Ficha Corrida

13/05/2013

Se na Alemanha é assim, imagine no Brasil

Filed under: Alemanha,Crise Financeira Européia — Gilmar Crestani @ 8:52 am
Tags: ,

E por aí se explica a grande batalha do Itaú e dos grupos mafiomidiáticos contra a baixa dos juros. Eles querem continuar lucrando com aplicações ao invés de continuar investindo na produção.

Mal-estar que aflige Europa ameaça se estender ao norte

Por JACK EWING

FRANKFURT – Nenhuma empresa simboliza tão bem o poderio industrial alemão quanto a Daimler, fabricante dos automóveis e caminhões Mercedes-Benz. Por isso, quando a companhia disse no final de abril que finalmente também foi apanhada pelo redemoinho da crise econômica europeia, foi um sinal sombrio para todo o continente, ou mesmo o mundo.

Os exportadores alemães como a Daimler têm sido bastiões de estabilidade em um continente sufocado por bancos abalados, governos disfuncionais e legiões de jovens desempregados -para não falar na pior crise da indústria automobilística nos últimos 20 anos. A sombria previsão da Daimler para 2013 foi a última evidência de que a Alemanha e outros países relativamente saudáveis, como Áustria e Finlândia, correm o risco de cair na recessão que aflige seus vizinhos ao sul.

A desaceleração na Alemanha já era sugerida pelos meses de declínio da produção industrial, disse Carl B. Weinberg, economista-chefe da High Frequency Economics em Valhalla, Nova York.

"A União Europeia tornou a Europa uma economia muito mais coesa, o que é bom quando as coisas estão subindo", disse. "Mas quando as coisas estão descendo o multiplicador é muito forte. Uma maré vazante faz todos os navios baixarem."

Com apenas mais um trimestre consecutivo de queda da produção econômica, a Alemanha entraria oficialmente em recessão. O mesmo vale para Bélgica, França, Luxemburgo, Áustria e até Suécia e Finlândia. A Holanda já sofreu dois trimestres de declínio.

Novas evidências de que a recessão europeia se expande surgiram em março, quando se registrou novo aumento do índice de desemprego na zona do euro, atingindo o recorde de 12,1%. A taxa de desemprego subiu 0,1% em relação a fevereiro, quando foi anotado o recorde anterior, segundo a Eurostat, agência de estatísticas da UE, em Luxemburgo. Um ano antes, o índice era de 11%.

Dois países estão vacilantes, com um desemprego em nível de depressão: a Grécia teve um índice de 27,2% em janeiro, o último mês para o qual há dados disponíveis; e a Espanha registrou 26,7% em março.

"A realidade é que a Europa ainda enfrenta graves vulnerabilidades que -se não forem atacadas- poderão degenerar em um cenário de estagnação", disse David Lipton, vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.

A Alemanha e os outros 26 países da UE representam a segunda maior economia do mundo, e o bloco é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos. Um novo atraso na recuperação europeia causado por uma recessão na Alemanha prejudicaria seriamente o crescimento nos EUA, Ásia e América Latina.

O crescimento que resta na região vem principalmente de países da Europa do Leste. A Polônia é protegida por seu grande mercado interno e um sistema bancário saudável. Depois de uma severa recessão que começou em 2008, o crescimento está se recuperando nos países Bálticos (Estônia, Lituânia e Letônia).

Um fato positivo é que essas economias, com exceção da Estônia, não usam o euro como moeda. Elas podem ajustar mais facilmente suas moedas às mudanças de condições econômicas.

Na Alemanha, pesquisas mostram que as empresas estão ficando pessimistas. "O mercado alemão não pode se desligar de seu ambiente", disse para analistas o diretor financeiro da Daimler, Bodo K. Uebber.

O problema para o resto da Europa é que qualquer esperança de recuperação se sustenta em uma economia alemã robusta. Empresas da Espanha e da Itália dependem da demanda alemã para compensar a queda dos gastos dos consumidores em seus países.

"Em minha área há algumas empresas que trabalham 100% para atender à Alemanha", disse Mario Moretti Polegato, fundador e executivo-chefe da Geox, um fabricante de calçados em Montebelluna, Itália, perto de Veneza.

