Ficha Corrida

24/10/2016

Precisamos falar sobre diversionismo em má hora

Filed under: Caça ao Lula,Chororô,Diversionismo,Golpismo,Golpistas,Perseguição,PT,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 8:30 am
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OBScena: Henfil, nos anos 80, profetizara que Lula seria caçado pela plutocracia à serviço da cleptocracia 

henfil lula revisitadoPor que nunca me filei nem me filiarei ao PT? Porque toda crise é usada para chorar em público uma culpa judaico-cristã tão bem explicada por Freud, ao mesmo tempo em que os sado-masoquistas, ao invés de reflexão, exigem e se comprazem com a genuflexão de suas vítimas. Convenhamos, na guerra não há tempo pra soldado algum refletir. Atira primeiro e pergunta depois, é exatamente o que fazem seus inimigos. Ou ninguém notou que Lula é caçado porque não a falta de provas é a prova de sua culpa? É o homem mais rico do Brasil sem nenhum bem! De dono da Friboi a dono do Itaquerão! E tem gente que acredita porque o PT prefere, ao invés do bom combate político, fazer reflexão.

O PSDB precisou fazer autocrítica para se elevar a consideração de santo, que só recebe doações limpas? O PSDB fez autocrítica da compra da reeleição? Por acaso FHC saiu à mídia para dizer que precisa refletir sobre a funcionária da Rede Globo, Miriam Dutra, que foi escondida na Espanha e paga pela Brasif? Onde está autocrítica do PSDB a respeito do patrimonialismo da famiglia Neves de Minas Gerais? Alguém leu, para além do artigo do Mauro Chaves no Estadão, publicado a pedido de José Serra, alguma crítica do PSDB ao fato de terem sido construídos aeroportos em terras de familiares (Cláudio e Montezuma)? Cadê as investigações para clarear a vida e enriquecimento de Luciana Cardoso, Andrea Neves, Paulo Henrique Cardoso, Mônica Serra?! Alguém viu o PSDB fazer autocrítica pelo patrimonialismo desenfreado?

E o PMDB, partícipe em todos os governos, estão fazendo autocrítica para falar de José Sarney, teúdo e manteúdo da Rede Globo, a ponto de levar Roberto Marinho para a Academia Brasileira de Letras sem sequer um único livro publicado?

No RS, tanto Tarso Genro como Olívio Dutra levantaram a bandeira da autocrítica do PT. Por que não fizeram autocrítica de seus governos ao invés de terceirizarem a crítica? Por acaso o PP gaúcho, pego todinho e por inteiro na Operação Lava Jato está fazendo autocrítica por ter se lambuzado no petrolão?! Alguém leu alguma crítica da Ana Amélia Lemos ou do José Otávio Germano ao PP? Diógenes de Oliveira foi o primeiro a falar nas contas nas Ilhas Cayman. Não eram do PT, eram da RBS. Nenhuma instituição republicana se dignou a investigar. Há livros que documentam a lavagem de dinheiro nas privatizações mas não há registro de nenhuma investigação.

Onde esta turma do PT viu a Folha de São Paulo fazer autocrítica por ter participado da Ditadura, a ponto de usar um eufemismo para se referir ao período mais tenebroso da história do Brasil: Ditabranda! A Folha de São Paulo emprestava as peruas que distribuíam os jornais para que os pedaços de corpos dilacerados nas sessões de tortura, estupro, esquartejamento nas sessões do DOI-CODI fossem escondidos em valas clandestinas do Cemitério de Perus, em São Paulo. Cadê o mea culpa da Folha? E a Rede Globo, que desde 1954 é partícipe de todos os golpes? A mais atuante e beneficiária dos golpes apenas admitiu que errou, mas não pediu desculpas nem devolveu o que ganhou com os golpes que deu contra o Brasil. Pelo contrário, é a tributária do mais recente golpe. Não teria havido golpe sem a fábrica de estatuetas da Rede Globo. O que foi aquele domingo de horrores, quando a Rede Globo firmou parceira com Eduardo CUnha, transferiu uma rodada do Brasileirão para transformar a democracia numa palhaçada de facínoras? Daqui 60 anos a Rede Globo vai dizer que foi um erro mas manterá no bolso todo dinheiro que Michel Temer está derramando nos múltiplos veículos da Rede Globo e afiliadas sob o nome de marketing. O que o PT fez para denunciar o papel golpista da Rede Globo? Não só não fez nada como homenagearam o pai dos golpes.

O maior erro do PT foi acreditar que as instituições fossem republicanas. O PT não precisa fazer autocrítica. Precisa é se perguntar porque Paulo Salim Maluf nunca foi condenado no Brasil. Por que José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero, João Havelange são consideradas, no Brasil, pessoas de bem, mas não podem sair do Brasil sob pena de não voltarem pra casa? Por que no Brasil lavar dinheiro no CARF, em Liechtenstein, Panamá, Portocred, HSBC ou na puta que o pariu não dá nenhum tipo criminalização? No Brasil das instituições que funcionam, o favelado com um tijolo de maconha é preso por crime inafiançável mas o dono do heliPÓptero com 450 kg de cocaína não só não é investigado como ainda vira ministro!

Autocrítica, neste momento, é jogar gasolina na fogueira dos golpistas.É tudo o que Rede Globo e sua manada de midiotas amestrados precisam para justificarem o injustificável. Um golpe contra uma presidenta honesta que está jogando o país no caos e tirando do vermelho os velhos grupos de mídia.

Precisamos falar sobre o PT

Em artigo sobre o momento atual do Partido dos Trabalhadores, Antonio Carlos Granado, Antonio Lassance, Geraldo Accioly, Jefferson Goulart, José Machado e Ronaldo Coutinho Garcia defendem a autocrítica e também que "um partido em que se faz política por vocação, e não por profissão"; segundo eles, é preciso compor "uma frente de oposição ao governo Temer, que se oponha ao entreguismo, ao reacionarismo e faça a defesa dos trabalhadores, dos excluídos e dos interesses nacionais"; leia a íntegra

23 de Outubro de 2016 às 16:31 // Receba o 247 no Telegram

Por Antonio Carlos Granado, Antonio Lassance, Geraldo Accioly, Jefferson Goulart, José Machado e Ronaldo Coutinho Garcia

O partido que enfrentou a ditadura, que contribuiu para a redemocratização do país, que batalhou incansavelmente pela consagração de inúmeros direitos sociais, que garantiu a mais drástica e acelerada redução da desigualdade já vista em nossa história, esse partido está na lona. Caiu, em parte, pela perseguição implacável a que foi submetido, em função de golpes desferidos contra muitas de suas lideranças mais destacadas, contra sua organização e contra sua militância. Mas despencou, em grande medida, pelo peso de muitos de seus erros, por ter baixado a guarda em alguns dos atributos que faziam parte de sua própria identidade e da lógica de sua diferença.

As eleições de 2016 são o desfecho de uma ofensiva da direita que tem, como um de seus alvos prioritários, trucidar um instrumento essencial de luta da classe trabalhadora, da democracia e da inclusão social. É nítido e claro que o PT não está sendo investigado. Está sendo cassado. A absurda diferença de tratamento entre o que acontece com algumas lideranças do PT, porque são do PT, e o que não acontece em relação a políticos de outros partidos demonstra que, mais uma vez, como em outras tantas circunstâncias históricas, sob o discurso do combate à corrupção, o que se pavimenta é um combate sem tréguas à esquerda como um todo para a entrega do país ao que há de mais retrógrado e mais corrupto.

A derrota acachapante da esquerda nas eleições de 2016 – salvo raras e muito honrosas exceções – mostra bem o tipo de país que está sendo costurado meticulosamente pelas forças da coalizão golpista.

O partido precisa se reinventar, urgentemente

Para o bem e para o mal, uma parte do PT já não existe mais. Foi dizimada pelo escândalo do Mensalão, pela Lava Jato, pela debandada de prefeitos e parlamentares, pelo golpe parlamentar que destituiu a presidenta eleita e, agora, pelas eleições municipais. É preciso um novo PT, urgentemente, ou não restará PT algum. Ao lado da defesa intransigente do Estado democrático de Direito, é preciso fazer uma autocrítica pública como primeiro passo para recuperar a autoridade moral e a credibilidade política de um partido que foi fundado sob os signos da igualdade e da renovação dos costumes políticos. É preciso, imediatamente, renovar a direção partidária, e renová-la sob novas bases. Além de eleger um novo presidente e diretório, o PT precisa reconstruir seu programa, redefinir sua organização e revigorar suas práticas. O PT precisa se reinventar com a mesma radicalidade com que um dia ousou disputar os rumos do país sob o impulso dos trabalhadores e excluídos.

Atualizar o programa democrático e popular

O PT precisa reatar sua vocação de partido dos trabalhadores, dos assalariados, dos que estão fora do mercado de trabalho, dos pequenos e médios agricultores e empresários; dos sem-terra; dos jovens; dos que lutam por moradia, dos que batalham pela afirmação de sua identidade, dos que querem exercer livremente sua orientação sexual, dos que lutam por dignidade e por direitos de cidadania. O programa do partido deve ser fundamentalmente orientado aos trabalhadores, excluídos e oprimidos, com uma orientação inequivocamente democrática, humanista, igualitária, libertária.

O PT não é mais, nem que quisesse, o partido capaz de firmar o pacto social entre as elites e o povo. A começar porque a elite deste país não quer pacto. Não quer pagar a conta, senão transferi-la justamente para os mais pobres e a classe média, que são os que sustentam o Estado brasileiro e as isenções fiscais e benesses de que os mais ricos desfrutam. A ponte para o futuro de uma parte expressiva da elite brasileira é um “green card” nos Estados Unidos e uma conta nas Ilhas Cayman.

O desenvolvimento de um país é diretamente proporcional à qualidade de sua democracia. Por sua vez, democracia significa o quanto a representação e a atuação do Estado atendem aos interesses da maioria e a uma pluralidade de pessoas e opiniões com voz e vez nos processos de decisão política. Um programa democrático e popular se distingue por propor mecanismos claros de alargamento da democracia e de fortalecimento da capacidade de atuação do Estado. Distingue-se também pelo combate sem tréguas aos grupos políticos e econômicos predatórios que, recorrentemente, dominam o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e que engendram instituições perversas, que proporcionam ganhos restritos a uma ínfima parcela da sociedade, impondo custos sociais elevados à esmagadora maioria do povo brasileiro.

Redefinir o modelo de partido

Transparência, prestação de contas e democracia participativa

Convenhamos, o partido que defende a transparência, a prestação de contas e a democracia participativa não é transparente, não presta contas a seus militantes e deixou sua democracia participativa em algum lugar do passado. O PT trocou seus antigos espaços de participação, seu debate formativo e sua discussão programática por Processos de Eleição Direta (PEDs), pela prioridade eleitoral e por alianças com a política tradicional.

O PT precisa prestar contas; realizar seu próprio orçamento participativo; estabelecer regras claras de contratação de funcionários e de empresas prestadoras de serviço, mediante chamadas públicas; expor seu planejamento e planos de trabalho a audiências públicas com participação presencial e pela internet. Precisa criar sua ouvidoria, que consta do estatuto, mas jamais saiu do papel.

O PT deve se abrir e se expor mais do que nunca para que não restem dúvidas sobre seus métodos, seus critérios, suas decisões, seus recursos, sua capacidade de escutar sua militância e seus simpatizantes e de estar profundamente enraizado na sociedade civil.

Política por vocação

O PT deve se afirmar como um partido em que se faz política por vocação, e não por profissão. Os eleitos devem se comportar como servidores públicos conscientes de seu papel e de suas responsabilidades republicanas. Devem se mostrar sujeitos ao escrutínio não apenas da máquina partidária, mas de seus eleitores e das organizações populares. Devem abrir suas contas, expor suas agendas e saber demarcar nitidamente a fronteira entre o público e o privado.

O PT, definitivamente, não é lugar para políticos tradicionais. Política não é carreira e político não é profissão. Não é? Bem, não deveria ser, pelo menos no PT. Se algo está errado, precisa mudar.

O PT deve abolir os PEDs, voltar a ser um partido de encontros, congressos e, agora, de redes sociais

O PT deve ser um partido conhecido e reconhecido por discussões de base e eleição de delegados e representantes por bairros e por coletivos temáticos ou identitários (trabalhadores de diferentes categorias e estratos, juventude, cultura, esporte, mulheres, LGBT, rurais, deficientes, transportes, educação, saúde, assistência, governança e gestão públicas, meio ambiente, moradia, segurança pública, igualdade racial), com limites e controles rígidos para evitar sua burocratização e as práticas próprias da política tradicional.

As direções partidárias devem ser expressão de uma militância e de um debate sobre políticas públicas, e não da aferição de quem consegue arregimentar e transportar o maior número de filiados. As novas direções devem expressar o pluralismo de nossa sociedade e o debate que por lá fervilha. Um partido incapaz de se nutrir da energia social acaba inevitavelmente apartado da sociedade civil e de suas lutas.

Deve-se igualmente criar novos mecanismos de participação e consulta que facilitem a interação virtual e a intervenção nas redes sociais. O PT precisa ser um partido com freios, contrapesos e  controle social.

Oposição firme e consistente ao governo Temer e reconfiguração da política de alianças

A sociedade deu um recado claro em 2016: está insatisfeita com os partidos, rechaça a política tradicional e quer o PT na oposição. O arco de alianças do PT deve ser firmado, de forma clara, com a orientação de conformar uma frente de oposição ao governo Temer, que se oponha ao entreguismo, ao reacionarismo e faça a defesa dos trabalhadores, dos excluídos e dos interesses nacionais.

O PT deveria, terminantemente, rechaçar coligações eleitorais e composições em governos com os partidos que apoiaram o golpe e que integram a base oficial ou eventual do governo Temer. Embora os partidos políticos não sejam monolíticos e possuam clivagens políticas e regionais importantes – veja-se os casos dos senadores Roberto Requião, do PMDB, e Lídice da Mata, PSB, assim como de parlamentares federais da Rede, que perfilaram contra o golpe –, é fundamental que o PT contribua para o debate político delimitando claramente seu campo político-ideológico e programático de esquerda.

Diálogos e mesmo acordos em uma ampla frente social e parlamentar em defesa de direitos sociais, que hoje estão ameaçados, são essenciais, mas não se confundem com o arco de alianças eleitorais e de prioridade na interlocução sobre um programa para o país. Esta prioridade deve estar na relação do PT com o PCdoB, o PDT e com o PSOL. No caso do PDT, pelo menos enquanto ainda restar ali algum brizolismo – ou seja, nacionalismo, trabalhismo e defesa do serviço público. No caso do PSOL, mesmo que ainda haja reticências, plenamente compreensíveis, de uma aproximação com o PT, é preciso tomar a iniciativa do gesto pelo reatamento de laços.

As grandes batalhas perdidas no Congresso e no Judiciário foram, antes, perdidas nas ruas. O desgaste do partido é crítico, mas a decepção generalizada com a política enquanto instrumento de mudança social é grave. Retomar a confiança social na política e na democracia requer persuasão, interlocução com amplos setores da sociedade e um longo trabalho de base. O cerne dessa tarefa implica em consolidar a Frente Brasil Popular e estreitar o diálogo com as novas frentes de luta que surgem pelo país, com grande vitalidade, como o Povo Sem Medo e o Levante da Juventude. Lá se forjam ideias, estratégias de luta e uma nova geração de militantes sociais que deve tomar conta das ruas e desaguar com maior força na política nacional. Ao PT e aos demais partidos de esquerda cabe não apenas torcer para que isso aconteça, mas orientar-se programática e organizativamente nesse sentido. Movimentos sociais fortes e organizações e partidos políticos fortes não são incompatíveis; antes, são um imperativo da democracia.

Em suma, o PT precisa assimilar que, doravante, a luta política requer a conformação de uma frente ampla que congregue partidos políticos, organizações e movimentos da sociedade civil e inclusive cidadãos em torno de bandeiras democráticas e sociais.

Um projeto estratégico para o Brasil

Para além de um reordenamento organizativo e de uma reorientação política, para completar o desafio de se reinventar, o PT precisa investir decisivamente na reformulação de um projeto estratégico para o Brasil. A experiência de governo com medidas desenvolvimentistas e as políticas públicas de inclusão social conformaram um patrimônio valioso, mas rigorosamente insuficiente em um cenário econômico de primazia e internacionalização do capital financeiro, de dependência do boom das commodities, de declínio mundial do Estado do bem-estar e de diminuição do emprego como forma de integração social.

Um partido vocacionado para o poder não pode ignorar agenda tão complexa, que ainda abarca as mutações do sistema político, o peso e o lugar de instituições como o Ministério Público e o Judiciário, o papel da mídia e das novas ferramentas de informação e comunicação, a importância da ciência e da tecnologia, da pesquisa e desenvolvimento, do pensamento estratégico e de segurança nacional, da preservação e manejo de recursos naturais estratégicos, dentre outros. Um partido vocacionado para o poder precisa se dispor a compreender as transformações em curso para oferecer sua interpretação, suas ideias e seu programa para o país.

Desafio dessa envergadura remete à necessidade de reunir o melhor da intelligentsia nacional e internacional e dialogar com muitas outras instituições e segmentos que se debruçam sobre essa agenda na perspectiva de disputar intelectualmente os rumos do país. Uma das principais lições a aprender da crise pela qual passamos é que passou o tempo de responder a dilemas estratégicos com respostas táticas de curto prazo.

Fortalecer os laços com os movimentos, organizações, partidos e governos progressistas de outros países

A troca de experiências, as estratégias comuns de atuação e a conformação de um programa internacional de lutas em temas como a taxação internacional de transações financeiras, o combate aos paraísos fiscais, a reforma das organizações multilaterais, a internacionalização dos direitos básicos dos trabalhadores, a universalização das políticas de distribuição de renda, a solidariedade às vítimas de desrespeito aos direitos humanos devem voltar a ser uma agenda de trabalho prioritária do PT. Não existe saída nacional sem articulação global das lutas sociais com a reforma das instituições governamentais e econômicas.

A uma direita transnacional e antinacional se deve contrapor uma atuação internacional com pautas unificadas e ação combinada, sobretudo no campo programático, formativo e da comunicação.

Agora é a hora, ou “PT, saudações”

O PT vive um momento crucial. Boa parte das mudanças necessárias são certamente viáveis justamente porque a própria conjuntura se encarregou de torná-las não apenas as melhores, mas, em alguns casos, as únicas opções possíveis.

O PT beijou a lona, desceu ao chão. Antes que uma parte ainda mais expressiva de seus simpatizantes e de sua militância lhe deseje “PT, saudações”, é hora de se colocar de pé, levantar a poeira e voltar a caminhar de cabeça erguida. Mas este não é um exercício que demande apenas vontade política. Exige resgatar o caráter civilizatório de seu ideário e a ousadia e a dignidade que marcaram historicamente a trajetória das esquerdas.

Precisamos falar sobre o PT | Brasil 24/7

07/09/2016

#Fora Temer

Filed under: Fora Temer — Gilmar Crestani @ 8:41 am
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15/06/2016

Golpe engrandece Dilma e diminui Rede Globo

Quem, antes do golpe, tinha dúvidas a respeito do verdadeiro caráter da Rede Globo hoje não pode ter mais. Já não se precisa de exames laboratoriais para sabermos que o golpismo está no DNA da Globo. Se isso já seria suficiente para pessoas honestas e de caráter para repudiar o maior grupo de comunicação, ainda não é tudo. Temos de verificar quem faz parte da manada coercitada para se ter uma ideia mais aproximada do nível da trupe. Comecemos por quem sempre esteve pari passu com a Rede Globo. A mudança de cores nas notícias é por demais evidentes. A crise já não culpa da Dilma, nem do Temer, é da conjuntura internacional. Os problemas já não são criados pelo governo, são apenas eventos da natureza… Mas vejamos uma pequena amostra dos ventríloquos da Rede Globo no golpe.

Gilmar Mendes. Deve-se a ele a blindagem ao decadelatado, Aécio Neves, e o apadrinhamento de José “tarja preta” Serra para as Relações Exteriores, com acordo foi sacramentado num almoço devidamente registrado.

Michel Temer. Apresentou suas credenciais com uma frase que se não é um ato falho, é de uma desfaçatez sem precedentes: “sei tratar com bandidos”. A afirmação passou a fazer ainda mais sentido quando vieram à luz as gravações do Sérgio Machado, mostrando quem eram os bandidos a quem ele se aliara.

Eliseu Rima Rica – colocado no governo Dilma pelo então vice-presidente decorativo com a mesma intenção com que articulara a eleição do Eduardo CUnha para a presidência da Câmara, é também uma indicação apadrinhada pela RBS, parceria da Rede Globo nas lavagens e sonegações, com grande interesse em terminar com o combate à corrupção. Mas não só. Devido à excitação com que deixou os manifestantes do Parcão de Porto Alegre, a RBS ganhou o direito de indicar o Presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Não se duvide também do dedinho da Ana Amélia Lemos, do PP gaúcho, aquele partido pego todinho e por inteiro na Lava Jato.

Eduardo CUnha – nestas horas já dispensa apresentações. É o personagem símbolo do “Somos Todos CUnha” finaCIAdos pelos patinhos da FIESP. De herói dos golpistas à degolado pelos próprios pares, goza de uma sobrevida devido à omissão do STF, que prendeu Delcídio mas deixou CUnha dar o Golpe. O mistério maior em relação ao CUnha diz respeito à imunidade alcançada pela esposa e filha. Aliás, a mesma inimputabilidade da Andrea Neves.Claro, elas não se chamam Marice Lima.

E, por fim, ficamos sabendo que o ódio de classe desta turma e seus midiotas à Dilma e a caça ao grande molusco tem muito motivos. Nenhum deles honestos. Houve um golpe da plutocracia para instalar a cleptocracia.

Há delações em relação à Sarney & FHC, mas a bala de prata é Lula. Caçar Lula dá o mesmo prazer que caçar javali ou raposa aos reis de antigamente. É só um esporte.

Mas o tempo é senhor da razão.

Ainda há juízes em Berlim.

Fuga de protestos: Globo paga estúdio de 3 andares e Temer convida Dilma

Fuga de protestos: Globo paga estúdio de 3 andares e Temer convida Dilma

ter, 14/06/2016 – 18:06 – Atualizado em 14/06/2016 – 18:06

Jornal GGN – Tanto a grande imprensa, quanto o presidente interino Michel Temer estão preocupados com as manifestações contrárias tornarem-se pauta internacional nas Olimpíadas 2016. Enquanto que, para fugir do possível constrangimento de reações populares, a Globo constrói estúdio de três andares, o peemedebista já anunciou que não se opõe à presença da presidente afastada Dilma Rousseff na abertura do evento.

O Uol publicou: as árvores ao redor do estúdio panorâmico de 500 metros quadrados foram pensadas para não deixar sombras nos programas da TV, mas os três andares, "acima do nível da rua", foram mesmo planejados "para evitar protestos".

A reportagem foi além. Disse que a obra em pleno Parque Olímpico da Barra da Tijuca, onde ocorrerão os principais eventos esportivos neste segundo semestre, "é uma das principais apostas da emissora para a cobertura da competição e funciona como demonstração de poder da empresa de mídia na Rio-2016".

Além da visão panorâmica, o segundo e terceiro andar são a blindagem da emissora para as transmissões ao vivo não sofrerem, ou pelo menos não divulgarem, as manifestações da Globo e da SporTV. "Havia um temor de que transeuntes fizessem manifestações ou mostrassem cartazes atrás do vidro", publicou o Uol.

Do lado do Planalto interino, o atual presidente também mostra receios de sofrer o mesmo que ocorreu com a presidente Dilma Rousseff, nos jogos da Copa do Mundo de 2014. Apesar de não associar com as vaias da grande plateia brasileira nas partidas e competições – e sob as câmeras do mundo, Temer deu as boas vindas à presença de Dilma logo na abertura do evento. Afirmou que não é contra a presidente afastada aparecer na cerimônia.

"Para mim, tanto faz. Não tenho objeção. evidente que não tenho", apenas afirmou, em rápida entrevista com o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o Comitê Organizador Rio-2016.

Também disse não se importa nem um pouco que a Olimpíada (e os olhos de todo o mundo) ocorra no mesmo momento da votação final do impeachment no Senado. "Não me preocupa nem minimamente", disse, emendando, em tentativa de melhorar: "O Brasil não vive para quem os dirige, vive para seu povo. Em nome do povo é que estamos trabalhando".

Fuga de protestos: Globo paga estúdio de 3 andares e Temer convida Dilma | GGN

15/04/2016

PSB – Partido do Safo Beto

Beto Albuquerque1

A ascensão de Beto Albuquerque coincide com dois fatos: a queda do avião com Eduardo Campos, e convite do Itaú para ser vice da Marina.

O avião caiu mas a jaButicaba subiu.

Vice-Decorativo da Marina Silva, ventríloqua do Banco Itaú, Beto Albuquerque parece ter sido picado por algum tipo de inseto que o deixa com a cabeça nas nuvens.

Beto AlbuquerqueAgora chega a notícia de que o PSB, mais precisamente, seu dirigentes, estão nas mãos do capitão-de-mato da Rede Globo no Congresso, Eduardo CUnha, fica mais claro porque apagou seus twittes. Beto Albuquerque tem queda por Eduardos…

Era seu seguidor no Twitter. Quando das manobras do Eduardo Cunha, Beto postou que estava discutindo juros numa quermesse não lembro onde. No dia 19/03/2016, postei pra ele, “o golpismo pegando fogo e o fedelho brincando de ciranda cirandinha”. Ele respondeu qualquer coisa contra os juros altos no governo Dilma. Postei outros twittes, reproduzidos aqui, no dia 20/03/2016.

Mas, vejo hoje, que ele apagou todos os twittes. Por que ele teria apagado seus twittes? Ora, só pode ser culpa no cartório. Resolveu apagar as pistas que levam aos seus trinta dinheiros.

Sei que nem todos do PSB são traíras, mas Beto Albuquerque, é. Já tenho até trilha sonora pra próxima campanha do Beto Albuquerque, que vai ser o maior sucesso em Passo Fundo, Na Lama:

Pelo curto tempo que você sumiu
Nota-se aparentemente que você subiu
Mas o que eu soube a seu respeito
Me entristeceu, ouvi dizer
Que pra subir você desceu
Você desceu

Eu, que já fiz campanha por ele, junto com um amigo comum (hoje professor da UPF), quando foi candidato a deputado estadual, não importa o que ele venha a se candidatar neste estado, seja na política no condomínio ou no Internacional, estarei sempre na trincheira adversária, por uma questão de caráter, FAZENDO CAMPANHA CONTRA.

Temer articula dois ministérios para o PSB

Em troca de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff, o vice Michel Temer sinalizou ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, que o partido terá dois ministérios; estão cotados para ministros o ex-deputado Beto Albuquerque e o ex-governador do Espírito Santo Renato Casagrande; se aprovado a processo na Câmara, na segunda-feira começaria a se formar a futura base aliada de Temer, de acordo com aliados

15 de Abril de 2016 às 06:55

247 – Em troca de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff, o vice Michel Temer sinalizou ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, que o partido terá dois ministérios. Estão cotados para ministros o ex-deputado Beto Albuquerque e o ex-governador do Espírito Santo Renato Casagrande, segundo reportagem de Junia Gama, do Globo.

O peemedebista já sinalizou outros nomes para seu possível governo como José Serra e Armínio Fraga, além de dirigentes do DEM.

Aprovado a processo na Câmara, na segunda-feira começaria a se formar a futura base aliada de Temer, de acordo com aliados.

Temer articula dois ministérios para o PSB | Brasil 24/7

15/12/2014

Petrobrás vira botim de guerra

Pre-sal (2)Os mercenários, dos gregos às cruzadas, passando pelos romanos e mongóis, todos lutavam pelo botim de guerra. Depois da Segunda Guerra, todas as guerras, revoluções, golpes, massacres tem como principal motivo a luta pela posse da maior fonte de energia, o PETRÓLEO.

Só para ficar no presente, veja-se o que aconteceu na Guerra Irã-Iraque, quando os EUA ficaram do lado de Saddam Hussein. A Líbia de Kadafi, o Egito de Mubarak, o Iraque, Síria, Ucrânia, Venezuela. Tudo tem a ver com o fornecimento de energia, notadamente o petróleo e seus derivados.

A Petrobrás encontra resistência desde sua criação. Fez-se necessário criar a campanha “O Petróleo é Nosso”. E sempre encontrou resistência dos EUA e, internamente, pelos filos americanos. Tanto que o melhor amigo do Bush, FHC, tentou transforma-la em Petrobrax. Durante o segundo turno de Lula e José Serra, FHC encontrou-se, em Foz do Iguaçu, com representante da Chevrou e prometeu, caso Serra vencesse, a Petrobrás.

A descoberta do Pré-sal foi vista com algo ruim por todos os que querem se desfazer das riquezas nacionais. O Brasil, com os amigos de sempre finanCIAdos pelo orçamento mais secreto do mundo, os velhos Grupos MafioMidiáticos são os primeiros a atacarem a Petrobrás para desvaloriza-la e assim ser entregue de mão-beijada.

Os gaúchos temos um exemplo relativamente recente. Dia e noite o governo do Estado sucateava a CRT e a RBS atacava a empresa, não o sucateamento. Antonio Britto, o sempre amigo da RBS, fez a entrega um leilão simbólico e a entregou à RBS. Se pagássemos à CRT os preços que pagamos hoje à Telefônica, Oi, Tim, Claro, teríamos serviços muito melhores.

Na Itália, com a criação da ENI, as mesmas petrolíferas (Le sette sorelle) que hoje sobrevoam a Petrobrás, fizeram com que o avião em que viajava Enrico Mattei explodisse no ar. 

Globo amplia pressão para abrir o pré-sal a gringos

Um dia depois de defender, em editorial, que empresas internacionais, como Shell, BP, Exxon e Chevron, assumissem a liderança da exploração das reservas brasileiras de petróleo no pré-sal, o jornal O Globo agora produz reportagem sobre a mudança iminente nas regras, em razão dos problemas vividos pela Petrobras; "essa reflexão vai acontecer", disse, em off, uma suposta fonte governamental ao governo; não se sabe ainda nem quem será o novo ministro de Minas e Energia, mas o Globo já vende a tese de que o segundo governo Dilma adotará o programa de Aécio Neves no petróleo

Brasil 24/7

A incrível resistência da Petrobrás

14 de dezembro de 2014 | 16:04 Autor: Miguel do Rosário

Na última sexta-feira, a Petrobrás divulgou um balanço provisório.

O definitivo foi adiado para janeiro, para aguardar os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Mas os dados mais importantes já foram postos na mesa.

Apesar de todos os ataques, externos e internos, da cobiça dos corruptos e corruptores, do oportunismo dos especuladores, da gana privatista da mídia, a Petrobrás resiste.

O faturamento continua crescendo. A produção de petróleo continua crescendo. O refino continua crescendo. A construção de sondas, plataformas e navios continua avançando.

Quando o assunto é produção, refino e distribuição de petróleo e derivados, e exploração em águas ultra-profundas, a Petrobrás continua nota 10.

E agora passa por um doloroso mas importante processo de expurgo interno, que deverá resultar numa empresa mais transparente, mais sólida e mais forte, com padrões corporativos que servirão de modelo para o setor mundial de petróleo.

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O faturamento da Petrobrás totalizou R$ 252 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, alta de 13% sobre o período anterior.

O caixa da empresa cresceu 59%, para R$ 62,4 bilhões, mostrando a prudência da estatal, já preparando-se para eventuais tempos difíceis no futuro.

A produção de petróleo e gás também aumentou, atingindo níveis recordes, de 2,62 milhões barris por dia em Jan/Set 2014, alta de 3% sobre igual período do ano anterior.

A Petrobrás, que nasceu como fruto da luta de trabalhadores, estudantes e intelectuais progressistas, contra aqueles que não queriam a independência energética do país, aos poucos vai superando todos os obstáculos, e se afirmando como um dos principais esteios da nossa soberania.

O aumento da produção de petróleo e do refino já se reflete em queda nas importações e melhora na balança comercial.

A crise na estatal, vítima hoje de um violento ataque especulativo, terá um fim.

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A incrível resistência da Petrobrás | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

09/11/2014

Joaquim Barbosa, em vídeo memorável: “foi feito pra isso, sim”

Filed under: Ação 470,Assas JB Corp,Claus Roxin,Henrique Pizzolato,Joaquim Barbosa — Gilmar Crestani @ 8:32 am
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Chicanas? Foi feito pra isso, sim !

Se fosse um julgamento sério, JB teria sido preso no momento desta fala. Outra que ficou nos anais da história do mundo jurídico foi Rosa Weber. Ao se flagrada sem provas, proferiu a sentença definitiva de sua ignorância e má intenção: a literatura jurídica me permite

Pior foi desencavar na Alemanha uma tese chamada “Domínio do Fato” e o autor, Claus Roxin, ter de vir a público desmentir o uso da sua teoria. Tudo por ódio a Lula. Tanto é que até hoje os golpistas não atacam Dilma, atacam Lula. Por puro ódio de classe. Vê se tem moral alguém que pede a volta da ditadura acusar Lula de qualquer coisa que seja?!

Entrevista. Henrique Pizzolato

Ex-diretor cuja extradição foi negada busca documentos italianos que tem direito por ter dupla cidadania

‘A política sempre foi suja’

Andrea Bonatti e Jamil Chade

08 Novembro 2014 | 16h 23

Pizzolato ao deixar a prisão na Itália, nessa terça-feira, 28

Itália- Henrique Pizzolato reapareceu em público neste sábado, 8, ao ir à delegacia de La Spezia buscar documentos apreendidos em fevereiro. Desde que teve a extradição negada pela Itália no mês passado, sob alegação de que o Brasil não oferece condições de segurança para o cumprimento da pena de 12 anos e 7 meses a que ele foi condenado no julgamento do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil tem os mesmos direitos de um italiano livre.

