Ficha Corrida

28/12/2014

Objetivo alcançado: estelionato educacional

Filed under: Colégio Objetivo,ENEM,Manipulação — Gilmar Crestani @ 11:01 pm
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Como pode trabalhar com educação que não tem educação, quem age de forma nada ética? É por isso que a educação deveria ser sempre e só pública. Mas para que isso seja possível é preciso que os sonegadores paguem seus impostos. A maioria dos que mais falam no custo Brasil, no volume dos impostos, são os que menos pagam. Olha a Globo, sempre zelosa em falar na alta dos impostos se não é uma das maiores sonegadoras?

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/12/1566788-notas-dos-melhores-levam-escolas-tradicionais-para-o-topo-do-enem.shtml

Primeiro lugar do Enem dá ‘jeitinho’ para liderar ranking

sab, 27/12/2014 – 08:35

Jornal GGN – A escola primeira colocada no ENEM se utiliza de uma artimanha jurídica para aparecer sempre em primeiro lugar. Ela criou um novo CNPJ, ou uma nova escola, onde separa os alunos que mais se destacam para fazer a prova sob esta “nova escola” que fica no mesmo espaço físico. O desempenho desta sala é melhor do que o restante da escola. Ela aparece em primeiro, o restante na 569ª colocação.

Do Estadão

Blog do Mateus Prado

Escola campeã do ENEM ocupa, ao mesmo tempo, 1º e 569º lugar do ranking

A primeira colocada no ENEM não é uma escola, é uma artimanha jurídica que faz com que os alunos tenham suas notas computadas em duas listas diferentes.

Vários Fakes entre as primeiras colocadas no ENEM

A escola que se auto intitula a primeira colocada no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ocupa, ao mesmo tempo, a 1ª e a 569ª posição no ranking que a imprensa faz com os resultados do ENEM.  E  faz 5 anos que a escola usa do mesmo expediente (fingir ser outra escola para ficar em primeiro lugar no ENEM) e ninguém toma nenhuma providência.

Como ela fez isto ? Fácil. A escola, localizada na Avenida Paulista, em 2009 separou numa sala diferente os alunos que acertavam mais questões em suas provas internas. Trouxe, inclusive, alguns alunos de suas franquias pela grande São Paulo. E “criou” uma outra escola (abriu outro CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço físico. E de lá pra cá esta ‘outra escola’ todo ano é a primeira colocada no ENEM. A 569ª posição é a que melhor reflete as condições da escola. O 1º lugar é uma farsa.

A primeira colocada no ENEM NÃO é uma escola, é uma artimanha jurídica que faz com que os alunos tenham suas notas computadas em duas listas diferentes. Uma minoria que acerta muitas questões vai pro CNPJ novo e fica em primeiro lugar no ENEM. Todos os demais – a maioria – fica no CNPJ antigo e tem resultados muito ruins no ENEM (em 2013 a 569ª colocação).

Todos estudam no mesmo prédio,  com os mesmos professores, com o mesmo material,  no mesmo horário, convivendo no mesmo pátio e no mesmo horário de intervalo.  O resultado (1º ou 569º) não é diferente por qualquer motivo pedagógico. É diferente porque a escola selecionou quem ela queria que fizesse as provas para representar o novo CNPJ.

No Rio a mesma instituição é a 3ª colocada e a 2015ª

No Rio de Janeiro tivemos mais um destes absurdos. A terceira colocada nacional, que nunca tinha aparecido nem perto das primeiras nacionais e nem nas primeiras posições do Rio de Janeiro, este ano apareceu em terceiro lugar nacionalmente. Mas uma análise um pouquinho mais aprofundada mostra que a escola em 2013 dividiu-se em 13 unidades diferentes (eram menos em outros anos, vários bairros do Rio receberam uma segunda unidade) e a unidade que aparece em terceiro lugar nacional teve somente 15 alunos que fizeram a prova. E sabe qual a posição de todas as 13 unidades da escola ? Ai vai : 3ª, 13ª, 19ª, 387ª, 509ª, 610ª, 739ª, 2105ª, 1549ª, 1034ª, 1010ª, 958ª, 764ª. É isto mesmo. A escola conseguiu ser as mesmo tempo a 3ª melhor escola e a 2105ª do ENEM 2013, e isto passando por escola 1010, escola 1034, escola 1549. É obvio e ululante, estas escolas foram criadas somente para aparecer entre as primeiras colocadas no ENEM. Mandaram pra “lá” quem acerta mais questões entre seus centenas, ou até milhares de alunos, e criaram uma ilusão de que possuem as melhores escolas do Brasil. Tem dúvida ? Tente matricular seu filho em alguma destas duas escolas. Sim, você vai conseguir (se puder pagar quanto eles pedem), mas não na turma que eles tanto usam como propaganda.

O expediente é usado por centenas de escolas em todo o Brasil

Não, isto não é exclusividade destas duas escolas. No Brasil todo temos centenas de escolas que trabalham com a regra na mão para tentar parecer que são a melhor e depois divulgar, em suas propagandas, que são a melhor escola do país, do estado, da região, da cidade e, em cidades grandes, como várias capitais, até mesmo que é a melhor escola de um determinado bairro.
Uma curiosidade é que a ‘primeira’ colocada no ENEM não aprovaria, se consideramos que seus cerca de 40 selecionados alunos tivessem a nota média divulgada no ENEM, NENHUM aluno para o curso de Medicina nas Federais mais tradicionais do Sudeste. E, pior, a escola verdadeira, aquela que faz a captação dos alunos que mais gabaritam em simulados, não aprovaria ninguém (se considerarmos que todos tivessem a média divulgada para a escola) em nenhum curso muito ou mediamente concorrido. Eles ficariam com nota média um pouco menor que 624 pontos, o que significa um pouco mais de um desvio padrão em relação ao aluno médio nacional, o que é um desastre pedagógico se consideramos as condições socioeconômicas dos alunos e o valor de sua mensalidade (superior a dois mil reais).