Enquanto a situação econômica piorava, o Banco Central Europeu cortou em 2 de maio sua taxa de referência de 0,75% para um recorde de 0,5%, como se esperava. Mas continuou contrário a empregar armas mais poderosas que, segundo muitos economistas, são necessárias para dar um empurrão na economia do continente.

É improvável que o corte de juros afete um problema mais fundamental na zona do euro: a falta de crédito nos países que mais necessitam. Enquanto isso, empresas italianas como a fabricante de pneus Pirelli cortam empregos na Europa e investem na Ásia e outros mercados.

Polegato disse acreditar que a criatividade e o design italianos acabarão vencendo. Mas ele parecia menos seguro sobre as perspectivas de um governo melhor. "Muitos políticos italianos não têm tato para a economia real ou os negócios", ele disse.

09/05/2013

A bengala dos juros altos é do Itaú

Filed under: Banco Itaú,Financiadores Ideológicos — Gilmar Crestani @ 8:06 am
Tags: , ,

A inflação passou de 0,47% para 0,55% em abril. Esta fração de 0,08% virou justificativa da financeirização da economia. Por trás desta obsessão estão os que vivem dos juros altos. Ainda que a inflação tivesse subido para 6%, mesmo assim não haveria motivo suficiente para tanta celeuma. A única para tamanha grita se resume ao lobby dos juros altos patrocinados pelos bancos, amadrinhados pelo Itaú. Outra notícia, também de hoje ajuda a entender o intere$$e do Itaú: Citibank vende Credicard ao Itaú por quase R$ 3 bi. E o economista buscado pela Folha para dar sustentáculo à matéria, Elson Teles, é funcionário do Itaú Unibanco. Entendeu ou precisa que desenhe?!

Inflação fica acima do esperado e reforça percepção de resistência

IPCA de abril foi de 0,55%, acima dos 0,47% previstos; em 12 meses, índice volta para meta do BC

Analistas esperavam queda maior no preço dos alimentos; reajuste dos remédios ajudou a elevar o índice no mês

ÉRICA FRAGADE SÃO PAULODENISE LUNADO RIO

A inflação ficou acima do esperado em abril e reforçou a percepção de economistas de que, mesmo com a atividade econômica fraca, os preços têm resistido a cair.

O IPCA, índice usado no regime de metas de inflação, ficou em 0,55% no mês passado, acima da expectativa de analistas e da inflação de março (ambos 0,47%).

Nos últimos 12 meses, a inflação oficial ficou em 6,49%, ainda muito próxima do teto da meta oficial (6,5%).

A queda menor do que o esperado dos preços de alimentos e bebidas –que têm tido forte impacto na inflação– surpreendeu analistas.

A aposta era que, com a redução de tributos que incidem sobre a cesta básica, o grupo teria forte desaceleração no mês passado.

Os preços de remédios, que foram reajustados com a chancela do governo, subiram mais do que o esperado em abril, também contribuindo para o resultado geral.

RISCOS

Embora dados preliminares indiquem recuo mais acentuado da inflação de alimentos em maio, economistas acreditam que os preços de forma geral continuarão pressionados.

Para a economista Monica de Bolle, apesar de duas décadas de estabilidade de preços, a cultura inflacionária no Brasil ainda é forte.

Na opinião dela, isso faz com que períodos mais prolongados de inflação em alta –como os últimos meses– possam levar a "aumentos defensivos" de preços.

"Minha sensação é de que o discurso contraditório do governo em relação à inflação contribui para essa tendência", afirma Monica, diretora da Galanto Consultoria e professora da PUC-Rio.

Elson Teles, economista do Itaú Unibanco, concorda que as expectativas precisam ser controladas. Para ele, a forte elevação nos preços de alimentos –que subiram 14% em 12 meses– cria "a percepção de que a inflação é mais alta do que é de fato".

EXPECTATIVAS

O problema, segundo Monica e Teles, é que essa percepção de inflação mais alta alimenta as expectativas futuras em relação ao nível geral dos preços.

Quanto mais altas as expectativas, maior a dificuldade em fazer a inflação recuar.

Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, as projeções da inflação para 2013 deverão ser reajustadas para cima após o dado divulgado ontem. Acredita que as apostas de que o IPCA deveria fechar o ano em 5,4% subirão para 5,7%.

"A expectativa era que alimentação caísse agora, para compensar a alta dos serviços. Mas tem resistência de preços no varejo", diz Freitas, que é economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio.