Pizzolato responde em liberdade por falsidade ideológica – ao ser abordado na casa de um sobrinho em Maranello, quatro meses após fugir do Brasil, o ex-diretor mostrou um passaporte em nome do irmão, morto há mais de três décadas. A Polícia Federal brasileira também o indiciou por falsidade.

La Spezia foi o primeiro refúgio do ex-diretor na Itália. Depois de esperar o horário de almoço dos carabinieri, recuperou seus documentos. Diante do prédio, Pizzolato disse que não falaria com jornalistas brasileiros. O repórter o informou que estava a serviço do Estado. Por 30 minutos, Pizzolato reiterou sua inocência e disse que o mensalão foi "criado" para minar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A política é suja."

Estado -  O sr. viveu um momento duro?

Pizzolato: Não. Na verdade, vivi melhor que no tempo que estava no Brasil. No Brasil, eu não poderia sair do meu apartamento. As pessoas me agrediam, me molestavam. As pessoas, quando eu passava pela calçada, me agrediam.

Estado – Hoje, o sr. é livre.

Pizzolato: Sempre fui um homem livre. Não fiz mal algum. Temos todas as provas no processo. Não foi um processo pela Justiça. A política é suja e sempre foi assim. Isso é triste. Eles acham que podem fazer o que querem com as pessoas. Não se pode prender uma pessoa, destruir uma família para ter mais poder.

Estado – O sr. se sente uma vítima?

Pizzolato: Da má Justiça do Brasil. A liberdade de imprensa não se pode confundir com a liberdade de calúnia. Depois, com isso, fizeram um processo. Antes de o processo começar, a imprensa já tinha me condenado. E não era algo simples. Me lincharam em praça pública ao ponto de que eu não poderia me mover. Minha família estava sendo molestada. Não leram os documentos. A Folha, O Estadão, a Globo. Todos tinham os recibos do processo. Uma auditoria foi realizada e tudo foi usada em marketing. Não era um banco pequeno. Era o maior da América Latina e com todos os controles. Eu não tinha autonomia para mover um centavo. Tudo era feito com computadores. Mas fizeram uma história. Todas as contas foram aprovadas e não por uma pessoa ou duas. Mas pela auditoria interna, externa, o tribunal de contas, a Bolsa de Valores e ainda com ações em Nova Iorque. Ninguém encontrou que faltava algo.

Estado – O Mensalão então não existe?

Pizzolato: Com o dinheiro do Banco do Brasil não faltou um só centavo. Era impossível que alguém pegasse o dinheiro. Trabalharam com a fantasia popular. Era como se alguém pudesse sair de um banco com uma mala de dinheiro. Os bancos não trabalham mais assim. Agora, para cobrir a outras pessoas, fizeram uma história para fazer oposição. Se você quer fazer política, faça com propostas. Me crucificaram.

Estado – De quem então é a responsabilidade?

Pizzolato: Da oposição. O que eles queriam? Tomar o poder. Não estavam satisfeitos que um trabalhador, como Lula, estivesse no poder. Há 500 anos o comando do Brasil mudava de mãos entre as elites. Agora, viram chegar à Lula.

Estado – Alguns dizem que o Brasil apresentou documentos fracos justamente para evitar sua extradição.

Pizzolato: Eu não sei. O problema no Brasil é que o processo está errado.

Estado – O sr. temia por sua vida nas prisões brasileiras?

Pizzolato: Todos dizem isso. A ONU diz isso e até os ministros. A entidade Conectas e a Anistia também defendem isso. As prisões são medievais. As pessoas são tratados como animais.

Estado – Do que o sr. vive hoje na Itália?

Pizzolato: Eu sou aposentado. Trabalhei mais de 30 anos. Sempre tive uma previdência privada. Desde o primeiro dia que trabalhei, paguei minha pensão. Há 20 anos eu já vinha na Itália para falar sobre a previdência, na Holanda, na Suíça. Por 32 anos paguei minha pensão

Estado – O que o sr. pensou ao saber que Dilma Rousseff tinha sido reeleita?

Pizzolato: Eu não estava sabendo. Eu não poderia seguir a eleição. Eu não assistia muito à televisão. Eu sabia que estávamos na época de eleição. Mas não sabia o dia. O Brasil, de pouco à pouco, andará adiante.

Estado – Como ocorreu sua fuga? Cruzando a fronteira?

Pizzolato: Ali tudo foi uma fantasia. As pessoas precisam da fantasia. Talvez, um dia, uma parte da imprensa vai entender que a calúnia não faz parte da liberdade de imprensa. A imprensa precisa trazer informações, e não ficção. Se alguém quer fazer um romance, avise que é um autor de ficção. Eu sou feliz, realizado. Não perco uma noite só de sono. Eu sabia que era inocente. Tínhamos todos os documentos. Mas eu não achava que se poderia tomar uma decisão sem documentos. Primeiro, fizeram a historia e depois colocaram os personagens. Em 2007, o juiz (Joaquim Barbosa) disse para a imprensa que ele fazia a história primeiro para que as pessoas entendessem. Existem 3 mil páginas de recibos originais. Está tudo ali. Mas, se você é fraco, te metem ali. Leia Kafka. E como você faz?

Estado – Mas por que o sr. fugiu?

Pizzolato: Para me salvar.

Estado – Mas como isso ocorreu de forma concreta?

Pizzolato: Como fizeram os italianos para fugir dos nazistas? Era a guerra. Era a sobrevivência. Eu não prejudiquei ninguém. Eu encontrei uma maneira de proteger a minha vida. Jamais trairei o princípio que meu pai e meu avô me ensinaram. A Justiça tarda, mas vem. A todos que me atacaram, a Justiça se fará sentir. Talvez não no tempo que eu queira. Mas a história escreverá (a Justiça). Não tenho vocação de ser herói. Mas apenas de fazer Justiça. Sempre estive ao lado dos mais fracos.

12/04/2014

Comi$$ão Paralamentar Inquérito

 

A hipocrisia das CPIs e do uso político dos escândalos

sab, 12/04/2014 – 11:26 – Atualizado em 12/04/2014 – 12:55

Luis Nassif

Provavelmente nenhuma das CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) anunciadas levará a nada, por uma singela razão: todas elas entram no coração do modelo de financiamento privado de campanha do país, o mesmo que elegeu a maioria dos parlamentares e governadores.

Os personagens são os mesmos que fornecem para a Petrobras, para o Metrô de São Paulo, para a Cemig de Minas, para o porto de Suape, em Pernambuco.

A CPI de Cachoeira acabou quando bateu nas relações Veja-Cachoeira e quando o diretor da empreiteira Delta ameaçou abrir suas listas. Em dois segundos, a CPI virou fumaça, abortada tanto pela oposição quanto pelo PT.

A CPI do Banestado teve o mesmo destino quando encontrou contas externas de grupos relevantes. A dos Precatórios terminou em pizza, pois envolvia quase todos os partidos. E só avançou parcialmente pelo desejo de alguns integrantes em atingir adversários políticos.

Agora mesmo, se o doleiro Alberto Yousseff abrir suas contas e soltar sua língua, não sobra um partido inteiro no país. Daqui a pouco estará livre, leve e solto como Carlinhos Cachoeira, o bicheiro que, em parceria com Veja, ameaçou a República e transformou uma figura apagada – o ex-senador Demóstenes Torres – no catão mais temido do país.

***

Esse modelo torto criou uma cadeia improdutiva da denúncia que visa tudo, beneficia a muitos, menos à moralidade pública. É de uma hipocrisia acachapante e oportunista.

Grandes grupos jornalísticos ou o jornalismo de Internet têm à  sua disposição escândalos a granel, verdadeiros ou falsos, que são escolhidos como em gôndolas de supermercados. Quer atingir alguém, um grupo político adversário, uma empresa recalcitrante? Vá até a gôndola e escolha o que quiser. Se não houver grandes escândalos, basta dar um tratamento escandaloso a um pequeno problema e imediatamente se abaterá sobre a empresa ou o político a mancha da suspeita.

Confira-se o que foi o aumento das verbas publicitárias da Serasa, quando alvo de uma CPI.

Basta um relatório inconclusivo de Tribunal de Contas, uma manchete de jornal, um procurador pautado pela mídia para atingir o mais probo dos políticos ou administradores. Ou dobrar a mais recalcitrantes das empresas. É um poder sem limites.

Por aqui, uma revista é desmascarada em jogadas políticas e comerciais com uma organização criminosa e nada ocorre. O Congresso se apequena, o Ministério Público tergiversa, o Ministério da Justiça se cala. O STF acaba com o direito de resposta, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) monta um grupo para garantir a total liberdade dos grupos de mídia. E esquece-se das vítimas porque as vítimas, ah, deixe por conta da defensoria pública.