“Receita” para ficar entre as primeiras no ENEM

Antes de explicar a “receita” para alcançar os primeiros lugares nestas divulgações já digo, de antemão, que não adianta o MEC simplesmente falar que ele não faz e não divulga ranking, que quem faz isto é a imprensa. Pode até ser que hoje seja assim, mas algumas vezes, em anos anteriores, o MEC tinha ferramentas, em seu site, que classificava as escolas por ordem de nota, igual ao que fazemos com uma tabela de Excel. O MEC trabalhou para incentivar os atuais ranqueamentos.

A receita é simples para uma escola estar entre as primeiras colocadas: Tenha uma mensalidade alta (famílias de maior capital econômico tendem a ter maior capital cultural), selecione seus alunos com prova e/ou entrevistas (assim sua ‘escola’ já irá iniciar o ensino médio com os alunos que tendem a acertar mais questões do tipo ENEM/Vestibular), separe os alunos que acertam mais questões nos simulados e faça a matrícula destes num outro CNPJ, dê a esta ’nova escola’ um nome parecido ao da sua escola principal.  Distribua bolsas para os alunos de outras escolas que acertam muitas questões em seus simulados abertos, mesmo que a família destes alunos tenham plenas condições de pagar pelo curso (mas se o aluno não tiver condições econômicas de frequentar a sua escola você pode até ‘pagar’ para que ele esteja entre seus matriculados). Por fim não admita, em nenhuma hipótese, que alunos de inclusão (com necessidades especiais) estejam na escola (no CNPJ) que você deseja que apareça bem no ENEM. Depois disto é só correr pra galera e contar para a sociedade  a lorota de que sua escola é a melhor do país,  do estado,  da metrópole, da região, ou – para delírio de muitos – a melhor colocada do ENEM no bairro.

Todas as escolas nas primeiras colocações no ENEM usam um ou mais dos expedientes que citei. Tem algumas que usam todos. Até as públicas melhores colocadas usam de um destes expedientes (elas selecionam os alunos com prova, que chamam de ‘vestibulinho’. Já começam o primeiro ano com quem, entre seus inscritos, acertam mais questões. Boa parte de seus alunos são provenientes de famílias de boas condições econômicas e/ou cultural).

Hoje a nota do ENEM só ajuda a gente descobrir que está matriculado em cada escola

O que é fundamental entender é, que do jeito que analisamos as notas do ENEM, que na média nacional são muito baixas para todas as escolas, tanto públicas como particulares (é bom explicar que 600 não é 60%, e 700 não é 70%, a nota do ENEM é dada em uma escala de desvio padrão) só conseguimos descobrir onde estão os alunos de melhores condições sócio econômicas. Só isto.

Notas são todas muito baixas, inclusive das escolas particulares melhores colocadas

Qualquer média, nas quatro provas objetivas, abaixo de 700 (700 é algo, para 2013, entre 80 e 90 acertos de um total de 180 questões) é muito baixa para escolas particulares.  Uma nota abaixo de 600 (600 foi, para 2013, um pouco mais ou pouco menos de 60 acertos nas 180 questões) demonstra que os três anos de ensino médio serviram para quase nada na formação do aluno, seja em escola pública ou particular. A média 600, nas quatro provas objetivas já é um desastre total na formação do aluno. A média 500, que é a nota do aluno mediano (o aluno do meio na escala de notas), é um desastre ainda maior, e metade dos alunos que estavam no terceiro ano e fizeram o ENEM ficaram com nota menor que 500 (em uma distribuição de desvio padrão metade da distribuição da amostra fica acima de 500 e metade fica abaixo de 500). Lembro que, como a nota é dada em desvio padrão, de média 500 e desvio 100, o aluno nunca zera, mesmo que erre todas as questões.

Como melhorar a avaliação das escolas de Ensino Médio ?

E existe solução para que o indicador seja mais claro e objetivo, tenha função pedagógica e não seja instrumento de propaganda de algumas escolas mal intencionadas? Sim, claro que há. Primeiro é óbvio que ter algum indicador é melhor do que não ter nenhum. Neste sentido é melhor a nota do ENEM, para avaliar as escolas, do que nada. Mas este indicador foi jogado ao país sem maiores explicações de seu significado e imediatamente apoderado pelas escolas e pelos sistemas de ensino que querem passar a impressão que as primeiras colocações são da responsabilidade deles. Não são. São resultado da história de vida dos alunos que as escolas captaram.

Escolas, ou sistemas de ensino, que usam de pelo menos alguns destes expedientes estão muito pouco preocupados com o desenvolvimento da Educação e com as reformas necessárias para que o Ensino Médio seja de fato uma porta de oportunidades com menor diferenças para ricos e pobres.

O ENEM, como avaliador do ensino médio, precisa criar mecanismos para que a sociedade possa olhar para uma escola e saber o que de fato ela acrescentou ao aluno. E a única forma de saber isto é saber ‘onde ele estava’ quando entrou no ensino médio e ‘onde ele chegou’ quando saiu dele. Dessa forma todos nós saberemos se o método, o material, os professores, a estrutura e tudo mais ao redor do aluno, na escola, colaboraram para sua formação no ensino médio ou se essa formação foi tão somente fruto de seu amadurecimento, de sua estrutura familiar e de sua convivência em sociedade.

A nota, das escolas, tem que ser dada à diferença entre onde ela recebeu a turma e até onde ela caminhou com ela. E não tem jeito, a única forma de fazer isto é criar um exame no fim do nono ano do ensino fundamental para que os alunos o façam e tenham seus resultados comparados com o que venham a ter no ENEM. E este exame precisa ter alguma coisa com poder de incentivo suficiente para atrair a maior parte dos alunos brasileiros a realizá-lo. E que se dediquem a estudar para ele. O ENEM tem algum tipo de incentivo a isto, com a possibilidade do aluno entrar em uma Universidade, mas ele não é absoluto. Milhões de pessoas que estão no ensino médio, mas não acreditam na perspectiva, de fato, de passar em uma Universidade Pública não chegam nem a fazer a inscrição para o ENEM – muitas vezes fazem, mas deixam de comparecer nos dias do exame ou simplesmente ‘abandonam’ a prova pela metade em um ou nos dois dias de Prova (isto acontece principalmente em Matemática, a última prova, no caderno de provas, do segundo dia do exame).

Com o ‘jeitinho’ que centenas de escolas usam pra burlar a avaliação feita pelo ENEM, e o consequentes ranking, nos deparamos com uma grande distorção entre esses resultados e o das escolas que não utilizam o artifício e, com essa situação, quem sai perdendo mais uma vez é a sociedade.

