubanos são 11.429 do total de 14.462 ) receberam, em média, nota 9 pelo atendimento.

55% dos entrevistados deram nota máxima ao programa. Outros 77% garantiram que tiveram boa comunicação com os médicos e 87% elogiaram a atenção e qualidade do atendimento ao paciente.

O UOL foi a Girau do Ponciano, no semiárido de Alagoas. O município foi um dos primeiros a receber cubanos do programa Mais Médicos, em setembro de 2013.

No posto de saúde onde a médica Madelyn Guerra Sanchez trabalha em Girau do Ponciano, diz a reportagem, a procura é maior que de outras unidades da cidade.

O UOL ouviu Celiane Ferreira Gomes, técnica de enfermagem da unidade para entender o sucesso do posto de Madelyn.

O depoimento de Celiane: “As pessoas vêm à procura do atendimento dela, não querem mais os brasileiros. Os brasileiros sempre saem mais cedo, faltam ao trabalho. Ela, não. Examina sempre, atende com mais proximidade. É diferente.”

Diário do Centro do Mundo » O motivo pelo qual uma médica cubana faz muito sucesso no semiárido de Alagoas

A máfia de branco vestiu-se de Ku klux kan

Filed under: Ana Luiza Lima,Ku Klux Kan,Máfia de Branco — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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A máfia de branco, que se misturou com a branca pura nas últimas eleições, metamorfoseou-se em Ku klux kan. Quando se pensava que não havia mais nenhum degrau para descerem, aparece mais este.

Estudante de Medicina é atacada após discurso em cerimônia do Mais Médicos

Estudante de Medicina da UFRN é atacada por médicos e alunos após discursar na cerimônia de dois anos do Programa Mais Médicos. Ana Luiza Lima falou sobre as transformações que a educação provocou na sua vida a partir de incentivos de políticas públicas e foi chamada de “Vadia”, “ignorante”, “médica vagabunda pobre”, entre outros impropérios

 

Médicos Populares se solidarizam com Ana Luiza Lima, estudante de Medicina atacada por discurso sobre políticas de saúde

Saúde Popular

A estudante de medicina Ana Luiza Lima, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), denunciou, em seu perfil no Facebook, as ofensas sofridas após discurso (vídeo abaixo) na cerimônia de dois anos do Programa Mais Médicos, em Brasília. Luiza falou sobre as transformações que a educação provocou na sua vida, a partir da oportunidade de estudar medicina por políticas públicas do governo Dilma Rousseff.

“Vadia”, “ignorante”e “médica vagabunda pobre” foram alguns dos adjetivos usados por médicos e estudantes para ofendê-la. “Fui atacada em minha página pessoal brutalmente por médicos e futuros médicos, além de outras pessoas. O machismo e a elite mostraram sua cara”, escreveu Luiza. A Rede Nacional de Médicas e Médicas Populares divulgou nota nesta terça-feira (11) em solidariedade à jovem.

Confira, integralmente, a nota da Rede:

Nota de Desagravo da Rede de Médicas e Médicos Populares à Ana Luiza Lima

A onda de ódio não passará!

A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares vem, através desta nota, prestar solidariedade à estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ana Luiza Lima, que recentemente comoveu todo o país com seu discurso na comemoração dos dois anos do Programa Mais Médicos. Seu discurso emocionado, por meio do qual agradece as recentes políticas educacionais que permitiram “a neta de um agricultor sonhar em ser doutora” (nas próprias palavras dela) inspirou milhões, mas provocou a ira de um setor reacionário e conservador, que encontra em parte da nossa categoria uma das suas mais perversas formas de expressão.

A onda conservadora dentro da categoria mostrou sua face logo após o anúncio da vinda de médicas e médicos cubanos para atender áreas de difícil provimento destes profissionais por parte do governo federal. Erigiu funerais da Presidenta Dilma e do Ministro Alexandre Padilha e perpassou por cenas nefastas como o “corredor polonês” contra os médicos cubanos no Ceará, com direito a ovos arremessados e xingamentos que não merecem mais ser repetidos. Vários colegas foram perseguidos pelos conselhos regionais de Medicina (CRMs) Brasil afora por se posicionarem favoráveis ao Programa Mais Médicos e não se alinharem com o discurso corporativista, permanecendo as ameaças dos CRMs sobre os médicos que contribuem com o programa (supervisores e tutores) até hoje.

Agora a vítima é uma estudante de Medicina que cometeu o pecado de falar a verdade. Uma estudante oriunda de família humilde que ousou entender que seu sucesso hoje foi fruto de uma política pública e ousou agradecer à Presidenta Dilma pelo esforço de manter políticas voltadas aos mais pobres deste país. O ódio contra Ana Luiza manifestou-se não apenas sob a forma de machismo – numa das regiões do país onde as mulheres mais sofrem com violência e onde o patriarcado se mantém firme e forte – mas, fundamentalmente, como ódio de classe, ódio ao que representou o seu discurso, ódio ao agradecimento à Presidenta, ódio de quem não suporta ver seus privilégios ameaçados.

VEJA TAMBÉM: Médica negra é alvo de racismo: “estamos acostumados com outro padrão”

Por tudo isto e muito mais, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares denuncia a ofensiva conservadora que se materializa no ódio à Ana Luiza e presta irrestrita solidariedade à nossa futura colega. Saiba, Ana Luiza, que assim como você, existem médicas e médicos que se preocupam com o povo brasileiro, que respeitam sua diversidade étnica, sexual, religiosa e ideológica, que se preocupam com a conformação do SUS como sistema de direitos sociais, público, gratuito, integral e de qualidade. Assim como você, existem médicas e médicos que sonham e que fundamentalmente lutam por um futuro onde este tipo de agressão à você fique num passado distante.

Todo apoio à Ana Luiza Lima

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

Leia o relato de Ana Luiza na página pessoal dela no Facebook:

QUEM QUER A CABEÇA DA ESTUDANTE DE MEDICINA?

