Ficha Corrida

08/07/2015

Flagrante de boçalidade explícita

Só sujeitos sem vínculo com a realidade, com desconexão ainda maior do que aquela apresentada pelo Napoleão de Hospício das alterosas, para continuar acreditando na Rede Globo e sua equipe de boçais. Quando a gente acha que já viu tudo aparece este tal de Sardenberg botando a culpa da crise grega no Lula. Seria engraçado não fosse o costume sistemático de jogar a culpa de tudo nas costas do Lula. Pior, há uma manada de amestrados prontos a engolirem sem mastigar insanidades como estes e outras ainda mais simplórias.

Como diria o Barão de Itararé, de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada. Sai. Da mesma Globo, cujo diretor de jornalismo é Ali Kamel, autor do bestseller, “Não somos racistas”, a obscenidade é serventia da casa. Se há algo de bom nisso tudo é a capacidade da Globo de se superar em termos de desconexão com a vida real. O fascismo crescente nas ruas agradece. O ódio de classe continua sendo sua herança!

Sardenberg exagera e Lula faz piada: “original”

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Ex-presidente ironizou a explicação do jornalista Carlos Alberto Sardenberg, para quem a negativa da Grécia ao pacote de austeridade europeu foi culpa de Lula; "Carlos Alberto Sardenberg desenvolveu uma explicação original para a crise econômica da Grécia. Diferente de economistas de renome internacional, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz, para ele a culpa da crise grega é de Lula e Dilma"; o petista publicou uma imagem em sua página no Facebook na qual Sardenberg apresenta o PT como culpado de três problemas: "crise da Grécia", "esse frio todo" e "meu mau humor"; "A imagem é uma brincadeira, mas a análise de Sardenberg sobre a Grécia foi real. Será que ele não está exagerando?", pergunta Lula

7 de Julho de 2015 às 17:53

247 – A absurda explicação do jornalista Carlos Alberto Sardenberg para a crise da Grécia virou motivo de piada para o ex-presidente Lula.

Segundo Sardenberg, que faz análises econômicas na Rede Globo, na rádio CBN e em colunas nos jornais Estadão e Globo, o ex-presidente Lula é o responsável pela resposta negativa do governo grego ao pacote de austeridade imposto pela União Europeia.

Isso porque em dezembro de 2012, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, se encontrou com Lula e a presidente Dilma Rousseff no Brasil, quando os dois petistas teriam feito a cabeça do jovem político grego, na avaliação de Sardenberg.

A tese foi publicada há cinco dias em um artigo de Sardenberg no Globo (leia aqui), em que diz: "Há dois anos e meio, Alexis Tsipras, então um jovem aspirante a líder europeu, esteve no Brasil para ouvir o conselho de Dilma e Lula. Ouviu que políticas de austeridade só levam ao desastre e que era preciso, ao contrário, aumentar o gasto público e o consumo".

A opinião foi repetida essa semana (ouça aqui). Segundo o jornalista, "os ensinamentos que ele (Tsipras) recebeu aqui no Brasil o levou a um desastre, a uma atitude que não deu em nada".

Em sua página no Facebook, Lula tirou sarro da interpretação. "Carlos Alberto Sardenberg desenvolveu uma explicação original para a crise econômica da Grécia. Diferente de economistas de renome internacional, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz, para ele a culpa da crise grega é de Lula e Dilma", diz.

O petista divulgou ainda uma imagem na qual Sardenberg apresenta o PT como culpado de três problemas: "crise da Grécia", "esse frio todo" e "meu mau humor". "A imagem é uma brincadeira, mas a análise de Sardenberg sobre a Grécia foi real. Será que ele não está exagerando?", pergunta Lula.

Leia a íntegra:

Carlos Alberto Sardenberg, analista de economia de Rede Globo, Globonews, Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e CBN desenvolveu uma explicação original para a crise econômica da Grécia. Diferente de economistas de renome internacional, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz, para ele a culpa da crise grega é de Lula e Dilma.

Ele leu no site do Instituto Lula os registros de um encontro do atual primeiro-ministro, Alex Tsipras, com o ex-presidente Lula em 2012, e concluiu que a situação no país europeu piorou graças ao "aconselhamento" do ex-presidente e da presidenta. Já Krugman e Stiglitz acham que Tsipras está no rumo certo.

A imagem abaixo é uma brincadeira, mas a análise de Sardenberg sobre a Grécia foi real. Será que ele não está exagerando?

Sardenberg exagera e Lula faz piada: “original” | Brasil 24/7

06/11/2014

Alzheimer está com a oposição e não abre…

Filed under: Alzheimer,Ódio de Classe,Oposição,PSDB — Gilmar Crestani @ 8:56 am
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AlzheimerJANIO DE FREITAS

DESMEMÓRIA

A perda de memória é tanta que parece esquecido até aquele bordão, acusatório e salvador, de que o brasileiro não tem memória. Nem a propósito das eleições, que o sobrepunham a tudo dito na campanha e nos resultados, a sentença pôde ser lida ou ouvida.

