Ficha Corrida

29/09/2013

E aí, Aécio Neves, vamos conversar?

Filed under: Aécio Neves,Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 10:32 am
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28/09/2013 | Publicado por Renato Rovai em Política

Caro senador Aécio Neves, imagino que o senhor não conheça este escriba e talvez nem a Revista Fórum, apesar de a revista já circular há 12 anos e de eu ter lhe encontrado recentemente no Aeroporto de Congonhas. Sentamos frente a frente no saguão e vossa excelência me olhou umas quatro ou cinco vezes de soslaio. Eu fiz de conta que não percebia e me mantive concentrado no tablet. Depois pegamos o mesmo ônibus que nos levou ao avião. Íamos para o Rio de Janeiro. Aliás, parece que vossa excelência gosta muito da capital carioca. Eu também sou fã. E se tivesse as mesmas condições econômicas que o senhor não resistiria a viver boa parte do meu tempo por lá. Mas o que me motiva a escrever este post não é o Rio. E outra coisa.

Assisti a uma recente inserção de TV do seu partido e vi que vossa excelência está aberta ao diálogo. Diz algo assim: “Sou Aécio Neves, vamos conversar”. Achei ótima a iniciativa. E por este simples blogue, lhe digo: “Sou o Renato Rovai e aceito o convite”. Quero conversar com vossa excelência.

E aproveito para lhe dizer que irei lhe enviar oficialmente essa solicitação de conversa. Acho que vou falar em entrevista, porque talvez a sua assessoria não entenda o espírito da coisa. Mas que fique claro, será um bate-papo. Aliás, um papo reto (o senhor tem usado este termo) transmitido pela web. No qual farei algumas perguntas sobre temas que me parecem muito importantes. Na sequência, seguem alguns temas das perguntas. Ah, claro, vou abrir para os internautas poderem falar com o senhor. É assim que funciona na lógica do papo reto. As pessoas não ficam com esse lenga-lenga do script televisivo, onde tudo é meio que combinado antes. Por isso não posso lhe garantir que tratarei apenas dos temas abaixo. Mas, confio no seu espírito democrático. E na sua boa intenção e sinceridade ao nos convidar para conversar. E fazer um papo reto.

Pautas para a conversa.

– As privatizações no governo Fernando Henrique e o custo delas para o Brasil

– O mensalão mineiro

– Supostos desvios de recursos da saúde no governo de Minas Gerais

– A investigação do cartel do metrô no governo de SP

– Os motivos que levaram o PSDB a ser contra o Bolsa Família no início do governo Lula

– Por que o PSDB é contra o Mais Médicos

– O silêncio da mídia mineira em relação ao governo de Minas, denunciado como censura econômica por vários jornalistas e movimentos sociais.

– Os motivos que lhe levaram a rejeitar a usar o bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro.

– O que o senhor achou daquele texto em espaço editorial, assinado por Mauro Chaves, no jornal O Estado de S. Paulo, cujo título era “Pó parar, governador”.

– Qual a sua real opinião sobre o ex-governador José Serra. É verdade que o senhor e ele têm dossiês impressionantes um contra o outro?

Listei apenas 10 pontos iniciais. Mas como na internet não há limite de tempo, podemos ficar horas conversando. Papo reto, senador. Sem papas na língua. Que tal?

Então, só pra finalizar, vou imitá-lo.

E aí, senador Aécio Neves, vamos conversar?

E aí, Aécio Neves, vamos conversar? – Blog do Rovai | Blog do Rovai

24/11/2011

Pré-sal e a “diplomacia da canhoneira”. Ou o canudinho da Chevron

Filed under: Chevron,Democracia made in USA,Texaco — Gilmar Crestani @ 9:47 am
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Os Marines em Macaé. Os colonistas do PiG não aparecem na foto

A histórica decisão do Governo brasileiro de suspender as atividades da Chevron do Cerra em águas territoriais brasileiras  – clique aqui para ler “Essa é a Chevron a que o Cerra ia entregar o pré-sal” – remeteu o ansioso blogueiro a considerações em águas mais profundas.
Por exemplo, a recente artigo do New York Times sobre a versão contemporânea da “diplomacia da canhoneira”.
Os Estados Unidos começaram a usar as canhoneiras para fazer diplomacia em 1853, quando o comandante Perry entrou na Baía de Tóquio e obrigou o Japão a abrir os portos – ou seja, o neolibelismo (*) nasce na ponta de uma canhoneira…
A diplomacia da canhoneira de hoje se dá em torno das reservas de petróleo e gás do Mar da China Meridional:   
http://www.nytimes.com/2011/11/13/sunday-review/a-new-era-of-gunboat-diplomacy.html?_r=1&scp=1&sq=a%20new%20era%20of%20gunboat%20diplomacy&st=cse
http://www.nytimes.com/2011/11/20/world/asia/wen-jiabao-chinese-leader-shows-flexibility-after-meeting-obama.html?scp=3&sq=south%20china%20sea%20obama%20hillary&st=cse

Obama announced that 2,500 Marines would be stationed in Australia; opened the door to restored ties with Myanmar, a Chinese ally; and gained support for a regional free-trade bloc that so far omits Beijing.
The announcements appeared to startle Chinese leaders, who issued a series of warnings that claimed the United States was seeking to destabilize the region.