Apesar da inflação mais alta do que o esperado, analistas ainda acreditam que o Banco Central manterá a cautela no ritmo de aumento de juros (que subiram 0,25 ponto percentual, para 7,5%, na reunião de abril).

A expectativa é de novo aumento de 0,25 ponto percentual na próxima semana.

Para Monica, o risco da postura cautelosa do BC é que a inflação continue pressionada e acabe forçando um aperto monetário mais forte no futuro, prejudicando o crescimento da economia.

13/04/2013

Maílson, 80% ao mês, critica inflação de Dilma

Filed under: Mailson da Nóbrega — Gilmar Crestani @ 9:40 am
Tags:

Não, não é cara de pau. Afinal ele ganha uma bufunfa para ensinar economia aos funcionários do Itaú. E como o Itaú é um financiador ideológico dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, cumpre bem o papel pelo qual é bem pago. Idiotas são os que acreditam nele. E como tem idiota!

Maílson, 80% ao mês, critica inflação de Dilma

: Bras�lia-DF 29/06/06 Foto: Jos� Paulo Lacerda
Encontro Nacional da Ind�stria. Terceiro painel. Na foto: Mailson da Nobrega.

É ou não ou cúmulo da cara de pau? O economista Maílson da Nóbrega, que comandou o Ministério da Fazenda no fim do governo Sarney e entregou ao País uma hiperinflação, tem a pachorra de condenar a atual política monetária e criticar a meta de inflação brasileira de 4,5% ao ano, segundo ele, "já em si muito alta"; lobista do sistema financeiro, Maílson pede a combinação de recessão, desemprego e juros altos; o incrível é que este personagem tenha espaço para comentar a economia com ares de guru

Maílson, 80% ao mês, critica inflação de Dilma | Brasil 24/7

29/03/2013

Psico análise…

Filed under: Clóvis Rossi,Dilma — Gilmar Crestani @ 8:16 am
Tags: ,

Depois de ler a mão de banqueiro, os desejos do patrão, agora Clóvis Rossi também lê pensamentos… Esses vira-bostas não se dão ao respeito. Eu também leio pensamentos, inclusive o do Clóvis Rossi. Ele está pensando que todos os leitores da Folha são idiotas. Será?!

ANÁLISE

Dilma só disse na África o que sempre pensou e até já disse

CLÓVIS ROSSICOLUNISTA DA FOLHA

O que a presidente Dilma Rousseff disse na África do Sul sobre inflação e crescimento é rigorosamente o que ela pensa -e faz tempo, pelo menos desde que assumiu, há dois anos e três meses.

Não há, portanto, nenhuma razão nem para polêmica, nem para surpresa, nem para "manipulação", a não ser que a presidente tenha usado essa última palavra para se referir à especulação nos mercados. O lado cassino dos mercados, aliás, é suficientemente forte, para dispensar frases da presidente -felizes ou infelizes- nas apostas.

A primeira mais firme manifestação de Dilma em favor do crescimento se deu, curiosamente, às margens de outra cúpula dos Brics, a de abril de 2011 na China.

O governo mal completara cem dias, mas já estava em dúvida o empenho do Banco Central em trazer a inflação para o centro da meta, 4,5% então como agora.

No Fórum de Boao, considerado "Davos" da Ásia, Dilma reafirmou que são fundamentais "o controle da inflação e a estabilidade fiscal", para depois deixar claro que ambos não são um fim em si mesmo nem valor absoluto.

"Tem quer ter como objetivo criar condições para o crescimento e a inclusão social", disse. Nesse ponto, a presidente afirmou, com outras palavras, o que repetiria em Durban, ao criticar "políticas restritivas tanto nos países emergentes para conter a inflação como nos países avançados para promover a consolidação fiscal".

A presidente fez questão de se dizer favorável "ao controle da inflação e à estabilidade fiscal", desde que o objetivo seja crescimento com inclusão social, que é "questão-chave para todos nós".

Também na China Dilma deu por sepultados "os consensos que se criaram na história recente. Sob a égide do mercado ou do Estado, mostraram-se frágeis como castelos de cartas".

Não receitou, no entanto, um novo consenso, até porque afirmou não buscar "modelos únicos nem tampouco unanimidades". A única receita é fácil de dizer, difícil de descobrir: "O mundo do século 21 requer criatividade".

