Ficha Corrida

14/01/2015

Parceria da mídia com PSDB revela seca de honestidade

PSDB x ÁguaPor que o descalabro administrativo do PSDB em São Paulo não deixa o pessoal do Instituto Millenium indignado? Por que a velha mídia não faz reportagens investigando como o maior estado da Federação chegou a este estágio? Será que as milhares de assinaturas distribuídas pelos sucessivos governos do PSDB nas escolas públicas justificam este acobertamento?

O racionamento existe de fato, mas de direito Geraldo Alckmin prefere se proteger com o biombo dos velhos grupos mafiomidiáticos. Se a culpa é de São Pedro, por que pedir R$ 3,5 bilhões ao Governo Federal? Esta quantia faria chover? Por enquanto, o PSDB só faz chover nos cofres das cinco irmãs (Estadão, Folha, Veja, Globo & RBS).

A Justiça está dizendo o que até agora a velha mídia não ousa se perguntar: por que aplicar uma sobretaxa se o governo não admite que existe racionamento?  Aliás, sobretaxa faz chover? Até porque a sobretaxa pode ser contornada por quem tem dinheiro, mas castiga quem não o tem. É, taí a lógica que resultou na privatização da SABESP e a distribuição dos lucros na Bolsa de Nova Iorque. Tem lógico o repentino ódio ao PT pela Marta Suplicy. Não adianta fazer certo para ganhar espaço na mídia. Basta fazer como o PSDB, atacar o PT. E tudo o mais será perdoado.

CRISE D’ÁGUA 

Justiça suspende sobretaxa para a água

Segundo juíza, medida proposta por Alckmin deveria ter sido antecedida pela decretação oficial de racionamento

Governo do Estado disse que vai pedir suspensão da decisão; Sabesp informou que estuda quais medidas tomar

DE SÃO PAULO

A Justiça concedeu liminar ao pedido de suspensão da sobretaxa proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para quem aumentar o consumo de água. O pedido de liminar foi feito pela ONG Proteste.

A juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara de Fazenda Pública, decidiu que o governo do Estado deveria ter instituído o racionamento oficial de água antes de adotar a sobretaxa.

Esse era o entendimento de entidades de defesa do consumidor e de uma comissão da OAB paulista.

Para a coordenadora da Proteste, Maria Inês Dolci, a decisão da Justiça é corajosa e "compreende bem o contexto da crise de abastecimento".

Em sua sentença, a juíza disse que "não há possibilidade de contornar o texto legal", referindo-se à não adoção de racionamento.

Disse ainda que atualmente é "sabido que o racionamento é oficioso e não atinge a população paulista de forma equânime como deveria".

Citando o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que disse na semana passada que são Pedro está errando a mira das chuvas nos últimos dias, escreveu ainda que "diante de tais declarações, lastimamos nós, população, que a solução da crise esteja à mercê de são Pedro".

A sobretaxa foi regulamentada pela Arsesp (agência reguladora do Estado) e estava valendo desde quinta (8).

A tarifa adicional seria cobrada dos usuários cujo consumo mensal ultrapassasse a média no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

Quem tivesse o consumo igual ou menor que 20%, teria 40% de acréscimo na conta de água (desconsiderando o serviço de esgoto, que representa metade do valor cobrado pela Sabesp). Já os consumidores que gastassem acima de 20% teriam ônus adicional de 100% na conta.

A sobretaxa foi anunciada inicialmente para as 31 cidades da região metropolitana de São Paulo e depois foi ampliada para as regiões de Bragança Paulista e Campinas.

A Sabesp disse primeiramente que iria recorrer. Mais tarde, declarou que ainda estuda quais medidas tomar.

"A Sabesp reconhece que a escassez hídrica é um fato e já causa transtornos a alguns consumidores da região metropolitana, principalmente os localizados em áreas elevadas. Lamentavelmente, não há como evitar esses transtornos enquanto perdurar a crise", diz a nota.

O governo do Estado disse que irá pedir, nesta quarta (14), a suspensão da decisão.

25/09/2014

Quem não tem discurso luta com a inveja

O despeito da velharquia nacional é impressionante. Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium entraram em transe porque a Dilma conseguiu falar na ONU o que os velhos grupos mafiomidiáticos sonegam aqui. A capa d’O Globo é reveladora do caráter deste grupo: eles adorariam que Obama mandasse Dilma se calar. O sentido da imagem é este, exatamente o que tentaram os vários funcionários da Globo sempre que Dilma é entrevistada. Em qualquer programa dos variados braços do polvo siciliano do Jardim Botânico os entrevistadores querem falar mais do que a entrevistada. O sonho da Globo é levar Dilma para ser torturada ao vivo, em rede nacional. Aliás, estaria apenas dando vida ao editorial com que saudaram a chegada dos torturadores.

Discurso de Dilma na ONU revolta direita brasileira

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O discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas conteve verdades óbvias, mas inconvenientes; diante dos líderes mundiais, ela teve a coragem de dizer que mais violência, como os bombardeios aos países onde se escondem militantes do Estado Islâmico, irá gerar mais violência; "O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina, no massacre sistemático do povo sírio, na trágica desestruturação nacional do Iraque", disse ela; no entanto, para a mídia brasileira, com destaque para o Globo, Dilma foi quase confundida com uma militante jihadista disposta a decapitar cabeças; segundo Merval Pereira, discurso de Dilma produziu nele o sentimento de "vergonha alheia"; o que dizer então do Globo?

25 de Setembro de 2014 às 06:39

247 – Há tempos um discurso presidencial não irritava tanto a direita brasileira, como aconteceu nesta quarta-feira. Em Nova York, ao abrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff teve coragem para enfrentar um tema sensível, no momento em que países do Ocidente, tendo os Estados Unidos à frente, lideram uma nova ação militar contra países como Síria e Iraque, onde se escondem militantes do Estado Islâmico. De acordo com a presidente Dilma, uma nova onda de violência, que não enfrente a raiz dos problemas, irá apenas gerar uma escalada ainda maior de violência.

Eis o que disse a presidente Dilma sobre a questão:

Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.  O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.  A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos. Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios. O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo. (…) Um Conselho mais representativo emais legítimo poderá ser também mais eficaz.  Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina,  sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças. Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo.  Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.

O que há de errado nesse argumento? Será que a "Guerra ao Terror", promovida pelos Estados Unidos no Iraque realmente semeou a paz? Será que a intervenção ocidental em países como Egito e Líbia deu origem a países estáveis? Será que a carnificina recente promovida por Israel na Faixa de Gaza, com o assassinato impune de 2,2 mil inocentes, liderado por Benjamin Netanyahu, plantou o amor no coração dos palestinos?

Dilma disse o óbvio. A escalada da violência irá produzir, apenas, mais violência.

No entanto, para a imprensa brasileira, com destaque para o jornal O Globo, a presidente Dilma foi tratada quase como uma militante jihadista do Estado Islâmico, pronta para decapitar cabeças.

Na capa, duas chamadas para seus "autoelogios", como se o discurso fosse uma peça de campanha política, e para o fato de ela não se opor "à atuação contra o Estado Islâmico". A imagem principal, de um Barack Obama focado, também já denota o alinhamento ideológico da família Marinho.