Numa recente viagem de seis dias à Ásia, Obama anunciou que vai estacionar 2.500 fuzileiros navais na Austrália; restabelecer relações diplomáticas com Miamar, um aliado da China; e conseguiu apoio para criar uma ALCA que, por enquanto, omite a China.
(A certa altura do governo de Bush, o filho, os americanos tentaram montar uma ALCA sem o Brasil, para pressionar o Brasil. O Nunca Dantes e seu grande chanceler Celso Amorim conseguiram vencer os Estados Unidos e o PiG (**), e a ALCA deu com os burros n’água.)
Os dirigentes chineses ficaram alarmados e fizeram advertências contra a tentativa americana de desestabilizar a região em torno do Mar da China Meridional.
Clique aqui e aqui para ler.
Ano passado, Hillary Clinton já tinha advertido que se aliaria ao Vietnã – velho rival da China – e às Filipinas para conter a expansão chinesa em cima dessas magníficas reservas de energia.
Diz a reportagem de Mark Lander do New York Times que a China não está sozinha nessa ambição marítima.
A Turquia está em crise com Chipre, Israel e a Grécia por causa dos campos de gás natural que repousam no Mediterrâneo oriental.
A Rússia, os Estados Unidos e o Canadá (onde já se viu o Canadá brigar com os Estados Unidos ?) disputam o controle do Ártico, onde há magníficos depósitos de óleo e gás.
“Isso tudo demonstra que uma crescente parcela de recursos de petróleo está no mar. Quando o petróleo está em terra, todo mundo sabe onde fica. Quando está no mar, a coisa fica mais obscura”.
Essas sábias palavras são de Daniel Yergin, um respeitado especialista em petróleo, citado pelo New York Times.
Hoje, um terço da produção mundial de petróleo vem do mar.
A China passou dos dois destroiers que tinha na era soviética para 13 modernos destroiers, hoje.
A exploração de petróleo no mar significa Marinha forte.
Significa, na opinião deste ansioso blogueiro, uma frota numerosa de submarinos nucleares e, de preferência, acompanhados de bomba atômica.
Bomba atômica.
Não, para usar.
Inglaterra, França, Paquistão, Índia, China, Rússia – todos eles têm bomba atômica e nunca usaram.
Como Israel, que tem mais de 100 artefatos e nunca usou.
É só para não deixar os outros usarem.
Não deixar usar, por exemplo, o canudinho.
Será que a Chevron do Cerra se arrebentou lá embaixo, porque tentava chupar o óleo pré-sal com canudinho ?
A resposta da Presidenta Dilma à Chevron do Cerra foi imediata.
Logo no início, quando o PiG (**) escondia a mancha da Chevron e começava a espalhar culpa pela Petrobrás, a Presidenta usou o Blog do Planalto para avisar:  – Chevron, eu sei que a culpa é sua.
Agora, o risco imediato é a Chevron do Cerra contratar o Sergio Bermudes ou o Marcio Thomaz Bastos – os dois advogados mais poderosos do Brasil – e recorrer ao Supremo para não pagar a multa.
A médio prazo, é o Obama sair do Iraque, do Afeganistão, e estacionar umas canhoneiras em frente a Macaé.
Na praia, com bandeirinhas americanas, os colonistas (***) do PiG a dar boas vindas aos fuzileiros navais.
Paulo Henrique Amorim

Pré-sal e a “diplomacia da canhoneira”. Ou o canudinho da Chevron | Conversa Afiada

A Bláblárina vai protestar contra a Chevron?

Filed under: Chevron,Marina Silva,Texaco — Gilmar Crestani @ 9:44 am
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A Bláblárina vai protestar contra a Chevron ?

Não
A Bláblárina se preserva para protestar contra a Petrobrás.
Sim
A Bláblárina defende o interesse nacional (do Brasil).

Clique aqui e vote !

A Bláblárina vai protestar contra a Chevron ? Não ! Sim ! Vote ! | Conversa Afiada

23/11/2011

Dilma nomeará para o STJ quem o STJ investiga?

Filed under: Poder Judiciário,STJ — Gilmar Crestani @ 9:10 am
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A Veja adora notícia de grampo

Leia “Peluso e Pargendler. Viva (a Justiçad)o Brasil !”.
O Presidente do STJ – aquele tribunal que sepultou provisoriamente as Operações Satiagraha e Castelo de Areia – tenta emplacar numa vaga do STJ a cunhada Desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª. Região, com sede em São Paulo.
Acontece que um advogado amigo navegante – não é só o Daniel Dantas que tem 1001 advogados amigos … -  telefonou logo cedo nesta manhã de terça feira.
– Você sabia que o STJ investiga se a Suzana Camargo teve um procedimento criminoso ?
– Como ? Que absurdo é esse ?
– Simples, ansioso blogueiro. O Fausto De Sanctis pediu ao STJ para julgar: ou ele, De Sanctis, cometeu o crime de fazer um grampo ilegal contra o Gilmar Mendes. Ou a Suzana Camargo cometeu um crime contra a honra dele, De Sanctis, por dizer que o de Sanctis grampeou o Gilmar Mendes.
– Barrabás !
– Sim. Pois é. Eu li na Folha agora de manhã que o Pargendler quer levar ela para o STJ e me lembrei disso. Ela vai ser nomeada para o Tribunal que julga se ela cometeu um crime !
– Barrabás !
Vamos recordar esse sinistro episódio, amigo navegante.
No auge da crise desfechada pelas duas prisões do banqueiro condenado Daniel Dantas,  surgiram dois grampos aparentemente fictícios e os dois envolvem a imaculada figura de Gilmar Dantas (*).
Um, o grampo sem áudio, de um telefonema entre Gilmar Dantas (*) e o senador Demóstenes Torres.
Apesar dos incansáveis esforços do Dr Luiz Fernando Corrêa, então diretor-geral da Policia Federal (ex-Republicana), a PF jamais achou o áudio do grampo.
Seria uma contribuição do Gilmar Dantas (*) à Civilização Ocidental: um grampo sem áudio.
Outra contribuição dele à Magistratura Ocidental foi dar dois HCs Canguru em 48 horas ao banqueiro condenado a 10 anos de cadeia.
O outro grampo que surgiu na esteira da crise profunda que foi a prisão de Daniel Dantas é esse da Suzana Camargo.
De Sanctis teria grampeado Gilmar Dantas (*).
Esse foi um dos motivos por que Gilmar Dantas (*) passou a perseguir De Sanctis de forma implacável, do alto de duas soberanas cadeiras – a de Presidente Supremo do STF e a de Supremo Presidente do CNJ.
Vamos tentar, amigo navegante, introduzir nessa edificante narrativa um outro Juiz, o Ali Mazloum, também indissoluvelmente ligado a Gilmar Dantas (**).
Aí estavam no Conversa Afiada Ali Mazloum, Gilmar Dantas (*) e Suzana Camargo:

QUEM É ALI MAZLOUM. O QUE DEVE A GILMAR

6/XI/2008

Quem é Ali Mazloum. O que deve a Mendes.

Como Mazloum e Mendes querem chegar a De Sanctis

O Conversa Afiada recebeu de uma fonte no Poder Judiciário – e ainda há um Poder Judiciário que o brasileiro pode respeitar – o e-mail que se segue. Sem comentários:

O juiz federal Ali Mazloum, que autorizou a busca e apreensão pedida pela PF, a despeito da oposição do Ministério Público, é aquele que graças a voto de Gilmar Mendes foi excluído da ação penal por formação de quadrilha, da chamada Operação Anaconda.