Vê-se agora que nem Dilma nem o mundo tiveram criatividade suficiente para pôr de pé outro modelo, se está superada, como ela crê, a política de "matar o doente [com juros altos] em vez de curar a doença [a inflação]".

Na vida real, a queda dos juros, praticada por seu governo, foi incapaz até agora de acelerar o crescimento. Pior: a "doença" da inflação parece mais viva e forte.

Mas é injusto dizer que a presidente é leniente com a inflação. Nenhum governante o é, desde que se tornaram famosos dois gráficos que Getúlio Bittencourt, então assessor de imprensa do presidente José Sarney, exibia a todos: a popularidade do presidente apontava para baixo sempre que a inflação embicava para cima e vice-versa.

Como não há político que não adore a popularidade, todos querem a inflação domesticada. Dilma também quer, desde que o crescimento não seja afetado no percurso. Como perpetrar a mágica é a matéria em que o governo está ficando em segunda época.

    09/05/2011

    Eles quebram lá, e querem nos quebrar também

    Filed under: Colonista,Direita,Estadão,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 9:35 am
    Tags:

    E para isso contam com colonistas dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Como este urubru no Estadão de hoje: Mais inflação, menos crescimento. Reza pela cartilha do Tio Sam, e por isso deve ser muito bem recompen$ado…

    Emergentes são cobrados pela inflação

    Bancos centrais dos países ricos exigem das nações em desenvolvimento providências para segurar os preços, para que possam voltar a crescer

    09 de maio de 2011 | 0h 00

    Jamil Chade – O Estado de S.Paulo

    A pior crise financeira nos últimos 70 anos eclodiu nos países ricos. Mas agora esses governos cobram, justamente das economias em desenvolvimento, um abandono de políticas de estímulo ao crescimento, elevação de taxas de juros e cortes de gastos. Tudo para permitir que os países ricos, que patinam para sair da crise, evitem a "importação da inflação" e possam apresentar crescimento sustentável.

    A cobrança é feita pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), alertando que a inflação nos países emergentes ameaça a recuperação da economia mundial, mas abrindo um racha entre emergentes e ricos. O BIS (o banco central dos bancos centrais) reúne na Basileia, na Suíça, autoridades monetárias do mundo, entre elas Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro.

    A cobrança irritou representantes dos emergentes e alguns ironizaram o alerta como mais uma tentativa de transferir aos mercados em desenvolvimento a responsabilidade por tirar a economia mundial da incerteza.

    O BIS estima que o impacto da alta nos preços se transformou em uma realidade para a grande maioria dos países emergentes. Mas seu efeito tem ido além, com prejuízos para a recuperação da Europa, Estados Unidos e Japão. Dos 21 BCs no mundo que têm metas de inflação, oito já a estouraram, entre eles a zona do euro, Reino Unido, Turquia, Chile e a própria Nova Zelândia, onde ideia das metas foi criada. Apenas Suíça e Noruega estão com inflação sob o centro da meta.

    Contagio. O crescimento da demanda por commodities nos países emergentes teria levado a um aumento dos preços desses produtos. Essa alta também é sentida onde não há ainda crescimento sólido das economias. Como consequências, regiões como a Europa tem, ao mesmo tempo, dificuldades para crescer e ameaças de inflação.

    Com recuperação ainda tímida, europeus e americanos não teriam espaço para elevar taxas de juros para conter os preços, sob o risco de matar prematuramente a recuperação. O BIS acredita que não há certezas ainda sobre a retomada dos mercados maduros.

    Na zona do euro, a inflação já superou a meta estabelecido pelo BC europeu. Mas a região pena para crescer. Na Europa, o BC optou por não elevar os juros para não abafar a retomada.

    Brasil. Para o BIS, emergentes precisariam tomar duas ações: continuar a elevar os juros e, ao mesmo tempo, cortar os gastos públicos para desaquecer suas economias.

    No caso do Brasil, a estimativa é a de que o País também terá de seguir com sua política de elevação de taxas de juros e corte de gastos. Mas o BIS optou por destacar o trabalho do BC como um exemplo de autoridade monetária que estaria focada no esforço de reduzir a inflação. Na semana passada, a inflação do País estourou a meta de 6,5%.

    Emergentes são cobrados pela inflação – economia – Estadao.com.br

    Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

    %d blogueiros gostam disto: