Ficha Corrida

05/03/2015

Homenagem ao circo vicioso

Caceta e Planeta Urgente! Só com muito bom humor para encarar os fatos. Pelo andar da carruagem, os  Trapalhões Didi, Mussum e Zacarias fariam melhor papel no Ministério Público. Não se trata de trapalhada, mas de palhaçada. Com licença poética, roubar é meleca que não cola na cola do PSDB. Graças ao verniz que  velha mídia fornece e o MP passa.

A população, que de boba não tem nada, deve levar na esportiva. Sabe que não é com este tipo de político de instituição pública que pode contar. É por isso que traficante é mais bem quisto, nas altas e baixas rodas. SÓ RINDO!

Tem horas em que uma homenagem à carreira do Aécio vira “circo vicioso”. PALAHAÇADA!

Lista de Furnas conecta Aécio, Banestado, Youssef e…Sérgio Moro

4 de março de 2015 | 23:59 Autor: Fernando Brito

aeciofurnas

O Estadão diz que, afinal, Aécio foi citado como recebedor de dinheiro da “Lista de Furnas”, no que o jornal diz ser um depoimento sobre a propinagem para o PP, o PSDB e um empresário, morto em 2011, chamado Aírton Daré, dono de uma empresa chamada Bauruense Serviços Gerais.

Segundo a sentença, Giovani Gionédis, então presidente do Conselho de Administração do Banestado, o banco estatal do Paraná, hoje HSBC,  teria dado a Bauruense juros acima dos de mercado, compensando pela doação de verba à campanha de reeleição de Jaime Lerner, do DEM, coligado ao PSDB.

Daré, como mostram documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro, estava afundado até a medula na operação do dinheiro da Lista de Furnas.

Quem operou estes recursos? Ele mesmo, Alberto Yousseff.

Gionédis tinha oito cheques administrativos da empresa Bauruense Serviços Gerais em nomes de ‘laranjas’ e ordenou o saque de R$ 1 milhão para a campanha de Lerner.

Gionédis foi condenado por gestão fraudulenta, mas absolvido por lavagem de dinheiro.

Por quem?

Ah, leitor; ah, leitora…

Pelo Dr. Sérgio Moro…O imã da honradez que atrai todos os casos de corrupção no Brasil.

E então, por conta disso, vamos arquivar tudo, porque o Dr. Moro falou, tá falado.

É por isso que Aécio diz que o pedido de arquivamento de inquérito contra ele é uma homenagem que se lhe presta.

Como se sabe, a hipocrisia, dizia François de La Rochefoucauld, é uma homenagem que o vício presta à virtude.

Lista de Furnas conecta Aécio, Banestado, Youssef e…Sérgio Moro | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

31/08/2014

Latuff para presidente

Filed under: Latuff,Política — Gilmar Crestani @ 10:26 am
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Uma entrevista com o cartunista Carlos Latuff sobre a Palestina, o Rio de Janeiro e as eleições deste ano

Postado em 29 ago 2014 – por : Emir Ruivo

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Poucos cartunistas se deram tão bem na era da internet quanto Carlos Latuff. Bom desenhista, politicamente engajado, inteligente e rápido no gatilho, Latuff tomou posições claras e se tornou uma referência no ativismo social.

No fim dos anos 1990, ficou chocado com a situação palestina durante uma visita e passou a tê-la como inspiração principal. Com isso, ficou cada vez mais comum ver seus trabalhos reproduzidos em cartazes e faixas de manifestantes anti-guerra pelo mundo inteiro.

Nascido no Rio de Janeiro há 45 anos, vive em Porto Alegre, e foi adotado pelos gaúchos. Sente-se mais em casa ali do que no Rio, que considera uma cidade desvirtuada do que foi nos bons tempos.

Eram mais de onze da noite quando o DCM conseguiu falar com ele via vídeo-conferência. Latuff finalizava uma charge. Foi um bate papo de mais de uma hora com uma pessoa falante, animada com o trabalho e politicamente crítica.

A seguir, alguns trechos selecionados de sua entrevista.

