Ficha Corrida

31/03/2015

Folha de São Paulo acusa judiciário pelo que ela também faz: proteção mafiosa ao PSDB

Ninguém lerá um editorial da Folha atacando a RBS ou Rede Globo pelas respectivas sonegações. Judith Brito já admitiu publicamente que a Folha exerce o papel de oposição. Faz das tripas coração, como na ditadura, para defender seus interesses comerciais. A Folha só tem um inimigo e o combate ferozmente deste seu (do inimigo) nascimento: o PT!

folhasangueEditorial: Justiça tarda e falha

30/03/2015 02h00

Prescrição, atrasos, incúria e engavetamento beneficiam políticos do PSDB acusados de irregularidades, inclusive no dito mensalão tucano

A liberdade, como ensina o lema dos inconfidentes, será sempre desejável, mesmo que tardia. Nem sempre se pode dizer o mesmo, contudo, da Justiça.

Uma decisão tardia pode bem ser o equivalente da iniquidade completa, e um processo que se arrasta sem condenados nem absolvidos só pode resultar no opróbrio de todos –inocentes e culpados, juízes e réus, advogados e acusadores.

Há um ano, o Supremo Tribunal Federal encaminhou à primeira instância da Justiça de Minas Gerais o julgamento do ex-senador Eduardo Azeredo, do PSDB. Nada aconteceu desde então.

Ex-presidente de seu partido, Azeredo é acusado de ter abastecido sua campanha ao governo de Minas, em 1998, com verbas desviadas de estatais, valendo-se de empréstimos fictícios.

Não são mera coincidência as semelhanças desse episódio com o que viria a ser revelado no escândalo do mensalão petista, alguns anos depois. Um de seus principais personagens, o empresário Marcos Valério, havia sido também responsável pelo esquema tucano.

Apesar de inúmeros adiamentos e dificuldades, o caso petista foi julgado no STF. Natural que inspire movimentos de revolta e consternação o fato de que, embora ocorrido alguns anos antes, seu equivalente tucano continue a repousar no regaço da Justiça mineira.

Correndo inicialmente no Supremo, uma vez que parlamentares como Clésio Andrade (PMDB) e o próprio Azeredo figuravam entre os implicados, o processo teve de ser enviado à primeira instância: os réus tinham renunciado a seus cargos no Congresso.

A decisão do STF, remetendo o caso a Minas Gerais, foi tomada em março de 2014. O trajeto de Brasília a Belo Horizonte consumiu cinco meses. Em 22 de agosto, o processo chega à 9ª vara criminal. Era só proceder ao julgamento; nenhuma instrução, nenhuma audiência, nada mais se requeria. Que o juiz examinasse os autos.

Juiz? Que juiz? A titular da vara aposentou-se em janeiro; não se nomeou ninguém em seu lugar.

Havia –e ainda há– pressa: alguns réus, dentre eles Azeredo, podem beneficiar-se da prescrição; outros envolvidos já escaparam por esse motivo.

A lentidão mineira se soma ao caso de entravamento da Justiça ocorrido em São Paulo, para benefício de outro político do PSDB.

Por três anos, um desembargador retardou o exame de irregularidades na gestão do hoje deputado estadual Barros Munhoz à frente da Prefeitura de Itapira. Veio a prescrição, e as suspeitas sobre crimes como formação de quadrilha e omissão de informações nem chegaram a ser julgadas.

Não se trata, claro está, da "liberdade ainda que tardia" ostentada na bandeira de Minas Gerais. Entre essas figuras do PSDB, "impunidade na última hora" há de ser lema bem mais adequado.

 

12 empresas negociaram propina no Carf, diz PF

Investigação aponta suborno para reduzir ou zerar débitos com Receita

Empresas negam irregularidades; operação desmantelou esquema de compra de sentenças em conselho

NATUZA NERYGABRIEL MASCARENHASDE BRASÍLIA

A Polícia Federal vê fortes indícios de que ao menos 12 empresas negociaram ou pagaram propina para reduzir e, em alguns casos, zerar débitos com a Receita Federal.

A Folha teve acesso à relação dos 74 processos que estão na mira da PF. Cada uma das empresas tem diferentes níveis de envolvimento no esquema de compra de sentenças desvendado pela Operação Zelotes, deflagrada na semana passada.

Segundo investigadores, muitas subornaram integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), colegiado responsável por julgar, em segunda instância, recursos de contribuintes autuados pela Receita. Outras, porém, foram procuradas por facilitadores que intermediavam o suborno a conselheiros do órgão, mas ainda não há contra elas elementos que comprovem o pagamento da propina.

Os casos que os investigadores consideram ter indícios mais consistentes atingem processos dos grupos Gerdau e RBS; das companhias Cimento Penha, Boston Negócios (parte do antigo BankBoston), J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio, Mundial-Eberle; das empresas do setor automotivo Ford e Mitsubishi, além de instituições financeiras, como Santander e Safra.

As companhias negam irregularidades (leia abaixo).

Embora o nome do Bradesco também esteja nessa lista, até agora os policiais conseguiram detectar apenas que funcionários do banco foram procurados por consultorias que intermediavam o acesso aos conselheiros do Carf.

A Folha apurou que, para o Ministério Público, até o momento os casos em que há indícios mais fortes de eventuais irregularidades envolvem a RBS e o grupo Gerdau.

