Ficha Corrida

13/03/2011

Os “melhores quadros” eram falsos

Filed under: Isto é PSDB!,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 8:33 pm
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Diogo_e_a_anta_planaltina-300x202A anta e a involução da espécie

Cansei de ler, ver e ouvir na velha mídia que o PSDB era um partido de quadros. Dos melhores quadros. Não tinha povo, mas tinha quadros. Era um discurso que iludiu até o brilhante professor José Hildebrando Dacanal. Logo ele que foi engambelado por um editor picareta tucano (desculpe a redundância). Dacanal se achava um bom quadro, por isso chegou a se filiar. E quando se desfiliou, publicou o pedido e me enviou o recorte por carta. Está guardado. A Dacanal deve ser debitado parte do um desastra político e administrativo de um quadro que chegou a ficar pendurado junto ao cartão-ponto da RBS, Yeda Crusius. De fato, como diria o prof. Dacanal, o PSDB vendia como sendo os melhores quadros, quem comprou agora descobriu que eram falsos. Mas como pagaram caro, continuam vendendo a ideia de que eram bons. Originais, sim; bons, nunca!

Agora vem o WikeLeaks provar que os tucanos não só eram incompetentes, mas tinham o dom de se relacionarem com pessoas e eleitores idem. Não só eram piores para si mesmos, como para o Brasil. E também como fonte de informação diplomática.

Estava na cara, o cruzamento de anta com tucano só poderia resultar em bestas apocalípticas!

WikiLeaks e o sanatório geral da campanha de 2010

Enviado por luisnassif, qua, 09/03/2011 – 15:17

Os novos documentos do WikiLeaks, sobre as eleições de 2010, mostram o enorme despreparo do corpo diplomático norte-americano em acessar as fontes corretas.

Os diplomatas se deixaram envolver pelo coro da velha mídia como um leitor classe média desinformado.  Nenhuma visão estratégica, nenhuma discernimento para separar torcida de análise e a inacreditável ingenuidade de considerar Diogo Mainardi como “renomado colunista político” – apenas um repassador de recados e de dossiês de Serra, utilizado por ele para atacar inimigos e jornalistas.

Mas dá uma boa ideia de como a vontade se impõe sobre os fatos e gera erros rotundos de análise.

Até agora é o melhor documento sobre a loucura que tomou conta da velha mídia, indo comer nas mãos de Serra. Uma fantasia na qual se meteu uma dúzia de jornalistas, julgando que com seus veículos à mão – em uma fase de transição em quase todos eles – se tornariam os novos donos do Brasil.

ra se cercou de um conjunto de jornalistas, para jornalistas, políticos sem conhecimento mínimo sobre o jogo político, meros torcedores sem capacidade de análise prospectiva, sem discernimento para entender sua (do Serra) própria incapacidade analítica, e, com eles, criou um mundo virtual. Machado de Assis se esbaldaria com essa versão contemporânea de "O alienista".

Quando se deu conta de que os fatos não batiam com as análises, a corte de Serra passou a espancar os fatos resultando na campanha jornalística mais irracional da história recente do país. Só restaram escândalos diários para suprir os erros de análise.

Em seu “Ciência e Demência” Olavo de Carvalho traça um cenário clássico desse tipo de piração coletiva de intelectuais  e subintelectuais, quando os fatos teimam em desmentir suas teses. Por não pode abrir mão da teoria – porque ela os consagrou – passam a desenvolver teses para provar que os fatos não existem, são meras alucinações.

Por exemplo, Serra – cuja incapacidade de análise política hoje em dia é uma unanimidade (especialmente no seu partido) – diz a Mainardi, durante um almoço, que Marina Silva seria a vice de seus sonhos, porque tem uma história bonita como a de Lula. Pronto. A embaixada informa que Mainardi reproduziu todos os argumentos de Serra em sua coluna na Veja – aliás, foi um dos pontos ridículos da campanha, na qual um colunista sem familiaridade com a política recebe a receita do bolo de Serra e se propõe a ser o padrinho de uma chapa presidencial impossível. Era o poder que emanava de quem considerava estar falando com Deus.

Desde meados de 2009, qualquer analista político competente sabia que Aécio jamais aceitaria ser vice de Serra. Esse quadro ficou óbvio em dezembro, quando Aécio anunciou oficialmente sua desistência de qualquer tentativa de impor seu nome – a presidente ou a vice – e  lançou sua campanha para senador. Ainda se poderia acreditar nele para presidente, jamais para vice de seu verdugo.

