Ficha Corrida

05/06/2011

Volta, Dunga! Fora, Globo!

Filed under: Futebol,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 6:43 am
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O que tem em comum Mano Menezes e Palocci? Ambos preferem a Globo ao profissional. Dunga e Dilma também têm algo em comum. São profissionais. Não dão o braço a torcer, ainda mais para grupos mafiomidiáticos. Quem se ajoelha à Globo bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça (Palocci) ou é doente do pé (Mano)…

Brasil e Holanda ficam no 0 a 0 no amistoso em Goiânia

Apesar de melhorar rendimento no segundo tempo, Seleção foi vaiada no Serra Dourada

Em amistoso, Brasil e Holanda ficam no 0 a 0 Crédito: Jefferson Bernardes / AFP / CP

Em amistoso, Brasil e Holanda ficam no 0 a 0
Crédito: Jefferson Bernardes / AFP / CP

A promessa de um jogo com muitos gols não se cumpriu. Apesar de duas equipes dispostas a atacar, o amistoso deste sábado entre Brasil e Holanda, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, terminou em 0 a 0, tendo nos goleiros os protagonistas da partida. Inesperado, o resultado irritou os torcedores, que vaiaram tanto ao fim do primeiro tempo quanto do segundo.
Agora, a equipe comandada por Mano Menezes volta a campo na próxima terça-feira, em amistoso contra a Romênia, em São Paulo, que marcará a despedida do atacante Ronaldo da Seleção.

Correio do Povo | Esportes | Brasil e Holanda ficam no 0 a 0 no amistoso em Goiânia

08/07/2010

Futebol de qualidade, na escrita, só no Terra Magazine

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 9:36 pm
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Seleção está ruim com Dunga, mas pode piorar

Sírio Possenti
De Campinas (SP)

Olha quem está falando

Sócrates errou um pênalti contra a França em 1986 (nenhum peladeiro cobraria tão mal, é só ver os jogos do bairro) e perdeu uma disputa de cabeça na entrada da área em 1982, apesar de sua altura. Da disputa saiu o terceiro gol de Paolo Rossi, com Júnior dando a ele condições de jogo. Estava distraído. Foi tão grave quanto a arrumada de meia de Roberto Carlos em 2006. Mas o tempo passa, como dizia Fiori Gigliotti .

Muller errou um gol feito contra a Argentina em 1990. Mas culpam o Dunga por ter sido driblado por Maradona, que antes passou por outros três! Deveria ter feito uma falta em Maradona, dizem. Sempre lembramos os gols sofridos, nunca os gols perdidos. Klose, o que sabe fazer gols, perdeu pelo menos cinco, diante dos goleiros.

Estou “criticando”? Não. Apenas acho que coisas assim podem acontecer com qualquer um. Alguém sempre vai errar. Ponto.

Neto chutou até um juiz! Edmundo não só fez a suas em campo, como atropelou um monte de gente numa noitada. E eles pedem bom comportamento ao Felipe Melo (que obviamente é burro – basta ver sua explicação para a pisada no holandês -, mas este é outro capítulo).

Dunga pedia atitude à seleção de 2006 contra a França (comentando jogos na BAND!), mas esqueceu que estava em campo na final de 1998, contra a mesma França, comandando um time com pouca atitude. Sua principal ação de comando naquela Copa foi cabecear o Leonardo. Devia ter se antecipado ao Zidane.

Se

Se Juan acertasse aquele chute depois do passe de Daniel Alves, se Kaká tivesse marcado na sua jogada mais característica, se Júlio Cesar tivesse saído bem naquela bola, se Juan mandasse aquela outra bola para a lateral e não para escanteio, o Brasil teria vencido a Holanda por 3 a 0. Não, não: se tudo isso tivesse acontecido, talvez Felipe Melo não tivesse acertado um lançamento espetacular, e o resultado teria sido 2 a 0.

Conspiração

Um adepto das teorias conspiratórias diria que, durante o intervalo de Brasil x Holanda, o pessoal da Fifa e da CBF foi ao vestiário dar uma bronca no time do Dunga, porque jogava bem e estava ganhando. Foi lembrar a todos que o combinado era perder – ganhar, só em 2014, como os patrocinadores combinaram. Foi por isso que o Júlio César saiu mal (ele nunca fez isso nos últimos dez anos) e que Juan inventou um escanteio, quando podia ou jogar para a lateral ou sair jogando.

Superstição

Para os supersticiosos, o que determinou a derrota do Brasil foi jogar de azul. Nesta copa, todos os azuis se ferraram: bleus, azzurri e verde-amarelos de azul. A vitória do Uruguai sobre Gana só aconteceu porque o azul deles é fraquinho, o celeste lá deles – mesmo assim, foi daquele jeito. E os meio azuis da Argentina se ferraram de verde amarelo no jogo com a Alemanha (aliás, sabe-se que os deuses do esporte punem a diversão à custa da derrota dos outros, e os argentinos tinham abusado, na véspera).

(O Uruguai perdeu para a Holanda, mas acho que não foi por causa da cor da camisa; e foi em outra fase da competição).