E, no entanto, nunca foi mais apropriada. Texto da Executiva do PT, por exemplo, expressa a conclusão de que a conquista do "quarto mandato [é] algo que nenhuma outra força política havia alcançado até agora no país".

Houve uma que ocupou quatro mandatos, sim. E o fez por ser a maior força política do Brasil em todo o século 20: o Exército.

A frase destacada pela edição do artigo de Luiz Felipe Pondé: "O PT ensinou bem o ódio político ao Brasil e agora poderá provar do próprio veneno". O golpe não foi feito por amor, a ditadura e as torturas e os assassinatos não foram feitos como carinhos, Lacerda e o udenismo não ensinaram o convívio democrático. E nem foi só a tais alturas que o ódio entrou na história do Brasil, para ficar não se sabe até quando. Está, aliás, em maré crescente.

Muito espaço e tempo foram ocupados com as acusações da delação de Paulo Roberto Costa ao presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e agora com sua licença forçada da presidência dessa subsidiária da Petrobras. Nunca foi esquecida a informação, correta, de que Machado chegou ao cargo em 2003, primeiro ano do governo Lula, como indicado de Renan Calheiros e do PMDB.

Em todo esse tempo de escândalo Petrobras, tem sido difícil ver a informação de que Sérgio Machado foi do PSDB. E nem era um a mais ou a menos no partido.

De 1995, primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso, a 2001, foi o líder do PSDB no Senado. Nesse último ano, teve o principal papel na batalha com que o governo barrou a CPI da Corrupção. Tarefa na qual Machado já estava experiente e consagrado, a ponto de ser chamado de "o Trator". Próximo de completar o sétimo ano na liderança, deixou o PSDB pelo PMDB, por briga com o então governador Tasso Jereissati e para disputar o governo cearense em 2002. Foi para compensar a derrota que Renan Calheiros o apresentou como indicado do PMDB à Transpetro.

27/08/2014

Quem é vice-presidente de tribunal nazista é o quê? Nazista!

Filed under: FHC,Ficha Suja,Gilmar Mendes,José Roberto Arruda,Nazismo,TSE — Gilmar Crestani @ 9:34 pm
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A lista de serviços prestados aos corruptos é longa, mas alguns nomes sobressaem no armário do magarefe: Rober Abdelmassih, Daniel Dantas, Carlinhos Cachoeira, Demóstenes TorresGilmar Mendes ficou todo dodói porque não pode atender a mais um pedido de seu mentor, FHC, para soltar mais um corrupto.

“Nazista”. É Gilmar, sobre o TSE, no caso Arruda

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Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes criticou a decisão que rejeitou a candidatura de José Roberto Arruda ao governo do DF; segundo ele, a mudança de jurisprudência do TSE durante o julgamento do caso, sobre o momento em que as condições de inelegibilidade são aferidas pela Justiça Eleitoral, não teve justificativa; "Todo tribunal tem escrúpulo em mudar jurisprudência. E justifica. E não faz de conta que, ontem eu estava votando assim, e hoje é assado. Isso é brincadeira de menino"

27 de Agosto de 2014 às 18:55

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, criticou hoje (27) a decisão que rejeitou a candidatura de José Roberto Arruda ao governo do Distrito Federal, com base na Lei da Ficha Limpa. Segundo o ministro, a mudança de jurisprudência do TSE durante o julgamento do caso, sobre o momento em que as condições de inelegibilidade são aferidas pela Justiça Eleitoral, não teve justificativa.

"Todo tribunal tem escrúpulo em mudar jurisprudência. E justifica. Quem tem responsabilidade institucional, justifica. Estou mudando por causa disso. E não faz de conta que, ontem eu estava votando assim, e hoje é assado. Isso é brincadeira de menino. Agora, para esse caso eu voto assim. A gente não cria jurisprudência ad hoc [para o caso específico]. Quem faz isso é tribunal nazista", disse.

Na sessão de ontem (27), Mendes proferiu o único voto a favor da concessão do registro de candidatura de Arruda. No entendimento do ministro, as condições de elegibilidade são aferidas no momento da apresentação do registro, conforme a jurisprudência do TSE antes do julgamento de ontem. Segundo o ministro, a regra serve para evitar casuísmos políticos e a manipulação da pauta de julgamento para condenar políticos.

No julgamento de Arruda, a atual composição do tribunal definiu que as condições de inelegibilidade podem ser aferidas após o pedido de registro de candidatura, desde que seja garantido o direto à ampla defesa.

A defesa de Arruda se baseou na antiga jurisprudência para requerer a concessão do registro. Segundo a defesa, a decisão da Justiça do Distrito Federal que o condenou, em segunda instância, por improbidade administrativa, foi proferida no dia 9 de julho, após o protocolo do registro, ocorrido no TRE-DF em 4 de julho. Dessa forma, segundo a defesa, o candidato está apto para concorrer e não seria alcançado pela Lei da Ficha Limpa.

18/01/2014

NA juGullar do inVejoso!

Filed under: FDP,Ferreira Gullar,José Sarney,Maranhão — Gilmar Crestani @ 8:19 am
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O silêncio do maranhense Ferreira Gullar diante do caos no estado dos Sarney

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José Ribamar Ferreira, ou Ferreira Gullar, como passou a se chamar o poeta maranhense, prefere o silêncio diante da violência no estado dos Sarney.