Primeiro lugar do Enem dá ‘jeitinho’ para liderar ranking | GGN

27/08/2014

Os alckmistas estão chegando

PSDB unica obra boaChoque de gestão made in PSDB. Esta história já ocorreu na Paraíba de Cássio Cunha Lima, na Alagoas do Teotônio Vilella Filho, no Rio Grande do Sul de Yeda RBS Crusius!

Agora começa, enfim, vazar em São Paulo.

Os sucessivos governos de São Paulo, capitaneados pelo PSDB, foram blindados pela velha mídia.  A parceria que se resolvia, de um lado no silêncio sobre o descalabro administrativo (quebra da USP, crise d’água, PCC, insegurança crescente, Siemens, Alstom…), e de outro, na distribuição de assinatura de Veja, Folha & Estadão nas escolas públicas de SP.

O PSDB sempre se vangloriou dizendo que tinha os melhores quadros. Sim, Hitler, depois que saqueou museus da França, também tinha….

De longe, o melhor quadro do PSDB foi posto no STF: Gilmar Mendes

Diante do descalabro, o correto seria dizer: os alckministas estão achacando!

UNIVERSIDADES EM CRISE

Unicamp cobra de Alckmin repasse de verba prometida

Universidade afirma que o Estado não cumpriu acordo assinado em 2005

Escola abriu campus sob a condição de que houvesse aumento de repasse; USP tem situação semelhante

FÁBIO TAKAHASHIDE SÃO PAULO

Em meio à crise financeira nas universidades públicas paulistas, a Unicamp cobra o governo estadual a cumprir um acordo de 2005 que prevê aumento de recursos para a instituição.

O acordo determinou que o repasse do Estado para a universidade cresceria se fosse aberto um campus em Limeira (interior de SP), que aumentou em 17% as vagas de graduação da instituição.

O campus foi inaugurado em 2008, mas a mudança no Orçamento não ocorreu.

O acordo foi assinado pelo secretário de Ciência e Tecnologia do então primeiro governo Geraldo Alckmin (PSDB), João Carlos Meirelles. Previa aumento de repasses a partir de 2006.

Cálculo da reportagem aponta que a escola deveria ter recebido cerca de R$ 300 milhões adicionais desde então, em valores corrigidos.

O montante seria suficiente para sustentar por mais de seis meses o sistema hospitalar universitário da Unicamp, que faz 22 mil internações.

Questionada pela Folha sobre o acordo assinado com o governo estadual, a universidade afirmou que "mantém a expectativa de que o termo assinado em 2005 seja efetivamente cumprido".

A escola disse também que o campus –que possui 2.200 alunos em cursos como engenharia, administração e nutrição– representa "o maior crescimento já realizado de uma só vez na Unicamp".

Pelo acordo, o crescimento de receita se daria por meio do aumento no repasse do ICMS (principal imposto paulista), maior fonte de financiamento das universidades públicas de São Paulo.

O incremento representaria acréscimo de 2% do que a Unicamp recebe hoje.

Como a USP, a Unicamp afirma estar em dificuldades financeiras e não apresentou proposta de reajuste salarial para seus servidores para este ano, o que tradicionalmente ocorre em maio.

Parte dos servidores das duas universidades, além dos da Unesp, está em greve.

USP EM LORENA

Também em 2005, o então secretário Meirelles assinou ofício em que se comprometia a aumentar o repasse para a USP caso ela incorporasse uma faculdade estadual de engenharia, em Lorena.

A unidade foi incorporada, mas não foi implementado o crescimento de cerca de 5% na fatia do ICMS transferida para a universidade.

A assessoria de imprensa da USP diz que a instituição não cobra o governo porque boa parte dos gastos da faculdade ainda são custeados pelo Estado (a maior parte da folha de pagamento).

A unidade representa 0,3% de todo o gasto da USP, mais do que a Faculdade de Direito de Ribeirão Preto.

A reitoria diz também que a faculdade de Lorena não tem grande impacto na crise financeira da universidade, que gasta 106% do Orçamento com folha de pagamento.

Setores da universidade, porém, entendem que a reitoria deveria negociar com o governo aumento de verbas, considerando a expansão de vagas, em vez da adoção de medidas de corte, como o plano de demissão voluntária de funcionários, proposto pelo reitor Marco Antonio Zago.

Colaborou FELIPE SOUZA

14/08/2014

Se o PSDB não consegue administrar uma Estadual, como vai administrar todas as federais?

Filed under: Aécio Neves,Choque de Gestão,Geraldo Alckmin,PSDB,USP — Gilmar Crestani @ 8:37 am
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Educacao fhc x lulaEm crise, USP cogita plano de demissão voluntária

Proposta estudada por universidade também inclui menor jornada de professor

Mudanças ainda serão discutidas; desde 2013, folha de pagamento é maior que todo o orçamento da escola

FÁBIO TAKAHASHIDE SÃO PAULO

Em nova tentativa de atenuar uma de suas mais graves crises financeiras, a USP estuda implementar programa de demissão voluntária de funcionários e incentivo para que professores reduzam as jornadas de trabalho.

Desde o ano passado, o gasto com folha de pagamento é maior que todo o orçamento da universidade, que deve receber R$ 5 bilhões do Estado em 2014. Assim, a instituição tem usado reservas para sustentar as atividades.

Segundo texto obtido pela Folha, feito pela administração da universidade, a ideia é adotar programa de demissão voluntária que abranja 3.000 funcionários (o documento não especifica se a proposta inclui os professores).

No total, a instituição possui 17.450 técnicos administrativos e 6.000 docentes.

Segundo a proposta, a medida pode diminuir em 10% o gasto da USP com folha de pagamento, que hoje representa 106% do orçamento. As indenizações custariam, porém, R$ 600 milhões.

Por ser uma instituição pública, a universidade não pode demitir servidores como em uma empresa privada.

As mudanças ainda serão discutidas com outros dirigentes da USP antes de serem apresentadas para votação interna. Há a previsão também de que a universidade passe para o governo parte de sua estrutura e seus gastos.

Na sexta-feira (15), o reitor Marco Antonio Zago deve se reunir com diretores de faculdades para tratar do tema.