O jogador da Copa

Como trabalho duro desde criança, meu jogador da Copa é o volante alemão Schweinsteiger. No meu time, Ronaldinho e Robinho são focas. Bons para fazer embaixadas em propagandas…

Descobri um ótimo argumento a meu favor no artigo de Régis Bonvicino no Aliás de domingo. Comentando o célebre texto de Pasolini sobre futebol prosa (o da Europa) e o futebol poesia (o nosso; seu dado era a seleção de 70), Bonvicino mostra que: a) Pasolini opera a partir de velhos preconceitos: nós seríamos melhores porque fazemos poesia; eles é que nos vêem como os que só servem para dar-lhes diversão (no limite, é uma versão das mulatas para turistas europeus); eles são eficientes, sérios, trabalhadores; nós sabemos fazer festa; nem nossas democracias prestam; até a corrupção deles é melhor que a nossa; b) sua tese, antiga, prenuncia a substituição da arte (a do próprio cinema de Pasolini) pelo espetáculo “popular”; este é o lugar do futebol, que não é arte coisíssima nenhuma. Um jogo é como um show de rock, não como um filme (Teorema, por exemplo) ou um poema.

Saudades

Vendo as últimas Copas do Mundo, bateu enorme saudade das colunas de João Saldanha e de Nelson Rodrigues. A mídia esportiva regrediu mais que o futebol.

Piada

Piada adaptada: – Qual é a diferença entre o peixe gato e um jornalista esportivo (na derrota)? – Um vive nas profundezas e se alimenta de detritos. O outro é um peixe.

Se os jogadores errassem em campo tanto quanto os comentaristas nos microfones, perderíamos todas de goleada. Acabo de ouvir o mesmo cara dizer três vezes que a Espanha deve vencer o Uruguai. Mas o adversário é o Paraguai! O bom Milton Leite (que está afetado pelas pretensões humorísticas que estão fazendo escola no canal – e nada é pior que humor ruim!!) repetiu diversas vezes que a Argentina ganhou do México por 2 a 0.

Antes do intervalo, um cara diz na mesa redonda que Dunga não tinha opções: olhava para o banco e Ronaldinho não estava lá. Depois do intervalo, lembra que Ronaldinho não joga bem há muito tempo (desde 2006, eu diria).

Um coleguinha diz, comentando o jogo do Brasil, que o time do Dunga tem muito volante. Comentando o da Argentina, que o time é mal armado, que tem só um volante, que assim o time fica vulnerável.

Em encontro com colombianos que estavam na África do Sul, uma repórter da Globo disse que a Colômbia não tinha feito sua estréia na Copa porque não tinha se classificado. Se lhe perguntassem o que é Jabulani, o que será que ela responderia?

As notícias sobre enchente e carnaval e as mesas redondas sobre jogos da Copa (e outras) poderiam ser gravadas. Ninguém ia notar que são velhas.

Corinthiano

Voltando à dura realidade: corinthianos dirão que um time com Josué, Kaká, Luis Fabiano, Júlio Batista e Grafite não poderia mesmo vencer. É muito Marco Aurélio…

História (1)

Todo mundo repete todos os dias que Telê sim, que Telê isso, Telê aquilo. Que era o mestre do futebol arte. Todos esquecem que seus times sempre tinham um brucutu como volante. E alguém explica por que ele cortou Renato Gaúcho por causa de uma escapadinha? A disciplina valia mais que o talento? Ora, mas isso é Dunga. E por que, depois, não escalou Falcão, preferindo Elzo, logo ele, que amava o futebol-arte? Alguém aí sabe quem foi Elzo? Ou será que Telê queria um banco com boas opções?

História (2)

Em solidariedade a Renato Gaúcho, Leandro se recusou a ir ao México. E mais ninguém. Onde estava Sócrates, que entrava em campo com faixas de protesto na cabeça, mas não protestou contra a decisão de Telê?

História (3)

Ruim com Dunga? Muito ruim. Mas acho que ainda pode piorar. A Globo voltou com tudo. Basta considerar o que significa a entrevista exclusiva do presidente da CBF, que tirou o seu da reta, para quase empregar linguagem de vestiário.

Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.

24/06/2010

“Merda, puto, cagão!” só (não!) se vê na Globo

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 3:50 am
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Globo e merda, tudo a ver!

Globo e merda, tudo a ver!

Vale a pena ver de novo. Este texto foi publicado originalmente em 24/06/2010. Cumpriu-se a profecia, e agora o povo jogou merda na Globo. E a merda, em editorial, vestiu o chapéu.

Não dá outra, quando ouço Rede Globo lembro de Dominique Laporte.  Logo vais saber porquê. Antes, voltemos a Vespasiano e o tributo sobre as latrinas: non olet. O Imperador Romano teria instituído um tributo sobre latrinas públicas. Seu filho Tito teria sugerido a extinção do tributo, por sua origem. Do pai, ao filho: Olet? (tem cheiro?). Tito teria respondido: Non olet! (não tem cheiro). No Direito Tributário importam os fatos econômicos, não a natureza jurídica.