Seu colega Luis Nassif defendeu, à época, Ali Mazloum, comparando com caso Dreyfus. Defendeu alguém sem saber todo o conjunto de fatos e indícios.

Ali Mazloum é ligadíssimo a Suzana Camargo, a desembargadora federal que disse a Gilmar que Fausto di Sanctis grampeara o gabinete do presidente do STF.

Um favor aqui, outro favor ali, sem qualquer trocadilho.

É uma trama descarada para ainda chegar ao juiz Fausto Di Sanctis.

(“Chegar” quer dizer “transferir”, “assassinar o carater”, “desmoralizar”, “escrever sobre no Coinjur”, “impedir que sentencie Dantas” etc etc – PHA)

Quem viver, verá.

Viva (a Justiça d)o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Dilma nomeará para o STJ quem o STJ investiga ? | Conversa Afiada

Onde estás, Calmon, que não reages?

Filed under: Ari Pargendler,Marco Paulo dos Santos,Suzana Camargo — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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Na minha modesta opinião, a  Presidenta Dilma deveria nomear Marco Paulo dos Santos, pela reputação ilibada, relevantes conhecimentos jurídicos e capacidade de enfrentamento de questões humanas, para o tal de essetejota!

Peluso e Pargendler. Viva (a Justiça d)o Brasil!

Pargendler e Ophir: a Lei e a Ordem se encontram

Saiu na primeira página do Globo:
“Até iniciais de juízes suspeitos viram segredo.”

“O Presidente do Conselho Nacional de Justiça – a Ministra Calmon é a Corregedora, PHA – ministro Cezar Peluso, retirou do site da entidade as iniciais dos nomes dos magistrados que respondem a processos administrativos a tribunais.”
Nem as iniciais !, amigo navegante.
Nem as iniciais !
Clique aqui para ler “Calmon investiga 62 juízes. Peluso vai calar Calmon ?”.
Outra notícia desalentadora.
Saiu na Folha (*), também na primeira página:
“Presidente do STJ, Ari Pargendler, tem feito lobby no Congresso em busca de apoio para emplacar cunhada, a desembargadora Suzana Camargo, no tribunal.”

Sobre Suzana Camargo, leia em seguida: “Dilma nomeará para o STJ quem o STJ investiga ?”.
Ari Pargendler honra a Justiça brasileira: o estagiário do STJ Marco Paulo dos Santos o processa no Supremo Tribunal Federal por “agressão moral”.
Viva (a Justiça d)o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Peluso e Pargendler. Viva (a Justiça d)o Brasil ! | Conversa Afiada

21/11/2011

Campanha de 2010: “antalogia” em 2 capítulos

Mônica Cerra: vim pedir o seu voto

Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da mídia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).

Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:
“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”
(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)
Vamos reproduzir aqui algumas frases – é a primeira prestação dessa notável antologia – que Doria e Severiano recuperam e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais – como se quiser:
– Diogo Mainardi ao reproduzir conversa com Padim Pade Cerra:
Marina é a companheira de chapa de seus sonhos.
– Merval Pereira ao consul americano:
Aécio está “firmemente comprometido” com a chapa puro sangue: ser vice do Cerra.
– Paulo Henrique Amorim:
O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente que o Cerra.
– Aécio sobre quem deveria ser  a vice do Cerra:
“A Ana Hickman”, mestre de cerimônias da convenção do PSDprê.
– Oscar Quiroga, astrólogo do Estadão:
“… seria tolice não arriscar que José Serra será o próximo Presidente”
– Jaqueline Roriz, ao lado de Jose Arruda, diante de um “pagador”:
“Você vê a possibilidade de aumentar isso ?”
– Eliane Catanhêde, na convenção do PSDB:
“O PSDB parece até que virou partido de massa, mas uma massa cheirosa.”
– William Waack, ao perceber um áudio com a voz de Dilma Rousseff:
“Manda calá a boca”.
– Alexandre Garcia sobre a candidatura de Arruda como vice do Cerra:
“Vote num careca e leve dois.”
– Clovis Rossi sobre a morte do brasileiro Jean Charles, em Londres:
“É justo dizer que no revólver que matou Jean Charles estão também as digitais do PT e de seu governo…”
– Heleno de Freitas, editor do Estadão, ao explicar por que a Agência Estado divulgou com detalhes noticia de que Cerra tinha ido a um comício em Palmas, Tocantins, embora Cerra não tivesse posto o pé lá:
“Era uma matéria de prateleira”
– Fátima Bernardes ao anunciar o ataque com bolinha de papel à cabeça do Cerra:
“A atividade (sic) de campanha do candidato do PSDB José Serra foi interrompida hoje no Rio depois que ele foi agredido num tumulto iniciado por militantes do PT”.
– Mônica Cerra, no dia 14 de setembro, um mês antes da eleição, em Nova Iguaçu, Rio, acompanhada de Índio da Costa:
“Sou a mulher do Serra e vim pedir o seu voto”
A um leitor evangélico que dizia “Jesus Cristo foi o único homem que prestou no mundo”, Mônica falou que Dilma é a favor do aborto:
“Ela (a Dilma) é a favor de matar criancinhas.”
Esta notável antologia continuará, pelas mãos de Dória e Severiano, em outros retumbantes capítulos.

 

“Monica Serra fez um aborto”.
A inesquecível campanha de 2010 – II

Será que foi aí que o Papa entrou na campanha ?

Este é o capítulo II desta reveladora antologia.

