Ficha Corrida

24/11/2014

Melhor agora do que nunca

Aos poucos, pelas vias não convencionais, por fora das vias orientadas pelo Instituto Millenium, vai sendo reconstituída uma história do silêncio a respeito das falcatruas na Petrobrás. A própria história que agora vem revelada a respeito das denúncias de Paulo Francis, porque seus patrões, a famiglia Marinho, não abraçou a causa e foi fundo nas investigações. A Globo, parceira da famiglia Sarney, como revela o filme Muito Além do Cidadão Kane, poderia muito bem ter avocado a denúncia e cobrado de seu parceiro midiático, então Presidente, para esclarecer a denúncia.

Mas todos sabemos como se resolvia este tipo de informação. Uma mão lavava a outra, e as duas os cofres públicos.  Ou seria por outro motivo que a Globo escondeu na Espanha a funcionária Miriam Dutra? O que será que a Globo obteve com a captura de FHC via Miriam Dutra e filho se dizia dele, mas que um exame de DNA, recentemente, provou que não era. Todos sabemos como eram as operações da Polícia Federal, comandada pelo NSA, cuja operações não iam além de arrancar maconha pelo interior do nordeste. E quando escapava alguma coisa, sempre tinha o Engavetador Geral para disparar o tiro silenciador.

Se o roubo era grande no tempo de Sarney, imagina com o genro de FHC, David Zylbersztajn, no  comandando a Petrobrás?!

Suíça connection

Sérgio Augusto – O Estado de S. Paulo

22 Novembro 2014 | 16h 00

Operação Paulo Francis levou 17 anos para se concretizar. Lava Jato é só seu nome fantasia

REPRODUÇÃOPetroataque. Processo contra Francis era de US$ 100 mi

No dia 14 dei uma de Stanislaw Ponte Preta e gozei, no Twitter, o nome dado à Operação Lava Jato, que alguns ainda grafam com hífen. Se não havia na história um avião a jato, nem sequer um prosaico ultraleve a ser lavado, a expressão era descabida. Dada sua clara intenção de conotar uma faxina em regra, como a executada nos carros em postos de gasolina, o nome correto seria “lava a jato”.

Minha picuinha onomástica, de imediato turbinada pelo Facebook, cumpriu apenas uma parte do seu objetivo: divertir os internautas com mais essa prova de que o Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País), inventado há cinco décadas por Stanislaw, ainda não encerrou suas atividades.

Indiferente ao flagra vernacular e às gozações nas mídias sociais, a Polícia Federal manteve o nome (e até o hífen) de sua operação, concentrando-se nos afazeres que lhe competem, a fim de evitar bobeadas mais sérias, como os erros processuais que inviabilizaram as operações Castelo de Areia e Satiagraha, e a indevida inclusão de José Carlos Cosenza na petrorroubalheira, que por um triz não comprometeu a limpeza em andamento, àquela altura já com uma extensão: Juízo Final, nome mais que apropriado se as investigações estiverem de fato em seus versículos derradeiros e os condenados, prestes a serem punidos.

Agindo com impressionante competência e rapidez na perseguição aos saqueadores da maior empresa pública do País, a PF tem saldo credor para cometer impunemente mais umas duas ou três mancadas ortográficas.

Aliás, não me lembro de outra nas mais de 2 mil operações por ela executadas neste século, ora batizadas com nomes de bichos, ora com títulos de filmes, na maioria das vezes com personagens e episódios históricos e mitológicos. Por mais que tentem esconder quem os sugere (o segredo também é a alma do marketing), sabe-se que até 2007 quem com mais frequência o fazia era o delegado Zulmar Pimentel, diretor executivo da PF, afastado do cargo e desterrado para Manaus com a fama de boquirroto.

Ignora-se quem associou a caça aos envolvidos no escândalo da Petrobrás à lavagem de carros. Seja lá quem for, seu maior erro não foi omitir uma preposição e acrescentar um hífen, mas desperdiçar a oportunidade de homenagear quem pela primeira vez alertou publicamente para a rapinagem na Petrobrás.

Há quase 20 anos, o jornalista Paulo Francis denunciou, no programa Manhattan Connection, que “todos os diretores da Petrobrás” punham dinheiro na Suíça. Apesar do alerta em off de Lucas Mendes (“olha, que dá processo”), Francis não tirou o dedo do gatilho. Referiu-se a um amigo, advogado, que num almoço com um banqueiro suíço ouvira deste o seguinte comentário: “Bom mesmo é brasileiro, porque esses bilionários árabes depositam US$ 1 milhão, US$ 2 milhões, mas uma semana depois tiram. Os brasileiros põem US$ 50 milhões, 60 milhões e deixam”. Segundo Francis, toda aquela grana era fruto de roubalheira, de superfaturamento.

Novo alerta de Lucas, dessa vez gestual (um discreto tapinha no braço direito), novamente ignorado por Francis, que reiterou sua certeza de que a Petrobrás fora dominada “pela maior quadrilha” em atividade numa empresa pública brasileira.

Lucas suspeitou certo: deu galho. Não contra a quadrilha vagamente apontada por Francis (o que só poderia ocorrer se o então presidente da Petrobrás, Joel Rennó, tivesse mandado investigar a procedência das acusações e as tivesse comprovado), mas contra o próprio acusador.

Sem provas concretas para substanciar sua denúncia, Francis acabou processado por Rennó, no foro de Nova York. Um processo impagável de US$ 100 milhões, ao qual o jornalista ainda se referiria em outra edição do Manhattan Connection, quando citou nominalmente o presidente da Petrobrás e acusou os diretores da estatal de tentarem intimidá-lo e silenciá-lo.

Nesse programa, houve um diálogo quase cômico entre Lucas e Francis. Ao ouvir o colega afirmar que, dos “três porquinhos” que dirigiam a Petrobrás, conhecia apenas o presidente, “um rapaz gordinho” que comia “nos melhores restaurantes de Nova York”, Lucas quis saber se já haviam comido juntos alguma vez. “Infelizmente, já”, respondeu Francis, simulando um engulho.

Se Francis errou ao dizer o que disse sem provas materiais, o presidente da Petrobrás não podia tê-lo processado nos Estados Unidos por coisas ditas numa televisão brasileira e jamais transmitidas fora do Brasil, embora gravadas num estúdio nova-iorquino. Muito menos envolvendo uma indenização que, hoje sabemos, só os petrogatunos teriam condições de pagar com seu butim, guardado aqui e lá fora.

Mesmo ciente de que perderia o caso, o presidente da Petrobrás esticou o litígio até onde pôde. Queria infernizar o jornalista, e como dispunha de recursos ilimitados para cozinhar o processo, manteve-o em banho-maria, para discreto constrangimento do presidente Fernando Henrique Cardoso, que tampouco se empenhou em esclarecer se as imputações de Francis tinham ou não fundamento.

Rennó afinal venceu a parada. Mas não nos tribunais.

Estressado e deprimido pela milonga judicial, Francis morreu de um ataque cardíaco, em 4 de fevereiro de 1997. Na Folha de S. Paulo do dia seguinte, Elio Gaspari encerrou seu comentário com esta observação: “Dizer que o processo do doutor Rennó o matou seria uma injustiça piegas, verdadeira estupidez. O que aconteceu foi outra coisa. O doutor Rennó conseguiu tomar uma carona no último capítulo da biografia de Paulo Francis. E, se algum dia Rennó tiver biografia, terá Paulo Francis nela. É difícil que consiga fazer coisa melhor, sobretudo à custa do dinheiro da viúva”.

A Operação Paulo Francis demorou 17 anos para se concretizar. “Lava-Jato” é apenas seu nome fantasia.

Suíça connection – Aliás – Estadão

12/04/2014

Comi$$ão Paralamentar Inquérito

 

A hipocrisia das CPIs e do uso político dos escândalos

sab, 12/04/2014 – 11:26 – Atualizado em 12/04/2014 – 12:55

Luis Nassif

Provavelmente nenhuma das CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) anunciadas levará a nada, por uma singela razão: todas elas entram no coração do modelo de financiamento privado de campanha do país, o mesmo que elegeu a maioria dos parlamentares e governadores.

Os personagens são os mesmos que fornecem para a Petrobras, para o Metrô de São Paulo, para a Cemig de Minas, para o porto de Suape, em Pernambuco.

A CPI de Cachoeira acabou quando bateu nas relações Veja-Cachoeira e quando o diretor da empreiteira Delta ameaçou abrir suas listas. Em dois segundos, a CPI virou fumaça, abortada tanto pela oposição quanto pelo PT.

A CPI do Banestado teve o mesmo destino quando encontrou contas externas de grupos relevantes. A dos Precatórios terminou em pizza, pois envolvia quase todos os partidos. E só avançou parcialmente pelo desejo de alguns integrantes em atingir adversários políticos.