Medicina estudante UFRN Ana Luiza Lima“Me pergunta, que tipo de sentimento é o medo? Te respondo — dos outros! O meu é o mesmo há várias luas…Deixa os verme falar pelos cotovelos eu ainda falo pelas ruas!!!!” – Emicida.
Vim aqui pra deixar coisas claras. Vim falar porquê a minha garganta não aguenta o nó que se formou. E eu NUNCA fui de calar. Fui convidada a falar sobre a transformação que a educação causou na minha vida e sobre a alegria de cursar medicina. E assim escrevi um texto, de coração e de peito aberto. E hoje penso em tudo que eu disse e tudo que eu queria ter dito mas não foi ouvido. Minhas palavras ecoaram. Porém nunca foram direcionadas à NENHUM partido político. Foi o reconhecimento de um acerto e uma reafirmação do que eu acredito e luto. Fui atacada em minha página pessoal brutalmente por MÉDICOS E FUTUROS MÉDICOS, além de outras pessoas. O machismo e a elite mostraram sua cara. Fui chamada de vadia, de MÉDICA VAGABUNDA DE POBRE, ignorante, não merecedora de cursar medicina. Me foi dito que iam fazer de TUDO pra que eu não conseguisse emprego depois de formada. De que eu não sabia com QUEM estava lidando. Que eu merecia LEVAR UMA SURRA pra aprender a deixar de ser corrupta. Me mandaram CALAR MINHA BOCA NOJENTA DE POBRE E DE VADIA. De novo. Está tudo guardado, não para dar respostas. Mas porque aprendi desde cedo a não responder ódio com violência. Não. Eu NÃO tenho a SUA sede de sangue.
Mas eu tenho uma novidadinha pra essa classe COVARDE de profissionais. A mesma classe que eu já vi combinando entre si no MESMO grupo, de “tratar mal os negros, as feministas e os gays que chegassem nos consultórios médicos, pra que esse povinho aprendesse seu devido lugar”. A novidade é que minhas palavras não foram em nenhum momento pra vocês. Vocês que ignoram a realidade cruel vivida todos os dias nos hospitais públicos. Minhas palavras foram pros profissionais de saúde que dão o sangue todo dia, mesmo com condições péssimas de trabalho, com salários atrasados, numa saúde abandonada e caótica. Eles sim, são verdadeiros heróis. Minhas palavras foram direcionadas àqueles que acreditam e lutam por um mundo transformado a partir da educação e do amor. Minhas palavras foram um agradecimento aos professores, a classe Trabalhadora com T maiúsculo!! Que têm seu serviço desvalorizado ao máximo, mas toma a linha de frente na luta pela transformação diária do futuro de milhões de jovens sem oportunidade no país.
Eu não fui nenhuma heroína, e eu conheço mil médicos que são verdadeiros heróis. Que não precisaram de mais NADA além de força de vontade pra vencer na vida. Mas me desculpa, é que eu penso além. Eu sonho com o dia em que vamos cobrar das nossas crianças, apenas COMPETÊNCIA pra vencer, e não mais heroísmo.
Eu tô falando com aqueles meninos que você tem medo quando para no sinal, tô falando daqueles com fuzil na mão vigiando um fio de vida nos morros das grandes cidades. Tô falando daquela menina que mora na rua e cata latinha, daquele nos campos com enxada na mão cortando cana. Daquela que perde a infância nas esquinas da prostituição. Tô falando daqueles que você insiste em dizer que não existem. Por quê quando você percebe que ELES EXISTEM, coça em você uma ferida podre de 515 anos. Te dá um medo na espinha quando aparece alguém pra defender uma educação por eles e para eles. Te gela a alma a chegada do dia em que o povo não vai mais esquecer seus Amarildos e suas Cláudias Silvas….
Eu já consigo imaginar muitos de vocês rindo, pensando na reeleição garantida, enquanto veem no jornal o povo gritando por mais prisões e menos escolas. E apesar de me doer, eu entendo esse grito.
Eu engoli meu medo porque sei que toda luta pode ser desmerecida. Eu dei minha cabeça à prêmio, e voltei pra casa com a esperança real de um hospital universitário pra minha região onde muita gente tem sorte de ter a esperança de ter um prato de comida.
Eu recebi um agradecimento da prefeita de uma das maiores cidades do país, dizendo que graças às minhas palavras, um novo plano pra educação pública vai ser pensado, e que ela se encheu de esperança e disposição para lutar com unhas e dentes pelos professores da rede pública e pelos jovens em situação de risco. Isso já me curou de todos os medos e de todo o ódio que me foi jogado.
Esperança. Vontade de mudar. EMPODERAMENTO de um povo PELO seu povo.
Eu sei que eu não sou nada nesse sistema corrompido e intricado. Eu sei que não sou ninguém diante dos poderosos desse país. Mas eu tenho outra novidade, eu não estou sozinha, e gente como eu, é quem te causa os piores pesadelos à noite.
E eu vou seguir, mesmo frágil, mesmo com medo, mas sempre acreditando.

“Então serra os punhos, sorria. E jamais volte pra sua quebrada de mão e mente vazia.”

Vídeo: https://www.facebook.com/SiteDilmaRousseff/videos/966414540078804/

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Estudante de Medicina é atacada após discurso em cerimônia do Mais Médicos

28/11/2014

HiPÓcrisia só rima com mau caráter

Filed under: Cuba,FHC,hiPÓcrita,Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 9:42 am
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Hipocrisia – Em 1999, quando Serra era Ministro da Saúde, a VEJA era a favor dos médicos cubanos no Brasil

Hipocrisia Padrão Fifa ou Não ?  Será que os coxinhas, tão “revoltados” hoje, apoiaram isso na época ?

Cubanos001

Cubanos002

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Hipocrisia – Em 1999, quando Serra era Ministro da Saúde, a VEJA era a favor dos médicos cubanos no Brasil « Poços10 – Poder e Política

07/11/2014

Classe médica está doente e não há remédio para tanta burrice

Filed under: AMB,Mais Médicos,Preconceito,Racismo,SIMERS — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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Médicos boicotam laboratórios que doaram recursos a Dilma

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Comunidade do Facebook “Dignidade Médica”, que propôs “holocausto” e “castrações químicas” contra eleitores do PT, sobretudo nordestinos, agora lidera movimento que propõe boicote aos laboratórios que doaram recursos à campanha da presidente Dilma Rousseff; leia a denúncia feita por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

7 de Novembro de 2014 às 06:31

Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Após o lançamento do programa Mais Médicos e a consequente chegada de médicos cubanos ao Brasil, a classe médica brasileira vem promovendo um show de horrores. Há menos de um mês, o portal IG fez uma denúncia estarrecedora:

A denúncia do IG espalhou-se como fogo e por certo fez ver a boa parte dos formadores de opinião o movimento nazista que se aglutinou em torno da candidatura Aécio Neves. Para entendimento dos fatos que serão narrados mais adiante, vale rever trecho daquela matéria.

Sobre a comunidade do Facebook “Dignidade Médica”, que propôs “holocausto” e “castrações químicas” contra eleitores do PT, sobretudo nordestinos, para que “não se reproduzam” tem como uma das organizadoras a senhora Patricia Sicchar, que se declara médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus em perfil da rede social.

Confira, abaixo, trecho de outra matéria do IG sob o título “Médica de grupo anti-PT minimiza holocausto a nordestinos: ‘é revolução do agir’”.

Como se vê, uma das médicas organizadoras do tal “holocausto” médico contra nordestinos eleitores do PT é servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, sob responsabilidade do prefeito tucano Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), líder do PSDB no Senado de 2003 a 2010.

Agora, os médicos manuenses voltam à ribalta com um movimento que pretendem espalhar pelo país. Chegou ao Blog uma denúncia séria contra médicos daquela capital. E o pior: a denúncia sugere que abuso desses médicos contaria com a conivência dos hospitais em que trabalham.

O denunciante enviou ao Blog link de perfil no Facebook de um médico manuense chamado Lano Macedo, que se diz funcionário do Hospital Beneficente Português do Amazonas, que já se envolveu em polêmicas como desrespeitar a “Lei do acompanhante no parto”, conforme denúncia do médico psiquiatra Rogélio Casado.

O tal médico Lano Macedo lidera um movimento de médicos manauenses no Facebook que propõe que a classe médica – e, consequentemente, os hospitais onde aqueles médicos trabalham – boicotem os laboratórios que doaram recursos à campanha da presidente Dilma Rousseff.

A confissão dos médicos de que irão deixar de recomendar fabricantes de medicamentos sob razões político-partidárias e ideológicas é um escândalo. E se aquele laboratório tiver medicamento mais conveniente para os pacientes, seja em termos de preço, qualidade ou outro?

Após o episódio “holocausto e castração química”, produzido a partir de organização de médicos de Manaus como o tal Lano Macedo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota condenando os autores daquela barbaridade.

Resta saber o que o CFM tem a dizer sobre essa atitude de médicos de Manaus. E, aliás, deveria investigar – talvez até com participação do Ministério Público – se médicos de outras regiões também estão adotando uma conduta profissional inadequada não só por se misturar com os interesses político-partidários deles, mas por prejudicar seus pacientes.

