Ficha Corrida

12/10/2015

Éramos Seis

Éramos seis é um título de um livro que fez algum sucesso quando eu era estudante. As vivandeiras mais notórias entorno do impeachment estão indo, uma a uma, prestarem contas dos próprios malfeitos que viviam de pespegar em Dilma. A mãe dos golpistas, a Rede Globo, vai perdendo seus filhotes que tão cuidadosamente incubou e desovou. Como disse Dilma, “não sobrará pedra sobre pedra”.

1) Filho mais notório, o Napoleão das Alterosas, em plena síndrome de abstinência,foi abatido em pleno voo. Voos. Muitos voos, de Minas para todo e qualquer ponto turístico. O pior senador no ranking da Veja foi o primeiro a não saber perder. Partiu para o tapetão voador, mas é mais frágil que o próprio ar que aspira. Aécio Neves deve encabeçar qualquer lista das espécies mais nocivas a qualquer decência mínima de uma república.

2) Fernando Francischini montou a melhor estrutura de difamação no submundo da internet durante a campanha. Seu sucesso cacifou-o à Secretário de Segurança de Beto Richa. Bateram nos professores e acabaram apanhando da realidade. Hoje, igual ao pinhão guardado pelas gralhas azuis, é um post esquecido ao lado de outra araucária.

3) Ronaldo Caiado recebeu a melhor definição que se pode conseguir de seu próprio correligionário: “uma voz à procura de um cérebro”. Demóstenes Torres disse tudo o que poderia resumir o caráter de Caiado no próprio título do artigo.

4) Agripino Maia é o que se pode chamar de escândalo à espera de uma tomada. Falta o cinegrafista, mas a cena é antológica. Junto com Caiado e Carlinhos Cachoeira, Agripino rivaliza com Demóstenes Torres no papelão de acusador da honestidade alheia como forma de se safar.

5) Augusto Nardes, legítimo espécime do PP gaúcho, guindado ao posto do tCU pelo Severino Cavalcante, o breve, foi abatido não sem antes justificar a inutilidade de um Tribunal de Faz de Conta, já que não é tribunal e sequer sabe fazer contas. A Operação Zelotes se encarregou de coloca-lo em seu devido lugar. A história do lixo poderá reservar um lugar mais adequado em sua biografia.

6) Eduardo CUnha é o maior representante dos movimentos golpistas. Aos moldes de Severino Cavalcanti, foi escolhido para algoz. É como se escolhessem Judas para o lugar de Jesus. Não tem como errar. Basta conhecer a biografia.  A chave de ouro deste soneto hexassílabo só poderia ser fechado com um legítimo herdeiro de PC Farias que guarda estreita relações com a incubadora dos golpistas, a Rede Globo. E mais não se precisa dizer por despiciente. Fez da Igreja um puteiro de seu gangsterismo.

Éramos Seis, mas, apesar de soltos, é o que há de mais nocivo. Por eles se explica porque há prisões e vazamentos seletivos como a moralidade dos imorais.

STF abre inquérito para investigar Agripino Maia por corrupção e lavagem de dinheiro

Supremo abre inquérito para investigar presidente do DEM por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. José Agripino Maia teria recebido propina da empreiteira OAS, investigada na Operação Lava Jato

Agripino Maia DEM corrupção

José Agripino Maia, presidente do DEM (divulgação)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso abriu esta semana inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (DEM-RN) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ministro atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o parlamentar de receber propina da empreiteira OAS nas obras de construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.

As suspeitas contra o senador surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato.

A assessoria do senador informou que ele ainda não foi notificado sobre a decisão e que só vai se manifestar após ter acesso às investigações. Na segunda-feira (5), após ser informado do pedido de abertura de inquérito, Agripino disse que a acusação é absurda, inverídica e descabida. Ele também se colocou à disposição do Judiciário para prestar esclarecimentos. A OAS nega as acusações.

Relatório da Coaf

O Coaf, órgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério da Fazenda, detectou uma série de depósitos em espécie de forma fragmentada e sem identificação dos depositantes, no valor total de R$ 169,4 mil, em contas bancárias do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM e um dos principais nomes da oposição. Segundo relatório do Coaf, a movimentação “sugeriria tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da identidade do depositante”.

De acordo com o Coaf, movimentações suspeitas foram realizadas no mesmo dia, 27 de outubro de 2014, no final da campanha eleitoral do ano passado. As contas do senador receberam seis depósitos de R$ 9.900 mil cada um no caixa do banco em um total de R$ 59,4 mil, além de outros 44 depósitos em espécie, em envelopes no caixa eletrônico, cada um deles com R$ 2.500.