Internamente, o editorial "Palanque em Nova York" acusou a presidente de usar o "vestido vermelho PT" na ONU e de se colocar ao lado de "sectários muçulmanos, que adotam costumes medievais". Na coluna "Uso indevido", Merval Pereira disse ter sentido "vergonha alheia" pelo discurso de Dilma. Por fim, houve espaço para um artigo do embaixador Luiz Felipe Lampreia, que foi embaixador no governo FHC, afirmando que, com discursos como o de ontem, o Brasil fica cada vez mais distante de tornar-se membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O fato é que, no entanto, enquanto esteve alinhado aos Estados Unidos, o Brasil jamais teve suas pretensões diplomáticas levadas a sério.

Discurso de DIlma na ONU revolta direita brasileira | Brasil 24/7

27/12/2013

Pior resultado sobe 2,7%

Filed under: Falha de São Paulo,Fracassomaníacos — Gilmar Crestani @ 8:43 am
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Se uma imagem vale mais que mil palavras, então, veja você mesmo! Leia também: taxidermia de um textículo Folhatinesto

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14/09/2013

É o recurso, estúpido!

Filed under: Celso de Mello,STF — Gilmar Crestani @ 9:07 am
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É, parece que Celso de Mello não vai poder embarcar na da D. Judith Brito. Aliás, tirando os ministros do STF que já estão empregados da Globo, e os ainda serão, nenhum dos demais se deixou dobrar pela pressão dos grupos mafiomidiáticos. Não nos interessa que daqui a 50 anos Gilmar Mendes et caeterva venham a público, como fez a Globo, admitir o erro.

MENSALÃO – O JULGAMENTO

Ministro deve apoiar novo julgamento, dizem colegas

Celso de Mello decide na quarta-feira se STF julgará recursos de condenados

Para integrantes da corte, manifestação a favor de embargos em 2012 torna mudança de opinião difícil agora

VALDO CRUZ(SEVERINO MOTTA)DE BRASÍLIA

O ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, deve votar na quarta-feira a favor do recurso que garante um novo julgamento para 12 dos 25 condenados pelo mensalão. A avaliação é de seis ministros da corte ouvidos pela Folha.

Em conversas reservadas, eles lembram que na primeira sessão do julgamento do caso, em agosto de 2012, Mello fez uma defesa clara da admissibilidade do recurso conhecido como embargos infringentes. Por isso, seria difícil para ele tomar outra posição nesta fase do processo.

Na avaliação dos ministros, Mello teria condições de mudar de opinião se a discussão fosse sobre outra ação. Como a defesa dos embargos foi feita na abertura do próprio julgamento do mensalão, o ministro não teria espaço para mudar de ideia.

Um colega de Celso de Mello lembra que o ministro apontou a existência dos embargos infringentes como argumento para rejeitar um dos primeiros pedidos feitos pelos réus, que queriam o desmembramento do processo para que os acusados fossem julgados na primeira instância e tivessem a opção de recorrer ao Supremo depois.

Para explicar a situação de Celso de Mello, um dos seus colegas usou uma metáfora, dizendo que apertaram tanto o parafuso que ele ficou espanado –uma referência aos duros votos dos ministros Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes na última quinta-feira.

Em sua avaliação, se Mello mudasse de opinião, poderia ficar a impressão de que o fez por pressão dos colegas.

Na última sessão, ao citar a possibilidade de aceitação dos embargos infringentes, Gilmar Mendes disse que a realização de um novo julgamento significaria afirmar que o Supremo seria um "tribunal juvenil, de irresponsáveis que não sabem votar".

Com o sentimento de que o jogo já foi jogado, ministros que foram contrários à possibilidade de realização de um novo julgamento já dizem que a sessão da última quinta-feira pelo menos permitiu que se delimitasse o alcance dos embargos infringentes.

De acordo com o regimento interno do Supremo, é necessária uma condenação apertada, com pelo menos quatro votos favoráveis ao réu, para que embargos infringentes sejam apresentados.

A avaliação do grupo que deve sair derrotado é que alguns ministros planejavam avançar e apoiar teses de advogados que atuam na defesa dos réus –alguns acham que não seria preciso ter quatro votos a favor para ter direito a um novo julgamento, o que poderia aumentar o número de réus beneficiados.

Essa possibilidade, segundo os ministros, está afastada. Há a expectativa de que Celso de Mello, em seu voto, seja específico a respeito deste tema, limitando os embargos infringentes aos casos em que os réus obtiveram no mínimo quatro votos a favor.

Apesar de constarem no regimento interno, uma lei de 1990 que regulou os processos no Supremo e no Superior Tribunal de Justiça não prevê os embargos infringentes. Na quinta-feira, a discussão sobre o tema acabou empatada no STF, com cinco ministros a favor e cinco contra.

Se os recursos forem aceitos, ex-integrantes da cúpula do PT como o ex-ministro José Dirceu e os operadores condenados em 2012 por organizar o esquema do mensalão terão novo julgamento.

Dirceu, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e os deputados petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP) poderão ser absolvidos de um dos crimes pelos quais foram condenados, ou ter penas reduzidas.

08/09/2013

A parceria da Globo com a ditadura lhe rendeu o monopólio

A Globo queria o monopólio

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
A imprensa nativa não gosta de debater o jornalismo brasileiro, e há mesmo “certa resistência da parte dos jornalistas em admitir a legitimidade da análise de mídia”.
Essa constatação é do conceituado cientista político Marcus Figueiredo (Iesp-Uerj), após analisar a cobertura dos principais jornais do País sobre as eleições presidenciais e colher forte oposição ao trabalho, com o qual mostra o tratamento negativo dado a Lula em benefício dos opositores.

O diagnóstico de Figueiredo casa com a declaração de Joaquim Barbosa, em San José da Costa Rica: “O Brasil tem hoje três principais jornais nacionais impressos, todos mais ou menos inclinados para a direita”, explicou o presidente do Supremo. Nesse caso, nada mais natural que, em 1964, todos eles tenham aderido ao golpe contra o presidente João Goulart.
O Globo, quase 50 anos depois, parece incomodado por ter “confundido” o golpe que acabou com a democracia com “revolução”, como trombeteava em manchete. À qual traria a democracia de volta.
“Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: ‘A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura’. De fato, trata-se de uma verdade e, também de fato, de uma verdade dura”, diz o jornal com essa espécie de autopenitência.
O texto esconde muitas verdades. Uma delas, a mais dura: apoio à ditadura significa apoio à tortura. Mas por esse “pequeno” sacrifício a empresa foi recompensada. Sob a ditadura, o Sistema Globo tornou-se um império: televisão, rádio, jornais, revistas etc. Há um relato de como os aliados obtinham vantagens materiais. Está registrado no livro Dossiê Geisel (FGV), organizado por Celso Castro e Maria Celina D’Araujo. Eis um caso essencial para a compreensão da aliança civil-militar:
“A concessão de um canal de televisão para João Pessoa teve quatro candidatos e um deles era a Rede Globo. O ministro (Euclides Quandt de Oliveira) mostrou-se contrário à outorga à TV Globo, porque isso significaria aumentar o monopólio da emissora”.
“O ministro expôs sua política em relação à radiodifusão (…) Devia-se procurar certo equilíbrio entre duas ou três redes, para que nenhuma delas tivesse condições de exercer um monopólio virtual da audiência de televisão (…) Se uma rede de TV vier a ter índices de audiência, em âmbito nacional, superior a 80%, ela representará um virtual perigo, o que não pode ser aceito pelo governo.”
Marinho discordou (…) Afirmou que deveria ser permitido o crescimento, sem restrições e sem limites, da Rede Globo (…) O comportamento da Globo deveria fazê-la merecedora de atenção e favores especiais do governo.”
Quandt de Oliveira estava certo. Roberto Marinho, no entanto, venceu a queda de braço. A pretensa autocrítica publicada em O Globo coabita com um comunicado de igual novidade. Com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o jornal firma o compromisso de abandonar a prática de descontos nos anúncios (dumping), da qual se valeu para aniquilar economicamente alguns adversários.
O texto não convence. Não alcança o objetivo. Provar que O Globo se converteu à democracia.