Diário do Centro do Mundo: Você está desenhando?
Carlos Latuff: Não, eu estava. Fiz um desenho aqui sobre a Marina, vou te mostrar (ele mostra pelo monitor a imagem abaixo).

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DCM: Você acha que há uso eleitoral da morte do Eduardo Campos?
CL: Em política não tem esse papo de sentimentalismo. O negócio é que ele morreu. Houve um choque porque é uma tragédia, diferente do caso do Plínio de Arruda Sampaio. Só que na política, ainda mais em se tratando de eleições, existe a questão prática. Era de se esperar que isso acontecesse. De fato, a morte do Campos catapultou a candidatura da Marina. Na política vale o pragmatismo.

DCM: Você tem candidato?
CL: Não. Eu não me sinto representado por ninguém, mas parece que vou chegar numa situação semelhante à que me encontrei na primeira eleição entre Dilma e Serra, em que tive que escolher entre o ruim e o pior. O Serra não dá, então votei nulo no primeiro turno e no segundo, não só votei na Dilma como fiz campanha.

DCM: Quem você acha que vai ser o Serra da vez?
CL: Rapaz, o Aécio e a Marina. O Aécio é o Serra, é o tucano, é o que a gente já conhece. E a Marina representa o fundamentalismo evangélico. O sistema colocou a gente entre a cruz e a caldeirinha. Não tem muito o que fazer.

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DCM: Então você não avalia bem esses 12 anos de PT?
CL: Eu poderia passar horas aqui dando a minha opinião sobre o governo do PT, mas tenho uma analogia que acho que pode sintetizar: o PT e o PSDB disputam o cargo de síndico num prédio que tem dono. Os dono não são eles, e eles não querem ser donos. Querem apenas administrar. Para administrar, precisam fazer acordos com os donos do prédio. Um administra de um jeito, outro administra de outro, mas no fim das contas são só síndicos. Quando falam que o PT está no poder, eu discordo. O PT não está no poder, o PT está no governo [ele acentua "governo"]. Para governar, precisa fazer alianças com quem está no poder. E quem chegou lá não chegou por meio do voto. Aí a gente fala de classes dominantes.

DCM: Para você, as classes dominantes são os donos do prédio?
CL: Sim, eles que são os donos do prédio. Tem até uma charge que eu fiz em que aparece um oligarca numa cadeira de engraxate, com um PT e o PSDB engraxando os sapatos, cada um de um lado. Eles diz “não briguem, meninos, ambos estão me servindo muito bem”. Então sempre vai precisar de acordos. A menos que você tivesse uma espécie de Hugo Chaves no Brasil, um sujeito que levasse sozinho todo mundo. Aí, você poderia enfrentar melhor o poder.

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DCM: Você nasceu no Rio de Janeiro, certo?
CL: Sim.

DCM: Mas não mora mais lá…
CL: Estou em Porto Alegre há um ano.

DCM: Por quê você foi?
CL: Aqui tem mais qualidade de vida. Eu que nasci, fui criado e vivi no Rio de Janeiro por 45 anos não reconheço mais a cidade, não reconheço a vizinhança. Virou um Estado policial. As pessoas acompanham como têm sido as repressões aos movimentos sociais. O Rio de Janeiro, do Leonel Brizola pra cá, só desce a ladeira. Então eu sempre vim pra cá, me simpatizei muito com os gaúchos… o gaúcho não é muito parecido com o carioca.

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DCM: Quais são as diferenças?
CL: Acho que o gaúcho não é tão expansivo quanto o carioca. É mais reservado em alguns aspectos. Eu gosto muito do Rio Grande do Sul. Tenho sido muito bem tratado aqui. Não me imagino voltando pro Rio de Janeiro.

DCM: O que você acha que deveria ter sido feito no Rio?
CL: Eu não sou Brizolista e nem tenho filiação partidária. Nunca tive. Mas o Brizola tinha uma perseguição com educação. Inclusive o carro chefe dele eram os CIEPs [Centro Integral de Educação Pública]. Foi o único governador que se preocupou com educação. Educação é fundamental para construir a sociedade. No segundo governo, ele teve problemas com os professores, mas mesmo assim ele foi o melhor nesse aspecto. Ele tinha como secretario da educação o Darcy Ribeiro. Aquele caminho que eles estavam trilhando estava melhor. O Brizola proibiu a polícia de chutar porta de barraco, então o acusavam erroneamente de ser conivente com a bandidagem. Hoje chutar porta de barraco é o mínimo.

DCM: Então o Brizola teria sido inimigo do Capitão Nascimento?
CL: Exatamente. O Rio de Janeiro hoje virou uma grande Tropa de Elite. O filme, inclusive, serviu para pavimentar o caminho para as UPPs. É de uma propaganda fascista tão clara que é incrível. E funcionou muito bem para vender a UPP como solução para a criminalidade nas favelas.

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DCM: E a Palestina? O seu trabalho tem sido muito usado como bandeira da causa. Como você vê isso?
CL: Como artista é muito gratificante ver a arte transcendendo o papel editorial. Quando ele sai das páginas do jornal e ganha as ruas, ele já subverteu esse papel, se tornou um instrumento de luta para aquele povo. Isso me deixa feliz, mas eu ficaria mais feliz se ela pudesse impedir o massacre e não apenas denunciá-lo. Mas eu como artista não tenho esse poder. Quem tem, não o faz. Infelizmente, a arma que eu tenho é essa.

DCM: Por quê você adotou a Palestina como mote principal da sua obra nessa última fase?
CL: Eu estive lá em 1998, e quando você é testemunha ocular de uma situação, tem mais condição de abraçar à causa. A experiência pessoal é diferente. Eu passei 15 dias na Cisjordânia e pude ver exatamente como os palestinos viviam. E decidi apoiá-los através da arte.

DCM: Você voltou pra lá depois?
CL: Não, não posso. Se eu voltar para lá agora, com sorte me mandam de volta. Não há como entrar na Palestina, com exceção de Gaza que faz fronteira com o Egito. Eles não tem controle sobre as próprias fronteiras, não há um Estado. A autoridade palestina é uma piada. Quem tem autonomia realmente é Gaza. A Cisjordânia é toda cheia de muros, check-points, patrulhas. Eles não têm autonomia, então para entrar no território palestino, você precisa da autorização de Israel. Eu tenho uma amiga chilena com descendência palestina que está na Jordânia. Ela tentou entrar em Israel. Passou por três checagens, com perguntas de perfil racial. Eles te perguntam “esse sobrenome é de que origem?”, “de onde é seu pai?”, “você é palestina?” Então se desenham o perfil de um árabe, já partem do pressuposto que há um problema. Ela ficou mais de 10 horas num cubículo sem água e sem comida, e depois foi mandada embora. No meu caso, não vão nem perguntar.

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DCM: Como você imagina que a coisa está lá hoje, mais de 15 anos depois?
CL: Muito pior.

DCM: Você fantasia o estado das coisas?
CL: Se você pegar o mapa de 1948 pra cá, vê que o território palestino diminui a cada dia. O governo de Israel sempre fala em acordo de paz. Enquanto eles dizem isso, vão construindo assentamentos e roubando o território palestino. Hoje tem o muro que não tinha quando eu estive lá. Tem também a divisão de Gaza e Cisjordânia, que não tinha. E a autoridade palestina também não ajuda, é um fantoche.

DCM: Como você vê o Hamas?
CL: O Hamas é, querendo ou não, governo. Se referir a eles como grupo terrorista aborta qualquer possibilidade de diálogo. Eu costumo dizer que Israel não tem moral para falar de terrorismo, já que seu Estado foi fundado sob terrorismo. Existiam basicamente três grupos judaicos criados antes de 1948 que aterrorizavam a população local. O primeiro caminhão-bomba detonado no Oriente Médio foi desses grupos. O termo terrorismo é muito flexível. Os alemães chamavam as guerrilhas francesas de terroristas na segunda guerra. Os movimentos armados no Brasil contra a ditadura eram chamados de terroristas.

DCM: Tem gente até hoje que diz que a Dilma foi terrorista…
CL: Sim. Mas, então, o Hamas foi eleito em 2007, só que Israel, a Europa e os EUA não reconheceram, então isolaram o grupo. Israel é o irmãozinho folgado porque tem o irmãozão, os EUA. Nada passa contra Israel no conselho de segurança da ONU. Nunca teve investigação por crimes de guerra em Israel. Já teve em Ruanda, na Bósnia, mas nunca em Israel.

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Sobre o Autor

Emir Ruivo é músico e produtor formado em Projeto Para Indústria Fonográfica na Point Blank London. Produziu algumas dezenas de álbuns e algumas centenas de singles. Com sua banda, Aurélios, possui dois álbuns lançados pela gravadora Atração. Seu último trabalho pode ser visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=dFjmeJKiaWQ

Diário do Centro do Mundo » Uma entrevista com o cartunista Carlos Latuff sobre a Palestina, o Rio de Janeiro e as eleições deste ano

03/11/2013

Denúncia: “ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente”

Filed under: Antonio Prata,Direita,Preconceito — Gilmar Crestani @ 9:01 am
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ANTONIO PRATA

Guinada à direita

Você, cidadão de bem: junte-se a mim nesta nova Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Há uma década, escrevi um texto em que me definia como "meio intelectual, meio de esquerda". Não me arrependo. Era jovem e ignorante, vivia ainda enclausurado na primeira parte da célebre frase atribuída a Clemenceau, a Shaw e a Churchill, mas na verdade cunhada pelo próprio Senhor: "Um homem que não seja socialista aos 20 anos não tem coração; um homem que permaneça socialista aos 40 não tem cabeça". Agora que me aproximo dos 40, os cabelos rareiam e arejam-se as ideias, percebo que é chegado o momento de trocar as sístoles pelas sinapses.

Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de esquerda. A rubra súcia domina o governo, as universidades, a mídia, a cúpula da CBF e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara. O pensamento que se queira libertário não pode ser outra coisa, portanto, senão reacionário. E quem há de negar que é preciso reagir? Quando terroristas, gays, índios, quilombolas, vândalos, maconheiros e aborteiros tentam levar a nação para o abismo, ou os cidadãos de bem se unem, como na saudosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que nos salvou do comunismo e nos garantiu 20 anos de paz, ou nos preparemos para a barbárie.

Se é que a barbárie já não começou… Veja as cotas, por exemplo. Após anos dessa boquinha descolada pelos negros nas universidades, o que aconteceu? O branco encontra-se escanteado. Para todo lado que se olhe, da direção das empresas aos volantes dos SUVs, das mesas do Fasano à primeira classe dos aviões, o que encontramos? Negros ricos e despreparados caçoando da meritocracia que reinava por estes costados desde a chegada de Cabral.

Antes que me acusem de racista, digo que meu problema não é com os negros, mas com os privilégios das "minorias". Vejam os índios, por exemplo. Não fosse por eles, seríamos uma potência agrícola. O Centro-Oeste produziria soja suficiente para a China fazer tofus do tamanho da Groenlândia, encheríamos nossos cofres e financiaríamos inúmeros estádios padrão Fifa, mas, como você sabe, esses ágrafos, apoiados pelo poderosíssimo lobby dos antropólogos, transformaram toda nossa área cultivável numa enorme taba. Lá estão, agora, improdutivos e nus, catando piolho e tomando 51.

Contra o poder desmesurado dado a negros, índios, gays e mulheres (as feias, inclusive), sem falar nos ex-pobres, que agora possuem dinheiro para avacalhar, com sua ignorância, a cultura reconhecidamente letrada de nossas elites, nós, da direita, temos uma arma: o humor. A esquerda, contudo, sabe do poder libertário de uma piada de preto, de gorda, de baiano, por isso tenta nos calar com o cabresto do politicamente correto. Só não jogo a toalha e mudo de vez pro Texas por acreditar que neste espaço, pelo menos, eu ainda posso lutar contra esses absurdos.