Por fim, resta saber, também, que atitude o prefeito tucano Arthur Virgílio tomou contra a servidora pública Patricia Sicchar, que se declarou médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e organizou o movimento propondo “castração química” de eleitores do PT.

Médicos boicotam laboratórios que doaram recursos a Dilma | Brasil 24/7

23/10/2014

Enquanto os EUA enviam armas, Cuba envia médicos

Filed under: Cuba,Ebola,Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 8:57 am
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Enquanto Cuba exporta médicos para todas as partes do mundo onde se fazem necessários, desde desastres naturais como Tsunamis, epidemias como Ebola, ou onde nas periferias onde os de jaleco branco não querem ir, os EUA preferem exportar armas.

Entrevista: “É incrível o que Cuba pode fazer”, diz OMS sobre ajuda contra ebola

Postado em 23 out 2014

por : Diario do Centro do Mundo

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Um grupo de 94 profissionais da saúde cubanos foi para a África Ocidental nesta quarta-feira (22/10), para combater a epidemia do ebola. Eles se juntam aos 165 que já estão em Serra Leoa prontos para começar a atuar. Os médicos e enfermeiros cumprem um acordo assinado entre Havana e a Organização Mundial da Saúde (OMS) válido para os próximos seis meses.

Para José Luis Di Fábio, chefe do escritório da OMS na ilha há três anos, é importante que o mundo reconheça a “incrível capacidade de resposta de Cuba” diante de situações de crise.

Di Fábio ajudou a intermediar as negociações depois da solicitação feita pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e pela diretora da OMS, Margaret Chan.

Atualmente, mais de 4 mil médicos cubanos atuam na África – dois mil só em Angola. “Os países africanos carecem de recursos humanos, muitos presidentes já solicitaram ajuda ao país. Na Guiné, antes da epidemia do ebola, já havia uma brigada cubana e sem Serra Leoa também”, afirma Di Fábi, em entrevista à DW.

DW: Na opinião do senhor, por que esse chamado das Nações Unidas foi feito para Cuba?

José Luis Di Fábio: Em fins de julho, a diretora da OMS, Margaret Chan, esteve em Cuba para acompanhar a inauguração do Centro Estatal Médico para Controle de Medicamentos. Durante a visita, ela se emocionou, digamos assim, ao entender mais sobre a cooperação médica cubana, incluindo a educação médica do país para o exterior.

Ela esteve na Unidade de Cooperação Médica, onde há o registro histórico das cooperações em saúde, viu a preparação de médicos que já foram para o Haiti e participaram de outras missões e, realmente, entendeu e reconheceu a capacidade que Cuba tem de apoiar os países numa cooperação Sul-Sul.

Durante uma conversa sobre continuidade de cooperações, surgiu a ideia de que Cuba pudesse trabalhar formando equipes de resposta rápida em caso de desastres e outros tipos de emergências. E, há duas semanas, ela pediu então apoio a Cuba para combater o ebola.

Quantos profissionais estão a caminho da África e para onde seguem?

Segundo o acordo, serão 300 profissionais. Primeiramente, foram 165 a Serra Leoa, dos quais 62 são médicos. Depois, a pedido dos governos locais, foi decidido enviar mais 53 para a Libéria e 38 para a Guiné.

Eles já estão prontos para trabalhar?

Eles fizeram a primeira parte da capacitação em Cuba. Recebemos profissionais de Washington e especialistas que já haviam trabalhado em Serra Leoa, diretamente com pacientes. Eles explicaram sobre a doença, as condições de vida no local, como vestir-se adequadamente, os tipos de proteção pessoal. Foi muito importante poder ouvir desses profissionais quais são as rotinas diárias, os problemas que enfrentam no terreno.

Quando a equipe cubana chega à África, faz outras capacitações até chegar ao centro de tratamento. Ela já chegou, mas ainda não está trabalhando. Ainda estão sendo preparadas as condições para que possam atuar. Primeiro: precisavam do processo de capacitação e, enquanto isso, as instalações, os centros de tratamento de ebola, estão sendo montados.

A ideia é trabalhar em forma conjunta, não dispersar a equipe. Caso contrário, a capacidade de organização se perde. É preciso identificar onde é mais apropriado trabalhar. No caso de Serra Leoa, deve ser em Freetown, a capital, e talvez em Port Loko.

Outros países da América Latina ofereceram ajuda? Cuba é um caso especial?

Cuba é um caso especial, digamos, pela capacidade rápida de resposta que teve, pela vontade política e pela própria experiência dos médicos. Trata-se de profissionais de saúde que já estão acostumados a trabalhar em missões, muitos deles já estiveram inclusive na África. Não conhecem o ebola, mas conhecem o território.

A Venezuela já havia doado 5 milhões de dólares para apoiar a luta contra o ebola. E a ministra da Saúde no Equador acenou que iria apoiar com recursos financeiros a campanha contra a epidemia.

O Brasil apoiou com alimentos. Existe a parte médica, mas é preciso pensar que é preciso todo um processo de assistência. O Brasil mandou medicamentos, ajuda humanitária em alimentos de cerca de 5 milhões de dólares, segundo entendi. Mas isso não foi via Organização Mundial da Saúde, mas via Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.

Com tantos médicos cubanos agora em ação na África, não há problema com falta de médicos em Cuba?

Não, não afeta os serviços e a população cubana. A população médica em Cuba é de mais de 80 mil.

Como funciona exatamente a parceria? Os médicos que seguem para a África recebem salário?

Eles estão contratados seguindo a forma de contrato comum da OMS, ou seja, como qualquer assessor que presta serviço. Normalmente, paga-se a passagem e uma diária. O valor depende do lugar onde o profissional vai atuar. A diária tem um componente de alojamento, alimentação e gastos pessoais.

De quanto é a diária?

Depende do local. É um valor estabelecido pelas Nações Unidas, que varia também em alguns meses, dependendo do câmbio da moeda. Por exemplo, em Havana, a diária é de 170 dólares. Em outros países, pode ser de 120. Creio que são 230 dólares por dia na África, mas 60% do valor é para cobrir estadia.

Qual é a importância da ajuda de Cuba?

É uma ajuda importante não só para a OMS, mas para todo o mundo. A ideia é apoiar os países da África Ocidental a conter a doença e exterminá-la na África. Mas, ao mesmo tempo, é uma barreira de defesa para o resto do mundo. Se não se controla o vírus na África, ele pode chegar a Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Japão, etc.

Então, realmente, os cubanos estão protegendo as fronteiras. E são não houver mais países que ofereçam recursos humanos, seguirão sendo os únicos.

Mais países mostram interesse em apoiar a iniciativa da OMS na África Ocidental?

Eu represento a OMS em Cuba. Imagino que a solicitação tenha sido feita a todos os países. Na última segunda-feira (20/10), o médico David Nabarro, enviado especial do secretário-geral da ONU, disse que foi muito importante a ajuda de Havana. Ele disse que o total de 265 trabalhadores cubanos é maior que a soma de todos os outros países juntos. E que a partir dessa quarta-feira, dia em que chega o restante da equipe, o número passará a ser maior que o do Médicos Sem Fronteira ou da Cruz Vermelha, maior que o número de profissionais enviados por Estados Unidos, Reino Unido e China.

Como o mundo olha para Cuba depois dessa parceria com a OMS?

Acredito que poderia haver mais reconhecimento. É incrível o que Cuba pode fazer. A vontade política e a vontade humana da população. Quando houve um terremoto no Paquistão, em 2005, foram enviados 2 mil médicos em 48 horas. Foram os primeiros que chegaram ao Paquistão e os últimos a sair, estiveram lá quase seis meses. No Haiti também. Depois de 24 horas, profissionais cubanos já chegaram para ajudar, e continuam lá.

