O ódio com que atacam Lula denuncia um esquema gigantesco de apropriação do Estado ao modo mafioso. Nem Al Capone agia com tanta ousadia e desenvoltura com que agem os assoCIAdos do Instituto Millenium. E tudo para que empresas como a Chevron possam se apropriar do pré-sal.
Para entender a caça a Lula, Dilma e o PT basta verificar o modus operandi da máfia que, à pedido das sete irmãs petrolíferas, sumiu com o Ministro da Energia italiano, Enrico Mattei! Somente em 2005 se conseguiu chegar à prova de que não foi acidente, mas atentando.
Após a Segunda Guerra Mundial recebeu a tarefa de liquidar a Azienda Generale Italiana Petroli Agip, a empresa estatal de petróleo criada pelo regime fascista. Porém, ao contrário do previsto, Mattei concentrou e aumentou a antiga estrutura sob a nova denominação de Ente Nazionale Idrocarburi (ENI).
Sob sua direção, o ENI negociou importantes concessões de petróleo com o Oriente Médio bem como acordos comerciais relevantes com a antiga União Soviética, ajudando a quebrar o oligopólio das Sete Irmãs, que dominavam a indústria do petróleo em meados do século XX. Mattei introduziu também o princípio segundo o qual o país possuidor das reservas exploradas receberia 75% dos lucros.
Enrico Mattei, que se tornou uma figura poderosa na Itália, era um democrata-cristão de esquerda e foi membro do Parlamento italiano entre 1948 e 1953.
Faleceu em um misterioso acidente aéreo em 1962. Em 2005 foi descoberto a natureza dolosa do acidente, que foi provocado mediante colocação de bomba a bordo do avião.
O relato (quase desenhado) da má-fé da Folha, por Conceição Lemes
26 de junho de 2015 | 10:54 Autor: Fernando Brito
Dispensa comentários, porque as imagens fornecem ao texto quase que um desenho da narrativa, o artigo escrito por Conceição Lemes no Viomundo sobre o circo armado pela Folha – e por boa parte da mídia – em torno do palerma (ou provocador) que impetrou o tal patético “habeas corpus” em favor de Lula que, como disse o próprio desembargador que negou seguimento à pataquada jurídica. Só serve para “expor e prejudicar” o ex-presidente.(veja aqui).
Desejo que um transtornado, que já impetrou 150 (!!!) habeas corpus – marca que poucos advogados conseguiram atingir com anos e anos de carreira, ao qual, de imediato, toda a grande mídia atendeu.
Coube à Folha erguer o mastro principal do circo, o que Conceição fotografa, em detalhes, para reconstruir o “passo a passo” de uma sordidez.
Leia o texto que reproduzo, com suas imagens, tomando apenas a liberdade de reduzir o título:
A Folha e o maníaco do HC
A má-fé da Folha de S. Paulo é sem limite.
A cada dia que passa, o jornal que serviu à ditadura militar, se afunda mais no esgoto.
Nesta quinta-feira, 25 de junho, protagonizou mais uma patifaria.
Primeiro, o jornal dá como manchete que “Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz”.
Refere-se a Alexandrino Alencar.
“Ele era diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. E nessa condição acompanhou Lula em palestras da empresa, quando o ex-presidente já havia deixado o cargo”, explica José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula. “Apenas isso.”
Só que a Folha, como a mídia em geral, o liga a Lula como “amigo”, para forçar a versão que lhe interessa, na tentativa de incriminar o ex-presidente.
Depois, coloca como manchete da capa que Lula havia pedido um habeas corpus preventivo à Justiça.
Na versão, postada nesta quinta-feira, às 11h25, a Folha afirma que Lula pediu à Justiça para não ser preso por juiz da Lava Jato. Ou seja, a Folha assume como verdade a notícia de que Lula é o autor do habeas corpus.
Detalhe: sem ouvir o Instituto Lula ou o ex-presidente sobre a veracidade da informação.
A Folha publica a mesma notícia no twitter, assumindo, de novo, como verdade que Lula é o autor do habeas corpus.
Cerca de uma hora depois a Folha muda a versão. Afirma que “Habeas corpus pede que Lula…” e não mais “Lula pede”. Detalhe: sem dizer aos leitores que a sua informação inicial era mentirosa.
Na capa, o UOL noticia: Instituto Lula diz que não impetrou habeas corpus. Propositalmente dá margem ao leitor a ficar em dúvida com a explicação do Instituto Lula. É como se
afirmasse: “se o Instituto Lula diz, pode ser que esteja mentindo”.
A Folha, além de não ter ouvido o Instituto Lula — o outro lado, é regra básica do jornalismo — não teve a menor preocupação em saber quem impetrou o mandato.
A Folha não se dá por vencida nem mesmo diante do conteúdo do habeas corpus do Maurício Thomaz. Vejam o trecho abaixo. Tirem as suas próprias conclusões.
Pior. Como habeas corpus não foi impetrado pelo ex-presidente Lula, a Folha tenta, obliquamente, ligar Maurício Ramos Thomaz a fatos relacionados a petistas.
Só que “esquece” de pesquisar direito. Thomaz é maníaco por HCs.
O autor é fã de Diogo Mainardi. Num processo movido pelo jornalista Paulo Henrique contra o ex-colunista da Veja, Thomaz entrou com habeas corpus em favor de Mainardi, para livrá-lo da condenação. E perdeu.
Em e-mail à ombusdman da Folha, José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula, denuncia a irresponsabilidade do jornal.
Cara ombusdman,
Bom dia. Segue abaixo matéria
da Folha de S. Paulo. Ela foi depois alterada, mas não importa, porque foi ao ar atribuindo de maneira irresponsável informações não checadas. Nenhum desses repórteres do jornal nos contatou (outros dois, Andreia Sadi e Bruno Boghossian nos contataram para checar). Eles checaram apenas com a assessoria de imprensa do TRF-4. Não checaram a autoria do Habeas Corpus. Já sabemos que a suposta regra de outro lado no Manual da Folha e da checagem de informações é relativa quando se refere ao ex-presidente Lula. Mas o jornal, na figura desses dois repórteres, passou agora de qualquer limite.
Atenciosamente,
José Chrispiniano
Que a Folha quer ver Lula na cadeia, o PT banido e a presidenta Dilma defenestrada, não há a menor dúvida. Todos nós sabemos disso.
A questão é: para conseguir os seus objetivos, quantas mais mentiras a Folha publicará? Até onde o jornal de Otavinho Frias afundará nos seus dejetos?