Altamiro Borges: A Globo queria o monopólio

19/05/2013

Congresso e autoproteção mafiomidiática

Filed under: Congresso Nacional,Janio de Freitas — Gilmar Crestani @ 10:24 am
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Súmula do Janio de Freitas que deveria ser vinculante: “se um jornal falasse do outro, ou uma rádio da outra, todos se tornariam vulneráveis, logo é da "ética dos meios de comunicação" a moita mútua.

JANIO DE FREITAS

A causa esquecida

A medida provisória levou ao Congresso inovações para o sistema portuário. Inovações -eis o problema

Entre os vários motivos que provocaram quase 40 horas de discussão e votação em apenas dois dias na Câmara, o mais autêntico não foi lembrado.

Por fim aprovada ali e, em seguida, no Senado, a medida provisória 595 levou ao Congresso, e aos grandes interesses empresariais, inovações que modificam estrutural e economicamente todo o sistema portuário brasileiro. Inovações -eis o problema.

Propostas de reformas levam sempre ao mesmo. Ou, nos pouquíssimos casos de aprovação, exigem batalhas ferozes no Congresso, com o choque dos interesses econômicos que mobilizam e dividem os parlamentares acima dos partidos, ou ficam como inovações de reconhecida necessidade, mas sem condições de efetivação.

É a predominância histórica do reacionarismo diante de toda inovação econômica e estrutural proposta no Brasil. Foi isso mesmo que se deu outra vez: a reação à mudança, pelos interesses financeiros beneficiados no sistema portuário vigente, com os seus centuriões de ocasião no Congresso.

Não se trata de realidade exclusiva do Brasil. Viu-se há pouco a batalha no Congresso americano, tão semelhante às dos parlamentares brasileiros, quando Barack Obama propôs uma reforma até tímida do sistema de saúde americano, para dotá-lo de uma extensão pública. Viu-se o mesmo com intenções de François Hollande na França. Lá e cá, é o poder econômico em ação, que é também poder social.

A diferença é que o Brasil precisa muito mais de reformas. E aqui é muito mais difícil fazê-las. Nos casos incomuns em que o poder econômico se divide entre duas ou mais linhas de interesse, abre-se alguma possibilidade de reforma. Desde que limitada, para preservação dos interesses aparentemente vencidos.

Faz 125 anos que é assim. Desde a abolição da escravatura.

Os autores

O Senado proclama-se decidido a não mais aceitar que a Câmara, depois de esbanjar todo o tempo de tramitação dado às medidas provisórias, ponha os senadores em correria para votar nas últimas horas do prazo.

O problema é real. Mas foi criado pelo Senado. As regras de tramitação de medida provisória foram aprovadas lá, sem a determinação de tempo para sua passagem pela Câmara. E seria preciso prazo delimitado também para o Senado, que pode emendar o texto recebido e assim fazê-lo voltar à Câmara. Logo, seria necessário prever a possível segunda tramitação na Câmara.

Tudo o que se refere às medidas provisórias é uma bagunça que completa 25 anos.

A ARMA

Lula na Argentina, sobre os meios de comunicação: "Quando nós os criticamos, eles dizem que estão sendo atacados. Quando nos atacam, falam em democracia".

Pegou em cheio a sabedoria criada pela imprensa, e depois estendida ao rádio e à TV. No Brasil, com um aprimoramento: se um jornal falasse do outro, ou uma rádio da outra, todos se tornariam vulneráveis, logo é da "ética dos meios de comunicação" a moita mútua.

ALSTOM, mais uma obra tucana escondida pelos grupos mafiomidiáticos

Filed under: ALSTOM,Escândalo Alstom — Gilmar Crestani @ 10:19 am
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A Wikipédia tem um verbete muito esclarecedor sobre o Escândalo da Alstom, mas se formos procurar nos grupos mafiomdiáticos, nada encontraremos. E é sintomática a constatação da Folha: “A demora na apuração brasileira decorre da lentidão da Justiça”. A mesma justiça que julga com lentidão o caso Alstom e rápida no gatilho para o Mensalão. É que a mídia toma a si responsabilidade de proteção aos seus parceiros ao mesmo tempo que coloca a faca no pescoço dos Ministros do STF para condenarem seus adversário, como muito bem explicitou Judith Brito, CEO da Folha.

Enquanto o PSDB esconde FHC(O PSDB assume que escondeu a múmia e Mídia protegeu FHC e pesou a mão contra Lula), os grupos mafiomidiáticos escondem os escândalos tucanos.

Brasil é único que não puniu envolvidos no caso Alstom

Escândalo mundial de propinas com empresa francesa estourou em 2008

Zâmbia e Indonésia estão entre os que já têm provas e sanções; investigação brasileira não produziu efeito

MARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

O Brasil está sozinho na impunidade num grupo de 11 países que apuram as suspeitas contra a Alstom, conglomerado francês que é um dos maiores do mundo em transporte e energia.

Enquanto até locais como Zâmbia e Indonésia já têm provas e punições sobre as suspeitas de a empresa ter pago propina para obter contratos, uma investigação iniciada há cinco anos no Brasil não produziu efeito algum.

As investigações sobre a empresa começaram em maio de 2008, quando o "Wall Street Journal" revelou que ela usava um banco e uma filial na Suíça para distribuir comissões para conseguir contratos entre 1995 e 2003. Até o ano 2000 a França autorizava empresas a pagar comissões para obter negócios.

PRISÃO E MULTA

Há um certo padrão no tipo de punição imposta aos suspeitos de receber comissões e à Alstom. Eles são presos e a empresa é condenada a pagar uma multa.

Suíça, Itália, México e a Zâmbia adotaram multas. O maior valor foi pago à Suíça, onde a investigação foi iniciada. A Alstom fez um acordo com a Procuradoria do país para encerrar as apurações. Pagou US$ 43,5 milhões, doados à Cruz Vermelha, e não sofreu condenação, mas uma de suas subsidiárias foi acusada de "negligência corporativa" por ter pago propinas depois que a União Europeia havia transformado a prática em crime.

Os EUA foram um dos últimos países a adotar medidas contra a empresa. No último mês prendeu um vice-presidente da Alstom sob acusação de violar a lei que proíbe empresas que atuem nos EUA de pagar propina no exterior.

A Zâmbia é um dos países mais miseráveis da África. Ocupa o 148º posto numa lista de 195 países das Nações Unidas. Apesar da penúria, o país conseguiu com que a Alstom fosse suspensa por três anos das licitações do Banco Mundial e pagasse uma multa de US$ 9,5 milhões à instituição.

COMPLEXIDADE

A demora na apuração brasileira decorre da lentidão da Justiça e da complexidade do caso, segundo autoridades ouvidas pela Folha. A principal dificuldade é que todas as provas estão na Suíça e o Brasil depende desses papéis.

A Suíça já bloqueou uma conta de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de SP, Robson Marinho, com cerca de US$ 1 milhão, porque há suspeitas de que ele teria ajudado a empresa a obter um contrato de US$ 110 milhões com a Eletropaulo em 1997. A Alstom teria pago US$ 8,25 milhões de comissão a políticos.

A advogada Dora Cavalcanti, que defende um dos investigados no Brasil, diz que o envio de documentos será difícil pois não houve condenação da Alstom na Suíça e muitas provas foram anuladas porque havia documentos falsificados. "Não tem sentido mandar provas que foram consideradas ilícitas".

O promotor Silvio Marques e o procurador Rodrigo de Grandis, que atuam no caso nas esferas estadual e federal, discordam da visão da advogada. "O acordo na Suíça não elimina a possibilidade de envio de provas para o Brasil", afirma De Grandis.

A maior problema, segundo ele, é o risco de os crimes prescreverem. Isso pode ocorrer porque os suíços enviaram, a partir de 2007, documentos sobre supostos crimes que ocorreram em 1997.

Marques é mais otimista. Cita como exemplo o caso de Paulo Maluf: Jersey demorou 12 anos para decidir devolver US$ 28,3 milhões ao Brasil.

O PSDB assume que escondeu a múmia

Filed under: FHC,Isto é EUA!,Privataria Tucana,Privatidoações — Gilmar Crestani @ 9:55 am
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O PSDB assume publicamente que escondeu FHC. Tentou mas não conseguiu. Pelo contrário, tem coluna em quase todos os jornais. Os grupos mafiomidiáticos abraçaram FHC como um troféu, um totem a ser eternamente reverenciado. E tem motivo para isso. O filho que assumiu com a jornalista da Globo, escondida na Espanha como moeda de barganha, é fruto dessa relação incestuosa que o PSDB tenha reaver a paternidade. Não foi só o PSDB que escondeu FHC. As urnas também. Portanto, mais uma vez fica provado que o ostracismo de FHC não obra do Lula ou do PT. Ficaram o tempo todo martelando na necessidade de o PT reconhecer o papel de FHC e agora eles mesmos esclarecem que foram eles que esconderam o ventríloquo dos grupos mafiomidiáticos.

Aécio assume PSDB e diz que sigla errou ao esconder FHC

Senador defende privatizações e afirma que disputa com o PT ‘não será fácil’

Com fortes críticas a Lula e a Dilma, tucano usa bordão ‘é possível fazer melhor’, similar ao de eventuais rivais

DE BRASÍLIA

Admitindo que "não será fácil" desalojar o PT do poder, Aécio Neves (MG) assumiu a presidência do PSDB fazendo uma forte defesa do legado do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) -incluindo o tema tabu das privatizações.

Em meio a ataques aos governos Lula e Dilma Rousseff, Aécio deu um passo decisivo para pavimentar sua candidatura à Presidência em 2014, mas foi cauteloso para evitar melindrar correntes refratárias, como a de José Serra (SP), e aquelas que podem atrapalhá-lo, como a do governador Geraldo Alckmin (SP).

"Ainda não é hora de tratarmos disso", disse ele, ao ter o nome lançado por militantes. Para assumir o comando do PSDB, o mineiro teve apoio de 521 dos 535 delegados.

"Não será fácil a nossa trajetória. Não me iludo. Mas está longe de ser impossível", disse Aécio, secundado em discurso pelo padrinho político, FHC: "Nada é fácil. Não será fácil [nem] sequer a vitória."

Na plateia da convenção tucana estavam os dois últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006), cujas campanhas procuraram esconder o ex-presidente.

Mais tarde, em carta que divulgou para o partido, Aécio fez não só uma defesa do legado de FHC, mas um mea-culpa: "Erramos por não ter defendido, juntos, todo o partido, com vigor e convicção devidos, a grande obra realizada pelo PSDB".

TIME

A festa de ontem custou R$ 2 milhões ao partido, com um grande aparato tecnológico em um centro de convenções em Brasília, e homenageou FHC. "Ninguém tem o time que o PSDB tem, a começar por FHC", disse Aécio.

O tucano falou da estabilização de uma economia convulsionada pela hiperinflação, do Plano Real, da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos "primeiros programas de transferência de renda".

E surpreendeu: "Somos o partido das privatizações que tão bem fizeram ao Brasil". Na última década, nenhum tucano com aspirações nacionais defendeu, de forma aberta, as privatizações, ação explorada pelo PT nas eleições de 2002, 2006 e 2010 como sinal de fraqueza.

Ressaltou, contudo, que o partido nunca quis privatizar a Petrobras -tema que deu dor de cabeça em 2006.

FHC também defendeu seu legado e apontou ressentimento do PT. "Por que não reconhecer o que foi feito, que foi feito para brasileiros, por brasileiros, para melhorar o futuro do Brasil?"

Apesar das críticas aos petistas, uma das imagens projetadas no imenso telão no evento com cenas de tucanos mostrou FHC ao lado de Lula, na época de sindicalista.

O ex-presidente apontou que o PT "martela" sua visão de mundo, com ações de "desinformação e propaganda".

UNIÃO

Em meio à divisão do PSDB sobre 2014, Aécio disse que não assume um "partido esfacelado", mas "unido como nunca". O senador acenou ao grupo de Alckmin, apoiando sua proposta de ampliar o tempo de internação de adolescentes infratores.

Aécio fez duras críticas ao PT, que segundo ele deixou o país "estagnado". "Se tivessem que comemorar dois anos [de governo Dilma], seria o pibinho ridículo, irrisório, vexatório", disse ele.

No discurso distribuído pelo PSDB, havia também um bordão que Aécio não repetiu: "É possível fazer melhor". No microfone, ele disse três vezes "é possível fazer".

O mote se parece com o "é possível fazer mais" do governador Eduardo Campos (PSB-PE), bordão também explorado por Dilma Rousseff nos programas de TV do PT com seu "é possível fazer cada vez mais". Curiosamente, na disputa de 2010 Serra dizia: "O Brasil pode mais".

Outros oradores foram ainda mais inflamados. O governador goiano, Marconi Perillo, chamou Lula de "o maior canalha do país", relembrando o episódio em que diz ter avisado o petista do mensalão. Perillo também diz haver dedo do PT nas suspeitas que o ligam ao empresário Carlinhos Cachoeira.

(GABRIELA GUERREIRO, NATUZA NERY E CATIA SEABRA)

18/05/2013

A CIA paga, a mídia obedece

Filed under: CIA,New York Times — Gilmar Crestani @ 8:55 pm
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No Brasil mídia vira-lata segue a mesma toada. Franco, no Paraguai, que chegou à Presidência num golpe branco, é Presidente. Chávez, com todas as eleições que ganhou, era ditador. E tudo faz sentido já que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium são muito bem pagos, e em dia, para cumprirem o papel que os financiadores ideológicos esperam que cumpram.