O esquema de sonegação, de acordo com as investigações, é um dos maiores já identificados no país. O Carf julga hoje processos que correspondem aproximadamente a R$ 580 bilhões.

Além das empresas, a apuração chegou a nomes de lobistas que faziam a ponte entre os contribuintes e os conselheiros suspeitos de integrar o esquema. Um é Alexandre Paes do Santos. Ele foi sócio do ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, até 2012. Os nomes deles aparecem no quadro societário da Davos Energia Ltda., sediada em São Paulo. Silva deixou a empresa em agosto de 2012, e o lobista, em março de 2013.

A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa e no escritório de Alexandre Santos. O empresário ainda não foi localizado.

Procurada, a assessoria de imprensa da PF informou que não comenta investigações que correm sob sigilo.

CADEIRA NO CONSELHO

Um aspecto do funcionamento do Carf chamou a atenção do Ministério Público. "Havia uma série de advogados pleiteando uma cadeira no conselho, embora a função não seja remunerada", diz o procurador federal Frederico Paiva, responsável pelo caso.

Os 74 processos da Zelotes somam R$ 19 bilhões. A PF diz que "já foram, efetivamente, identificados prejuízos de quase R$ 6 bilhões".

Mais de R$ 2 milhões foram apreendidos em Brasília e em São Paulo pela PF. Segundo balanço divulgado na sexta-feira (27), além de dinheiro (R$ 1,8 milhão, US$ 9.000 e € 1.500), foram apreendidos em Brasília 16 carros nacionais e importados, além de joias.

Em São Paulo, foram apreendidos dez veículos e R$ 240 mil (em moeda nacional e estrangeira), e, no Ceará, dois veículos.

09/04/2011

Globo, uma organização à serviço da ditadura

Filed under: Ditadura,Instituto Millenium,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 8:09 pm
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Quando o jornal O Globo bajulava a ditadura militar

RESSURGE A DEMOCRACIA
Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas,
independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes aos seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada. Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo. Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez. Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos.
Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo. As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, "são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.
No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei. Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.
Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo. A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País. Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.
Editorial do jornal "O Globo" do Rio de Janeiro, em sua edição de 02 de setembro de 1964.
Postado por Juremir Machado da Silva – 05/04/2011 09:40

Correio do Povo – O portal de notícias dos gaúchos | Opinião | Juremir Machado da Silva

01/04/2011

Ah! Os falsos democratas!

Filed under: Ditadura,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 9:31 am
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“Ressurge a democracia” – o Globo, em 2 de abril de 1964. Depois, foi dedo duro

    Publicado em 31/03/2011

bessinhaDitadura

No dia de hoje, 31 de março de 1964, houve a intervenção militar, a maior desgraça que se abateu sobre o Brasil, depois de três séculos de Escravidão (ainda inacabada).
Clique aqui para ler a entrevista de Mino Carta ao Abujamra: “O PiG implorou pelo Golpe militar”.
O Conversa Afiada deseja aliar-se aos que, em surdina, celebram a intervenção.
Muitos historialistas se desculpam com pretenso Golpe que o Jango ia dar – a intervenção teria sido um ato de “guerra de prevenção”, como dizia o Bush, filho.
E convoca o jornal O Globo para, em seu nome, brindar o regime que o deputado Bolsonaro ainda defende.
Transcrevemos aqui o editorial que o Globo escreveu logo após o Golpe.
No dia 2 de abril.
Em seguida, o amigo navegante verá como o Globo logo cedo, rápido começou a prestar serviços ao regime militar ( aos torturadores hoje devidamente anistiados).
É o Globo, no dia 7 e abril, a desempenhar o papel de dedo-duro.
Contemple, amigo navegante, a história do PiG (*).

2 de abril de 1964
“Ressurge a Democracia”
Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.
Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.
Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.
As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”
No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.
Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.
Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.
A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.
Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.”

Aqui, a dedoduragem:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/22/globo-foi-o-maior-dedo-duro-de-1964/

Publicado em 22/09/2010
Amigo navegante enviou ao Conversa Afiada essas duas páginas do Globo de 7 de abril de 1964.
É um documento histórico.
Atribuído a um grupo de democratas, o Globo publicou no dia 7 de abril de 1964, poucos dias depois da intervenção militar, a lista dos que tinham assinado um manifesto do Comando dos Trabalhadores Intelectuais.
Como hoje, o Globo do Dr Roberto colaborava com o Golpe: “chamamos a atenção de alto-comando militar para os nomes que o assinaram”.
É o dedo duro na sua manifestação mais cristalina.
Repare, amigo navegante, alguns dos nomes que o Globo queria mandar para a câmara de torturas:
Ferreira Gullar, Carlos Diegues, Arnaldo Jabour, Chico Anísio, Paulo Francis, Tereza Rachel, Jorge Zahar.
Que horror !
É a “Lista de Schindler” de sinal trocado: é a “Lista do Globo”, dos que deveriam ser cremados.
Viva o Brasil !

Em tempo: se o amigo navegante quiser ler a lista completa dos dedodurados pelo Globo clique no endereço do post.