No entanto, a embaixada se baseia em “insiders” – Mainardi e Merval Pereira (!) – para sustentar que Aécio aceitaria ser vice, sim.  Aécio anuncia formalmente estar fora da disputa. Mas a embaixada, em conversa com o notável analista político Mainardi, sustenta que ele irá aguardar até… março para aceitar a indicação para vice.

Qual a outra grande fonte da embaixada que confirma a informação? O delegado Marcelo Itagiba, claro. No início de 2010, também garantiu que Aécio terminaria vice de Serra. O brilhante Itagiba é mais contundente: se Aécio perceber que a vitória de Serra não está assegurada, aí ele aceitará ser o vice. Só um completo alienado poderia supor um Aécio indo para o sacrifício por Serra.

Ou seja, um conjunto de pessoas intimamente ligadas a Serra, despidas de qualquer capacidade mais profunda de análise, comendo na mão de Serra e tratando como análises definitivas o que não passava de sonhos desconjuntados e impossíveis do próprio Serra. E essa loucura tornou-se o fio condutor da cobertura da velha mídia.

Por aí dá para entender a maluquice da velha mídia de jogar todas suas fichas no desastre político de Serra. Eles acreditavam piamente no que escreviam sobre as possibilidades de Serra porque só no final da campanha perceberam que estavam nas mãos de um alienado.

Muitas vezes escrevi como esse desequilíbrio da informação era um dos principais fatores do custo Brasil, por conduzir a erros decisões empresariais e políticas. No episódio em si, as maiores vítimas foram os próprios jornais.

Quando sai das fontes midiáticas e passa a falar com deputados, como Otávio Leite Rio (PSDB-RJ) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) os relatos ganham um pouco mais de consistência. Eles mostram a quase impossibilidade de Aécio aceitar a vice candidatura ou de Marina apoiar Serra no segundo turno.

Mais posts sobre o WikiLeaks:

No Blog Gonzum

No Maria Frô

 

WikiLeaks e o sanatório geral da campanha de 2010 | Brasilianas.Org

10/03/2011

WikiLeaks: a promiscuidade do PIG

Filed under: PIG,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 8:44 am
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Lembro do tempo que eu, Santiago (enteado de Antônio Britto) e Diego Casagrande namorávamos trigêmeas tive acesso privilegiado à fabrica de salsichas da RBS. Como se diz no jornalismo, obtive informações de cocheira a respeito de como era administrada a página 10 de Zero Hora. José Barrionuevo empilhava as notinhas na formatação definida com Nelson Proença e Antônio Britto. E só a RB$ não $abia. Eis aí a razão pela qual a famosa página 10 de Zero Hora ficou marcada como “Central de Recados”. Mudou o titular, o papel continua o mesmo. As informações vazadas a respeito do relacionamento promísculo entre celetistas do PIG com interesses desonestos só é novidade para quem chegou da Líbia agora. Diuturnamente vemos matérias pré-pagas na revistas semanais e na velha mídia. Algo tão corriqueiro quanto salsicha enlatada.

Leis, salsichas e notícias

Alguns atribuem à Winston Churchill esta frase: “Se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas e as leis, não comeriam as primeiras e não obedeceriam as segundas.” Mas o autor verdadeiro é Otto von Bismarck. Diante do vemos sob nossos olhos, diariamente, publicado na imprensa ou nos rádios e telejornais, faria um pequeno acréscimo na famosa frase: “Se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas, as leis e as notícias, não comeriam as primeiras, desobedeceriam as segundas e ignorariam as terceiras.”

A seguir artigo publicado no blog do Miro:

3) Chamar Merval e Mainardi de jornalistas é afronta a qualquer jornalista. O nível de submissão desses dois não tem exemplo até o momento, a não ser que encontremos um cablegate que narre reunião entre tio Reio ou Noblablá com Serra e sua trupe, ai a gente mede o nível de fidelidade canina desses ‘colonistas’ da Veja e de O Globo.
4) A promiscuidade existente entre estes ‘colonistas’ e o PSDB é gritante. Mainardi escrevia suas colunas ditadas por Serra!
5) Como no telegrama anterior a subserviência dos ‘colonistas’ da mídia velha à política dos EUA também não tem limites. Pergunto: qual o interesse de Mainardi e Merval encontrarem-se com representantes do governo dos EUA? Volto a insistir: Obama, assine Caras, você economizará um bom dindim e ficará melhor informado.