Fabio Lau, via Conexão Jornalismo

Ferreira Gullar há muito decidiu ser pedra de atiradeira. Com alvo único. Lula. O poeta e escritor formado nas hostes comunistas, um remanescente dos tempos em que o Partidão era o berço das transformações, decidira, de maneira oportuna, ganhar espaço na mídia conservadora para atacar o operário. Via no PT e em Lula tudo o que o inferno prepara em conteúdo e vestimentas para massacrar a sociedade que Gullar jura ter desejado um dia ver liberta.

Em entrevista ao jornal O Tempo, replicada na revista Veja em 2010, Gullar não hesitou em se revelar um merecedor de tamanha deferência. Afinal, sua fala sairia na coluna de Reynaldo Azevedo, uma espécie de Lacerda dos tempos modernos. Disse Ferreira Gullar sobre o presidente que tentava eleger Dilma sua sucessora: “o Lula é de fato uma pessoa desonesta, um demagogo, e isso é perigoso!” – A frase foi sublinhada e ganhou título na coluna de Azevedo.

Mas para Ferreira Gullar não basta acabar com Lula, o presidente que trouxe milhões de brasileiros para a zona de consumo, ampliou a classe média e inseriu na escola, especialmente universidades, um grupamento social que vivia à margem da possibilidade de crescer. Para Gullar, “o Socialismo acabou, e só alguns malucos dizem ao contrário”! Trata-se da máxima dos “coxinhas” de ocasião: o Socialismo teria acabado com a queda do Muro de Berlim. Mas o capitalismo permanece vivo, pujante e tão ameaçador quanto antes.

Mas toda esta fala em torno de Ferreira Gullar vem para destacar o seguinte: a crise porque passa seu Maranhão não tem afetado o há muito cidadão do Rio. Amigo de Sarney, amante de seus livros, incapaz de criticar o ex-presidente, ele mantém silêncio. Nenhuma fala, menção em blog ou em coluna dos amigos. A desgraça do povo maranhense, com sua miséria, mais baixo IDH, mortalidade infantil nas alturas, saneamento básico precário e escolaridade abaixo da média nacional, nada disso ele atribui ao seu amigo Sarney e sua descendência.

Neste particular, o outrora comunista prefere o silêncio. Que, nos últimos tempos, tem se revelado o seu melhor discurso. Como já disse Romário, algumas pessoas são de fato poetas. Quando estão caladas.

Fábio Lau é jornalista e editor do Conexão Jornalismo.

O silêncio do maranhense Ferreira Gullar diante do caos no estado dos Sarney | bloglimpinhoecheiroso

09/10/2013

Mais um capítulo da biografia do mais leal e valoroso combatente do lulopetismo

Filed under: Quinta Coluna,Roberto Freire — Gilmar Crestani @ 10:04 am
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A primeira parte já foi publicada em 18/09/2013: Roberto Freire, herói (da direita) sem nenhum caráter

Freire ganhava sem trabalhar no DF

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Denúncia foi feita pelo deputado Chico Vigilante: "mesmo residindo em Recife, capital do Pernambuco, presidente do PPS abocanhou mais de R$132 mil como integrante do Conselho Administrativo da Terracap, durante o governo de José Roberto Arruda; arrogante em seu discurso de ética e moralidade, não se afastou da função nem mesmo durante o maior escândalo político do país, que culminou na prisão do então governador, a Caixa de Pandora do DEM"

9 de Outubro de 2013 às 05:46

247 – O deputado Chico Vigilante, do PT-DF, aponta série de irregularidades que teriam sido cometidas por Roberto Freire, hoje presidente do PPS, durante o governo de José Roberto Arruda no DF. Leia a nota divulgada pelo deputado:

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que posa de pai da moralidade nas interseções do horário político do partido dele na televisão, que ataca sem dó nem piedade, com ferocidade o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula, pasmem toda gente, esse mesmo senhor, foi durante muito tempo membro do Conselho Administrativo da Terracap, durante o governo de José Roberto Arruda, então pelo DEM.

O presidente do PPS ingressou no Conselho da Terracap no dia 25 de maio de 2007, onde recebeu como membro um montante correspondente a R$132.479,12 na totalidade. Sendo R$ 49.164,44 no ano de 2008; R$42.643,03 no ano de 2009 e o equivalente a R$14.745,35 em 2010.

Se considerarmos que Roberto Freire, mesmo residindo em Recife, capital do Pernambuco, abocanhou mais de R$132 mil como integrante de um Conselho no governo de Arruda, chegaremos à óbvia conclusão de que o presidente do PPS, arrogante em seu discurso de ética e moralidade, não se afastou da função de conselheiro do governo Arruda e do DEM no DF nem mesmo durante o maior escândalo político do país, que culminou na prisão do então governador, a Caixa de Pandora do DEM.
Vale relembrar que a operação Caixa de Pandora foi deflagrada no dia 27 de novembro de 2009 pela Polícia Federal. E agora, senhor Roberto Freire, o que o senhor tem a dizer sobre isso? Contra fatos não há argumentos. Ou há?