Na Inglaterra, por muito menos, conservadores, liberais e trabalhistas, polícia e Judiciário se uniram para colocar no pelourinho o mais poderoso magnata da mídia da atualidade, Rupert Murdock.

Resistir, quem há de? É uma mixórdia que beneficia os picaretas, por ficarem na companhia de inocentes; e estigmatiza para toda a vida os sérios.

***

Qualquer fato – verdadeiro ou falso – é empunhado contra o adversário político ou contra a empresa não colaborativa. E tudo é aceito porque o modelo político atual torna verossímil toda sorte de malfeitos – que existem às pencas sim. Mas pouco atingem os grandes grupos que se blindam com escritórios de advocacia caros e controles sobre verbas publicitárias robustas.

O que explicaria, por exemplo, os R$ 2 milhões gastos pelo Ministério da Educação com assinaturas da revista Nova Escola da Editora Abril? Meramente méritos da revista ou barganhas políticas em torno de reportagens? E qual a reportagem que deixou de ser publicada?

Daí a dificuldade de uma reforma política, com o fim do financiamento privado de campanha, que rompa com esse anacronismo. Ou de mudanças na legislação que permitam a punição severa ao crime grave mas a não criminalização de qualquer erro administrativo.

Aos atuais parlamentares não interessa o fim do financiamento privado de campanha, porque a maior parte deles depende desse modelo para sua sobrevivência política. Aos grupos de mídia e aos Tribunais de Conta não interessa uma racionalização dos procedimentos, pois reduziria sua capacidade de gerar escândalos.

***

E todo esse jogo de cena se dá em cima do manto cinzento das negociações espúrias.

A hipocrisia das CPIs e do uso político dos escândalos | GGN

Como se produz lesão com Bolinha de Papel

Com vocês, o ator do maior insucesso de todos os tempos nas telinhas Globo estrelando Bolinha de Papel, José Serra!

Bolinha de papel, a farsa política desmascarada

sex, 11/04/2014 – 07:16 – Atualizado em 11/04/2014 – 12:47

Luis Nassif

Na terça-feira houve a primeira exibição, em São Paulo, do documentário “O Mercado de Notícias”, do cineasta gaúcho Jorge Furtado. Ele entrelaça uma peça do século 17, que já abordava o papel da mídia, com depoimentos de jornalistas.

A parte mais interessante do documentário é a reconstituição do episódio da bolinha de papel que atingiu o candidato José Serra na campanha de 2010.

Juntaram-se várias cenas..

Uma cena rápida da reportagem da TV Bandeirantes mostra um braço negro, com uma camisa azul, atirando a bolinha de papel. Ao lado, uma pessoa corpulenta com camisa vinho. Não se vêem seus rostos.

Outras cenas gravadas mostram um sujeito negro de óculos escuros e camisa azul, e outro branco, corpulento, de camisa vinho, no mesmo local, pouco antes do arremesso da bolinha. Ambos próximos a Serra, e atuando na sua segurança.

Não é mencionado no documentário, mas provavelmente trata-se de um trabalho de 2010 (http://glurl.co/dG0) de autoria de Sérgio Antiqueira, que recebeu apenas 1.639 visualizações no Youtube.

Com essas revelações, fecha-se o ciclo de uma das maiores tentativas de fraude eleitoral da história política recente do país.

O primeiro passo foi a escolha do local, uma região francamente hostil da cidade.

Em 1999, quando Ministro da Saúde, Serra mandou demitir 5.700 mata-mosquitos da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) no Rio – técnicos incumbidos de combater os mosquitos da dengue.

Há indícios de que o fim dos mata-mosquitos visou liberar verbas para o governo do Estado, já que a Funasa continuou repassando anualmente os R$ 11 milhões referentes aos salários dos demitidos.

As consequências foram desastrosas, com a gripe da dengue se alastrando por todo o estado. No ano seguinte, a epidemia se abateu sobre 45 mil pacientes infectados, causando dezenas de mortes, mais da metade do total de mortes por dengue no país (http://glurl.co/dG2).  Foi o ano com mais registros de dengue da história, a maior parte concentrada no Rio.

Serra acabou inimigo mortal da categoria.  Em 2.000, eventos políticos dos quais participava já tinham sido invadidos por mata-mosquitos (http://glurl.co/dG3).  O mesmo ocorreu em outubro de 2002 (http://glurl.co/dG5).

O episódio da bolinha de papel ocorreu justamente na região oeste do Rio, onde fica o Sindicato dos mata-mosquitos. Era óbvio que haveria reação, tanto assim que Serra desembarcou cercado por um exército de seguranças, provocando ostensivamente os manifestantes e criando o clima adequado para as cenas seguintes.

As duas bolinhas

Em poucos minutos, explodem duas cenas.

A primeira, o da bolinha de papel que pipoca na cabeça de Serra e cai no chão. Serra leva algum tempo para se dar conta do fato e aparentemente perde a primeira oportunidade de montar o teatro.

A segunda oportunidade é mais à frente. Serra recebe um telefonema. Pouco tempo depois leva a mão à cabeça. Caminha mais um pouco, sem aparentar danos. Uns cinco segundos depois leva a mão à cabeça, caminha em direção ao carro da comitiva. Ainda tem tempo para conversar um pouco com alguns fãs.

Depois entra e segue para um hospital onde é atendido pelo cirurgião médico de cabeça e pescoço Jacob Kligerman – que presidiu o INCA (Instituto Nacional do Câncer) na gestão de Serra na saúde.

Na Justiça existem as provas declaratórias (que dependem apenas de declarações de testemunhas) e as provas documentais (as que têm efetivamente valor).

Klingerman declara à imprensa que Serra chegou ao consultório “com náuseas e tonteira”. Quanto às provas documentais, nada havia. Informa que não havia lesão aparente (externa), e a tomografia nada acusou. Pelo sim, pelo não, recomendou 24 horas de repouso.

Naquela noite, o Jornal Nacional divulgou reportagem onde endossava a versão da agressão com “objeto contundente” (http://glurl.co/dG9). Dizia-se ser um rolo de fita crepe. A reportagem terminava com um Serra nitidamente interpretando o papel de uma pessoa fragilizada, deblaterando contra a guerra política.

Ache outros vídeos como este em Portal Luis Nassif

Naquela mesma noite, uma reportagem da SBT mostrava a cena da bolinha de papel (mas sem os seguranças), o telefonema recebido por Serra e, em seguida, ele levando a mão à cabeça.

Começou a guerra de versões. O Jornal Nacional chegou a convocar o perito Ricardo Molina para analisar um vídeo gravado por celular que supostamente provaria que houve um segundo objeto lançado contra Serra, um rolo de fita crepe. Não se perguntou ao perito se, mesmo supondo-se ter sido um rolo de fita crepe, qual seu poder de contusão.

Outros técnicos rebateram as análises de Molina, com vídeos colocados na Internet, mostrando que o objeto identificado como fita crepe não passava de uma sombra de algum manifestante, em um vídeo de baixíssima resolução.

No dia seguinte, o então presidente Lula comparou Serra ao goleiro chileno Rojas – que simulou ter sido atingido por um rojão em um jogo no Maracanã.

O vídeo de 2010 – trazido à tona pelo documentário – ao provar que foram os próprios seguranças de Serra que atiraram a primeira bolinha, desnuda de vez a que poderia ter sido uma das grandes fraudes midiáticas-políticas da década. E não foi graças ao contraponto exercido pelas redes sociais.

O resultado final foi a desmoralização do candidato por um partido alto de Tantinho da Mangueira (http://glurl.co/dGA).

“Deixa de ser enganador

Pois bolinha de papel

Não fere e nem causa dor”

Bolinha de papel, a farsa política desmascarada | GGN

19/04/2013

Com recontagem, Maduro nocauteia os EUA

Filed under: CIA,Eleições,Isto é EUA!,Venezuela — Gilmar Crestani @ 7:10 am
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Orientado pelos EUA, Capriles não aceitou o veredito dos eleitores e partiu para o tapetão, uma especialidade made in USA. Por que os EUA não recontaram, apesar de constatada a fraude na Flórida, os votos que levou Bush ao poder. Como Maduro aceitou, a CIA já deu as diretrizes para outro discurso e os a$$oCIAdos do Instituto Millenium estão divulgando sem mudar uma vírgula: “a comissão eleitoral é chavista”. Veja, a CIA sequer se deu ao respeito de redigir novo discurso. Já estava escrito no tempo de Chávez, por isso continua chegando nas redações com o termo “chavista”. Ela ainda não se deu conta e os vira-latas locais publicam tudo de olhos fechados: “se vem da CIA estamos em boa companhia…” Como são inteligentes. Se a comissão eleitoral é chavista, porque estão pedido a recontagem? Seria porque os chavistas são honestos? Ou seria só para tumultuar o processo eleitoral? E se a comissão ratificar o processo, a CIA se retira da Venezuela e os grupos mafiomidiáticos irão reconhecer a legitimidade de Nicolás Maduro? A Venezuela não é o Paraguai, nem os venezuelanos são made in Paraguai mas o golpe permanece um eterno  “vir a ser”…

Venezuela aprova recontagem de votos

Justiça eleitoral aceita pedido de opositor, Henrique Capriles, para que 100% de cédulas eleitorais sejam checadas

Deputados de oposição perdem comissões que controlavam na Assembleia; Maduro tomará posse hoje

FLÁVIA MARREIROENVIADA ESPECIAL A CARACAS

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela aceitou auditar 100% da votação em sistema eletrônico do país, atendendo o pedido da oposição e após uma semana de tensão provocada pela vitória apertada do governista Nicolás Maduro na eleição presidencial de domingo.