Antes de passarmos ao “tributo” de Dunga à Globo, um pequeno troço sobre o termo. Segundo Dominique Laporte, no seu História da Merda, o lixo  tem que ter alguém que se responsabilize por lançá-lo longe. E Dunga tem sido  o duto através do qual repelimos  o esgoto que sai das telas da Globo & afiliadas.

Afinal, por que quando os atores vão entrar em cena desejam “merda”? Para desejar sorte. E se Dunga desejou “sorte” ao Alex Escobar na busca de entrevistas exclusivas com jogadores de outras seleções, por que os funcionários da Globo reagem dizendo tanta merda? Já deveriam ter entendido que na seleção canarinha de Dunga não há mais espaço para  exclusividade da Globo. Até porque  não é a seleção da Globo & seus patrocinadores. É a seleção dos brasileiros de todos os veículos. Democraticamente!

O diário Lance! traz uma informação reveladora: “Mas os excessos (impedir entrevista exclusiva…) do técnico passaram a atingir questões maiores, como os patrocínios (ah! bom!). Assim, a costura política (substitua por mafiosa, dá no mesmo) tem sido uma das missões da entidade nos últimos dias.

E democracia também é isso: não pode haver discriminação com as palavras que estão no dicionário. Todas estão lá para serem usadas… Roland Barthes (Sade, Fourier, Loyola) modernizou Vespasiano, adequando-a ao seu metier, “a merda  escrita não cheira” , do tipo “a palavra cão não morde”. Por que, quase sempre, se grita  “merda” na maioria dos países do mundo, quando se quer ofender alguém? Outro francês, Ferdinand Saussure, mostrou que se deve adequar a linguagem ao momento, ao assunto e ao interlocutor. Por que não chamar, então, a coisa pelo seu nome? Se só a Globo não ousa dizer  seu nome,  voilá, merde!


Vale a pena ver de novo


Merda, puto, cagão!” Foi o que Dunga, sem as máscaras gregas, e numprocesso catárquico, lavou nossa alma quando deixou gravado em áudio e vídeo  a definição do jornalismo made in Globo.  Como é do conhecimento até do reino mineral a Escola das Américas se mudou  do quintal Panamá para a cloaca do Jardim Botânico.

Como diria Gandi, “aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros”. Por não terem conseguido influenciar Dunga, os anões da Globo, esnobando Gandhi, foram buscar no ditador Ricardo Teixeira um atalho para defecarem. Logo ele que sobrevive à frente da Capitani Hereditária da CBF graças ao casamento com a filha de Havelange. Antes, para parecer grande a Rede Globo lustrava as botas dos  militares. Hoje, para nossa felicidade e opróbrio da Globo, os ventos mudaram. A internet democratizou o “mercado” da informação.

Pivô? Patrocinadores!

Patrocinador oficial da Globo!

Patrocinador oficial da Globo!

Primeiro, os patrocinadores exigiram Ronaldinho. Não deu. Depois tentaram emplacar “os meninos da vila”, mas, depois do banho de loja,  de vila os meninos já não tinham mais nada. De patrocínio em patrocínio, foi declinando o poder da Globo. Os brancaleones da Globo passaram a atacar os moinhos de vento para atingir Dunga. Na Globo é assim, se estás contra ela, ela tentar fazer acreditar que estão contra o Brasil. Foram-se os tempos do ame-o ou deixe-o.

A Globo e seus funcionários compraram Dunga por anão mas receberam um Davi armado de funda de troco.  No queixo!

Os assalariados da Globo usam o argumento de que estão representando os brasileiros em busca de informação. Não tenho certeza, mas nem todos patrocinadores a quem a Globo e seus funcionários servem são brasileiros. Quanto ao povo, bem, nós já sabemos o apreço que Globo & suas afiliadas têm por ele. Mais, esse mesmo povo a quem a Globo diz querer atender, faz campanha contra ela. No Twiter, a campanha “Cala a boca, Galvão!”  “deu no NewYork Times”.

Agora a blogosfera faz novo convite, ver os jogos do Brasil por outro canal, a começar pela partida com Portugal,  jogando uma bola nas costas da Globo e de seus paitrocinadores.

Faça sua parte, torça pelo Brasil assistindo o jogo por qualquer outro canal que não seja da Rede Globo. Vamos ensinar a eles a democracia que eles entendem, a dos $$$$$! Afinal, uma transmissão da Band non olet!


Perguntar não ofende

Pense!

Pense!

A pergunta que não quer calar: quem deu e de onde vem a autoridade de qualquer jornalista da Globo pensar que pode falar por mim ou pelos brasileiros? Houve concurso, eleição, estudo, preparação especial outorgando tal poder? Quem deu ou dá a eles a exclusividade de falar sobre os fatos?

Acrescentado em 25/06/2010: “Palavrão é falta de estradas, é pagar pedágio, é falta de comida para o pobre. Isso que é palavrão. É ofensa à humanidade. Poluir o ar e a água que você bebe é ofensa”, Dercy Gonçalves

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