Denuncia também foi repercutida no site do Diário do Poder. Leia:

PETISTA ACUSA FREIRE DE HAVER RECEBIDO R$ 132 MIL DO GOVERNO DO DF, ENTRE 2007 E 2010
FREIRE TERIA RECEBIDO DINHEIRO DO GOVERNO ARRUDA, RESIDINDO NO RECIFE

O deputado distrital Chico Vigilante, que é líder do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal, denunciou ao Diário do Poder, esta tarde, que o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), muito embora morasse na cidade do Recife, em Pernambuco, recebeu mais de R$ 132 mil, entre os anos de 2007 e 2010, como membro do conselho de administração da empresa pública Terracap.

A remuneração de Roberto Freire teria sido parte do acordo para seu partido apoiar o governo de José Roberto Arruda, iniciado em 2007. Em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora interrompeu o governo de Arruda, que seria afastado do cargo em cassado em março de 2010. Arruda cumpriu o acordo: enquanto esteve à frente do governo, o presidente do PPS recebeu a remuneração de conselheiro da Terracap.

Chico Vigilante fez um levantamento e descobriu que, no total, o deputado Roberto Freire embolsou r$ 132.479,12 como conselheiro da Terracap, sendo R$ 25.926,30 no primeiro ano, R$ 49.164,44 em 2008, mais R$ 42.643,03 no ano de 2009 e finalmente R$ 14.745,30.

O parlamentar petista considera a possibilidade de exigir, na Justiça, a devolução do dinheiro que pode ter sido recebido irregularmente.

Roberto Freire disse há pouco que nada tem a responder sobre a denúncia do deputado Chico Vigilante. Esclareceu no entanto que a única remuneração recebida foi referente aos trabalhos realizados na época em que era conselheiro da Terracap. Questionado sobre os valores, especificados ano a ano por Vigilante, Freire continuou negando e chamou Vigilante de irresponsável, ameaçando processá-lo.

Fundador e presidente do PPS há anos, Roberto Freire é pernambucano, mas ficou sem mandato até quando, a convite do ex-governador José Serra, mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo e conquistou mandato de deputado federal.

Freire ganhava sem trabalhar no DF | Brasil 24/7

21/09/2013

Eis porque Gilmar Mendes odeia a Bolívia

Filed under: Bolívia,Corinthians,Gilmar Mendes — Gilmar Crestani @ 11:29 am
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Demora, mas sempre acabamos entendendo os destemperos verbais do meu xará, Gilmar Mendes: Brasil dormiu Alemanha e acordou Bolívia ou Venezuela, diz Gilmar Mendes ao Correio Braziliense. Este ato falho significa que o Brasil dormiu com espírito nazista e acordou justo, como a Bolívia, e isso não agrada a pessoas (sic) como Gilmar Mendes.

E hoje sai esta notícia, abaixo, de O Globo. A interpretação do comportamento de Gilmar Mendes indica que ele, fosse boliviano, daria dois habeas corpus em menos de 24 horas para soltar o marginal corintiano. O que me faz lembrar de uma passagem da biografia de Alexandre Magno, narrada por Plutarco nas Vidas Paralelas:

Depois que Alexandre venceu os Persas na planície do Isso, o grande rei Dario III, enviou-lhe a seguinte proposta: O Império seria dividido entre os dois, desde que ele cessasse a luta e voltasse à Europa.

“Eu aceitaria, se fosse Alexandre”, disse Parmênio, general macedônio.

“Eu aceitaria, se fosse Parmênio, mas como sou eu, e como o mundo não tem dois sóis, a Ásia não pode ter dois senhores” .

O Juiz boliviano, fosse Gilmar Mendes, teria dado dois habeas corpus ou tantos quantos fossem necessário para soltar o marginal. Para sorte da Bolívia o juiz boliviano não é Gilmar Mendes.

Torcedor que ficou preso na Bolívia é ferido em troca de tiros com PM

Raphael Machado Castilho foi baleado em Santo Estevão, na Bahia.
Ele foi baleado e está em estado grave em Feira de Santana, diz PM.

Lílian Marques Do G1 BA

Torcedor do Corinthias Rafael Machado Castilho e a mãe (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo) Rafael Machado Castilho e a mãe quando chegou
no Brasil (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/
Estadão Conteúdo)

Um dos torcedores do Corinthians preso na Bolívia após a morte de um adolescente em um jogo realizado pela Libertadores no estádio Jesús Bermúdez, na cidade de Oruro, foi preso novamente, desta vez na em Santo Estevão, na Bahia, na noite de sexta-feira (20).

Segundo informações do tenente Wilson, da 57ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Raphael Machado Castilho de Aráujo, que é de Praia Grande (SP), estava acompanhado de um rapaz de 23 anos em uma moto. Segundo a PM, um dos dois teria atirado contra uma viatura que fazia uma blitz pela cidade.

De acordo com o tenente, a polícia reagiu aos tiros e perseguiu os dois suspeitos, que acabaram baleados e detidos. Raphael foi atingido no braço e acima do peito, do lado esquerdo. O outro rapaz, que é baiano, foi atingido nas nádegas. Os dois foram levados para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, cidade distante cerca de 100 km de Salvador.