Revela crimes de imprensa.
Leia o capitulo I que trata, no título, de memorável frase da estadista chilena Monica Cerra, que desempenhou papel decisivo na campanha presidencial do Padim Pade Cerra.
Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da midia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).
Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:
“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”
(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)
Vamos reproduzir aqui outras frases que Dória e Severiano recuperaram e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais, como se quiser :
– Plateia na área VIP, no estádio do Morumbi, no show do Paul McCartney quando vê, um mês depois da eleição, o Padim Pade Cerra ao lado do Fernando Henrique:
“Bolinha de papel, bolinha de papel !”
– O perito Molina, no jornal nacional do Ali Kamel, com uma bolinha de papel numa mão e uma fita adesiva na outra:
“São dois eventos completamente diferentes. Um é o evento da bolinha e o outro é o evento rolo de fita”
– Maitê Proença ao sugerir uma união contra Dilma:
“Onde estão os machos selvagens ?”
– Texto no site da filha do Padim Pade Cerra e da irmã de Daniel Dantas, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros :
“Encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”
– Rodrigo Vianna, então repórter da Globo, numa carta aberta em que denuncia a parcialidade do jornalismo do Ali Kamel na cobertura das ambulâncias superfaturadas no Ministério da Saúde na gestão do Cerra e os aloprados:
“Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom Dia ao JG temos um desfile de gente que está do mesmo lado”
– Diálogo com Fernando Henrique sobre seu ex-assessor Eduardo Jorge, protagonista da tentativa de envolver Dilma e o Nunca Dantes na violação do sigilo de membros da família de Cerra:
– O senhor acha que o Eduardo Jorge pode estar usando o seu nome para facilitar negócios, presidente ?
– Não tenho provas mas não tenho dúvidas
– Senador Roberto Requião a Eduardo Jorge, na CPI do Judiciário, que investigava as relações de Eduardo Jorge com o Juiz Lalau:
” Você não devia estar aqui, devia estar numa penitenciária”
– Manchete da Folha na edição que publicou a ficha falsa da Dilma:
” Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto”
– Frase da advogada da Folha, ao constatar que o Superior Tribunal Militar abriu os 16 volumes do processo contra Dilma depois das eleições:
” Lamentável que o pedido tenha sido deferido depois das eleições”
(A Folha não achou um grama de prova que responsabilizasse Dilma do sequestro sequer tramado. A Folha também não achou um grama de prova de que a Dilma usasse armas, quando guerrilheira. PHA)
– Reação de Tasso Tenho Jatinho Porque Posso Jereissati, ao ser advertido pelo Padre Francisco de uma igreja de Canindé, interior do Ceará. O padre se irritou com a entrada de Tasso e do Padim, no meio da missa. Os dois se sentaram na primeira fila, falavam em voz alta e perturbavam o culto. O Padre criticou um panfleto que o grupo de Cerra distribuiu na igreja, que acusava Dilma e sua religiosidade: ninguém podia falar em nome da Igreja, disse Padre Francisco. Revela o jornal O Povo, do Ceará:
” Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por uma assessora e sua mulher, dona Renata”
– Cerra, diante da constatação de que a gráfica que imprimia panfletos para o bispo de Guarulhos, com acusações a Dilma, era de uma filiada ao PSDB e irmã do coordenador da infra-estrutura da campanha de Cerra:
” O fato da (sic) gráfica ser ou não ser de uma parente de alguém que está trabalhando na campanha é inteiramente irrelevante “
– De Sheila Ribeiro, aluna de Monica Serra, na Unicamp:
“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre seu aborto traumático. Monica Serra fez um aborto (no Chile, casada com Cerra)”
Breve, aqui, o capitulo III dessa reveladora coleção de frases que levam ao que Dória e Severiano chamam de “crime de imprensa”.

“Monica Serra fez um aborto”. A inesquecível campanha de 2010 – II | Conversa Afiada

“Ela é a favor de matar criancinhas”. A inesquecível campanha de 2010 | Conversa Afiada

Paulo Henrique Amorim

19/11/2011

Chevron do Cerra

Filed under: Chevron,Petróleo,Texaco,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 11:12 am
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O Cerra ia entregar o Brasil a um hotel flutuante ?

Amigo navegante engenheiro de petróleo  levanta  hipóteses para explicar o vazamento da Chevron  do Cerra e que o PiG (*) levou onze dias para noticiar.
Clique aqui para ver a batalha do Fernando Brito do Tijolaço para esclarecer o vazamento
Teria sido um erro operacional, diz o amigo navegante.
Houve uma elevação da pressão na perfuração, o que teria indicado a perda de controle sobre o poço.
O risco de um blow out, uma explosão, nesses casos, é muito alto.
Para evitar a explosão, teria sido injetada uma quantidade de lama (um procedimento usual) acima do normal.
O que teria provocado o rompimento do reservatório.
O amigo navegante também suspeita que a plataforma da Chevron seja obsoleta.
Suspeita-se que a Chevron a tenha alugado pela ninharia de US$ 330 mil/ dia, enquanto uma plataforma zero bala se alugue por US$ 600 mil / dia.
Uma plataforma como essa da Chevron, no Mar do Norte, deixaria de perfurar (diante dos riscos)  para se tornar um flotel – um hotel flutuante para atender as diversas plataformas na área.
Pois essa seria a Chevron que, segundo o WikiLeaks, receberia do Padim Pade Cerra o pré-sal de presente.
Paulo Henrique Amorim

Chevron do Cerra: foi um erro operacional ? | Conversa Afiada

18/11/2011

A academia perde um Merval

Filed under: Humor — Gilmar Crestani @ 7:36 am
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Arriscou 35 minutos de transa por uma temporada no cárcere. Torço para que tenha valido a pena… assim como o foi para o pessoal do júri…

Britânico filma sexo com namorada para avaliar seu desempenho e vai preso
(17.11.11)

Reprodução/The Sun

O acusado saindo da corte

O britânico Graham Gibbons, de 42 anos, foi preso após filmar – "secretamente" -  a si mesmo fazendo sexo com a namorada para pode avaliar o próprio desempenho. As informações são do jornal inglês "The Sun".
Gibbons, que trabalha em uma empresa dedicada a aumentar a eficiência dos funcionários, colocou uma câmera ao lado da cama para filmar um ato sexual dele, com sua recente namorada. A transa durou 35 minutos.
Alguns instantes depois do ato, quando a namorada ficara sozinha na cama, ela constatou a existência da câmara estrategicamente colocada num spot de luz afixado num canto da peça e claramente direcionado para o leito. Ela vestiu-se, chamou a polícia e, sem avisar o namorado, discretamente, esperou a chegada dos agentes, que fizeram a apreensão dos equipamentos e da gravação.
O homem foi preso sob suspeita de voyeurismo e pagou fiança para aguardar o julgamento em liberdade.
Denunciado, ele está sendo submetido a um júri que, na semana passada, assistiu as imagens explícitas. Como a namorada insiste na negativa da concordância, o homem está sendo processado por violação da privacidade. Gibbons negou a acusação de voyeurismo e sustentou que o vídeo foi feito como "pesquisa acadêmica".
O júri vai continuar na próxima semana.