Depois de mais de nove horas de reunião, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, anunciou a decisão, precisando que passarão pela revisão 46% das urnas, já que 54% já foram auditadas no procedimento padrão realizado depois de cada votação.

Trata-se de uma vitória para o oposicionista Henrique Capriles, que anunciou no domingo que só reconheceria o triunfo de Maduro por uma diferença de menos de 1,7% dos votos se houvesse a auditoria –que ele chamou de "recontagem", termo rejeitado pelo CNE.

Na Venezuela, o sistema é eletrônico como no Brasil, mas lá cada voto gera um comprovante em papel que o eleitor deposita numa espécie de urna convencional, que é chamada de "caixa de resguardo".

Ao final da votação, as atas eletrônicas podem ser conferidas, na presença de fiscais dos partidos ou coalizões, com o resultado de urnas convencionais escolhidas por sorteio.

É esse o procedimento que agora vai ser estendido para 100% dos votos.

Na segunda, Lucena rejeitou a possibilidade de atender aos oposicionistas, mas anteontem recebeu o pedido de Capriles.

Maduro, que no discurso de vitória no domingo disse aceitar a recontagem, voltou atrás no dia seguinte.

Anteontem deixou o caminho aberto para aceitar a auditoria dizendo que aceitaria qualquer decisão do CNE, cuja cúpula é de maioria de chavistas.

A natureza da grande parte das denúncias de Capriles –menos inconsistências numéricas e mais casos de votação condicionada pelo governismo por violência ou coação de eleitores–, apontavam que dificilmente uma auditoria poderia modificar a vitória de Maduro.

Em tese, o procedimento não deve impedir a posse de Maduro, prevista para hoje.

A presidente Dilma Rousseff deve estar presente. A auditoria deve durar um mês, segundo o CNE.

CERCO

O presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, decidiu vetar a palavra a deputados opositores e os destituiu da direção de comissões parlamentares. A oposição detém 41% das cadeiras da Casa (68 dos seus 165 deputados).

"Enquanto eu presidir a Assembleia e vocês não reconhecerem Nicolás, não os reconheço e não terão direito à palavra. Saiam daqui, se quiserem. Vão falar na Globovisión", provocou Cabello, citando emissora de TV crítica ao chavismo.

O chavismo também ameaça pedir "ausência" de Capriles do cargo de governador.

18/04/2013

Assim são os EUA

Filed under: Isto é EUA!,Liberdade made in USA! — Gilmar Crestani @ 8:09 am
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Quando Pedro Carmona deu o golpe com o apoio dos EUA e dos grupos mafiomidiáticos, ficou menos de 24 horas no poder.  Mas foi tempo suficiente para fechar a Suprema Corte e o Congresso e ainda para receber o reconhecimento dos EUA. Está tudo devidamente registrado no documentário “A Revolução não será televisionada”. Preocupante seria um governo eleito ser reconhecido pelos EUA. Os EUA têm tradição em reconhecer e apoiar golpistas, não democratas. Os EUA apoiaram Pinochet, Videla, Geisel e todos os golpistas que vicejaram pelo mundo afora. Se for democrata corre sério risco de ser sabotado pela CIA. Portanto, nada de novo. Tudo está no seu lugar. Os EUA produzindo homens-bomba e serial killers e a Venezuela consolidando sua democracia. Pior, tudo indica que os atentados de Boston foram provocados por quem não quer o controle de armas nos EUA. Isto é, uma produção caseira de terrorismo, como o Unabomber.

Kerry asegura que EE UU no reconocerá a Maduro hasta que haya un recuento

El secretario de Estado dice que si se comprueba que ha habido irregularidades durante el proceso exigirá explicaciones

Eva Saiz Washington 17 ABR 2013 – 17:58 CET519

El secretario de Estado, John Kerry. / MANDEL NGAN (AFP)

El jefe de la Diplomacia estadounidense, John Kerry, ha asegurado que su país aún no ha decidido si reconocerá a Nicolás Maduro como presidente de Venezuela. Preguntado al respecto durante una comparecencia ante el Comité de Asuntos Exteriores de la Cámara de Representantes, el secretario de Estado ha asegurado que Estados Unidos no reconocerá a ningún ganador, hasta que se realice el recuento de votos solicitado por el candidato opositor, Henrique Capriles.

“Debe haber un recuento”, ha asegurado Kerry. Es la primera vez que el secretario de Estado se refiere al resultado de los comicios venezolanos desde que estos tuvieron lugar el pasado domingo. Kerry también ha advertido de que si se comprueba que se produjeron irregularidades durante el proceso electoral, como ha denunciado la oposición, exigirá “explicaciones serias”.

La Casa Blanca también ha emitido su primer comunicado oficial sobre los resultados de las elecciones venezolanas. La nota no alude expresamente a ninguno de los candidatos y hace especial hincapié en que el "Gobierno respete el derecho de reunión y manifestación" e insta a sus ciudadanos a que "eviten la violencia". El Gobierno insiste en la necesidad de que solo un "recuento transparente y creíble de los votos" podrá garantizar el resultado electoral y ayudando al "avance de la democracia en ese país".

El Departamento de Estado ha dejado claro en los últimos días que era necesario realizar el recuento de votos para verificar el estrecho resultado electoral y que ningún candidato debería ser proclamado vencedor de manera oficial hasta que la revisión de las papeletas no hubiera concluido. Kerry ha insistido en esa postura en el Congreso y ha recordado que, “en un primer momento, Maduro apoyó la idea del recuento”. “Otros países y la OEA han pedido también un recuento, así que veremos qué ocurre”, ha señalado el secretario de Estado.

Kerry también ha indicado que “es muy dudoso” que EE UU envíe una delegación a la toma de posesión de Maduro, prevista para este viernes. “Las circunstancias en las que se produce son bastante cuestionables”, ha justificado el secretario de Estado.

Los 14 años de chavismo han deteriorado las relaciones entre EE UU y Venezuela en el terreno político. La Administración Obama ha optado por mantener una posición de neutralidad en estas elecciones para evitar que cualquier declaración pudiera ser empleada como arma arrojadiza en la campaña electoral. No obstante, hay políticos que han exigido del Gobierno una actitud más firme frente a la retórica chavista. Este miércoles, la congresista republicana de origen cubano, Ileana Ros-Lehtinen, ha instado a Kerry a que no legitime “las políticas corruptas de un fiel al chavismo”, en referencia a Maduro.

Kerry asegura que EE UU no reconocerá a Maduro hasta que haya un recuento | Internacional | EL PAÍS

14/03/2013

Por que Luiz Fux não exige ordem cronológica nos julgamentos do STF?

Filed under: Aécio Neves,Golpismo,Joaquim Barbosa,STF — Gilmar Crestani @ 9:18 am
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O “guitarreiro” Luiz Fux, no STF, deu uma ordem para que o Congresso, para atrasar a aprovação do Orçamento de 2013, votasse em ordem cronológica. Por que não faz o mesmo no STF? Ou pelo menos pusesse em mesa aqueles com repercussão geral, o que eliminaria milhares de processo pelo Brasil afora. Mas como o STF virou uma casa de tolerância, o negócio é negociar…

Por que o ‘mensalão tucano’, a Lista de Furnas, e os processos contra Aécio no STF não andam?

Hoje o colunista Claudio Humberto, que não é lá essas coisas, mas que entende de demotucanos, soltou essa nota, dos sonhos da assessoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG):

Aécio Neves e Joaquim andam conversando, e muito.
Dois campeões de audiência em pesquisas de intenção da votos para presidente da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, andam conversando, e muito. Eles se encontraram casualmente na noite de Brasília, mas depois as conversas ficaram freqüentes. Os amigos comuns sonham com essa “chapa perfeita” na eleição de 2014.
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Eles sabem.
Tanto Aécio Neves quanto Joaquim Barbosa gostam de frequentar o bar Balcony 412, o favorito de quem sabe das coisas em Brasília.