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Diário do Centro do Mundo » Entrevista: “É incrível o que Cuba pode fazer”, diz OMS sobre ajuda contra ebola

24/02/2014

Meu Deus, a RBS virou comunista!

Sei, não, mas considerando a vida pregressa destes degenerados, tudo isso não deve passar de armadilha. Eu é que não entro nesta da conversão dos gentios. Desde quando a RBS passou a respeitar Cuba? Quando vejo um troço destes logo me vem a cabeça a fábula a Rã e o Escorpião

A lição de liberdade dos “escravos” cubanos. Assista e veja que o ser humano pode não ser mesquinho

24 de fevereiro de 2014 | 12:57 Autor: Fernando Brito

A reportagem em vídeo no final do post não é de um site esquerdista.

É o trabalho honesto de dois repórteres da gaúcha Zero Hora – Itamar Melo e Larissa Roso -que, simplesmente, deixam os médicos cubanos falarem livremente e dá camera e microfone para alguns de seus pacientes.

E os cubanos, pessoas visivelmente simples, explicam como vivem e porque sabem que seu país ganha dinheiro com o seu trabalho.

Uma lição de liberdade, que não é um valor meramente individual, mas a sensação de pertencer e ser útil a uma coletividade.

E uma triste lição de como nos tornamos escravos de uma vida que não tem valores senão o dinheiro e o status.

Assista. Mande para seus amigos.

É mais convincente e emocionante que qualquer discurso.

Por que é simples, tão simples que poucos acreditam que possa existir.

Mas existe.

E isso não há ódio que possa desmentir.

 

 

A RÃ E O ESCORPIÃO

Um escorpião pediu carona a uma rã para atravessar o a atravessar o rio, pois não sabia nadar.
A rã, conhecedora das manhas do dito cujo, negou-se. Afinal, quem não tem medo do veneno do ferrão do escorpião?!
Com seu poder de convencimento, lábia de jornalista traquejado, argumentou: Não tenha medo, Dona Rã… se eu atacar você, ambos morreremos afogados. E eu não quero morrer.
E assim a convenceu.
O escorpião subiu nas costas da rã, como o PSOL nas costas dos Black Blocs, e enquanto ela nadava ficou observando o movimento de seus músculos. Lá pela metade da travessia o escorpião atacou pelas costas.

Já sentindo as dores do veneno e quase morta, a rã gagueja ao escorpião: "Por quê fez isso, seu louco? Agora nós dois vamos morrer".

O escorpião, empolado como um famoso âncora da RBS, lhe respondeu: "Desculpe-me, não pude evitar… é a minha natureza".

18/02/2014

Mais Hipócrates, menos hipócritas

Filed under: Laboratórios Farmacêuticos,Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 8:20 am
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Quem nunca foi preterido no atendimento, mesmo numa consulta particular, por representante de laboratório que levante o dedo! Eu, como usuário contumaz de consultórios médicos particulares, aponto duas coincidências que nunca faltaram: Veja na mesinha do centro ou de canto e demonstrador de laboratório farmacêutico com maleta preta, com rodinhas, cheia de “amostras grátis” na primeira fila.

Não é mera coincidência que os médicos cubanos estejam sendo aliciados para deixar o programa para morarem em Miami… sonho de todo vira-lata.

Leblon: a ofensiva sobre os cubanos do “Mais Médicos” é ofensiva do imperialismo farmacêutico

17 de fevereiro de 2014 | 16:05 Autor: Fernando Brito

samdoctor

Imperdível o artigo de Saul Leblon sobre a nova ofensiva contra o programa “Mais Médicos”.

Mostra como o ataque às missões médicas cubanasnada tem a ver com uma atitude de apoio àqueles profissionais. É o ataque à economia cubana, procurando sufocar a segunda maior receita do país, a exportação de serviços médicos.

No seu texto, na Carta Maior, ele vai recuperar esforços históricos de nosso país na busca da produção e comercialização de medicamentos, um setor da indústria dominado por um dos mais cruéis cartéis de grandes empresas multinacionais, americanas, sobretudo.

Estamos aqui discutindo a condição em que Cuba nos manda médicos e deixamos para lá a condição que nos vendem remédios, um mercado monstruoso onde os preços não guardam nenhuma relação com o custo de produção dos medicamentos, mas com sua posição de mercado, seus volumes de aquisição e o peso de cada um no “portfólio dos laboratórios”.

O máximo que nos aceitam é quebrarmos patentes de remédios antigos, cujos direitos contratuais estão vencidos ou a vencer.

O aliciamento de médicos cubanos no Brasil, se está sendo feito com um programa do governo americano, merece resposta de governo, também.

O nome disso é escárnio

O sultanato de jaleco branco trata a saúde como um mercado de camelos; alia-se ao conservadorismo retrógrado e tem na embaixada dos EUA um corredor de fuga.

Saul Leblon

Algo outrora inescapável  do epíteto de um escárnio contra o povo brasileiro  está em curso nos dias que correm.

O ruído que provoca — tanto das fileiras do governo, quanto nas de segmentos que se avocam à esquerda dele–  é incompreensivelmente desproporcional a sua gravidade.

Que as sininhos não badalem  e, igualmente, seus carrilhões silenciem, é ilustrativo do fosso existente entre o inflamável alarido anti- Copa bimbalhada nas ruas e a real preocupação com o futuro do país e  a sorte da população.

A Associação Médica Brasileira, em sintonia com a embaixada dos EUA e aliada à coalizão  demotucana, tendo respaldo e torcida da mídia, opera abertamente para destruir um programa de saúde pública emergencial voltado  às regiões e contingentes mais vulneráveis do país.

Não há resguardo das intenções, nem pudor na propaganda da ação.

A entidade que se proclama representante da corporação médica brasileira acolhe e viabiliza deserções de profissionais cubanos fisgados  pelo redil conservador em diferentes regiões e municípios.

O Estado brasileiro  investirá este ano R$ 1,9 bi em recursos públicos nesse programa, para agregar  43 milhões de atendimentos/ano ao SUS a partir de abril, quando o Mais Médicos atingirá seu efetivo pleno, com mais de 13 mil profissionais em ação, sendo seis mil cubanos.

A embaixada dos EUA  no Brasil  –em sintonia com a Associação Médica e lideranças dos partidos conservadores–opera abertamente para que não seja assim.

O  tripé orienta e encaminha pedidos de vistos especiais, a toque de caixa,  para que o maior número de desistentes possa rumar a  Miami, onde os espera a estrutura da ‘Solidariedade Sem Fronteiras’.

A ONG de fachada humanitária  tem como principal negócio –financiado por recursos orçamentários que a bancada cubana assegura no Congresso–   promover e operar deserções em  convênios de saúde firmados entre Havana e 66 países  nesse momento.

São mais de 43 mil  médicos cubanos em ação na América Latina, Ásia e África. Devem atingir  um recorde de 50 mil em dois meses, quando o convênio brasileiro estiver plenamente implantado.

Um aspecto da remuneração desses profissionais deliberadamente pouco divulgado  é que nem todos os convênios internacionais de Havana são pagos.

Na verdade, dos 66 países assistidos nesse momento apenas 26 se enquadram  no que se poderia chamar de prestação de serviços pagos.

Outros  40 países recebem contingentes médicos gratuitamente.

O mesmo ocorre com missões de educação ou esporte.