ESPAÇO VITAL – britanico-filma-sexo-namorada-para-avaliar-seu-desempenho-e-vai-preso

15/11/2011

Calmon para Presidenta! Do STF…

Filed under: Eliana Calmon,Poder Judiciário — Gilmar Crestani @ 11:05 am
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Ao invés daquela loira, Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, Dilma deveria era ter nomeado Calmon, só pra gente ver o Gilmar Mendes dançar xaxado…

Calmon: tem criminoso de colarinho branco preso ?

Calmon não recua: sim, há criminosos de toga!

O Conversa Afiada reproduz texto do Globo:

Eliana Calmon reafirma que há ‘bandidos de toga’
SÃO PAULO – A corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon, reafirmou na noite desta segunda-feira que há, na magistratura brasileira, “bandidos de toga” e que sua declaração polêmica não foi contestada pelos corregedores de Justiça do país, responsáveis por investigar juízes de primeira instância. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, a ministra afirmou ainda que o problema da magistratura não está na primeira instância, mas nos tribunais.
– Os juízes de primeiro grau tem a corregedoria. Mesmo ineficientes, as corregedorias tem alguém que está lá para perguntar, para questionar. E existem muitas corregedorias que funcionam muito bem. Dos membros dos tribunais, nada passa pela corregedoria. Os desembargadores não são investigados pela corregedoria. São os próprios magistrados, que sentam ao lado dele, que vão investigar – criticou a ministra.
Eliana Calmon defendeu a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cuja capacidade de investigar e punir magistrados está sendo questionada pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) no Supremo Tribunal Federal.
– O CNJ, na medida que também é órgão censor, começa a investigar comportamentos. Isso começa a desgostar a magistratura – disse a ministra.
Para Eliana, os maiores adversários do CNJ são as associações de classe, como a própria AMB:
– Não declaram, mas são contra. A AMB é a que tem maior resistência – disse ela, que concluiu: – De um modo geral, as associações defendem prerrogativas: vamos deixar a magistratura como sempre foi. São dois séculos assim.
Sobre a falta de punição aos magistrados, embora existam centenas de denúncias, a ministra respondeu:
– Vou colocar de outra maneira: o senhor conhece algum colarinho branco preso?
A ministra explicou a circunstância da declaração sobre os “bandidos de toga” e minimizou a gravidade da acusação:
– Eu sei que é uma minoria. A grande maioria da magistratura brasileira é de juiz correto, decente, trabalhador. A ideia que se deu é que eu tinha generalizado. Eu não generalizei. Quando eu falei “bandidos de toga” eu quis dizer que alguns magistrados se valem da toga para cometer deslizes – disse ela, que defendeu sua posição: – Os corregedores reconhecem que aquilo que eu disse é o que existe.

Calmon: tem criminoso de colarinho branco preso ? | Conversa Afiada

14/11/2011

O Ophir é Phoda, passou no Exame da Ordem!

Filed under: CANSEI,OAB,Ophir Cavalcanti — Gilmar Crestani @ 10:58 am
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O que distingue o homem dos animais é, como diria Jorge Furtado no Ilha das Flores, é o encontro do polegar com o indicador. Mas não para fazer o círculo de uso pessoal. É Ophir, cada um dá de si, com exceção do carrapato, o que tem de melhor.

Até parece preço de 1,99..

Presidente da OAB acusado de receber $$$ ilegal

Ophir, uma perda irreparável

Saiu na Folha:

Presidente da OAB é acusado de receber R$ 1,5 mi em salário ilegal
Ação pede retorno de licença remunerada paga pelo Pará por 13 anos
ELVIRA LOBATO
DO RIO
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, é acusado de receber licença remunerada indevida de R$ 20 mil mensais do Estado do Pará.
A ação civil pública foi proposta na semana passada por dois advogados paraenses em meio a uma crise entre a OAB nacional e a seccional do Pará, que está sob intervenção.
Um dos autores da ação, Eduardo Imbiriba de Castro, é conselheiro da seccional.
Segundo os acusadores, Ophir Cavalcante, que é paraense, está em licença remunerada do Estado há 13 anos -o que não seria permitido pela legislação estadual-, mas advoga para clientes privados e empresas estatais.
Eles querem que Cavalcante devolva ao Estado os benefícios acumulados, que somariam cerca de R$ 1,5 milhão.
Cavalcante é procurador do Estado do Pará. De acordo com os autores da ação, ele tirou a primeira licença remunerada em fevereiro de 1998 para ser vice-presidente da OAB-PA.
Em 2001, elegeu-se presidente da seccional, e a Procuradoria prorrogou o benefício por mais três anos. Reeleito em 2004, a licença remunerada foi renovada.
O fato se repetiu em 2007, quando Cavalcante se elegeu diretor do Conselho Federal da OAB, e outra vez em 2010, quando se tornou presidente nacional da entidade.
Segundo os autores da ação, a lei autoriza o benefício para mandatos em sindicatos, associações de classe, federações e confederações. Alegam que a OAB não é órgão de representação classista dos procuradores. Além disso, a lei só permitiria uma prorrogação do benefício.
INTERVENÇÃO
Em 23 de outubro, o Conselho Federal da OAB afastou o presidente e os quatro membros da diretoria da seccional do Pará após acusações sobre a venda irregular de terreno da OAB em Altamira.

Navalha

O PiG (*) acaba de perder um quadro valiosíssimo.

O Dr Ophir falava qualquer coisa – que se encaixava direitinho no que o PiG (*) queria.

Um Varão de Plutarco.

E dizer que Raymundo Faoro ja foi presidente da OAB.

Diria Cícero: o tempora o mores !

Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Presidente da OAB acusado de receber $$$ ilegal | Conversa Afiada

Ali Kamel x Condoleezza Rice

Filed under: Ali Kamel,Condoleezza Rice,Racismo,Rede Globo de Corrupção — Gilmar Crestani @ 10:52 am
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Rice na Bahia: não, não somos racistas !