Em 9 de dezembro de 2012, foi a vez do colunista Lauro Jardim, outro que entende de demotucanos, publicar na revista Veja:

Aécio e Joaquim.
Na sexta-feira, 30, dia seguinte da festa oficial de posse de Joaquim Barbosa, o novo presidente do STF foi homenageado em nova comemoração.
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Sem as dezenas de convidados institucionais da noite anterior, desta vez os presentes eram os amigos mais íntimos — uns sessenta no total. Só um político compareceu: Aécio Neves.
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Antes que alguém infira que o julgamento do mensalão mineiro possa vir a ter alguma amaciada, é bom lembrar: Joaquim Barbosa já declarou voto em Lula e em Dilma e nada disso afetou-o no julgamento do mensalão.

Essas notas, se mostram trânsito do senador tucano dentro do STF, o que, inclusive, lhe dá prestígio e rende adesões de outros políticos encalacrados com a Polícia Federal, pega mal para o presidente do STF e para a côrte que preside.
Afinal o ‘mensalão’ tucano não anda no STF com o mesmo empenho que tiveram para julgar o ‘mensalão’ que atingiu petistas. Há intensas articulações demotucanas para o judiciário abafar as investigações sobre a Lista de Furnas.
Além disso, em maio vai fazer dois anos que a representação denunciando Aécio e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, está na gaveta do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, sem abrir inquérito.
Todo esse quadro passa a imagem desalentadora ao povo brasileiro de que a Justiça no Brasil é diferente para uns e outros, a depender das relações de amizade.

Os Amigos do Presidente Lula

05/04/2011

Estadão acusa o golpe

Filed under: Cosa Nostra,Ditadura,Estadão — Gilmar Crestani @ 9:31 am
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Eternamente associado ao golpe militar de 1964, o Estadão tenta colar nos outros os seus pecados. Num mesmo título, duas obsessões: se livrar do golpe que promoveu e defendeu com unhas, dentes e tinta de jornal, e atacar Lula com ódio implacável e sem trégua. A farsa com que o Estadão tenda brindar Lula se volta contra a famiglia Mesquita. Fica, pelas próprias palavras do editorialista, provado que não houve mensalão, como já disse Lula e o próprio Mino Carta vem dizendo isso desde sempre. Houve, sim, o método importado do PSDB de Eduardo Azeredo, de abastecer parlamentares com caixa 2. Aliás, uma herança do prof. Cardoso, que assim conseguiu a reeleição. Quem é mais “companheiro”, José Dirceu de Lula ou Pimenta Neves da famiglia Mesquita.

Veja ao final, texto sobre Marcos Valério, Daniel Dantas e Organizações Globo sobre os quais o Estadão não se pronuncia.

Um golpe para Lula

05 de abril de 2011 | 0h 00

– O Estado de S.Paulo

A Polícia Federal (PF) levou nada menos de 6 anos para confirmar que o esquema petista de pagamentos ilícitos a políticos conhecido como mensalão, trazido à tona em 2005, não é a "farsa" de que fala cinicamente o ex-presidente Lula, mas um fato objetivo, documentado e que não comporta mais de uma interpretação. Assim não fosse, o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria aceito praticamente na íntegra a denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os 40 membros da "organização criminosa" liderada pelo titular da Casa Civil, José Dirceu, e autora do maior escândalo de corrupção já identificado no País.

Dezenas de parlamentares de cinco partidos receberam no mínimo um total de R$ 55 milhões, ou para votar com o governo ou, no caso de deputados do PT, para abastecer seus cofres eleitorais. Neste último fim de semana, faltando menos de meio ano para prescrever talvez o principal delito de que são acusados os mensaleiros – o de formação de quadrilha, mencionado mais de 50 vezes na peça incriminatória acolhida pelo Supremo -, a revista Época revelou ter tido acesso às 332 páginas que formam o relatório final da PF, do qual transcreveu trechos contundentes. A investigação não deixa em pé nenhuma dúvida sobre a origem do dinheiro usado para comprar políticos venais e reforçar as finanças da companheirada.

Na esmagadora maioria dos casos, foram os contribuintes que pagaram indiretamente a lambança, mediante recursos transferidos da área pública para as empresas do publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do mensalão recompensado com opulentos contratos com setores da administração federal. O Fundo Visanet, do qual participa o Banco do Brasil, repassou R$ 68 milhões a Marcos Valério. As datas dos recebimentos tendiam a coincidir com as dos pagamentos que fazia aos políticos. O dinheiro saía das contas do publicitário no Banco do Brasil e passava pelo Banco Rural antes de chegar aos beneficiários. Não havia portas no governo Lula que não se abrissem para Valério, concluiu a PF.

A apuração, requerida pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no STF, acrescenta aos acusados de envolvimento com o mensalão nomes como os do atual ministro do Desenvolvimento, o petista Fernando Pimentel, e do líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá, do PMDB. Mas, principalmente, trouxe Lula mais para perto do escândalo. Em agosto de 2006, este jornal já havia revelado que Freud Godoy, segurança do então candidato presidencial em 1998 e 2002, recebeu R$ 98,5 mil do valerioduto. Agora se sabe que Godoy disse aos federais que o dinheiro obtido de Marcos Valério se destinava a cobrir parte dos R$ 115 mil da conta que apresentara ao PT pelos serviços prestados na campanha lulista. Foi o partido que o encaminhou à agência de Valério.

Claro que Lula poderá alegar que não teve nada com isso, assoberbado que estaria com questões mais importantes do que o custo e a forma de pagamento do seu segurança (e amigo há 20 anos). Poderá também repetir, como disse quando rebentou o escândalo do mensalão, que "foi traído" – naturalmente, sem apontar os presumíveis traidores. Penitente, poderá mais uma vez afirmar que "devia desculpas" ao País. Mas a volta do mensalão ao noticiário, a partir de um documento da Polícia Federal que não apenas corrobora o que já era de conhecimento público, porém adiciona novos nomes e fatos, como a conexão Lula-Godoy-PT-Valério, é um golpe para a pretensão do ex-presidente de sair por aí desmoralizando a denúncia que marcou para sempre o seu governo.

O alvo do ex-presidente é o Supremo. Contando com a erosão da memória nacional, ele decerto há de ter calculado que a passagem do tempo e a pressão implícita na sua anunciada campanha acabariam pesando na decisão da Corte sobre o destino dos 38 réus remanescentes no processo. A sentença está prevista para 2012. Paradoxalmente, dependendo do que a Justiça fizer com o tardio relatório da PF, os acusados poderão ensaiar novas manobras para protelar o que, pelas evidências recolhidas, só poderia conduzir a uma condenação exemplar.


Banco de Daniel Dantas diz que seu "mensalão" foi para a Globo

Quando os tubarões brigam, o povo ganha.
O Opportunity, banco de Daniel Dantas, emitiu nota considerando idiota a reportagem da revista Época, ao considerá-lo fonte de pagamentos ao governo, no chamado "mensalão", pois desde que o governo Lula assumiu, o seu banco não teve mais a "generosidade" encontrada no governo FHC, e precisou enfrentar as barras da lei.
Dessa vez, e só desta, temos que concordar em parte com Dantas. A CPI dos Correios apurou que a Telemig Celular e a Amazônia Celular, pagou R$ 152 milhões às empresas de Marcos Valério. A Brasil Telecom, R$ 4,7 milhões. Se esse dinheiro foi para políticos, não foi para o governo Lula (hostil às investidas de Dantas), e sim para a bancada de Dantas, no Congresso ou nos estados.
Mas o curioso é o final da nota: "Na Telemig, segundo informações prestadas à CPI do Mensalão, a maioria dos recursos eram repassados as Organizações Globo. Por isso, a apuração desses fatos fica fácil de ser feita pela Época."
Se o "mensalão" da Telemig foi para a Globo, alguém não contabilizou todo o valor.
A CPI apurou R$ 122, 3 milhões pagos pela Telemig para as empresas do Sr. Marcos Valério, entre 2000 e 2005.
Os pagamentos para o Grupo Globo, apurados pela CPI, entre 2000 e 2005 foram de R$ 7,4 milhões.
Tem R$ 114 milhões de diferença, não contabilizados.
Então ou a Globo apresenta voluntariamente sua planilha dos recebimentos da DNA e SMPB para dirimir dúvidas, ou o Ministério Público precisa pedir a quebra do sigilo bancário e contábil das empresas das Organizações Globo para ver encontrar essa diferença.

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