REDUÇÃO DE JORNADA

Outra medida estudada pela universidade é incentivar que professores diminuam as jornadas de trabalho e, com isso, reduzam seus salários. A ideia é que, para uma redução de 25% da jornada, haverá corte de 20% do salário.

O texto não informa qual será a economia caso todas as medidas sejam adotadas.

No início do ano, ao assumir o mandato, o reitor já havia tomado ações de restrição, como proibição temporária de contratações.

A política de cortes contraria parte da universidade, em greve há mais de dois meses devido à proposta do reitor de não dar reajuste salarial.

Para esses setores, em vez de a instituição fazer restrições, o governo deveria aumentar a verba para a universidade, que cresceu nos últimos anos sem que houvesse novo financiamento.

Apenas nos últimos cinco anos, o número de alunos cresceu quase 10%.

A legislação prevê que a USP receba 5% do ICMS (principal imposto estadual). O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que tem cumprido o que a regra exige.

Se o PSDB não consegue administrar uma Estadual, como vai administrar todas as federais?

Filed under: Aécio Neves,Choque de Gestão,Geraldo Alckmin,PSDB,USP — Gilmar Crestani @ 8:05 am
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Educacao fhc x lulaEm crise, USP cogita plano de demissão voluntária

Proposta estudada por universidade também inclui menor jornada de professor

Mudanças ainda serão discutidas; desde 2013, folha de pagamento é maior que todo o orçamento da escola

FÁBIO TAKAHASHIDE SÃO PAULO

Em nova tentativa de atenuar uma de suas mais graves crises financeiras, a USP estuda implementar programa de demissão voluntária de funcionários e incentivo para que professores reduzam as jornadas de trabalho.

Desde o ano passado, o gasto com folha de pagamento é maior que todo o orçamento da universidade, que deve receber R$ 5 bilhões do Estado em 2014. Assim, a instituição tem usado reservas para sustentar as atividades.

Segundo texto obtido pela Folha, feito pela administração da universidade, a ideia é adotar programa de demissão voluntária que abranja 3.000 funcionários (o documento não especifica se a proposta inclui os professores).

No total, a instituição possui 17.450 técnicos administrativos e 6.000 docentes.

Segundo a proposta, a medida pode diminuir em 10% o gasto da USP com folha de pagamento, que hoje representa 106% do orçamento. As indenizações custariam, porém, R$ 600 milhões.

Por ser uma instituição pública, a universidade não pode demitir servidores como em uma empresa privada.

As mudanças ainda serão discutidas com outros dirigentes da USP antes de serem apresentadas para votação interna. Há a previsão também de que a universidade passe para o governo parte de sua estrutura e seus gastos.

Na sexta-feira (15), o reitor Marco Antonio Zago deve se reunir com diretores de faculdades para tratar do tema.

REDUÇÃO DE JORNADA

Outra medida estudada pela universidade é incentivar que professores diminuam as jornadas de trabalho e, com isso, reduzam seus salários. A ideia é que, para uma redução de 25% da jornada, haverá corte de 20% do salário.

O texto não informa qual será a economia caso todas as medidas sejam adotadas.

No início do ano, ao assumir o mandato, o reitor já havia tomado ações de restrição, como proibição temporária de contratações.

A política de cortes contraria parte da universidade, em greve há mais de dois meses devido à proposta do reitor de não dar reajuste salarial.

Para esses setores, em vez de a instituição fazer restrições, o governo deveria aumentar a verba para a universidade, que cresceu nos últimos anos sem que houvesse novo financiamento.

Apenas nos últimos cinco anos, o número de alunos cresceu quase 10%.

A legislação prevê que a USP receba 5% do ICMS (principal imposto estadual). O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que tem cumprido o que a regra exige.

02/08/2014

FHC e a (má) Educação

Filed under: FHC — Gilmar Crestani @ 8:14 am
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O dia em que FHC rejeitou a Bolsa Família

sex, 01/08/2014 – 06:00 – Atualizado em 01/08/2014 – 06:00

http://jornalggn.com.br/noticia/o-dia-em-que-fhc-rejeitou-a-bolsa-familia

Luis Nassifhttp://jornalggn.com.br/noticia/o-dia-em-que-fhc-rejeitou-a-bolsa-familia

A Bolsa Família é uma política de universalização da renda mínima com contrapartida de exigência de matricular as crianças na rede escolar.

Ao longo dos anos, tornou-se a principal vitrine do governo Lula, garantiu sua imagem internacional e pelo menos 12 anos de governo ao PT. O consolo do PSDB é tentar atribuir a origem da política a FHC.

Analisando-se documentos da época, no entanto, constata-se que o cavalo do Bolsa Família passou duas vezes encilhado para o então presidente Fernando Henrique Cardoso – e nas duas vezes, ele deixou de montar.

A última vez foi dois anos apenas antes de Lula apostar na política e se consagrar. Mais que isso: toda a política de educação do Ministério da Educação implementado a partir do segundo governo Lula, com ampliação das vagas escolares, aumento dos gastos com educação, ampliação dos campus universitários, expansão do instituto técnico, estava presente no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001, aprovado pela Câmara e pelo Senado. E todos esses itens foram vetados por FHC.

*** No início do primeiro governo FHC, o senador Eduardo Suplicy tentou avançar seu Programa de Renda Mínima. No dia 28 de abril de 1996 a Folha entrevistou os diversos Ministérios envolvidos com o tema.

Do Ministro do Trabalho Paulo Paiva (PTB) ouviu que “não podemos simplesmente criar um novo programa que se sobreponha aos atuais“.

Do Ministro da Previdência, Reinhold Stephanes (PFL), ouviu que o governo já tinha programas de renda mínima “e pode aperfeiçoá-los“.

O Ministro do Planejamento José Serra saiu-se com um não-argumento típico dele. Não era contra, mas o projeto “não tem sido discutido no âmbito do governo“. Era só começar a discutir.

Foi a primeira oportunidade perdida.

*** A ideia continuou crescendo.

Anos depois, foi apropriada pelo então senador Antônio Carlos Magalhães (ACM ) que a incluiu no Plano Nacional de Educação. O projeto foi aprovado na Câmara e no Senado e chegou para a sanção presidencial.