Arma apreendida com torcedor corintiano e outro rapaz na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Revólver 38 foi apreendido com corintiano e baiano
após troca de tiros com a PM (Foto: PM/ Divulgação)

O tenente Wilson informou que foi apreendido com os rapazes um revólver calibre 38, de modelo especial. Com Raphael, a polícia encontrou documentos que comprovam a entrada e saída dele na Bolívia. Também foi encontrada uma carteira da torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, em nome de Raphael. A polícia informou que os dois suspeitos não correm risco de morte. Nenhum policial ficou ferido durante a troca de tiros.
Raphael estava no primeiro grupo de corintianos libertado pelo governo boliviano, e chegou ao Brasil em 9 de junho. A mãe do torcedor, Valcineia Machado dos Santos, confirmou ao G1 que o filho foi hospitalizado na Bahia, mas não quis dar mais detalhes sobre o ocorrido.

O caso foi registrado no Complexo Policial de Feira de Santana, de onde deve ser encaminhado para uma delegacia local.

Carteira da Gaviões da Fiel de Raphael Castilho, baleado na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Carteira da Gaviões da Fiel de Raphael Castilho, baleado na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)

Documento que mostra saída de Raphael da bolívia foi encontrado com ele na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Documento que mostra saída de Raphael da Bolívia foi encontrado com ele na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)

13/09/2013

Diga-me com quem andas e direi quem és

Filed under: Luiz Estevão,Marco Aurélio Mello,Salvatore Cacciola — Gilmar Crestani @ 8:59 am
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Marco Aurélio: a arte de pesar a mão depende da ocasião

sex, 13/09/2013 – 08:31 – Atualizado em 13/09/2013 – 08:36

Luis Nassif

A pressão do Ministro Marco Aurélio de Mello sobre seus colegas, na votação do AP 470, traz uma indagação: quem é Marco Aurélio?

Ora, apresenta-se como o polêmico “voto-vencido”, o Ministro que investe contra a maioria, contra o efeito-manada, contra a voz das ruas. Ora, como acontece agora, invoca a voz das ruas para constranger colegas.

É importante confrontar os dois personagens. Ao longo de sua história, a imagem do lutador solitário, do homem contra a manada, garantiu a Marco Aurélio a blindagem necessária para amenizar uma série enorme de decisões polêmicas. Tudo tinha uma explicação simples: Marco Aurélio é o lutador solitário, que investe contra as maiorias que prejudicam os direitos individuais.

Conquistou a admiração de muitos, inclusive a minha, que o defendi em inúmeras oportunidades.

Ontem, ao invocar as maiorias e o efeito-manada, caiu a máscara. Ou, no mínimo o álibi fica sob suspeita.

À luz do novo Marco Aurélio, relembremos alguns episódios polêmicos do antigo Marco Aurélio:

1.     Durante plantão, em julho de 1999, concedeu liminar ao empresário Luiz Estevão (do caso TRT-SP) suspendendo as investigações por quatro meses. Meses atrás, outra liminar impediu o Tribunal de Contas da União  de investigar as ligações entre a Incal e o grupo OK, de Luiz Estevão.

2.     Ordenou a libertação de Rodrigo Silveirinha, acusado de remessa ilegal de US $ 34 milhões para a Suiça.

3.     Concedeu habeas corpus a Salvatore Cacciola, seu vizinho em condomínio no Rio de Janeiro. Graças ao HC, Cacciola foi libertado e pode fugir, em seguida, para a Itália.

4.     Deu sentença favorável a um estuprador de 35 anos sob a alegação de que a vítima, de 12 anos, tinha discernimento suficiente sobre sua vida sexual.

5.     Em 2007 concedeu habeas corpus a Antônio Petrus Kalil – o Turcão – acusado de explorar caça-níqueis. Isso após duas prisões seguidas de Turcão pela PF, pelo mesmo crime.

23/07/2013

Tudo o que Augusto Nunes pratica aprendeu atrás da portas na RBS

Filed under: Augusto Nunes,Paulo Nogueira,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 7:47 am
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Paulo Nogueira reduz Augusto Nunes a pó

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Num artigo preciso, o jornalista que comanda o Diário do Centro do Mundo afirma que, em países civilizados, mesmo personagens como Augusto Nunes são protegidos de jornalistas como Augusto Nunes; a última gracinha de Nunes foi eleger "O Bebum de Rosemary" como nome do livro que levaria o ex-presidente Lula à Academia Brasileira de Letras

23 de Julho de 2013 às 07:08

247 – Em países civilizados, até personagens como Augusto Nunes são protegidos de jornalistas como Augusto Nunes. É o que argumenta Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. Confira:


O Sanatório Geral de Augusto Nunes

PAULO NOGUEIRA 22 DE JULHO DE 2013

E então ficamos sabendo que o vencedor do concurso de títulos promovido por Augusto Nunes para um livro de Lula é O Bebum de Rosemary.

O segundo lugar é 50 Toneis de Pinga.

Imagino que seja para rir.