O colonista (*) do Globo e da Folha (**) que usa múltiplos chapéus mantém uma seção de “Livros” nesses dois esteios do PiG (***).
Ele supõe que seja o único cliente da Amazon no Hemisfério Sul.
Neste domingo, ele não recomendou que o Presidente Lula fosse tratar-se no SUS.
Ele tratou da internação do Ali Kamel, sem citá-lo, é claro: 

LULA E A COMPANHEIRA CONDOLEEZZA RICE
Nosso Guia ficou bem na foto do segundo volume da memórias de Condoleezza Rice, a secretária de Estado de George Bush.
As memórias de Rice na Casa Branca mostram o que é uma assessora fiel e, talvez por isso, sejam pedestres. Ela contou suas impressões da viagem que fez a Pindorama em 2005, quando encantou-se pela Bahia. Vale ouvi-la:
“Durante a visita eu me surpreendi com a divisão racial no Brasil. Os brasileiros sempre sustentaram que não têm problema racial. Pareceu-me que nos serviços braçais ficam os africanos (com a pele escura); nos serviços, os mulatos (birraciais); e os funcionários do governo têm ascendência europeia/portuguesa. O Brasil foi o país mais parecido com os Estados Unidos na sua composição étnica, mas parece ter tirado pouco proveito da revolução pelos direitos civis que mudou a face da política e da sociedade americanas.”

Navalha

Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Rede Globo, é também notável sociólogo e antropólogo.

É o nosso Gilberto Freyre.

E escreveu um best seller que compete em densidade e relevância com o “Casa Grande e Senzala” do Mestre de Apipucos.

Chama-se “Não, absolutamente não, não somos racistas ! Nem pensar ! ”.

Este post é a ele uma singela homenagem.

Paulo Henrique Amorim

Ali Kamel x Condoleezza Rice | Conversa Afiada

O crime organizado e o desorganizado

Filed under: Crime Organizado,Estadão,Rocinha — Gilmar Crestani @ 10:50 am
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A reconquista da Rocinha e o preconceito do Estadão

Pena que o Beltrame não investigue todos os "crimes organizados"

Como previsto, a reconquista do território nacional da Rocinha neste domingo foi um sucesso.
Foi a demonstração de que uma Política de Segurança é possível.
O narco-trafico não controla mais a Rocinha, como controla capítulos do território do México.
É impossível acabar com o consumo de cocaína, porque, ali mesmo, embaixo da Rocinha, em alguns dos prédios mais elegantes do Rio, e ainda mais para o Sul, provavelmente há consumidores de cocaína.
(Provavelmente, em São Paulo se consome mais cocaína do que no Rio, já que em São Paulo se consome mais tela-plana, vinho Malbec e aspirina infantil. Mas, como se sabe, no PiG (*), o Rio consome mais cocaína que São Paulo.)
Como diz o Secretário Beltrame, traficante sem território é menos traficante.
Um sucesso.
E, dessa vez, o cinegrafista da Globo não merecerá um Emmy.
O Nem foi preso antes; não pode fugir.
(Preso e conduzido como um escravo a caminho do pelourinho, apesar da súmula-vinculante do Ministro Marco Aurélio de Melo.)
Apesar do retumbante sucesso, o Estadão insiste que foi um retumbante fracasso.
Por exemplo.
“Sobram criminosos (sic) e começa a faltar território para o domínio aberto (sic) no Rio em áreas mais distantes, nas quais as UPPs são apenas (sic) promessas (sic).”
Esses bancos credores que controlam o Estadão …
O Estadão tratou da reconquista do território da Rocinha na pág. C1, com todas as tintas do preconceito.
A começar pelo título: “Invasão da Rocinha vai abalar maior empresa do crime organizado no Rio”
Preconceito 1) : não é invasão nem foi.
Preconceito 2), embutido na generalização.
A Rocinha é muito mais do que a sede da “maior empresa do crime organizado no Rio”.
“De boca de fumo rentável nos anos 1980, a favela se tornou nos últimos anos uma das grandes produtoras e vendedoras de droga.”
A “reportagem” não oferece um fato, um número que comprove quaisquer das afirmações.
Nem sobre a Rocinha nos anos 80, nem de hoje.
É um exercício ficcional, com verniz de informação.
Quem tem a contabilidade do Nem ?
Onde está o balanço da “Nem S/C Ltda”, assim como os balanços transparentes do Estadão ?
A Rocinha não é um antro de drogas !
Nem nunca foi.
Quando este ansioso blogueiro trabalhava na rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, no Rio, na sede da Globo, 99,99% dos funcionários da área de serviços eram nordestinos, moradores da Rocinha.
Pergunte ao Bradesco.
Vá aos portais da Rocinha, aqui e aqui, e comprove a suspeita do Estadão: “aquilo” é um antro” !
Preconceito número 3: sobre o “crime organizado”.
O Estadão diz que a Rocinha vai abalar a “maior empresa do crime organizado do Rio”.
Este ansioso blog se permite discordar.
O “crime organizado” da Rocinha não chega nem perto, segundo a Polícia Federal, quando era Republicana, a duas inequívocas manifestações de “organização de crime”.
Na Operação Chacal, a PF Republicana achou os discos rígidos do banco Opportunity e denunciou a instituição e seus dirigentes como membros de uma facção do “crime organizado”.
A Operação Satiagraha, também do tempo em que a PF era Republicana, achou uns discos rígidos na parede secreta do dono do banco Opportunity e botou ele e a família na cadeia.
Tanto o banco Opportunity (que só é banco no nome) quanto a parede falsa ficam à beira mar no Rio.
Como a Rocinha.
E sobre eles, o Estadão, ah !… o Estadão !
A elite paulista do século XIX, que sobrevive, toda arranhada, no Estadão, parece ser da tese que “crime” só se organiza quando tem pobre, preto e …
Viva o Brasil!
Clique aqui para ler na Folha: “Operação na Rocinha acabou com o ‘jugo do fuzil’, diz Beltrame”.
Paulo Henrique Amorim

A reconquista da Rocinha e o preconceito do Estadão | Conversa Afiada

13/11/2011

O livro de Ruth

Filed under: ACM,Corruptores,Daniel Dantas,Mauricio Dias,Prof. Cardoso,Ruth Cardoso — Gilmar Crestani @ 10:25 am
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Ruth, ACM, Dias
e a hipocrisia de FHC