A ‘exportação’ de serviços rende a Havana, segundo a chancelaria cubana, cerca de US$ 6 bi/ano (três vezes mais que a segunda fonte de divisas do país,  representada pelo turismo).

A exportação de serviços  pagos – principalmente na área de saúde –  financia  as missões solidárias destinadas a países de extrema precariedade econômica e material ou focadas em situações de calamidade devastadora.

É assim desde 1960,  quando Cuba enviou  sua primeira missão de solidariedade ao Chile, vítima de um terremoto.

Eis a principal razão para a diferença entre o salário efetivamente recebido pelo profissional de uma missão e aquilo que o governo cubano arrecada pelo serviço prestado.

Uma parte do  saldo  financia as missões gratuitas que, repita-se,  são a maioria.

Outra sustenta a Escola Latino-americana de Medicina, que possuía em 2013 cerca de  14 mil alunos estrangeiros,  gratuitamente cursando ou com subsídio quase integral.

Com pouco mais de 11 milhões de habitantes, Cuba investe pesado em pesquisa na área de saúde e formação de médicos:  são quase 83 mil (1/138 habitantes).

O investimento tem duplo objetivo: zelar pela população que tem a menor taxa de mortalidade infantil do mundo, e gerar receita numa economia asfixiada  há 50 anos pelo embargo comercial norte-americano.

Também isso se financia através das missões remuneradas.

A ideia de que a doutora Ramona Rodriguez possa ter  desembarcado no Brasil desinformada dessas particularidades acerca de seu salario, subestima a conhecida determinação de Havana, de ressaltar interna e externamente aquela que é a marca inegável de sua ação internacional: a solidariedade.

A mesma alegação de ignorância tampouco se pode conceder –neste aspecto–  ao colunismo isento, que cuida de  festejar as deserções  –por  ora pontuais –  como se fossem o preâmbulo de uma diáspora libertária, em marcha épica rumo a Miami.

A participação  da embaixada norte-americana no jogo de aliciamento e hipocrisia  é ainda mais grave.

Trata-se de uma tentativa de sabotagem de um programa soberano de saúde pública emergencial, cujo desmonte poderá agregar novas vítimas e mais sofrimento num universo de milhões de brasileiros desassistidos.

Se a intrusão é desconcertante, não se pode dizer que surpreenda.

Quando o governo Lula decidiu quebrar a patente de anti-virais , em 2007, a embaixada norte-americana operou para sabotar a medida.

Agiu em contato direto com as múltis do setor farmacêutico, o Departamento de Estado do governo Bush  e ‘amigos’ locais — não se sabe se os mesmos que hoje cerram fileiras com o duplo interesse de  implodir o ‘Mais Médicos’ e sangrar Havana.

Telegramas  secretos da época, obtidos pela organização  Knowledge Ecology International (KEI),  revelam ameaças de represália enviadas então a Brasília:

“(…) uma licença compulsória pode fazer com que fabricantes de produtos farmacêuticos evitem introduzir novos remédios no mercado e seria mais difícil para o Brasil atrair os investimentos que tanto necessita”, relatava um deles sobre o teor de reuniões com autoridades e políticos locais.

Lula oficializaria em maio de 2007 o licenciamento compulsório do anti-retroviral  Efavirenz, usado por 75 mil pacientes de Aids atendidos pelo SUS. Um genérico importado da Índia passou a ser usado ao preço de  US$ 0,45, contra US$ 1,59 cobrado pela  multinacional norte-americana.  Uma  economia de US$ 30 milhões até 2012.

Volte-se um pouco mais no tempo, até as vésperas do golpe de 64,  e lá estarão, de novo,  os mesmos protagonistas, com idênticos propósitos.

O embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, fileiras udenistas e lacerdistas, múltis do setor farmacêutico e sabujos da mídia, a ganir a pauta da estação.

Eram tempos de inflação galopante e dinheiro curto: a saúde corria risco.

O então ministro da Saúde, Souto Maior, lutava para obter uma redução de 50% sobre os preços de 70 medicamentos mais usados pela população.

Laboratórios das multinacionais abriram guerra contra o tabelamento.

Às favas a saúde: primeiro, os interesses das corporações.

Lembra algo do comportamento atual da embaixada que se orienta pelos mesmos valores e da Associação Médica Brasileira que tanto quanto os abraça?

No famoso comício da Central do Brasil, sexta-feira, 13 de março de 1964, João Goulart decretou a expropriação de terras para fins de reforma agrária, encampou refinarias e anunciou estudos para fabricação estatal de medicamentos no país.

O conjunto era fiel aos preceitos do ‘sanitarismo-desenvolvimentista,’ abraçado  então pelas fileiras progressistas da medicina brasileira.

Médicos como Samuel Pessoa, Mário Magalhães,  Gentile de Melo e Josué de Castro –autor do clássico ‘Geografia da Fome ‘ e primeiro secretário- geral da FAO, que faleceu no exílio , cassado pela ditadura e impedido de retornar ao Brasil mesmo para morrer – eram alguns de seus  expoentes.

Profissionais que hoje seriam olhados com suspeita, enxergavam a luta pela saúde como indissociável da luta pela desenvolvimento econômico e humano do país.

Em setembro de 1963, Jango, com apoio deles,  restringiu a remessa de lucros da indústria farmacêutica. Mister Lincoln Gordon foi à luta:  a USAID retaliou no lombo da pobreza cortando a ajuda no combate à malária – que se destacava como uma das principais doenças tropicais na época.

A ofensiva apenas fortalecia as convicções dos sanitaristas-desenvolvimentistas.

Embora heterogêneos nas filiações ideológicas, seus  representantes  entendiam que doença e pobreza  caminhavam juntas. Como tal deveriam ser enfrentadas  em ações soberanas, abrangentes e desassombradas, que rompessem a fragmentária  estrutura de uma sociedade retalhado por interesses que não eram os de seu povo.

Compare-se isso com o sultanato de jaleco branco.

Esse que  hoje trata a saúde como um entreposto de camelos; alia-se ao conservadorismo mais retrógrado  e tem na embaixada dos EUA um corredor de fuga em prontidão obsequiosa.

Bajulado pela mídia, o conjunto quer implodir o ‘Mais Médicos’.
O nome disso é escárnio. E Brasília deveria dizê-lo  claramente ao embaixador gringo, ao chamá-lo a prestar esclarecimentos sobre ingerência e sabotagem em assuntos internos.

Leblon: a ofensiva sobre os cubanos do “Mais Médicos” é ofensiva do imperialismo farmacêutico | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

12/02/2014

Contem isso pro Caiado e seus amestrados

Filed under: Cubanos,Flórida,Mais Médicos,Miami — Gilmar Crestani @ 9:09 am
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Cuba x EUAEnquanto os EUA começam dar sinais de que também possuem algum traço de racionalidade em relação à Cuba, no Brasil ha uma campanha para tirar os médicos cubanos que atendem comunidades carentes para mandá-los a Miami. Não fosse a maldade da idéia, o ridículo do nonsense salta aos olhos. Enquanto nos EUA Darwin começa dar sinal de vida, no Brasil do ódio de classe o criacionismo está em alta pelas mãos do popular líder da UDR, Ronaldo Caiado, que de repente virou guru de pessoas que pretensamente possui alguma informação, além de um jaleco branco, claro.  E de repente ficamos sabendo que o preço da AssoCIAção Médica Brasileira é R$ 3.000,00… Quando a gente acha que viu tudo, a AMB nos convence que não há limite para o ridículo.

JULIA SWEIG

Revolução na Flórida?