Comentei este concurso outro dia. Nele, Lula era chamado de ladrão, molusco, burro, cachaceiro, afanador e larápio.

Jornalista pode insultar alguém assim por ter microfone? Este era meu ponto.

Minha resposta: o artigo traduz o atraso da mídia brasileira, notadamente a da Veja e a  de seu blogueiro, e a ausência de limites.

Por muito menos que isso a Justiça americana emparedou Paulo Francis, como todos sabemos.

E se alguém enveredar pela vida pessoal de Augusto Nunes? Tudo bem? Não, não está tudo bem.

A beleza de limites para abusos da mídia é proteger Augusto Nunes de jornalistas como Augusto Nunes.

Nestes últimos dias, por causa do concurso, acabei lendo textos dele.

Conheço muitas histórias de Augusto Nunes, mais do que gostaria, na verdade. Mas me recuso a usá-las. Digo apenas que ele atacar sistematicamente Lula pela bebida e pelas mulheres é uma das práticas mais hipócritas, cínicas e farisaicas que vi em toda a minha vida.

Os insultos de Augusto são ubíquos.

Num vídeo em que Dilma esquece o nome de um político, ele a chama de “dois neurônios” e define o esquecimento como “derrapagem espetacular”.

Um leitor perguntou se ele se achava mais inteligente que a “dois neurônios”. Respondeu Augusto: “Muito. Muitíssimo.” E em seguida disse ao leitor: “E agora cai fora porque não vou responder perguntas de quem não tem neurônios.”

Numa demonstração de quem são os leitores de Augusto, vários deles aplaudiram a resposta.

Por causa de alguns acontecimentos recentes, a Bolívia tem sido alvo de artigos de Augusto.

Evo Morales é sempre chamado de “Lhama de Franja”, e ele realmente parece achar isso espirituoso.

Rui Falcão é acusado de mentiroso num texto por piscar mais que o normal. Augusto Nunes sabe que Rui Falcão ficou com uma sequela por causa de torturas sob a ditadura. Daí as piscadas.

Jornalismo?

Num texto recente sobre Lula no ABC, um leitor é chamado de “cretino” e uma leitora é mandada para você sabe onde, por cometerem o pecado de não concordar com o que estava escrito.

Um terceiro leitor recebeu a seguinte resposta, depois de ver suas palavras censuradas (só apareceu o que Augusto escreveu): “Cai fora, animal.”

Ninguém lê? Nenhum editor vê e pondera? Ninguém coloca limites em tanta baixeza, malvadeza e covardia?

Baixeza e malvadeza por razões óbvias. Covardia porque o leitor, ao contrário dele, não tem voz.

Curiosamente, está escrito o seguinte na caixa deixada para comentários: “Aprovamos comentários em que os leitores expressam suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares (…) e ofensas serão excluídos.”

Bem, quem acredita nisso acredita em tudo. Faça um teste.

O que acontece é que os leitores sãos vão debandando, e ficam aqueles que são igualmente movidos por maus sentimentos – gente com ódio, intolerante diante de opiniões diversas, cega de fanatismo.

Sobra um gueto não de jornalismo, mas de barbárie fantasiada de jornalismo.

Curiosamente, as duas expressões que melhor designam, em minha opinião, o que se faz no blog de Augusto Nunes são criações dele mesmo: “esgotosfera” e “sanatório geral”.

Paulo Nogueira reduz Augusto Nunes a pó | Brasil 24/7

24/05/2013

Pigmeu jurídico, quer parecer gigante

Filed under: Gilmar Mendes,Pigmeu — Gilmar Crestani @ 8:31 am
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Gilmar Mendes critica ‘gigantismo’ de ministério

‘Burocracia’ deve ser revista, diz ministro

DE BRASÍLIA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez ontem uma crítica ao que chamou de "gigantismo" do ministério da presidente Dilma Rousseff, que tem 39 pastas.

Segundo Mendes, esse é um exemplo de "burocracia", que deve ser revisto.

Mendes fez sua crítica ao abrir o 3º seminário internacional de direito administrativo e administração publica, promovido pelo instituto Brasiliense de Direito Público.

Ao propor o debate sobre gestão pública, Mendes defendeu a necessidade de maior eficiência na administração. "Há um gigantismo, muita burocracia", afirmou o ex-presidente do Supremo.

No início do ano, Dilma criou a 39ª pasta da administração federal, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que é comandada por Guilherme Afif Domingo (PSD). O novo ministro acumula o cargo com o de vice-governador em São Paulo.

O governador Geraldo Alckmin participou do seminário, que contou com o senador Blairo Maggi (PR-MT) e o ex-senador Rodolpho Tourinho Neto (DEM-BA) entre os palestrantes. Na pauta, a importância de investimentos em infraestrutura.

"O Brasil ficou caro antes de se tornar um país rico", afirmou Alckmin, em sua intervenção.