Dizia o item 1.3, subitem 22:

“Ampliar o Programa de Garantia de Renda Mínima associado a ações socioeducativas, de sorte a atender, nos três primeiros anos deste Plano, a 50% das crianças de 0 a 6 anos que se enquadram nos critérios de seleção da clientela e a 100% até o sexto ano.”

E aí FHC mostrou sua pequena dimensão de homem público. O item foi vetado sob o argumento de “contrariar o interesse público“. E contrariava devido ao fato de “as metas propostas (…) implicam conta em aberto para o Tesouro Nacional, (…) o que não se compadece com o quanto estabelecido nos arts. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal“.

*** Não ficou nisso.

Pelas mesmas razões de “interesse público” foram vetados o item que definia uma meta mínima de 40% do ensino público superior através de parcerias com Estados; o Item que criava um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Superior, para expansão da rede de instituições federais; o item que ampliava o programa de crédito educativo, associando-o ao processo de avaliação de instituições privadas.

E aí por diante.

Dois anos depois Lula assumiria o poder e montaria nos dois cavalões rejeitados por FHC.

23/01/2014

Bolsa Família à moda argentina

Filed under: Argentina,Bolsa Família,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 8:49 am
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Como no Brasil, o auxílio está condicionado ao estudo.

SUBNOTAS

Para rescatar a los hijos del neoliberalismo

“Estamos consolidando un sistema de seguridad social sin precedentes en nuestra historia”, aseguró Cristina Kirchner. El acto fue el regreso de la Presidenta a los discursos públicos. “Tanto demandaron mi presencia que espero que ahora no la critiquen”, ironizó.

Por Julián Bruschtein

“El que hable de futuro y estigmatice a los jóvenes es un cínico”, sostuvo la presidenta Cristina Fernández de Kirchner al anunciar ayer en la Casa Rosada el programa Progresar, que apunta a facilitar la escolarización de jóvenes de entre 18 y 24 años. “Cristina, Cristina, Cristina corazón”, se empezó a escuchar como un retumbe que crecía en el Salón de las Mujeres después de los aplausos. “Se van a necesitar muchas décadas para recuperar en la Argentina tanto daño social”, señaló la Presidenta en referencia a los años de neoliberalismo que achicaron el Estado y su cobertura social. El acto de ayer fue también el regreso del discurso presidencial, luego de un mes sin apariciones públicas de CFK.

“Estamos consolidando un sistema de seguridad social sin precedentes en nuestra historia”, destacó la Presidenta al anunciar el plan que busca integrar a los jóvenes de entre 18 y 24 años. Se trata de una prestación económica de 600 pesos para quienes no estudian ni trabajan o trabajan informalmente o tienen un salario menor al mínimo. El objetivo es que inicien o completen su formación en cualquier nivel educativo (ver aparte).

El anuncio de la cobertura social impacta sobre el segmento de jóvenes con mayor índice de desocupación. “Esos chicos son los hijos del neoliberalismo, sus padres no tenían trabajo y no fueron educados en la Argentina del trabajo y de esfuerzo, y necesitan el apoyo del Estado para salir adelante”, explicó la Presidenta mostrando la génesis y el propósito del proyecto. También destacó que el programa, al que presentó como continuidad de la Asignación Universal por Hijo, permitiría reducir el índice Gini, que mide el grado de igualdad o desigualdad de la sociedad.

“Che gorila, che gorila, no te lo decimos más, si la tocan a Cristina qué quilombo se va a armar”, se comenzó a escuchar en el Salón de las Mujeres. Legisladores, funcionarios y militantes se mezclaban mientras observaban a la jefa de Estado.

Los invitados se concentraron en el mismo salón, en el salón contiguo y en los patios internos de la Casa de Gobierno. El gabinete completo secundaba a la Presidenta, así como gobernadores e intendentes del conurbano. El sindicalismo estuvo a pleno con el secretario general de la CGT oficial, Antonio Caló, y el líder de la CTA Hugo Yasky. También en primera fila se sentaron la titular de Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, y la de la Asociación de Madres de Plaza de Mayo, Hebe de Bonafini. Dirigentes sociales, legisladores y personalidades de la cultura también se encontraban en el salón.

“Este programa no lo financia la Anses, sino el Tesoro nacional, que quede claro”, destacó la Presidenta y agregó que hacía la aclaración para “evitar el titular de mañana: ‘Con la plata de los jubilados financian a los jóvenes’, como si esos jóvenes no fueran parte del país”. Volvieron los aplausos y se empezó a escuchar: “¡Somos de la gloriosa juventud peronista, somos los herederos de Perón y de Evita. A pesar de las bombas, de los fusilamientos, los compañeros muertos. No nos han vencido!”, como un estruendo en síncopa entre los militantes del salón y los de los patios. La Presidenta explicó que la “contraprestación” al beneficio social era “estudiar en escuelas públicas, pero también se incorporan los trabajos de formación laboral que tiene el Ministerio de Trabajo a través de los sindicatos”.

“El Estado solo no puede, ningún gobierno puede solo. Tenemos que ir al territorio a trabajar junto a los que más lo necesitan”, continuó la Presidenta haciendo un llamado a la participación para poner en marcha de la mejor manera el beneficio. “El Estado les está dando el instrumento, las herramientas para poder ayudar e ir a buscar a esos jóvenes, para arrebatárselos a otros, que los han tomado porque fueron demasiadas décadas de ausencia”, agregó. A su lado estaban entre otros funcionarios, la ministra de Desarrollo Social, Alicia Kirchner, y el cura Juan Carlos Molina, que se encuentra al frente de la Sedronar, a quien la Presidenta mencionó varias veces en su discurso. “Se van a necesitar muchas décadas para recuperar tanto daño social, con una década no alcanza”, sostuvo.

El regreso

Los pabellones de la planta baja que daban al balcón del primer piso donde hablaba la Presidenta se llenaron de militantes. Cerca de las 16 comenzaron a llegar jóvenes de todas las agrupaciones kirchneristas. Embanderados en el celeste y blanco La Cámpora tenía un puñado de militantes en el centro, mientras que el resto estaba diseminado por el salón. Los verdes del Kolina también saltaban y cantaban junto a los militantes de Nuevo Encuentro. Familias con chicos y mujeres con el perfil de la Presidenta en la remera levantaban la mano izquierda con los dedos en “V”, mientras acompañaban el apoyo a Fernández de Kirchner. En la calle, sobre Balcarce ya habían quedado bastantes personas afuera, cansados de intentar entrar y de que les repitieran como un mantra: “No hay más lugar”.