Agora mesmo, se o doleiro Alberto Yousseff abrir suas contas e soltar sua língua, não sobra um partido inteiro no país. Daqui a pouco estará livre, leve e solto como Carlinhos Cachoeira, o bicheiro que, em parceria com Veja, ameaçou a República e transformou uma figura apagada – o ex-senador Demóstenes Torres – no catão mais temido do país.

***

Esse modelo torto criou uma cadeia improdutiva da denúncia que visa tudo, beneficia a muitos, menos à moralidade pública. É de uma hipocrisia acachapante e oportunista.

Grandes grupos jornalísticos ou o jornalismo de Internet têm à  sua disposição escândalos a granel, verdadeiros ou falsos, que são escolhidos como em gôndolas de supermercados. Quer atingir alguém, um grupo político adversário, uma empresa recalcitrante? Vá até a gôndola e escolha o que quiser. Se não houver grandes escândalos, basta dar um tratamento escandaloso a um pequeno problema e imediatamente se abaterá sobre a empresa ou o político a mancha da suspeita.

Confira-se o que foi o aumento das verbas publicitárias da Serasa, quando alvo de uma CPI.

Basta um relatório inconclusivo de Tribunal de Contas, uma manchete de jornal, um procurador pautado pela mídia para atingir o mais probo dos políticos ou administradores. Ou dobrar a mais recalcitrantes das empresas. É um poder sem limites.

Por aqui, uma revista é desmascarada em jogadas políticas e comerciais com uma organização criminosa e nada ocorre. O Congresso se apequena, o Ministério Público tergiversa, o Ministério da Justiça se cala. O STF acaba com o direito de resposta, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) monta um grupo para garantir a total liberdade dos grupos de mídia. E esquece-se das vítimas porque as vítimas, ah, deixe por conta da defensoria pública.

Na Inglaterra, por muito menos, conservadores, liberais e trabalhistas, polícia e Judiciário se uniram para colocar no pelourinho o mais poderoso magnata da mídia da atualidade, Rupert Murdock.

Resistir, quem há de? É uma mixórdia que beneficia os picaretas, por ficarem na companhia de inocentes; e estigmatiza para toda a vida os sérios.

***

Qualquer fato – verdadeiro ou falso – é empunhado contra o adversário político ou contra a empresa não colaborativa. E tudo é aceito porque o modelo político atual torna verossímil toda sorte de malfeitos – que existem às pencas sim. Mas pouco atingem os grandes grupos que se blindam com escritórios de advocacia caros e controles sobre verbas publicitárias robustas.

O que explicaria, por exemplo, os R$ 2 milhões gastos pelo Ministério da Educação com assinaturas da revista Nova Escola da Editora Abril? Meramente méritos da revista ou barganhas políticas em torno de reportagens? E qual a reportagem que deixou de ser publicada?

Daí a dificuldade de uma reforma política, com o fim do financiamento privado de campanha, que rompa com esse anacronismo. Ou de mudanças na legislação que permitam a punição severa ao crime grave mas a não criminalização de qualquer erro administrativo.

Aos atuais parlamentares não interessa o fim do financiamento privado de campanha, porque a maior parte deles depende desse modelo para sua sobrevivência política. Aos grupos de mídia e aos Tribunais de Conta não interessa uma racionalização dos procedimentos, pois reduziria sua capacidade de gerar escândalos.

***

E todo esse jogo de cena se dá em cima do manto cinzento das negociações espúrias.

A hipocrisia das CPIs e do uso político dos escândalos | GGN

Mídia tem 810 milhões de desculpas para não mostrar as falcatruas do seus parceiros

Colesterol da corrupção política entope as veias midiáticas. É parte da mesma regra que pega no pé de André Vargas por ter pego carona num avião de antigo colaborador do PSDB, mas esquece que o senador do PSDB, Álvaro Dias, usou do mesmo expediente. Os pesos e medidas mostram que a mídia, quando foca apenas no PT, está querendo só atacar a concorrência. Resumindo, para os grupos mafiomidiáticos pode-se ser FDP, desde que seja seu FDP. É o caso típico do racionamento da água em São Paulo. Enquanto a SABESP usa o dinheiro em marketing, Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS lavam o rosto dos parceiros com gimo cupim…

A regra é clara, basta distribuir assinatura da Veja e da Folha nas escolas que nenhuma das duas vai se ocupar de assuntos que possam prejudicar suas circulações. Nem quando as justiças da Alemanha e Suíça tenham condenado os a$$oCIAdos dos Instituto Millenium fazem de conta que o assalto ao trem pagador não foi em São Paulo, pelo PSDB, parceiro de todas as horas. Onde está a reportagem de capa sobre Robson Marinho?!

Trensalão: empresas do cartel já estavam se armando para fraudar as licitações em 2011

sab, 12/04/2014 – 20:18

do Viomundo

Armação para fraudar contratos de R$ 2,7 bi da CPTM começou dois anos antes; leia as mensagens

por Conceição Lemes

Em 26 de agosto do ano passado, o Viomundo denunciou, em primeira mão, o que o relatório da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), divulgado em 20 de março, confirma:  o cartel envolvido  na  fraude e superfaturamento de licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) operou até 2013.

Entre os contratos suspeitos investigados pelo Cade estão seis destinados à reforma e manutenção de trens e dois que visavam à compra de trens para a CPTM. Eles somam R$ 2,7 bilhões. Assinados em 2013, lesaram os cofres públicos paulistas em cerca de R$ 810 milhões, dos quais R$ 216 milhões para pagamento de propina.

Atentem à tabela abaixo. É justamente sobre esses oito contratos da CPTM assinados em 2013.

Luis Nassif Online | GGN

25/02/2014

Deutsche Bank, no Brasil ou na Grécia, como pirata colonial

Filed under: Alemanha,Deutsche Bank,Imperialismo Colonial — Gilmar Crestani @ 7:41 am
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Quem quer saber mais sobre o papel da Alemanha na crise grega, leia aqui: Grecia es del Deutsche Bank. O papel do Banco Central Alemão na crise européia foi equivalente à divisão de Panzers no norte da África, na Segunda Guerra…

Banco usado por Maluf devolverá US$ 20 milhões aos cofres públicos

Deutsche Bank, que recebeu recursos desviados da Prefeitura de SP, faz acordo com Promotoria

Deputado diz que seu nome não é citado na ação e afirma que não tem e nunca teve conta bancária no exterior

FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

O Deutsche Bank fechou um acordo com o Ministério Público e a Prefeitura de São Paulo para indenizar os cofres públicos em US$ 20 milhões (R$ 47,6 milhões) por ter sido usado para movimentar valores que, segundo a Promotoria, foram desviados pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP) entre 1993 e 1998.

Como a Folha antecipou, o banco alemão aceitou pagar a indenização em troca da garantia de que não será alvo de ação judicial.

Em um processo, o Deutsche poderia ser acusado de negligência porque a família Maluf circulou em contas do banco mais de US$ 200 milhões que foram desviados de obras públicas, segundo a Promotoria. A indenização equivale a 10% desse total.

O promotor Silvio Marques, responsável pelo acordo, sugere que os recursos sejam aplicados na criação do parque Augusta, na rua homônima, em São Paulo. A desapropriação da área pode custar até R$ 100 milhões.

O acordo prevê que a indenização destinada à prefeitura seja usada em parques, creches ou outros equipamentos públicos.

Maluf afirma em nota que "não é réu e nem está citado no processo mencionado pelo Ministério Público". Ele diz que "não tem e nunca teve conta em banco do exterior".

A indenização será dividida: US$ 18 milhões vão para a prefeitura, e o Estado, que sustenta o Ministério Público, receberá US$ 1,5 milhão. Serão destinados US$ 300 mil ao Fundo Estadual de Interesses Difusos e US$ 200 mil para o pagamento de perícias em processos contra Maluf.

O acordo ainda deverá ser ser aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela Justiça paulista.

O DESVIO

A Promotoria diz que US$ 344 milhões (R$ 808 milhões)foram desviados das obras da avenida Água Espraiada (atual Jornalista Roberto Marinho) e do túnel Ayrton Senna (zona sul) durante a gestão de Maluf (1993-1996) e nos dois anos seguintes.

Após passar por uma conta nos Estados Unidos, cerca de US$ 200 milhões foram para contas de duas empresas controladas pela família Maluf no Deutsche Bank de Jersey, paraíso fiscal britânico.

Desse valor, US$ 92 milhões retornaram à Eucatex, empresa da família Maluf, por meio de uma operação financeira do banco.

Foi o Deutsche que avisou as autoridades de Jersey sobre suspeitas em torno do dinheiro, segundo Marques.

Em novembro de 2012, a corte de Jersey condenou as empresas atribuídas a Maluf e seus familiares a devolver US$ 32 milhões à prefeitura por serem fruto de desvios. A sentença de Jersey aponta que Maluf participou das fraudes nas obras da capital.