Na pág. S4 do Estadão deste sábado, Antonio Gonçalves Filho trata do lançamento do livro “Ruth Cardoso, Obra Reunida”, organizado por Teresa Caldeira, para a Editora Mameluco.
Gonçalves transcreve trecho da biografia da antropóloga, “Fragmentos de uma Vida”, de Ignácio de Loyola Brandão:
“Ruth, certo dia, afirmou publicamente não entender como o marido se aliava a um político como ACM, figura que trazia todos os vícios do autoritarismo e da prepotência da ditadura”.
Na seção (imperdível) “Rosa dos Ventos”, na pág. 18 da Carta Capital que chega às bancas neste fim de semana, Mauricio Dias trata das “duas faces de FHC”.
(Duas, Mauricio ?, perguntaria D. Ruth.)
“O ex-presidente alveja o PT pelos pecados que ele cometeu.”
Dias se refere à cruzada anticorrupção, o último osso do baú do intelectual do Farol de Alexandria.
Ele é contra a corrupção.
O que o aproxima muito do ACM, ao contrário do que pensava a D. Ruth.
Um dos momentos mais altos da carreira de ACM foi fazer, na ante-véspera da queda de Jango, um discurso na Câmara Federal para denunciar a corrupção no regime janguista.
(Nada que se comparasse, por exemplo, ao legado carlista, especialmente no Judiciário.)
FHC agora deu para dizer que a corrupção no Governo dele era passageira e no Governo petista é “sistêmica”, define Dias.
Dias recorda o “mensalão mineiro”, o pai de todos os mensalões e a matriz do business-plan do Marcos Valério, depois turbinado pelo Daniel Dantas, quando comandante da Brasil Telecom (por delegação de FHC – e ACM !).
(Quem “descobriu” o Daniel para o FHC ? ACM, baiano como Dantas.)
Mauricio Dias se lembra de Ricardo Sérgio de Oliveira, operador de Sergio Motta, o trator que passou pela re-eleição de FHC com um caminhão de dinheiro.
Dias conclui:
“… como bandeira da eleição, (a corrupção) foi um  fracasso. Lula foi reeleito em 2006, derrotando o tucano Alckmin e Dilma superou o tucano Serra em 2010” – e vai superá-lo, de novo, em 2014 (clique aqui para ler “Cerra é candidato em 2014 – ôba !” e aqui para ler “Inês explica por que Serra fugiu de Haddad”).
“O eleitor virou as costas para a ética ? Não. Talvez tenha apenas percebido que, por hipocrisia, a oposição levou a luta política para o campo de ética.”
Bingo !

Paulo Henrique Amorim

Quem falta nessa foto, amigo navegante ?

D Ruth, ACM, Dias e a hipocrisia de FHC | Conversa Afiada

12/11/2011

Santayana: o que falta à reforma política

Filed under: Bancos,Mauro Santayana — Gilmar Crestani @ 9:50 am
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana, do JB online:

A ousadia dos bancos e a refundação do Estado

por Mauro Santayana

A convite do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, participei, ontem, em Belo Horizonte,  de um debate em torno da reforma política, que vem sendo anunciada e postergada no Congresso Nacional. O tema, durante a discussão, saltou do círculo de giz em que está contido, para ampliar-se à crise do estado contemporâneo, ocupado, na maioria dos países, pelos representantes do poder econômico. Enfim, apesar da resistência política, aqui e ali, e da indignação dos povos, nas manifestações contra a ditadura dos bancos, o Estado perdeu a sua natureza histórica, de integrar-se nas sociedades nacionais. Separou-se, para se opor às comunidades, a serviço do novo e diabólico fundamentalismo mercantil.

Uma reforma política que se limite aos ritos eleitorais e à organização partidária, e não atinja os alicerces dos estados contemporâneos – uma vez que o tema não se limita às nossas fronteiras – será inútil. O problema não é o da estrutura formal do Estado; é de sua legitimidade. O instituto da representação, sobretudo na formação dos parlamentos, se encontra corrompido pela ação, a cada dia mais ousada, dos interesses econômicos.

Os partidos não reúnem idéias – apesar de sobreviverem ainda, em suas fileiras, homens públicos de bem, mas acoitam servidores das corporações, quase todas econômicas e financeiras, mesmo que se dissimulem em algumas seitas religiosas.

A separação dos poderes, regra constitucional básica, para o bom funcionamento republicano, se tornou uma farsa em algumas comunidades políticas,  como é o nosso caso. Os partidos são aglomerados de interesses corporativos, que não atraem a participação da cidadania.

Nos períodos de campanha eleitoral, o proselitismo doutrinário e ideológico, que reunia os cidadãos no passado, é substituído pela técnica da propaganda, e as alianças se formam em busca do maior tempo de exposição nos meios eletrônicos de comunicação. Em razão disso, o desinteresse dos cidadãos abre  caminho para a erosão do Estado, que deixa de ser a alma das sociedades nacionais.

As velhas regras da política internacional são escandalosamente violadas, e os governos se colocam  a serviço dos reais donos do mundo. Alguns poucos chefes de famílias poderosas, ao controlar as finanças mundiais, controlam as matérias primas e a energia. Grandes empresas industriais se assenhoreiam das pesquisas científicas e tecnológicas, subtraindo seus resultados do domínio dos inventores, mediante contratos que lhes transferem os direitos de patente.

As relações diplomáticas sempre foram formalmente de governo a governo, no diálogo entre poderes soberanos, mesmo que as embaixadas servissem e sirvam para a avaliação da força dos estados, mediante os métodos clandestinos de espionagem. Hoje as embaixadas se tornaram instrumentos desembuçados de interferência nos assuntos internos dos estados, que perdem, assim, sua soberania.

A nova subsecretária de Estado dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jakobson,  ao ser sabatinada no Senado, disse, textualmente, que “em alguns países, trabalharemos mais com a sociedade civil do que com os governos, conforme a circunstância”. E, a pedido do democrata Robert Menendez listou, entre esses países, a  Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, Belize e, “até certo ponto”, a Argentina. Ela informou, ainda, que deverá “monitorar” com preocupação os relatos de observadores das eleições na Nicarágua, no dia 6, e estar atenta para “garantir que os venezuelanos possam expressar seu desejo político” no pleito de 2012, que é visto pelo Comitê de Relações Internacionais do Senado como “o evento crucial da década na região”.