17/02/2011

O PT do Estadão

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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O editorial do Estadão revela primeiro a fixação pelo PT, depois mais uma tentativa vã de desconstrução. O Estadão não gostava do PT antigo e o combatia ferozmente. Não gosta também do PT novo, e continua combatendo com ainda mais gana. Não há nada de errado com o Estadão. Com o PT, sim, claro. Se o PT virou um partido igual aos demais, porque o Estadão só combate o PT e não os demais. Antes pelo contrário, combate o PT como forma de favorecer os seus partidos. É verdade que o PT, no poder, tornou-se o contrário do que sempre preconizou. Mas não era exatamente isso que o Estadão queria? Se o PT mudou tanto a ponto de se parecer com os demais, porque esta obsessão pelo PT? Por que o Estadão chama de coerentes (“militantes importantes”) aqueles fundadores do PT que ficaram pelo caminho só agora e não quando ainda eram do  PT? Por que os ex-militantes viraram importantes só agora?

Os dois últimos parágrafos são paradigmáticos da esquizofrenia do editorialista:

De qualquer modo, há aspectos em que o PT é hoje, inegavelmente, um partido muito melhor do que foi: este ano, com base na contribuição compulsória de seus filiados, pretende recolher a seus cofres R$ 3,6 milhões. Apenas 700% a mais do que arrecadava antes de assumir o poder.

O PT está completamente peemedebizado.

Não sei em que galáxia um partido se torna igual a outro por arrecada 700% mais do que arrecadava. Quando foi que o PMDB arrecadou 700% a mais? Se sobra ojeriza, falta inteligência. Infelizmente, é o que mais cresce no Estadão.

Infelizmente o PT mudou! Infelizmente o Estadão não mudou! E a inveja continua sendo uma MERDA!

 

A trajetória do PT

17 de fevereiro de 2011 | 0h 00

– O Estado de S.Paulo

Quando foi fundado, o Partido dos Trabalhadores (PT) se proclamou agente das transformações políticas e sociais que, pautadas pelo rigor da ética e pelo mais genuíno sentimento de justiça social, mudariam a cara do Brasil. Trinta e um anos depois, há oito no poder, o PT pode se orgulhar de ter contribuído – os petistas acham que a obra é toda sua – para melhorar o País do ponto de vista do desenvolvimento econômico e da inclusão social. Mas nada no Brasil mudou tanto, nessas três décadas, como a cara do próprio PT. O antigo bastião de idealistas, depois de perder pelo caminho todos os mais coerentes dentre eles, transformou-se numa legenda partidária como todas as outras que antes estigmatizava, manobrada por políticos profissionais no pior sentido, e, como nem todas, submissa à vontade de um "dono", porque totalmente dependente de sua enorme popularidade. Esse é o PT de Lula 31 anos depois.

Uma vez no poder, o PT se transformou em praticamente o oposto de tudo o que sempre preconizou. O marco formal dessa mudança de rumo pode ser considerado o lançamento da Carta ao Povo Brasileiro, em junho de 2002, a quatro meses da eleição presidencial em que pela primeira vez Lula sairia vitorioso. Concebido com o claro objetivo de tranquilizar o eleitorado que ainda resistia às ideias radicais e estatizantes do PT no âmbito econômico, entre outras coisas a Carta arriou velhas bandeiras como o "fora FMI" e passou a defender o cumprimento dos contratos internacionais, banindo uma antiga obsessão do partido e da esquerda festiva: a moratória da dívida externa. Eleito, Lula fez bom uso de sua "herança maldita". Adotou sem hesitação os fundamentos da política econômico-financeira de seu antecessor, redesenhou e incrementou os programas sociais que recebeu, barganhou como sempre se fez o apoio de que precisava no Congresso e, bafejado por uma conjuntura internacional extremamente favorável, bastou manejar com habilidade os dotes populistas em que se revelou um mestre para tornar-se um presidente tão popular como nunca antes na história deste país.

E o balzaquiano PT? O partido que pretendia transformar o País passou a se transformar na negação de si mesmo. E foi a partir daí que começaram as defecções de militantes importantes, muitos deles fundadores, decepcionados com os novos rumos, principalmente com os meios e modos com que o partido se instalou no poder. O mensalão por exemplo.

Os anais da recente história política do Brasil registram enorme quantidade de depoimentos de antigos petistas que não participaram da alegre festa de 31.º aniversário do partido – na qual o grande homenageado foi, é claro, ele – porque se recusaram a percorrer os descaminhos dos seguidores de Lula. Um dos dissidentes é o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, ex-dirigente da legenda, ex-deputado federal, ex-vice-prefeito de São Paulo. Em depoimento à série Decanos Brasileiros, da TV Estadão, Bicudo criticou duramente os partidos políticos brasileiros, especialmente o PT: "O Brasil não tem partidos políticos. Os partidos, todos, se divorciaram de suas origens. E o PT é entre eles – digo-o tranquilamente – um partido que começou muito bem, mas está terminando muito mal, porque esqueceu sua mensagem inicial e hoje é apenas a direção nacional que comanda. Uma direção nacional comandada, por sua vez, por uma só pessoa: o ex-presidente Lula, que decide tudo, inclusive quem deve ou não ser candidato a isso ou aquilo, e ponto final".

Bicudo tem gravada na memória uma das evidências do divórcio de seu ex-partido com o idealismo de suas origens. Conta que, no início do governo Lula, quando foi lançado o Bolsa-Família, indagou do então todo-poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, os objetivos do programa. Obteve uma resposta direta: "Serão 12 milhões de bolsas que poderão se converter em votos em quantidade três ou quatro vezes maior. Isso nos garantirá a reeleição de Lula".