Agora, a Promotoria vai buscar acordos com outros três bancos pelos quais circulou o dinheiro desviado e espera conseguir mais US$ 70 milhões em indenizações. Os bancos são: UBS e Citibank da Suíça e Safra dos EUA.

19/02/2014

Folha culpa Alstom pela corrupção de seus parceiros

tremsalaoÉ tão evidente que parece um recurso pueril, mas funciona, porque a manada é beócia e bovina. Quando a denúncia envolve políticos de esquerda, aparece o nome, o sobrenome, o partido, seus amigos e familiares. Quando é alguém próximo à D. Judith Brito, a Folha faz das tripas coração e culpa as pessoas…. jurídicas!

E não é só o carro do propinoduto tucano do tremsalão. Também o mensalão tucano que financiou a reeleição de FHC é tratado como, vejam que beleza, de “mensalão mineiro”. Esses mineiros não levam sorte, depois do bebum das alterosas que vive encima das Minas do Leblom, do helicóptero do pó, agora também de levar na cara o “mensalão mineiro”. O helicóptero era dos Perrella, a fazenda era dos Perrela, o piloto era dos Perrella, mas o pó virou pó.

É por isso é muito importante manter o chute ao Genoíno. Enquanto Genoíno apanha, descansa o lombo da rapaziada tucana.

Justiça abre ação criminal contra 11 no caso Alstom

Eles são acusados de participar de esquema de suborno que pagou R$ 23,3 mi

Segundo investigações, multinacional pagou propina para evitar concorrência durante gestões do PSDB em SP

MARIO CESAR CARVALHOFLÁVIO FERREIRADE SÃO PAULO

Cinco anos após o Ministério Público Federal ter iniciado investigações sobre suspeitas de pagamento de propina pela Alstom a políticos e funcionários públicos do governo de São Paulo, a Justiça Federal decidiu abrir ação criminal contra 11 réus.

Eles são acusados de participar de um esquema de suborno no qual a multinacional francesa pagou R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para conseguir um contrato para fornecer equipamentos a três subestações de energia da Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia).

O contrato, de R$ 181,3 milhões, foi assinado em 1998. Com o suborno, a Eletropaulo e a EPTE eliminaram a necessidade de licitação, fazendo um aditivo a um contrato de 1983, segundo o Ministério Público. Pela Lei de Licitações, o contrato de 1983 expirou em 1988 e não poderia mais ter sido usado.

Em 31 de janeiro, os procuradores Rodrigo de Grandis e Andrey Borges de Mendonça, do Ministério Público Federal, haviam denunciado 12 por envolvimento nos subornos, mas o juiz Marcelo Cavali considerou que está prescrito o crime de Jean Marie Lannelongue, ligado ao banco francês que financiou o contrato.

São réus, entre outros, o ex-presidente da Cesp José Geraldo Villas Boas e o ex-presidente da EPTE José Sidnei Colombo Martini. Os acusados negam participação no esquema (leia texto ao lado).

A investigação começou em 2008 a partir de documentos enviados por autoridades da Suíça que mostravam que a Alstom havia aberto centenas de contas secretas naquele país para pagar propina em diversos países.

A decisão que transformou os suspeitos em réus aponta o envolvimento político do PSDB no suborno.

O juiz diz que Jonio Foigel, ex-diretor da Cegelec, empresa que foi comprada pela Alstom, era o responsável pelos contatos com os políticos para garantir o esquema.

"Na condição de diretor da Cegelec, o denunciado Jonio teria recebido informações, em meados de 1997, de que políticos do Estado de São Paulo entendiam conveniente que o processo Gisel (décimo aditivo) fosse colocado em vigor, em troca de apoio financeiro ao partido".

Cavali atribui a informação a Michel Cabane, ex-consultor da presidência da Alstom. Cabane falou do envolvimento de políticos a juízes da Suíça. À época do contrato, o Estado era governado por Mário Covas (PSDB).

Gisel são as iniciais de Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo, programa que visava modernizar a infraestrutura elétrica do Estado nos anos 1980.

O juiz frisa a participação de Robson Marinho no esquema. O atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado era o secretário mais importante do governo de Mário Covas na época em que o aditivo estava sendo discutido. Uma conta cuja titularidade é atribuída a Marinho está bloqueada na Suíça, com saldo de cerca de US$ 1 milhão, por ter recebido recursos que saíram da Alstom.

Ele está sob investigação do Superior Tribunal de Justiça por ter foro privilegiado.

18/02/2014

Não há corrupção sem corruptor

Filed under: Crise Financeira Européia,Deutsche Bank,Grécia — Gilmar Crestani @ 6:59 am
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Só e somente quando os corruptores forem punidos a corrupção terá alguma chance de diminuir.  Os países ditos desenvolvidos não o seriam sem a corrupção. Quanto não é pelas armas, o roubo se dá por outras vias.

Atenas investiga corrupção

Por SUZANNE DALEY

ATENAS – Quando Antonis Kantas, vice-diretor no Ministério da Defesa da Grécia, falou abertamente contra a compra de dispendiosos tanques alemães, em 2001, um representante da fábrica passou por seu gabinete para deixar uma sacola. Continha € 600 mil, cerca de US$ 814 mil. Outros fabricantes de armamentos apareceram também, alguns se oferecendo para guiá-lo pelos meandros do sistema financeiro internacional e o recompensando com depósitos em contas no exterior.

Na época, Kantas, um ex-oficial militar, não tinha autoridade para decidir muita coisa por conta própria. Mas a corrupção era tão disseminada dentro do Ministério da Defesa que mesmo um homem com uma posição modesta como a sua, segundo um depoimento recente dele, foi capaz de acumular quase US$ 19 milhões em apenas cinco anos no cargo.

Os gregos estão calejados de tanto ouvir histórias de corrupção. Mas, mesmo assim, ficaram paralisados diante das confissões de Kantas desde sua recente prisão por acusações que incluem lavagem de dinheiro e comportamento prejudicial à nação.

Nunca antes um alto funcionário tinha exposto tão amplamente o sistema de compensações oferecidas por serviços dentro de um ministério grego. Kantas disse aos promotores que havia recebido tantos subornos que não era possível lembrar os detalhes.

A confissão de Kantas, estimulada por sua esperança de que obteria maior indulgência da Justiça se contasse tudo, com base em uma nova lei, fez com que muitos gregos ficassem esperançosos de que finalmente testemunhariam o começo do fim da corrupção ilimitada que contribuiu para mergulhar a Grécia em sua crise atual.

No entanto, à medida que os detalhes emergem, o caso alimenta uma indignação ainda maior, especialmente em relação à Alemanha, que repreendeu a Grécia pelo caos financeiro em que se encontra. O depoimento de Kantas, se verídico, mostra como fabricantes de armas da Alemanha, França, Suécia e Rússia entregavam propinas para vender ao governo armamentos que o país mal tinha condições de pagar e que, dizem especialistas, em muitos casos estavam superfaturados e abaixo do padrão de qualidade.

Os € 600 mil compraram o silêncio de Kantas sobre os tanques, que foram classificados como de pouco valor, de acordo com Constantinos Fraggos, especialista em questões militares gregas. A Grécia adquiriu 170 desses tanques por cerca de US$ 2,3 bilhões.

Contribuindo para o absurdo dessa aquisição (feita quase totalmente a crédito), o ministério não comprou praticamente nenhuma munição para as armas, disse Fraggos. Adquiriu ainda aviões de combate sem sistemas de orientação e pagou mais de US$ 4 bilhões por submarinos que hoje estão praticamente abandonados. No auge da crise, quando não estava claro se a Grécia seria expelida da zona do euro, e bem antes de os submarinos terem sido concluídos, o Parlamento grego aprovou um pagamento final de US$ 407 milhões pelos submarinos alemães.

"Em primeiro lugar, você tem de culpar o sistema podre da Grécia", disse Fraggos. "Mas os vendedores têm grande parte nisso. Eles subornavam autoridades e emprestavam dinheiro para um país quase falido, para assim poderem vender seus produtos."

Na esteira do primeiro depoimento de Kantas, em dezembro, promotores efetuaram mais prisões, incluindo a de um subempreiteiro no negócio do submarino alemão, que forneceu à Justiça detalhes de contas que usou para transferir cerca de US$ 95 milhões em pagamentos "úteis".

Algumas empresas citadas por Kantas haviam sido condenadas em outros casos de suborno. Mas outras alegam que não fizeram nada de errado. A Krauss-Maffei Wegmann, fabricante dos tanques, diz estar examinando o caso.

Mas a polícia acredita que Kantas sabe mais e pode ter mais dinheiro guardado. "Ele não nos falou nada que já não soubéssemos", disse um investigador. "Ele tem de nos contar o resto."