Não há confissão mais aberta de ingerência nos assuntos internos de nossos países e da violação dos princípios da autodeterminação dos povos. Os governos regionais devem manter-se vigilantes. Sempre que essa intromissão se tornar evidente, têm o dever de declarar os diplomatas envolvidos personae non gratae, e expulsá-los sumariamente de seus territórios.

A crise européia faz lembrar o desespero dos jogadores de pôquer que, a cada rodada perdida, aumentam a aposta, na esperança de um milagre. Ainda agora, se anuncia que Berlusconi será substituído, na chefia do governo italiano, pelo economista Mário Monti. Mário Monti é um dos nomes citados no recente livro do jornalista francês, Marc Roche,  La Banque: Comment Goldman Sachs dirige le monde. Monti, ex-comissário europeu para assuntos de concorrência, que advogou o esquartejamento de todas as empresas estatais restantes e sua privatização imediata, é conselheiro permanente do Goldman Sachs para o continente europeu. Ele não representará, na chefia do governo da Itália, nenhum partido político, e muito menos o povo italiano. Irá reportar-se ao sistema financeiro internacional, que continua a se mover em torno de sua peça mais poderosa, o Goldman Sachs.

A única esperança de que os Estados se libertem da ditadura dos interesses do “mercado” está na ação dos cidadãos do mundo, que já demonstram sua indignação em quase todas as grandes cidades de todos os continentes.

Já não se trata de uma utopia, mas de  projeto realizável, se, ao contrapor-se à globalização da economia, os povos conseguirem unir-se para a restauração dos estados nacionais.

Santayana: o que falta à reforma política | Conversa Afiada

Inês explica por que Cerra fugiu de Haddad

Filed under: Fernando Haddad,José Serra,Maria Inês Nassif — Gilmar Crestani @ 9:21 am
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O Conversa Afiada republica excelente analise de Maria Inês Nassif, na Carta Maior
Inês previu que Cerra, para fugir de Haddad, vai tentar perder no “plano federal”
Vote na trepifante enquete “por que Cerra é candidato a Presidente?”
Uma eleição paulistana que fugirá da mesmice

O eleitorado de centro-direita de São Paulo está dividido. PSDB e Kassab disputam na mesma faixa. Kassab acaba de fundar o PSD e seria vantajoso para a nova legenda ter um candidato próprio. Alckmin pode ser um bom eleitor no Estado, mas não é tão bom na capital. Haddad está melhor servido: neste momento, estar com Lula é mais negócio.
Maria Inês Nassif
Por fadiga de material, as eleições do próximo ano na capital paulista deverão ocorrer obrigatoriamente sob o signo da renovação. A excessiva polarização entre o PT e o PSDB no Estado e a dificuldade de trânsito de novos nomes pelas máquinas dos dois partidos produziram efeitos semelhantes nas duas legendas.
Do lado do PT, a visibilidade eleitoral era a de Marta Suplicy, eleita deputada, prefeita e senadora e derrotada em duas disputas para a prefeitura e uma para o governo do Estado. Marta mantém, de início, um terço dos votos na capital, mas com uma rejeição semelhante. No PSDB, revezam-se como candidatos, desde a morte de Mário Covas, Geraldo Alckmin (hoje governador) e José Serra (eleito prefeito em 2004 e governador em 2006, e derrotado na disputa pela Presidência em 2010). Os postulantes tucanos à prefeitura – os secretários Bruno Covas e José Anibal – não têm grande visibilidade; Serra, se quiser começar tudo de novo, tem exposição até excessiva, o que faz com que seus índices de rejeição sejam, hoje, maiores do que os de Marta.
Não fosse apenas pelo desgaste dos nomes disponíveis nos dois partidos para à prefeitura, contam ainda as pesquisas feitas até agora, que indicam uma inclinação do eleitor paulistano pela renovação. Foi essa percepção do eleitorado (aliás, desde a eleição do ano passado para governador) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhou com tanto afinco para sair dos impasses criados pela falta de renovação de quadros. No ano passado, chegou a sondar o mesmo Fernando Haddad sobre a possibilidade de se candidatar ao governo. A articulação não colou nem no candidato, nem no partido.
A segunda tentativa do presidente Lula foi, então, a de emplacar o deputado Ciro Gomes, cearense do PSB, como candidato ao governo por São Paulo. Ciro transferiu o título mas não se convenceu de que essa era a alternativa para ele; e o PT não se convenceu que Ciro era a alternativa para o partido. A legenda atrasou a definição do candidato e, numa situação eleitoral já desfavorável, diante do favoritismo do candidato tucano, Geraldo Alckmin, foi para a eleição com Aloyzio Mercadante. E perdeu.
Haddad torna-se o candidato do PT com vantagens em relação à disputa
eleitoral no Estado nos últimos anos. Em primeiro lugar, tem o incondicional apoio de Lula – e isso, no mínimo, ameniza dissensões internas. É um candidato novo, de fato, mas isso traz a vantagem de não ter sofrido processos anteriores de desgaste, como de alguma forma comprovou a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência no ano passado. Numa situação em que os partidos todos estão desgastados, a falta de exposição eleitoral anterior pode ser vantajosa. Haddad, o neófito, leva para o palanque um baixo índice de rejeição. O processo de debate interno para a definição da candidatura não foi agressivo e as prévias não chegaram a acontecer, o que aponta para um PT unido em torno das eleições. Ou menos dividido do que resultaria num processo de prévia mais dramático.
O PSDB carrega desde as eleições de 2008 o “racha” entre os partidários de Geraldo Alckmin (que foi candidato a prefeito com o apoio de parcela do seu partido) e os de José Serra (que apoiaram a reeleição de Gilberto Kassab, então no DEM). Embora Alckmin já tenha trazido de volta parte dos quadros do partido antes aliados a Serra, a divisão permanece um dado. E, de alguma forma, reflete a divisão do eleitorado de centro-direita da capital: PSDB e Kassab disputam na mesma faixa; Kassab acaba de fundar um partido, o PSD, e seria vantajoso para a nova legenda ter um candidato próprio. Alckmin pode ser um bom eleitor no Estado, mas não é tão bom na capital. Haddad está melhor servido: neste momento, estar com Lula é mais negócio.

Inês explica por que Cerra fugiu de Haddad | Conversa Afiada

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