Peço perdão aos antigos leitores, desde já, se minha nova persona não lhes agradar, mas no pé que as coisas estão é preciso não apenas ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente. Do contrário, seguiremos dominados pelo crioléu, pelas bichas, pelas feministas rançosas e por velhos intelectuais da USP, essa gentalha que, finalmente compreendi, é a culpada por sermos um dos países mais desiguais, mais injustos e violentos sobre a Terra. Me aguardem.

15/09/2013

Brasil zil zil: bem amigos, se é petista é inimigo!

 

Voto de Celso de Mello será narrado por Galvão Bueno

The Piauí Herald

A TV Globo apresentou a equipe que fará a transmissão do voto

MÔNACO – Após o empate em 5 a 5 no tempo regulamentar, a cúpula da TV Globo anunciou a aquisição dos direitos de transmissão do voto de Celso de Mello. "Já vendemos 2 das 5 cotas de patrocínio e escalamos nossa trepidante equipe de esportes para narrar o voto final", anunciou Ali Kamel.

No final da tarde, Galvão Bueno gravou a chamada que será veiculada nos intervalos comerciais da emissora. "É o voto de Minerva, amigo. Aqui não tem espaço para novato. Haaaaaaaaaaja coração!", disse o locutor, em frente à Praça dos Três Poderes.

Caso o voto de Celso de Mello seja o ponto final do julgamento, Galvão abraçará Merval Pereira aos berros de "Acabooooooooooou! Acabooooou!". Em seguida, brindarão com um Château Lafite Rothschild da safra de 1987. Mas se a corte aceitar os embargos infringentes, será a vez do locutor gritar "A fera voltou!" abraçado a José Dirceu.

SQN

23/07/2013

O avião do Lulinha

Filed under: Avião,Lulinha — Gilmar Crestani @ 9:15 am
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O avião do filho do Lula

CNN

31/08/2010

Que humor é este?

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 4:57 am
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A última vez que havia ouvido falar de Marcelo Tas foi na Copa, nos anos 80. Na época tínhamos cabelo, ele e eu, e ele até me pareceu engraçado. Ou eu estava mais condescendente. Sei lá.

Se a mim falta bom humor atribuo-o aos Marcelos, Madureira e Tas. Afinal foram os amigos deles que no século passado fizeram a lei (nº 9.504/1997) que limitava o exercício dos descapacitados. Uso o termo espanhol porque melhor define o tipo de humor da Marcha do Sem. Sempre soube que os humoristas, os bons, sobressaíram durante a ditadura. Driblaram, com inteligencia, o exército dos Cansados da época.

Marcelo Marmelo Martelo *

Por que os humoristas do tipo Marcelo’s demoraram 13 anos para entenderem a piada? Simplesmente porque do lado deles a vida, e as eleições, perdeu a graça. Ao transformarem em ato político contra determinada candidatura, só fizeram por assinar um atestado de arrematada burice que já dura pelo menos 13 anos. Como diria Millôr, no Brasil a sutileza precisa ser explicada. Então explico, fazendo minhas as palavras deles:

Tiraram o gesso, mas você não sai dando soco com o braço que ainda está todo magrinho“, declarou o porta-voz dos mal-humorados, Marcelo Tas, ao Terra Magazine. Ele estava falando da vitória dos  “humoristas que protestaram contra a lei que proíbe o uso de recursos audiovisuais, em programas de rádio e TV, que possam ridicularizar candidatos.

Quem dá soco é candidato a quê? Ao ridículo!

Como, em tese, o humorista conhece o material com o qual trabalha, fico a me perguntar o que há de engraçado em quebrar o braço dando soco. Além de demonstrar que adora um tapas, perdeu também em queda de braço. Magrinho não é o braço de quem dá soco, é o cérebro. Coisa de troglodita. Sempre achei que o humor trabalha com humor, e não com o propósito de ridicularizar nem de levantar a mão fechada.

Não vamos chutar o balde após liminar“, declarou Tas, se precavendo contra um chute (bem merecido!) no traseiro. Dele ou do Serra?!

* Marcelo Marmelo Martelo é um livro infantil da Ruht Rocha muito engraçado.

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