Ficha Corrida

06/07/2015

A marcha dos zumbis do PSDB amestrados pelos grupos mafiomidiáticos

O golpismo nunca deixou de existir, apenas foi testando e se fortalecendo em busca de seu retorno. Como os democratas se acovardaram e o governo não reage, os sempre golpistas foram perdendo o pudor que nunca tiveram. Os grupos de mídia criaram um centro coordenador, o Instituto Millenium, e foram recrutando todos os apologistas da tortura, estupro e morte. Basta ver que a Folha de São Paulo recrutou nada menos que Reinaldo Azevedo, Aécio Neves e Ronaldo Caiado. Aí se somaram parte do Poder Judiciário, do MP e da Polícia Federal. A CIA, que sempre agiu livremente, continua financiado golpistas para tomar conta da Petrobrás. No mundo, os EUA se vêem obrigados a fazerem guerras para se apropriarem do Petróleo. No Brasil um senador, José Serra, vira testa de ferro da Chevron, apresenta projeto de lei no Senado para cumprir o papel de entreguista e a imprensa aplauda.

golpe escolher-o-povoRICARDO MELO, na FOLHA, 06/07/2015

O golpe está em marcha

Programa da oposição é derrubar Dilma, custe o que custar; a PF assina embaixo e o governo assiste

As últimas estocadas da oposição provam estar em curso uma operação sistemática para derrubar a presidente Dilma.

Relembrando fatos. A investida desesperada às vésperas da eleição para incriminar Lula e a então candidata. Não deu certo. Recontem-se os votos, decretaram os derrotados. Parece piada, mas isso aconteceu. Também fracassou, tal qual a pecha de estelionato eleitoral! (Alguém esqueceu da desvalorização brutal da moeda em 1999?)

A essa altura, as acusações de roubalheira da Petrobras embaladas pela compra de uma refinaria pareciam cair do céu para um impeachment. Fiasco, até porque o negócio foi recomendado pelo Citibank e avalizado por um conselho composto de ricaços: Jorge Gerdau, Cláudio Haddad, Fábio Barbosa etc.

A história azedou ainda mais quando o executivo petroleiro Pedro Barusco contou que a corrupção estatal avançou no governo do PSDB, turbinada por uma lei que aboliu licitações. Detalhe: Barusco prometeu devolver centenas de milhões de dólares depositados no exterior. Mas a grana não era para o PT? Como estava na conta pessoal dele? Bem, isso não vem ao caso.

Aí surgiu a novela das pedaladas fiscais. Novo fracasso. Todos que conhecem a política mesmo superficialmente sabem que o Tribunal de Contas da União é um almoxarifado para acomodar políticos decadentes, uma espécie de prêmio de consolação para sabujos fiéis ""a favor ou contra, tanto faz. A coisa ficou mais incômoda quando descobriram que as pedaladas começaram na administração Fernando Henrique Cardoso.

Bem, sempre tem o pessoal do Moro e sua equipe de delações. Incrível: o Brasil é o único lugar teoricamente democrático em que candidatos a réus são informados de crimes pelo jornal, TV ou internet. O conteúdo, então, é de espantar.

"O doleiro [Alberto Youssef] não identifica com precisão a pessoa que o teria procurado para pedir ajuda, e deixa claro que não participou da campanha da presidente […] Se não me engano, o pai dele tinha uma empreiteira. Não consigo lembrar do nome da empreiteira […] O doleiro afirmou não saber se Felipe (acusado de ser o intermediário) buscou outros operadores. Questionado sobre o valor do dinheiro a ser internalizado, o doleiro respondeu: ‘Acho que era em torno de R$ 20 milhões’". (FSP, 03/07, Pág. A4)

Tal depoimento, como se percebe robusto, cheio de evidências, em que o acusador ignora o nome do interlocutor, desconhece para quem ele trabalha e sequer sabe o valor exato da propina –tal depoimento está no processo que serviu de base para o PSDB pedir a cassação de Dilma!

Para completar a mistificação, aparece a entrevista do delegado geral da Polícia Federal ao "Estado de S. Paulo". Somos informados que na democracia da jabuticaba existem quatro poderes: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e a…Polícia Federal. "O ministro da Justiça não é o seu chefe?", perguntam as repórteres. Resposta: "O ministro da Justiça é o responsável pela PF, mas na esfera administrativa. As ações da PF na esfera de investigação são feitas no limite da lei".