A petição contra pouca visão do NYT sobre América Latina

Enviado por luisnassif, sab, 18/05/2013 – 16:31

Por MiriamL

Da Carta Maior

Chomsky alerta NY Times sobre diferença de tratamento entre Venezuela e Honduras

Ao lado de outros intelectuais, o linguista norte-americano Noam Chomsky enviou correspondência a Margaret Sullivan, editora no ‘The New York Times’, cobrando o jornal a rever seu tratamento sobre Venezuela e Honduras: Chávez, apesar das vitórias eleitorais, é costumeiramente citado como ‘ditador’, e Micheletti, que sucedeu Zelaya, é presidente interino.

CubaSí

A seguinte petição, assinada por mais de uma dúzia de especialistas no tema América Latina e meios de comunicação, foi enviada a Margaret Sullivan, editora no ‘The New York Times.’
“14 de maio de 2013.
Estimada Margaret Sullivan,
Em uma coluna recente (12/4/2013) você comentou:
“Embora as palavras e frases por si mesmas não tenham a importância que merecem pelo grande fluxo diário que se cria, a linguagem importa. Quando as organizações de notícias aceitam a maneira de expressar dos governos, elas parecem aceitar a forma de pensar destes governos. No ‘Times’, estas decisões têm mais peso.”

À luz desses comentários, nós a exortamos a comparar a caracterização do New York Times à liderança do desaparecido Hugo Chávez na Venezuela com aquela a Roberto Micheletti y Porfirio Lobo em Honduras.
Nos últimos quatro anos, o ‘Times’ tem caracterizado Chávez como ditador, déspota, líder autoritário, e um “caudilho” em suas coberturas noticiosas. Se incluirmos os artigos de opinião, o ‘Times’ publicou pelo menos quinze trabalhos empregando tal linguagem, descrevendo Chávez como “ditador” o “homem duro”. No mesmo período — desde o golpe militar que derrubou o hondurenho Manuel Zelaya no dia 28 de junho de 2009 — nenhum colaborador do ‘Times’ utilizou esses termos para referir-se a Micheletti, que presidiu Honduras depois do golpe a Zelaya, ou Porfirio Lobo, que o sucedeu. Ao invés disso, o jornal os têm descrito em suas coberturas como “interino”, “de fato”, e “novo”.

Porfirio Lobo assumiu a presidência depois de ganhar as eleições que tiveram lugar sob o mandato do governo golpista de Micheletti. Ditas eleições foram marcadas pela repressão e pela censura e os observadores internacionais, como o Centro Carter, as boicotaram. Desde o golpe de estado, as forças militares e policiais hondurenhas assassinaram civis com assiduidade.
Nos últimos 14 anos, a Venezuela realizou 16 eleições ou referendos. Jimmy Carter elogiou as eleições na Venezuela, entre as 92 eleições que o Centro Carter monitorou, e as descreveu como “um magnífico sistema de votação”. Ele concluiu que “o processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo”. Enquanto alguns grupos de direitos humanos criticam o governo de Chávez, as forças de ordem na Venezuela não têm indícios de haver assassinado civis, como aconteceu em Honduras.
Qualquer coisa que se pense sobre as credenciais democráticas da presidência de Chávez — e achamos que algumas pessoas responsáveis podem não estar de acordo com isto — não há nada registrado, ao compará-lo com sua contraparte em Honduras, que justifique as discrepâncias nas coberturas do ‘Times’ em ambos governos.
Convidamos você a examinar essa diferença nas coberturas e o uso da linguagem, em particular aquela que possa fazer ver aos seus leitores a parcialização na posição do governo estadunidense com respeito a seu par de Honduras (ao que apoia), e o governo venezuelano (ao que se opõe) — precisamente a síndrome que você escreve e adverte em sua coluna.
Sinceramente,
– Noam Chomsky, Professor Emérito do Instituto Tecnológico de Massachusetts;
– Edward Herman, Professor Emérito de Finanças na Wharton School, Universidade da Pensilvânia;
– Greg Grandin, Professor de História na Universidade de Nova York;
– Sujatha Fernandes, Professor de Sociologia no Queen College e do Centro Graduado da Universidade de Nova York;
– Corey Robin, Professor de Ciências Políticas, Brooklyn College;
– Adrienne Pine, Professor de Antropologia na American University;
– Mark Weisbrot, Doutor em Filosofia e codiretor do Centro para o Estudo da Política e Economia;
– Miguel Tinker Salas, Professor de História e Estudos latino-americanos no Porma College;
– Katherine Hite, Professora de Ciências Políticas no Vassar College;
– Steve Ellner, Professor de Assuntos Internacionais e Públicos na Universidade de Columbia e na Universidade do Oriente;
– George Ciccariello-Maher, Professor de Ciências Políticas – Universidade de Drexel;
– Daniel Kovalik, Professor de Direitos Humanos Internacionais da Faculdade de Direito na Universidade de Pittsburgh;
– Gregory Wilpert, Doutor em Filosofia, autor de “Cambiar a Venezuela tomando el poder”;
– Joseph Nevins, Professor de Geografia no Vassar College;
– Zazih Richani, Diretor de Estudos da América Latina, Universidade de Kean;
– Steven Volk, Professor de História no Oberlin College;
– Aviva Chomsky, Professora de História na Salem State University;
– Keane Bhatt, Congresso norte-americano para a América Latina;
– Chris Spannos, analista do New York Times;
– Michael Albert, Znet.”
Extraído do NACLA (Congresso Norte-americano sobre Latino-américa).
Tradução: Liborio Júnior

A petição contra pouca visão do NYT sobre América Latina | Brasilianas.Org

Teori na teoria

Filed under: Teori Albino Zavaschi — Gilmar Crestani @ 8:49 pm
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Teori Zavascki, Veja, Época e o destino da Ação Penal 470

Enviado por luisnassif, sab, 18/05/2013 – 16:18

Por Marco Antonio L.

Do Brasil 247

VEJA E ÉPOCA COLOCAM A FACA NO PESCOÇO DE ZAVASCKI

:

Preocupadas com a possível reversão do julgamento da Ação Penal 470, as revistas semanais da Abril e da Globo tentam intimidar o mais recente ministro do Supremo Tribunal Federal, cujo voto poderá ser decisivo para reduzir penas, inocentar alguns réus e até para preservar o mandato de parlamentares como João Paulo Cunha (PT/SP) e José Genoíno; se a mudança se confirmar, “seria escandaloso”, sacramenta Veja

247 – Pode estar nas mãos do ministro Teori Zavascki, o mais recente integrante do Supremo Tribunal Federal, o destino da Ação Penal 470. Por isso mesmo, ele é personagem de destaque em duas revistas semanais deste fim de semana, Veja e Época, que tentam convencê-lo, de maneira não muito sutil, a votar de acordo com seus interesses políticos no segundo tempo do julgamento.

Esta nova etapa deverá ser aberta na próxima semana, quando o plenário do STF se pronunciar sobre a admissibilidade ou não dos chamados embargos infringentes. O presidente da corte, Joaquim Barbosa, já se manifestou contrariamente à possibilidade de recursos, mas deve ser derrotado em plenário, uma vez que vários ministros que votaram contra a defesa, como Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, já sinalizaram que defendem os embargos.