(CATIA SEABRA)

    13/04/2013

    Luiz Fux abaixa Bermudes e dá ré

    Filed under: Luiz Fux,Sérgio Bermudes,STF — Gilmar Crestani @ 8:47 am
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    Ministro do STF cancela festa que seria paga por advogado

    Foram convidadas 300 pessoas para aniversário de 60 anos de Luiz Fux, no Rio

    Repercussão levou ministro a pedir a patrocinador do jantar que cancelasse o evento, marcado para o dia 26

    MÔNICA BERGAMOCOLUNISTA DA FOLHAMARCO ANTÔNIO MARTINSDO RIO

    O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu ontem ao advogado Sérgio Bermudes que ele cancelasse o jantar que estava preparando para o magistrado.

    A festa, que ocorreria no dia 26 no apartamento de 800 metros quadrados do advogado, na zona sul do Rio, estava preparada para reunir políticos e a cúpula do judiciário nacional e do Estado.

    O evento celebraria os 60 anos de Fux.

    "Estamos cancelando a pedido do ministro", disse Bermudes na noite de ontem.

    Segundo relato do advogado, Fux disse que sua mãe, Lucy, de 78 anos, teve uma crise de hipertensão com a repercussão negativa da celebração, o que teria preocupado o ministro.

    A divulgação do jantar pela Folha causou constrangimento no Supremo. Nos bastidores, ministros criticaram a festa, para a qual foram disparados 300 convites.

    Além de ser bancada pelo advogado, ela ocorreria pouco após o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, ter criticado o que considera "conluio" entre juízes e advogados.

    Coincidiria também com o julgamento dos recursos dos réus do mensalão, que tentam reduzir suas penas.

    Além de todos os ministros do Supremo, Bermudes chamou para o evento os integrantes do Superior Tribunal de Justiça, os 180 desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral.

    O mal-estar foi agravado pela informação de que a filha do ministro, Marianna Fux, 32, é candidata a desembargadora do TJ do Rio.

    Na festa, ela teria a oportunidade de circular entre potenciais eleitores, já que cabe aos desembargadores do TJ escolher, a partir de uma lista sextupla da OAB-RJ, os três nomes que serão apresentados ao governador. Cabral então escolhe o novo desembargador.

    Cabral negou ter recebido o convite para o jantar. Também disse desconhecer movimentação em prol da filha do ministro. "A mim nunca chegou esse assunto. Agora, que ela é uma advogada brilhante e respeitada, ela é."

    Antes da desistência de Fux, Bermudes havia defendido o evento sob o argumento de que Fux nunca julgou ação em que ele atua como advogado, informação reiterada pelo gabinete do ministro.

    "Sempre fomos muito amigos. É uma amizade de 40 anos que começou quando ambos éramos professores. Fui orientador dele e o ministro Fux sempre se julga impedido de atuar nas ações assinadas por mim ou por sua filha". Marianna trabalha no escritório do advogado.

    Colaboraram CRISTINA GRILLO e ITALO NOGUEIRA, do Rio, e FELIPE SELIGMAN, de Brasília

    24/04/2011

    Censores (argentinos) y energúmenos (Vargas Llosa)

    Filed under: Direita — Gilmar Crestani @ 8:51 pm
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    El País, ao cerrar fileiras ao lado neoliberal Vargas Llosa, chama os argentinos de censores e ao laureado pelo Nobel de energúmeno. Enfim, o El País encontrou o adjetivo correto para o dinossauro da ALCA e do neoliberalismo.

    Contra censores y energúmenos

    Vargas Llosa clama por "la libertad y los libros" en Buenos Aires – Ambiente caldeado en las horas previas a la conferencia que un grupo de intelectuales quiso vetar

    SOLEDAD GALLEGO-DÍAZ – Buenos Aires – 22/04/2011

    Mario Vargas Llosa no inauguró finalmente la 37ª Edición de la Feria del Libro de Buenos Aires, como estuvo previsto en su momento, pero sí pronunció el discurso "principal" del orador invitado, 24 horas después de la apertura formal de la muestra. "Se supone que la inauguración es un acto único, pero aquí se ha desdoblado en dos días distintos, imagino que para evitar que yo apareciera junto a los políticos el día de la apertura", explicó a EL PAÍS el premio Nobel de Literatura 2010. "Mi discurso no cambiará por eso: defender el derecho de los libros a ser libres es defender nuestra libertad de ciudadanos, el precioso fuego que la atiza, mantiene y renueva", afirmó.

    El ambiente, que parecía más calmado, se caldeó mucho en las últimas horas, con unas imprevistas declaraciones de Aníbal Fernández, jefe de Gabinete de la presidenta. Pareció ignorar las instrucciones de Cristina Kirchner de dejar en paz al escritor y lanzó un furioso ataque tanto contra Vargas Llosa como contra Fernando Savater, que visita también estos días Buenos Aires y que se rio de los intelectuales argentinos que protestan por la presencia del premio Nobel en la Feria del Libro.

    Aníbal Fernández les acusó de decir "estupideces" y dijo sentir "vergüenza ajena" por la actitud crítica de los dos intelectuales. El jefe de Gabinete repudió a Vargas Llosa porque, dijo, "insulta a nuestra presidenta" y se mete con lo que pasa "en un país que no es el suyo", dos acusaciones que podían ser interpretadas como una luz verde para que el discurso del premio Nobel fuera objeto de cualquier tipo de incidentes.