Durante su discurso, la Presidenta hizo alusión a las especulaciones que se hicieron debido a que bajó su nivel de exposición pública: “Mañana espero que nadie critique la cadena nacional, porque después de tanta demanda de presencia… Recuerdo cuando publicaban encuestas que decían que la gente cambiaba de canal. Y ahora las encuestas son al revés, la mayoría de la gente quiere que hable. O mentían antes o mienten ahora. O mienten siempre”. También señaló: “Leía esta mañana en los diarios y decían ‘reaparece Cristina’. Y dije ¿qué es lo contrario de reaparece, Hebe, Estela?”, se preguntó a sí misma y a la vez a las dirigentes de derechos humanos. “Desaparece”, respondió y agregó que “en el fondo están muy vinculados con las desapariciones como método para lo que no les gusta ¿no?” Finalmente concedió: “Tal vez soy demasiado quisquillosa, lo admito, muy subjetiva, lo acepto”, y terminó con una ironía: “Bueno, en realidad le quisieron dar un toque hollywoodense, reaparece, tipo ‘reestrena’… Conociéndolos, no me pareció, no me sonó”.

Al final de su discurso apuntó a “la inmensa responsabilidad que tenemos como dirigentes de este país de sostener esta Argentina que ha podido revertir décadas de desamparo, de desesperanza, de baja autoestima y de fracasos”, y dejó resurgir los aplausos y con ellos el comienzo de la fiesta de los militantes (ver página 4) que con su canto la llamaban para que les hablara.

Página/12 :: El país :: Para rescatar a los hijos del neoliberalismo

07/08/2013

Cai último bastião do tucanato

Filed under: Isto é PSDB!,USP — Gilmar Crestani @ 9:42 am
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USP adere a avaliação do governo federal

Universidade fará parte do Enade, mas ainda de forma parcial; alunos não serão obrigados a fazer a prova

Modelo acertado com o MEC prevê que desempenho dos cursos não será divulgado nos próximos três anos

FÁBIO TAKAHASHIDE SÃO PAULO

Única instituição fora da avaliação nacional do ensino superior, a USP decidiu aderir à prova do Enade, mas de forma parcial. Os resultados de seus cursos não serão divulgados nos próximos três anos, e os alunos poderão faltar ao exame –para as outras escolas, a participação dos estudantes é obrigatória.

O acordo vale já para a prova deste ano e está sendo tratado como "cooperação técnica", segundo a Folha apurou.

Especialistas vão analisar os instrumentos e práticas adotados pelo Inep (órgão do Ministério da Educação).

Após esse período experimental, a principal universidade do país vai decidir se entrará na avaliação.

A USP questiona o Enade desde a sua criação, em 2004. Uma das grandes resistências da universidade era que a prova começou a ser feita com amostras de alunos.

Por conta dessa pressão, o ministério mudou o sistema e tornou a prova universal.

Após essa alteração, os alunos que têm seus cursos avaliados, mas faltam ao exame, têm dificuldades em obter o certificado de conclusão.

Integrantes da universidade questionam ainda outros pontos, como a possibilidade de boicote dos alunos, que são obrigados a comparecer, mas não sofrem sanção se entregarem o exame em branco ou totalmente errado.

Devido a essas ressalvas, o modelo acertado entre o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o reitor da USP, João Grandino Rodas, é visto pelas duas partes como um primeiro passo para a entrada integral da universidade.

O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, diz que os dados da USP ajudarão a qualificar "ainda mais" a avaliação.

Para o reitor da universidade, João Grandino Rodas, o projeto-piloto "será benéfico a todos", pois permitirá que a USP compare seus cursos com as outras instituições. E docentes da instituição ajudarão a melhorar a avaliação.

PAULISTAS

A USP ficou isolada na resistência ao Enade quando a Unicamp, em 2010, decidiu entrar na prova. A outra estadual paulista, a Unesp, já participava do exame.

A legislação permite que as universidades estaduais decidam se participam do sistema de avaliação federal. As privadas e federais são obrigadas a participar do exame.

18/04/2013

A mim também “me gustam los estudiantes”

Filed under: Chile,Estudantes,Movimento Estudantil,Sebastián Piñera,Violeta Parra — Gilmar Crestani @ 8:00 am
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El Senado chileno destituye al ministro de Educación de Piñera

Harald Beyer es el tercer responsable del ramo que sale del Gobierno desde que explotó el conflicto estudiantil en 2011. La caída del funcionario es un triunfo de los estudiantes

Rocío Montes Santiago de Chile 18 ABR 2013 – 02:48 CET

El gobierno de derecha de Sebastián Piñera ha sufrido esta tarde una fuerte derrota en el Congreso chileno: después de dos extensas jornadas de juicio, los senadores del centroizquierda e independientes han aprobado una acusación constitucional contra el ministro de Educación, Harald Bayer, que ha quedado destituido de su cargo e inhabilitado para ejercer cargos públicos por cinco años.

El secretario de Estado es el tercer responsable de la cartera que sale del Ejecutivo desde que explotó el conflicto estudiantil en 2011. Los estudiantes, en julio de ese año, lograron botar a Joaquín Lavín. El reemplazante, Felipe Bulnes, alcanzó a estar seis meses en el cargo y en diciembre presentó su dimisión ante el Presidente. El exministro Beyer, que alcanzó a estar 16 meses al frente de Educación, debe dejar el Gobierno a menos a menos de un año de que finalice la administración de Piñera en marzo de 2014.

La legislación de Chile, que tiene un fuerte sistema presidencial, donde los ministros son de exclusiva confianza del gobernante, confiere al Parlamento la posibilidad de acusar a un secretario de Estado y destituirlo si vulnera la Constitución.