Nesse cenário, o voto de Zavascki poderá ser decisivo, já que diversas votações dividiram o plenário e tiveram placares bem apertados. Por isso, Veja e Época deram início à operação “faca no pescoço”, expressão usada pelo ministro Ricardo Lewandowski para retratar a pressão exercida pelos meios de comunicação sobre os ministros do STF.

Em Veja, diz-se textualmente o seguinte:

“A reabertura do julgamento e a revisão das penas terão como fiel da balança o ministro Teori Zavascki, nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Na primeira vez em que foi cotado para o posto, Zavascki se recusou a assumir compromisso com a absolvição dos mensaleiros, e as forças trevosas boicotaram seu nome. Na segunda tentativa, assumiu o posto. Será que ele conseguiu afastar aquele impedimento? Seria escandaloso.”

Na prática, temendo que Zavascki vote contra seu posicionamento político (e não jurídico, uma vez que este não existe), Veja coloca o ministro sob suspeita.

Época, por sua vez, tenta ser mais factual, na reportagem “O fator Teori”. Trata-se de um perfil do ministro gaúcho, onde se afirma que ele não submete a pressões – sem deixar claro, no entanto, se isso se refere a pressões dos réus, do PT ou das Organizações Globo, que editam a revista.

No texto, a revista lembra que Zavascki já se posicionou de forma clara em relação a três pontos que dividiram o STF. Em relação à cassação dos mandatos de parlamentares, em que a defesa perdeu por 5 a 4 depois que Celso de Mello esqueceu o que ele próprio havia dito, Zavascki já disse com todas as letras que a prerrogativa é do Legislativo – e não do Judiciário. Sobre formação de quadrilha, o ministro também critica a banalização desse tipo de imputação. Em relação a lavagem de dinheiro, ele afirma que deve se provar que o beneficiado tinha ciência da origem ilícita do dinheiro – o que poderá até absolver o deputado João Paulo Cunha (PT/SP).

Claramente, nota-se que as forças políticas que movimentaram o tabuleiro do STF estão preocupadas com o segundo tempo do jogo. Fecharam o primeiro tempo em vantagem, mas já levaram algumas bolas na trave. E tentam agora intimidar o ministro Teori Zavascki.

Teori Zavascki, Veja, Época e o destino da Ação Penal 470 | Brasilianas.Org

PSDB & VEJA: uma perceria duca…

Filed under: Isto é PSDB!,Veja — Gilmar Crestani @ 8:00 am
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Veja usa carro de líder do PSDB no Acre…

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…para rondar a casa do governador Tião Viana; equipe da Veja se encontra em Rio Branco para acompanhar a Operação G-7, que deteve o diretor da Secretaria de Saúde do Acre, Tiago Viana das Neves Paiva, que é sobrinho do governador; "Não fiquei surpreso com essa relação promíscua. A revista Veja há muito tempo deixou de fazer jornalismo. Faz panfletagem tucana para atingir governos do PT", disse o secretádio de Comunicação do governo, Leonildo Rosas

17 de Maio de 2013 às 20:55

247 – Um fotógrafo da revista Veja foi flagrado na tarde desta quinta-feira nas imediações da casa do governador Tião Viana dentro de um carro de propriedade do deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia Legislativa, Wherles Rocha. O repórter fotográfico foi abordado pelos policiais militares que fazem segurança na casa do governador e confirmou que fazia parte da equipe da revista.

Desde o início da semana, uma equipe da Veja se encontra em Rio Branco para acompanhar a Operação G-7, desencadeada pela Polícia Federal na sexta-feira 10. Segundo o site Página 20, a presença do fotógrafo foi confirmada pelo repórter da revista, Kalleo Coura, ao secretário de Comunicação do Estado, Leonildo Rosas.

O secretário disse ter estranhado a proximidade da equipe jornalística com o deputado tucano. O repórter se mostrou surpreso com o fato e não conseguiu explicar a relação da revista com o parlamentar. Desde a semana passada, o jornalista tenta entrevistar o governador Tião Viana sobre a operação.

"Não fiquei surpreso com essa relação promíscua. A revista Veja há muito tempo deixou de fazer jornalismo. Faz panfletagem tucana para atingir governos do PT", disse Leonildo Rosas ao Página 20. Segundo ele, essa proximidade da revista com o deputado Rocha é perigosa, pois tem o único intuito de forjar notícias e atingir ao governador Tião Viana.

Sobrinho

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu nesta sexta-feira o pedido de habeas corpus do diretor da Secretaria de Saúde do Acre, Tiago Viana das Neves Paiva, que é sobrinho do governador Tião Viana (PT). Ele foi presodurante a Operação G-7, da Polícia Federal, na última sexta-feira. É suspeito de integrar um esquema de fraude em licitações da área de saúde.

A ministra Maria de Assis Moura, da 6ª Turma do STJ, que deferiu o pedido, determinou duas medidas cautelares a Tiago Paiva: a proibição de frequência à Secretaria de Saúde e a suspensão do exercício da função pública desempenhada no governo do Acre. Tiago Paiva é diretor de análise clínica da Secretaria de Saúde.

Na última sexta-feira (10), a Operação G-7 prendeu acusados envolvimento no caso. O governador Tião Viana disse que seu governo dará "irrestrito apoio" às investigações.

Com Agência Brasil

Veja usa carro de líder do PSDB no Acre… | Brasil 24/7

09/05/2013

O TSE aprovou, mas os Ministros do PIG, não

Filed under: Ação 470,Golpismo,Joaquim Barbosa,Roberto Gurgel — Gilmar Crestani @ 8:26 am
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JANIO DE FREITAS

Afinal de contas

O dinheiro do mensalão não tinha como figurar na contabilidade do PT, pois nunca foi do partido

A aprovação do Tribunal Superior Eleitoral às contas do PT relativas a 2003, ano do chamado mensalão, leva a alguns fundamentos relegados, e outros contorcidos, na engrenagem desse episódio.

A recente estranheza com a aprovação deve-se a que o dinheiro do mensalão não foi incluído nas contas, ainda assim validadas pelo corpo técnico do TSE e aceitas pela própria presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia. O reparo recaiu apenas em outro quesito, submetido a multa.

O possível espanto não pode resistir a este fato: o dinheiro do mensalão não tinha como figurar na contabilidade do PT, pela razão definitiva de que nunca foi do PT.

Fosse para "compra de apoios no Congresso", como afirmado na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República e adotada pelo relator, ou fosse acerto de campanha eleitoral, quem pagou foi uma empresa de Marcos Valério.

Da origem aos destinos, o percurso dos cifrões passou como uma das partes não questionadas do julgamento. O dinheiro não saiu do banco para o PT. Saiu como empréstimo a uma das empresas de Marcos Valério e foi por ele encaminhado ao destinatário indicado, como diz o processo, por Delúbio Soares. Tanto que coube a uma funcionária de confiança em empresa de Valério, Simone Vasconcelos, a condenação de desproporcionais 12 anos por cumprir as ordens patronais de levar importâncias aos favorecidos. Em outras operações, o dinheiro, da mesma maneira, chegou aos destinatários por indicação feita a Marcos Valério e passando por outras empresas, não pelo PT.

Às empresas de Marcos Valério competia contabilizar os empréstimos recebidos. O PT não podia contabilizar o que utilizou, mas não recebeu em seu caixa. O que saiu do banco para esse caixa foi por operação formal de empréstimo, com as assinaturas do tesoureiro Delúbio Soares e do presidente José Genoino. Empréstimo renovado, posto sob cobrança e quitado, já depois do escândalo.