Colaborou Nikolas Leontopoulos

    01/02/2014

    Domínio do fato no dos outros é refresco…

    Filed under: Corrupção Corporativa,Domínio do Fato — Gilmar Crestani @ 8:01 am
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    HÉLIO SCHWARTSMAN

    Jogando com a corrupção

    SÃO PAULO – É quase uma unanimidade entre os chamados operadores do direito que a Lei Anticorrupção (nº 12.846/13), que entrou em vigor nesta semana, representa um importante avanço legislativo. Concordo com a avaliação.

    A novidade do diploma é que ele prevê que toda empresa é objetivamente responsável por ilícitos que a beneficiem. Isso significa que a firma poderá ser multada, impedida de contratar com o poder público ou até extinta se for provado que algum funcionário, mesmo que terceirizado, cometeu ato de corrupção que a favoreceu. Não é preciso demonstrar que a propina foi autorizada pela direção. A responsabilização é administrativa e não exclui (nem exige) ações penais contra os envolvidos.

    Tudo isso pode parecer tecnicalidades. A corrupção, afinal, sempre foi ilegal. Acrescentar um novo diploma a reforçar essa ideia seria, por esse raciocínio, redundante. A diferença é que a 12.846, ainda que sutilmente, muda a lógica das coisas.

    Fazendo um pouco de teoria dos jogos vemos que, pelas regras anteriores, em que era baixo o risco de a empresa ser punida, interessava às firmas que seus funcionários e colaboradores fizessem tudo a seu alcance para maximizar os lucros, mesmo que infringindo a lei. Se a tramoia fosse descoberta, sanções dificilmente atingiriam outros que não o indivíduo que se deixou apanhar.

    Agora, sob a nova legislação, passa a ser interesse das empresas que nenhum de seus prepostos se lance em aventuras, a menos, é claro, que seja um esquema infalível, algo difícil de garantir. O resultado esperado das medidas, já testadas em outros países, é que as próprias firmas inibam os apetites de seus quadros. Isso tende a ser muito mais efetivo do que a vigilância por autoridades.

    Para não ficar apenas em loas, vejo com preocupação a parte da lei que permite punir ilícitos cometidos em outros países. Acho que isso é alongar demais o poder do Estado.

    helio@uol.com.br

    07/01/2014

    Barbosa foi amestrado para morder só petista

     

    Viomundo foi a Furnas: Barbosa, e os tucanos ?

    Rogério Correia expõe a parcialidade do Supremo. A lista é autêntica !

    O Conversa Afiada reproduz importante post do Viomundo:

    Lista de Furnas: Caixa de campanha de R$ 39,9 milhões, resultado de fraudes, ainda não deu cadeia para tucanos

    O deputado estadual Rogério Correia, que levou xerox da lista à Polícia Federal

    Alckmin, Aécio e Serra ficaram livres da Lista de Furnas
    Por Lúcia Rodrigues, em Belo Horizonte, especial para o Viomundo
    Quem pensa que o mensalão do PSDB é o único esquema de corrupção do partido que está impune, se engana. A sigla está envolvida em pelo menos outro escândalo de desvio de recursos que não foi julgado até agora, apesar de a Polícia Federal ter atestado a autenticidade do documento-chave para a denúncia.
    O mensalão tucano, recorde-se, ajudou a financiar a campanha de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se reelegeu ao Planalto e Eduardo Azeredo, do PSDB, foi derrotado na disputa pelo governo de Minas Gerais por Itamar Franco.
    Nas eleições de 2002, os tucanos promoveram outra forma de arrecadação de recursos para financiar suas campanhas e as de seus aliados. O esquema previa o repasse de dinheiro por meio de licitações superfaturadas da empresa Furnas Centrais Elétricas S.A.
    Na ocasião, Aécio Neves era candidato a governador de Minas, Geraldo Alckmin concorria em São Paulo — ambos foram eleitos — e José Serra disputou com Lula o Planalto.
    A chamada Lista de Furnas, como ficou conhecida a estratégia de financiamento montada pelos tucanos, rendeu milhões de reais para financiar campanhas. Denúncia da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro classifica o esquema como criminoso.
    O delator do mensalão tucano, Nilton Monteiro, que também é o responsável pelo vazamento de informações sobre a lista, informou à procuradora Andréa Bayão Pereira, autora da ação do MPF, que os recursos eram controlados em um fundo (caixinha).
    A Lista de Furnas, documento de cinco páginas assinado por Dimas Fabiano Toledo, à época diretor de Planejamento, Engenharia e Construção de Furnas e operador do esquema, traz os nomes de mais de 150 políticos beneficiários, assim como uma centena de empresas financiadoras. No alto de cada folha se lê a advertência: confidencial.
    “Esses recursos eram controlados em um fundo formado com valores obtidos junto às diversas empresas que mantinham contratos com Furnas” afirma Nilton Monteiro em seu depoimento à procuradora. Ele explica que os empresários que queriam atuar em Furnas tinham de contribuir com esse fundo. “Caso contrário não conseguiriam realizar nenhum contrato na empresa estatal.”
    O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), primeiro a entregar uma cópia da Lista de Furnas à Polícia Federal, conta como o esquema funcionava.
    Ele obteve o xerox do documento com o delator do mensalão tucano. “Quando ele me passou a Lista de Furnas, eu tomei um susto”, relata.
    Clique aqui para ouvir “Contrato em troca de financiar campanha”.
    O laudo da Polícia Federal atesta que o documento é autêntico. O pedido de perícia foi feito pelo parlamentar.
    “Na época o Nilton Monteiro, e até hoje provavelmente, não ficou satisfeito comigo. A intenção dele não era entregar (a lista) à Polícia Federal. Ele tinha aquilo para fazer suas negociações com o lado de lá”, afirma ao se referir às tentativas do delator de arrancar vantagens dos ex-aliados tucanos.
    Nilton Monteiro, que trabalhou com o empresário Sergio Naya, ex-deputado federal por Minas Gerais, operava nos bastidores da política do estado e tinha intimidade com figuras importantes do ninho tucano nas Alterosas.
    Clique aqui para ouvir “Lista de Furnas é autêntica”.


    Desvio de milhões de reais
    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, então candidato ao cargo, o ex-governador José Serra, que disputava a Presidência da República, e o senador Aécio Neves, à época candidato ao governo de Minas Gerais, foram os principais beneficiários do esquema de corrupção milionário do PSDB.
    Pela lista, Alckmin foi quem mais recebeu recursos: R$ 9,3 milhões, R$ 3,8 milhões distribuídos no primeiro turno e R$ 5,5 repassados no segundo. Serra foi beneficiado com R$ 7 milhões, R$ 3,5 vieram no primeiro turno e o restante no segundo. Aécio aparece como beneficiário de R$ 5,5 milhões, quantia repassada em uma única parcela.
    Clique aqui para ouvir “Um grande movimento de dinheiro”.
    Alckmin e Aécio foram eleitos, Serra perdeu a eleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
    O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) e o deputado federal José Aníbal (PSDB), que disputavam uma cadeira no Senado pelo Rio e por São Paulo, respectivamente, receberam R$ 500 mil cada um.
    Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas e então candidato ao Senado, recebeu R$ 550 mil. Já o candidato a outra vaga no Senado por Minas, Zezé Perrella (PSDB-MG), pai do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), dono da empresa proprietária do helicóptero apreendido pela Polícia Federal, no Espírito Santo, com quase meia tonelada de cocaína, foi beneficiado com R$ 350 mil.
    Ao lado do nome de Zezé Perrella e do montante repassado aparece a informação entre parênteses: autorização de Aécio Neves. Esse é o único caso em toda a lista em que se encontra esse tipo de anotação.
    O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSDB), candidato a deputado federal à época, foi beneficiário de R$ 250 mil. O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), que também disputava uma cadeira na Câmara dos Deputados, recebeu R$ 100 mil.
    Luiz Antonio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, eleito na época deputado federal pelo PTB, também se beneficiou do mesmo valor. Quantia equivalente foi entregue ao filho do ex-delegado da Polícia Federal Romeu Tuma, o ex-deputado federal Robson Tuma (PTB-SP), assim como ao ex-presidente da Força Sindical e ex-deputado federal Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP). Ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foram destinados R$ 50 mil.
    Antonio Carlos Pannunzio, eleito em 2012 prefeito de Sorocaba, aparece na lista como recebedor de R$ 100 mil para sua campanha a deputado federal.
    O delator do mensalão petista, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), também foi beneficiado pelo esquema de corrupção tucano. Recebeu R$ 75 mil.
    Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão petista, recebeu R$ 250 mil do PSDB por meio do desvio fraudulento de recursos.
    O capitão do Exército e deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP), crítico dos direitos humanos e árduo defensor da ditadura militar, foi beneficiado com R$ 50 mil do esquema corrupto desencadeado pelos tucanos.
    Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, também recebeu R$ 695 mil, para repassar a comitês e prefeitos do interior do Estado de Minas Gerais.
    O deputado Rogério Correia explica que além do laudo da Polícia Federal atestando a veracidade da Lista de Furnas, há também o relatório da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, de janeiro de 2012, que chegou à mesma conclusão por outras vias.
    Clique aqui para ouvir “PF e MPF comprovam autenticidade da lista”.