De qualquer modo, há aspectos em que o PT é hoje, inegavelmente, um partido muito melhor do que foi: este ano, com base na contribuição compulsória de seus filiados, pretende recolher a seus cofres R$ 3,6 milhões. Apenas 700% a mais do que arrecadava antes de assumir o poder.

O PT está completamente peemedebizado.

A trajetória do PT – opiniao – Estadao.com.br

27/09/2010

Lula: J’acuse! Estadão: Jacuzi!

Filed under: Isto é PSDB!,PIG — Gilmar Crestani @ 12:06 am
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A Burca do Instituto Millenium calou fundo e cegou a superfície

“Se o dono do jornal lesse o seu jornal e o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que eles estão escrevendo exatamente neste instante.” Presidente Lula, em 16/09/2010.

A Revista Carta Capital expôs sua preferência em editorial de , abrindo apoio em favor de Dilma Roussef. Na oportunidade, expôs as razões: “Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária.

Heil Serra!

Heil Serra!

A direita hidrófoba caiu de pau, direta ou indiretamente, através de seus colunistas escalados pelos Instituto Millenium, lançando a acusação de chapa-branca. Desacostumados com a democracia, os valentões do anonimato acionaram aquela que é vez e voz dos seus interesses, Sandra Cureau. A serviço da canditatura Serra, não foi a primeira vez que a Vice-Procuradora da Justiça Eleitoral exerceu o papel de cabo eleitoral de José Serra. Intimou, manu militare, a revista a prestar contas da publicidade feita pelo Governo Federal. Até eu, que não sou procurador de ninguém, sei que todos os gastos de qualquer governo são publicados em órgão oficial. Mas a procuradora não quis procurar, só intimidar. A senhora que usa antolhos, já que só enxerga ilegalidades por um dos olhos (aquele que honra a sílaba inicial de seu sobrenome…), recebeu a devida resposta de Mino Carta. Censora!

Lula grita Ladrão; Estadão sai correndo

Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são”, Lula pondo o dedo que não tem na ferida que eles têm.

Neste domingo, 26/09/2010, o Estadão vestiu o chapéu e publicou editorial “abrindo” voto a José Serra.  A justificativa do Estadão ficará para os anais da história: “O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

A escolha de José Serra é para evitar que Dilma faça um governo igual ao que está em andamento, já que ela defende a continuidade, enquanto o candidato do Estadão faz parte da oposição. Tivesse ele as melhores possibilidades, teria demonstrado frente ao governo de São Paulo. Para nós gaúchos, que pouco conhecemos sobre o que se passa em São Paulo, já que os jornais que apoiam Serra não mostram, basta olharmos para a representante dele aqui no RS, Yeda Rorato Crusius.

De qualquer forma, é louvável que o Estadão, instado pela Carta Capital, abra seu voto. Não que não soubéssemos. Assim como a RBS, não precisamos de um editorial de Zero Hora para sabermos quem a famiglia Sirotisky apoia. Até o esgoto que corre pelo Dilúvio sabe o que a falta de ombridade de seus donos não permite estampar em letras de forma.

Será que a senhora Cureau vai intimar a famiglia Mesquita, uma das “nove ou dez famílias que dominam a comunicação deste país”, que se articula com as outras através do Instituto Millenium, para saber dos  contratos com o Governo do José Serra ou vai provar que sua dificuldade  de visão não se limita ao uso de antolhos, pois é cega, como sua justiça?

Aparelhamento da e pela Mídia, o mal do Estadão

“O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer.” É verdade, todos têm condições. Então porque o PSDB não vem fazendo isso onde governa? O Estadão não costuma ler jornal. Se lesse, saberia. Aliás, o candidato do Estadão uma diz que vai aumentar o salário mínimo e conceder 13º ao bolsa família, outra chama o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Uma hora se faz de amigo de Lula, outra atiça seus rotweilers em Lula.

Por que não fizerem nos seus estados onde governam aquilo que estão prometendo para o governo federal. Por que não fizeram isso durante os 08 anos do governo FHC? Talvez o Estadão não saiba, mas a correligionária do Serra aqui no RS sequer apoia um piso nacional. Gostaria que o Estadão apontasse uma única “distribuição de dividendos sociais” pela ex-funcionária da RBS. De memória, lembro de um: Elton Brum, assassinado pelas costas, à queima-roupa, pelo simples fato de pertencer a um movimento social chamado MST, que a RBS achou por bem batizar de “mártir do MST”…

“O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção, destila o editorialista.

(Um parênteses: O Estadão que golpeia Dilma por causa da Erenice é o mesmo que abrigou em sua redação o assassino confesso Pimenta Neves. Isso esclarece muita coisa a respeito da famiglia Mesquita. Da mesma sorte e no mesmo sentido, a família Sirotisky quer mandar no Governo mas não consegue mandar nem na própria famiglia. Ou será que nada sabiam do rebento estuprador de Florianópolis …)

Que a oposição dissesse isso, vá lá. Mas o Estadão prefere esbofetar nossa inteligência. Aliás, o editorialista deveria primeiro ler o próprio jornal. Aqui vai uma palhinha do que publicou o Estadão a respeito de Luciana Cardoso, filha de Fernando Henrique Cardoso:

A filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Luciana Cardoso, ocupa um cargo de confiança do Senado desde abril de 2003. Ela foi nomeada secretaria parlamentar, com salário de R$7,6 mil, pelo senador e atual primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI). Luciana foi secretária particular de seu pai nos dois mandatos, de 1995 a 2003. Seu contrato com o Senado só se tornou público agora, já que ela não frequenta o gabinete de Heráclito. Luciana não foi localizada pelo Estado.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Luciana afirmou que prefere trabalhar em casa, cuidando das “coisas pessoais do senador” porque o gabinete de Heráclito “é um trem mínimo e a bagunça, eterna”. Nesta sexta-feira, 27, o senador se recusou a comentar o assunto. A divulgação do fato ocorre no momento em que o primeiro-secretário se diz empenhado em moralizar a distribuição dos cargos de confiança do Senado.”