O mensalão transcorreu por fora da configuração oficial do PT. Se fizesse idênticas transações com outros partidos e políticos, mas pela via legal de empréstimos e doações, estas até por intermédio do mecanismo entre Marcos Valério e bancos, talvez contornasse a ilegalidade. Ou, no mínimo, tornasse menos numerosas as suas incidências.

ADAPTAÇÃO

A Igreja Católica beatificou nova "Mãe dos Pobres", Nhá Chica, brasileira e filha de escravos. Negra. Mas sua imagem, usada na beatificação em Baependi, Minas, ostenta a tez pálida de certo tipo branco.

08/05/2013

As Frias da Folha

Filed under: Energúmenos,Folha de São Paulo,InVeja,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 7:43 am
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Depois de torcer contra o Brasil na matéria de ontem (As previsões da Folha são Frias), hoje a Folha volta ao tema, com muito constrangimento, para admitir que um brasileiro vai dirigir o comércio mundial. E em mais uma vitória esconde o nome de Lula. Tivesse algum comprometimento com a verdade teriam visto nas recentes viagens de Lula à África e ao Caribe o grande cabo eleitoral do atual vencedor. Mas, para a Folha e seus comparsas, a mediocridade parece menos preocupante que verdade. Não é gratuito que tentem desmerecer a vitória ao afirmarem que “deveu parte de sua vantagem ao apoio maciço de países da África e do Caribe, com participação pouco expressiva no comércio internacional.” Quando outros venciam, estes mesmos países também votavam, mas o “pouco expressivo” não ganhava relevância. E, como na fábula “A Rã e o Escorpião”, fecham o texto com a chave de outro que representa a inveja na direita mais retrógrada, como quem diz que as uvas estão verdes: O maior objetivo do país na política externa continua inalcançado: a conquista da vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.” Alguém precisa informar este pessoal da Folha que ontem a eleição era para a OMC e não para a ONU…

Hoje será o dia dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium desmerecerem mais uma vitória pessoal do Lula, sem mencionar o nome do principal responsável por mais esta conquista!

Brasileiro vai dirigir comércio mundial

Vitória de Roberto Azevêdo sobre mexicano na disputa para liderar a OMC será formalizada hoje em Genebra

Embaixador foi eleito para um mandato de quatro anos na entidade, com direito a uma recondução

BERNARDO MELLO FRANCOENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

Impulsionado pelo apoio da China e dos países em desenvolvimento, o Roberto Azevêdo, 55, bateu o mexicano Herminio Blanco, candidato dos EUA e da União Europeia, e será o novo diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Ele foi eleito ontem para um mandato de quatro anos, com direito a reeleição. No cargo, terá a missão de destravar negociações para a derrubada de barreiras tarifárias e devolver relevância à entidade, em tempos de crise e retração do comércio global.

A escolha de Azevêdo, 55, representa uma vitória da diplomacia brasileira. A presidente Dilma Rousseff e o chanceler Antonio Patriota se empenharam na campanha desde o fim do ano passado.

O embaixador foi eleito em votação secreta com a participação dos 159 países que integram a OMC. Ele superou outros oito candidatos que disputaram a vaga desde a primeira fase da seleção.

Na etapa final, concluída ontem em Genebra (Suíça), venceu o diplomata mexicano por vantagem de 30 a 40 votos, segundo dirigentes da OMC disseram a seus aliados.

O resultado será anunciado formalmente hoje, sem a divulgação do placar. Pela tradição da entidade, Blanco deve retirar a candidatura para que o novo diretor-geral seja nomeado por aclamação.

Até ontem à tarde, diplomatas brasileiros temiam que um número maior de votos não garantisse a vitória de Azevêdo, já que o adversário contava com aliados mais poderosos e com direito a veto.

A sucessão na OMC não é uma eleição direta. O estatuto afirma que a escolha do diretor-geral deve se dar por consenso e que a votação é um "último recurso".

Isso poderia criar problemas para o brasileiro, que deveu parte de sua vantagem ao apoio maciço de países da África e do Caribe, com participação pouco expressiva no comércio internacional.

Temendo uma contestação do resultado, dirigentes da entidade chegaram a aconselhar o brasileiro a não comemorar vitória ontem.

No entanto, o temor foi dissipado quando Blanco ligou para Azevêdo e reconheceu a derrota na disputa.

O embaixador não quis dar entrevista ontem, mas falou como novo diretor-geral ao site de sua campanha, administrado pelo Itamaraty.

"Nossa visão para a direção-geral da OMC, que favorece o diálogo e a convergência em torno da revitalização do sistema multilateral de comércio, foi muito bem recebida pelos membros durante a campanha", afirmou.

"A candidatura teve uma base de apoios bastante ampla e horizontal, junto a todas as categorias de países."

As declarações deixam claro que Azevêdo vai se esforçar, a partir de sua posse, para combater a ideia de que foi escolhido por países pobres em uma demonstração de força contra os mais ricos.

Ele terá que se apresentar como um diretor-geral capaz de dialogar com os dois hemisférios, sem tomar partido. Um dos desafios é evitar que a divisão que marcou a eleição contamine o mandato.

Segundo aliados, o temperamento conciliador e a rede de contatos tecida desde 1997, quando serviu junto à OMC pela primeira vez, devem ajudá-lo a cumprir a missão.

Azevêdo pedirá licença do Itamaraty para assumir o cargo. Fará isso entre o anúncio oficial da escolha, dia 14, e o início do mandato, em 1º de setembro, quando substituirá o francês Pascal Lamy.

Em Brasília, a vitória é vista como novo passo na afirmação internacional do Brasil, que em 2011 elegeu José Graziano para chefiar a FAO, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

O maior objetivo do país na política externa continua inalcançado: a conquista da vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

07/05/2013

Dependendo de onde pisa, JB se inclina como Pisa ou por pizza!

Filed under: Joaquim Barbosa,STF — Gilmar Crestani @ 8:11 am
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JANIO DE FREITAS

Inclinadas, quase caindo

O prestígio de Joaquim Barbosa foi elaborado pelas características identificadas por ele na imprensa do país

A intervenção do ministro Joaquim Barbosa, de franqueza incomum em pronunciamentos internacionais, durante encontro na Costa Rica sobre liberdade de imprensa desvendou uma situação algo extravagante.

O diagnóstico da imprensa brasileira feito pelo palestrante aparenta duas vertentes que, na realidade, têm iguais pontos de partida e de chegada. A primeira delas resume-se bem em poucas frases do pronunciamento:

"O Brasil tem hoje três principais jornais nacionais impressos, todos mais ou menos inclinados para a direita no campo das ideias";

"Eu não seria sincero se concluísse a apresentação sem trazer a público desvantagens que vejo em meu país acerca da informação, da comunicação, da liberdade de expressão e de imprensa: o problema está, basicamente, na falta de um pluralismo forte [na imprensa]".

Entremeadas, citações à ausência de "pluralismo" e à "fraca diversidade política e ideológica da imprensa brasileira".

Irretocável.