    Empreiteiras e bancos
    As construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht são algumas das empreiteiras que financiaram o esquema de corrupção do PSDB. O Banco do Brasil, Bank Boston, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Opportunity e Rural são algumas das instituições financeiras que, segundo a lista assinada por Dimas Toledo, injetaram dinheiro no esquema.
    A Alstom e a Siemens, envolvidas mais recentemente no esquema de superfaturamento de trens do Metrô e da CPTM comprados pelo governo tucano paulista, são citadas na lista. As agências de publicidade de Marcos Valério, DNA e SMP&B, também contribuíram.
    Petrobras, Vale do Rio Doce, CSN, Mitsubishi, Pirelli, Eletropaulo, Gerdau, Mendes Júnior Siderúrgica, General Eletric e Cemig figuram entre a centena de empresas públicas e privadas que aparecem como financiadoras.
    Os fundos de previdência privada dos funcionários da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, respectivamente, Petros, Previ e Funcef também são mencionados. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Firjan, foi outra que destinou recursos para o esquema tucano, de acordo com o documento.
    O Tribunal de Contas da União analisou contratos de Furnas e detectou direcionamento em favor de determinadas empresas, além de superfaturamento nas licitações.
    Uma auditoria da Controladoria Geral da União, realizada em 2006, constatou falhas no processo licitatório de Furnas: fraudes, desperdícios e abusos, além de projetos anti-econômicos e inadequados às necessidades da empresa.
    Mesmo com todas as evidências, o processo sobre a Lista de Furnas está parado, segundo o deputado Rogério Correia.
    Clique aqui para ouvir “Processo da lista está parado”.
    O esquema operado por Dimas Toledo o fazia tão poderoso que Aécio Neves, eleito governador de Minas em 2002, negociou com o então presidente Lula a permanência de Toledo na direção de Furnas.
    “O que deixou a bancada do PT bastante insatisfeita, porque Dimas Toledo arquitetava tudo contra o PT, especialmente no sul de Minas”, frisa o deputado Correia.
    Curiosamente, o filho de Dimas Toledo, Dimas Fabiano Toledo Jr., deputado estadual em Minas, aparece na lista como tendo recebido R$ 250 mil.
    Clique aqui para ouvir “Aécio pressionou e Lula concordou”.


    Gênese do mensalão petista
    A lista de Furnas revela financiamento “democrático”. Embora organizada por gente ligada ao PSDB, irrigou as campanhas de uma ampla base de políticos, de vários partidos. Em tese, seriam aqueles que ajudariam a dar sustentação parlamentar a um eventual governo de José Serra, não tivesse o paulista sido derrotado por Lula em 2002.
    Apesar da derrota de Serra, Alckmin e Aécio se elegeram governadores, garantindo a influência política dos tucanos em dois estados-chave da federação.
    A “democracia” na hora de destinar verbas de campanha, expressa na lista de Furnas, não era exatamente uma novidade nos esquemas de Minas Gerais.
    Em 1998, mais de 30 candidatos do Partido dos Trabalhadores no estado foram beneficiados com recursos do outro esquema do PSDB, o “mensalão tucano” — que a mídia corporativa já chamou de “mensalão mineiro”.
    Relatório da Polícia Federal, de 172 páginas, sobre o mensalão do PSDB aponta que os candidatos do PT receberam R$ 880 mil pelo esquema.
    Rogério Correia é contundente na crítica aos colegas de partido.
    “Pra acertar contas de campanha, receberam recursos de Eduardo Azeredo, já no esquema do mensalão. Isso teria sido negociado via Walfrido dos Mares Guia… Achei isso lamentável. O PT já começava naquela época a ter uma relação com a instituição onde se confundia com as artimanhas que a institucionalidade coloca, com o cretinismo da institucionalidade”, alfineta.
    Clique aqui para ouvir “Quando o PT aderiu ao mensalão tucano”.
    Para Correia, o PT acreditou que a impunidade que existia para o PSDB iria existir também para o partido.
    “Isso é uma ilusão. A palavra melhor é ilusão de classes… O PT ‘quebrou a cara’ por uma visão errada do ponto de vista ideológico de setores do partido que acham que a luta de classes acabou… Isso é uma ilusão terrível que tem dentro do PT”, fustiga.
    Clique aqui para ouvir “A ilusão do Partido dos Trabalhadores”.
    Pela semelhança entre o esquema do assim chamado “mensalão tucano” e o que seria revelado mais tarde, envolvendo o PT, Rogério Correia critica a atuação tanto do Supremo Tribunal Federal, quanto do Ministério Público Federal.
    As duas instituições, diz o deputado, deram tratamento diferenciado aos partidos envolvidos.
    Clique aqui para ouvir “O tratamento diferenciado”.
    Rogério Correia exemplifica com o caso do publicitário Marcos Valério.
    No mensalão petista, foi julgado em Brasília, apesar de não ter mandato e, portanto, foro privilegiado.
    O julgamento conjunto teria facilitado a apresentação da tese de uma grande conspiração para comprar apoio político no Congresso, possibilitanto assim condenar um número maior de réus, inclusive os acusados de liderarem o esquema: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
    Já no mensalão tucano o tratamento dispensado a Valério foi muito diferente.
    Clique aqui para ouvir “A expressão maior da incoerência”.
    O absurdo maior é que, segundo Rogério Correia, Valério trabalhou ao mesmo tempo para os dois partidos.
    “Operava para o PSDB em Minas e para o PT nacionalmente. O mesmo esquema de caixa dois era usado pelos dois partidos. Olha o absurdo”, afirma.
    Clique aqui para ouvir “A dupla operação de Marcos Valério”.
    A opção ideológica do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público Federal é, na opinião de Rogério Correia, o fator que impediu a apreciação do relatório assinado pelo delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha de Oliveira, que investigou o mensalão tucano.
    O relatório oferece, segundo Correia, provas muito mais contundentes de que, no caso do PSDB, houve uso de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais.
    O dinheiro saia de estatais mineiras como a empresa de energia Cemig e a de saneamento Copasa.
    No mensalão petista até hoje se discute se o dinheiro da Visanet, que teria abastecido o esquema, era público ou privado.
    Pior que isso foi o tratamento desigual para iguais.
    No caso dos tucanos, o processo foi desmembrado. Os políticos que receberam dinheiro do esquema escaparam. Considerou-se que eram beneficiários de caixa dois.
    Ficaram para julgamento em Brasília apenas os operadores que tinham foro privilegiado, dentre eles o ex-presidente do PSDB e hoje senador Eduardo Azeredo, que aguarda julgamento.
    Também foram denunciados na capital federal o ex-vice governador de Minas e hoje senador, Clésio Andrade, e o ex-ministro do governo Lula Walfrido Mares Guia, que deve ser beneficido por prescrição por causa da idade.
    Clique aqui para ouvir “O relatório ignorado”.
    Rogério Correia refuta a expressão “mensalão”, cunhada por Roberto Jefferson, delator do esquema petista.
    Para o deputado mineiro, os dois esquemas envolveram caixa dois para sustentação de campanhas eleitorais — e não para a compra de votos.
    “Também eles [base aliada do PSDB] votavam com o governo, sempre votaram com o Azeredo, na Assembleia Legislativa, e com o Fernando Henrique, na Câmara Federal, como é o caso do Aécio Neves. Se é pra dizer que era compra de votos, todos seriam…”, ressalta.
    Ele não nutre expectativa em relação à punição de políticos do PSDB.
    Lembra que o ex-presidente da Câmara, deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado pelo STF tendo como principal prova o fato de que a mulher do parlamentar fez um saque em dinheiro na boca do caixa; já políticos do PSDB que receberam dinheiro do mensalão tucano diretamente em suas contas, com comprovantes de depósito e tudo, ficaram livres do processo.
    Clique aqui para ouvir “Em Minas ‘não tenho expectativa’.”

    Viomundo foi a Furnas: Barbosa, e os tucanos ? | Conversa Afiada

    28/12/2013

    Como a máfia da mídia se consagra

    Filed under: Ditadura,Grupos Mafiomidiáticos,Instituto Millenium,Judith Brito — Gilmar Crestani @ 9:27 am
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    “Como mostrar a origem da corrupção se a oligarquia controla a mídia?”

    publicado em 18 de dezembro de 2013 às 3:43

    Por Luiz Carlos Azenha e Padu Palmério

    Sobre o julgamento do mensalão, na entrevista exclusiva ao Viomundo o jurista Fábio Konder Comparato fez a pergunta que está no título deste post. E os corruptores?