Acho que isto explica o que significa aparelhamento do Estado. A íntegra da matéria está aqui: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,senador-se-nega-a-falar-sobre-cargo-de-filha-de-fhc-no-gabinete,345921,0.htm

Ainda sobre aparelhamento do Estado, neste caso no RS,  leia esta matéria que não saiu no Estadão: http://rsurgente.opsblog.org/2010/09/10/seguranca-de-yeda-era-informante-da-rbs/ ou aqui: http://www.cartacapital.com.br/politica/arapongagem-no-piratini

Para os membros do Instituto Millenium só sindicalista não pode ocupar cargos no Estado. Ladrões, podem!

Lula & Imprensa

No comício, em Campinas/SP, Lula chamou a imprensa às falas. Mandou que tomassem partido. E agora  colhe os frutos. O Estadão declara em editorial o que todos já sabiam. A Folha continua sendo também o que sempre foi, uma farsa. Desde quando emprestava seus carros à ditadura.

Lula disse também que iria derrotá-las. Como já o fizera antes e o fará de novo. É o torneiro mecânico acertando na jugular…

Como pode Lula, um iletrado, ignorante, chamar ao jogo eles prontamente aceitarem. Dá nome e eles vestem a carapuça. Lula, sozinho, faz da oposição nos partidos e na imprensa, gato e sapato. Isso que ele é um simples torneiro mecânico que aparelhou o Estado. Imagine se ele fosse um professor, um sociólogo, que tivesse amante jornalista da Globo e filha como secretária particular…

As irmãs Verônica Dantas e Serra dizem mais a respeito do Brasil do PIG & PSDB que toda sociologia de Gilberto Freire e Florestan Fernandes juntos.

Lula e Dilma só precisam de uma atitude para melhorar o Estado: mandar para a privada quem nunca deveria ter entrado no público!

Quando Lula “zolô”, com  seu “j’acuse” em Campinas, o Estadão caiu e se afogou na Jacuzi!

23/04/2010

Edição Extraordinária

Filed under: Cosa Nostra,PIG,RBS — Gilmar Crestani @ 3:22 am
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Para a RBS, bons tempos eram aqueles em que a TV fazia uma acusação, os jornais e as rádios do mesmo grupo faziam, ao estilo Goebbels, coro. (Zero Hora publica na madrugada, no amanhecer a Gaúcha repercute e no Jornal do Almoço Lasier Martins executa a vítima…).
Estes, sim, são os assassinatos de reputação sem dó nem piedade.
A Globo cresceu graças a esta prática. A RBS, idem.
Ditadura
Não por acaso, nasceram e prosperaram no período mais tenebroso da história brasileira, a ditadura.
Ditadura que para tais grupos não passou de uma ditrabranda. Ora, prender, torturar, matar e esconder o corpo jamais pode ser considerado como uma ditabranda. Pior é quando os próprios veículos que hoje vêm posar de democratas, emprestavam seus veículos para transportar presos. Tão vexaminoso quanto emprestar os veículos, era emprestar espaços nos veículos para justificar o injustificável, a tortura. Se já seria abominável endossar a tortura contra presos suspeitos, muito pior fez a  Globo e a RBS ao se prestarem de porta-vozes voluntários e felizes dos torturadores contra pessoas inocentes e indefesas. Nunca li um editorial da RBS refutando a tentativa da Folha de São Paulo em transformar a ditadura em ditabranda!

A Globo têm um histórico de participação em tentativas criminosas que não passa desapercebido para qualquer ser minimamente informado.
Nem a próprio Globo conseguirá jamais esconder. E a RBS sempre reproduziu tudo da Globo sem qualquer filtro ou crítica. Quem repete ad nauseam, no melhor estilo Goebbels?

Vamos relembrar apenas alguns episódios:

O Caso Proconsul (1982)– nas eleições de 1982, quando Leonel Brizola se candidatou a Governador pelo Rio de Janeiro, a Central Globo de Jornalismo era comandada pelo fedorento defunto Armando Nogueira, que, na morte, as organizações Globo tentaram canonizar. E, de conluio com o SNI, tentou roubar a eleição de Brizola. Além de outras participações, durante 25 anos no comando do Jornal Nacional, tão mal cheirosas quanto seu estado atual. Hoje já não paira mais nenhuma dúvida de que a Globo esteve ativamente envolvida na tentativa de fraude. E quem frauda é o que?

Vale lembrar, o IBOPE foi parceiro da Globo, e da RBS, naquela falcatrua. Em termos de manipulação de pesquisas, o Ibope está para a Globo como o CEPA/UFRGS está para a RBS. E os parceiros continuam servindo e se servido, como na Máfia.