Curioso, no entanto, é que o fulminante prestígio de que Joaquim Barbosa vê-se munido, também fora do Brasil, foi elaborado exatamente por aquelas características políticas e ideológicas identificadas na imprensa brasileira pela visão crítica do ministro. A contrariedade da "inclinação para a direita", com a vitória sem precedentes de adversários políticos e ideológicos, encontrou no relator Joaquim Barbosa um veio para sua ansiedade de reverter o país à tradição conservadora. A razão e a desrazão, o equilíbrio e o atropelo não importariam mais do que a efetivação do objetivo intermediada por Joaquim Barbosa e nele heroizada.

O próprio convite para falar na reunião da Unesco, portanto, foi fruto do que Joaquim Barbosa lá descreveu como identidade da imprensa brasileira.

O outro componente do diagnóstico, como aparência de fator à parte do anterior, também se acomoda em referências breves:

"No Brasil, negros e mulatos representam 50% a 51% população. Mas não brancos são bem raros nas Redações, telas de televisão, sem mencionar a quase abstenção deles nas posições de controle ou liderança na maioria dos veículos. É quase como se não existissem no mercado das ideias. Raramente são chamados para expressar pontos de vista ou especialidades, salvo nas situações de estereótipos";

"As pessoas são tratadas de modo diferente de acordo com seu status, sua cor de pele e o dinheiro que têm".

Não poderia ser diferente em uma imprensa "inclinada para a direita" e com "fraca diversidade política e ideológica". O conservadorismo político e ideológico é conservadorismo social que é conservadorismo também racial. Aqui, está tudo no mesmo trono. Sem que a raridade de não brancos seja uma peculiaridade da imprensa, e sem que haja nas Redações, em geral, uma predisposição pensada.

Entre as inevitáveis respostas sobre o Judiciário, não muito menos críticas, o ministro mencionou, segundo uma das notícias a respeito, certo dado perturbador: "(…) a Suprema Corte, que tem 60 mil casos aguardando julgamento, casos que afetam a sociedade (…)".

A "imprensa se inclina para a direita" e o Judiciário se inclina para a inutilidade social, pois. O que dá no mesmo, como inclinação.

20/04/2013

Lei de médios, o Brasil será o último?

Filed under: Lei de Médios,México — Gilmar Crestani @ 9:52 am
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El Senado aprueba la ambiciosa reforma a las telecomunicaciones

Los partidos están a punto de concretar una ley histórica que obligara a empresas dominantes a desinvertir activos

Paula Chouza México 19 ABR 2013 – 21:20 CET9

El Pacto por México está cerca de culminar su primera gran reforma económica. El Senado de la República aprobó en maratoniana sesión la nueva ley en materia de telecomunicaciones. La iniciativa salió adelante por 118 votos a favor, tres en contra y cero abstenciones tras más de cinco horas de debate. Ya solo resta que los Diputados, que ya habían aprobado la ley, ratifiquen los 18 cambios incorporados por los senadores.

La reforma tiene por objetivo ampliar la competencia y el acceso a mercados, contemplando para ello, entre otras medidas, la eliminación de las restricciones a la inversión extranjera en telefonía fija (actualmente el límite es del 49%); la concesión de dos nuevos canales de televisión en abierto, la obligación de deshacerse de activos a las empresas que controlen más del 50% en la prestación de un servicio, el fortalecer a las autoridades reguladoras, así como ofrecer mejores tarifas a los consumidores.

Uno de los principales cambios introducidos por los senadores al texto que recibieron de los diputados es la modificación del párrafo séptimo del Artículo 28 constitucional para establecer que en los casos en que la Comisión Federal de Competencia Económica imponga multas o la desincorporación de activos, derechos, partes sociales o acciones, las resoluciones se ejecutarán hasta que se resuelva el juicio de amparo que en su caso se promueva.

La reforma de telecomunicaciones propone que ningún actor tenga más del 50 por ciento de cuota del mercado de telecomunicaciones y medios, con el fin de garantizar que no haya dominio, generar competencia que baje tarifas y estimular la mejora de oferta de servicios. La norma podría forzar a las enormes compañías que lideran el negocio a realizar desinversiones.

La ley aprobada por el Senado introduce un plazo de 30 días a la Secretaría de Comunicaciones y Transporte como límite para que dé una opinión no vinculante respecto a la concesión de nuevas licencias y garantizar un acceso amplio a internet. Además, contempla diversas medidas de rendición de cuentas para los órganos reguladores y concesión de licencias a las comunidades indígenas.

En relación con la autonomía de los órganos reguladores, los senadores determinaron que los titulares del Instituto Federal de Telecomunicaciones (Ifetel) y de la Comisión Federal de Competencia Económica tendrán que presentar de forma anual un programa de trabajo y trimestralmente informes de trabajo a los poderes Legislativo y Ejecutivo. Además los futuros funcionarios deberán comparecer ante las cámaras del Congreso y se obligará a que cada órgano tenga un auditor interno, cuyo titular será nombrado por dos tercios de la Cámara alta.

En este sentido, la senadora del Partido de la Revolución Democrática (PRD, izquierda) Alejandra Barrales en entrevista a WRadio ha señalado que “se consigue así que estos organismos sean autónomos pero no soberanos”. Barrales destacó el esfuerzo para llegar a un consenso y el intenso trabajo de los últimos días. También el panista Javier Lozano, uno de los mayores críticos de esta iniciativa, en conversación telefónica con la misma emisora se ha declarado “muy contento” y calificó la reforma de “muy robusta”. La senadora del PRI, Itzel Ríos aseguró que estaba “muy satisfecha por el consenso y por haber logrado que los ciudadanos tengan derecho a la información y que los servicios puedan ser ofrecidos a un mejor precio”.

Por su parte, la presidenta de Observatel, Irene Levy, hace un balance positivo de las modificaciones introducidas por los senadores como el mayor control del legislativo y el fortalecimiento de los derechos de la audiencia. Sin embargo, critica algunos cambios: “La intervención del Ejecutivo en la elaboración de programas resta autonomía al Ifetel, porque provoca que sea el presidente de la República el que dicte estos programas”. Además, echa en falta que a la hora de medir la dominancia en televisión no se haya incluido la venta de publicidad y solo se siga teniendo en cuenta el nivel de audiencias o que no se haya regulado la propiedad cruzada para evitar la concentración mediática. Tampoco aprueba el cambio en el tiempo de espera para designar a un cargo político comisionado en estos institutos: “Antes debía pasar cinco años y ahora ha pasado a uno, con lo que el riesgo de politización es mayor”. También la experiencia en telecomunicaciones o competencia económica para acceder a estos organismos baja de 5 a 3 años. “Es como si hubiesen querido abrir la puerta a los políticos,” señala Levy, quien sin embargo desde su cuenta de Twitter ha declarado “Habemus reforma”.

En este sentido, la diputada del PRD Purificación Carpinteyro celebra el acuerdo y considera que la "Cámara tiene ahora la responsabilidad de aprobar sin demora estas modificaciones para que la reforma pueda pasar a los Estados y entrar en vigor lo antes posible", aunque reconoce que "habrá una nueva batalla a la hora de entrar en la legislación secundaria".

Salvo que suceda algo inesperado en el Congreso, el Pacto por México está por parir su segunda reforma de gran calado en menos de cinco meses.

El Senado aprueba la ambiciosa reforma a las telecomunicaciones | Internacional | EL PAÍS

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