    Para ele, a Justiça brasileira é a justiça dos ricos. Exemplo?

    Comparato aguarda uma decisão do conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que foi instado por ele a provocar no Supremo Tribunal Federal uma decisão a respeito da condenação, imposta pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, à Lei de Anistia.

    O Brasil foi condenado nessa decisão pelo desaparecimento das pessoas que participaram da Guerrilha do Araguaia e, portanto, pela violação dos direitos ao reconhecimento da personalidade jurídica (artigo 3º), à vida (artigo 4º), à integridade pessoal (artigo 5º) e à liberdade pessoal (artigo 7º), bem como pela violação dos direitos às garantias judiciais (artigo 8º) e à proteção judicial (artigo 25º), em decorrência da leitura interpretativa dada à Lei da Anistia, que impediu a investigação dos fatos e a punição dos responsáveis pelas condutas indicadas, e da lentidão na tramitação da Ação Ordinária n° 82.0024682-5.

    Aparentemente, as violações das disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos ocorreram, e a Corte determinou, com louvor, que o Estado deve adotar medidas para determinar o paradeiro das vítimas desaparecidas e, se for o caso, identificar os seus restos mortais e oferecer tratamento psicológico ou psiquiátrico às vítimas, mediante requerimento, custeado pelo Estado. Além disso, determinou-se ainda a publicação da íntegra da decisão no Diário Oficial e em um sítio eletrônico do Estado, devendo ficar disponível na internet pelo período de um ano. A decisão deve ser disponibilizada, em formato de um livro eletrônico, também em um sítio do Estado. O resumo oficial da sentença proferida pela Corte deve ser publicado em um jornal de ampla circulação nacional. Essas providências de divulgação da sentença devem ser adotadas no prazo de seis meses, contados da data de notificação do Estado.

    […]

    O Estado deve, ainda, adotar, em um prazo razoável, providências para tipificar o crime de desaparecimento forçado de pessoas, em conformidade com os parâmetros fixados pela sentença. Enquanto isso não for cumprido, ele deve adotar medidas para o julgamento e a punição dos responsáveis pelos fatos, utilizando os mecanismos já existentes no direito brasileiro.

    No caso acima citado, Comparato acredita que a pressão política dos empresários será intensa, já que a revisão da Lei de Anistia poderia significar que alguns deles, financiadores da ditadura militar e da tortura, poderiam eventualmente ser punidos.

    Afinal, quem é que doou grandes quantias para financiar a repressão?

    Quem é que emprestou veículos para as campanas da Operação Bandeirantes, que operava o maior centro de torturas do Brasil?

    Neste caso, sabemos que foi a Folha de S. Paulo (acima, um dos veículos queimados em retaliação dos guerrilheiros).

    [Para saber quem fez o papel de cão de guarda da ditadura militar, clique aqui].

    [Para saber mais sobre a Folha e a ditadura, clique aqui. Ou aqui. E também aqui].

    Aliás, Fábio Konder Comparato contou, depois da entrevista, que perdeu nas duas instâncias a ação que moveu contra o jornal, por danos morais, depois do famoso episódio da “ditabranda”.

    Relembrando algo que publicamos na época:

    REPÚDIO E SOLIDARIEDADE

    Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitraria e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiros que lutaram pela redemocratização do país. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo “ditabranda” é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.

    Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota da Redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis à atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.

    Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.

    Pois bem, enquanto a Justiça brasileira protege o andar de cima — será que a Folha convocou algum desembargador para representá-la na segunda instância? –, condena os pobres ao encarceramento em massa:

     

    Mas, para não terminar numa nota pessimista, perguntei a Comparato o que ele achava das recentes manifestações populares no Brasil.

    Teriam sido um sinal de que o povo está abandonando a passividade?

     

    Veja também:

    Comparato diz que leilão de Libra foi ainda pior que privataria da Vale

    Rosa Weber não decide questão-chave que pode afetar a mídia

    "Como mostrar a origem da corrupção se a oligarquia controla a mídia?" – Viomundo – O que você não vê na mídia

    08/11/2013

    Comparação de postes: Kassab (Serra) x Haddad (Lula)

    Filed under: Brookfield,Fernando Haddad,FHC,José Serra,Kassab,Máfia do ISS,Poste — Gilmar Crestani @ 7:12 am
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    O nível dos políticos também se pega pelos seus aliados ou mentores. E o mesmo em outra palavras do me diz com quem andas e direi quem és. Não estou falando de bagrinhos. FHC pariu Serra. Lula, Dilma. Serra pariu Kassab; Lula, Haddad. E isso que o grande molusco é burro e tem só quatro dedos. Imagine se tivesse cinco dedos…

    Fiscal preso diz em escuta que prefeito sabia de tudo

    Acusado de liderar quadrilha, Ronilson Rodrigues foi subsecretário de Kassab

    Ex-prefeito afirma que auditor deu informação falsa e que repudia tentativa de envolvê-lo em irregularidades

    MARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULOALAN GRIPPEDITOR DE ’COTIDIANO’

    O auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, preso sob acusação de liderar o grupo que cobrava propina para reduzir o ISS (Imposto sobre Serviços) de imóveis, diz num telefonema que o "secretário" e o "prefeito" com que trabalhou "tinham ciência de tudo", revela gravação da conversa obtida pela Folha.

    Autorizada pela Justiça, a gravação foi feita em 18 de setembro deste ano, dia em que Rodrigues foi convocado pela Controladoria Geral do Município para explicar por que seu patrimônio era incompatível com seus rendimentos.

    Rodrigues foi subsecretário da Receita Municipal, um apêndice da secretaria das Finanças, no governo de Gilberto Kassab (PSD).

    Segundo investigação da controladoria e do Ministério Público, as fraudes lideradas por ele na administração anterior, entre 2010 e 2012, causaram prejuízo de cerca de R$ 500 milhões em impostos não recolhidos.

    "Tinham que chamar o secretário e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito com quem eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo", diz Rodrigues na conversa com Paula Sayuri Nagamati, amiga do fiscal e chefe de gabinete da secretaria de Finanças na gestão anterior.

    Kassab classificou as informações de "falsas" e disse que "repudia as tentativas sórdidas de envolver o seu nome" em irregularidades.

    Na gestão atual, de Fernando Haddad (PT), Rodrigues teve outro cargo: foi diretor financeiro da SPTrans, empresa municipal de transporte. Segundo a Controladoria, Rodrigues não tinha acesso ao sistema das Finanças e, por isso, não poderia ter dado prosseguimento às fraudes.

    DELAÇÃO

    No dia da conversa gravada, além de Rodrigues, os outros três fiscais presos junto com ele também foram interrogados na Controladoria. São eles: Eduardo Horle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo do Amaral e Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.

    Do grupo, só Magalhães foi solto após fazer um acordo de delação premiada –ele aceitou colaborar com as investigações em troca de uma possível redução de pena.

    Com o esquema, o grupo conseguiu acumular um patrimônio estimado pela Controladoria em R$ 80 milhões. Paula, a que conversa com Rodrigues, foi exonerada do cargo por quebra de confiança, segundo a prefeitura –ela saberia do esquema e não comunicou a ninguém. Ela colabora com o Ministério Público.

    31/10/2013

    Filho feio não tem mãe

    serra x Hussain Aref SaabO ditado não é bem este, mas deveria ser. Quando Hefestos nasceu, Hera, para se livrar de seu filho feio, jogou-o do Olimpo. Além de feio, com a queda, também ficou rengo. Hefestos, como reza o mito grego, virou metalúrgico de mão cheia. Fez um trono de ouro e presenteou à sua mãe que foi logo sentando nele. E  nele ficou presa. Para solta-la exigiu seu retorno ao Olimpo e, de lambuja, também a olímpica Afrodite.

    Depois de FHC e Miriam Dutra sabemos que filho da mãe bonita tem pai à beça. E agora outro ditado, depois do banho com José Serra, a Folha está jogando a água da bacia com Kassab dentro. E para afastar o entulho no caminho de Serra para o Olimpo, a Folha estica ou corta para acomodar na sua cama o afilhado. Já que estamos no ramo dos mitos. Há um personagem que encerra com perfeição este método mafiomidiático, Procusto.  Este lendário bandido grego prendia suas vítimas na sua cama. Os maiores, cortava até caberem nela; os menores, espichava. A Folha espicha as notícias boas a favor de Serra, e encurta as ruins. Quanto se refere ao PT, encurta as boas e espicha as ruis. E se não há ruins, inventa, como o apagão elétrico, o PIBinho, a inflação galopante. O histórico das relações de Serra com a Folha impede que deem nome aos bois, mas a tropilha já foi marcada a ferro fogo deste a prisão de Hussain Aref Saab. Destes filhos feios, Serra foge, com a ajuda dos parceiros mafiomidiáticos, como o diabo da cama de Procusto.