Altamiro Borges: WikiLeaks: a promiscuidade do PIG

Informação detalhadas com a publicação do Cable, aqui, no Viomundo: Entenda o que leva a Casa Branca a ser a última a saber das coisas

13/02/2011

Esta lá o Estadão estendido chão

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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Há 506 dias Estadão censura matéria

Enviado por luisnassif, sab, 12/02/2011 – 13:34

Atualizado às 13:34

Nos tempos em que os Mesquita dirigiam o Estadão, seria impensável engavetar grandes matérias de escândalo.

Desde que assumiu a direção editorial do jornal, Ricardo Gandour vem atropelando um a um os princípios jornalísticos que fizeram do Estadão um jornal respeitado inclusive pelos adversários. O jornal era intransigente até demais em suas convicções, mas jamais brigava com os fatos ou abria mão das grandes matérias jornalísticas.

O histórico de Gandour inclui a demissão de Maria Rita Khel, a escandalização de fatos normais ou banais para atingir jornalistas que ele considerava  adversários. E a censura – inédita no caso do Estadão – a grandes reportagens.

A matéria abaixo foi escrita em 24 de setembro de 2009. Era um furo jornalístico dos maiores: as investigações da Polícia Federal mostrando que um dossiê divulgado por Diogo Mainardi na Veja era (mais uma vez) falso e fruto de jogadas de lobbies. Como se recorda, durante semanas o falso dossiê foi apresentado como fruto de investigações da PF, com ampla repercussão nos jornais, no Jornal Nacional. Sabia-se que havia grandes interesses financeiros por trás, jogadas de lobistas pesados.

O Estadão deu a primeira matéria sobre a falsificação. Pelo visto, o repórter tinha o fio da meada para uma reportagem candidata a Esso.

Houve claro veto da direção do jornal à continuidade da matéria – já que não se leu mais nenhuma linha sobre o assunto. Ou irá se supor que o repórter abriu mão do seu furo. Gandour atropelou o jornalismo e princípios consagrados de atuação da família Mesquita.

Polícia acusa agente de criar falso dossiê – versaoimpressa – Estadao.com.br

O material tinha como alvo Victor de Souza irmão do ministro Franklin

24 de setembro de 2009 | 0h 00

Marcelo Auler, RIO – O Estadao de S.Paulo

O agente federal aposentado Wilson Ferreira Pinna, lotado na Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi apontado pela Polícia Federal como o autor do falso dossiê contra o diretor do órgão, Victor de Souza Martins, irmão do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.

O material acusou Victor de Souza de aumentar os royalties das prefeituras que contratavam a empresa Análise Consultoria, que ele tem em sociedade com a mulher, Joseana Seabra. Pinna foi denunciado na 2ª Vara Federal Criminal do Rio pelos crimes de interceptação telefônica ilegal e quebra de sigilo fiscal dos irmãos de Vitor, inclusive do ministro.

Após a revista Veja divulgar o dossiê em abril, o Ministério Público Federal constatou que o documento não estava no inquérito da Delegacia Fazendária, que apura corrupção nos repasses de royalties. A inexistência do dossiê levou o superintendente da PF no Rio, Angelo Gioia, a abrir novo inquérito.

Em maio, a PF descobriu um pendrive com o falso dossiê, as declarações de renda obtidas ilegalmente e as transcrições de gravações telefônicas. Não se sabe quem recebeu o pendrive, mas os policiais identificaram Pinna como o autor.

Por meio de representação à juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal , onde tramita o inquérito, foi pedida a prisão do agente, além de busca e apreensão na sua casa e na ANP.

O pedido foi para as mãos do juiz Rodolfo Kronemberg Hartmann, da 2ª Vara Federal, que não analisou o caso, provocando um conflito de competência. Tudo parou até 15 de julho, quando o Tribunal Regional Federal (TRF) decidiu que a competência é da 2ª Vara. Após negar pedido de prisão, Hartmann intimou Pinna a apresentar sua defesa, antes de decidir se aceita a denúncia.

Ontem, procurado pelo Estado, Pinna reclamou da divulgação do caso por conta do segredo de Justiça e depois se apegou na rejeição do pedido de prisão para se defender. Vitor repetiu o que falou na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados: "Quero justiça, saber quem fez essa investigação criminosa, a mando de quem, quem pagou e com qual objetivo."           

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