La oposición fundamentó la acusación contra Beyer en tres capítulos: infracción al principio de probidad, falta de control jerárquico y negativa a fiscalizar el lucro pese a las denuncias. De acuerdo a la ley, las instituciones que se dedican a la enseñanza no pueden ganar dinero con su labor, aunque durante 30 años las autoridades permitieron que la educación se transformara en un negocio rentable. Los acusadores le imputaron al ministro no haber actuado con prontitud en el caso de la Universidad del Mar, una institución privada que fue cerrada en diciembre de 2012 por diversas irregularidades.

El pasado 4 de abril, los diputados opositores y algunos independientes aprobaron el libelo en la Cámara por 58 votos contra 56, después de un fuerte lobby de los estudiantes. El Senado, que este martes y miércoles se ha constituido como jurado, aprobó el tercer capítulo por 20 sufragios a favor y 18 en contra.

La destitución del ministro representa un golpe bajo para Piñera y su coalición en plena campaña presidencial, donde su sector corre con desventaja frente a la expresidente Michelle Bachelet (de acuerdo a una encuesta de la Universidad diego Portales difundida este miércoles, obtendría un 43% si los comicios fueran este domingo). La salud política del Ejecutivo, a 11 meses de dejar el poder, parece estar en peligro: desde que la exdirectora de ONU Mujeres llegó a Chile, anunció su repostulación y comenzó su campaña los primeros días de abril, se ha transformado en el ombligo de la política chilena y ensombrece no sólo al Presidente sino que a todo el resto de postulantes a La Moneda.

La acusación contra Bayer ha mostrado a una oposición unida y capaz de cohesionarse frente al Gobierno como pocas veces desde que perdió el poder en marzo de 2010. Los principales ganadores con su salida, sin embargo, han sido los estudiantes: desde una zona de independencia de los partidos y de los postulantes a la presidencia, el jueves pasado mostraron su fuerza con 150.000 personas en las calles de Santiago, instalaron los problemas de la Educación pública en la agenda nacional y, con un fuerte lobby en el Congreso, lograron que los parlamentarios definan su posición respecto de la educación pública y votaran contra el ministro de Piñera.

En 2008, la titular de Educación de Bachelet, la democristiana Yasna Provoste, fue destituida por el Parlamento, acusada de negligencia por irregularidades. La ex mandataria, desde que inició su segunda campaña, ha evitado tomar una posición definida respecto de la situación de Beyer: “Espero que el Parlamento delibere pensando en Chile. El país deberá debatir si ciertas instancias que fueron pensadas para casos excepcionales, corresponde utilizarlas de la manera que se han usado históricamente o no”, señaló el martes.

El Senado chileno destituye al ministro de Educación de Piñera | Internacional | EL PAÍS

21/05/2011

Sem falar nas escolas de lata

Filed under: A$$oCIAdos,Direita,Estadão,Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 8:53 am
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Ou no fechamento da UERGS…

O analfabeto do Lula criou muito mais universidades que todos os diplomados que o antecederam. E aí vem o tal do gasto público, que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium tanto tinta gastam para nos convencer que temos de diminuir as despesas, levantam o impostômetro, e o puta que o pariu.

Uma foto do Brasil

20 de maio de 2011 | 0h 00

Dora Kramer – O Estado de S.Paulo

No dia 10 de maio, uma professora, Amada Gurgel, falou em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte meia dúzia de verdades que desenharam em parte o cenário da educação no País.

Às autoridades presentes restou o silêncio diante das palavras de uma brasileira angustiada.

As seguintes: "Durante cada fala aqui eu pensava em como organizar a minha fala. Porque são tantas as questões a serem colocadas e tantas as angústias do dia a dia de quem está em sala de aula, que eu queria pelo menos conseguir sintetizar minimamente essas angústias.

"Como as pessoas sempre apresentam muitos números e dizem que eles são irrefutáveis, eu gostaria também de apresentar um número que é composto por três algarismos apenas, bem diferentes de tantos números que são apresentados aqui com tantos algarismos: é o número do meu salário, R$ 930, com nível superior e especialização.

"Eu perguntaria a todos aqui, mas só respondam se não ficarem constrangidos, se vocês conseguiriam sobreviver ou manter o padrão de vida que vocês mantêm, com esse salário. Certamente não conseguiriam.

"Não é suficiente nem para pagar a indumentária que os senhores e as senhoras utilizam para poder frequentar esta Casa. A minha fala não poderia partir de um ponto diferente, porque só quem está em sala de aula, só quem pega três ônibus por dia para chegar a seu local de trabalho é que pode falar com propriedade.

"Fora disso, qualquer consideração aqui é apenas para mascarar uma verdade visível a todo mundo: em nenhum governo, em nenhum momento no nosso Estado, na nossa cidade, no nosso país a educação foi uma prioridade.

"Então, me preocupa muitíssimo a posição da maioria, inclusive da secretária (de Educação) Betânia Ramalho, de não falarmos sobre a situação precária porque isso todo mundo já sabe.

"Como assim, não vamos falar da situação precária? Gente, estamos aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade?

"Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil, é isso?

"Salas de aulas superlotadas com os alunos entrando com uma carteira na cabeça porque não têm carteiras nas salas e sou eu a redentora do País? Não tenho condições, muito menos com o salário que recebo.

"A secretária disse que não podemos ser imediatistas, que precisamos pensar a longo prazo. Mas a minha necessidade de alimentação é imediata. A minha necessidade de transporte é imediata, a necessidade dos alunos de ter uma educação de qualidade é imediata.

"Eu gostaria de pedir aos senhores que se libertem dessa concepção extremamente equivocada, e digo isso com mais propriedade do que os grandes estudiosos: parem de associar a qualidade da educação com professor dentro da sala de aula.

"Não há como ter qualidade em educação com professores trabalhando em três turnos seguidos, multiplicando seus salários: R$ 930 de manhã, R$ 930 de tarde, R$ 930 de noite para poder sobreviver. Não é para andar com bolsa de marca nem para usar perfume francês.

"É para pagar a alimentação de seus filhos, para pagar a prestação de um carro que muitas vezes compram para se locomover mais rapidamente entre uma escola e outra.

"Não me sinto constrangida de apresentar meu contracheque, porque penso que o constrangimento deve ser de vocês.

"Lamento, mas deveriam todos estar constrangidos. Entra governo e sai governo e o que se solicita de nós é paciência e tolerância.