Diretas Já (1984) – 300 mil pessoas se reuniram em São Paulo, na Praça da Sé, para reivindicar as eleições diretas. A Globo, demonstrando todo seu pendor anti-democrático, noticiou tratar-se de uma comemoração pelo aniversário de São Paulo. Como se vê, a Globo sempre factual…

Debate Collor x Lula (1989) – quem era o responsável pelo Jornal Nacional quando da manipulação do debate, o defunto embalsamado pelos jornalistas esportivos sem qualquer compromisso com a ética? Armando Nogueira! Ora, Fernando Collor de Mello, vinha sendo beatificado pelo que existe de pior no jornalismo (sic) pátrio. Veja e congêneres traziam capas laudatórios daquele que até hoje é considerado o Presidente mais corrupto da história do Brasil. Dúvida shakespeariana: – É atração do abismo ou a união dos iguais?! E a chave de ouro enfiada goela abaixo dos incautos brasileiros foi a manipulação do último debate entre os dois candidatos. A Globo editou o debate de modo fazer uma hagiografia de Collor e pintar Lula com cores demoníacas. O “santo” Armando Nogueira negou sua participação até a morte, contudo, como diria Galileu Galilei: Eppur si muove! Manipulação houve.

OBS. Note, pelas datas, que todas estes episódios ocorreram quando já estávamos no período tido por democrático. Se a Globo se sentia tão à vontade para manipular no período democrático, quando existia a possibilidade de cobrança política, mesmo que tênue, de que não era capaz durante a ditadura, quando era porta-voz dos ditadores? E o que se diz da Globo serve para a RBS, já  que são irmãs siamesas.

Editorial Freudiano

Tudo isto para introduzir o editorial de 22/04/2010, quando o jornal Zero Hora descobre um Brasil diferente do desejado. A RBS, um dos tentáculos da Rede Globo, que com esta fundou o Instituto Millenium, uma espécie de prostíbulo dos grupos midiáticos brasileiros, chama de “Patrulhamento Online” a denúncia de tentativa de manipulação da Rede Globo em favor de José Serra.  Como naquele ditado machista, os blogueiros podem até não saber porque estão batendo, mas, pelo seu histórico, a Globo sempre saberá porque está apanhando. A RBS vestiu a carapuça ao admitir que o conteúdo “guardava semelhanças com o slogan do tucano José Serra“.

Então cabe a pergunta: porque as manifestações da Rede Globo & RBS sempre guardam semelhança com a direita hidrófoba, jamais com as manifestações sociais?

A RBS patrulha todo mundo, assassina reputações, mas não quer que seus crimes e de sua mentora mor sejam denunciados. Liberdade de expressão, para RBS e Globo, é algo mesquinho que só pode ser exercido por elas. E ninguém mais. Não é egoísmo, não, é exigência típica de criminosos! A máfia também não quer mais ninguém nos crimes de sua especialidade…

Destaco uma frase em especial do referido editorial para esclarecer o conceito de liberdade de expressão da RBS: “Mas esta interatividade torna-se perniciosa quando usada para disseminar acusações infundadas, para lançar suspeitas ou para agredir a verdade.” “Disseminar acusações infundadas, para lançar suspeitas ou para agredir a verdade”  tem sido a prática cotidiana da RBS & Globo! Eu poderia citar milhares de acusações, de inverdades perpetradas pela RBS, mas me contento em apontar o próprio editorial como peça que lança “acusações infundadas, para lançar suspeitas ou para agredir a verdade“. O conceito de “liberdade de expressão” da RBS, explicitada através do editoria Patrulhamento Online, é o exercício exclusivo e excludente de manifestação.

Não li nenhum editorial da RBS a respeito da declaração de e Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:, publicada pel’O Globo, de 18/03/2010 :

A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.” O cineasta gaúcho, Jorge Furtado, em seu blog na página da Casa de Cinema,  já tratou com propriedade sobre esta manifestação.

Livro e vídeo Muito além do Cidadão Kane são prova da participação da Rede Globo nos episódios mais funestos da nossa história, e a nunca exibição no Brasil selam o papel da Globo.

Para baixar

Vídeo: http://www.cinefox.org/download-muito-alem-do-cidadao-kane/

Para ver

Para saber sobre Roberto Marinho

http://dossieglobo.blogspot.com/

14/03/2010

Zero Hora tira a máscara

Filed under: Autobiografia,Cosa Nostra,PIG,RBS — Gilmar Crestani @ 8:15 pm
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Zero Hora veste a camisa de Falsa Democrata!

Zero Hora veste a camisa de Falsa Democrata!

Falsa democrata ou democrata de ocasião, você decide.


As vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”, Luis Fernando Veríssimo

O que disse Lula em seu discurso na Conferencia Nacional da Cultura, na quinta-feira (11) a respeito dos editoriais dos jornais:
Vocês prestem atenção, se vocês são como eu que não gostam de ler notícia ruim, vocês prestem atenção no noticiário, porque política e eleição também são cultura. Sobretudo o resultado. Prestem muita atenção daqui para frente. Leiam os editoriais dos jornais, que a gente pensa que só o dono lê. Às vezes, é bom ler para a gente ver o comportamento de alguns falsos democratas que dizem que são democratas, mas que agem querendo que o editorial deles fosse a única voz pensante no mundo”.

Lula pediu, provavelmente tendo em vista a constante diminuição de leitores, que lêssemos os editorais. Veja bem, ele não disse para não ler. Pelo contrário, ele quer que saibamos como pensam os que escrevem editoriais para ver se possamos entender o novo conceito de democracia.