Entre outros depósitos para Agripino, com identificação, um motorista do Senado colocou R$ 95 mil, em espécie, na conta do senador, além de ter feito dois depósitos, um de R$ 9.000 e outro de R$ 9.100, “em espécie na mesma sessão de caixa” e na mesma agência. Outra servidora pública, lotada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, fez quatro depósitos fracionados de R$ 9.000.

O relatório do Coaf integra o inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

STF abre inquérito para investigar Agripino Maia por corrupção e lavagem de dinheiro

29/09/2014

Eduardo Cunha é parceiro do Pedro Simon

Filed under: Eduardo Cunha,Pedro Simon,PMDB — Gilmar Crestani @ 8:10 am
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Pedro Simon boca de ouroLUIZ FERNANDO VIANNA

Notas do subterrâneo

RIO DE JANEIRO – O caro leitor pode ainda não saber quem é o carioca Eduardo Cunha, mas acabará sabendo. É um dos homens mais poderosos da esburacada República.

Tipos como ele, crescidos nos subterrâneos da política, têm algo de romanesco e exercem fascínio. São da família de Rasputin.

O nosso Sombra não tem resistido aos holofotes. É líder do PMDB na Câmara dos Deputados e tudo indica que presidirá a Casa em 2015.

Influencia centenas de parlamentares. Dilma, que lhe tem ojeriza, foi obrigada a engoli-lo. O governador do Rio, Pezão, o chamou de "o melhor deputado federal do Brasil" –mas, pena, não revelou os critérios da escolha.

Cunha iniciou sua trajetória pelas mãos de PC Farias. Participou em 1989 da campanha de Fernando Collor e, no governo deste, foi presidente da Telerj, depois privatizada.

Quem acompanha o noticiário sobre ele –e o material no arquivo desta Folha é farto –sabe que deixa marcas profundas por onde passa, seja como gestor direto (caso da Companhia Estadual de Habitação, nomeado pelo então grande amigo Anthony Garotinho), seja como eminência parda (casos da Cedae, a companhia de águas do Rio, e de Furnas). Até hoje, escapou de todos os processos. Livre como um táxi, não para de subir.

Seus votos, majoritariamente evangélicos, crescem: 101.495 em 2002; 130.773 em 2006; 150.616 em 2010.

Seu patrimônio declarado cresce: R$ 989 mil em 2006; R$ 1.476.112 em 2010; 1.649.226 em 2014.

Seus gastos de campanha crescem: dos R$ 291.405 de 2002 aos R$ 3.683.333 de 2014. Só nos últimos quatros dias pagou R$ 127.436,40 por anúncios no jornal "O Globo".

Intimida a imprensa processando jornalistas. Mas não é crime arriscar uma previsão: com ele presidente da Câmara, o Brasil sentirá saudade de Severino Cavalcanti e Inocêncio de Oliveira.

21/06/2014

Big Barriga, não, PIG Bosta!

Filed under: Big Barriga,PIG,Sósia de Felipão — Gilmar Crestani @ 11:30 am
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Resumindo: a patacoada, como dizem os gaúchos, só foi publicada por que merda é uma especialidade da velha mídia. E, acima de tudo, credibilidade é algo que passa ao largo dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Mário Sérgio Conti é figurinha repetida no álbum da velha mídia, graças aos seus serviços presados como pena de aluguel.

A velha mídia é o que há de mais parecido com os Reis dos Camarotes VIP, aquela massa cheirosa, cheia de educação, que mostrou ao mundo como se deve se comportar em público diante da presidente do seu país. Como disse o Veríssimo, teus dias em que a única coisa correta num jornal é data.

Big Barriga, por Flavio Gomes

sex, 20/06/2014 – 14:44 Do blog do Flavio Gomes BIG BARRIGA

RIO (jeeeesuis) – Quarta-feira, ponte aérea Rio-SP. O jornalista experiente, ácido e implacável (acusou o autor de “Privataria Tucana” de má-fé, leviandade, incompetência…), ex-diretor da ex-revista “Veja”, famoso, tanto que arrumou um trabalho de colunista nos dois maiores diários do país, “Folha” e “O Globo”, nota duas presenças familiares. Sim, são eles: Felipão e Neymar. As duas pessoas mais midiáticas, procuradas e assediadas do Brasil. Discretamente, se aproxima do técnico da seleção brasileira, seu vizinho de poltrona. E faz uma entrevista exclusiva.

Manda para os jornais. O texto diz, entre outras coisas, que a defesa da seleção, segundo o técnico, é o maior problema do time. Neymar, estranhamente pouco requisitado pelos demais passageiros, não falou nada e nem foi incomodado por ninguém.