Pesquisa mostra que 62% da população do Estado defende a normalização das relações entre EUA e Cuba

Nós, americanos, gostamos de nos enxergar como pessoas pragmáticas que solucionam problemas. Mas, no caso dos últimos 55 anos de política em relação a Cuba, ainda adoramos ídolos falsos que pregam a mitologia da era de Eisenhower e Kennedy, segundo a qual guerras econômicas (e às vezes militares) promoverão mudanças de regime.

Mas não por muito tempo.

Novos dados divulgados nesta semana mostram que a opinião pública dos EUA e da Flórida é favorável a mudanças substanciais na política cubana de Washington.

De acordo com pesquisa bipartidária, 56% dos americanos são a favor da normalização das relações com Cuba. O apoio é maior entre democratas e independentes, mas, fato notável, chega a 52% entre os republicanos.

A maior notícia, possivelmente, é que a Flórida, que abriga a maior população cubano-americana, lidera a nação por sete pontos percentuais no apoio à normalização, defendida por 63% dos latinos e 62% da população total do Estado.

Além disso, na Flórida 67% dos adultos e 66% dos latinos querem o fim da proibição às viagens a Cuba para todos os americanos, direito hoje reservado a cubano-americanos.

Ah, e lembra a Guerra Fria? Foi quando Ronald Reagan colocou Cuba na lista do Departamento de Estado de países que patrocinam o terrorismo. Conservar Cuba na lista é um importante símbolo de deferência aos deuses e deusas do status quo atual, além de grande obstáculo às relações comerciais e de investimentos com os EUA.

Hoje, porém, 61% dos americanos acham que Cuba deve sair dessa lista. Na Flórida, antigo reduto de exilados que planejavam ataques terroristas a Cuba e agora uma das primeiras beneficiárias dos laços econômicos nascentes, essa porcentagem sobe para 67%.

Os políticos do Estado captam a mensagem. Charlie Crist, ex-governador republicano, trocou de partido e agora lidera a contestação democrata ao governador Rick Scott.

Na semana passada, Crist disse em rede nacional que é hora de acabar com o embargo. Ele focou na oportunidade de empregos e crescimento da Flórida, ligando o futuro econômico do Estado ao de Cuba.

O governador Scott atacou Crist, mas sabe que a resposta de Crist de que a Flórida não pode mais curvar-se diante de alguns poucos ídolos na questão de Cuba acertou na mosca.

Afinal, foi Rick Scott quem, em uma mesma semana de 2012, se opôs e, depois, pressionado, apoiou uma lei que proibiria empresas como a Odebrecht de firmarem contratos na Flórida se também tivessem negócios com Cuba.

Depois, uma corte federal considerou a lei anticonstitucional. A Odebrecht e o Brasil provavelmente se beneficiarão de um futuro econômico interligado da Flórida e de Cuba.

Esses números de opinião pública são ainda melhores que os resultados eleitorais do presidente Obama em 2012: 51% do voto popular nacional e 50% do voto cubano-americano na Flórida. É política doméstica por números: é hora de um pouco de pragmatismo presidencial.

@JuliaSweig

Tradução de CLARA ALLAIN

10/02/2014

CFM: Cafajestes Fazendo Merda

Filed under: Cafajestes,Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 9:02 am
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Depois de tentarem desviar os médicos cubanos para os serviços domésticos, o CFM tenta novamente desviar da função e larga-los no seu lugar: servidores de cafezinho do CFM! Eu já muita imbecilidade, mas nem a Ku Klux Klan ousou tanto.

CFM quer que cubanos “escravos” deixem de atender doentes e sirvam cafezinho para “médicos livres”

10 de fevereiro de 2014 | 00:29 Autor: Fernando Brito

empregada

Chega a ser nojenta a notícia de que o Conselho Federal de Medicina fará uma campanha entre os médicos brasileiros para que ofereçam “empregos administrativos” em seus consultórios e hospitais para os médicos cubanos que “desertem” e abandonem seus postos de atendimento na periferia e no interior do Brasil.

— Vamos dar apoio aos cubanos, mas eles não poderão trabalhar como médicos. Primeiro, eles terão de buscar refúgio e asilo em embaixadas não alinhadas ideologicamente com Cuba. Enquanto isso, com a rede de 400 mil médicos brasileiros, vamos conseguir contratos de trabalho administrativo, para que eles então tentem o Revalida — afirmou neste domingo o presidente do CFM.

O que estes “doutores” querem? Não se contentam em ser desprezados pelo povo brasileiro, querem levar as pessoas pobres que viram um médico pela primeira vez na vida, de volta ao abandono total?

Afinal, quem quer reduzir quem à condição de escravos, de seres inferiores e incapazes senão de servir aos senhores?

Vão lhe servir cafezinho e vocês tolerarão, por isso, que usem a roupa branca?

Vão ser os seus “negrinhos”? Como aquela imbecil que disse que as médicas cubanas tinham cara de “empregada doméstica”.

E que beleza, não é, nem direitos trabalhistas terão, porque não têm visto de trabalho no Brasil para nada senão o que são: médicos de família, doutores em medicina social.

Ou será que os estão provocando até que um deles, em nome de sua dignidade, lhes esbofeteie?

E aqueles brasileiros que estão lá, onde vocês não querem ir, nem ganhando quatro vezes mais do que os cubanos?

É gente simples, que não tem ninguém que olhe por ela, que suplica, implora , se ajoelha, até, para que se cuide de um filho doente.

Os dirigentes destas instituições não fizeram o Juramento de Hipócrates?

Não é possível que tenham prometido nunca  ”causar dano ou mal a alguém.”

A mesquinhez e a crueldade de parte da elite brasileira chegou ao extremo.

Já não lhes basta viver na abundância: é preciso que os pobres morram na doença e no abandono.

CFM quer que cubanos “escravos” deixem de atender doentes e sirvam cafezinho para “médicos livres” | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

07/02/2014

Para não se passar por ignorante de manada, leia!

Filed under: Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 9:42 am
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O acordo de cooperação técnica entre o governo de Minas e uma universidade de Cuba

sex, 07/02/2014 – 08:20

Sugerido por Leopoldo Vieira

Nassif, chamo atenção para a notícia abaixo.

É um ótimo contraponto à deserção da médica e às críticas mais baixas ao Mais Médicos vindas do PSDB, só que oriundo no PSDB.

Da Agência Minas

Governo de Minas formaliza cooperação técnica com universidade cubana

Um dos objetivos do convênio é permitir o fortalecimento do sistema de formação dos recursos humanos no campo da saúde

13 de Março de 2012

Foi assinado, na tarde desta terça-feira (13), no Ministério da Saúde cubano em Havana, convênio entre o Governo de Minas e a Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara (UCM VC). O acordo, feito por meio do Canal Minas Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), é voltado para a promoção de intercâmbio científico, para a tecnologia educativa e para o modelo de ensino não presencial em ambiente online (e-learning), o que permite o fortalecimento do sistema de formação dos recursos humanos no campo da saúde.

O convênio, assinado pelo secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, também visa ao desenvolvimento conjunto de modalidades participativas de intercâmbio de especialistas, ao estabelecimento de um amplo intercâmbio de informações técnico-científicas e à elaboração conjunta de recursos educativos em diversas modalidades.

Segundo Antônio Jorge, toda a informação resultante de atividades conjuntas realizadas por meio desse convênio ficará a disposição da SES e da universidade cubana. As patentes suscetíveis de serem desenvolvidas estarão sujeitas às normas e leis sobre patentes existentes.