"Quero pedir à secretária paciência também porque nós não aguentamos mais esse discurso.

"Não podemos ser responsabilizados pelo caos que na verdade só se apresenta para a sociedade quando nós estamos em greve, mas que está lá todos os dias dentro da sala de aula, em todos os lugares.

"São muitas questões mais complexas que precisariam ser postas aqui. Mas infelizmente o tempo é curto e é isso que eu gostaria de dizer em nome dos meus colegas que pegam três ônibus para chegar ao local de trabalho, em nome dos estudantes que estão sem aula agora por causa da greve, mas que ficam sem aula por muitos outros motivos."

É isso. Embora não seja apenas isso.



Uma foto do Brasil – brasil – Estadao.com.br

23/03/2011

Porra, mas que falta de educação

Filed under: Cultura — Gilmar Crestani @ 10:47 pm
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Capes: "Países ricos querem transformar educação em negócio"

Dayanne Sousa

Cansado dos rankings que colocam universidades brasileiras atrás de centros de pesquisa da China e da Índia, o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, ataca: "Há um esforço internacional de transformar a educação em comércio". Para ele, universidades de países desenvolvidos querem vender a ideia de que o melhor é exportarmos alunos. "Estão querendo que a gente mande estudantes pra lá a custos exorbitantes".

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) é o órgão responsável por gerir a pós-graduação no Brasil. No último ranking internacional divulgado pela organização inglesa Times Higher Education, o País ficou de fora das 200 primeiras posições. A instituição brasileira melhor colocada foi a Universidade de São Paulo (USP), no 232ª lugar e atrás de centros de pesquisa dos países BRIC – o bloco de economias emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia e China.

Guimarães é duro ao reconhecer que o Brasil não se encaixa em padrões internacionais.
– Esses grupos que ganham Prêmio Nobel tem 30, 40 pessoas com PhD trabalhando num único grupo. Nós não temos isso. Não vamos ter tão cedo.

Para o presidente da Capes, as universidades brasileiras só alcançarão excelência em pesquisa quando se tornarem mais inclusivas. Para isso, ele diz que a educação básica deve melhorar primeiro. "Se não tiver muito futebol de várzea, não vamos ter os Pelés", compara.

Leia a entrevista.

Terra Magazine – Num ranking das cem melhores universidades do mundo, feita pela inglesa THE, nenhuma universidade brasileira apareceu, embora instituições de outros países BRIC tenham sido listadas. O senhor acredita que isso seja um sinal importante?
Jorge Almeida Guimarães –
Eu acho que não. Há um esforço internacional de transformar a educação em comércio. A Europa perdeu jovens e os países ricos passaram a ver a educação como um negócio. É por isso que aparecem esses rankings. Eles estão querendo que a gente mande estudantes pra lá a custos exorbitantes. Quando a USP, nossa universidade mais antiga, foi criada, Harvard já tinha 300 anos. Como você quer que em cinquenta anos nos igualemos? Esses rankings são estranhos.

O senhor acha que faltam critérios para avaliar as nossas universidades?
Quantas universidades no mundo são melhores (em agronomia) do que Viçosa, Lavras, ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz)? Isso não aparece porque isso não interessa pra eles. A quantidade de prêmios Nobel é um critério. Está cheio de país cheio de Prêmio Nobel e o país está quebrado. Nós perdemos várias chances de ganhar Prêmio Nobel: Carlos Chagas, Cesar Lattes… Na literatura, então, deus me livre! Então, esses indicadores que eles usam são intencionalmente escolhidos.

Trata-se de um aspecto cultural? Por exemplo, estudos mais voltados à realidade brasileira – como sobre doenças tropicais – não são tão valorizados?
É verdade. Um artigo do professor Flávio Grynszpan compara a nossa universidade com a de outros países do BRIC e conclui que estamos muitíssimo bem. Temos muito o que melhorar, mas nós temos quinze vezes menos doutores per capta do que a Suiça, por exemplo. Não é uma desculpa, mas é o fato de que nós temos caminhos a percorrer e não será por meio desse modelo europeu.

Este mês, a reitora de Harvard esteve no Brasil buscando alunos e professores para levar aos Estados Unidos…
Exatamente. Que país pode servir de modelo para a nossa educação? Só nós mesmos. Temos que tirar leite das pedras. Temos que melhorar a educação básica e consequentemente vamos melhorar as universidades num próximo passo. Mandar centenas de jovens para a Inglaterra, isso nós já fizemos no passado. Geramos uma elite que não está desenvolvendo o país. Houve um político que falou em colocarmos as universidades brasileiras entre as 20 maiores. Sinto muito, isso vai demorar.

O senhor falou em Prêmio Nobel, não temos pesquisas inovadoras o suficiente para receber prêmio?
Nós não fazemos ciência para Prêmio Nobel. Essa é a grande diferença. Nós estamos formando gente, estamos capacitando. Esses grupos que ganham Prêmio Nobel tem 30, 40 pessoas com PhD trabalhando num único grupo. Nós não temos isso. Não vamos ter tão cedo, falta gente para muitas áreas de estudo.

A USP chegou a reportar que aumentou o número de pessoas aprovadas no vestibular que desistiam da Universidade na primeira chamada. Como o senhor vê isso? Existe uma contraposição entre a universidade ser de elite e disputada e ser mais inclusiva? Ela perde renome?
Ciência e educação é que nem futebol. Se não tiver massa, não dá. Se não tiver muito futebol de várzea, não vamos ter os Pelés. Precisamos aumentar muito o número de pessoas nas universidades. Enquanto não atingirmos isso, não temos a expectativa de tirar dessa massa os melhores cérebros. A pós-graduação se beneficiou disso, o Brasil está entre os países em que a pós mais cresceu. Mas isso foi feito à custa de um sacrifício social muito pesado. Muitos Pelés da educação e da ciência ficaram sem ter chances na vida. Se corrigirmos os furos na educação básica, certamente vamos chegar a posições de destaque.

Mas fazer pesquisa para Nobel se opõe a investir em inclusão?
Não, de forma alguma. Tem que investir. Vai chegar uma hora em que teremos uma massa de doutores e poderemos formar grupos de trinta pessoas.

Capes: "Países ricos querem transformar educação em negócio" – Terra – Cultura

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