Ora, a Zero Hora não se fez de rogada, vestiu a carapuça e fez novo editorial atacando a postura de Lula. Não só vestiu. Deu atestado e assinou. Leia e surpreenda com os novos conceitos de democracia e liberdade de expressão da única voz pensante do RS. A manisfestação do Presidente foi considerada como “ataque”. Não é inacreditável? A RBS de modo geral, e Zero Hora em particular, especializaram-se em atacar Lula e defenderem Yeda, tacha uma simples constatação como sendo um ataque. Cadê meus sais, senão também terei um ataque. De fúria!

13 de março de 2010 | N° 16273

FALSOS DEMOCRATAS

Na mesma semana em que foi criticado por declarações sobre a morte de um dissidente cubano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou de forma enfática o noticiário dos jornais, especialmente os editoriais, argumentando que estes textos são escritos por “falsos democratas”, com a pretensão de ser a “única voz pensante do mundo”. Feitas quinta-feira à noite, em Brasília, durante a 2ª Conferência Nacional de Cultura, as manifestações ganharam destaque na mídia eletrônica e devem ser reproduzidas pelos mesmos veículos impressos operados por profissionais como os que foram transformados em alvo de ataque. Democracia, como o presidente deveria saber, pela sua singular trajetória como homem público, não tem como abrir mão de aspectos como o direito de criticar e de ser criticado.

Um dos pressupostos do jornalismo nos países livres é justamente o sintetizado pelo jornalista C. P. Scott, que por mais de meio século dirigiu o conceituado jornal britânico The Guardian: “Os comentários são livres, mas os fatos são sagrados”. Isso significa que, nos países democráticos, a informação precisa ser fiel aos fatos, particularmente no caso de órgãos de imprensa interessados em garantir a fidelidade de seu público. Se há desvios, e eles existem, esta é uma questão a ser devidamente levada em conta por quem busca informação de qualidade e, quando for o caso, a ser avaliada e punida por instituições às quais cabe zelar pela verdade. Os comentários – ou as opiniões –, porém, são livres, desde que circunscritos a regras mínimas de civilidade, sem recorrer a insultos.

Seja qual for o caso, uma democracia precisará assegurar sempre o direito à livre manifestação e o de defesa a quem for efetivamente prejudicado. O inadmissível – e é lamentável que o primeiro mandatário do país fomente esta possibilidade – é se partir para o ataque ao direito à livre manifestação de opiniões. O presidente da República pode ter esquecido, mas sabe, desde o tempo de sindicalista, que fatos são fatos – não há como contestá-los. Opi- niões, porém, como as dos editoriais, refletindo o pensamento de empresários de comunicação, dependem de quem as expressa. Raramente, portanto, são coincidentes, o que não constitui razão para serem rechaçadas. Uma democracia costuma funcionar justamente com base nos consensos possíveis a partir de diferentes visões sobre uma determinada questão.

Obviamente, há situações nas quais algumas opiniões têm mais chances de se sobreporem a outras. O próprio poder público se vale disso, criando eventos diários que se transformam em palanque para discursos ou mesmo recorrendo a redes nacionais para transmitir um determinado recado. Não é devido a excessos ou a deformações na manifestação de opiniões, porém, que se deva simplesmente suprimi-las ou intimidá-las, atribuindo-as a “falsos democratas”.

Seja qual for o caso, uma democracia precisará assegurar sempre o direito à livre manifestação e o de defesa a quem for efetivamente prejudicado.


O mundo mudou, Zero Hora não

Em 2002, quando publiquei alguns artigos no Observatório da Imprensa, até ser despejado em cumprimento de ordem direta de Nelson Sirotsky a Alberto Dines, por telefone, a Zero Hora partiu para o ataque. Devido às denúncias que fazia no Blog que tinha na época e no Observatório, a RBS chegou a solicitar investigação ao ex-Secretário de Segurança Pública, no tempo de um outro ex-funcionário dos Sirotsky. Fui fotografado na saída do trabalho e próximo de minha cada. Minha sorte foi ter amigos que trabalhavam no setor de inteligência da Polícia gaúcha.

Fiquem com uma amostra grátis do tipo de democracia que a RBS adora e pratica. O editorial da Zero Hora é de 28/04/2002. Como se vê, o mundo mudou, os Sirotsky não!

A construção de uma calúnia

Uma sucessão de mal-entendidos e de atos de má-fé levou na última semana o jornalista Ricardo Boechat, responsável pela coluna Informe JB, no Jornal do Brasil, a cometer um equívoco danoso à imagem da RBS. Na sua coluna do dia 19 último, Boechat divulgou uma nota sob o título “Grande furo”, com a informação de que a RBS TV havia sido condenada a indenizar o governo gaúcho em R$ 1 milhão por ter feito um acordo com assaltantes para libertarem reféns apenas quando a emissora pudesse cobrir o acontecimento ao vivo. Tudo é falso nessa notícia: a RBS não fez acordo com os seqüestradores, não foi julgada e muito menos condenada. O próprio colunista reconheceu o erro em nova nota publicada na edição do dia 24 passado, no mesmo JB, sob o título “Sem condenação”. (Veja a íntegra das duas notas nesta página.)

Porém, mesmo com o desmentido formal, algumas pessoas mal-intencionadas e outras desavisadas continuaram a repassar a primeira informação via internet ou a utilizá-la em pronunciamentos públicos. Até mesmo um antigo comunicador da praça, conhecido por seu temperamento rancoroso, passou a fazer proselitismo ético a partir da informação falsa. A RBS, evidentemente, está adotando as medidas judiciais cabíveis contra os detratores , mas, em respeito ao seu público e aos seus colaboradores, utiliza este espaço editorial para contar em detalhes a origem e a construção desta calúnia.