“Acordamos, hoje, que equipes do Canal Minas Saúde e da Superintendência de Atenção Primária da SES virão à Cuba para conhecer in loco a estratégia de Saúde da Família que atua nos distritos. O mesmo ocorrerá com os técnicos cubanos, que virão a Minas conhecer a nossa realidade e a forma como trabalhamos com foco em redes de atenção à saúde. O objetivo desse intercâmbio é desenvolver um estudo comparado, visando à melhoria da estratégia Saúde da Família”.

Canal Minas Saúde

O Canal Minas Saúde é uma rede estratégica multimídia (Canal Minas Saúde de Televisão, Rádio, Web e Educação a Distância) para o desenvolvimento do programa de educação permanente a distância da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, com o apoio da Fundação Renato Azeredo. As atividades foram iniciadas com o curso Gestão da Clínica na Atenção Primária á Saúde, em outubro de 2008.

Um dos objetivos do Canal é capacitar profissionais integrantes das equipes de saúde da família (PSF) e especializar médicos e enfermeiros que atuam nas quase quatro mil unidades básicas de saúde de Minas Gerais (UBS), pactuadas com os Gestores Municipais de Saúde, nas 28 Gerências Regionais de Saúde e, também, nos Centros Viva Vida de Referência Secundária e Mais Vida.

Universidade cubana

A Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara está localizada na região central de Cuba. As estruturas centrais ficam em Santa Clara, cidade fundada em 1689, capital da província de Villa Clara. Fazem parte da universidade médica 41 unidades docentes, das quais, oito são hospitais universitários e 33 são policlínicas docentes que, juntamente com uma grande rede de consultórios médicos, garantem o desenvolvimento do programa de formação dos recursos humanos de pré e pós-graduação.

A docência médica em Villa Clara teve o seu início em 1966. Hoje, contabiliza mais de 10 mil formados em Ciências Médicas, entre os quais, mais de 7 mil são médicos e mais de 850 são especialistas na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças que se manifestam na cavidade da boca e no complexo maxilo-mandibular. Possui, ainda, mais de 2.400 licenciados em Enfermagem. Entre os diplomados, 500 são estrangeiros nascidos em mais de 45 países. Em pós-graduação, a universidade forma especialistas em 50 especialidades. Hoje, há mais de 4.780 entre os de primeiro e segundo grau

O acordo de cooperação técnica entre o governo de Minas e uma universidade de Cuba | GGN

06/02/2014

Para combater “Mais Médico”, UDR lança “Túmulo mais Caiado”

Filed under: Mais Médicos,Miami — Gilmar Crestani @ 9:05 am
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Jânio de Freitas, na Folha: “A médica cubana levou quatro meses entre "descobrir que ganha muito pouco" e procurar o deputado Ronaldo Caiado para pedir asilo, em vez de um dos três ministérios apropriados no seu caso. Interessante, aliás, a escolha que fez, de um deputado pouco conhecido até dos brasileiros e que nem é do Pará, onde ela estava. Sabe das coisas a brava senhora, ao menos quanto a parlamentares.

Mas ou não sabe o quanto ganha ou mentiu com persistência. Nas insistentes e diferentes menções à sua remuneração, omitiu sempre o pagamento que recebe da prefeitura para a alimentação, como os demais integrantes do Mais Médicos. E ainda há a moradia.”

Apareceu a verdade: a Dra. Ramona montou uma farsa para encontrar namorado em Miami

6 de fevereiro de 2014 | 07:53 Autor: Fernando Brito

miami

A Dra. Ramona Matos Rodrigues tem o direito de querer viver com o namorado em Miami.

Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de emigração, que, atualmente, só restringem a saída de médicos, cientistas e militares. Os Estados Unidos restringem a entrada em seu país e que, volta e meia, vemos cenas dantescas de  dezenas de “chicanos” mortos ocultos em vagões de trem para tentar entrar no “eldorado” americano e ninguém diz que, com isso, ferem a liberdade de ir e vir.

Mas a Dra. Ramona não tem o direito de ilaquear a boa-fé do povo brasileiro montando uma história farsesca sobre as razões de sua tentativa de fuga para Miami.

A Folha, hoje, revela o suficiente da história para que compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá dar rumba”.

A Dra. Ramona se aproveitou da simpatia que lhe teve uma senhora, prestadora de serviços ao “Mais Médicos” para encontrar acolhida em Brasília. Dizia sentir-se só e foi recebida por ela em sua casa, num rasgo de solidariedade.

Depois de um final de semana, como planejado, foi à embaixada americana pedir para ser “abduzida” àquele país, para surpresa da amiga que, então, disse que para isso sua casa não era abrigo.

Então a Dra. Ramona montou sua pequena farsa, com a ajuda providencial do deputado Caiado, que critica a “escravidão médica” de Cuba, mas é contra a abolição da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.

Aí veio a cantilena sobre o “fui enganada”, etc, etc, etc…

A Dra. Ramona usou o congresso e a imprensa brasileira como palco e platéia de seu “teatro”, sem nenhum pudor.

E os usou porque sabe que, neste país, existe um sistema de comunicação que a transformaria em “heroína” quando é apenas uma pessoa que mente por seus interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos abertamente.

O que, no Brasil, ninguém duvida, poderia ter feito.

Mas a Dra. Ramona foi contratada por nosso país para atender doentes, não para se portar como uma transtornada – que seja, concedamos a generosa possibilidade – por um amor na Flórida que a leve a mentir na sede do parlamento, diante de toda a imprensa.

Porque, para esta fila de “vistos” americanos, tem muito brasileiro na frente dela, que sequer vai receber os gordos subsídios que o Governo americano dá aos médicos cubanos dispostos a expatriar-se.

Ao contrário, se pagassem metade do que paga o Mais Médicos, muitos médicos brasileiros estariam nessa fila, porque Miami. para eles, é lugar de gente.

Pacajás, no Pará, não.

Aliás, nada impediria o namorado da Dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.

Talvez o que o impeça seja, apenas, Miami.

Mas isso é um problema privado do casal.

E esse é o pecado imperdoável da Dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso político em país alheio.

PS. Desde ontem, no início da tarde, havia essa informação. Como não havia confirmação, não publicamos. Correr o risco da mentira era agir sem dignidade. Coisa que a Dra. Ramona não fez com a opinião pública brasileira.

Apareceu a verdade: a Dra. Ramona montou uma farsa para encontrar namorado em Miami | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

05/01/2014

Na terra dos médicos cubanos é assim

Filed under: Cuba,Mais Médicos,Mortalidade Infantil — Gilmar Crestani @ 12:33 pm
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Quem já foi a um consultório particular, como horário marcado, e ainda assim é preterido no atendimento por representantes de laboratório vai entender a necessidade de profissionais menos mercantilistas. Claro, este costume não vai mudar, até porque os médicos do programa Mais Médicos não vieram para substituir os médicos particulares. Foram convocados para atenderem pessoas onde brasileiros não querem ir. Até agora foram 6,6 mil médicos para  2 mil e duzentos municípios que podem contar com serviços que antes não existiam. A população que não via médico deveria rejeitar estes? A julgar pelos que nunca tiveram dificuldade de acesso ao acompanhamento médico, deveriam. Mas pergunte a quem não tinha acesso se prefere continuar como antes ou contar com este “privilégio”?!