    El acto de inauguración formal, que se desarrolló el miércoles por la tarde, tampoco ayudó a calmar las cosas. Aunque no asistieron ni la presidenta, Cristina Fernández de Kirchner, ni el intendente de la ciudad, Mauricio Macri, sus enviados y representantes se las arreglaron para alimentar el clima de confrontación. El ministro de Educación, Alberto Sileone, en especial, convirtió la inauguración en un mitin político puro y duro. Logró el extraño prodigio de inaugurar una Feria del Libro en una capital latinoamericana sin mencionar el hecho de que este año un escritor latinoamericano ha sido reconocido con el Nobel.

    Vargas Llosa no se siente ofendido por el cambio de programa, ni alteró por eso el contenido de su discurso, una defensa apasionada del libro que "como árboles de un bosque encantado, se animan al abrirlos". "Basta que celebremos con sus páginas esa operación mágica que es la lectura para que la vida estalle en ellos".

    El escritor no rehúye, sin embargo, la polémica. "Agradezco a la presidenta su oportuna intervención para atajar el intento de veto de algunos colegas y adversarios de mis ideas políticas para desinvitarme al acto", asegura. "Ojalá esa toma de posición se contagie a todos sus partidarios y sea mantenida por ella misma en su conducta gubernamental".

    Vargas Llosa quiso que su discurso, esperado con enorme expectación en una sala abarrotada de público, fuera seguido por un coloquio abierto con los asistentes, moderado por el periodista argentino Jorge Fernández Díaz, con la esperanza de que el acto discurriera con tranquilidad. El resultado final no se supo hasta pasadas las siete de la tarde (doce de la noche hora española). Previamente, el premio Nobel de Literatura tuvo que soportar que un pequeño grupo de piqueteros "ideológicos" cortara el tráfico frente a su hotel y que, con un ensordecedor ruido de bombos, reclamara su marcha del país. "Les vi desde la ventana. No eran muchos, pero hacían mucho ruido. Gritaban contra mí, pero no estaban muy informados porque me decían que Humala va a ganar las presidenciales en Perú, sin saber que yo ya he anunciado que voy a votar por él, para evitar que regrese Fujimori al poder y se legitime su etapa de robo, asesinatos y corrupción".

    Vargas Llosa reconoce que este tipo de polémicas le resulta muy cansada y aburrida y que han conseguido estropearle un viaje a Buenos Aires, algo que para él siempre había sido muy agradable y enriquecedor y que ahora le exige, incluso, llevar protección en la calle. "Estoy deseando que elijan un nuevo premio Nobel para que sea el siguiente el que tenga que soportar toda esta presión", reconoce. Pero no está dispuesto a permitir que nadie le impida hablar libremente, y mucho menos en una Feria del Libro. "Eso sería admitir la derrota frente los energúmenos", protesta. "Sobrellevo todo esto con espíritu deportivo, pero la verdad es que no comprendo por qué la inauguración de una Feria del Libro tan hermosa como la de Buenos Aires no puede ser algo sencillo sino que se convierte en un combate político y en un intento de censura".

    Contra ellos, los censores y energúmenos, pensaba dirigir su discurso "semiinaugural": "El episodio, más allá de lo anecdótico, es un asunto actual: la libertad y los libros", explicó. "Manuscritos, impresos o ahora digitales, representan la diversidad (mientras no sea expurgados, claro está). Esta extraordinaria diversidad desaparece cuando gracias a los libros nos sumergimos en lo profundo hasta llegar a aquellas raíces de la especie, pues allí descubrimos lo que hay de solidario y de semejante, una condición, unos anhelos, alegrías y miedos, que establecen una identidad recóndita sobre las diferencias y distancias".

    Los libros, cree, ayudan a derrotar los prejuicios y a descubrir que somos iguales en el fondo, que los "otros" somos "nosotros". El premio Nobel explicó cómo la Inquisición española prohibió durante casi tres siglos que se imprimieran novelas en América Latina. "Una de las perversas y felices consecuencias de esa prohibición", afirmó, "fue que la ficción prohibida se las arregló para contaminarlo todo. Eso ha sido muy beneficioso en los dominios del arte y la literatura, pero bastante catastrófico en otros en los que, sin una buena dosis de pragmatismo y de realismo, un país puede irse a pique" "Los comisarios políticos han reemplazado en la vida moderna a los inquisidores de antaño", denunció.

    Cronología de una invitación accidentada

    A principios de marzo un grupo de intelectuales argentinos, próximos al kirchnerismo y encabezados por el director de la Biblioteca Nacional, Horacio González, critican que el Nobel, invitado por la organización, inaugure la Feria del Libro de Buenos Aires y piden en una carta que se vete su presencia.

    La reacción de la presidenta no se hace esperar y un día después exige que se retire la carta que pide el veto.

    – Cristina Fernández desactivó los posibles piquetes ideológicos, pero no impidió una doble apertura que pretende contentar a todos.

    – El acto oficial se celebró el miércoles. Ayer habló Vargas Llosa.

    Contra censores y energúmenos · ELPAÍS.com

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