Tudo começou no dia 17 de dezembro de 2000, quando três assaltantes invadiram uma residência no bairro Cristal, em Porto Alegre. Dois dos criminosos foram surpreendidos pela polícia dentro da casa e mantiveram uma família refém por cerca de três horas. Durante a negociação para a rendição, os assaltantes exigiram a presença da imprensa e a transmissão ao vivo da televisão. No caso da RBS TV, seria impossível atender tal pedido por dois motivos: o manual de ética da empresa proíbe expressamente qualquer acordo ou submissão a chantagens impostas por delinqüentes e, naquele momento, estava no ar uma programação em rede nacional. Por isso, uma equipe de reportagem deslocou-se imediatamente para o local a fim de fazer a cobertura para o programa Teledomingo, produção local que entraria no ar um pouco mais tarde. Os assaltantes ficaram nervosos e a situação se prolongou até uma das reféns entrar no ar em entrevista por telefone. Não houve qualquer tipo de ingerência dos profissionais da RBS na continuação ou no desfecho do assalto.

O relato deste episódio nos autos do processo, pelo depoimento dos réus e das vítimas, levou o juiz relator a concluir equivocadamente que a RBS TV havia solicitado aos assaltantes o prolongamento do seqüestro até que fosse possível colocá-lo no ar. O absurdo acabou sendo potencializado pelo voto subjetivo e preconceituoso do magistrado contra a imprensa, mais especificamente contra a RBS.

Ao tomar conhecimento da peça processual, um já identificado servidor público que promove delirantes e obsessivos ataques à RBS encaminhou um artigo confuso a um site especializado em imprensa, originando-se daí as mensagens via internet que estão sendo distribuídas por algumas pessoas. O artigo chamou a atenção da produção do colunista Ricardo Boechat, que acabou sendo induzido ao erro pelo insidioso informante. Logo que constatou o equívoco, porém, o jornalista do JB tratou de se redimir, desculpou-se com a RBS e publicou a nota esclarecedora que, infelizmente, algumas pessoas insistem em desconhecer, ficando com a primeira versão absolutamente inverídica.

Como alguns leitores, ouvintes e telespectadores dos nossos veículos foram atingidos por esta corrente de maledicências, estamos repondo a verdade: a RBS não cometeu qualquer deslize neste episódio, não faz acordo com delinqüentes, não foi julgada e muito menos condenada. O esclarecimento se faz necessário porque uma mentira multiplicada pela internet, que dá poderes incontroláveis a anônimos e irresponsáveis, acaba confundindo a opinião pública. Além disso, o caso é exemplar no momento em que espertalhões procuram desacreditar os veículos de comunicação com o indisfarçável propósito de impor suas idéias e interesses sem a vigilância da sociedade.

Minha resposta ao editorial saiu no Observatório da Imprensa de primeiro de maio de 2002, com o título Parcas, mas não muito, onde concluo:

O equívoco do editorial está em atribuir ao juiz relator conclusão equivocada. Se equívoco houve, foi das vítimas, senão vejamos o depoimento da vítima Alexandre Paz Garcia, transcrito nos autos:

“… mas daí ficou acertado que demoraria um pouquinho para já aproveitar e aparecer do ‘Teledomingo’, que eles falaram: ‘Então ao invés da gente mandar uma equipe agora, a gente segura um pouquinho, manda que já aparece ao vivo no ‘Teledomingo’.

Complemente com o depoimento de outra vítima, Luciane Petrolli, que consta das peças processuais: “A demora se deu porque estava no ar o ‘Sai de baixo’ e eles queriam esperar até o ‘Teledomingo’ para botar no ar.”

No editorial, a RBS conta o milagre mas não entrega o santo. “Ao tomar conhecimento da peça processual, um já identificado servidor público que promove delirantes e obsessivos ataques à RBS encaminhou um artigo confuso a um site especializado em imprensa, originando-se daí as mensagens via internet que estão sendo distribuídas por algumas pessoas. O artigo chamou a atenção da produção do colunista Ricardo Boechat, que acabou sendo induzido ao erro pelo insidioso informante.”

Sobrou também para “um antigo comunicador da praça, conhecido por seu temperamento rancoroso” que “passou a fazer proselitismo ético a partir da informação falsa”. Suspeito de que o editorialista esteja falando de Flávio Alcaraz Gomes, e a informação “falsa” é a que consta da Apelação Criminal nº 70 002 658 870, julgada na 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho.

A estratégia de desqualificar o autor das denúncias, para se defender, também foi usada por dois ex-presidentes do Senado, antes de renunciarem.

Para encerrar, sugiro que o Observatório da Imprensa passe a identificar melhor seus articulistas. Quem sabe acrescentando alguns dados pessoais, como endereço, telefone, atestado de bons antecedentes, laudo psicológico, e-mail, cor dos olhos, a fim de que a RBS possa “identificar” o “servidor público” delirante, obsessivo e insidioso. Afinal, trata-se de um ser nocivo aos bons costumes jornalísticos praticado pelo coronelismo eletrônico.

Camões ficaria espantado com a dificuldade da RBS em lidar com a mudança do mundo.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

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