    Quando FHC perdeu a eleição, tentou botar um ovo para vigiar Lula, a Controladoria Geral da União. Esta deve ter sido a única, não digo obra, já que foi criada em 2003, mas “boa” intenção de FHC. Já no primeiro ano de mandato, Lula, pois quem não deve não teme, chocou o ovo do chupim e deu ao filhote, por meio da Lei n° 10.683, de 28 de maio de 2003, as condições necessárias ao seu bom desenvolvimento. Fernando Haddad adotou o exemplo da CGU e implantou a CGM. Assim como a CGU serviu para reconhecer todos os bastardos deixados por FHC nos escaninhos da União, Haddad está jogando Kassab com os filhos de Serra Tietê abaixo. Aliás, por que não dizem que Kassab é filho mais ilustre parido por Serra!?

    Se encontraram isso no Município, o que Padilha não encontrará no Estado, que o PSDB transformou na sua pocilga por mais de 20 anos…

    Chefe da arrecadação de Kassab é preso

    * DONOS DE BARCOS E CARROS DE LUXO, AUDITORES SÃO ACUSADOS DE COBRAR PROPINA DE EMPRESAS * FRAUDE TERIA DESVIADO AO MENOS R$ 500 MILHÕES * EX-PREFEITO AFIRMA QUE NÃO INDICOU SUSPEITOS AOS CARGOS

    Investigação tem participação da gestão Fernando Haddad (PT); comissão seria cobrada de projetos imobiliários

    DE SÃO PAULO

    Quatro auditores fiscais da Prefeitura de São Paulo foram presos acusados de cobrar propina para liberar empreendimentos imobiliários de grande porte na capital.

    Três deles ocuparam cargos de confiança na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre eles Ronilson Bezerra Rodrigues, que ocupou a função de subsecretário da Receita.

    Rodrigues era o chefe da arrecadação do município e braço direito dos secretários de Finanças de Kassab. Sua defesa diz que ele é inocente.

    A prisão dos auditores foi revelada na manhã de ontem pelo site da Folha.

    A fraude, segundo estimativa da prefeitura e do Ministério Público, desviou R$ 500 milhões desde 2007. O valor se refere a impostos não recolhidos em troca de propina.

    Os auditores são acusados de cobrar comissão para fornecer a empresas certidões de quitação de ISS (Imposto Sobre Serviço) sem que todo o valor devido fosse pago.

    O documento é requisito para a prefeitura dar o "habite-se", necessário para regularizar o empreendimento.

    O foco da quadrilha eram prédios comerciais e residenciais acima de R$ 50 milhões.

    A prefeitura calcula que a propina chegava em alguns casos a 50% do imposto que as empresas deveriam pagar. Em uma ocasião, uma construtora deu R$ 480 mil e conseguiu a certidão após recolher só R$ 12 mil de ISS. A Promotoria diz que investigará se empreiteiras eram obrigadas a participar do esquema.

    Chamada de "Necator" (um parasita), a operação tem consequências políticas imprevisíveis: iniciada pela gestão de Fernando Haddad (PT), atinge a cúpula das finanças de Kassab, seu antecessor.

    Aliado da presidente Dilma, Kassab diz não ter indicado nenhum dos servidores e defende punição.

    Segundo a apuração, os presos construíram patrimônio de R$ 80 milhões (incluindo imóveis de luxo, carros importados e iates), incompatível com seus rendimentos.

    Foi uma denúncia anônima e, depois, o patrimônio que chamou a atenção para os servidores, segundo a prefeitura. O município, então, começou a atuar em conjunto com o Ministério Público e, por fim, com a Polícia Civil.

    Além de Rodrigues, foram presos o ex-diretor de arrecadação Eduardo Horle Barcellos; o ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral; e o agente de fiscalização Luis Alexandre Magalhães.

    Só o último não ocupou cargo de confiança sob Kassab. Rodrigues exercia até junho função de diretor na SPTrans, na gestão Haddad.

    Eles são acusados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.

      25/10/2013

      Ainda faltam 18 min. no JN e capa na revista da inVEJA

      Lobistas ajudaram a obter contratos em SP, diz e-mail

      Executivos da multinacional Alstom viam pagamento como ‘investimento’

      Mensagens obtidas na Suíça indicam que consultor recebeu para aproximar empresa de governos tucanos

      FLÁVIO FERREIRAJOSÉ ERNESTO CREDENDIOMARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

      E-mails obtidos pelo Ministério Público da Suíça revelam que a multinacional francesa Alstom usou lobistas, suspeitos de intermediar o pagamento de propina a funcionários do governo de São Paulo, para aproximar a empresa de autoridades e obter contratos com o Metrô e a CPTM.

      Propina era "investimento", de acordo com uma mensagem trocada entre executivos da Alstom em abril de 2004. A avaliação foi de que esse investimento foi "lucrativo" para a Alstom da França "sob muitos aspectos".

      Segundo um dos e-mails, que foram enviados ao Ministério Público no Brasil, a conquista dos contratos pela Alstom "demandou um lobby muito forte e específico para resgatar a credibilidade necessária em face do Metrô de São Paulo e das autoridades estaduais de São Paulo".

      A mensagem diz que houve uma decisão administrativa de contratar "agentes" para esses projetos, por meio da matriz da Alstom na França.

      A comunicação das autoridades suíças ao Brasil relata que o e-mail menciona contrato assinado pela Alstom com a Gantown, empresa controlada por Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira com sede no Uruguai.

      Eles são os lobistas contratados pela Alstom e fizeram depósitos de US$ 836 mil (R$ 1,84 milhão) na conta de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM. Para os suíços, trata-se de suborno.

      Ontem, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que um ex-presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, recomendou em e-mail de novembro de 2004 a contratação do lobista Arthur Teixeira para obter negócios com o Estado.

      Ao incentivar seus executivos a buscar contratos com o governo, Alquéres cita na mensagem o governador Geraldo Alckmin e o então prefeito José Serra, ambos do PSDB. Alckmin e Serra negam relações ilícitas com a Alstom. Alquéres disse à Folha que a Alstom nunca pagou propina em sua gestão.

      Segundo Alquéres relata no e-mail, os tucanos teriam participado das negociações que levaram à reabertura de uma antiga unidade da Mafersa na Lapa (zona oeste) como uma fábrica da Alstom.

      À época, a Alstom buscava transformar sua unidade de transporte num negócio de porte e enfrentava dificuldades. Nos oito primeiros meses de 2004, só 11% das metas haviam sido alcançadas.

      Os e-mails da multinacional francesa obtidos pela Suíça citam dois negócios que depois foram fechados com o Metrô e a CPTM.

      Um dos alvos do lobby foi a venda de 12 trens para a CPTM por R$ 223 milhões, em 2005. O negócio foi assinado no dia 28 de dezembro daquele ano. Para que a compra fosse feita sem nova licitação, a diretoria da CPTM retomou um contrato de 1995 que tinha acabado.

      A operação foi considerada irregular pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

      As suspeitas de irregularidades nessa contratação levaram o Ministério Público a apresentar uma ação de improbidade contra o presidente da CPTM à época, Mario Bandeira, e outros então diretores da companhia.

      Em 2007, o Metrô comprou 16 trens da Alstom por cerca de R$ 609 milhões usando um contrato de 1992.

      Não foi a Alstom que ganhou a concorrência original, mas a Mafersa.

      EDITORIAIS

      editoriais@uol.com.br

      As trilhas do cartel

      Documentos vindos da Suíça acentuam suspeitas de corrupção nas licitações de metrô e trens de São Paulo durante gestões do PSDB

      Vêm da Suíça, e não pela primeira vez, documentos capazes de acentuar as suspeitas que recaem sobre sucessivas administrações do PSDB em São Paulo. O Estado, governado pelos tucanos desde 1995, teria hospedado um esquema milionário para burlar licitações de metrô e trens da CPTM.

      O escândalo foi reavivado pela empresa alemã Siemens, uma das partícipes da fraude. Conforme esta Folha noticiou em 14 de julho, a companhia, em troca de imunidade, delatou às autoridades brasileiras a existência do cartel –criado, como sempre, para eliminar a concorrência e, assim, aumentar os preços cobrados pelos serviços.

      Entre as multinacionais envolvidas estaria a francesa Alstom, ela própria alvo de investigações pelo alegado pagamento de propinas em diversos países.

      Até aqui sem provas do envolvimento de políticos no caso paulista, as apurações avançam em torno de personagens que, obscuras para o grande público, têm sua importância cada vez mais reconhecida pelos investigadores.

      Uma das peças centrais parece ser o lobista Arthur Teixeira. Em agosto, soube-se que seu nome aparecia em documentos da Siemens como participante das negociações de contratos de manutenção de trens.

      Na semana passada, Teixeira voltou ao noticiário. Dessa vez, implicado no pagamento de US$ 836 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) que, segundo o Ministério Público, foi feito pela Alstom ao ex-diretor da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) João Roberto Zaniboni. Tal afirmação baseou-se em documentos enviados ao Brasil por autoridades suíças.