Os jornais publicam. Em suas edições impressas e eletrônicas. No fim da entrevista, o jornalista relata um momento de descontração. Convida Felipão para seu programa na GloboNews, sim, ele tem um programa na GloboNews. Felipão diz que não pode agora, afinal anda muito ocupado, e lhe dá um cartão, sugerindo que, enquanto a Copa não termina, ele tente com a pessoa indicada: um sósia.

Oh, que simpático foi o Felipão! Fez uma brincadeira e indicou um sósia entregando um cartão! Kkk.

Bem, vivemos hoje o dia da maior “barriga” da história do jornalismo esportivo do Brasil. Talvez a maior “barriga” da história do jornalismo do Brasil. “Barriga” é a palavra que usamos, nós jornalistas, para “cagada”. Mario Sergio Conti foi o autor da entrevista. Felipão, evidentemente, não era Felipão. Era um certo Vladimir Palomo, que ganha uns trocados trabalhando como sósia de Felipão em programas humorísticos de TV ou aparições públicas — como diz seu cartão de visitas, inclusive. Assim como ele, há vários Neymares, Ronaldinhos Gaúchos, Elvis Presleys e papas Franciscos circulando por aí. Fico imaginando se Conti cruza, numa ponte aérea qualquer, com Inri Cristo…

Durante a conversa no avião, segundo Palomo, Conti não disse que era jornalista. Só no final revelou que era repórter. Achou que estava abafando, certamente. Descolou, no papo, uma exclusiva. Palomo não se sentiu na obrigação de dizer que era um sósia. Afinal, não tinha dado entrevista alguma, tinha apenas conversado com o vizinho de poltrona sobre futebol — todo mundo só faz isso por estes dias. Depois, porque lhe deu o cartão onde estava escrito que ele trabalhava como sósia de Felipão. Mais claro, impossível. Não?

Não.

barrigao

A grande cagada acabou sendo notada, sabe-se lá depois de quanto tempo. Os textos foram retirados dos sites dos jornais e possivelmente de exemplares que rodaram mais tarde, o que a gente chama de segundo clichê. Mas o estrago estava feito. Os dois periódicos publicaram erratas com o mesmíssimo teor, pedindo desculpas pelo que foidefinido como “confusão”.

Todo mundo erra. É frase feita, mas vale para perdoar muita coisa. Essa barriga (já posso tirar as aspas? Obrigado), no entanto, não é perdoável.

Se o colunista cometeu uma gafe inacreditável (não distinguir Felipão de um sósia, não identificar a ausência de sotaque, não perceber que ninguém lhe pediu autógrafos, não notar que não havia nenhuma câmera de TV ou outros jornalistas cercando os caras mais famosos do Brasil, não estranhar que era absolutamente improvável que ele E NEYMAR estivessem num avião de carreira a esta altura da vida do planeta), é porque não tem a menor condição de escrever sobre futebol nem hoje, nem nunca. Talvez não possa escrever sobre nada, porque a um jornalista não é dado o direito de ostentar tal grau de alienação no meio de uma Copa do Mundo no seu país.

Mas a coisa é ainda pior. Alguém recebe, lê, edita e fecha esse material. Em geral, um editor. Sendo o assunto importante, uma exclusiva com o cara mais visado do país até o dia 13 de julho (ou até o Brasil cair fora da Copa, se isso acontecer antes da final), é de se imaginar que as maiores autoridades em esportes dos jornais leiam o que vão publicar.

E como é que um editor engole isso sem questionar: 1) o Felipão numa ponte Rio-SP junto com Neymar, e nenhuma câmera de TV por perto? 2) Neymar num voo de carreira, sem multidões enlouquecidas tirando fotos e pedindo autógrafos? 3) a declaração mais sem sentido do mundo, que o problema é a zaga da seleção, justamente o que de melhor o time tem? 4) a pura impossibilidade de um técnico de seleção criticar abertamente, no meio de uma Copa do Mundo, seus jogadores? e 5) quem é o sósia do tal cartão mencionado no fim da matéria (um Google impediria essa catástrofe)?

Pois tudo isso passou batido. Ninguém nas redações dos dois jornais notou nada de esquisito e a entrevista foi publicada alegremente. Grande furo, grande cara, esse colunista! Sempre na hora certa, no lugar certo! Em tempo: ele admitiu, em entrevista à “Zero Hora”, que achou mesmo que era Felipão. E minimizou a patacoada, dizendo que “não afetará a Bolsa, a Copa ou as eleições”.

Os jornais estão acabando, como se diz, mas não é por causa da internet.

Big Barriga, por Flavio Gomes | GGN

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