Cuba encerra 2013 com menor taxa de mortalidade infantil da história

Ilha caribenha se mantém como um dos melhores países do mundo neste índice, à frente de Brasil e Estados Unidos, por exemplo

Cuba terminou 2013 com uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por cada mil nascidos vivos, o número mais baixo da história da ilha, informaram nesta quinta-feira (02/01) os veículos de imprensa oficial do país.
A primeira vez que os cubanos registraram taxa inferior a 5, foi 2008, com 4,7. Desde então, os índices foram 4,8 em 2008, 4,5 em 2010, 4,9 em 2011 e 4,6 em 2012.
De acordo com a ONU, a média mundial de mortalidade infantil no ano passado era de 48 para cada mil nascidos. No Brasil, em 2012, esse índice era de 12,9. A dos Estados Unidos, por sua vez, era de 7 mortes para cada mil nascimentos. Veja o último informe completo da ONU aqui.

Leia mais

O jornal Granma destacou hoje que o resultado coloca a ilha "entre as primeiras nações do mundo" neste quesito. Segundo números oficiais, oito das 15 províncias cubanas atingiram indicadores menores que a taxa nacional de 4,2, em 2013. Neste ano, foram registrados 125.830 nascimentos, 156 a mais que no ano anterior.
Wikicommons

Além do baixo índice de mortalidade infantil, Cuba também registra bons níveis educacionais
Segundo dados do ministério de Saúde Pública do país, as principais causas de morte de crianças no país estão relacionadas a anomalias congênitas, infecções e afecções perinatais.
Com relação às mães, em 2013 foram registrados 26 óbitos relacionados diretamente com gravidez, parto e pós-parto, uma taxa de 20,7 mulheres para cada 100 mil nascimentos, também a mais baixa da história de Cuba.
(*) com Agência Efe

Opera Mundi – Cuba encerra 2013 com menor taxa de mortalidade infantil da história

27/12/2013

SUS

Filed under: Saúde,SUS — Gilmar Crestani @ 8:12 am
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Para os que só gostam de criticar, adivinhe o que tinha antes do SUS… Sistema de saúde público brasileiro é referência internacional, diz Banco Mundial

ELEUTÉRIO RODRIGUEZ NETO (1946-2013)

Um dos idealizadores do SUS

FABRÍCIO LOBELDE SÃO PAULO

Em 1988, o médico Eleutério lutou para que a saúde fosse definida na Constituição Federal como um direito do cidadão e um dever do Estado. Desde então, passou a lutar para que isso não fosse apenas uma promessa.

Estudante de uma das primeiras turmas de medicina da UnB, Eleutério participou de expedições médicas pela região amazônica e, percebeu que seria mais útil se trabalhasse com políticas públicas para criação de um sistema amplo de acesso à saúde.

Sua participação em movimentos estudantis e convicções de esquerda durante a ditadura o impediram de alçar carreira acadêmica na USP. Foi então trabalhar na UFRJ, onde aprofundou discussões sobre medicina coletiva, numa perspectiva social.

Foi um dos principais defensores do movimento pela reforma sanitária, que visava a transformação do sistema de saúde brasileiro. Movimento que desdobraria na criação do SUS, idealizado para ser um sistema eficiente e democrático de saúde.

Chegou a ser secretário-geral do Ministério da Saúde, um alto cargo de confiança do ministro.

Em 2000, foi diagnosticado com a doença de Pick, um mal neurológico degenerativo, que há anos lhe causava sintomas como fortes alteração de humor. A lenta degradação de seu estado clínico o levou à morte no dia 23, em São Paulo, aos 67 anos.

Deixa a viúva Lucia, dois filhos e duas netas. A família realizará uma missa do sétimo dia no domingo, às 11h30, na Paróquia da Assunção de Nossa Senhora, no Jardim Paulista, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

18/12/2013

Ex-secretário do PSDB contra “Mais Médicos”

Filed under: Isto é PSDB!,Mais Médicos — Gilmar Crestani @ 9:16 am
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GIOVANNI GUIDO CERRI

TENDÊNCIAS/DEBATES

E a culpa é do médico?

É fundamental que a autorização concedida para médicos estrangeiros trabalharem sem o Revalida seja uma medida transitória

JR, 32 anos, médico nascido em Pernambuco, veio fazer residência médica em São Paulo e aqui se radicou, trabalhando em dois hospitais da periferia da região metropolitana. Atende, em média, a 60 pacientes por dia do SUS (Sistema Único de Saúde), nos dois empregos que tem e no plantão noturno semanal. Trabalha 12 horas por dia, muitas vezes mais, raríssimas vezes menos.

Como a maioria dos médicos, JR estudou por 21 anos para entrar no mercado de trabalho, incluindo os seis anos de curso de medicina e três de residência médica.

Foram mais de 8.400 horas que JR passou apenas nas salas de aula da faculdade e em seus laboratórios e outras horas incontáveis em casa estudando. Tudo para se formar um bom médico, o melhor que pudesse ser, e reunir as melhores condições para ajudar os pacientes. A dedicação de JR é a regra entre os médicos brasileiros.

Com origem em diferentes classes sociais, os jovens que entram no mercado de trabalho possuem em comum o esforço necessário para chegar à faculdade. Depois disso, precisarão superar outro desafio: o sempre disputado concurso para a residência médica. E deverão continuar estudando pelo resto da vida.

A saúde está diante de uma grave crise, provocada pela falta de financiamento adequado, pelo excesso de trabalho, pela judicialização excessiva, pelas dificuldades que enfrentam as instituições filantrópicas. E, com todas as dificuldades, há a necessidade de atender à justa demanda da população por saúde de qualidade.

O Brasil chegou a ser o sexto maior PIB no ranking internacional em 2012, mas ocupa a constrangedora 72ª posição, segundo a Organização Mundial da Saúde, de gasto per capita em saúde. Argentina, Uruguai e Chile se saem melhor. Cuba gasta mais do que o dobro em despesa pública por habitante. A falta de recursos é o nosso grande problema: países desenvolvidos chegam a gastar 20 vezes mais por habitante do que o Brasil.

E a pergunta que fica, em meio às recentes polêmicas, é: a culpa por esse quadro é de JR? É o médico brasileiro o responsável pela falência do sistema de saúde?

É claro que, como em outras profissões, existem exceções à regra. Profissionais que não têm uma conduta ética adequada ou não são cumpridores de suas responsabilidades. Hoje, em razão da pressão emocional, responsabilidades e excesso de trabalho, mais de 50% dos médicos se queixam da qualidade de vida e apresentam sinais de estresse, depressão e fadiga.

Sou favorável à vinda de médicos estrangeiros, desde que adequadamente formados, para ajudar a atender a nossa população. Aliás, essa sempre foi característica de nosso país: acolher com generosidade os imigrantes que ajudaram a construir o Brasil.

Os médicos que se formam no exterior necessitam, para ter sua formação avaliada e para proteger a população que será por eles atendida, passar por um exame criado pelo governo federal chamado Revalida, essencial para o registro definitivo do diploma. É fundamental que a autorização, concedida recentemente para médicos estrangeiros exercerem medicina sem esse exame, seja uma medida transitória e emergencial.

Não é aceitável ignorar ou menosprezar a maioria dos médicos brasileiros, que atende seus pacientes com empenho, em milhares de cidades, sem muitas vezes contar com a estrutura adequada.

Não são as categorias de profissionais as grandes responsáveis pelos problemas de saúde, transporte, educação e infraestrutura do Brasil. Os nossos problemas crônicos, reflexo de um país com renda per capita e IDH ainda baixos, têm que ser combatidos com muito trabalho, dedicação e gestão.

O país precisa de investimentos e de programas de longo prazo, voltados à educação e à qualificação profissional. Sem desculpas.

GIOVANNI GUIDO CERRI, 60, é diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do conselho deliberativo do Hospital das Clínicas da mesma faculdade. Foi secretário de Estado da Saúde de São Paulo (2011 a 2013)

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