      Há mais na papelada helvética. Como informou o jornal "O Estado de S. Paulo", entre os documentos está um e-mail, de 18 de novembro de 2004, no qual o então presidente da Alstom no Brasil, José Luiz Alquéres, recomendou "enfaticamente" a diretores da empresa que buscassem Teixeira para desenvolver negócios em São Paulo.

      Alquéres também teria afirmado que tinha "longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado" e que apoiou pessoalmente "amigos políticos no governo". À época, Geraldo Alckmin era o governador, e José Serra acabara de eleger-se prefeito da capital.

      Ao ser questionado, Alckmin afirmou ontem que a corregedoria e a controladoria do Estado têm a recomendação de investigar o caso, "doa a quem doer".

      É o mínimo que se espera, dado o tamanho do prejuízo que a corrupção pode ter causado aos cofres públicos. Mas não deixa de ser curioso que, por enquanto, o maior empenho venha de um país que pouco tem a ver com a história.

      01/09/2013

      “A corrupção é ruim ou boa dependendo da exploração política que permita”

      Filed under: Bolívia,Corrupção,Roger Pinto — Gilmar Crestani @ 11:22 pm
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      JANIO DE FREITAS

      O sofrimento corrupto

      Roger Pinto recebeu o privilégio de uma liberdade que o governo brasileiro precisaria ter explicado

      Se o senador boliviano Roger Pinto é "considerado imigrante comum" pelo governo brasileiro, é porque tem permanência no Brasil sem restrições legais. Mas o senador não a tem. Tanto que solicita a condição de refugiado, e seu motivo para isso é bastante eloquente: a Interpol tem um pedido do governo boliviano para capturá-lo como condenado por corrupção.

      O senador Roger Pinto também não é asilado. O asilo que lhe permitiu resguardar-se na embaixada brasileira perdeu validade ao deixá-la, como é próprio desse denominado asilo diplomático. O asilo territorial, que vale como um visto de permanência, nem sequer está pedido pelo senador, cujo advogado considerou-o mais problemático do que a condição de refugiado, dada a necessidade de comprovar razão política para a concessão.

      O senador Roger Pinto está, portanto, em situação idêntica à de Cesare Battisti no seu momento de notoriedade aqui. Não é imigrante comum, não é refugiado, não é asilado político e é condenado em fuga de seu país. Mas Cesare Battisti, que aqui serve para exemplificar incontáveis casos, foi preso pela Polícia Federal em razão da mesma presença sem amparo legal. E preso ficou até que Lula desprezasse a Justiça italiana e o liberasse da sentença por associação com quatro crimes de morte.

      O senador Roger Pinto recebeu o privilégio de uma liberdade que o Ministério da Justiça brasileiro, ou o Planalto, precisaria ter explicado publicamente. Se pudesse. E quando o governo deu uma explicação esporádica, foi como o fez o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams: "O que o Conare decidir está decidido". O Conare, Comitê Nacional para os Refugiados, considerou fundada a extradição de Battisti pedida pela Justiça e pelo governo italianos, e Lula fez valer, com o benefício, a palavra final do presidente.

      Agora, pelo menos soçobraram mais duas mentiras da história cabulosa de alegada fuga. Uma das razões do sofrimento do senador Roger Pinto no DOI-Codi do Itamaraty em La Paz, a considerar-se a explicação do diplomata Eduardo Saboia para trazê-lo, era estar impossibilitado até de receber visita da família. A filha residente em La Paz disse agora que visitava o pai todos os dias. Aliás, já se sabe que lhe levava pratos do seu especial agrado.

      Para completar o isolamento, também a gravidade cardiopática do senador Roger Pinto foi fator da comoção caridosa do diplomata Eduardo Saboia. Indagada, a moça quis confirmar o mau estado de saúde do pai: "É, nos rins".

      Nota do Ministério da Justiça boliviano, no começo da semana passada, referiu-se a "13 processos judiciais por atos de corrupção e uma condenação a um ano de prisão por dano econômico ao Estado" como culminâncias biográficas do senador Roger Pinto. Diante disso, só mesmo lembrando o que disse um jornalista que toca comentário em uma rádio: "Aquele senador sofrendo ali… Eu até entendo a atitude desse diplomata Eduardo. Foi, no sentido humano, muito correto".

      Por essas é que não tenho dúvida do equívoco que se seguiu à vitória do deputado Natan Donadon na Câmara. Por que a indignação? Prevaleceu a coerência entre o resultado e o ambiente humano e político que o produziu. E, ainda maior, a coerência com uma sociedade em que a corrupção é ruim ou boa dependendo da exploração política que permita. O que também é uma forma de corrupção.

      08/08/2013

      E o MP, quem diria, é Gurgel de cima abaixo

      JANIO DE FREITAS prova que a união de Gurgel, procurador-geral, e Joaquim Barbosa, ex-procurador só serviu aos interesses dos grupos mafiomidiáticos para flertarem com o golpismo. Para esconderem todo o lodo de São Paulo, encontraram na dupla de Zé, José Dirceu e José Genuíno, os bodes expiatórios. A cada dia que passa fica mais claro os intere$$ses que formaram este consórcio jurídicos.

      Provas de faltas

      Explicação mais difundida para a corrupção graúda, impunidade também tem a ver com inquéritos

      Em uma de suas primeiras providências, a força-tarefa de promotores de São Paulo, criada para investigar ilegalidades em obras e compras do metrô paulistano, deixa à mostra uma das causas mais graves da corrupção nas concorrências e contratos públicos municipais, estaduais e federais.

      Os dez promotores da força-tarefa vão ocupar-se de 45 inquéritos, número por si mesmo indicativo de um estado pantanoso na área de licitações, preços, reajustes e compras. A gravidade é ainda maior, porém. Dos 45 inquéritos, 15, ou um terço, são inquéritos que se desarquivam para submetê-los a exame rigoroso –"uma devassa", foi dito.

      Se houve tais inquéritos, não se suporia, agora, que se instaurassem sem estar justificados por indícios, denúncias ou suspeitas, cada qual com o seu motivo. Mas só com a formação da força-tarefa se pensa em investigá-los a fundo. A "falta de provas" que, em geral, foi invocada para arquivá-los está sujeita, portanto, a dúvidas, ou descrenças mesmo, no próprio Ministério Público.

      Em lugar das conclusões, as interrogações ou as reticências. Esse é o final dado à grande maioria, pode-se dizer à quase totalidade dos inquéritos instaurados nos Ministérios Públicos sobre corrupção e ilegalidades várias nas obras públicas.

      Escandalosos ou poupados do escândalo por algum tipo de gentil complacência, podemos lembrar-nos de fatos escabrosos da corrupção ainda que distantes no tempo e no espaço. Mas será inutilmente exaustiva a tentativa de lembrar algum efeito negativo para os agentes de tal corrupção.

      A menos que sejam negócio e réu chinfrins, como a punida construtora Sidarta. Ainda há pouco, com a Delta e seus controladores, protagonistas no caso Carlinhos Cachoeira, mais uma vez ficou evidente que nem precisa ser grande coisa para atravessar incólume os escândalos.

      Há mais do que as conclusões que não concluem. Há também as inconclusões dos inquéritos. Se o Conselho Nacional do Ministério Público se interessasse por saber onde estão e quantos são os inquéritos paralisados ou arrastando-se, sobre casos de corrupção em obras públicas pelo país afora, poderia começar por São Paulo mesmo. Sem precisar sair do assunto de obras e compras do metrô e da CPTM que voltam a ser escândalo.

      A impunidade é a explicação mais difundida no Brasil para a corrupção graúda. Impunidade tem a ver com inquéritos, não só julgamentos.

      PS: Para confirmar a regra, a exceção: o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto está preso e seu parceiro, o empresário Luiz Estevão, solto, briga com cobranças judiciais multimilionárias. Mas o superfaturamento e os desvios na obra do Tribunal de Justiça Trabalhista de São Paulo caíram, excepcionalmente, em mãos de três mosqueteiras da Procuradoria da República: Maria Luísa Carvalho, Isabel Groba e Janice Ascari.

      20/07/2013

      Culpa do Lula, que não mandou prende-los antes…

      Filed under: ALSTOM,Isto é PSDB!,Siemens — Gilmar Crestani @ 8:35 am
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      Istoé aponta propinoduto tucano no metrô paulista

      :

      Reportagem aponta que nos governos de Geraldo Alckmin, mas também de José Serra e Mario Covas, cerca de US$ 50 milhões teriam sido desviados das obras do metrô; denúncia da Siemens, que decidiu colaborar com a Justiça, lança luzes sobre o esquema; Alckmin será, agora, alvo de ação de improbidade 14

      Brasil 24/7

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