Pelo jeito, a mesma lei que muda votações na Câmara ao sabor de um presidente que dispensa comentários; deixa impunes sonegadores graúdos da Receita; fornece habeas corpus a banqueiros selecionados; prende antes de julgar e vem transformando o Supremo Tribunal Federal num órgão tão decisivo quanto cerimônias de chá na Academia Brasileira de Letras.

E o governo, o ministro da Justiça, não têm nada a dizer antes que seja tarde?

02/04/2014

Para proteger os muito vivos, vão investigar torturadores mortos

Filed under: Ditabranda,Ditadura,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 8:59 am
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ditabrandaPara demonstrar que não será um investigação para jogar mais terra sobre os mortos, seria bom começarem investigando quem deu apoio logístico e moral para perpetrarem aquelas barbaridades. Porque não convidam logo os donos dos maiores beneficiados com a ditadura, as famiglas Marinho, Frias, Mesquita, Civita & Sirotsky? O povo agradeceria se apontarem quem se beneficiou com os crimes e hoje vivem querendo dar lição de moral.

Forças Armadas vão investigar torturas e mortes na ditadura

Após pedido da Comissão da Verdade, sindicâncias irão examinar denúncias de abusos em instalações militares

Comandantes militares não definem prazo, mas Ministério da Defesa diz esperar conclusão de investigação em 30 dias

LUCAS FERRAZDE SÃO PAULOELIANE CANTANHÊDEDE BRASÍLIA

As Forças Armadas anunciaram ontem que vão investigar a prática de tortura e mortes ocorridas em sete instalações militares usadas para prender e interrogar presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985).

A decisão foi tomada após pedido da Comissão Nacional da Verdade ao Ministério da Defesa e representa a primeira iniciativa das Forças Armadas desde a redemocratização do país para examinar os crimes da ditadura.

As Forças Armadas nunca admitiram responsabilidade pelos abusos cometidos no período, que sempre foram atribuídos pelos comandantes militares a excessos de agentes que teriam agido sem o aval de seus superiores.

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica divulgaram ontem as portarias que criaram as sindicâncias que irão conduzir as investigações, sem definir prazo para sua conclusão.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou à Folha que espera resultados dentro de 30 dias, mas acrescentou que os regimentos das três Forças preveem prazos "levemente diferentes" e que ele irá "respeitar essas diferenças".

Em fevereiro, quando a Comissão da Verdade pediu ao ministério que os próprios militares investigassem o que houve em suas instalações, o objetivo era obrigar as Forças Armadas a se posicionar sobre o assunto, tratado até hoje como tabu pelos militares.

As instalações que deverão ser investigadas são os quartéis dos antigos DOIs (Destacamentos de Operações de Informações do Exército) no Rio, em São Paulo e no Recife; os quartéis da 1ª Companhia da Polícia do Exército da Vila Militar, no Rio, e do 12º Regimento de Infantaria do Exército, em Belo Horizonte; a Base Naval da Ilha das Flores e a Base Aérea do Galeão.

A Comissão da Verdade apontou os casos de 15 presos políticos torturados e 9 mortos nesses locais. Em todos esses casos, o governo brasileiro reconheceu a responsabilidade do Estado e indenizou vítimas e familiares.

"É um gesto muito importante para as Forças Armadas, que saem de uma posição passiva e assumem um processo de investigação", disse o advogado Pedro Dallari, coordenador da Comissão Nacional da Verdade.

Durante a ditadura, as Forças Armadas realizaram investigações pontuais sobre abusos cometidos contra presos políticos, mas os inquéritos nunca deram em nada.

Celso Amorim afirmou que seguiu orientação da presidente Dilma Rousseff, reafirmada por ela num discurso na segunda-feira, de que "a história tem de ser contada".

"Há confiança mútua, e a gente respeita os procedimentos internos, as formas de eles agirem", disse Amorim.

O ministro afirmou que não fez nenhuma reunião específica com os três comandantes militares, mas que vem conversando com eles desde que recebeu o pedido da Comissão da Verdade.

O ministro enfatizou que as sindicâncias na Marinha, no Exército e na Aeronáutica têm foco específico: o uso de suas unidades. Deixou implícito, assim, que os resultados serão estritamente dentro do pedido da comissão.

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